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Programação da Produção: o guia inicial para o Gestor Industrial

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Coletânea com os melhores artigos sobre programação da 
produção escritos pelos engenheiros do Blog Industrial Nomus
Programação da Produção: 
o guia inicial para o gestor industrial
Índice
A importância da programação da produção 
Primeiros passos para a implantação da produção industrial
5 benefícios da programação fina que melhoram o desempenho da sua indústria 
Como usar a programação da produção no seu PCP para solucionar problemas graves da gestão 
industrial
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial
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30
2
A importância da programação 
da produção 
Muitas indústrias investem em diversas ferramentas para a melhoria de seu 
rendimento e lucro, porém ainda encontram muitos obstáculos para 
atingirem seus objetivos. Muitos problemas relacionados à gestão da 
produção, atendimento a prazos de entrega, melhora na taxa de ocupação 
das máquinas, controle do fluxo de caixa e problemas em outras áreas 
podem ser resolvidos com a programação da produção.
Por esse motivo, a Nomus e Voitto prepararam essa coletânea dos melhores 
artigos produzidos pelo Blog Industrial Nomus sobre o assunto para que você 
possa esclarecer suas dúvidas sobre o assunto e conhecer os benefícios da 
programação da produção.
Caso você goste do material deste ebook e ainda não tiver assinado 
gratuitamente o Blog Industrial Nomus, você pode se inscrever aqui e 
receber semanalmente novos artigos no seu email. 
Boa leitura!
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 3
Apoio:
Primeiros passos para 
implantação da programação 
da produção industrial
Artigo 1
Engenheiro de Produção pela UERJ, trabalhou em diversos projetos de consultoria com a Coppe da UFRJ 
e participa de projetos de implantação do Nomus PCP desde 2011.
João Pimenta
Podemos dizer que a PPCP – Planejamento, programação, e controle da 
produção determina “o que” vai ser produzido, “em qual quantidade”, 
“como” e “onde” (qual máquina), “quem” vai produzir e “quando” vai ser 
produzido. A tarefa de trabalhar com as informações: “o que”, “em qual 
quantidade” e “como” para retornar o “onde” e “quando” é responsabilidade 
da programação da produção.
Desta forma, com esta ferramenta, teremos o sequenciamento detalhado de 
quais atividades (ordens de produção e suas respectivas operações) deverão 
ser realizadas, com quais recursos serão realizadas e quando cada uma deve 
ser iniciada. É evidente que sem controlar “o que”, “em qual quantidade” e 
“como” não é possível obter a programação da produção.
Devido à importância deste tema e eu perceber que muitas indústrias de 
manufatura ainda estão engatinhando na gestão da produção e 
desconhecem o que precisa ser feito para programar a produção de maneira 
eficaz, resolvi escrever sobre os primeiros passos para a implantação da 
programação da produção. Se a sua indústria já programa a produção, ótimo, 
veja aqui algumas dicas e espero que consiga manter e melhorar os seus 
processos de gestão. Caso ainda não faça a programação da produção, acho 
que este artigo pode dar o empurrão inicial para você começar.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 5
6
Quais são os pré-
requisitos para o 
sistema de 
programação da 
produção? 
Já falei mais detalhadamente sobre este tema no 
artigo em que explico como calcular e aumentar a 
eficiência do chão de fábrica com OEE na prática, 
dentro do tópico “informações básicas para um 
controle eficiente de chão de fábrica“. Por isso, serei 
um pouco mais breve aqui e irei apenas reforçar a 
essência de cada um dos temas com foco na 
implantação da programação da produção. 
Crie roteiros de produção
O roteiro de produção é a definição da engenharia de 
processos de cada produto. Para cria-lo são 
necessários os passos a seguir:
• Estude o processo produtivo e definir as principais 
etapas de produção – operações
• Identifique em quais recursos (máquinas) as 
operações são feitas – relacionar recursos com as 
operações
• Meça o tempo de produção de cada etapa por 
recurso (determinados recursos podem realizar 
atividades mais rapidamente) – tempo da operação
• Meça o tempo de setup de produção de cada etapa 
por recurso – setup da operação
Controle o chão de fábrica
O controle do chão de fábrica pode ser feito através 
do apontamento de produção que na prática é 
registrar os dados abaixo, confrontando-os com o 
planejamento:
• Quem – qual funcionário;
• Onde – qual recurso ou máquina;
• O que – qual ordem/produto/operação/atividade;
• Quando – tempo de início e tempo de fim.
Defina calendário de recursos
O calendário dos recursos representa, basicamente, 
qual o horário de funcionamento da sua fábrica. Se for 
necessário controle calendários diferenciados para 
recursos específicos.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial
Como funciona o controle das 
ordens de produção (OP’s)
A ordem de produção pode ser considerada como a formalização do que 
precisa ser fabricado. Esse documento agrega todos os materiais necessários 
para a fabricação separados ou não por etapas produtivas e por todas as 
operações necessárias para fabricação do produto. Para a ordem de 
produção precisamos de informações como:
• Produto que vai ser fabricado
• Data de entrega planejada
• Quantidade a ser fabricada
• Lista de materiais base
• Roteiro de produção base
A OP é um veículo que ajuda o usuário a controlar tudo que acontece no 
início, no meio e na fase final da produção de determinado produto.
Cada ordem possui seu roteiro de produção específico, calculado de acordo 
com a quantidade planejada da ordem. Esse roteiro serve como um indicador 
de lead time de produção e através dele que a programação de produção e o 
próprio apontamento na fábrica são feitos.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 7
Exemplo de tela de ordens de produção no sistema Nomus PCP:
Cada linha da imagem acima representa uma ordem de produção. Cada 
ordem possui seu próprio roteiro de produção. 
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 8
Abaixo temos um exemplo de roteiro produtivo de uma ordem de produção.
Roteiro de produção da ordem no sistema Nomus PCP:
Com base nessas operações e em todas as operações pendentes das ordens 
de produção, é possível programar a produção com precisão. Para finalizar 
podemos seguir com alguns exemplos de programação da produção para 
entender melhor como podemos organizar todas essas operações.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 9
Como funciona o sequenciamento 
da produção na prática
Nesta etapa, lidamos com a alocação das operações das ordens pendentes 
(por isso é importante termos controle da produção em tempo real e roteiros 
de produção bem atualizados) dentro dos recursos disponíveis, de acordo com 
seus calendários.
Lembrando que o sequenciamento pode ser muito dinâmico, visto que 
existem diversas formas de priorizar a organização das operações.
Regras de sequenciamento
Algumas regras de sequenciamento normalmente utilizadas para 
programação da produção são:
• Razão crítica – Aqui temos uma alocação de acordo com o menor resultado 
da equação:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 10
• Data de entrega – Quanto mais cedo for a data de 
entrega da ordem, maior é a sua prioridade no 
sequenciamento.
• Prioridade das ordens – Aqui definimos o 
sequenciamento de acordo com a prioridade 
definida na própria ordem de produção.
• Tempo de início planejado – De acordo com o lead 
time de produção e a data de entrega planejada, 
calculamos a data de início planejada, que é que a 
data em que a produção da ordem deve ser iniciada 
para que a entrega planejadaseja respeitada.
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS) –
Basicamente a primeira ordem emitida tem maior 
prioridade. Aqui utilizamos a data de emissão da 
ordem como critério.
Exemplo prático de seleção e critérios de priorização 
das ordens no Nomus PCP:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial
Outros critérios que podem ser utilizados são:
• Razão de falta – Estabelece qual produto deverá 
entrar em falta mais rapidamente pela fórmula:
• Razão de folga – Estabelece quanto tempo as 
operações da ordem podem atrasar sem impactar 
as próximas operações, pode ser calculado pela 
fórmula:
11
Exemplo de sequenciamento de 
operações com capacidade finita
Agora é a hora da verdade. Tudo que foi feito anteriormente é para chegar a 
esta etapa: o sequenciamento das operações de produção pendentes. 
Antes de prosseguirmos vale a pena ressaltar que o sistema de gestão 
industrial Nomus PCP utiliza a lógica de sequenciamento baseada em eventos. 
Isso significa que o software realiza algumas simulações antes de “sair 
alocando” as operações. Ou seja, o sistema verifica dinamicamente todos os 
recursos disponíveis e busca alocar as operações disponíveis o quanto antes 
com foco na diminuição da ociosidade das máquinas e sempre respeitando as 
regras de sequenciamento.
Existem 2 ordens de produção pendentes cujas etapas produtivas são feitas 
exatamente nos mesmos recursos (A e B) na sequência. Segue um esquema 
representativo.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 12
Sequenciamento por regra:
Podemos observar que cada uma das programações apresentou um 
sequenciamento totalmente diferente da outra.
A partir desta alternativas de sequenciamento apresentadas, faça uma 
avaliação detalhada para escolher o critério que melhor encaixa na sua 
empresa. Seja pelo atraso médio, pelo menor lead time de produção ou por 
outros critérios.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 13
Avaliando o desempenho das programações geradas
Uma ótima ferramenta para avaliar o desempenho é o Gráfico de Gantt. Ele representa através de um diagrama, 
todas as operações das ordens ao longo de determinado período. As operações são representadas através de 
retângulos sobre o eixo horizontal do gráfico. Para esse exemplo vamos usar essa ferramenta para calcular o lead 
time e o atraso na produção.
Veja um exemplo de Gráfico de Gantt no sistema Nomus PCP:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 14
Agora vamos calcular, com base nesse exemplo, o gantt para o nosso 
sequenciamento:
Com base no Gráfico de Gantt, podemos identificar a partir do lead time de 
produção total as nossas principais candidatas a vencedoras. Por enquanto 
estamos empatados entre a Razão crítica e a data de entrega.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 15
Vamos quantificar o resultado por critério e adicionar a informação de atraso total em horas na tabela abaixo:
Fica claro, portanto, que o nosso melhor critério é a data de entrega para este exemplo.
Observações importantes para cada critério de priorização
• Razão crítica: Normalmente a razão crítica apresenta resultados interessantes por considerar a data de entrega e 
o tempo de lead time da ordem. Costuma aumentar a satisfação do cliente. Também ajuda diminuir o tempo de 
espera de lotes pequenos. Provavelmente por termos um exemplo simples, não observamos todo o potencial 
desse tipo de sequenciamento.
• Data de emissão: Critério muito simples e de fácil aplicação. Não gera resultados muito interessantes, mas é 
uma justificativa prática para explicar o atraso da produção quando o cliente acompanha de perto.
• Data de entrega: Se mostrou o melhor critério para o nosso exemplo por aliar a combinação de baixo lead time e 
atrasos mínimos. É utilizada para empresas que trabalham sob encomenda. Em alguns casos temos o risco de 
travar a linha produtiva com lotes muito grandes já que esse critério não considera o lead time de produção das 
ordens.
• Prioridade da ordem: Normalmente utilizado como critério de desempate. Pode ser uma maneira prática de 
alterar o sequenciamento de algumas ordens específicas sem influenciar o resto da programação. No nosso 
exemplo obteve o pior desempenho.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 16
Cuidado ao escolher como irá 
programar sua produção
O processo de sequenciamento pode ser muito dinâmico na prática, uma 
ordem a mais ou a menos e todo o cenário muda. Além disso, cada segmento 
industrial, empresa ou sistema produtivo pode possuir um foco específico e 
métricas totalmente diferentes de indicadores de gestão.
Portanto, é indiscutível a importância de possuir uma ferramenta que seja 
flexível e ajude seu colaborador a programar a produção de forma prática e 
rápida.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 17
Apoio:
5 benefícios da programação 
fina que melhoram o 
desempenho da sua indústria
Artigo 2
Engenheiro Mecânico Industrial formado na UERJ e especialista em implantação de sistemas de gestão 
Industrial na Nomus. Thiago já atuou em fábricas de diversos setores, como: Embarcações, perfuração 
submarina, metal-mecânica, materiais de escritório, alimentício, cosméticos e tubulação.
Thiago Leão
5 benefícios da programação fina 
que melhoram o desempenho da 
sua indústria
Um software de programação fina pode ajudar sua indústria a “enxergar o 
futuro”, mesmo não sendo uma máquina do tempo. A programação traz uma 
projeção de futuras ações a serem tomadas bem próxima da real, permitindo 
que as decisões sejam feitas de forma antecipada e consciente. Eu separei 
alguns benefícios da programação fina para uma indústria com uma 
demanda sob encomenda.
O assunto de hoje é bem tranquilo, mas se quiser ter uma compreensão mais 
ampla do tema, dê uma lida nos primeiros passos para implantação da 
programação da produção industrial.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 19
Entendendo a programação fina 
a partir da capacidade finita
A Programação Fina da Produção, ou Advanced Planning and
Scheduling(APS), é uma técnica que busca otimizar a capacidade da sua 
fábrica, de acordo com as especificidades e os problemas de cada caso. Ela 
irá gerenciar gargalos, projetar, faturamentos, trabalhar melhor os recursos, 
acelerar o setup e ainda automatizar o Planejamento e Controle de Produção 
– PCP, dentre muitas outras tarefas.
Esta programação é diferente da programação com capacidade infinita, 
justamente pois leva em consideração a realidade, ou seja, cada máquina 
tem uma capacidade finita, de acordo com um calendário de disponibilidade 
e com suas possibilidades de processar determinados produtos numa 
determinada velocidade. Conforme o título deste artigo, vou listar a seguir os 
5 benefícios que você terá na sua indústria ao implementar a programação.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 20
1. Analisar datas de entregas dos 
pedidos
Prever a entrega dos pedidos dos clientes não é uma tarefa simples de ser 
calculada, já que além do tempo de atravessamento do pedido na fábrica, 
levamos em consideração todos os pedidos da fabrica e as filas em cada 
máquina. Com base nos critérios de priorização, o sistema “escolhe” as 
ordens que deverão entrar em máquina no futuro, colocando os pedidos 
menos urgentes ficaram por ultimo na fila.
A partir desta informação, você ganha um leque de possíveis ações, como 
renegociar uma data de entrega ou negociar prazos de entrega mais reais 
com o cliente para evitar atrasos e desgastes futuros. Na imagem a seguir é 
possível ver um relatório com uma lista de pedidos e sua respectiva previsão 
de entrega projetada no futuro no software NomusPCP.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 21
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 22
2. Projetar o faturamento
Claro que sua empresa consegue fazer uma previsão de faturamento com 
base na data de entrega dos pedidos de forma muito fácil, de acordo com as 
datas combinadas com seus clientes. Porém, com a programação fina você 
terá uma projeção muito mais próxima da realidade, já que o sistema leva 
em conta todos os gargalos da sua produção e todos os atrasos, então 
provavelmente você conseguirá faturar naquela data indicada pela 
programação fina.
Com isso você pode planejar melhor seu fluxo de caixa ou interferir na 
realidade que o sistema previu a fim de aumentar seu faturamento e 
eficiência, conforme a imagem a seguir mostra um relatório com alguns 
indicadores de velocidade de faturamento, que nada mais é do que a taxa de 
faturamento por mês, semana, dia e hora, de acordo com as previsões 
geradas pela programação fina utilizando o Nomus PCP.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 23
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 24
3. Simular cenários produtivos
Um dos benefícios da Programação fina é a possibilidade de simular 
cenários, como a criação de um novo turno, se vale a pena trabalhar no 
feriado ou enforcar uma segunda feira antes de um feriado na terça, qual 
será o impacto se adquirir uma nova máquina na sua demanda atual, dentre 
outras analises, evitando adquirir equipamentos desnecessários e trabalhar 
em situações desfavoráveis.
A imagem a seguir mostra um gráfico de Gantt gerado pelo sistema Nomus
PCP no módulo de programação fina. Com ele, você pode ver 
detalhadamente a previsão de quando cada atividade será realizada em cada 
máquina e a partir daí tomar decisões mais acertadas.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 25
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 26
4. Otimizar setups, ou tempos de 
preparação de máquina 
Muitos produtos precisam de cuidados especiais antes de iniciar a 
programação, como a utilização de uma ferramenta especifica, ou a limpeza 
adequada do equipamento para não contaminar o produto que será 
produzido. A programação possibilita otimizar o tempo de setups das 
maquinas, pois com ela você poderá programar produtos que irão requerer o 
mesmo setup da máquina para serem fabricados em sequência. 
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 27
5. Analisar os gargalos e recursos 
ociosos
Ao simular o atravessamento de todos os pedidos no sistema, então será 
possível saber qual será a carga máquina de todos seus recursos, levando em 
consideração que cada recurso (ou máquina) tem restrições de capacidade e 
de processamento de produtos.
Analisar quais são os recursos com mais disponibilidade e os recursos com 
menos disponibilidade, pode lhe dar uma vantagem na hora de negociar 
prazos e assumir novos compromissos com seus clientes. Além disso, 
decisões de investimento ou desinvestimento em máquinas e equipamentos 
devem passar por esta análise, conforme verificado na imagem abaixo.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 28
“É preciso conhecer os limites da 
força. É preciso saber quando 
combinar força com estratégia.” 
Escolhi a frase de Leon Trotsky para encerrar este artigo não por uma 
questão ideológica, mas porque ela descreve bem esse artigo, pois é 
necessário conhecer os limites da sua capacidade fabril para combinar essa 
capacidade com uma estratégia de vendas e de produção. Caso queira 
descontrair um pouco, convido você a ler o artigo que fala de uma forma 
divertida sobre essa relação entre a área comercial e a industrial. 
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 29
Apoio:
Como usar a programação 
da produção no seu PCP 
para solucionar problemas 
graves da gestão industrial 
Artigo 3
Engenheiro de Produção pela UERJ, trabalhou em diversos projetos de consultoria com a Coppe da UFRJ 
e participa de projetos de implantação do Nomus PCP desde 2011.
João Pimenta
A minha experiência em implantação de sistemas de gestão em indústrias 
me permitiu enxergar diversos problemas clássicos que aparecem em 
indústrias durante a gestão de sua produção, o controle de caixa e de outras 
áreas. Problemas estes que podem ser resolvidos com a programação da 
produção. Para descobrir se você também sofre com esses problemas, por 
favor, responda às seguintes perguntas:
• A sua fábrica consegue determinar as atividades de qualquer recurso do 
próximo mês, semana ou até dos próximos dias?
• A área comercial da sua empresa consegue passar prazos de entrega para 
seus clientes sem comprometer a produção?
• O Financeiro consegue estimar o fluxo de caixa com base em previsões de 
entrega passadas pelo próprio setor de produção?
• O setor de compras consegue “acompanhar” a produção sem 
sobrecarregar o armazenamento e o capital de giro da sua empresa?
• A sua empresa sabe qual recurso vai ficar mais sobrecarregado e 
representar a restrição da produção?
Se você tem problemas com algumas (ou todas) as perguntas acima, os seus 
problemas podem ser facilmente resolvidos com um sistema que ajude a 
fazer a programação da produção.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 31
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Solucione seus 
problemas com a 
programação da 
produção 
informatizada
Ao utilizar um sistema de gestão, sua indústria pode 
resolver todos estes problemas de uma forma prática. 
O sistema Nomus PCP, por exemplo, além de contar 
com vários outros módulos importantes para a gestão 
da sua industria de manufatura, conta com o módulo 
de programação fina da produção, que irá ajudar a sua 
empresa obter diversos benefícios, conforme 
detalhados abaixo: 
Definir a programação por recurso, 
ordem, operação ou período
Determine a programação dos seus recursos pela 
próxima semana, quinzena ou mês. Veja algumas 
possibilidades de indicadores/relatórios:
• Compare o realizado com o executado, entenda se 
as tarefas estão sendo iniciadas e finalizadas nos 
horários previstos;
• Entenda quantas unidades de produtos serão 
processados em cada um dos seus recursos dentro 
de determinado período;
• Avalie quais operações possuem um tempo de 
espera mais elevado comparando a finalização da 
etapa x e o início da etapa x+1 de determinada 
ordem, por exemplo;
• Gere o relatório para cada recurso da sua produção 
contendo informações claras e objetivas do que 
precisa ser feito;
• Acompanhe junto com a produção os motivos da 
programação não estar sendo respeitada;
• Avalie se a quantidade de Mão de obra disponível 
atende ou se precisaremos contratar mais 
funcionário ou se prepare para solicitar horas 
extras.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial
Veja um relatório consolidado da programação da produção no sistema Nomus PCP:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 33
Programar suas compras para atender sua 
programação
A partir da data inicial programada da ordem, planeje suas compras 
minimizando o estoque sem ficar em falta de algum produto. O cruzamento 
das informações de empenhos (material necessário para produção das 
ordens), da data de início programado das ordens e do lead time, de 
ressuprimento (que é o tempo entre a compra e o recebimento) dos produtos 
permite gerar um relatório estruturado com a informação de quando cada 
matéria prima deve ser comprada para atender a programação das ordens de 
produção. Veja outros exemplos interessantes de relatórios que podem ser 
gerados com base nessas informações:
• Faça a separação de materiais por recurso, com foco em organizar filas e 
diminuir a ociosidade;• Tenha a consolidação de compras por período, com base nas ordens que 
deverão ser iniciadas dentro período em questão;
• Monte uma programação para o setor do almoxarifado, com 
acompanhamento do nível de serviço da separação de materiais;
• Faça uma estimativa do custo programado com compras e evite 
surpresas.
• Esses são apenas alguns dos exemplos que podem ser trabalhados na sua 
fábrica.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 34
Analisar as datas de entregas programadas 
das ordens de produção ou pedidos de 
venda 
Após a programação podemos identificar facilmente se as ordens 
conseguiram cumprir a entrega planejada ou não através do tempo de 
finalização da última operação da ordem. Veja algumas sugestões de tomada 
de decisão e relatórios que podem ser tomadas com base nessas 
informações:
• Estabelecer um indicador de atraso por produto;
• Estimar qual é o tempo médio de atraso para evitar surpresas na 
programação;
• Entender o nível de serviço da produção (% de ordens atrasadas x % de 
ordens no prazo);
• Verificar qual é o principal recurso responsável pelo atraso comparando o 
tempo esperado por operação e o tempo realizado por operação.;
• Avaliar o impacto do atraso de um recurso no atraso do faturamento.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 35
Veja este relatório de análise de entregas no sistema Nomus PCP:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 36
Entender o impacto da programação de 
produção no faturamento/fluxo de caixa
Nós já iniciamos essa conversa quando cruzamos as informações de 
empenhos ou de compras com a programação fina, ou seja, custo de matéria 
prima. Agora vamos focar no faturamento. Veja algumas possibilidades de 
análise interessantes:
• Determine o faturamento total ao finalizar todas as ordens programadas;
• Entenda a velocidade de faturamento da sua programação por 
mês/semana/dia/hora;
• Avalie quais meses os lotes maiores de fabricação irão impactar 
negativamente no seu faturamento, negocie a quebra da ordem, prepare 
o financeiro.
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 37
Veja o relatório de projeção de faturamento no sistema Nomus PCP:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 38
Determinar quais recursos são seus gargalos
Entenda quais são os gargalos da sua fábrica. Dedique maior atenção aos 
seus recursos sobrecarregados. Parafraseando Eliyahu M. Goldratt. “Um 
minuto de trabalho perdido do gargalo é um minuto perdido para todo o 
sistema”. Veja algumas iniciativas interessantes:
• Entenda qual é o seu gargalo através da ocupação dos recursos, e saiba 
exatamente qual deles limita a sua produção;
• Localize em qual etapa produtiva sua restrição está localizada e garanta 
um fluxo de produção fluído com pulmões (estoques em processo).
• Programe manutenções preventivas quando perceber a primeira abertura 
na programação dos seus gargalos;
• Estimule a venda de produtos que não precisam do gargalo para 
aproveitar a capacidade ociosa da sua fábrica;
• Trabalhe o conceito de melhoria contínua, buscando melhorar a 
produtividade do seu gargalo até que ele deixa de ser o gargalo e repita o 
processo no próximo gargalo!
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 39
Veja o relatório de análise de recursos críticos no sistema Nomus PCP:
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 40
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Programação da produção
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Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 43
Programação da Produção: o guia inicial para o gestor industrial 44
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