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Caro aluno, Seja bem-vindo. Nesta nossa disciplina, trataremos de uma gama de assuntos a partir da relação do cidadão com o ambiente, com o objetivo principal de desenvolver conteúdos relacionados à Participação Política e Meio Ambiente e, principalmente, por meio de conhecimentos teóricos, gerar capacidade no aluno para expor um juízo de valor em relação à complexidade que envolve disciplina e conceito. Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que você dedique ao menos 3 horas por semana para esta disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de autoavaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana. Para facilitar seu trabalho, apresentaremos os assuntos que deverão ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a leitura complementar sugerida. No mínimo, você deverá buscar entender muito bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior se acompanhar, também, a leitura complementar. Você mesmo perceberá isso, ao longo dos estudos. A – Conteúdos (assuntos) e leituras sugeridas Assuntos/módulos Leituras Sugeridas Fundamental Complementar Texto 1 Política Ambiental – I Texto 1.1 Política Ambiental – II Livro-texto 1 Livro-texto 1.1 Texto 2 Espécies de Instrumentos de Política Ambiental – Lei nº 6.938/1981 – I Livro Espécies de Instrumentos de Política Ambiental – da Lei nº 6.938/1981 – II Livro-texto 2 Livro-texto 2.1 . 3 - Texto 3 Livro-texto 3 Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) – Decreto nº 4.297, de 10 de Julho de 2002 – I Livro-texto 3.1 Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) – Decreto nº 4.297, de 10 de Julho de 2002 – II Texto 4 Áreas de Proteção Ambiental – I Texto 4.1 Áreas de Proteção Ambiental – II Livro-texto 4 Livro-texto 4.1 Texto 5 Instrumentos da Política de Proteção Ambiental – I Texto 5.1 Instrumentos da Política de Proteção Ambiental – II Livro-texto 5 Livro-texto 5.1 . Texto 6 O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – I Texto 6.1 O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – II Livro-texto 6 Livro-texto 6.1 Texto 7 O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – I Texto 7.1 O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – II Livro-texto 7 Livro-texto 7.1 Texto 8 O Plano Diretor Municipal e a Proteção ao Meio Ambiente – I Texto 8.1 O Plano Diretor Municipal e a Proteção ao Meio Ambiente – II . Livro-texto 8 Livro-texto 8.1 . Nota: ver as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes de consulta indicadas B – Avaliações Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das datas das suas provas, dentro dos períodos especificados. Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de se preparar para as avaliações é realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados para você neste sistema de disciplinas on-line. O que tem de ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são as repetições dos exercícios da autoavaliação. Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os assuntos que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito: Conteúdos a serem exigidos nas avaliações Avaliações Assuntos Exercícios de autoavaliação relacionados NP1 Do assunto 1 até o assunto 4 Todos os exercícios NP2 Do assunto 1 até o assunto 8 Todos os exercícios Substitutiva Toda a matéria Todos os exercícios Exame Toda a matéria Todos os exercícios C – Referências bibliográficas · Livros-textos: série 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Política Ambiental I Na década de trinta, o Brasil inicia um período de consolidação de investimentos públicos e privados em grandes obras de infraestrutura. Nessa época, não se falava em desenvolvimento sustentável, porém, já havia uma vertente de política ambiental orientada apenas para preservação. Existia um movimento de políticos, jornalistas e cientistas que se organizavam para discutir políticas de proteção ao patrimônio natural. Esses grupos contribuíram para elaboração do primeiro Código Florestal Brasileiro em 1934 – instituído pelo Decreto 23793/1934 –, no qual eram definidas bases para proteção dos ecossistemas florestais e para regulação da exploração dos recursos madeireiros. O Código Florestal contribuiu para a criação do primeiro parque nacional brasileiro em 1937, o Parque Nacional de Itatiaia, e dois anos depois foram criados os parques nacionais de Iguaçu e da Serra dos Órgãos. Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política ambiental preservacionista dos anos 1930 foi colocada em segundo plano nas décadas de 1940 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. Nessa década de 1960, a preocupação com a conservação do meio ambiente foi institucionalizada com a aprovação da Lei nº 4.771 de 15/09/1965, que instituía o novo Código Florestal Brasileiro, que visava, sobretudo, à conservação dos recursos florestais, criando novas tipologias de áreas protegidas com as Áreas de Preservação Permanente, que permaneceriam intocáveis para garantir a integridade dos serviços ambientais; e a Reserva Legal, que transferia compulsoriamente para os proprietários rurais a responsabilidade e o ônus da proteção. Quase dois anos após a criação do novo código florestal brasileiro foi criado o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que tinha a missão de formular a política florestal no país e adotar as medidas necessárias à utilização racional, à proteção e à conservação dos recursos naturais renováveis. A década de 1970 se inicia com a realização da Conferência de Estocolmo de 1972, na qual o Brasil defendia a ideia de que o melhor instrumento para combater a poluição é o desenvolvimento econômico e social. Diante das pressões externas e da sociedade que acusavam o governo brasileiro de defender o desenvolvimento a qualquer custo, era emergente a necessidade de se criar um projeto ambiental nacional que contribuísse para reduzir os impactos ambientais decorrentes do crescimento causado pela política desenvolvimentista. Como resposta, foi criada em 1973, a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), vinculada ao Ministério do Interior, “orientada para conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais”, passando a dividir funções com o IBDF. Nessa década, ganhava força a visão de ecodesenvolvimento que já defendia a conciliação dos aspectos econômicos, sociais e ambientais no desenvolvimento. Essa visão começa a ser internalizada na política ambiental brasileira com a promulgação da Lei nº 6938/81, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente. Esta passa a utilizar como instrumento de planejamento do desenvolvimento dos territórios o Zoneamento Econômico Ecológico e, como um dos instrumentos de política ambiental, a “avaliação de impactos ambientais”. Além disso, cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que passam a ser os principaisinstrumentos de uma política ambiental orientada para ações descentralizadas. Logo, as atividades causadoras de degradação ambiental passaram a depender do prévio licenciamento do órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A lei cria a obrigação do licenciamento e a resolução nº 1/1986 do Conselho Nacional do Meio ambiente (CONAMA) cita as atividades que precisam elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Assim, a década de oitenta é marcada com um grande avanço na política ambiental no Brasil e a concepção de compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento foi fortalecida nas esferas nacional e internacional, quando a Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários. Política Ambiental II O período pré-Eco-92 foi farto de medidas emergenciais com vistas ao atendimento da opinião pública internacional. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do território ianomâmi, entre outros. A preparação para a participação na Unced- 92 por meio da elaboração do relatório nacional para a definição das posições brasileiras pela Comissão Interministerial de Meio Ambiente (Cima), coordenada pelo Itamarati (Ministério das Relações Exteriores), foi um sinal significativo de que o tema meio ambiente se tornava matéria importante da política externa do país. A Cima coordenou representantes de 23 órgãos públicos para a elaboração do relatório nacional com as posições do Brasil para a Unced-92. Foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, transformada mais tarde em Ministério do Meio Ambiente (MMA). Como resultado das discussões do evento, o controle da poluição industrial e da gestão do ambiente urbano foi priorizado como uma questão de cidadania local, dos governos locais e do mercado de crédito e tecnologias. A água que bebemos, o ar que respiramos, a contaminação dos alimentos que consumimos, o lixo e os resíduos que produzimos, as áreas verdes e de recreação e lazer ou o silêncio de que desfrutamos agora seriam problemas do mercado e da cidadania – a ser provida pelos governos locais. A Agenda XXI, principal documento resultante da conferência, apresentou um rol de programas que podem ser considerados instrumento fundamental para a elaboração de políticas públicas em todos os níveis e que privilegiavam a iniciativa local. Nela, questões como desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavam-se problemas do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus capítulos. A Agenda, no entanto, não teve a força de lei das convenções e necessitava de cerca de 600 bilhões de dólares anuais para ser implantada no mundo. Além disso, sofreu com o denominador mínimo provocado pelo consenso exigido nos encontros internacionais, o que tornou o texto muitas vezes vago, sem prazos, nem compromissos. Ao longo dos anos 1990, o modelo de política ambiental executado no Brasil entrou em crise. Por um lado, por não atender à nova pauta da política internacional definida na Eco-92; por outro, por não atender às demandas de cidadania e de consciência ambiental que se generalizava. Isso fez com que se evidenciasse, finalmente, a necessidade de redefinição das opções de política ambiental e do próprio papel do Estado brasileiro. A criação do Ibama não consolidou um modelo institucional adaptado aos novos desafios. O próprio Ministério do Meio Ambiente, segundo Celso Bredariol, “sempre viveu uma grande defasagem entre prática e proposta de política ambiental”. Segundo o MMA, a sua proposta consiste em conceder “especial ênfase à inserção da dimensão ambiental nas decisões de políticas públicas” e à “introdução da variável ambiental como critério relevante nas decisões de política econômica e de financiamentos de projetos pelas agências oficiais de desenvolvimento [...]”. Buscando a adoção de uma política de corresponsabilidade e parceria por meio do diálogo, do convencimento e da conscientização da sociedade para a prática de uma gestão otimizada de seus recursos naturais, o MMA procurou também transferir, total ou parcialmente, a Estados, municípios, ONGs e outras entidades públicas e privadas, o planejamento e a execução de políticas ambientais. No entanto, segundo Hageman, o MMA quase não dispõe de outros recursos, a não ser os das agências multilaterais e, mesmo estes, de acordo com Freitas, são de difícil utilização, tendo em vista fatores como a rigidez dos financiadores, a pouca participação da sociedade, a morosidade dos projetos e a necessidade de contrapartidas, entre outros. Espécies de Instrumentos de Política Ambiental A Gestão Ambiental no Brasil tem como um de seus principais referenciais a Política Nacional do Meio Ambiente estabelecida pela Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, com seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Dentre os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente, está o de divulgação de dados e informações ambientais ligando-a a formação de uma consciência pública sobre a qualidade ambiental (Art. 4º, Brasil, 2009). Dentre seus mecanismos de formulação e aplicação, a Política Nacional do Meio Ambiente, nos termos do artigo 9º, tem como um de seus instrumentos “a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes”, como consta do inciso XI – incluído pela Lei nº 7.804, de 18 de julho de 1989 (Brasil, 2009). Em 2003, a Lei federal brasileira nº 10.650 dispôs sobre o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente. Apesar de esta lei causar implicações para os organismos dos poderes públicos, isto por si só não significa que ela dá cabo de regular todo o instrumento em foco. Supõe-se que, ao menos em parte, o instrumento em questão foi regulado. Investigou o que é abrangível nas informações ambientais relacionadas ao instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente consistente na garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente. Para tanto, verificando o alcance do instrumento em estudo da Política Nacional do Meio Ambiente e o que foi efetivamente regulado pela Lei nº 10.650/2003. Esta avaliação foi ainda da não equivalente abrangência do instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, consistente na garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente, o qual obriga ainda o poder público a produzi-las, quando inexistentes, em relação à sua regulação pela Lei nº 10.650/2003 e ao princípio da informação. Para tanto, verificada a possibilidade de que o instrumento em foco não carece de mais regramento para sua aplicação em relação aos demais instrumentos. Como referenciais teóricos este trabalho teve alguns princípios do Direito Constitucional e do Direito Ambiental, particularmente os princípios da informação e da publicidade (Machado, 2005). Os princípios são os elementos que predominam no estabelecimento dos sistemas políticos e jurídicos, servem como parâmetros para a interpretação de seu teor conceitual e normativo por identificar desígnios e valores tutelados pelo Estado de Direito.Utilizando-se como referência a escala inicialmente proposta por Arnstein (1969), considerando os trabalhos a partir desta empreendidos por outros autores, estabeleceu Arnstein (1969) uma escala para verificação qualitativa do fluxo de informações entre a estrutura governamental ou prestadores de serviços transferidos em relação à participação social. Muito frequentemente na esfera pública, a ênfase é colocada em uma só orientação de fluxo de informação – de funcionários para cidadãos – sem ser provido de canais de retroalimentação e nenhuma possibilidade para negociação. Sob estas condições, as pessoas têm pouca oportunidade para influenciar o programa supostamente projetado para o benefício delas. As ferramentas mais frequentes usadas para tal comunicação de uma só orientação de fluxo são as mídias de notícias, folhetos, cartazes, e as respostas a investigações. Também reuniões podem ser transformadas em veículos para comunicação de uma só orientação de fluxo pelo simples dispositivo de prover informação superficial, desencorajar perguntas, intimidar rotulando como futilidade, com jargão ou prestígio pessoal, ou ainda, dar respostas irrelevantes (Arnstein, 1969). Baseado na citada obra de Arnstein (1969), Weidemann & Femers (1993 apud Tang; Waters, 2005) consideram que a participação pública aumenta com o nível de acesso a informação, como também com o grau para o qual os cidadãos têm direitos no produzir a decisão. Assim, a importância do tema em um enfoque geral, embora já evidenciada, vincula- se a relevantes efeitos das normas correlatas em relação aos entes privados e públicos e suas práticas e organização em relação ao conjunto de dados ambientais. E, partindo disto, há um potencial reflexo em ações relacionadas à proteção do ambiente e ao desenvolvimento sustentável no Brasil. O que pode ocorrer por meio da criação, sistematização e aplicação de conhecimento suscetível a dar subsídio a iniciativas que favoreçam a conservação ambiental e a participação social. Espécies de Instrumentos de Política Ambiental ll No plano institucional, a área ambiental do governo federal sofreu uma grande transformação com a aprovação da medida provisória que dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, fruto do desmembramento do IBAMA, que passa a ser responsável apenas pelo licenciamento ambiental, o controle da qualidade ambiental, a autorização do uso dos recursos naturais e a fiscalização. Já o Instituto Chico Mendes fica responsável pela gestão e proteção de unidades de conservação, orientando-se para políticas de uso sustentável. Essa divisão gerou resistência por partes dos servidores e alguns representantes da área ambiental – criou-se, assim, a visão equivocada de que essa mudança está prejudicando a política ambiental do país. Na verdade, o maior problema da política ambiental hoje é a dificuldade em promover a transversalidade, considerando os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. Os interesses econômicos em geral consideram o meio ambiente um entrave ao desenvolvimento de suas atividades e ao crescimento do Brasil. Tais interesses pressionaram fortemente o governo em diversos casos, como os transgênicos, a usina nuclear de Angra 3, as hidroelétricas do Rio Madeira e a transposição do Rio São Francisco. A política ambiental hoje no Brasil traz muitos avanços no que diz respeito à participação dos governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil organizada. Essa dinâmica contribui para a melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais. A perspectiva do desenvolvimento sustentável enfrenta oposição em diversos segmentos do mercado e, até mesmo, em certos setores do governo, ao enxergarem equivocadamente o meio ambiente como um entrave ao desenvolvimento, quando, na verdade, é um elemento propulsor do desenvolvimento. No caso do Brasil, a biodiversidade é responsável por aproximadamente 50% do PIB. Assim, é fundamental que empresas, sociedade e governo estejam em sintonia, visando conciliar também os interesses sociais e ambientais. Os interesses econômicos que procuram inviabilizar a transversalidade constituem o grande obstáculo para a promoção de uma política ambiental integrada para o desenvolvimento sustentável. Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) O ZEE foi introduzido no país no início da década de 1990, inspirado na Carta Europeia de Ordenação Territorial da década anterior (1983), pelo governo federal como metodologia de organização territorial para a Amazônia Legal. No conceito adotado pelo órgão federal da época, para a SAE-PR – Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o ZEE seria a “expressão espacial das políticas econômica, social, cultural e ecológica”. Considerado ainda como um instrumento para “racionalizar a ocupação e redirecionar as atividades, servindo de subsídio às estratégias e ações de planos regionais em busca do desenvolvimento sustentável”. Seria também “instrumento político e técnico de planejamento, visando otimizar o uso do espaço e as políticas públicas. Instrumento técnico para organizar informações sobre o território necessárias ao planejamento da ocupação racional e do uso sustentável dos recursos naturais. Instrumento político para aumentar a eficácia das decisões políticas e da intervenção pública na gestão do território e criar canais de negociação entre as várias esferas de governo e a sociedade civil” (ROSS, 2001). Nesse conceito, o ZEE foi também considerado instrumento de apoio à Gestão Ambiental, definindo diretrizes e balizamentos para as atividades e intervenções no território e estabelecendo critérios e parâmetros para as normas e práticas de licenciamento e fiscalização dessas atividades e o monitoramento da qualidade ambiental. Decorreu daí outro propósito do ZEE que seria o de auxiliar na definição e aplicação de políticas de uso e ocupação da terra e de reordenamento de espaço físico já ocupado. O ZEE seria, portanto, um instrumento dinâmico, atualizado e atuante dentro da realidade local e presente na vida das comunidades residentes em sua jurisdição. Para cumprir esses propósitos, o ZEE necessitaria de um suporte político-administrativo, provendo prestígio e recursos humanos, tecnológicos e financeiros necessários. Pelas suas preocupações regionais e locais, esse suporte não poderia ficar restrito à esfera federal, mas descer até a estadual e municipal, guardando, todavia, estreita relação e cooperação entre si. Nesse sentido, foram incorporadas ao ZEE Físico-Territorial as dimensões socioeconômicas e político-institucionais (ROSS, 2001). Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) ll O zoneamento ambiental, instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, consiste em procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características ambientais e socioeconômicas do local”. Pelo zoneamento ambiental são instituídos diferentes tipos de zonas nas quais o Poder Público estabelece regimes especiais de uso, gozo e fruição da propriedade na busca da melhoria e recuperação da qualidade ambiental e do bem-estar da população. Suas normas, que deverão obrigatoriamente respeitar o disposto em legislação ambiental, vinculam todas as atividades exercidas na região de sua incidência, o que implica na inadmissibilidade de ali serem exercidas atividades contrárias a elas.A regulamentação desse instrumento se deu pelo Decreto 4.297, de 10 de julho de 2002, que estabelece os critérios para o zoneamento ecológico-econômico – ZEE do Brasil, ou seja, um zoneamento de abrangência nacional. É importante ressaltar que ambas as expressões, ou seja, zoneamento ambiental e zoneamento ecológico-econômico, devem ser entendidas como sinônimas, mesmo que se possam existir acepções distintas em relação ao próprio ZEE (indicativo de condutas, instrumentos de planejamento territorial, ou ainda, a própria política de ordenamento territorial). A definição legal do zoneamento ambiental encontra-se no art. 2º do referido decreto que o descreve como sendo “instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas”, estabelecendo “medidas e padrões de proteção ambiental” com vistas a “assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população”. Isso implica que o zoneamento ambiental é fruto de um planejamento que deve sempre ser pensado a partir de estudo prévio e minucioso, feito por equipe técnica e habilitada, das características ambientais e socioeconômicas da região a ser zoneada. Desta forma, ao distribuir espacialmente as atividades econômicas, o zoneamento ambiental levará em conta a importância ecológica, as potencialidades, limitações e fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alternativas de exploração do território, podendo, até mesmo, determinar, sendo o caso, que atividades incompatíveis com suas diretrizes gerais sejam relocalizadas. O zoneamento ambiental ao impor tais restrições configura o direito de propriedade e o direito de seu uso, conformando-os com a função social da propriedade prevista na Constituição Federal em seu art. 5º, XXIII. Áreas de Proteção Ambiental Unidade de conservação destinada a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes, para a melhoria da qualidade de vida da população local e para a proteção dos ecossistemas regionais. O objetivo primordial de uma APA é a conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características ambientais da área. Podem ser estabelecidas em áreas de domínio público e/ou privado, pela União, estados ou municípios, não sendo necessária a desapropriação das terras. No entanto, as atividades e usos desenvolvidos estão sujeitos a um disciplinamento específico. Podem abranger em seu interior outras unidades de conservação, assim como ecossistemas urbanos, e propiciar experimentação de novas técnicas e atitudes que permitam conciliar o uso da terra e o desenvolvimento regional com a manutenção dos processos ecológicos essenciais. Toda APA deve ter zona de conservação de vida silvestre (ZVS), onde será regulado ou proibido o uso dos sistemas naturais. É uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.¹ As APAs constituem uma importante categoria de unidade de conservação, apesar da complexidade das relações políticas, econômicas e sociais presentes nas áreas, que podem abranger mais de um município. O projeto² identificou que as APAs podem se tornar importantes instrumentos de planejamento regional, integrando as populações e as técnicas adequadas de manejo, independentemente de limites geográficos dos municípios, promovendo um novo estilo de desenvolvimento. Áreas de Proteção Ambiental ll Esta é uma categoria de unidade de conservação recente que, no Brasil, surgiu no início dos anos 1980 (Artigo 8º da Lei Federal nº 6.902, de 27/04/1981), junto com diversos outros instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente destinados à conservação ambiental. Por suas características, as APAs do Brasil se assemelham aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, França e Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. Seu objetivo principal é conservar a diversidade de ambientes, de espécies e de processos naturais pela adequação das atividades humanas às características ambientais da área, seus potenciais e limitações. Ao contrário de outras unidades de conservação, as APAs podem incluir terras de propriedade privada, não exigindo, portanto, a desapropriação de terras. Assim, uma APA não impede o desenvolvimento de uma região, permite a manutenção das atividades humanas existentes, e apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos recursos naturais. O processo de implantação de uma APA envolve diversas etapas e procedimentos legais e técnicos. Sua simples criação, por instrumento legal (lei, decreto, resolução ou portaria), constitui apenas o primeiro passo, que deve ser seguido pela regulamentação destas leis e decretos e pela implantação de um complexo sistema de gestão ambiental. Devem ser definidos criteriosamente os instrumentos gerenciais, como o zoneamento ambiental, o plano de gestão e os instrumentos fiscais e financeiros para garantir o cumprimento dos objetivos básicos da APA. São áreas protegidas por lei, com os objetivos de conservar e proteger ecossistemas naturais e processos ecológicos necessários à manutenção da vida, contribuir para a preservação da biodiversidade e de formas de vida ameaçadas de extinção, assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais renováveis, estimular o desenvolvimento econômico local, permitir a realização de pesquisas científicas, atividades turísticas, recreacionais e, até mesmo, solidificar a identidade cultural de populações humanas. Desde o estabelecimento da primeira unidade de conservação dos tempos modernos, o Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos da América, em 1872, estas áreas multiplicaram-se por todos os continentes, constituindo uma rede mundial. Em setembro de 1989, havia cerca de 4 mil unidades de conservação maiores que 10 km2 em todo o mundo, englobando 4 milhões de km2 distribuídos por 140 países. No Brasil, as unidades de conservação são definidas pelo Plano de Sistema de Unidades de Conservação como "áreas criadas pelo Poder Público, por lei, visando a proteção e a preservação de ecossistemas no seu estado natural e primitivo, onde os recursos naturais são passíveis de um uso indireto sem consumo". Existem diversas categorias de unidades de conservação, com objetivos específicos e graus de restrição para a intervenção humana diferenciados, desde a total preservação até o uso múltiplo e recreacional. A primeira unidade criada no país foi o Parque Nacional de Itatiaia, em 1937. Desde então, as unidades de conservação multiplicaram-se, chegando a mais de 33 milhões de hectares há 10 anos. No município de Campinas, já existem várias unidades de conservação e áreas correlatas: uma área de relevante interesse ecológico sob administração federal (Santa Genebra), três áreas naturais tombadas sob administração estadual (Bosque dos Jequitibás, Reserva Florestal da Fundação José Pedro de Oliveira e Fazenda Mato Dentro), dois parques (um ecológico – Monsenhor Emílio José Salim e outro estadual) e parte de uma área de proteçãoambiental estadual (Piracicaba e Juqueri-Mirim) – dados de 1992 –, além da APA Municipal de Sousas e Joaquim Egídio. Unidade I PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E MEIO AMBIENTEE MEIO AMBIENTE Prof. Fernando Sales A preocupação com o meio ambiente Revolução Industrial Explosão demográfica Consumo inconsciente A questão ambiental A tomada de consciência da questão ambiental passa por três etapas: 1ª etapa Percepção dos problemas ambientais como fenômenos localizados, atribuídoscomo fenômenos localizados, atribuídos à ignorância, negligência ou dolo, motivando ações de natureza reativa, corretiva e repressiva, tais como proibições e multas. ... segue 2ª etapa Degradação ambiental percebida como um problema generalizado, resultante das causas já citadas na etapa anterior, acrescidas da gestão inadequada dos recursos, motivando o desenvolvimento de instrumentos de intervenção governamental, visando a prevenção da poluição e melhoria dos sistemas produtivos, como os padrões de emissão e os estudos de impacto ambiental parae os estudos de impacto ambiental para licenciamento de empreendimentos. ... segue 3ª etapa Difusão da consciência da degradação ambiental como um problema planetário, que atinge a todos, amplia-se a compreensão de que as causas da degradação ambiental, além dos aspectos já mencionados, também estão ligadas aos modelos de produção e consumo, às políticas e metas de desenvolvimento dos estados nacionais e à visão economicista predominantee à visão economicista predominante nas relações entre países ricos e pobres. A preocupação e a atuação da ONU Conferência de Estocolmo, 1972 1ª conferência mundial sobre meio ambiente. Preocupação com o desenvolvimento econômico.econômico. Propunha o ecodesenvolvimento. ... segue Conferência do Rio – ECO-92 Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento. Objetivo era buscar modos de conciliar o desenvolvimento socioeconômicoo desenvolvimento socioeconômico com a preservação e a proteção do meio ambiente. Foi importante, pois sedimentou de vez o conceito de desenvolvimento sustentável. ... segue Agenda 21 Programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, para promover, em escala mundial, um novo padrão de desenvolvimento. Instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, enfrentando os problemas atuais e visando preservar o futuro. ... segue Protocolo de Kyoto, 1997 Efeito estufa e aquecimento global. Tratado internacional que determina metas de redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE) egases do efeito estufa (GEE) e estimula o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. ... segue Conferência de Johannesburgo, 2002 Fórum mundial sobre desenvolvimento sustentável (Rio + 10). O principal documento produzido por essa conferência foi a Declaração deessa conferência foi a Declaração de Johannesburgo sobre Desenvolvimento Sustentável, que reafirma os compromissos firmados pelos países que participaram da ECO-92, especialmente com o desenvolvimento sustentável. ... segue Rio + 20, 2012 Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável. Objetivo de discutir a renovação do compromisso político das naçõescompromisso político das nações com o desenvolvimento sustentável. Interatividade A Organização das Nações Unidas realizou três importantes conferências sobre o meio ambiente: na Suécia, em 1972; no Brasil, em 1992; na África do Sul, em 2002. Fazendo-se uma avaliação desses trinta anos, pode-se afirmar que a) Os problemas ambientais ampliaram-se, apesar de os países industrializados diminuírem muito o consumo de produtos agropecuários.p g p b) Os países de agricultura moderna deixaram de utilizar agrotóxicos para evitar problemas vividos pelos países já industrializados. c) Aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os países capitalistas não se dispõem a diminuir a produção industrial e a modificar os padrões de consumo. d) Os conflitos religiosos entre países ricos e pobres são as causas da não obediência aos acordos assinados nas conferências sobre meio ambiente. e) Os países pobres, em função da falta de educação ambiental, são os principais responsáveis pelo aumento dos problemas ambientais. O meio ambiente no direito brasileiro A definição de meio ambiente está prevista na Lei 6938/81: Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Classificação do meio ambiente O meio ambiente classifica-se em a) meio ambiente natural; b) meio ambiente artificial; c) meio ambiente do trabalho; d) meio ambiente cultural. Meio ambiente natural É constituído por solo, água, ar atmosférico, flora e fauna. Encontramos sua previsão constitucional nos incisos I e VII do art. 225 I. Preservar e restaurar os processosI. Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. VII. Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. Meio ambiente artificial É o espaço urbano construído, constituído pelo conjunto de edificações e pelos equipamentos públicos. Encontramos previsão constitucional principalmente no art. 182, que trata da Política Urbana. No plano infraconstitucional, temos o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001). Meio ambiente do trabalho É o local onde as pessoas executam suas atividades laborais, cujo equilíbrio baseia-se na salubridade do meio a na ausência de agentes que comprometem a saúde dos trabalhadores. Está previsto na Constituição Federal, no art. 200, VIII: Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: VIII. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Meio ambiente cultural É integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico de um povo. Encontramos previsão constitucional no art. 216, que trata do Patrimônio Cultural Brasileiro. O bem ambiental Meio ambiente ecologicamente equilibrado. Bem de uso comum do povo. Necessário à sadia qualidade de vida. Interatividade A preocupação com o meio ambiente é, relativamente, recente, se compararmos com o tempo de existência do ser humano na Terra. Preservar o meio ambiente sadio é essencial para possibilitar a sobrevivência da espécie humana. Assim, quando falamos em meio ambiente, estamos nos referindo aos seguintes itens, exceto: a) As florestas e os rios do planeta. b) Os animais silvestres e marinhos, insetos e seres invertebrados. c) A cultura de um povo e seus modos de viver e sua relação com a região onde vivem. d) O local onde residem, os prédios públicos, as praças e parques e o local onde exerce suas atividades laborais. e) O ambiente virtual, nele incluído a internet. Política Nacional de Meio Ambiente – Lei 6938/81 – Lei 6938/81 Seu objetivo é a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (art. 2º). Zoneamento do espaço ambiental Espaços ambientaissão as porções do território estabelecidas com a finalidade de proteção, preservação, total ou parcial do meio ambiente. ... segue Previsto no plano infraconstitucional no art. 9°, II, da Lei 6.938/81, tem sua disposição constitucional no art. 225, § 1°, III, e tem por objetivo evitar a ocupação do solo urbano ou rural de maneira desordenadade maneira desordenada. A Constituição Federal, no art. 225, § 1°, inciso III, estabelece ao Poder Público o dever de definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a seremseus componentes a serem especialmente protegidos. Unidades de conservação – Lei 9985/2000 – O art. 225, § 1°, III da Constituição Federal foi regulamentado em nível infraconstitucional por meio da Lei n° 9.985/2000, que criou as unidades de conservação. Sistema Nacional de Unidades de Conservação: constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, conforme disposições da Lei 9985/2000. ... segue Unidade de conservação É o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. ... segue São divididas em duas categorias I. Unidades de Proteção Integral: têm como objetivo preservar a natureza. Por conta disso, admite-se apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, comindireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei. II. Unidades de Uso Sustentável: têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seussustentável de parcela dos seus recursos naturais. ... segue. Zona de amortecimento É a área que contorna a unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz. ... segue Corredores ecológicos São porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, assim como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuaisunidades individuais. ... segue Plano de manejo Consiste em um documento técnico, mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade, que deverá ser elaborado pelo órgão gestordeverá ser elaborado pelo órgão gestor, ou, em se tratando de reserva particular, pelo proprietário. ... segue Compensação ambiental O empreendimento de significativo impacto ambiental está sujeito à compensação que se faz por um valor em dinheiro, que é destinado a unidades de conservação de proteção integral correspondente ao grau do impacto que o empreendimento vai causar ao meio ambiente. Esse grau será estabelecido pelo IBAMA, por meio de um estudo de impacto ambiental e só poderá serimpacto ambiental, e só poderá ser considerado uma única vez no cálculo. Interatividade Para promover a preservação ambiental, em especial do meio ambiente natural, a lei vai estabelecer áreas sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. A essas áreas deu se o nome de:deu-se o nome de: a) Área reservada. b) Unidade de tratamento intensivo. c) Área de conserva. d) Unidade de reservad) Unidade de reserva. e) Unidade de conservação. Preservação das Florestas – Lei 12.651/2012 – O Código Florestal estabelece normas gerais para proteção da flora – vegetação nativa, áreas de preservação permanente, de uso restrito e reservas legais. ... segue O Código Florestal estabelece regras que limitam o direito de propriedade privada. Essa limitação vai incidir na propriedade imobiliária, restringindo o seu uso, estabelecendo-se a proibição total ou parcial da supressão da vegetaçãoparcial da supressão da vegetação, conforme se classifique o imóvel em área de preservação permanente, de uso restrito ou de reserva legal. ... segue Área de Preservação Permanente: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade facilitar o fluxo gênico debiodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; é uma área protegida por lei, onde não pode haver supressão da vegetação, salvo em casos de utilidade pública ou interesseem casos de utilidade pública ou interesse social, devidamente autorizados. ... segue Áreas de uso restrito São considerados de uso restrito os pantanais e as planícies pantaneiras. Nessas áreas, é permitido o uso ecologicamente sustentável, desde queecologicamente sustentável, desde que apoiado em recomendação técnica dos órgãos oficiais de pesquisa. A supressão de vegetação nativa para o uso alternativo do solo está condicionada a autorização do órgãocondicionada a autorização do órgão ambiental do Estado. ... segue Área de reserva legal Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos da lei, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, assim como o abrigo e a proteção de faunaabrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. ... segue A área de reserva legal deverá ser delimitada da seguinte forma: Imóvel localizado na Amazônia Legal 80% (oitenta por cento) no imóvel situado em área de florestas;em área de florestas; 35% (trinta e cinco por cento) no imóvel situado em área de cerrado; 20% (vinte por cento) no imóvel situado em área de campos gerais. Imóvel localizado nas demais regiões do País 20% (vinte por cento). ... segue Manejo sustentável Administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema, objeto do manejo, e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora assim como a utilizaçãoda flora, assim como a utilização de outros bens e serviços. ... segue As áreas de preservação ambiental, as florestas nativas e as formações sucessoras podem ser exploradas economicamente por meio do manejo sustentável. ... segue Uso alternativo do solo Substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação humana. ... segue Mesmo em área de proteção ambiental, é possível a exploração econômica com supressão da vegetação nativa, para uso alternativo do solo. Todavia, essa prática só será permitida desde que o imóvel tenha cadastro no CAR (Cadastro Ambiental Rural) e haja prévia autorizaçãodo órgão ambiental. Interatividade O que é área de reserva legal? a) É uma área pública reservada para uso do Poder Judiciário. b) É uma área especialmente reservada por lei para eventos públicos.lei para eventos públicos. c) É uma área particular reservada para o Poder Público em tempos de guerra. d) É uma área localizada dentro de uma propriedade rural, legalmente reservada para proteção ambientalpara proteção ambiental. e) Nenhuma das alternativas anteriores. ATÉ A PRÓXIMA! 27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 1/6 Pergunta 1 Unidade de conservação destinada a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes, para a melhoria da qualidade de vida da população local e para a proteção dos ecossistemas regionais. O objetivo primordial de uma APA é: Resposta Selecionada: a. A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características ambientais da área. Respostas: a. A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características ambientais da área. b. A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades agrícolas às características ambientais da área. c. A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades esportivas às características ambientais da área. d. A conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características industriais da área. e. A utilização de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características ambientais da área. Pergunta 2 A Agenda XXI, principal documento resultante da Conferência do Rio em 1992, apresentou um rol de programas que podem ser considerados instrumento fundamental para a elaboração de políticas públicas em todos os níveis e que privilegiavam a iniciativa local. Nela, questões como: Resposta Selecionada: a. Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavamse problemas do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus capítulos. Respostas: a. Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavamse problemas do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus capítulos. b. Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavamse problemas de cada indíviduo e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus capítulos. 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 2/6 c. Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavamse problemas do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro da temática industrial, abordados em seus capítulos. d. Desenvolvimento insustentável, espécies determinadas, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (tóxicos e nucleares) tornavamse problemas do planeta e da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus capítulos. e. Desenvolvimento sustentável, biodiversidade, mudanças climáticas, águas (doces e oceanos) e resíduos (somente o lixo orgânico) tornavamse problemas restritos, de alguns setores da humanidade e assumiam o novo centro da temática ambiental, abordados em seus capítulos. Pergunta 3 A década de 1980 é marcada com um grande avanço na política ambiental no Brasil e a concepção de compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento foi fortalecida nas esferas nacional e internacional quando: Resposta Selecionada: a. A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários. Respostas: a. A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários. b. A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes da ONU. c. A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito ambiente. A emergência de um novo paradigma fez com que essa palavra passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários. d. A Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes das empresas privadas, da sociedade civil e dos empresários. e. A Comissão Brundtland, criada pelo MERCOSUL em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários. Pergunta 4 O zoneamento ambiental, instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, consiste em: Resposta 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 3/6 Selecionada: a. Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características ambientais e socioeconômicas do local”. Respostas: a. Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características ambientais e socioeconômicas do local”. b. Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características do local”. c. Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características demográficas do local”. d. Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características culturais do local”. e. Procedimento de divisão de determinado território em áreas onde “se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou relativo, o exercício de outras em razão das características arquitetônicas do local”.Pergunta 5 A política ambiental hoje no Brasil traz muitos avanços no que diz respeito à participação dos governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil organizada. Essa dinâmica contribui para: Resposta Selecionada: a. A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais. Respostas: a. A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais. b. A melhoria da qualidade da governança ambiental garante que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais. c. A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na definição das políticas, não sejam priorizados os interesses socioambientais. d. A melhoria da qualidade da governança em geral, porém não garante que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses socioambientais. e. A melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que, na definição das políticas, sejam priorizados os interesses diversos. Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 4/6 O Código Florestal contribuiu para a criação do primeiro parque nacional brasileiro em 1937, o Parque Nacional de Itatiaia, e dois anos depois foram criados os parques nacionais de Iguaçu e da Serra dos Órgãos: Resposta Selecionada: d. A política ambiental preservacionista dos anos 30 foi colocada em segundo plano nas décadas de 40 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. Respostas: a. Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política ambiental preservacionista dos anos 1950 foi colocada em segundo plano nas décadas de 1960 e 70, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. b. A política ambiental preservacionista dos anos 20 foi colocada em segundo plano nas décadas de 1940 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. c. A política ambiental preservacionista dos anos 1970 foi colocada em segundo plano nas décadas de 1980 e 90, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. d. A política ambiental preservacionista dos anos 30 foi colocada em segundo plano nas décadas de 40 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. e. Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política ambiental preservacionista dos anos 1.990 foi colocada em segundo plano nas décadas de 2.000 e 2.010, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado. Pergunta 7 O período préEco 92 foi farto de medidas emergenciais com vistas ao atendimento da opinião pública internacional. Resposta Selecionada: e. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do território ianomâmi, entre outros. Respostas: a. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Charuto, demarcação do território ianomâmi, entre outros. b. Entre elas, podemos citar: bombardeio de algumas florestas, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do território ianomâmi, entre outros. c. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra das Araras, demarcação do território ianomâmi, entre outros. 0,5 em 0,5 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 5/6 d. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso da FAB, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do território ianomâmi, entre outros. e. Entre elas, podemos citar: bombardeio dos campos de pouso dos garimpos, fechamento do poço de testes nucleares construído na Serra do Cachimbo, demarcação do território ianomâmi, entre outros. Pergunta 8 Esta é uma categoria de unidade de conservação recente que, no Brasil, surgiu no início dos anos 1980 (Artigo 8º da Lei Federal no 6.902, de 27/04/1981), junto com diversos outros instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente destinados à conservação ambiental. Por suas características, as APAs do Brasil se assemelham: Resposta Selecionada: a. Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, França e Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. Respostas: a. Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, França e Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. b. Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Inglaterra, China Japão, Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. c. Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Noruega, Itália e Espanha e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. d. Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Colômbia, Peru e às "Landschaftsschvutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. e. Aos Parques Naturais de Portugal, aos Parques Nacionais da Coreia, Irlanda e Grécia e às "Landschaftsschutzgebiet" ou Áreas de Proteção à Paisagem da Alemanha. Pergunta 9 Na verdade, o maior problema da política ambiental hoje é a dificuldade em promover a transversalidade, considerando Resposta Selecionada: b. Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. Respostas: a. Os poucos interesses que permeiam a sociedade, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. 0,5 em 0,5 pontos 0,5 em 0,5 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Questionário Unidade I (2016/2) &ndash... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46761017_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430388_1&return_content=… 6/6 b. Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. c. Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores da indústria, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. d. Os múltiplos interesses que não permeiam os diversos setores do governo, sejam eles econômicos, políticos ou sociais. e. Os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do governo, sejam eles econômicos ou não econômicos. Pergunta 10 Ao contrário de outras unidades de conservação, as APAs podem incluir terras de propriedade privada, não exigindo, portanto, a desapropriação de terras. Assim, uma APA não impede o desenvolvimento de uma região, permite a manutenção das atividades humanas existentes: Resposta Selecionada: b. E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos recursos naturais. Respostas: a. E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos recursos naturais e artificiais. b. E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos recursos naturais. c. E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradaçãodos recursos naturais e internacionais. d. E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos recursos naturais públicos. e. E apenas orienta as atividades produtivas de forma a coibir a predação e a degradação dos recursos antinaturais. 0,5 em 0,5 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Atividade TeleAula I (2016/2) – ... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46762068_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430389_1&return_content=… 1/2 Pergunta 1 A Organização das Nações Unidas realizou três importantes conferências sobre o meio ambiente: na Suécia, em 1972; no Brasil, em 1992; na África do Sul, em 2002. Fazendose uma avaliação desses trinta anos, podese afirmar que Resposta Selecionada: c. Aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os países capitalistas não se dispõem a diminuir a produção industrial e a modificar os padrões de consumo. Resposta Correta: c. Aumentou a preocupação com o meio ambiente, mas os países capitalistas não se dispõem a diminuir a produção industrial e a modificar os padrões de consumo. Feedback da resposta: Resposta: C Pergunta 2 A preocupação com o meio ambiente é, relativamente, recente, se compararmos com o tempo de existência do ser humano na Terra. Preservar o meio ambiente sadio é essencial para possibilitar a sobrevivência da espécie humana. Assim, quando falamos em meio ambiente, estamos nos referindo aos seguintes itens, exceto: Resposta Selecionada: e. O ambiente virtual, nele incluído a internet Resposta Correta: e. O ambiente virtual, nele incluído a internet Feedback da resposta: Resposta: E Pergunta 3 O que é área de reserva legal? Resposta Selecionada: d. É uma área localizada dentro de uma propriedade rural, legalmente reservada para proteção ambiental. Resposta Correta: d. É uma área localizada dentro de uma propriedade rural, legalmente reservada para proteção ambiental. Feedback da resposta: Resposta: D Pergunta 4 Para promover a preservação ambiental, em especial do meio ambiente natural, a lei vai estabelecer áreas sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. A essas áreas deuse o nome de: Resposta Selecionada: e. Unidade de conservação. Resposta Correta: 0 em 0 pontos 0 em 0 pontos 0 em 0 pontos 0 em 0 pontos 27/10/2016 Revisar envio do teste: Atividade TeleAula I (2016/2) – ... https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_46762068_1&course_id=_104139_1&content_id=_1430389_1&return_content=… 2/2 e. Unidade de conservação. Feedback da resposta: Resposta; E Instrumentos da Política de Proteção Ambiental Nos últimos anos, o debate sobre a escolha de instrumentos de política ambiental no Brasil vem se intensificando e abrindo espaço para a contribuição de economistas. "A ecologia deve conversar com a economia". Vantagens versus desvantagens do atraso em relação ao debate internacional é o dilema sempre presente em países como o nosso. O Brasil pode se beneficiar do atraso, oferecendo soluções criativas e apropriadas às nossas condições específicas. Outra alternativa é ceder à tentação de reproduzir aqui propostas de políticas ambientais, defendidas com veemência por economistas entusiasmados com modelos econômicos padrões e recomendadas por organizações multilaterais (OECD, Banco Mundial e BID), mas ainda pouco difundidas naqueles países, que dispõem de uma capacidade institucional mais adequada a esta orientação política do que a que se apresenta no Brasil. Não há dúvida de que a teoria econômica que oferece um suporte imediato para a discussão de instrumentos de política ambiental é a microeconomia neoclássica, especificamente seu conceito de externalidades. Aplicar instrumentos econômicos – em especial, as environmental taxes – que "internalizem" as externalidades no processo de decisão do agente agressor do meio ambiente, fazendo valer o princípio do "poluidor-pagador", é a orientação vencedora no debate internacional sobre política ambiental. A despeito do crescente interesse pelos instrumentos econômicos, sua repercussão na experiência internacional de política ambiental ainda é modesta se comparada com a extensão em que são empregados outros instrumentos – na linha de "comando e controle" – ou com o total dos impostos praticados nos países industrializados. Instrumentos da Política de Proteção Ambiental – ll As vantagens atribuídas aos instrumentos econômicos pelos economistas neoclássicos são, normalmente, apresentadas a partir de contraposições aos mecanismos de regulação direta, também conhecidos como políticas de "comando e controle", uma vez que estas impõem modificações no comportamento dos agentes poluidores por meio de: Brasília, de 24 a 26 de março de 1997. (1) Padrões de poluição para fontes específicas (limites para emissão de determinados poluentes, por exemplo, de dióxido de enxofre). (2) Controle de equipamentos: exigência de instalação de equipamentos antipoluição (por exemplo, filtros); obrigatoriedade de uso de tecnologias "limpas" já disponíveis. (3) Controle de processos (exemplo: exigência de substituição do insumo empregado – de óleo, combustível com alto teor de enxofre, para outro com baixo teor). (4) Controle de produtos: visa à geração de produtos "(mais) limpos", estabelecendo normas para produtos cujo processo de produção ou consumo final acarrete alguma forma de poluição. Exemplos: especificação da quantidade de agrotóxicos em produtos agrícolas e proibição de fabricação de carros com baixo desempenho energético. (5) Proibição total ou restrição de atividades a certos períodos do dia, áreas etc., por meio de: concessão de licenças (não comercializáveis) para instalação e funcionamento; fixação de padrões de qualidade ambiental em áreas de grande concentração de poluentes; e zoneamento. Tais medidas têm por finalidade um controle espacial das atividades dos agentes econômicos (outro exemplo é o rodízio de automóveis na cidade de São Paulo), procurando resguardar a capacidade de absorção de poluição do meio ambiente em questão. (6) Controle do uso de recursos naturais por intermédio da fixação de cotas (não comercializáveis) de extração (exemplos: para extração de madeira e pesca; no caso da madeira, o governo pode exigir uma cota-árvore de reflorestamento para cada unidade de extração). A principal característica da política de "comando e controle" é que esta, em base legal, trata o poluidor como "ecodelinquente" e, como tal, não lhe dá chance de escolha: ele tem que obedecer a regra imposta, caso contrário se sujeita a penalidades em processos judiciais ou administrativos. A aplicação de multas em casos de não cumprimento da obrigação é bastante usual. Essa característica é considerada uma grande desvantagem para uns e uma importante vantagem para outros. Desvantagem: os poluidores não têm liberdade para selecionar e promover os ajustes no tempo que lhes convier; não é uma regra justa, uma vez que não leva em consideração as distintas situações dos agentes individuais para cumprir a obrigação. Vantagem: estes instrumentos têm uma elevada eficácia ecológica – uma vez fixada a norma (de modo apropriado), será cumprida (se os poluidores não violarem a lei). Estudo de Impacto Ambiental (EIA) A convenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental Transfronteiriço foi assinada em Espoo (Finlândia), em 25 de fevereiro de 1991. O acordo foi adotado no âmbito da Comissão das Nações Unidas para a Europa, tendo entrado em vigor em 10 de setembro de 1997. O preâmbulo salienta a importância de serem considerados osfatores ambientais no começo do procedimento decisório e em todos os escalões administrativos. Dessa forma, melhora-se a qualidade das informações fornecidas aos responsáveis, permitindo-lhes tomar decisões racionais do ponto de vista ambiental, limitando-se o quanto possível o impacto prejudicial das atividades pretendidas. A avaliação de impacto sobre o meio ambiente designa um procedimento nacional, tendo por objetivo avaliar o impacto provável de uma atividade proposta sobre o meio ambiente (art. 1, VI). É um ato de soberania de cada país, e não se criou órgão internacional algum para efetuar esse estudo. Os efeitos transfronteiriços constatados e analisados no procedimento de EPIA serão objeto de negociações bilaterais ou multilaterais. “O termo impacto designa qualquer efeito de uma atividade proposta sobre o meio ambiente, notadamente sobre a saúde e a segurança, a flora, a fauna, o solo, o ar, a água, o clima, a paisagem e os monumentos históricos ou outras construções ou a interação entre estes fatores” (art.1, VIII). A Convenção de Espoo trata, no art. 2, em 10 parágrafos, das disposições gerais. Resumindo essas normas, apontamos: os países engajam-se a tomar, isolada ou conjuntamente, todas as medidas apropriadas e eficazes para prevenir, reduzir e combater o impacto ambiental transfronteiriço; a avaliação de impacto ambiental deverá ser efetuada tendo em vista as atividades indicadas no Apêndice II, antes da autorização administrativa e do começo da atividade proposta: os países obrigam-se a notificar aos países que poderão sofrer as consequências das atividades propostas; procedimento de avaliação ambiental aberto à participação do público tanto do país que o elabora quanto do público das áreas dos países que poderão sofrer o impacto ambiental; além de avaliar a atividade proposta concretamente, os países farão esforços no sentido de aplicar os princípios da avaliação de impacto ambiental nas políticas, planos e programas. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Com a Constituição de 1988, as políticas ambientais evoluem e estados e municípios passam a ter competência para formularem suas próprias políticas, ao mesmo tempo em que determina ser direito de todos, um meio ambiente ecologicamente equilibrado e que é dever do poder público e da coletividade defendê-lo e preservá-lo. No plano institucional, a área ambiental do Estado, influenciada pela Constituição de 1988, transformava-se com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 1989, que passa a ter a missão de formular, coordenar e executar a Política Nacional de Meio Ambiente. Logo após, em 1992, foi criado o Ministério do Meio Ambiente, órgão de hierarquia superior que passa a ter a missão de formular a Política de Meio Ambiente no Brasil e o IBAMA passa a ter uma atuação mais voltada para fiscalização. A década de 1990 se inicia com avanço na estrutura dos órgãos ambientais de Estado e também nas discussões sobre a necessidade de implementação de um modelo de desenvolvimento ambiental e socialmente sustentável em escala planetária. Essas discussões culminaram com a realização da II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO’92), repercutindo profundamente na política ambiental brasileira. A conferência reuniu 179 chefes de Estado e de Governo, empresários e contou com uma inédita participação da sociedade civil por meio do Fórum das ONGs. Diversos documentos foram assinados como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a Convenção da Diversidade Biológica, a Carta da Terra, o Protocolo de Florestas, a Agenda 21 Global, entre outros. A RIO’92 foi um divisor de águas na política ambiental, pois, além de contribuir para maior participação das ONGs, trouxe também o universo empresarial para as questões ambientais, e os investimentos das empresas em meio ambiente passaram a ser crescentes nos anos subsequentes. Além disso, a conferência lançou novas políticas fomentadas por doações de cooperação internacional como o Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG7. A RIO’92, de uma forma geral, não produziu mecanismos efetivos de alcance global para assegurar a aplicação de suas resoluções – a responsabilidade pelo cumprimento das decisões foi transferida aos Estados, que prioriza seus interesses nacionais. Após a RIO’92, a política ambiental no Brasil deu um salto qualitativo com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais ou Lei da Natureza, nº 9.605/98. A sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a contar com um instrumento que lhes garante agilidade e eficácia na punição aos infratores do meio ambiente. Com o surgimento da lei, as pessoas jurídicas passaram a ser responsabilizadas criminalmente, permitindo a responsabilização da pessoa física autora ou coautora da infração. O ano de 2000 se inicia com a aprovação da Lei nº 9985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC), dividindo as unidades de conservação em Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. O SNUC reflete um avanço na política ambiental brasileira considerando que veio fortalecer a perspectiva de uso sustentável dos recursos naturais, das medidas compensatórias e de uma descentralização mais controlada da política ambiental no Brasil. Dois anos após a criação do SNUC, foi lançada a Agenda 21 Brasileira, em 2002, com vasta consulta à população brasileira, universidades, organizações não governamentais, órgãos públicos dos diversos entes federativos. A criação da Agenda 21 Brasileira foi um avanço à medida que sensibiliza os governos locais e estaduais a encararem suas responsabilidades para um desenvolvimento sustentável, e a tomarem iniciativas para elaboração de suas Agendas 21 locais, por meio de planejamento estratégico e participativo. O Século 21 se inicia, assim, com a política ambiental mais participativa tendo em vista o crescente aumento dos conselhos deliberativos e consultivos. Em agosto de 2001, foi criado o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), que hoje possibilita a participação dos povos indígenas, das comunidades locais, das empresas e de organizações ambientalistas, como convidados permanentes com direito a voz. Em 2003, foram estabelecidas a Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO) e a Comissão Nacional de Florestas (CONAFLOR), com representantes do governo e da sociedade civil. Além disso, houve o aumento de representatividade do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) de 29 para 57 membros. Os anos seguintes contaram com o aumento da Comissão de Política de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 (CPDS) de 10 para 34 membros e com a ampliação do conselho do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) – estes são indicadores que refletem a maior participação da sociedade na Política Ambiental. Com a mudança de gestão no Ministério do Meio Ambiente, surgem novas diretrizes para a política ambiental no Brasil, dentre as quais se destacam o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) com objetivo de promover a gestão ambiental compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal; a efetivação do chamado princípio da transversalidade, no qual a política ambiental deixa de ser setorial para entrar na agenda dos diversos ministérios e órgãos públicos, e o maior controle e participação social nas políticas ambientais. A participação social passa a ser ampliada com a realização da Conferência Nacional do Meio Ambiente, uma iniciativa que conta com a crescente participação de milhares
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