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Part. Politica Meio Ambiente.pdf

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Caro aluno, 
Seja bem-vindo. 
Nesta nossa disciplina, trataremos de uma gama de assuntos a partir da relação do cidadão 
com o ambiente, com o objetivo principal de desenvolver conteúdos relacionados à 
Participação Política e Meio Ambiente e, principalmente, por meio de conhecimentos teóricos, 
gerar capacidade no aluno para expor um juízo de valor em relação à complexidade que 
envolve disciplina e conceito. 
Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que 
você dedique ao menos 3 horas por semana para esta disciplina, estudando os textos 
sugeridos e realizando os exercícios de autoavaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir 
planejando o que estudar, semana a semana. 
Para facilitar seu trabalho, apresentaremos os assuntos que deverão ser estudados e, para 
cada assunto, a leitura fundamental exigida e a leitura complementar sugerida. No mínimo, 
você deverá buscar entender muito bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa 
compreensão será maior se acompanhar, também, a leitura complementar. Você mesmo 
perceberá isso, ao longo dos estudos. 
 
A – Conteúdos (assuntos) e leituras sugeridas 
Assuntos/módulos Leituras Sugeridas 
Fundamental Complementar 
 Texto 1 
 Política Ambiental – I 
 
 Texto 1.1 
 Política Ambiental – II 
 
 
 Livro-texto 1 
 
 
Livro-texto 1.1 
 
 Texto 2 
Espécies de Instrumentos 
de Política Ambiental – Lei 
nº 6.938/1981 – I 
 
 
Livro 
Espécies de Instrumentos 
de Política Ambiental – da 
Lei nº 6.938/1981 – II 
 Livro-texto 2 
 
 
 
 
 
 
 
Livro-texto 2.1 
 
 
. 
3 - Texto 3 Livro-texto 3 
 
Zoneamento Ecológico 
Econômico (ZEE) – 
Decreto nº 4.297, de 10 de 
Julho de 2002 – I 
Livro-texto 3.1 
 
Zoneamento Ecológico 
Econômico (ZEE) – 
Decreto nº 4.297, de 10 de 
Julho de 2002 – II 
 
 Texto 4 
Áreas de Proteção 
Ambiental – I 
 
 
Texto 4.1 
Áreas de Proteção 
Ambiental – II 
 
 Livro-texto 4 
 
 
 
 
Livro-texto 4.1 
 
 
 Texto 5 
Instrumentos da Política 
de Proteção Ambiental – I 
 Texto 5.1 
Instrumentos da Política 
de Proteção Ambiental – II 
 
 
 
 
 
 
Livro-texto 5 
 
 
Livro-texto 5.1 
. 
 Texto 6 
O Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) – I 
 
 
 
Texto 6.1 
O Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) – II 
Livro-texto 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro-texto 6.1 
Texto 7 
O Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA) – I 
 
 
Texto 7.1 
O Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA) – II 
 Livro-texto 7 
 
 
 
 
 
Livro-texto 7.1 
 
 Texto 8 
O Plano Diretor Municipal 
e a Proteção ao Meio 
Ambiente – I 
 
 Texto 8.1 
O Plano Diretor Municipal 
e a Proteção ao Meio 
Ambiente – II 
 
. 
Livro-texto 8 
 
 
 
Livro-texto 8.1 
. 
Nota: ver as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes de consulta 
indicadas 
 
B – Avaliações 
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, 
cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das 
datas das suas provas, dentro dos períodos especificados. 
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de se preparar para as avaliações é 
realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados para você neste sistema de 
disciplinas on-line. O que tem de ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos 
em cada avaliação não são as repetições dos exercícios da autoavaliação. 
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os assuntos que serão requeridos em 
cada uma das avaliações às quais você estará sujeito: 
 
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações 
Avaliações Assuntos Exercícios de autoavaliação 
relacionados 
NP1 Do assunto 1 até o assunto 4 Todos os exercícios 
NP2 Do assunto 1 até o assunto 8 Todos os exercícios 
Substitutiva Toda a matéria Todos os exercícios 
Exame Toda a matéria Todos os exercícios 
 
 
C – Referências bibliográficas 
· Livros-textos: série 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. 
 
Política Ambiental I 
Na década de trinta, o Brasil inicia um período de consolidação de investimentos públicos e 
privados em grandes obras de infraestrutura. Nessa época, não se falava em desenvolvimento 
sustentável, porém, já havia uma vertente de política ambiental orientada apenas para 
preservação. Existia um movimento de políticos, jornalistas e cientistas que se organizavam 
para discutir políticas de proteção ao patrimônio natural. Esses grupos contribuíram para 
elaboração do primeiro Código Florestal Brasileiro em 1934 – instituído pelo Decreto 
23793/1934 –, no qual eram definidas bases para proteção dos ecossistemas florestais e para 
regulação da exploração dos recursos madeireiros. 
 
O Código Florestal contribuiu para a criação do primeiro parque nacional brasileiro em 1937, o 
Parque Nacional de Itatiaia, e dois anos depois foram criados os parques nacionais de Iguaçu e 
da Serra dos Órgãos. Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A 
política ambiental preservacionista dos anos 1930 foi colocada em segundo plano nas décadas 
de 1940 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento 
acelerado. 
 
Nessa década de 1960, a preocupação com a conservação do meio ambiente foi 
institucionalizada com a aprovação da Lei nº 4.771 de 15/09/1965, que instituía o novo Código 
Florestal Brasileiro, que visava, sobretudo, à conservação dos recursos florestais, criando 
novas tipologias de áreas protegidas com as Áreas de Preservação Permanente, que 
permaneceriam intocáveis para garantir a integridade dos serviços ambientais; e a Reserva 
Legal, que transferia compulsoriamente para os proprietários rurais a responsabilidade e o 
ônus da proteção. 
 
Quase dois anos após a criação do novo código florestal brasileiro foi criado o Instituto 
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que tinha a missão de formular a política 
florestal no país e adotar as medidas necessárias à utilização racional, à proteção e à 
 
conservação dos recursos naturais renováveis. A década de 1970 se inicia com a realização da 
Conferência de Estocolmo de 1972, na qual o Brasil defendia a ideia de que o melhor 
instrumento para combater a poluição é o desenvolvimento econômico e social. 
 
Diante das pressões externas e da sociedade que acusavam o governo brasileiro de defender 
o desenvolvimento a qualquer custo, era emergente a necessidade de se criar um projeto 
ambiental nacional que contribuísse para reduzir os impactos ambientais decorrentes do 
crescimento causado pela política desenvolvimentista. 
Como resposta, foi criada em 1973, a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), vinculada 
ao Ministério do Interior, “orientada para conservação do meio ambiente e uso racional dos 
recursos naturais”, passando a dividir funções com o IBDF. 
 
Nessa década, ganhava força a visão de ecodesenvolvimento que já defendia a conciliação 
dos aspectos econômicos, sociais e ambientais no desenvolvimento. Essa visão começa a ser 
internalizada na política ambiental brasileira com a promulgação da Lei nº 6938/81, que instituiu 
a Política Nacional de Meio Ambiente. Esta passa a utilizar como instrumento de planejamento 
do desenvolvimento dos territórios o Zoneamento Econômico Ecológico e, como um dos 
instrumentos de política ambiental, a “avaliação de impactos ambientais”. Além disso, cria o 
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), que passam a ser os principaisinstrumentos de uma política ambiental orientada 
para ações descentralizadas. 
 
Logo, as atividades causadoras de degradação ambiental passaram a depender do prévio 
licenciamento do órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, e do Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A lei cria a obrigação do 
licenciamento e a resolução nº 1/1986 do Conselho Nacional do Meio ambiente (CONAMA) cita 
as atividades que precisam elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de 
Impacto Ambiental (RIMA). 
 
Assim, a década de oitenta é marcada com um grande avanço na política ambiental no Brasil e 
a concepção de compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento foi fortalecida nas esferas 
nacional e internacional, quando a Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações 
Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo 
paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, 
da sociedade civil e dos empresários. 
 
Política Ambiental II 
O período pré-Eco-92 foi farto de medidas emergenciais com vistas ao atendimento da opinião 
pública internacional. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos 
garimpos, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, 
 
demarcação do território ianomâmi, entre outros. A preparação para a participação na Unced-
92 por meio da elaboração do relatório nacional para a definição das posições brasileiras pela 
Comissão Interministerial de Meio Ambiente (Cima), coordenada pelo Itamarati (Ministério das 
Relações Exteriores), foi um sinal significativo de que o tema meio ambiente se tornava matéria 
importante da política externa do país. A Cima coordenou representantes de 23 órgãos 
públicos para a elaboração do relatório nacional com as posições do Brasil para a Unced-92. 
Foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, transformada mais 
tarde em Ministério do Meio Ambiente (MMA). 
Como resultado das discussões do evento, o controle da poluição industrial e da gestão do 
ambiente urbano foi priorizado como uma questão de cidadania local, dos governos locais e do 
mercado de crédito e tecnologias. A água que bebemos, o ar que respiramos, a contaminação 
dos alimentos que consumimos, o lixo e os resíduos que produzimos, as áreas verdes e de 
recreação e lazer ou o silêncio de que desfrutamos agora seriam problemas do mercado e da 
cidadania – a ser provida pelos governos locais. 
A Agenda XXI, principal documento resultante da conferência, apresentou um rol de programas 
que podem ser considerados instrumento fundamental para a elaboração de políticas públicas 
em todos os níveis e que privilegiavam a iniciativa local. Nela, questões como desenvolvimento 
sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos 
e nucleares) tornavam-se problemas do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro 
da temática ambiental, abordados em seus capítulos. A Agenda, no entanto, não teve a força 
de lei das convenções e necessitava de cerca de 600 bilhões de dólares anuais para ser 
implantada no mundo. Além disso, sofreu com o denominador mínimo provocado pelo 
consenso exigido nos encontros internacionais, o que tornou o texto muitas vezes vago, sem 
prazos, nem compromissos. 
Ao longo dos anos 1990, o modelo de política ambiental executado no Brasil entrou em crise. 
Por um lado, por não atender à nova pauta da política internacional definida na Eco-92; por 
outro, por não atender às demandas de cidadania e de consciência ambiental que se 
generalizava. Isso fez com que se evidenciasse, finalmente, a necessidade de redefinição das 
opções de política ambiental e do próprio papel do Estado brasileiro. A criação do Ibama não 
consolidou um modelo institucional adaptado aos novos desafios. O próprio Ministério do Meio 
Ambiente, segundo Celso Bredariol, “sempre viveu uma grande defasagem entre prática e 
proposta de política ambiental”. Segundo o MMA, a sua proposta consiste em conceder 
“especial ênfase à inserção da dimensão ambiental nas decisões de políticas públicas” e à 
“introdução da variável ambiental como critério relevante nas decisões de política econômica e 
de financiamentos de projetos pelas agências oficiais de desenvolvimento [...]”. 
Buscando a adoção de uma política de corresponsabilidade e parceria por meio do diálogo, do 
convencimento e da conscientização da sociedade para a prática de uma gestão otimizada de 
seus recursos naturais, o MMA procurou também transferir, total ou parcialmente, a Estados, 
municípios, ONGs e outras entidades públicas e privadas, o planejamento e a execução de 
políticas ambientais. 
 
No entanto, segundo Hageman, o MMA quase não dispõe de outros recursos, a não ser os das 
agências multilaterais e, mesmo estes, de acordo com Freitas, são de difícil utilização, tendo 
em vista fatores como a rigidez dos financiadores, a pouca participação da sociedade, a 
morosidade dos projetos e a necessidade de contrapartidas, entre outros. 
 
 
 
 
Espécies de Instrumentos de Política Ambiental 
 A Gestão Ambiental no Brasil tem como um de seus principais referenciais a Política 
Nacional do Meio Ambiente estabelecida pela Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, com 
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Dentre os objetivos da Política Nacional do 
Meio Ambiente, está o de divulgação de dados e informações ambientais ligando-a a formação 
de uma consciência pública sobre a qualidade ambiental (Art. 4º, Brasil, 2009). Dentre seus 
mecanismos de formulação e aplicação, a Política Nacional do Meio Ambiente, nos termos do 
artigo 9º, tem como um de seus instrumentos “a garantia da prestação de informações relativas 
ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes”, como 
consta do inciso XI – incluído pela Lei nº 7.804, de 18 de julho de 1989 (Brasil, 2009). Em 2003, 
a Lei federal brasileira nº 10.650 dispôs sobre o acesso público aos dados e informações 
ambientais existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente. Apesar de esta lei causar implicações para os organismos dos poderes públicos, isto 
por si só não significa que ela dá cabo de regular todo o instrumento em foco. Supõe-se que, 
ao menos em parte, o instrumento em questão foi regulado. 
Investigou o que é abrangível nas informações ambientais relacionadas ao instrumento 
da Política Nacional do Meio Ambiente consistente na garantia da prestação de informações 
relativas ao meio ambiente. Para tanto, verificando o alcance do instrumento em estudo da 
Política Nacional do Meio Ambiente e o que foi efetivamente regulado pela Lei nº 10.650/2003. 
Esta avaliação foi ainda da não equivalente abrangência do instrumento da Política Nacional do 
Meio Ambiente, consistente na garantia da prestação de informações relativas ao meio 
ambiente, o qual obriga ainda o poder público a produzi-las, quando inexistentes, em relação à 
sua regulação pela Lei nº 10.650/2003 e ao princípio da informação. Para tanto, verificada a 
possibilidade de que o instrumento em foco não carece de mais regramento para sua aplicação 
em relação aos demais instrumentos. 
Como referenciais teóricos este trabalho teve alguns princípios do Direito Constitucional e 
do Direito Ambiental, particularmente os princípios da informação e da publicidade (Machado, 
2005). Os princípios são os elementos que predominam no estabelecimento dos sistemas 
políticos e jurídicos, servem como parâmetros para a interpretação de seu teor conceitual e 
normativo por identificar desígnios e valores tutelados pelo Estado de Direito.Utilizando-se como referência a escala inicialmente proposta por Arnstein (1969), considerando 
os trabalhos a partir desta empreendidos por outros autores, estabeleceu Arnstein (1969) uma 
 
escala para verificação qualitativa do fluxo de informações entre a estrutura governamental ou 
prestadores de serviços transferidos em relação à participação social. Muito frequentemente na 
esfera pública, a ênfase é colocada em uma só orientação de fluxo de informação – de 
funcionários para cidadãos – sem ser provido de canais de retroalimentação e nenhuma 
possibilidade para negociação. Sob estas condições, as pessoas têm pouca oportunidade para 
influenciar o programa supostamente projetado para o benefício delas. As ferramentas mais 
frequentes usadas para tal comunicação de uma só orientação de fluxo são as mídias de 
notícias, folhetos, cartazes, e as respostas a investigações. Também reuniões podem ser 
transformadas em veículos para comunicação de uma só orientação de fluxo pelo simples 
dispositivo de prover informação superficial, desencorajar perguntas, intimidar rotulando como 
futilidade, com jargão ou prestígio pessoal, ou ainda, dar respostas irrelevantes (Arnstein, 
1969). Baseado na citada obra de Arnstein (1969), Weidemann & Femers (1993 apud Tang; 
Waters, 2005) consideram que a participação pública aumenta com o nível de acesso a 
informação, como também com o grau para o qual os cidadãos têm direitos no produzir a 
decisão. Assim, a importância do tema em um enfoque geral, embora já evidenciada, vincula-
se a relevantes efeitos das normas correlatas em relação aos entes privados e públicos e suas 
práticas e organização em relação ao conjunto de dados ambientais. E, partindo disto, há um 
potencial reflexo em ações relacionadas à proteção do ambiente e ao desenvolvimento 
sustentável no Brasil. O que pode ocorrer por meio da criação, sistematização e aplicação de 
conhecimento suscetível a dar subsídio a iniciativas que favoreçam a conservação ambiental e 
a participação social. 
 
 
Espécies de Instrumentos de Política Ambiental ll 
 
No plano institucional, a área ambiental do governo federal sofreu uma grande transformação 
com a aprovação da medida provisória que dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes 
de Conservação da Biodiversidade, fruto do desmembramento do IBAMA, que passa a ser 
responsável apenas pelo licenciamento ambiental, o controle da qualidade ambiental, a 
autorização do uso dos recursos naturais e a fiscalização. 
Já o Instituto Chico Mendes fica responsável pela gestão e proteção de unidades de 
conservação, orientando-se para políticas de uso sustentável. Essa divisão gerou resistência 
por partes dos servidores e alguns representantes da área ambiental – criou-se, assim, a visão 
equivocada de que essa mudança está prejudicando a política ambiental do país. 
Na verdade, o maior problema da política ambiental hoje é a dificuldade em promover a 
transversalidade, considerando os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do 
governo, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. Os interesses econômicos em geral 
consideram o meio ambiente um entrave ao desenvolvimento de suas atividades e ao 
crescimento do Brasil. Tais interesses pressionaram fortemente o governo em diversos casos, 
 
como os transgênicos, a usina nuclear de Angra 3, as hidroelétricas do Rio Madeira e a 
transposição do Rio São Francisco. 
A política ambiental hoje no Brasil traz muitos avanços no que diz respeito à participação dos 
governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil organizada. Essa 
dinâmica contribui para a melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante 
que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais. A perspectiva 
do desenvolvimento sustentável enfrenta oposição em diversos segmentos do mercado e, até 
mesmo, em certos setores do governo, ao enxergarem equivocadamente o meio ambiente 
como um entrave ao desenvolvimento, quando, na verdade, é um elemento propulsor do 
desenvolvimento. No caso do Brasil, a biodiversidade é responsável por aproximadamente 
50% do PIB. 
Assim, é fundamental que empresas, sociedade e governo estejam em sintonia, visando 
conciliar também os interesses sociais e ambientais. Os interesses econômicos que procuram 
inviabilizar a transversalidade constituem o grande obstáculo para a promoção de uma política 
ambiental integrada para o desenvolvimento sustentável. 
 
 
Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) 
O ZEE foi introduzido no país no início da década de 1990, inspirado na Carta Europeia de Ordenação 
Territorial da década anterior (1983), pelo governo federal como metodologia de organização territorial 
para a Amazônia Legal. No conceito adotado pelo órgão federal da época, para a SAE-PR – Secretaria 
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o ZEE seria a “expressão espacial das políticas 
econômica, social, cultural e ecológica”. Considerado ainda como um instrumento para “racionalizar a 
ocupação e redirecionar as atividades, servindo de subsídio às estratégias e ações de planos regionais 
em busca do desenvolvimento sustentável”. Seria também “instrumento político e técnico de 
planejamento, visando otimizar o uso do espaço e as políticas públicas. Instrumento técnico para 
organizar informações sobre o território necessárias ao planejamento da ocupação racional e do uso 
sustentável dos recursos naturais. Instrumento político para aumentar a eficácia das decisões políticas e 
da intervenção pública na gestão do território e criar canais de negociação entre as várias esferas de 
governo e a sociedade civil” (ROSS, 2001). 
 
Nesse conceito, o ZEE foi também considerado instrumento de apoio à Gestão Ambiental, definindo 
diretrizes e balizamentos para as atividades e intervenções no território e estabelecendo critérios e 
parâmetros para as normas e práticas de licenciamento e fiscalização dessas atividades e o 
monitoramento da qualidade ambiental. Decorreu daí outro propósito do ZEE que seria o de auxiliar na 
definição e aplicação de políticas de uso e ocupação da terra e de reordenamento de espaço físico já 
ocupado. 
 
O ZEE seria, portanto, um instrumento dinâmico, atualizado e atuante dentro da realidade local e 
presente na vida das comunidades residentes em sua jurisdição. Para cumprir esses propósitos, o ZEE 
 
necessitaria de um suporte político-administrativo, provendo prestígio e recursos humanos, tecnológicos 
e financeiros necessários. Pelas suas preocupações regionais e locais, esse suporte não poderia ficar 
restrito à esfera federal, mas descer até a estadual e municipal, guardando, todavia, estreita relação e 
cooperação entre si. Nesse sentido, foram incorporadas ao ZEE Físico-Territorial as dimensões 
socioeconômicas e político-institucionais (ROSS, 2001). 
 
Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) ll 
O zoneamento ambiental, instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, consiste em 
procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas 
atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das 
características ambientais e socioeconômicas do local”. Pelo zoneamento ambiental são 
instituídos diferentes tipos de zonas nas quais o Poder Público estabelece regimes especiais 
de uso, gozo e fruição da propriedade na busca da melhoria e recuperação da qualidade 
ambiental e do bem-estar da população. Suas normas, que deverão obrigatoriamente respeitar 
o disposto em legislação ambiental, vinculam todas as atividades exercidas na região de sua 
incidência, o que implica na inadmissibilidade de ali serem exercidas atividades contrárias a 
elas.A regulamentação desse instrumento se deu pelo Decreto 4.297, de 10 de julho de 2002, que 
estabelece os critérios para o zoneamento ecológico-econômico – ZEE do Brasil, ou seja, um 
zoneamento de abrangência nacional. É importante ressaltar que ambas as expressões, ou 
seja, zoneamento ambiental e zoneamento ecológico-econômico, devem ser entendidas como 
sinônimas, mesmo que se possam existir acepções distintas em relação ao próprio ZEE 
(indicativo de condutas, instrumentos de planejamento territorial, ou ainda, a própria política de 
ordenamento territorial). 
A definição legal do zoneamento ambiental encontra-se no art. 2º do referido decreto que o 
descreve como sendo “instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido 
na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas”, estabelecendo “medidas e 
padrões de proteção ambiental” com vistas a “assegurar a qualidade ambiental, dos recursos 
hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento 
sustentável e a melhoria das condições de vida da população”. Isso implica que o zoneamento 
ambiental é fruto de um planejamento que deve sempre ser pensado a partir de estudo prévio e 
minucioso, feito por equipe técnica e habilitada, das características ambientais e 
socioeconômicas da região a ser zoneada. Desta forma, ao distribuir espacialmente as 
atividades econômicas, o zoneamento ambiental levará em conta a importância ecológica, as 
potencialidades, limitações e fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações, 
restrições e alternativas de exploração do território, podendo, até mesmo, determinar, sendo o 
caso, que atividades incompatíveis com suas diretrizes gerais sejam relocalizadas. O 
zoneamento ambiental ao impor tais restrições configura o direito de propriedade e o direito de 
seu uso, conformando-os com a função social da propriedade prevista na Constituição Federal 
em seu art. 5º, XXIII. 
 
Áreas de Proteção Ambiental 
 
Unidade de conservação destinada a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas 
naturais ali existentes, para a melhoria da qualidade de vida da população local e para a 
proteção dos ecossistemas regionais. 
O objetivo primordial de uma APA é a conservação de processos naturais e da biodiversidade, 
orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características 
ambientais da área. 
 
Podem ser estabelecidas em áreas de domínio público e/ou privado, pela União, estados ou 
municípios, não sendo necessária a desapropriação das terras. No entanto, as atividades e 
usos desenvolvidos estão sujeitos a um disciplinamento específico. 
 
Podem abranger em seu interior outras unidades de conservação, assim como ecossistemas 
urbanos, e propiciar experimentação de novas técnicas e atitudes que permitam conciliar o uso 
da terra e o desenvolvimento regional com a manutenção dos processos ecológicos essenciais. 
Toda APA deve ter zona de conservação de vida silvestre (ZVS), onde será regulado ou 
proibido o uso dos sistemas naturais. 
 
É uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos 
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e 
o bem-estar das populações humanas. As condições para a realização de pesquisa científica e 
visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da 
unidade.¹ 
 
As APAs constituem uma importante categoria de unidade de conservação, apesar da 
complexidade das relações políticas, econômicas e sociais presentes nas áreas, que podem 
abranger mais de um município. O projeto² identificou que as APAs podem se tornar 
importantes instrumentos de planejamento regional, integrando as populações e as técnicas 
adequadas de manejo, independentemente de limites geográficos dos municípios, promovendo 
um novo estilo de desenvolvimento. 
 
Áreas de Proteção Ambiental ll 
 
Esta é uma categoria de unidade de conservação recente que, no Brasil, surgiu no início dos 
anos 1980 (Artigo 8º da Lei Federal nº 6.902, de 27/04/1981), junto com diversos outros 
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente destinados à conservação ambiental. 
 
 
Por suas características, as APAs do Brasil se assemelham aos Parques Naturais de Portugal, 
aos Parques Nacionais da Inglaterra, França e Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou 
Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. 
 
Seu objetivo principal é conservar a diversidade de ambientes, de espécies e de processos 
naturais pela adequação das atividades humanas às características ambientais da área, seus 
potenciais e limitações. 
 
Ao contrário de outras unidades de conservação, as APAs podem incluir terras de propriedade 
privada, não exigindo, portanto, a desapropriação de terras. Assim, uma APA não impede o 
desenvolvimento de uma região, permite a manutenção das atividades humanas existentes, e 
apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos 
recursos naturais. 
 
O processo de implantação de uma APA envolve diversas etapas e procedimentos legais e 
técnicos. Sua simples criação, por instrumento legal (lei, decreto, resolução ou portaria), 
constitui apenas o primeiro passo, que deve ser seguido pela regulamentação destas leis e 
decretos e pela implantação de um complexo sistema de gestão ambiental. Devem ser 
definidos criteriosamente os instrumentos gerenciais, como o zoneamento ambiental, o plano 
de gestão e os instrumentos fiscais e financeiros para garantir o cumprimento dos objetivos 
básicos da APA. 
 
São áreas protegidas por lei, com os objetivos de conservar e proteger ecossistemas naturais e 
processos ecológicos necessários à manutenção da vida, contribuir para a preservação da 
biodiversidade e de formas de vida ameaçadas de extinção, assegurar a sustentabilidade do 
uso dos recursos naturais renováveis, estimular o desenvolvimento econômico local, permitir a 
realização de pesquisas científicas, atividades turísticas, recreacionais e, até mesmo, solidificar 
a identidade cultural de populações humanas. 
 
Desde o estabelecimento da primeira unidade de conservação dos tempos modernos, o 
Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos da América, em 1872, estas áreas 
multiplicaram-se por todos os continentes, constituindo uma rede mundial. Em setembro de 
1989, havia cerca de 4 mil unidades de conservação maiores que 10 km2 em todo o mundo, 
englobando 4 milhões de km2 distribuídos por 140 países. 
No Brasil, as unidades de conservação são definidas pelo Plano de Sistema de Unidades de 
Conservação como "áreas criadas pelo Poder Público, por lei, visando a proteção e a 
preservação de ecossistemas no seu estado natural e primitivo, onde os recursos naturais são 
passíveis de um uso indireto sem consumo". 
 
 
Existem diversas categorias de unidades de conservação, com objetivos específicos e graus de 
restrição para a intervenção humana diferenciados, desde a total preservação até o uso 
múltiplo e recreacional. 
 
A primeira unidade criada no país foi o Parque Nacional de Itatiaia, em 1937. Desde então, as 
unidades de conservação multiplicaram-se, chegando a mais de 33 milhões de hectares há 10 
anos. 
 
No município de Campinas, já existem várias unidades de conservação e áreas correlatas: uma 
área de relevante interesse ecológico sob administração federal (Santa Genebra), três áreas 
naturais tombadas sob administração estadual (Bosque dos Jequitibás, Reserva Florestal da 
Fundação José Pedro de Oliveira e Fazenda Mato Dentro), dois parques (um ecológico – 
Monsenhor Emílio José Salim e outro estadual) e parte de uma área de proteçãoambiental 
estadual (Piracicaba e Juqueri-Mirim) – dados de 1992 –, além da APA Municipal de Sousas e 
Joaquim Egídio. 
 
 
 
 
 
Unidade I
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA 
E MEIO AMBIENTEE MEIO AMBIENTE
Prof. Fernando Sales 
A preocupação com 
o meio ambiente
 Revolução Industrial
 Explosão demográfica
 Consumo inconsciente
A questão ambiental
A tomada de consciência da questão 
ambiental passa por três etapas:
1ª etapa
 Percepção dos problemas ambientais 
como fenômenos localizados, atribuídoscomo fenômenos localizados, atribuídos 
à ignorância, negligência ou dolo, 
motivando ações de natureza reativa, 
corretiva e repressiva, tais como 
proibições e multas.
... segue
2ª etapa
 Degradação ambiental percebida como 
um problema generalizado, resultante 
das causas já citadas na etapa anterior, 
acrescidas da gestão inadequada dos 
recursos, motivando o desenvolvimento 
de instrumentos de intervenção 
governamental, visando a prevenção da 
poluição e melhoria dos sistemas 
produtivos, como os padrões de emissão 
e os estudos de impacto ambiental parae os estudos de impacto ambiental para 
licenciamento de empreendimentos. 
... segue
3ª etapa
 Difusão da consciência da degradação 
ambiental como um problema planetário, 
que atinge a todos, amplia-se a 
compreensão de que as causas da 
degradação ambiental, além dos 
aspectos já mencionados, também estão 
ligadas aos modelos de produção e 
consumo, às políticas e metas de 
desenvolvimento dos estados nacionais 
e à visão economicista predominantee à visão economicista predominante 
nas relações entre países ricos e pobres.
A preocupação e a atuação da ONU
Conferência de Estocolmo, 1972
 1ª conferência mundial sobre 
meio ambiente.
 Preocupação com o desenvolvimento 
econômico.econômico.
 Propunha o ecodesenvolvimento.
... segue
Conferência do Rio – ECO-92
 Conferência das Nações Unidas sobre 
o meio ambiente e o desenvolvimento.
 Objetivo era buscar modos de conciliar 
o desenvolvimento socioeconômicoo desenvolvimento socioeconômico 
com a preservação e a proteção 
do meio ambiente.
 Foi importante, pois sedimentou de vez o 
conceito de desenvolvimento sustentável.
... segue
Agenda 21
 Programa de ação, baseado num 
documento de 40 capítulos, para 
promover, em escala mundial, um novo 
padrão de desenvolvimento.
 Instrumento de planejamento para a 
construção de sociedades sustentáveis, 
em diferentes bases geográficas, que 
concilia métodos de proteção ambiental, 
justiça social e eficiência econômica, 
enfrentando os problemas atuais e 
visando preservar o futuro.
... segue
Protocolo de Kyoto, 1997
 Efeito estufa e aquecimento global.
 Tratado internacional que determina 
metas de redução de emissão de 
gases do efeito estufa (GEE) egases do efeito estufa (GEE) e 
estimula o desenvolvimento 
de tecnologias sustentáveis.
... segue
Conferência de Johannesburgo, 2002
 Fórum mundial sobre desenvolvimento 
sustentável (Rio + 10).
 O principal documento produzido por 
essa conferência foi a Declaração deessa conferência foi a Declaração de 
Johannesburgo sobre Desenvolvimento 
Sustentável, que reafirma os 
compromissos firmados pelos países que 
participaram da ECO-92, especialmente 
com o desenvolvimento sustentável.
... segue
Rio + 20, 2012
 Conferência das Nações Unidas sobre 
desenvolvimento sustentável.
 Objetivo de discutir a renovação do 
compromisso político das naçõescompromisso político das nações 
com o desenvolvimento sustentável.
Interatividade
A Organização das Nações Unidas realizou três importantes 
conferências sobre o meio ambiente: na Suécia, em 1972; no 
Brasil, em 1992; na África do Sul, em 2002. Fazendo-se uma 
avaliação desses trinta anos, pode-se afirmar que
a) Os problemas ambientais ampliaram-se, apesar de os 
países industrializados diminuírem muito o consumo de 
produtos agropecuários.p g p
b) Os países de agricultura moderna deixaram de utilizar 
agrotóxicos para evitar problemas vividos pelos países já 
industrializados.
c) Aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os 
países capitalistas não se dispõem a diminuir a produção 
industrial e a modificar os padrões de consumo.
d) Os conflitos religiosos entre países ricos e pobres são as 
causas da não obediência aos acordos assinados nas 
conferências sobre meio ambiente.
e) Os países pobres, em função da falta de educação 
ambiental, são os principais responsáveis
pelo aumento dos problemas ambientais.
O meio ambiente no 
direito brasileiro
A definição de meio ambiente está 
prevista na Lei 6938/81: 
 Conjunto de condições, leis, influências 
e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a 
vida em todas as suas formas. 
Classificação do meio ambiente
O meio ambiente classifica-se em 
a) meio ambiente natural;
b) meio ambiente artificial;
c) meio ambiente do trabalho;
d) meio ambiente cultural.
Meio ambiente natural
É constituído por solo, água, 
ar atmosférico, flora e fauna. 
Encontramos sua previsão constitucional 
nos incisos I e VII do art. 225 
I. Preservar e restaurar os processosI. Preservar e restaurar os processos 
ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas.
VII. Proteger a fauna e a flora, vedadas, na 
forma da lei, as práticas que coloquem 
em risco sua função ecológica,em risco sua função ecológica, 
provoquem a extinção de espécies ou 
submetam os animais à crueldade.
Meio ambiente artificial
 É o espaço urbano construído, 
constituído pelo conjunto de edificações 
e pelos equipamentos públicos.
 Encontramos previsão constitucional 
principalmente no art. 182, que trata da 
Política Urbana. 
 No plano infraconstitucional, temos o 
Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001).
Meio ambiente do trabalho
É o local onde as pessoas executam 
suas atividades laborais, cujo equilíbrio
baseia-se na salubridade do meio a na 
ausência de agentes que comprometem 
a saúde dos trabalhadores. 
Está previsto na Constituição Federal, 
no art. 200, VIII:
 Art. 200. Ao sistema único de saúde 
compete, além de outras atribuições, 
nos termos da lei: 
 VIII. Colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o
do trabalho.
Meio ambiente cultural
 É integrado pelo patrimônio histórico, 
artístico, arqueológico, paisagístico, 
turístico de um povo. 
 Encontramos previsão constitucional 
no art. 216, que trata do Patrimônio 
Cultural Brasileiro.
O bem ambiental
 Meio ambiente ecologicamente 
equilibrado.
 Bem de uso comum do povo.
 Necessário à sadia qualidade de vida.
Interatividade
A preocupação com o meio ambiente é, 
relativamente, recente, se compararmos com 
o tempo de existência do ser humano na Terra. 
Preservar o meio ambiente sadio é essencial para 
possibilitar a sobrevivência da espécie humana. 
Assim, quando falamos em meio ambiente, 
estamos nos referindo aos seguintes itens, exceto:
a) As florestas e os rios do planeta.
b) Os animais silvestres e marinhos, insetos e 
seres invertebrados.
c) A cultura de um povo e seus modos de viver e 
sua relação com a região onde vivem.
d) O local onde residem, os prédios públicos, as 
praças e parques e o local onde exerce suas 
atividades laborais.
e) O ambiente virtual, nele incluído a internet.
Política Nacional de Meio Ambiente 
– Lei 6938/81 –
Lei 6938/81
 Seu objetivo é a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental 
propícia à vida, visando assegurar, no 
país, condições ao desenvolvimento 
socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da 
dignidade da vida humana (art. 2º). 
Zoneamento do espaço ambiental
 Espaços ambientaissão as porções do 
território estabelecidas com a finalidade 
de proteção, preservação, total ou 
parcial do meio ambiente.
... segue
 Previsto no plano infraconstitucional no 
art. 9°, II, da Lei 6.938/81, tem sua 
disposição constitucional no art. 225, 
§ 1°, III, e tem por objetivo evitar a 
ocupação do solo urbano ou rural 
de maneira desordenadade maneira desordenada.
 A Constituição Federal, no art. 225, § 1°, 
inciso III, estabelece ao Poder Público o 
dever de definir, em todas as unidades 
da Federação, espaços territoriais e 
seus componentes a seremseus componentes a serem 
especialmente protegidos.
Unidades de conservação
– Lei 9985/2000 –
 O art. 225, § 1°, III da Constituição 
Federal foi regulamentado em nível 
infraconstitucional por meio da Lei n°
9.985/2000, que criou as unidades de 
conservação.
 Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação: constituído pelo conjunto 
das unidades de conservação federais, 
estaduais e municipais, conforme 
disposições da Lei 9985/2000.
... segue
Unidade de conservação
 É o espaço territorial e seus recursos 
ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características 
naturais relevantes, legalmente instituído 
pelo Poder Público, com objetivos de 
conservação e limites definidos, sob 
regime especial de administração, 
ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção.
... segue
São divididas em duas categorias
I. Unidades de Proteção Integral: 
 têm como objetivo preservar a natureza. 
Por conta disso, admite-se apenas o uso 
indireto dos seus recursos naturais, comindireto dos seus recursos naturais, com 
exceção dos casos previstos na lei.
II. Unidades de Uso Sustentável: 
 têm como objetivo compatibilizar a 
conservação da natureza com o uso 
sustentável de parcela dos seussustentável de parcela dos seus 
recursos naturais.
... segue.
Zona de amortecimento
 É a área que contorna a unidade de 
conservação, onde as atividades 
humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito 
de proporcionar os meios e as condições 
para que todos os objetivos da unidade 
possam ser alcançados de forma 
harmônica e eficaz.
... segue
Corredores ecológicos
 São porções de ecossistemas naturais ou 
seminaturais, ligando unidades de 
conservação, que possibilitam entre elas o 
fluxo de genes e o movimento da biota, 
facilitando a dispersão de espécies e a 
recolonização de áreas degradadas, assim 
como a manutenção de populações que 
demandam para sua sobrevivência áreas 
com extensão maior do que aquela das 
unidades individuaisunidades individuais.
... segue
Plano de manejo
 Consiste em um documento técnico, 
mediante o qual, com fundamento nos 
objetivos gerais de uma unidade de 
conservação, se estabelece o seu 
zoneamento e as normas que devem 
presidir o uso da área e o manejo dos 
recursos naturais, inclusive a 
implantação das estruturas físicas 
necessárias à gestão da unidade, que 
deverá ser elaborado pelo órgão gestordeverá ser elaborado pelo órgão gestor, 
ou, em se tratando de reserva particular, 
pelo proprietário.
... segue
Compensação ambiental
 O empreendimento de significativo 
impacto ambiental está sujeito à 
compensação que se faz por um valor 
em dinheiro, que é destinado a unidades 
de conservação de proteção integral 
correspondente ao grau do impacto que 
o empreendimento vai causar ao meio 
ambiente. Esse grau será estabelecido 
pelo IBAMA, por meio de um estudo de 
impacto ambiental e só poderá serimpacto ambiental, e só poderá ser 
considerado uma única vez no cálculo.
Interatividade 
Para promover a preservação ambiental, em 
especial do meio ambiente natural, a lei vai 
estabelecer áreas sob regime especial de 
administração, ao qual se aplicam garantias 
adequadas de proteção. A essas áreas 
deu se o nome de:deu-se o nome de: 
a) Área reservada.
b) Unidade de tratamento intensivo.
c) Área de conserva.
d) Unidade de reservad) Unidade de reserva.
e) Unidade de conservação.
Preservação das Florestas
– Lei 12.651/2012 –
 O Código Florestal estabelece normas 
gerais para proteção da flora – vegetação 
nativa, áreas de preservação permanente, 
de uso restrito e reservas legais.
... segue
 O Código Florestal estabelece regras que 
limitam o direito de propriedade privada. 
Essa limitação vai incidir na propriedade 
imobiliária, restringindo o seu uso, 
estabelecendo-se a proibição total ou 
parcial da supressão da vegetaçãoparcial da supressão da vegetação, 
conforme se classifique o imóvel em 
área de preservação permanente, de uso 
restrito ou de reserva legal.
... segue
 Área de Preservação Permanente: área 
protegida, coberta ou não por vegetação 
nativa, com a função ambiental de 
preservar os recursos hídricos, a 
paisagem, a estabilidade geológica e a 
biodiversidade facilitar o fluxo gênico debiodiversidade, facilitar o fluxo gênico de 
fauna e flora, proteger o solo e assegurar 
o bem-estar das populações humanas;
 é uma área protegida por lei, onde não 
pode haver supressão da vegetação, salvo 
em casos de utilidade pública ou interesseem casos de utilidade pública ou interesse 
social, devidamente autorizados.
... segue
Áreas de uso restrito
 São considerados de uso restrito os 
pantanais e as planícies pantaneiras. 
 Nessas áreas, é permitido o uso 
ecologicamente sustentável, desde queecologicamente sustentável, desde que 
apoiado em recomendação técnica dos 
órgãos oficiais de pesquisa.
 A supressão de vegetação nativa para o 
uso alternativo do solo está 
condicionada a autorização do órgãocondicionada a autorização do órgão 
ambiental do Estado.
... segue
Área de reserva legal
 Área localizada no interior de uma 
propriedade ou posse rural, delimitada 
nos termos da lei, com a função de 
assegurar o uso econômico de modo 
sustentável dos recursos naturais do 
imóvel rural, auxiliar a conservação 
e a reabilitação dos processos 
ecológicos e promover a conservação 
da biodiversidade, assim como o 
abrigo e a proteção de faunaabrigo e a proteção de fauna 
silvestre e da flora nativa.
... segue
A área de reserva legal deverá ser delimitada 
da seguinte forma:
 Imóvel localizado na Amazônia Legal
 80% (oitenta por cento) no imóvel situado 
em área de florestas;em área de florestas;
 35% (trinta e cinco por cento) no imóvel 
situado em área de cerrado;
 20% (vinte por cento) no imóvel situado 
em área de campos gerais.
Imóvel localizado nas demais regiões do País
 20% (vinte por cento).
... segue
Manejo sustentável
 Administração da vegetação natural para 
a obtenção de benefícios econômicos, 
sociais e ambientais, respeitando-se 
os mecanismos de sustentação do 
ecossistema, objeto do manejo, 
e considerando-se, cumulativa 
ou alternativamente, a utilização de 
múltiplas espécies madeireiras ou não, 
de múltiplos produtos e subprodutos 
da flora assim como a utilizaçãoda flora, assim como a utilização 
de outros bens e serviços.
... segue
 As áreas de preservação ambiental, 
as florestas nativas e as formações 
sucessoras podem ser exploradas 
economicamente por meio do 
manejo sustentável.
... segue
Uso alternativo do solo
 Substituição de vegetação nativa e 
formações sucessoras por outras 
coberturas do solo, como atividades 
agropecuárias, industriais, de geração e 
transmissão de energia, de mineração e 
de transporte, assentamentos urbanos 
ou outras formas de ocupação humana.
... segue
 Mesmo em área de proteção ambiental,
é possível a exploração econômica 
com supressão da vegetação nativa, 
para uso alternativo do solo.
 Todavia, essa prática só será permitida 
desde que o imóvel tenha cadastro no 
CAR (Cadastro Ambiental Rural) e haja 
prévia autorizaçãodo órgão ambiental.
Interatividade
O que é área de reserva legal?
a) É uma área pública reservada para uso 
do Poder Judiciário.
b) É uma área especialmente reservada por 
lei para eventos públicos.lei para eventos públicos.
c) É uma área particular reservada para o 
Poder Público em tempos de guerra.
d) É uma área localizada dentro de uma 
propriedade rural, legalmente reservada 
para proteção ambientalpara proteção ambiental.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
ATÉ A PRÓXIMA!
27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 1/6
Pergunta 1
Unidade de conservação destinada a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas
naturais ali existentes, para a melhoria da qualidade de vida da população local e para a proteção
dos ecossistemas regionais.
O objetivo primordial de uma APA é:
Resposta
Selecionada:
a.
A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o
desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características
ambientais da área.
Respostas: a.
A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o
desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características
ambientais da área.
b.
A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o
desenvolvimento, adequando as várias atividades agrícolas às características
ambientais da área.
c.
A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o
desenvolvimento, adequando as várias atividades esportivas às características
ambientais da área.
d.
A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o
desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características
industriais da área.
e.
A utilização de processos naturais e da biodiversidade, orientando o
desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características
ambientais da área.
Pergunta 2
A Agenda XXI, principal documento resultante da Conferência do Rio em 1992, apresentou um rol
de programas que podem ser considerados instrumento fundamental para a elaboração de políticas
públicas em todos os níveis e que privilegiavam a iniciativa local. Nela, questões como:
Resposta
Selecionada:
a.
Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces
e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavam­se problemas do planeta e
da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em
seus capítulos.
Respostas: a.
Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces
e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavam­se problemas do planeta e
da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em
seus capítulos.
b.
Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces
e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavam­se problemas de cada
indíviduo e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus
capítulos.
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 2/6
c.
Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces
e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavam­se problemas do planeta e
da humanidade e assumiam o novo centro da temática industrial, abordados em
seus capítulos.
d.
Desenvolvimento insustentável, espécies determinadas, mudanças climáticas,
águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavam­se problemas
do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental,
abordados em seus capítulos.
e.
Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces
e oceanos) e resíduos (somente o lixo orgânico) tornavam­se problemas restritos,
de alguns setores da humanidade e assumiam o novo centro da temática
ambiental, abordados em seus capítulos.
Pergunta 3
A década de 1980 é marcada com um grande avanço na política ambiental no Brasil e a
concepção de compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento foi fortalecida nas esferas nacional
e internacional quando:
Resposta
Selecionada:
a.
A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983,
divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo
paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por
representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários.
Respostas: a.
A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983,
divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo
paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por
representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários.
b.
A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983,
divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo
paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por
representantes da ONU.
c.
A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983,
divulgou o conceito ambiente. A emergência de um novo paradigma fez com que
essa palavra passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade
civil e dos empresários.
d.
A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983,
divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo
paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por
representantes das empresas privadas, da sociedade civil e dos empresários.
e.
A Comissão Brundtland, criada pelo MERCOSUL em 1983, divulgou o conceito
“desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que
essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da
sociedade civil e dos empresários.
Pergunta 4
O zoneamento ambiental, instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, consiste em:
Resposta
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 3/6
Selecionada: a.
Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam
determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício
de outras em razão das características ambientais e socioeconômicas do local”.
Respostas: a.
Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam
determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício
de outras em razão das características ambientais e socioeconômicas do local”.
b.
Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam
determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício
de outras em razão das características do local”.
c.
Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam
determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício
de outras em razão das características demográficas do local”.
d.
Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam
determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício
de outras em razão das características culturais do local”.
e.
Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam
determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício
de outras em razão das características arquitetônicas do local”.Pergunta 5
A política ambiental hoje no Brasil traz muitos avanços no que diz respeito à participação dos
governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil organizada. Essa dinâmica
contribui para:
Resposta
Selecionada:
a.
A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na
definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais.
Respostas: a.
A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na
definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais.
b.
A melhoria da qualidade da governança ambiental garante que, na definição das
políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais.
c.
A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na
definição das políticas, não sejam priorizados os interesses socioambientais.
d.
A melhoria da qualidade da governança em geral, porém não garante que, na
definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais.
e.
A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na
definição das políticas, sejam priorizados os interesses diversos.
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 4/6
O Código Florestal contribuiu para a criação do primeiro parque nacional brasileiro em 1937, o
Parque Nacional de Itatiaia, e dois anos depois foram criados os parques nacionais de Iguaçu e da
Serra dos Órgãos:
Resposta
Selecionada:
d.
A política ambiental preservacionista dos anos 30 foi colocada em segundo plano
nas décadas de 40 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização
e no desenvolvimento acelerado.
Respostas: a.
Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política
ambiental preservacionista dos anos 1950 foi colocada em segundo plano nas
décadas de 1960 e 70, quando foram concentrados esforços na industrialização e
no desenvolvimento acelerado.
b.
A política ambiental preservacionista dos anos 20 foi colocada em segundo plano
nas décadas de 1940 e 50, quando foram concentrados esforços na
industrialização e no desenvolvimento acelerado.
c.
A política ambiental preservacionista dos anos 1970 foi colocada em segundo
plano nas décadas de 1980 e 90, quando foram concentrados esforços na
industrialização e no desenvolvimento acelerado.
d.
A política ambiental preservacionista dos anos 30 foi colocada em segundo plano
nas décadas de 40 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização
e no desenvolvimento acelerado.
e.
Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política
ambiental preservacionista dos anos 1.990 foi colocada em segundo plano nas
décadas de 2.000 e 2.010, quando foram concentrados esforços na
industrialização e no desenvolvimento acelerado.
Pergunta 7
O período pré­Eco 92 foi farto de medidas emergenciais com vistas ao atendimento da opinião
pública internacional.
Resposta
Selecionada:
e.
Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos,
fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo,
demarcação do território ianomâmi, entre outros.
Respostas: a.
Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos,
fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Charuto,
demarcação do território ianomâmi, entre outros.
b.
Entre elas, podemos citar: bombardeio de algumas florestas, fechamento do poço
de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do território
ianomâmi, entre outros.
c.
Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos,
fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra das Araras,
demarcação do território ianomâmi, entre outros.
0,5 em 0,5 pontos
27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 5/6
d.
Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso da FAB, fechamento
do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do
território ianomâmi, entre outros.
e.
Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos,
fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo,
demarcação do território ianomâmi, entre outros.
Pergunta 8
Esta é uma categoria de unidade de conservação recente que, no Brasil, surgiu no início dos anos
1980 (Artigo 8º da Lei Federal no 6.902, de 27/04/1981), junto com diversos outros instrumentos da
Política Nacional de Meio Ambiente destinados à conservação ambiental.
Por suas características, as APAs do Brasil se assemelham:
Resposta
Selecionada:
a.
Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, França e
Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da
Alemanha.
Respostas: a.
Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, França e
Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da
Alemanha.
b.
Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, China
Japão, Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à
Paisagem da Alemanha.
c.
Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Noruega, Itália e
Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da
Alemanha.
d.
Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Colômbia, Peru e às
"Landschaftsschvutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha.
e.
Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Coreia, Irlanda e
Grécia e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da
Alemanha.
Pergunta 9
Na verdade, o maior problema da política ambiental hoje é a dificuldade em promover a
transversalidade, considerando
Resposta
Selecionada:
b. 
Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam
eles econômicos, políticos ou sociais.
Respostas: a. 
Os poucos interesses que permeiam a sociedade, sejam eles econômicos,
políticos ou sociais.
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 6/6
b. 
Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam
eles econômicos, políticos ou sociais.
c. 
Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores da indústria, sejam
eles econômicos, políticos ou sociais.
d.
Os múltiplos interesses que não permeiam os diversos setores do governo,
sejam eles econômicos, políticos ou sociais.
e. 
Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam
eles econômicos ou não econômicos.
Pergunta 10
Ao contrário de outras unidades de conservação, as APAs podem incluir terras de propriedade
privada, não exigindo, portanto, a desapropriação de terras. Assim, uma APA não impede o
desenvolvimento de uma região, permite a manutenção das atividades humanas existentes:
Resposta
Selecionada:
b. 
E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a
degradação dos recursos naturais.
Respostas: a.
E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a
degradação dos recursos naturais e artificiais.
b. 
E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a
degradação dos recursos naturais.
c.
E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a
degradaçãodos recursos naturais e internacionais.
d. 
E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a
degradação dos recursos naturais públicos.
e. 
E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a
degradação dos recursos antinaturais.
0,5 em 0,5 pontos
27/10/2016 Revisar envio do teste: Atividade TeleAula I (2016/2) – ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46762068_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430389_1&return_content=… 1/2
Pergunta 1
A Organização das Nações Unidas realizou três importantes conferências sobre o meio ambiente:
na Suécia, em 1972; no Brasil, em 1992; na África do Sul, em 2002. Fazendo­se uma avaliação
desses trinta anos, pode­se afirmar que
Resposta
Selecionada:
c.
Aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os países capitalistas não se
dispõem a diminuir a produção industrial e a modificar os padrões de consumo.
Resposta
Correta:
c.
Aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os países capitalistas não se
dispõem a diminuir a produção industrial e a modificar os padrões de consumo.
Feedback da resposta: Resposta: C
Pergunta 2
A preocupação com o meio ambiente é, relativamente, recente, se compararmos com o tempo de
existência do ser humano na Terra. Preservar o meio ambiente sadio é essencial para possibilitar a
sobrevivência da espécie humana. Assim, quando falamos em meio ambiente, estamos nos
referindo aos seguintes itens, exceto:
Resposta Selecionada:
e. 
O ambiente virtual, nele incluído a internet
Resposta Correta:
e. 
O ambiente virtual, nele incluído a internet
Feedback da resposta: Resposta: E
Pergunta 3
O que é área de reserva legal?
Resposta
Selecionada:
d. 
É uma área localizada dentro de uma propriedade rural, legalmente reservada
para proteção ambiental.
Resposta
Correta:
d. 
É uma área localizada dentro de uma propriedade rural, legalmente reservada
para proteção ambiental.
Feedback da resposta: Resposta: D
 
 
 
Pergunta 4
Para promover a preservação ambiental, em especial do meio ambiente natural, a lei vai
estabelecer áreas sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas
de proteção. A essas áreas deu­se o nome de:
Resposta Selecionada:
e. 
Unidade de conservação.
Resposta Correta:
0 em 0 pontos
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27/10/2016 Revisar envio do teste: Atividade TeleAula I (2016/2) – ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46762068_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430389_1&return_content=… 2/2
e. 
Unidade de conservação.
Feedback da resposta: Resposta; E
 
Instrumentos da Política de Proteção Ambiental 
 
Nos últimos anos, o debate sobre a escolha de instrumentos de política ambiental no Brasil 
vem se intensificando e abrindo espaço para a contribuição de economistas. "A ecologia deve 
conversar com a economia". 
Vantagens versus desvantagens do atraso em relação ao debate internacional é o dilema 
sempre presente em países como o nosso. O Brasil pode se beneficiar do atraso, oferecendo 
soluções criativas e apropriadas às nossas condições específicas. 
Outra alternativa é ceder à tentação de reproduzir aqui propostas de políticas ambientais, 
defendidas com veemência por economistas entusiasmados com modelos econômicos 
padrões e recomendadas por organizações multilaterais (OECD, Banco Mundial e BID), mas 
ainda pouco difundidas naqueles países, que dispõem de uma capacidade institucional mais 
adequada a esta orientação política do que a que se apresenta no Brasil. 
Não há dúvida de que a teoria econômica que oferece um suporte imediato para a discussão 
de instrumentos de política ambiental é a microeconomia neoclássica, especificamente seu 
conceito de externalidades. Aplicar instrumentos econômicos – em especial, as environmental 
taxes – que "internalizem" as externalidades no processo de decisão do agente agressor do 
meio ambiente, fazendo valer o princípio do "poluidor-pagador", é a orientação vencedora no 
debate internacional sobre política ambiental. 
A despeito do crescente interesse pelos instrumentos econômicos, sua repercussão na 
experiência internacional de política ambiental ainda é modesta se comparada com a extensão 
em que são empregados outros instrumentos – na linha de "comando e controle" – ou com o 
total dos impostos praticados nos países industrializados. 
 
Instrumentos da Política de Proteção Ambiental – ll 
 
As vantagens atribuídas aos instrumentos econômicos pelos economistas neoclássicos são, 
normalmente, apresentadas a partir de contraposições aos mecanismos de regulação direta, 
também conhecidos como políticas de "comando e controle", uma vez que estas impõem 
modificações no comportamento dos agentes poluidores por meio de: 
Brasília, de 24 a 26 de março de 1997. 
(1) Padrões de poluição para fontes específicas (limites para emissão de determinados 
poluentes, por exemplo, de dióxido de enxofre). 
(2) Controle de equipamentos: exigência de instalação de equipamentos antipoluição (por 
exemplo, filtros); obrigatoriedade de uso de tecnologias "limpas" já disponíveis. 
(3) Controle de processos (exemplo: exigência de substituição do insumo empregado – de 
óleo, combustível com alto teor de enxofre, para outro com baixo teor). 
(4) Controle de produtos: visa à geração de produtos "(mais) limpos", estabelecendo normas 
para produtos cujo processo de produção ou consumo final acarrete alguma forma de poluição. 
 
Exemplos: especificação da quantidade de agrotóxicos em produtos agrícolas e proibição de 
fabricação de carros com baixo desempenho energético. 
(5) Proibição total ou restrição de atividades a certos períodos do dia, áreas etc., por meio de: 
concessão de licenças (não comercializáveis) para instalação e funcionamento; fixação de 
padrões de qualidade ambiental em áreas de grande concentração de poluentes; e 
zoneamento. Tais medidas têm por finalidade um controle espacial das atividades dos agentes 
econômicos (outro exemplo é o rodízio de automóveis na cidade de São Paulo), procurando 
resguardar a capacidade de absorção de poluição do meio ambiente em questão. 
(6) Controle do uso de recursos naturais por intermédio da fixação de cotas (não 
comercializáveis) de extração (exemplos: para extração de madeira e pesca; no caso da 
madeira, o governo pode exigir uma cota-árvore de reflorestamento para cada unidade de 
extração). 
A principal característica da política de "comando e controle" é que esta, em base legal, trata o 
poluidor como "ecodelinquente" e, como tal, não lhe dá chance de escolha: ele tem que 
obedecer a regra imposta, caso contrário se sujeita a penalidades em processos judiciais ou 
administrativos. A aplicação de multas em casos de não cumprimento da obrigação é bastante 
usual. 
Essa característica é considerada uma grande desvantagem para uns e uma importante 
vantagem para outros. Desvantagem: os poluidores não têm liberdade para selecionar e 
promover os ajustes no tempo que lhes convier; não é uma regra justa, uma vez que não leva 
em consideração as distintas situações dos agentes individuais para cumprir a obrigação. 
Vantagem: estes instrumentos têm uma elevada eficácia ecológica – uma vez fixada a norma 
(de modo apropriado), será cumprida (se os poluidores não violarem a lei). 
 
 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
 
A convenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental Transfronteiriço foi assinada em Espoo 
(Finlândia), em 25 de fevereiro de 1991. 
 
O acordo foi adotado no âmbito da Comissão das Nações Unidas para a Europa, tendo entrado 
em vigor em 10 de setembro de 1997. 
 
O preâmbulo salienta a importância de serem considerados osfatores ambientais no começo 
do procedimento decisório e em todos os escalões administrativos. Dessa forma, melhora-se a 
qualidade das informações fornecidas aos responsáveis, permitindo-lhes tomar decisões 
racionais do ponto de vista ambiental, limitando-se o quanto possível o impacto prejudicial das 
atividades pretendidas. 
 
 
A avaliação de impacto sobre o meio ambiente designa um procedimento nacional, tendo por 
objetivo avaliar o impacto provável de uma atividade proposta sobre o meio ambiente (art. 1, 
VI). É um ato de soberania de cada país, e não se criou órgão internacional algum para efetuar 
esse estudo. 
 
Os efeitos transfronteiriços constatados e analisados no procedimento de EPIA serão objeto de 
negociações bilaterais ou multilaterais. 
 
“O termo impacto designa qualquer efeito de uma atividade proposta sobre o meio ambiente, 
notadamente sobre a saúde e a segurança, a flora, a fauna, o solo, o ar, a água, o clima, a 
paisagem e os monumentos históricos ou outras construções ou a interação entre estes 
fatores” (art.1, VIII). 
 
A Convenção de Espoo trata, no art. 2, em 10 parágrafos, das disposições gerais. Resumindo 
essas normas, apontamos: os países engajam-se a tomar, isolada ou conjuntamente, todas as 
medidas apropriadas e eficazes para prevenir, reduzir e combater o impacto ambiental 
transfronteiriço; a avaliação de impacto ambiental deverá ser efetuada tendo em vista as 
atividades indicadas no Apêndice II, antes da autorização administrativa e do começo da 
atividade proposta: os países obrigam-se a notificar aos países que poderão sofrer as 
consequências das atividades propostas; procedimento de avaliação ambiental aberto à 
participação do público tanto do país que o elabora quanto do público das áreas dos países 
que poderão sofrer o impacto ambiental; além de avaliar a atividade proposta concretamente, 
os países farão esforços no sentido de aplicar os princípios da avaliação de impacto ambiental 
nas políticas, planos e programas. 
 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
 
Com a Constituição de 1988, as políticas ambientais evoluem e estados e municípios passam a 
ter competência para formularem suas próprias políticas, ao mesmo tempo em que determina 
ser direito de todos, um meio ambiente ecologicamente equilibrado e que é dever do poder 
público e da coletividade defendê-lo e preservá-lo. 
No plano institucional, a área ambiental do Estado, influenciada pela Constituição de 1988, 
transformava-se com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), em 1989, que passa a ter a missão de formular, coordenar e 
executar a Política Nacional de Meio Ambiente. Logo após, em 1992, foi criado o Ministério do 
Meio Ambiente, órgão de hierarquia superior que passa a ter a missão de formular a Política de 
Meio Ambiente no Brasil e o IBAMA passa a ter uma atuação mais voltada para fiscalização. A 
década de 1990 se inicia com avanço na estrutura dos órgãos ambientais de Estado e também 
nas discussões sobre a necessidade de implementação de um modelo de desenvolvimento 
ambiental e socialmente sustentável em escala planetária. 
 
Essas discussões culminaram com a realização da II Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO’92), repercutindo profundamente na política ambiental 
brasileira. A conferência reuniu 179 chefes de Estado e de Governo, empresários e contou com 
uma inédita participação da sociedade civil por meio do Fórum das ONGs. Diversos 
documentos foram assinados como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças 
do Clima, a Convenção da Diversidade Biológica, a Carta da Terra, o Protocolo de Florestas, a 
Agenda 21 Global, entre outros. A RIO’92 foi um divisor de águas na política ambiental, pois, 
além de contribuir para maior participação das ONGs, trouxe também o universo empresarial 
para as questões ambientais, e os investimentos das empresas em meio ambiente passaram a 
ser crescentes nos anos subsequentes. Além disso, a conferência lançou novas políticas 
fomentadas por doações de cooperação internacional como o Programa Piloto para a Proteção 
das Florestas Tropicais do Brasil – PPG7. 
A RIO’92, de uma forma geral, não produziu mecanismos efetivos de alcance global para 
assegurar a aplicação de suas resoluções – a responsabilidade pelo cumprimento das 
decisões foi transferida aos Estados, que prioriza seus interesses nacionais. Após a RIO’92, a 
política ambiental no Brasil deu um salto qualitativo com a aprovação da Lei de Crimes 
Ambientais ou Lei da Natureza, nº 9.605/98. A sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o 
Ministério Público passaram a contar com um instrumento que lhes garante agilidade e eficácia 
na punição aos infratores do meio ambiente. Com o surgimento da lei, as pessoas jurídicas 
passaram a ser responsabilizadas criminalmente, permitindo a responsabilização da pessoa 
física autora ou coautora da infração. 
O ano de 2000 se inicia com a aprovação da Lei nº 9985/2000, que institui o Sistema Nacional 
de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC), dividindo as unidades de conservação em 
Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. O SNUC reflete um avanço na 
política ambiental brasileira considerando que veio fortalecer a perspectiva de uso sustentável 
dos recursos naturais, das medidas compensatórias e de uma descentralização mais 
controlada da política ambiental no Brasil. 
Dois anos após a criação do SNUC, foi lançada a Agenda 21 Brasileira, em 2002, com vasta 
consulta à população brasileira, universidades, organizações não governamentais, órgãos 
públicos dos diversos entes federativos. A criação da Agenda 21 Brasileira foi um avanço à 
medida que sensibiliza os governos locais e estaduais a encararem suas responsabilidades 
para um desenvolvimento sustentável, e a tomarem iniciativas para elaboração de suas 
Agendas 21 locais, por meio de planejamento estratégico e participativo. 
O Século 21 se inicia, assim, com a política ambiental mais participativa tendo em vista o 
crescente aumento dos conselhos deliberativos e consultivos. Em agosto de 2001, foi criado o 
Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), que hoje possibilita a participação dos 
povos indígenas, das comunidades locais, das empresas e de organizações ambientalistas, 
como convidados permanentes com direito a voz. Em 2003, foram estabelecidas a Comissão 
Nacional de Biodiversidade (CONABIO) e a Comissão Nacional de Florestas (CONAFLOR), 
com representantes do governo e da sociedade civil. Além disso, houve o aumento de 
 
representatividade do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) de 29 para 57 
membros. Os anos seguintes contaram com o aumento da Comissão de Política de 
Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 (CPDS) de 10 para 34 membros e com a 
ampliação do conselho do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) – estes são indicadores 
que refletem a maior participação da sociedade na Política Ambiental. 
Com a mudança de gestão no Ministério do Meio Ambiente, surgem novas diretrizes para a 
política ambiental no Brasil, dentre as quais se destacam o fortalecimento do Sistema Nacional 
do Meio Ambiente (SISNAMA) com objetivo de promover a gestão ambiental compartilhada 
entre os governos federal, estadual e municipal; a efetivação do chamado princípio da 
transversalidade, no qual a política ambiental deixa de ser setorial para entrar na agenda dos 
diversos ministérios e órgãos públicos, e o maior controle e participação social nas políticas 
ambientais. 
A participação social passa a ser ampliada com a realização da Conferência Nacional do Meio 
Ambiente, uma iniciativa que conta com a crescente participação de milhares

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