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Custo e estimativas de obras hospitalares

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUIETURA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
RAMON NASCIMENTO SOUSA 
 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVAS E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO DE 
EDIFICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTO ASSISTENCIAL 
DE SAÚDE (EAS) NO ÂMBITO DE RONDÔNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2015
RAMON NASCIMENTO SOUSA 
 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVAS E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO DE 
EDIFICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTO ASSISTENCIAL 
DE SAÚDE (EAS) NO ÂMBITO DE RONDÔNIA 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Pós-
Graduação em Arquitetura Hospitalar, 
Universidade da Cidade de São Paulo, como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Especialista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2015
RAMON NASCIMENTO SOUSA 
 
 
 
 
ESTIMATIVAS E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO DE 
EDIFICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTO ASSISTENCIAL 
DE SAÚDE (EAS) NO ÂMBITO DE RONDÔNIA 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Pós-
Graduação em Arquitetura Hospitalar, 
Universidade da Cidade de São Paulo, como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Especialista. 
 
 
Área de concentração: 
Data da apresentação: 
 
Resultado:______________________ 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
Prof. 
Universidade Cidade de São Paulo ______________________________________ 
 
Prof. 
Universidade Cidade de São Paulo ______________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, dono de tudo, criador de tudo, 
conhecedor de tudo. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a minha família pelo apoio e compreensão. 
Agradeço a minha esposa, pela dedicação e ajuda nesta nova conquista. 
Aos meus amigos pelo apoio. 
Ao meu amigo Higor Cordeiro, pelas dicas e revisões metodológicas. 
Agradeço ao professor Márcio Oliveira por fomentar a ideia de escrever sobre custo 
no âmbito hospitalar. 
Agradeço, a grande contribuição como orientador incansável, ao Arquiteto & 
Urbanista José Mauro Carrilho Guimarães, que me motivou e orientou a continuar a escrever 
sobre estimativas e custos no âmbito hospitalar, o qual não mediu esforços, em feriados e finais 
de semana, em corrigir e orientar no caminho certo o presente trabalho. 
Agradeço a Jefferson Dias, por sua plena contribuição e acompanhamento do presente 
trabalho. 
Agradeço ao INBEC por sediar o curso de Pós-Graduação em Arquitetura Hospitalar. 
Agradeço a Deus, por me proporcionar intelecto e posto em meu caminho pessoas para 
me ajudar a desenvolver esta monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quanto custa? ” 
Autor: Jefferson Dias 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Na construção civil, uma obra é uma atividade de cunho econômico, independentemente de 
suas características físicas e financeiras, é no início da construção, durante a fase de 
planejamento, que a estimativa de custos se torna decisiva para sucesso do empreendimento, 
onde a simulação de quanto custará os serviços alocados para construção, definirá os recursos 
a serem investidos. Logo, estimar custos é a base elementar para quem se presta a desenvolver 
projetos, principalmente em se tratando de EAS (Estabelecimento Assistenciais de Saúde). Em 
Rondônia dentre as obras de EAS licitadas pelo Estado, observou-se que a identificação e 
alocação dos custos para construção do HEURO (Hospital de Urgência e Emergência de 
Rondônia), apresentaram possíveis falhas, que poderiam ser identificadas de maneira rápida, 
pelo processo de estimativas de custos, partindo de algumas informações elementares sobre o 
empreendimento e comparando-o com obras semelhantes, possibilitando assim, evitar e/ou 
minimizar os termos aditivos na construção e possível paralisação da obra. Diante do exposto, 
o presente trabalho tem por objetivo principal, demonstrar meios para estimar custos na 
construção de EAS (Estabelecimento Assistencial a Saúde) no âmbito de Rondônia, o qual foi 
possível por meio de levantamento bibliográfico, aferição de conceitos, parâmetros e métodos 
de estimativa de custos, consulta as principais bases de dados existente no mercado de preços 
de referências, aplicando tais informações para simular os custos de construção do HEURO, 
objetivando comparar custo simulado com custo licitado. Assim, demonstrando que a 
estimativa de custo é uma ferramenta eficaz para auxiliar na faze de planejamento e construção 
de EAS. 
 
Palavras-chave: Custos. Estimativa. Planejamento. Hospital. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMEN 
 
 
En la construcción, el trabajo es una actividad naturaleza económica, independientemente de 
sus características físicas y financieras, es el inicio de la construcción durante la fase de 
planificación, la estimación de costos se convierte en crucial para el éxito de la empresa, donde 
la simulación que va a costar los servicios destinados a la construcción, definir los recursos para 
ser invertidos. Por lo tanto, los costos de estimación es la base primaria para la que se presta 
para el desarrollo de proyectos, especialmente en el caso de EAS (Establecimiento de Asistencia 
Sanitaria). En Rondônia entre las obras de la oferta de EAS por parte del Estado, se observó 
que la identificación y asignación de costes para la construcción de HEURO (Hospital de 
Urgencias y Emergencias Rondonia) mostraron un posible fracaso, lo que podría ser 
identificado rápidamente, el proceso de las estimaciones de costos, de alguna información 
básica sobre el proyecto y comparándolo con obras similares, permitiendo así que para evitar y 
/ o minimizar las adiciones en la construcción y la posible paralización de la obra. Teniendo en 
cuenta lo anterior, este trabajo tiene como objetivo principal, para demostrar medios para 
estimar los costos en la construcción de EAS (Salud Establecimiento de Salud) en Rondonia, 
lo cual fue posible gracias a la literatura, los conceptos de medición, parámetros y métodos 
costos estimados, consultan las principales bases de datos existentes en los precios de mercado 
de referencia, el uso de dicha información para simular los costos de construcción HEURO, con 
el objetivo de comparar el costo simulado con el coste de la oferta. Por lo tanto lo que demuestra 
que la estimación de costos es una herramienta eficaz para ayudar en la fase de planificación y 
construcción de EAS. 
 
Palabras clave: Costos. Estimación. Planificación. El Hospital. 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Sistemas de custo unitário básico. ........................................................................... 20 
Figura 2 – Sistema de preços de serviços do governo federal. ................................................. 20 
Figura 3 – Metodologias de estimativas de custos. .................................................................. 20 
Figura 4 – Projetos-padrão utilizados no cálculo do CUB/m². ................................................. 22 
Figura 5 – Caracterização dos projetos-padrão conforme a NBR 12721:2006. ....................... 22 
Figura 6 – Caracterização dos projetos-padrão conforme a NBR 12721:2006. ....................... 23 
Figura 7 – Caracterização dos projetos-padrão conforme a NBR 12721:2006. ....................... 24 
Figura 8 – Memória de cálculo do custo unitário para o uso dos Sindicatos da Indústria da 
Construção Civil. ......................................................................................................................25 
Figura 9 – Referência de preços do CUB/m² de Rondônia, mês de setembro de 2015. ........... 26 
Figura 10 – Projetos padrão adotados por alguns Sindicatos das Indústrias do Brasil. ........... 27 
Figura 11 – Custo Unitária Básico PINI (CUPE) por padrão de construção. .......................... 29 
Figura 12 - Resumo histórico da criação e desenvolvimento do sistema SINAPI. .................. 30 
Figura 13 – Amostra da tabela de preços e insumos do SINAPI. ............................................ 31 
Figura 14 – Amostra da tabela de custo de composições sintéticas do sistema SINAPI. ........ 32 
Figura 15 – Amostra da tabela de custos e composições analítica do sistema SINAPI. .......... 33 
Figura 16 – Custos Unitário PINI de edificações, para um prédio comercial com elevador de 
alto padrão de acabamento, possuindo 10.000,00m² de área construída, localizado na Bahia. 34 
Figura 17 – Exemplos de obras estimadas pelo método de unidade de produto final. ............. 35 
Figura 18 – Exemplo de cálculo estimativo por método de unidade do produto final. ............ 35 
Figura 19 - Gráfico demonstrativo de possibilidades de interferência no projeto durante as 
fases de desenvolvimento do empreendimento. ....................................................................... 36 
Figura 20 - Causas para a deficiência de estimativas e orçamentos. ........................................ 38 
Figura 21 – Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia – HEURO. .............................. 40 
Figura 22 – Implantação do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia – HEURO. .... 40 
Figura 23 – Localização do terreno para construção do HEURO. ........................................... 41 
Figura 24 – Parâmetros físicos do HEURO – Quadro de áreas................................................ 42 
Figura 25 – Quantidade de leitos por setor hospitalar - HEURO. ............................................ 42 
Figura 26 – Setorização da implantação – HEURO. ................................................................ 43 
Figura 27 – Setorização Pavimento térreo – HEURO. ............................................................. 44 
Figura 28 – Setorização 1º Pavimento - HEURO. ................................................................... 44 
Figura 29 – Setorização 2° e 3° Pavimentos. ........................................................................... 45 
Figura 30 – Percentual, itens e custos de construção do HEURO. ........................................... 46 
Figura 31 – Curva ABC - HEURO ........................................................................................... 46 
Figura 32 – Pareto – Amostragem dos 20% de itens mais caros da obra. ................................ 47 
Figura 33 – Pareto – Amostragem dos 20% de itens mais caros da obra. ................................ 47 
Figura 34 – Amostra do custo por metro quadrado e referência de preços do HEURO. ......... 48 
Figura 35 – Composição de laje pré-fabricada do orçamento do HEURO .............................. 68 
Figura 36 – Composição de laje pré-fabricada do orçamento do HEURO. ............................. 68 
Figura 37 – Composição de laje pré-fabricada para vãos de 10m. ........................................... 69 
Figura 38 – Serviços para laje pré-moldada do sistema SINAPI. ............................................ 70 
Figura 39 – Composição de laje pré-moldada para vão de 6,2m do sistema SINAPI.............. 70 
Figura 40 – Serviços identificados em orçamento do movimento de terra do HEURO. ......... 71 
 
 
Figura 41 – Serviços identificados em orçamento do movimento de terra do Hospital de 
Ariquemes. ................................................................................................................................ 71 
Figura 42 – Serviços identificados em orçamento do movimento de terra do Hospital de 
Guajará Mirim. ......................................................................................................................... 72 
Figura 43 – Limpeza final da obra do HEURO- preço sem BDI. ............................................ 72 
Figura 44 – Limpeza final da obra do Hospital de Ariquemes- preço final com BDI. ............ 73 
Figura 45 – Limpeza final da obra do Hospital de Guajará Mirim - preço final com BDI. ..... 73 
Figura 46 – Tabela de cargas sobre estruturas - NBR 6120:1980. ........................................... 74 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1- Histórico dos custos de obras hospitalares do Governo do Estado de Rondônia. .... 49 
Tabela 2 - Estudo do Custo por Metro Quadrado (R$/m²) de Obras Hospitalares do Governo 
do Estado de Rondônia. ............................................................................................................ 51 
Tabela 3 - Estudo do custo por metro quadrado (R$/m²) de obras hospitalares do Governo do 
Estado de Rondônia deflacionados para julho 2011. ................................................................ 53 
Tabela 4 – Parâmetros de custos/m² hospitalar do Estado de Rondônia deflacionados para 
julho de 2011. ........................................................................................................................... 55 
Tabela 5 – Parâmetros de custos/m² hospitalar do Estado de Rondônia inflacionado para 
novembro de 2015. ................................................................................................................... 55 
Tabela 6 – Projetos de referência para estimativa de custos do HEURO................................. 56 
Tabela 7 – Custos de construção dos EAS adotados para como referência para estimativa de 
custos do HEURO. ................................................................................................................... 57 
Tabela 8 – Processo de deflação e inflação dos custos de construção dos EAS adotados para 
como referência para estimativa de custos do HEURO. .......................................................... 58 
Tabela 9 – Demonstração de estimativas de custos suprimidos para construção do HEURO. 59 
Tabela 10 – Demonstração de estimativas de custos reais para construção do HEURO. ........ 59 
Tabela 11 – Custo de construção previsto em orçamento analítico do HEURO. ..................... 60 
Tabela 12 – Custo apresentado pelas empresas classificadas para construção do HEURO. .... 60 
Tabela 13 – Diferença entre os custos por m² estimado e custo por m² licitado. ..................... 60 
Tabela 14 – Diferença em percentuais entre os custos estimados e custo licitado. .................. 61 
Tabela 15 – Diferença entre o custo por m² do orçamento do HEURO, e os custos dos 
Hospitais de Ariquemes e Guajará Mirim. ............................................................................... 62 
Tabela 16 – Comparativo de percentuais entre os serviços das unidades de saúde. ................ 63 
Tabela 17 – Comparativo de custos de serviços entre as unidades de saúde. ......................... 65 
 
 
 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
BNH Banco Nacional de Habitação 
CAERD Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia 
CERON Centrais Elétricas de Rondônia S.A. 
CUB Custo Unitário Básico 
CUPE Custo Unitário PINI de Edificações 
DEOSP Departamento de Obras Civis e Serviços Públicos 
EAS Estabelecimento Assistencial de Saúde 
FCK Resistência Característica do Concreto à Compressão 
HEURO Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia. 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
NBR Norma Brasileira Regulamentar 
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
SINDUCON-MG Sindicatodas Indústrias da Construção Civil do Estado de Minas Gerais 
SINDUCON-RO Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de Rondônia 
SUPEL Superintendência de Licitações do Estado de Rondônia 
TCU Tribunal de Contas da União 
TR Tonelada de refrigeração 
 
 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
 
CUB/m² Custo unitário básico por metro quadrado 
M² Metro quadrado 
% Porcentagem 
R$ Real 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14 
1.1 Metodologia ................................................................................................................... 15 
2 CONCEITO DE ESTIMATIVAS E CUSTOS ................................................................. 16 
3 PARÂMETROS NORTEADORES PARA O PROCESSO DE ESTIMATIVA DE 
CUSTOS .................................................................................................................................. 19 
3.1 Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB/m²) .............................................. 21 
3.2 Custo unitário PINI de edificações (CUPE) .......................................................... 28 
3.3 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI 29 
3.4 Metodologias .................................................................................................................. 33 
3.4.1 Dimensões físicas ..................................................................................................... 34 
3.4.2 Unidade do produto final ......................................................................................... 34 
4 ITENS RELEVANTES PARA O PROCESSO DE ESTIMATIVA DE CUSTOS DE 
UNIDADES HOSPITALARES ............................................................................................. 36 
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 39 
5.1 HEURO - Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia .................................... 39 
5.1.1 Características física e orçamentária do HEURO. ................................................. 39 
5.1.2 Metodologia de estimativas de custos - Histórico dos custos de projetos de saúde 
do Governo do Estado de Rondônia. ................................................................................ 48 
5.1.3 Análise comparativa entre estimativa de custo e orçamento analítico do HEURO.55 
5.1.4 Análise crítica do orçamento do HEURO ................................................................ 73 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 77 
APÊNDICE A– ENTREVISTA CONCENDIA POR JOSÉ CARRILHO: PROCESSO 
DE ESTIMAR CUSTOS DE UMA OBRA .......................................................................... 82 
ANEXO A - ESTUDO DE CUSTO POR METRO QUADRADO (R$/M²) DE OBRAS 
HOSPITALARES ................................................................................................................... 83 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Na construção civil, uma obra é uma atividade de cunho econômico, independentemente 
de suas características físicas e financeiras, é no início da construção, durante a fase de 
planejamento, que a estimativa de custos se torna decisiva para sucesso do empreendimento, 
onde a simulação de quanto custará os serviços alocados para construção, definirá os recursos 
a serem investidos. Logo, estimar custos é a base elementar para quem se presta a desenvolver 
projetos, principalmente em se tratando de EAS (Estabelecimento Assistencial de Saúde). 
Em Rondônia, é notável o crescimento da construção de EAS estaduais, a partir da 
construção das seguintes unidades: Hospital Regional do Município de Guajará Mirim, iniciada 
sua construção no ano de 2012; Hospital Urgência e Emergência de Rondônia – HEURO, 
situado no município de Porto Velho, tendo sua construção iniciada no ano de 2013; Hospital 
Regional do Município de Ariquemes, iniciada sua construção no ano de 2014. Dentre essas 
obras, observou-se que a identificação e alocação dos custos para construção do HEURO, 
apresentaram possíveis falhas, que poderiam ser identificadas de maneira rápida, pelo processo 
de estimativas de custos, partindo de algumas informações elementares sobre o 
empreendimento e comparando-o com obras semelhantes, possibilitando assim, evitar e/ou 
minimizar os termos aditivos na construção e possível paralisação da obra. 
No entanto, diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo principal, 
demonstrar meios para estimar custos na construção de EAS (Estabelecimento Assistencial a 
Saúde) no âmbito de Rondônia. Para realização desse intento, fez-se de forma quali-
quantitativa: 
 
 Realizar revisão bibliográfica 
 Consultar bases de dados que auxiliam no processo de estimar custos. 
 Analisar e descrever metodologias de estimativas de custos utilizadas na 
construção civil e pelo Governo do Estado de Rondônia. 
 Comparar e descrever a estimativa de custo do HEURO, com os custos de EAS 
semelhantes licitados pelo Estado de Rondônia. 
 
 Assim, o presente trabalho estrutura-se por meio dos seguintes tópicos gerais: Conceito 
de Estimativas e Custos; Parâmetros Norteadores para o Processo de Estimativa de Custos; 
15 
 
Itens Relevantes para o Processo de Estimativa de Custos de Unidades Hospitalares; Estudo de 
Caso. 
 
 
1.1 Metodologia 
 
 
Definido o tema, foi realizado a localização e análise de dados já publicados 
concernentes a este, por meio de levantamento bibliográfico, buscando aferir conceitos, 
parâmetros e métodos para realização do processo de estimativa de custos. 
Por conseguinte, foi necessário aferir quais as principais bases de dados de preços de 
referências, que auxiliam na formação dos custos estimados na construção civil, e quais os 
principais métodos de estimativas praticados no mercado nacional e pelo Estado de Rondônia. 
Para tanto, foi realizado pesquisa nas bases de dados do SINDUCON-RO (Sindicato das 
Indústrias da Construção Civil de Rondônia), SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos 
e Índices da Construção Civil), PINI (empresa de informação especializada no atendimento às 
necessidades dos profissionais e empresas da indústria da construção civil), e entrevista 
informal com o Sr. Jefferson Dias, gerente do setor de Custos e Orçamentos do DEOSP-RO 
(Departamento de Obras Civis e Serviços Públicos do Estado de Rondônia), o qual forneceu o 
histórico de custos de construções de EAS novos, licitado pelo Estado de Rondônia (ANEXO 
I). 
Na sequência, foi selecionado uma unidade hospitalar já licitada pelo Governo do 
Estado de Rondônia, o HEURO, para simular os custos de construção deste, e comparar o custo 
estimado com o custo licitado. Assim, demonstrando que a estimativa de custos é uma 
ferramenta eficaz para auxiliar na fase de planejamento e construção de EAS. 
 
 
16 
 
2 CONCEITO DE ESTIMATIVAS E CUSTOS 
 
 
 Uma obra, independente dos seus aspectos de localização, cronogramas, recursos, 
tipologia projetual e contratante, é uma atividade econômica, onde o item “custo” destaca-se 
por sua relevante importância. A preocupação com os custos na construção civil começa no 
início da obra, durante a fase de simulação dos custos prováveis para execução da mesma, sendo 
que o primeiro passo para quem se presta a desenvolver um projeto é estimar quanto irá custar 
essa obra (MATTOS A. D., 2006). 
 Nesse contexto, a “estimativa de custo terá a função inicial de verificar a previsão e 
suficiência de recursos paraa conclusão do projeto” (TCU T. d., 2014, p. 6). Logo, será uma 
análise rápida, feita através de históricos de custos e comparação de projetos similares, gerando 
um conceito de ordem de grandeza ou índice genérico, que possibilitará uma abordagem 
primária do custo do empreendimento (MATTOS A. D., 2006). Como ressalta o Instituto 
Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC): 
 
“2.3- Definição de Estimativa de Custos de Empreendimentos de Engenharia 
É o ramo da engenharia que estuda os métodos de projeção, apropriação e controle 
dos recursos monetários necessários à realização dos serviços que constituem uma 
obra ou projeto, de acordo com um plano de execução previamente estabelecido” 
(DIAS, Engenharia de Custos: Estimativas de Custo de Obras e Serviços de 
Engenharia, 2011, p. 17). 
 
 Tal custo, Segundo Baeta (2012, p. 22) denomina-se como “[...] tudo aquilo que onera 
o construtor; representa a soma dos insumos necessários à realização de um serviço, aí 
compreendidos os gastos com mão de obra, materiais e operação de equipamentos”, sendo 
classificado em custos diretos e indiretos. 
 
“Os custos de uma obra são classificados em diretos e indiretos. Os custos 
identificados como “diretos” são gastos feitos com insumos referentes a materiais, 
mão de obra, equipamentos, etc. Os custos indiretos1 englobam todos os gastos com 
elementos considerados coadjuvantes e necessários à correta elaboração dos serviços. 
São também identificados como custos indiretos àqueles gastos de difícil alocação a 
 
1 Custos Indiretos [...] Englobam os custos previstos para a Administração Local, Mobilização e Desmobilização 
Canteiro e Acampamento e Seguros. Exemplo desses custos: remuneração da equipe de administração e gestão 
técnica da obra (engenheiros, mestres de obra, encarregados, almoxarifes, apontadores, secretárias etc.); 
equipamentos não considerados nas composições de custos de serviços específicos (gruas, cremalheiras, etc.); 
custos com a manutenção do canteiro (água, energia, internet, suprimentos de informática e papelaria); 
mobilização e desmobilização de ativos considerando seus locais de origem e a localização da obra; dentre outros 
(SINAPI, 2015, p. 9). 
17 
 
uma determinada atividade ou serviço, sendo diluído nos diversos itens do projeto” 
(OLIVEIRA, 2011, p. 395). 
 
 Segundo Stable (2006) a definição de custos diretos são elementos construtivos que 
possam ser identificados e apropriados por meio de unidades de medidas, tais como áreas, 
volumes e quantidades originadas em projetos específicos, estando ordenados pelos seguintes 
itens gerais: preparação do terreno; contenções; demolições; reforma e reconstrução; serviço de 
manutenção; fundações diretas e indiretas e entre outros elementos quantificáveis em projeto. 
Já os custos indiretos, são todos os custos oriundos de serviços de apoio, bem como 
complementares e indispensáveis durante o estágio de desenvolvimento da obra, tais como: 
projetos; serviços administrativos; instalações provisórias; ferramentas e ferramental de obras; 
consumos gerais na obra2; equipamentos de segurança; despesas legais3; transportes e carretos4; 
maquinas e equipamentos para construção civil; máquinas e equipamentos-terraplanagem. 
 No entanto, diante da diversidade de conceitos para definir, classificar e alocar os custos 
diretos e indiretos de uma construção de engenharia, e a ausência de normas técnicas específicas 
aplicadas a engenharia de custos para uniformizar os critérios adotados pelos profissionais do 
orçamento na distribuição dos custos de uma obra, o TCU (Tribunal de Contas da União) por 
meio Acórdão nº 2622/2013, buscou estabelecer as diretrizes básicas para classificação e 
alocação dos custos na construção de engenharia (TCU T. d., 2013). 
 
“O processo de estimativas de custos sempre apresentou dificuldades em estabelecer 
critérios uniformes para a alocação (apropriação ou atribuição) dos custos necessários 
à formação de preços das obras. A carência de uma norma técnica específica aplicada 
à engenharia de custos historicamente contribuiu para distanciar os diversos critérios 
geralmente adotados pelos orçamentistas para classificação e separação dos custos das 
obras. 33. A doutrina que outrora considerava como principal critério de alocação dos 
custos das obras aqueles gastos que podiam ser diretamente atribuídos a cada serviço 
de engenharia previsto na composição de preços unitários. Em consequência, itens 
como administração local, canteiro de obras, mobilização/desmobilização, dentre 
outros, não seriam passíveis de associação (identificação) direta aos diversos serviços 
de engenharia, devendo ser mensurados e calculados como percentuais a serem 
considerados dentro da taxa de BDI5 dos orçamentos da obra 
 Recentemente, diversos autores passaram a considerar que os elementos de 
custos que não estivessem ligados diretamente a um serviço também podem ser 
precisamente planejados, identificados e mensurados em itens específicos do 
orçamento de uma obra. Por conseguinte, os gastos descritos acima (administração 
local, canteiro de obras, mobilização/desmobilização etc.) podem ser objetivamente 
 
2 “014 – CONSUMOS GERAIS NA OBRA – unidades de custos organizadas à ordenação dos consumos gerais 
em obras e serviços, tais como alimentação, Vale-Transporte e movimentações diversas de cargas e operários com 
anotação de Custos-Quilômetro de vários tipos de veículos leves e pesados” (STABILE, 2006, p. 5). 
3 “Taxas de Seguros diversos, ART, Encargos Municipais, Federais ou Estaduais que incidem sobre a obra de 
construção, além das taxas de ligações definitivas de água, luz, força, esgotos e telefone” (STABILE, 2006, p. 5). 
4 “[...] transporte horizontal e vertical de materiais e pessoal de obras [...]” (STABILE, 2006, p. 5). 
5 Bônus de Despesas indiretas (TCU T. d., 2014). 
18 
 
discriminados na planilha orçamentária como custos diretos da obra. 35. Os primeiros 
autores a propor a revisão do critério tradicional de classificação dos custos diretos e 
indiretos para fins de formação de preços de venda de obras foram Mendes e Bastos 
(2001, p. 14/27). Diante da ausência de consenso sobre o tema, esses autores 
propuseram a análise dessa questão com base nos conceitos extraídos da doutrina 
contábil” (TCU T. d., 2013, p. 7). 
 
 Com base na doutrina contábil6, o TCU observa que os procedimentos para alocar os 
custos de uma obra, estão sujeitos a possiblidade de localizar e mensurar os serviços em 
questão, sendo considerado como custos diretos os custos passíveis de identificação e 
mensuração e, os demais custos de difícil identificação e/ou mensuração são classificados como 
custos indiretos. 
 
“[...] verifica-se que os procedimentos de alocação estão relacionados com a 
possibilidade de identificação e mensuração dos custos quanto aos objetos que se 
deseja custear, sendo considerados custos diretos todos os gastos que podem ser 
objetivamente identificados a cada objeto de custeio e custos indiretos os gastos gerais 
que necessitam de cálculos para serem distribuídos aos diferentes objetos de custeio, 
uma vez são de difícil identificação e mensuração ou ainda é antieconômico fazê-lo” 
(TCU T. d., 2013, p. 9). 
 
 Assim, o Tribunal de Contas da União com base na transparência e aplicação de 
conceitos técnicos-científico, estabelece os critérios de alocação de custos na construção civil, 
bem como suas classificações: 
 
“50.Portanto, considera-se que os critérios básicos de alocação dos custos para fins de 
elaboração e controle de orçamentos de obras e serviços de engenharia, adotados pela 
literatura especializadae consoante entendimento do TCU e recentes disposições 
legais, estão devidamente baseados em conceitos extraídos da literatura da 
contabilidade de custos e os padrões contábeis para contratos de construção, por 
fornecerem um critério técnico-científico para a determinação dos custos que devem 
compor a planilha de custos diretos e o BDI. Sob o ponto de vista da Administração 
Pública, pode-se considerar que o critério técnico-científico baseado nos conceitos da 
contabilidade de custos e nas normas contábeis de contratos de construção está 
alinhado com o princípio da transparência dos gastos públicos, por considerar que os 
custos que podem ser objetivamente identificados e mensurados, bem como passíveis 
de controle, medição e pagamento individualizado, estejam discriminados na planilha 
de custos diretos dos orçamentos de obras públicas” (TCU T. d., 2013). 
 
 
6 “Segundo os preceitos da contabilidade de custos, são custos de produção aqueles gastos incorridos no processo 
de obtenção de bens e serviços destinados à venda. Não se incluem nesse grupo as despesas financeiras e as de 
administração. Não são incluídos também como custos diretos os fatores de produção eventualmente utilizados 
para outras finalidades que não a de fabricação de bens (serviços) destinados à venda. Essa definição contábil de 
despesa serve como critério para inclusão dos gastos ou na planilha orçamentária ou na taxa de BDI, conforme 
eles sejam considerados, respectivamente, custos diretos ou despesas indiretas” (TCU T. d., 2013, p. 7). 
19 
 
3 PARÂMETROS NORTEADORES PARA O PROCESSO DE ESTIMATIVA DE 
CUSTOS 
 
 
 Uma estimativa está intrinsecamente ligada a uma forma de aproximação de custos, na 
qual são aplicados métodos conceituais, onde o modelo de predição difere do sistema de 
orçamentação7, em que são levantadas as quantidades individuais dos serviços a serem 
executados fisicamente na obra; o usual é vincular dados históricos de custos a um determinado 
parâmetro, tal como área construída, capacidade, número de assentos, extensão e entre outros 
pertinente ao projeto que se deseja estimar (MATTOS A. D., 2015; Dias, 2011, p. 11). Deste 
modo: 
 
“Elaborar uma estimativa não requer informações muito detalhadas, por isso o tempo 
despendido na sua elaboração, e por consequência seu custo de elaboração, é menor 
do que para elaborar um orçamento completo. Aí reside uma vantagem de sua 
aplicação, especialmente quando ainda se está numa etapa de estudos de viabilidade, 
analisando várias alternativas técnicas/construtivas para uma mesma obra” (TCU, 
2014, p. 5). 
 
Existem diretrizes adotadas por diversos autores que norteiam o processo de estimação 
dos custos de uma construção, bem como preços de referência que auxiliam na formação dos 
custos no processo de predição. 
Abaixo, são apresentadas as principais fontes de referências de preços unitário de 
serviços e insumos, e metodologias de estimativas de custos adotadas na construção civil: 
 
 
7 “[...] um orçamento tende a demonstrar cada passo do raciocínio para se chegar ao preço final de uma obra, 
calculando-se as quantidades de cada serviço e seus respectivos preços”. (TCU, 2014, p. 5) 
20 
 
Figura 1 – Sistemas de custo unitário básico. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor, baseado no SINDUSCON-MG, 2007; PINI. 
 
Figura 2 – Sistema de preços de serviços do governo federal. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor, baseado no SINAPI. 
 
Figura 3 – Metodologias de estimativas de custos. 
 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor, baseado em MATTOS A. D., As cinco metodologias de estimar custos, 
2015. 
• Custo unitário básico
• Custo por metro quadrado de construção do 
projeto-padrão, calculado de acordo com a 
metodologia estabelecida pela ABNT NBR 
12721:2006
CUB/m²
• Custo unitário PINI de edificações
• A PINI desenvolveu uma metodologia própria
de cálculo do custo do metro quadrado
construído em paralelo com o CUB.
Custo unitário 
PINI de 
edificações
• Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e 
Índices da Construção Civil.SINAPI
• Estima-se o custo através das características
fisicas da obra: comprimento, área, volume etc.Dimensões fisicas
• Estima-se o custo em dados hitóricos de
projetos similares que permitam realcionar o
custo total da unidade com a capacidade da
edificação, ex.: custo em R$/leito; custo em R$/
quarto; custo em R$ /vaga e etc.
Unidade do 
produto final
21 
 
3.1 Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB/m²) 
 
 
No que concerne a custo unitário básico, no Brasil o CUB/m² têm sua origem através da 
Lei Federal n°4.591 de dezembro de 1964, que obriga os Sindicatos Estaduais da Indústria da 
Construção Civil (SINDUSCONs) a divulgação mensal dos custos de construção imobiliária 
utilizado nas respectivas regiões jurisdicionais, sendo o CUB/m² calculado com base em 
normas8 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) (SINDICATO DA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2007). 
A Norma Brasileira Regulamentar NBR 12721:2006 - (Avaliação de custos unitários de 
construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edifícios – 
procedimento), “estabelece os critérios para avaliação de custos unitários, cálculo do rateio de 
construção e outras disposições correlatas, conforme as disposições fixadas e as exigências 
estabelecidas na Lei Federal 4.591/64” (ABNT, 2006, p. 1). A metodologia estabelecida por 
esta norma, parte do princípio de definir projetos-padrão, semelhantes quanto suas 
características principais, tais como número de pavimentos; número de dependências por 
unidades; áreas equivalentes à área de custo padrão privativos das unidades autônomas; padrão 
de acabamento da construção e número total de unidades. Já, quanto à função e padrão 
econômico da edificação utilizada para cálculo do CUB/m², a NBR 12721:2006, utiliza os 
seguintes padrões gerais: projetos-padrão residenciais, comerciais, galpão industrial e 
residência popular, subdividindo-os em categorias de padrão econômico baixo, normal e alto, 
e dentro destas categorias, divide-as conforme as características construtivas da edificação por 
meio de siglas (ver figuras 4, 5, 6 e 7) (SINDUSCON, 2007). 
 
 
8 “Art. 53: O Poder Executivo, através do Banco Nacional da Habitação, promoverá a celebração de contratos com 
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (A.B.N.T.), no sentido de que esta, tendo em vista o disposto na Lei 
nº 4.150, de novembro de 1962, prepare, no prazo máximo de 120 dias, normas que estabeleçam, para cada tipo 
de prédio que padronizar” (SINDUSCON-MG, 2007). 
22 
 
Figura 4 – Projetos-padrão utilizados no cálculo do CUB/m². 
 
Fonte: SINDUSCON-MG. Custo Unitário Básico (CUB/m²): Principais Aspectos, 2007. 
 
Figura 5 – Caracterização dos projetos-padrão conforme a NBR 12721:2006. 
 
Fonte: SINDUSCON-MG. Custo Unitário Básico (CUB/m²): Principais Aspectos, 2007. 
 
23 
 
Figura 6 – Caracterização dos projetos-padrão conforme a NBR 12721:2006. 
 
Fonte: SINDUSCON-MG. Custo Unitário Básico (CUB/m²): Principais Aspectos, 2007. 
 
24 
 
Figura 7 – Caracterização dos projetos-padrão conforme a NBR 12721:2006. 
 
Fonte: SINDUSCON-MG. Custo Unitário Básico (CUB/m²): Principais Aspectos, 2007. 
25 
 
Com base nessas classificações o CUB de cada projeto-padrão é calculado a partir da 
aplicação dos preços unitários dos insumos (material e mão de obra) dos projetos-padrão aos 
coeficientes constantes (quantidades de materiais por m² de construção)dos quadros da NBR 
12.721 (lotes básicos). Os preços dos insumos são coletados mensalmente pelo SINDUSCON 
de cada Estado, junto a uma quantidade significativa de construtoras que mensalmente 
informam os valores praticados (ver figura 8). Já, para o cálculo dos custos de mão de obra, 
utiliza-se o percentual referente aos encargos sociais e benefícios previdenciários, oriundos de 
legislações próprias da Convenção Coletiva de Trabalho (MATTOS A. D., 2006). 
 
Figura 8 – Memória de cálculo do custo unitário para o uso dos Sindicatos da Indústria da 
Construção Civil. 
 
Fonte: ABNT. NBR 12.721- Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras 
disposições para condomínios edifícios – Procedimento, 2006. 
26 
 
Assim, CUB é o resultado da média dos insumos representativos coletados junto às 
construtoras, e multiplicado pelo peso que lhe é conferido conforme o padrão calculado, 
resultando em um parâmetro de preço médio, no qual não estão inclusos alguns elementos 
específicos da construção (MATTOS A. D., 2006), como observa o SINDUSCON-RO 
(Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia) (ver figura 9): 
 
“Os valores abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), 
calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica 
NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são 
correspondentes ao mês de SETEMBRO DE 2015. "Estes custos unitários foram 
calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos 
projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, 
constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, 
com a designação de CUB/2006". "Na formação destes custos unitários básicos não 
foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na 
determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o 
estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: 
fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol 
freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, 
bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, 
outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços 
complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), 
ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que 
devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos 
cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, 
projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador” 
(SINDUSCON-RO, 2015). 
 
Figura 9 – Referência de preços do CUB/m² de Rondônia, mês de setembro de 2015. 
 
Fonte: SINDUSCON-RO, 2015. 
27 
 
No que concerne a seleção de projetos padrão, para gerar o CUB/m² de cada região a 
NBR 12721:2006 estabelece que os Sindicatos das Industrias da Construção Civil ficam 
responsável em nomear e verificar um CUB padrão representativo de sua região, sendo 
obrigados a demonstrar os critérios de cálculo adotados, bem como divulgar mensalmente os 
valores atualizados do CUB representativo. Para se obter o CUB representativo, os Sindicatos 
das Industrias de todo o país utilizam um projeto padrão específico (ver figura 10), com objetivo 
de possibilitar a visualização do comportamento financeiro do mercado9 local, adotando como 
critério de escolha do projeto-padrão, a pesquisa de mercado regional junto as construtoras 
filiadas ao SINDUSCON, o tipo de edificação mais construída, o maior número de lançamentos 
no ano e entre outros critérios (SINDUSCON-MG, 2007). 
 
Figura 10 – Projetos padrão adotados por alguns Sindicatos das Indústrias do Brasil. 
 
Fonte: SINDUSCON-MG. Custo Unitário Básico (CUB/m²): Principais Aspectos, 2007. 
 
9 "O CUB é um valor em reais. Ele representa o valor, por m2, da construção de uma habitação de acordo com os 
padrões estabelecidos pela NBR 12.721. Como o cálculo é feito com uma periodicidade mensal, é possível criar 
uma série histórica da evolução dos valores a partir das suas variações mensais (MATTOS A. D., 2006, p. 37). 
28 
 
Assim, o CUB/m² possibilita disciplinar o mercado de incorporação imobiliária 
propondo parâmetros e índices10 que determinam os custos dos imóveis bem como suas 
variações mensais (SINDUSCON-MG, 2007), auxiliando também no processo metodológico 
de estimativa de custos na construção civil, como ressalta Oliveira (2011): “As estimativas de 
custos geralmente são baseadas em indicadores e o mais utilizado é o Custo Unitário Básico 
(CUB)”. 
 
 
3.2 Custo unitário PINI de edificações (CUPE) 
 
 
A PINI é uma empresa de informação especializada em construção civil, que visa 
atender as necessidades de profissionais e empresas do setor, atuando nos segmentos de mídia, 
educação, sistemas, dados e consultorias (PINI, 2015). A mesma, desenvolveu uma 
metodologia de cálculo própria de custo do metro quadrado construído, denominado Custo 
Unitário PINI de Edificações (CUPE), o qual é utilizado como referência em paralelo ao CUB 
divulgado pelo SINDUSCON por adotar um projeto padrão distinto deste, gerando índices que 
levam a valores não muitos distintos do CUB do SINDUSCON, cabendo ao profissional do 
orçamento adequar e verificar qual padrão que mais se relaciona com sua obra (MATTOS A. 
D., 2006). 
O critério de cálculo adotado pela PINI ocorre pela utilização de orçamento global de 
cada tipo de projeto padrão escolhido, onde são atualizados mensalmente os preços de cada 
insumo (material, mão-de- obra e equipamentos) desses orçamentos, aplicando para o cálculo 
do custo de mão de obra as taxas, Leis Sociais e Risco de Trabalho e, excluindo do custo por 
metro quadrado os seguintes itens: taxa de BDI; projetos, cópias, orçamentos, emolumentos, 
administração local da obra, serviços de proteção coletiva, movimentos de terra, fundações11 
especiais, ar-condicionado, aquecedores e paisagismo (PINI, 2015). 
Com base nesses critérios, a PINI mensalmente divulga os preços de construção por 
metro quadrado possibilitando para processo de estimativa de custos, adotar o CUPE como 
 
10 “O Índice CUB é a variação acumulada do CUB entre o mês anterior e o atual. É um percentual. Ele representa 
quanto o custo de construção variou de um mês para o outro. É um parâmetro importante para comparação entre a 
alta dos preços da construção civil e outros índices mais genéricos divulgados na imprensa - IGP-M, INPC, INCC, 
ICC, FIPE, etc.” (MATTOS A. D., 2006, p. 37) 
11 “Na etapa de infraestrutura foram considerados somente os serviços referentes à execução de vigas baldrames, 
travamentos e blocos de apoio” (PINI, 2015). 
29 
 
preço de referência, para se obter o custo global de uma obra conforme o tipo de edificação (ver 
figura 11). 
 
Figura 11 – Custo Unitária Básico PINI (CUPE) por padrão de construção. 
 
Fonte: PINI. Errata: Novas tabelas do CUPE, 2015. 
 
 
3.3 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI 
 
 
Implementado em 1969 pelo BNH - Banco Nacional de Habitação, em parceria com o 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sistema Nacional de Pesquisas de 
Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) foi incialmente criado com objetivo de fornecer 
informações acerca dos custos e índices da construção civil habitacional, sendo adotado pela 
CAIXA12 em 1986após extinção do BNH, tornando-se um sistema de referência aplicado em 
obras habitacionais em todo o Brasil (SINAPI, 2015). 
Por meio do Conselho Curador do FGTS o qual publica a resolução n° 161 de 1994, 
constitui que a CAIXA terá o dever de padronizar os procedimentos de análise de engenharia, 
bem como implementar um sistema nacional de acompanhamento de custos que abrangesse 
custos de obras de edificação, saneamento e infraestrutura urbana (SINAPI, 2015). Logo, 
segundo Baeta: 
 
12 “[...] Caixa sempre buscou ser mais que apenas um banco, mas uma instituição realmente presente na vida de 
milhões de brasileiros. [...] A Caixa é uma empresa 100% pública, e que exerce um papel fundamental no 
desenvolvimento urbano e da justiça social do país, vez que prioriza setores como habitação, saneamento básico, 
infraestrutura e prestação de serviços [...]” (CAIXA, s.d.) 
30 
 
 
“A CAIXA promoveu a ampliação do sistema SINAPI com o desenvolvimento e 
implementação, em abril de 1997, do módulo de orçamentação. Nessa oportunidade, 
contou com a parceira dos principais órgãos públicos do país executores de obras e 
serviços para formação de conjunto de composições de serviços para atender as obras 
financiadas com recursos do FGTS. 
Concomitantemente à ampliação do sistema, a CAIXA firmou convênio com o IBGE 
para realização da coleta e tratamento estatístico dos custos mensais dos insumos 
utilizados nas composições de custo unitário incluídas no sistema. Atualmente, o 
IBGE faz coleta do preço mensal de milhares de insumos em todas as capitais” 
(BAETA, 2012, p. 332). 
 
Com a criação da Lei de Diretrizes Orçamentárias13 no ano de 2003, foi estabelecido 
que a média de preços e serviços correspondentes do SINAPI será o balizador de preços para 
serviços contratados com recursos do Orçamento Geral da União. Não obstante, as Leis 
subsequentes mantiveram essa determinação até 2013, passando por pequenas alterações, e 
finalmente em 2014 o tema passou a ser tratado como decreto presidencial n° 7983/2013, o qual 
estabelece os critérios e exigências para elaboração de orçamento de referência de obras de 
engenharia e contratados com recursos Federal (CAIXA, 2015). Abaixo (ver figura 12), é 
demonstrado o resumo histórico da criação e desenvolvimento do sistema SINAPI. 
 
Figura 12 - Resumo histórico da criação e desenvolvimento do sistema SINAPI. 
 
Fonte: SINAPI. Manual de Metodologias e Conceitos, 2015. 
 
No que concerne a parâmetros que auxiliam no processo de estimativa de custos, Baeta 
(2012) destaca os principais relatórios gerados pelo sistema SINAPI são: 
 
13 Lei n° 10.707, de 30 de julho de 2003 (BRASIL, 2003). 
31 
 
 Relatórios de Preços de Insumos: relatório contendo informações concernentes a 
preços medianos dos materiais, mão de obra e equipamentos utilizados na construção civil os 
quais são coletados mensalmente pelo IBGE em todos os estados e atualizados no banco de 
dados do SINAPI (ver figura 13), salvo exceção, diante da impossibilidade de coleta de preços 
locais suficientes para formação de preço de referência de uma dada região, adota-se o preço 
coletado em São Paulo, assim, possibilitando o sistema SINAPI ter preços14 de referência para 
todos os insumos de todos os estados, bem como publicar relatórios de insumos e composições 
para os mesmos (CAIXA, 2015). 
 
Figura 13 – Amostra da tabela de preços e insumos do SINAPI. 
 
Fonte: CAIXA. O que é SINAPI, 2015. 
 
 
 
 
14 “Visando disponibilizar essa informação aos usuários nos relatórios de insumos, foram incluídas legendas com 
a indicação da origem do preço: C – para preço coletado pelo IBGE no mês de referência do relatório; CR – para 
preço obtido por meio do coeficiente de representatividade do insumo (metodologia família homogênea de 
insumos); e AS – para preço atribuído com base no preço do insumo para a localidade de São Paulo” (CAIXA, 
2015). 
32 
 
Relatório Sintético do Custo de Serviços: relatório de composições apresentado de 
forma sintética as descrições e preços de referência de composições unitárias dos serviços em 
vigor no sistema SINAPI (ver figura 14). (CAIXA, 2015). 
 
Figura 14 – Amostra da tabela de custo de composições sintéticas do sistema SINAPI. 
 
Fonte: CAIXA. O que é SINAPI, 2015. 
 
Relatório Composições analíticas: Relatório que apresenta as mesmas composições 
dos demais, com dados sobre seus itens (insumos e composições auxiliares) e níveis de 
consumo e produtividade para o desempenho de uma unidade do serviço. O relatório não 
apresenta preços para os serviços, sendo esses disponibilizados nos Relatórios de Composições 
(ver figura 15) (CAIXA, 2015). 
 
33 
 
Figura 15 – Amostra da tabela de custos e composições analítica do sistema SINAPI. 
 
Fonte: CAIXA. Catálogo de Composições Analíticas, 2015. 
 
Deste modo, o sistema SINAPI fornece relatórios que possibilitam nortear quanto a 
preços unitários de insumos, serviços e composições analíticas para realização do processo de 
estimativa de custos de obras civis. 
 
 
3.4 Metodologias 
 
 
É possível se ter uma ideia aproximada dos custos de uma obra, antes mesmos que se 
tenham projetos ou orçamentos mais detalhados. Para tanto é necessário ter algumas 
informações elementares sobre o empreendimento que se pretende construir, como padrão de 
construção, tipo de uso, número de pavimentos, área total e entre outros elementos comparando 
com custos de obras semelhantes já executadas (PINI, 2011). Mattos (2015) destaca alguns 
métodos de estimativas paramétricas15: 
 
15 “O método de orçamentação por parametrização, que será apresentado no livro, utiliza informações básicas do 
empreendimento, comumente relatadas num documento chamado “Estudo de Massa”. E mostra que, com poucos 
dados (área do pavimento, número de andares, quantidade de vagas, etc.), e muito pouco tempo, pode-se obter 
uma estimativa de custo de construção, que servirá de balizador durante o processo de projeto e, também, para a 
contratação da construtora. Essa ferramenta de caráter evolutivo, deve ser construída a partir de dados de projetos 
já executados, de banco de dados de contratações e de parâmetros construtivos” (GONÇALVES & CEOTTO, 
2014, p. 19). 
34 
 
3.4.1 Dimensões físicas 
 
 
 O método de estimativa das dimensões físicas, consiste na predição dos custos 
utilizando um parâmetro físico da obra, como: área, volume, comprimento e entre outros. Um 
exemplo comum é o custo por metro quadrado (R$/m²) aplicado no mercado mobiliário, 
também há outros parâmetros de custos utilizados nesse método, como os custos por 
quilômetros de estrada (R$/km), custo por tonelada de estrutura metálica (R$/Toneladas) e entre 
outros (MATTOS A. D., 2015). Abaixo, Mattos (2015) demonstra a aplicação desse método 
utilizando o custo unitário PINI de edificações para o cálculo. 
 
Figura 16 – Custos Unitário PINI de edificações, para um prédio comercial com elevador de 
alto padrão de acabamento, possuindo 10.000,00m² de área construída, localizado na Bahia. 
 
Fonte: MATTOS, A.D. As cinco metodologias de estimar custos, 2015. 
 
Solução: 10.000,00m² x R$ 1.119,98 = R$ 11.979.800,00 
 
 
3.4.2 Unidade do produto final 
 
 
Semelhante a estimativa por dimensões físicas, a estimativa por unidades do produto 
final tem por base dados históricos de projetos similares que possibilitam comparar o custo 
global da obra com parâmetros de capacidade da edificação(MATTOS A. D., 2015). Abaixo, 
são descritas algumas obras estimadas tipicamente por unidade de produto final. 
 
 
 
 
35 
 
Figura 17 – Exemplos de obras estimadas pelo método de unidade de produto final. 
 
Fonte: MATTOS, A.D. As cinco metodologias de estimar custos, 2015. 
 
Com base nesse método de estimativa, o investidor tem a possiblidade de não se 
preocupar a primeiro momento com o custo por metro quadrado de construção, e sim com o 
custo do produto final (MATTOS A. D., 2015), o qual refletirá diretamente na proporção de 
área de construção da edificação. Mattos (2015) dá o seguinte exemplo prático desse método: 
“Utilizando a faixa de custos históricos de hotéis cinco estrelas no Caribe, estimar o custo de 
construção de um hotel de 400 quartos naquela região” (ver figura 18). 
 
Figura 18 – Exemplo de cálculo estimativo por método de unidade do produto final. 
 
Fonte: MATTOS, A.D. As cinco metodologias de estimar custos, 2015. 
 
Solução - valor mínimo: US$ 60.000/quarto x 400 quartos = US$ 24.000.000,00 
Solução - valor máximo: US$ 90.000/quarto x 400 quartos = US$ 36.000.000,00 
 
 
36 
 
4 ITENS RELEVANTES PARA O PROCESSO DE ESTIMATIVA DE CUSTOS DE 
UNIDADES HOSPITALARES 
 
 
A grande importância de uma estimativa de custos está em fazer análises16 de 
viabilidade do empreendimento, permitindo escolhas de alternativas a serem adotadas na etapa 
de detalhamento dos projetos, sem fixar o elevado ônus da elaboração de um orçamento (ver 
figura 19). O processo de estimar o valor de uma obra, não requer muitas informações 
detalhadas sobre o projeto, por isso seu custo de elaboração é menor, o que não significa que 
seu conteúdo e menos confiável que um orçamento (BAETA, 2012 apud Sprancer & Conforto). 
 
Figura 19 - Gráfico demonstrativo de possibilidades de interferência no projeto durante as 
fases de desenvolvimento do empreendimento. 
 
Fonte: GONÇALVES & CEOTTO. Projetando Por Objetivo: o controle do custo no processo de projeto. 
Orçamento Multiparamétrico: uma ferramenta para Gestão do Custo de Edificações, 2015. 
 
 
16 “Acompanhamento contínuo do custo das decisões de projeto: esse é o item mais importante do processo de 
gestão e evita sustos tardios onde um empreendimento ultrapassa o valor previamente estipulado nos estudos de 
viabilidade. Esse item requer estimativas de custo constantes mesmo em fases iniciais de concepção. O custo 
esperado em cada subsistema da obra deve ser informado previamente aos projetistas como premissa de projeto e 
contemplados formalmente nos documentos de diretrizes. Devem ser avaliadas o custo de todas as decisões de 
arquitetura e de engenharia, seu impacto na construtibilidade e no orçamento final do empreendimento” 
(CEOTTO, 2008). 
37 
 
Estimar “uma obra é realizar um exercício de previsão. É acima de tudo interpretar o 
projeto e computar (adivinhar?) tudo aquilo que representará custo na obra” (MATTOS A. D., 
2014). Nesse sentido, a identificação dos custos de obras hospitalares será dada por 
componentes de um determinado projeto, quer seja de adequação, reforma ou construção nova, 
composto por elementos técnicos17, contribuindo para que o processo de estimativa atinja 
resultados satisfatórios, assim, evitando “Termos Aditivos” (GUIMARÃES, 2015). Logo, o 
“projeto tem por objetivo possibilitar a elaboração adequada da estimativa de custos do 
empreendimento” (DIAS, 2012, p. 12). 
Concomitante ao projeto, estimar custos requer a experiência do profissional do 
orçamento, sensibilidade e conhecimentos atualizados (BAETA, 2012 apud Sprancer & 
Conforto), para identificação dos serviços presentes de forma explicita e/ou implícita em 
projeto, como observa Guimarães (2015): 
 
“Os serviços que não podem ser identificados diretamente no projeto, por exemplo, 
os cálculos estruturais, ou até mesmo o elevador, ou as centrais de gases medicinais, 
se assim forem contemplados na concepção do projeto fará com que o profissional do 
orçamento esteja atento a estar “estimando” (estimar é a forma de identificar uma 
ordem de grandeza quantitativa e monetária para tal serviço) ou até mesmo pesquisar 
o referido serviço em publicações mensais de revistas especializadas editadas ou 
empresas que atuam nesta área de serviço que apresentaram propostas técnicas. [...] 
cabe ao profissional do orçamento, identificar, principalmente os serviços de 
transportes (horizontal dentro da área da obra ou até mesmo o “bota-fora” proveniente 
de entulhos gerados), o acesso para entrar e sair os materiais, se necessário for 
computar o uso de elevador de obras, e principalmente identificar se algum setor da 
área que sofrerá esta adequação ou reforma deverá ser implantado, de forma 
provisória durante o cronograma da obra, em outro local. Estes custos de implantação, 
mesmo que provisório, deverá ser computado neste elemento técnico (orçamento)”. 
 
Dessa forma, a experiência do profissional do orçamento associada a projetos bem 
dimensionados e especificados, fazem parte dos itens relevantes para o processo de estimativas 
de custos, os quais implicarão no sucesso do empreendimento. Abaixo, o Tribunal de Contas 
da União (TCU) e Dias (2015) destacam as causas e consequências de estimativas mal 
elaboradas: 
 
“Entre as principais causas para deficiências no processo de formação de preços, 
citam-se os projetos incompletos, defasados e/ou deficientes e o uso inadequado de 
referências de preços ou, ainda, a própria deficiência do sistema referencial utilizado. 
Profissionais mal preparados, em termos de conhecimentos basilares de engenharia 
 
17 “[...] em um todo (projetos, termo de referência ou escopo de serviços e orçamento com cronograma físico-
financeiro)” (GUIMARÃES, 2015). 
38 
 
de custos, também têm o potencial de inserir relevantes imprecisões na avaliação do 
custo da obra” (TCU T. d., 2014, p. 8). 
 
“Uma estimativa de Custos elaborada de forma equivocada pelo contratante traduz-se 
em prejuízo para a nação e toda a sociedade civil, inclusive, nós os próprios 
engenheiros e arquitetos, parte integrante desta mesma sociedade e, ainda, causando 
dificuldades financeiras para as empresas e os profissionais da área. O que não 
podemos admitir são obras paralisadas por motivos de dotações orçamentárias falhas, 
principalmente por desconhecimento da boa técnica da Engenharia de Custos” (DIAS, 
2012, p. 21). 
 
Figura 20 - Causas para a deficiência de estimativas e orçamentos. 
 
Fonte: TCU T. d. Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de obras Públicas, 2014. 
 
No que diz respeito a estimativas de projetos pouco convencionais, como uma indústria 
sem referências de obras similares ou uma ponte de design diferenciado com uma tecnologia 
construtiva poucas vezes aplicada em outros projetos, implicará no bojo da estimativa de custos 
uma imprecisão maior (MATTOS A. D., 2010). Em entrevista informal com o Arquiteto 
Urbanista José Mauro Carrilho Guimarães, Mestre em Educação profissional em Saúde, com 
larga experiência em estimativas e custos hospitalares, cita, quanto ao processo estimativo de 
obras diferenciadas: 
 
“Na verdade, elencamos um número "x" de serviços importantes e relevantes para 
mediar à estimativa identificando os serviços menos relevantes para uma estimativa 
em percentual (acrescendo, por exemplo, um percentual em razão do que está sendo 
apresentado nos croquis, estudo preliminar, projeto ou outro elemento técnico), 
situando que relevância é a característica de ser preponderante o serviço identificado 
39 
 
ao serviço objetodo elemento técnico independente de quantitativo e preço. Não 
chamo de orçamento preliminar, mas sim de estimativa com maiores detalhamentos 
dos serviços em relevância (por exemplo, no hospital estarei identificando os serviços 
de instalações elétricas, de instalações de gases, do sistema de circuito de TV, das 
instalações de chamadas de enfermaria, não esquecendo dos serviços mais comuns a 
edificação (alvenaria, revestimento, pintura entre outras), lembrando sempre dos 
serviços diferenciais aos serviços convencionais. 
[...] 
 O que é importantíssimo na estimativa ou no orçamento que defina essa metodologia 
descrita na memória de cálculo que espelha o que executou na estimativa, por exemplo 
a partir de m3 ou m2 ou Kg. Se não houver contato com projetos executivos você 
sempre estará desenvolvendo um orçamento estimativo, que é um orçamento 
preliminar, pois não tem os elementos definidos para apropriar por isso que estima 
por m2, m3, por Kg entre outros18”. 
 
Assim, para correta formação dos custos estimados de uma obra, dentre os itens 
relevantes a serem observados estão projetos, percepção e identificação dos itens específicos a 
serem orçados que fazem parte da concepção projetual, custos e quantidades representadas ou 
não em projeto, sensibilidade e percepção do profissional do orçamento para identificar os 
custos diretos e indiretos gerados na área a ser implantado o projeto, em suma, estimar custos 
é uma soma de experiência do profissional do orçamento associada a projetos bem concebidos. 
Portanto, “sem projeto sem estimativa de custos” (DIAS, 2012, p. 2). 
 
5 ESTUDO DE CASO 
 
 5.1 HEURO - Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia 
 
5.1.1 Características física e orçamentária do HEURO. 
 
Localizado no Estado de Rondônia no município de Porto Velho, o Hospital de Urgência 
e Emergência de Rondônia (HEURO) (ver figura 21), foi desenvolvido com objetivo de atender 
a alta demando por leitos de urgência e emergência a qual tem ocasionado a superlotação do 
Hospital e Pronto Socorro João Paulo Segundo, situado no mesmo município (SUPEL, 2013). 
 
Entretanto, notória a ineficiência por parte dos municípios em cumprir as 
prerrogativas constantes na legislação supramencionada, de modo que a consequência 
 
18 Entrevista concedida por José Mauro Carrilho Guimarães do Rio de Janeiro. Entrevista I. [novembro de 2015]. 
Entrevistador: Ramon Nascimento Sousa, Porto Velho – RO, 2015. A entrevista na íntegra encontrasse transcrita 
no Apêndice desta monografia. 
40 
 
é percebida diuturnamente pela superlotação do único hospital de urgência e 
emergência da nossa capital, o famigerado João Paulo II. 
“Em Rondônia temos 1,5 milhão de habitantes, mais os pacientes de Estados vizinhos 
e até da Bolívia. O João Paulo é visto como um vilão, mas ele é a vítima e é como um 
funil, pois, a demanda é muito grande. Todo dia chega gente. O pronto-socorro não 
é o problema, é a solução crítica de uma situação caótica”, disse o governador, 
Confúcio Moura. (SUPEL, 2013) 
 
Figura 21 – Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia – HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Figura 22 – Implantação do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia – HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
41 
 
O HEURO está situado no bairro Industrial, Rua Alto Madeira, entre ruas Aparício 
Moraes e Benedito de Souza Brito, ao lado do Hospital de Base do Estado de Rondônia (ver 
figura 23), com uma área total construída de 17.370,73m² (Dezessete mil, trezentos e setenta, 
vírgula, setenta e três metros quadrados) (SUPEL, 2013). 
 
Figura 23 – Localização do terreno para construção do HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
O programa de necessidades deste Hospital se distribui ao longo de 4 pavimentos de 
uma tipologia arquitetônica tipo vertical possuindo 268 leitos (ver figuras 24 e 25). A estrutura 
da construção foi concebida em concreto armado, com paredes de vedação em alvenaria de 
tijolos cerâmicos revestidos com reboco interno e externamente, sendo em laje pré-moldada 
protendida as lajes de piso e forro, com uma cobertura em estrutura de madeira com telhas 
42 
 
metálicas. Já os materiais de acabamento foram especificados conforme critérios de 
durabilidade, facilidade de manutenção e higienização buscando uma padronização na 
aplicação dos mesmos ao longo dos diversos ambientes do hospital (SUPEL, 2013). 
 
 
Figura 24 – Parâmetros físicos do HEURO – Quadro de áreas. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Figura 25 – Quantidade de leitos por setor hospitalar - HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Quanto a infraestrutura predial, o fornecimento de água será fornecido pela 
concessionária local CAERD (Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia), a coleta e 
tratamento de efluentes será por meio de estação de tratamento de esgoto própria, o 
43 
 
fornecimento de energia elétrica será fornecido pela concessionária local CERON (Centrais 
Elétricas de Rondônia S.A.), o sistema de energia elétrica de emergência será através de 
equipamento No Break on Line e Gerador de Energia com partida automática, o sistema de 
telefonia será digital. Já as instalações de gases medicinais (oxigênio; ar comprimido; óxido 
nitroso; vácuo clínico) e gás GLP serão sistema tipo Central, o sistema de combate a incêndio 
será por meio de hidrantes e extintores, o sistema de ar condicionado será tipo Split com dutos 
e filtros (SUPEL, 2013). 
 Quanto a setorização, nas áreas externas, foi situada acesso ao pronto socorro, acesso ao 
público, acesso de serviços, estacionamento de funcionários e público, transformadores e 
geradores, estação de tratamento de efluentes, transporte, manutenção, auditório/capela e posto 
policial (ver figura 26). No térreo, foram setorizados os seguintes ambientes: pronto socorro e 
observações, diagnóstico, administração, espera e recepção, lavanderia, conforto e higiene de 
funcionários, morgue, abrigo de resíduos e almoxarifado (ver figura 27). Já no 1° pavimento, estão 
locados os seguintes ambientes: UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), cozinha e refeitório, 
farmácia, CME (Central de Material Esterilizado), Áreas Administrativas, SAME (Serviço de 
Arquivamento Médico e Estatística) e Arquivo, IT Médico, Casa de Máquinas (Ar-
Condicionado) e áreas reservadas para futura ampliações (ver figura 28), ficando por fim, nos 
2° e 3° pavimentos as enfermarias masculina e feminina (ver figura 29) (SUPEL, 2013). 
 
Figura 26 – Setorização da implantação – HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
44 
 
Figura 27 – Setorização Pavimento térreo – HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Figura 28 – Setorização 1º Pavimento - HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
45 
 
Figura 29 – Setorização 2° e 3° Pavimentos. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Esta obra foi estimada em orçamento analítico no valor de R$ 47.458.001,19 (Quarenta 
e sete milhões, quatrocentos e cinquenta e oito mil, um real e dezenove centavos), na curva 
ABC19 deste observa-se que 20% dos itens de serviços de construção equivale a 86,39% do 
custo da obra, que compreende a cerca de trinta e três milhões de reais (sem BDI) (ver figuras 
30, 31), correspondendo aos serviços de acabamentos de piso, parede e teto, dutos e 
equipamentos de ar-condicionado, concreto usinado e armação de aço em geral, lajes pré-
moldadas, câmaras frias, elevadores, grupo gerador e demais instalações elétricas (ver figuras32 e 33) (SUPEL, 2013). 
 
 
19 “A curva de experiência ABC, também conhecida como Análise de Pareto, ou Regra 80/20, é um estudo que foi 
desenvolvido por Joseph Moses Juran, um importante consultor da área da qualidade que identificou que 80% dos 
problemas são geralmente causados por 20% dos fatores. O nome “Pareto” vem de uma homenagem ao economista 
italiano Vilfredo Pareto, que em seu estudo observou que 80% da riqueza da Itália estava na mão de 20% da 
população. E boa parte do entendimento da Curva ABC se deve à análise desenvolvida por Pareto” (HENRIQUE, 
2010). 
46 
 
Figura 30 – Percentual, itens e custos de construção do HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Figura 31 – Curva ABC - HEURO 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
47 
 
Figura 32 – Pareto – Amostragem dos 20% de itens mais caros da obra. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
Figura 33 – Pareto – Amostragem dos 20% de itens mais caros da obra. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
48 
 
 
Quanto ao custo por m² do HEURO, atinge o valor de R$ 2.732,07 (dois mil, setecentos 
e trinta e dois e sete centavos) por metro quadrado construído, já incluso BDI de serviços de 
construção de 25% e BDI de equipamentos 12% (ver figura 34). Neste custo por metro 
quadrado, estão inclusos todos os serviços de construção da edificação principal, bem como seu 
entorno, tais como estacionamento, arruamentos, paisagismo, abrigo de resíduos, subestação, 
grupo gerador, guaritas, paisagismo e entre outros. 
 
Figura 34 – Amostra do custo por metro quadrado e referência de preços do HEURO. 
 
Fonte: SUPEL, Concorrência Pública 072, 2013. 
 
5.1.2 Metodologia de estimativas de custos - Histórico dos custos de projetos de saúde do 
Governo do Estado de Rondônia. 
 
Com base nos dados históricos dos custos de construções hospitalares novas licitadas 
pelo Governo do Estado de Rondônia, o setor Custos e Orçamentos do DEOSP (Departamento 
de Obras e Serviços Públicos do Estado de Rondônia) compilou essas informações em tabela, 
demonstrando os custos de cada construção nova de EAS, gerando parâmetros de custos de 
unidades hospitalares por analogia de projetos. Tal metodologia é aplicada no DEOSP apenas 
para efeito de dimensionar os recursos monetários a serem capitados pelo Governo do Estado 
de Rondônia, para construção do EAS, não sendo aplicado em licitações os valores encontrados 
nessas estimativas. O usual, no que concerne a engenharia e arquitetura, para montagem do 
processo de licitação em Rondônia é mobilizar equipes compostas por engenheiros, arquitetos 
e técnicos que irão dimensionar todos os projetos básicos concernentes a obra, junto com seus 
memoriais descritivos, a partir desses documentos o profissional do orçamento simula o custo 
da obra, extraindo desses elementos técnicos as quantidades de insumos para construção da 
obra e, referenciando-os a preços de insumos e serviços das tabelas do sistema SINAPI ou a 
49 
 
preços médios20 praticado no mercado, podendo assim chegar a um valor estimado por meio de 
planilha orçamentária analítica. 
A partir do histórico de valores extraídos de planilhas orçamentárias de EAS anteriores, 
o processo de formação do custo estimado por analogia de projetos do Governo do Estado de 
Rondônia, parte do princípio do CUB/m², onde, para comparar custos de projetos similares é 
extraído do orçamento desses projetos os seguintes custos: equipamentos como elevadores, 
monta cargas, plataformas elevatórias, câmara fria, instalações como chamada de enfermagem 
e entre outros elementos que possam gerar distorções muito elevadas na estimativa de custo 
(ver tabela 1). 
 
Tabela 1- Histórico dos custos de obras hospitalares do Governo do Estado de Rondônia. 
Modalidade 
 
a 
Publicação 
 
b 
Objeto 
 
d 
Data-Base 
– cálculo 
e 
Custo 
 
f 
Concorrência 
Pública 
113/2012 
24/11/2012 Construção do Hospital Regional 
em um terreno existente de 
6.000,00m². Totalizando uma área 
a ser construída de 4.063,83m², no 
município de Guajará Mirim/RO. 
24/11/2012 R$ 12.032372,22 
(Custo total) 
R$ 11.938786,53* 
Concorrência 
Pública 
086/2013 
08/11/2013 Construção de um Laboratório 
Central de Patologia Clínica, 
sendo o Térreo com 476,16m², o 1° 
andar com 27,29m² e uma Caixa 
D’Água com 27,29m², com uma 
área total a ser construída de 
530,74m², no (s) município (s) de 
Porto Velho / RO. 
01/01/2012 R$ 11.62358,28 
(Custo total) 
 
20 “O Decreto 7.983/2013 estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e 
serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União. [...] As diversas tabelas 
de custos mantidas por órgãos e entidades da esfera estadual podem ser consideradas “sistemas específicos 
instituídos para o setor”, sendo pacífica sua aceitação como fonte referencial de preços. Nesse sentido, o Acórdão 
TCU 3.272/2011-Plenário assim dispôs: [...] 9.1.1.9.3. subsidiariamente, preços de outros sistemas aprovados pela 
Administração Pública, na hipótese de não serem encontradas referências nos sistemas anteriores, ou em caso de 
incompatibilidade técnica das composições desses paradigmas frente às peculiaridades do serviço, desde que 
demonstrada documentalmente mediante justificativa técnica; 9.1.1.9.4. subsidiariamente, cotação de mercado 
contendo o mínimo de três cotações de empresas/fornecedores distintos, fazendo constar do respectivo processo a 
documentação comprobatória pertinente aos levantamentos e estudos que fundamentaram o preço estimado; [...] 
(TCU T. d., ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS DE OBRAS 
PÚBLICAS, 2014). 
50 
 
Tabela 1- Histórico dos custos de obras hospitalares do Governo do Estado de Rondônia. 
(continuação) 
Modalidade 
 
a 
Publicação 
 
b 
Objeto 
 
d 
Data-Base 
– cálculo 
e 
Custo 
 
f 
Tomada de 
Preço 
006/2014 
14/02/2014 Construção e Adequação de 
Unidade de Nutrição Enteral e 
Lactário do Hospital de Base Ary 
Pinheiro, no município de Porto 
Velho/RO. 
Outubro de 
2013 
R$ 412.869,23 
(Custo total) 
Concorrência 
Pública 
072/2013 
14/02/2014 Construção de um Hospital de 
Urgência e Emergência, com área 
total de 17.370,73m² (dezessete 
mil, trezentos e setenta, vírgula, 
setenta e três metros quadrados), 
no município de Porto Velho/RO. 
06/06/2013 R$ 
47.4.58.001,19 
(Custo total) 
R$ 46.099.436,64 
** 
 09/06/2011 Construção da Unidade de coleta e 
Transfusão de Sangue em Rolim de 
Moura. 
09/06/2011 R$ 864.239,05 
(Custo total) 
RDC 
006/2014 
25/02/2014 Construção do Hospital de 
Seringueiras 
25/02/2014 R$ 6.398.504,44 
(Custo total) 
RDC – 
013/2014 
01/03/2014 Construção do Hospital Regional 
de Ariquemes. 
01/03/2014 R$ 35.889.806,49 
(Custo total) 
R$ 33.698.073,50 
*** 
RDC – 
008/2014 
25/02/2014 Construção de Unidade de Pronto 
Atendimento em Ji-Paraná. 
25/02/2014 R$ 3.875.213,31 
Observação: 
CUB - PADRÃO COMERCIAL ALTO - MÉDIA CSL8 
* HR – Guajará - Mirim - Retirado o custo de chamada de enfermagem retirada R$ 93.585,69 (..) 
** HR – Porto Velho - orçado em R$47.458.001,19 sendo retirado o custo de elevador, câmara fria e chamada 
de enfermagem, na qual se atinge o valor de R$46.099.436,64. 
*** HR – Ariquemes- orçado em R$35.889.806,49 sendo retirado o custo de elevador, câmara fria e chamada 
de enfermagem,

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