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Doações que geram Benefícios Fiscais no IRPF MONOGRAFIA - EMILSON AVELINO DOS SANTOS FILHO.pdf

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1 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA PARAÍBA - IESP 
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIUTÁRIO 
 
 
 
 
 
EMILSON AVELINO DOS SANTOS FILHO 
 
 
 
UM ESTUDO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.131/2011 
DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL QUE TRATA 
DAS DOAÇÕES QUE GERAM BENEFÍCIOS FISCAIS NO 
IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE 
2016 
 
 2 
EMILSON AVELINO DOS SANTOS FILHO 
 
 
 
 
UM ESTUDO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.131/2011 
DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL QUE TRATA 
DAS DOAÇÕES QUE GERAM BENEFÍCIOS FISCAIS NO 
IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de 
Especialização em Direito Tributário do Instituto de 
Educação Superior da Paraíba – IESP, em nível de 
pós-graduação lato sensu. 
 
Orientador: 
Mestre Saulo Medeiros da Costa Silva 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE 
2016 
 3 
EMILSON AVELINO DOS SANTOS FILHO 
 
 
UM ESTUDO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.131/2011 
DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL QUE TRATA 
DAS DOAÇÕES QUE GERAM BENEFÍCIOS FISCAIS NO 
IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 
apresentado ao Instituto de Educação Superior 
da Paraíba – IESP, para conclusão da 
especialização em Direito Tributário. 
 
 
Aprovado em: ___de __________de ___. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________________________________ 
MESTRE SAULO MEDEIROS DA COSTA SILVA 
ORIENTADOR 
 
_________________________________________________ 
PROF(A). IESP 
EXAMINADOR 
 
_________________________________________________ 
PROF(A) IESP 
EXAMINADOR 
 4 
Dedico à minha esposa Fátima que fecundou o 
nosso amor maior, os nossos filhos gêmeos Gabriel 
e Guilherme, aos meus pais Emilson e Rosinete 
que são eternas fontes de cuidado e carinho, e a 
todos os meus irmãos. 
 5 
“Perguntava-lhe a multidão: Que devemos fazer? Ele 
respondia: Quem tem duas túnicas dê uma ao que não 
tem; e quem tem o que comer, faça o mesmo.” 
Evangelho segundo Lucas, capítulo 3, versículos 10-11 
 
 
6 
RESUMO 
 
O Estado é mantido através da arrecadação dos tributos diretos ou indiretos oriundo 
do exercício da atividade econômica da iniciativa privada. Nem sempre o contribuinte 
consegue visualizar a efetiva contraprestação daquela parcela retirada de seus 
esforços, acima de tudo, quando a pecúnia é proveniente de tributos. Os 
contribuintes podem ter a sensação de um retorno ineficaz do que é entregue ao 
Estado, principalmente quando os serviços públicos são deficitários. O Imposto de 
Renda Pessoa Física (IRPF) é o terceiro tributo federal que mais gera arrecadação 
para União1. Como o retorno pode não ser palpável uma vez que não se vincula a 
origem de recolhimento com o destino, surge a possibilidade de direcionar o 
pagamento da contraprestação quando o sujeito passivo utiliza tais valores que 
podem ser abatidos na forma da lei. Como então poderíamos saber para onde 
parcela do seu tributo está indo? A resposta está quando estudamos a Instrução 
Normativa 1.131/2011 da Receita Federal que disciplina os benefícios fiscais para o 
IRPF. Essa é uma forma de direcionar, parcialmente, o que se paga ao Estado ao 
fazer doações ou investimentos a determinados destinatários estipulados em lei. 
Com isso, o contribuinte ajuda a sociedade e recebe benefícios sociais. 
 
Palavras-chave: Benefícios Fiscais. Doações. Imposto de Renda. Pessoa Física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Relatório do Resultado da Arrecadação das receitas administradas pela RFB em 2015. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/ arrecadacao/relatorios-do-resultado-da-arrecadacao/arrecadacao-2015/ dezembro2015/analise-mensal-dez-2015.pdf>. Acesso em 06 de fevereiro de 2016. p. 6. 
 
 
7 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The State is maintained through collection of direct or indirect taxes coming from of 
exercise of economic activity in the private sector. Not always the taxpayer can 
realize the effective consideration of that portion taken from their efforts, especially, 
when the money comes from taxes. Taxpayers can have the feeling an ineffective 
return of what is delivered to the State, especially when public services are deficient. 
The Individual Income Tax (IRPF) is the trird Federal tax that generates more tax 
revenues for Union. As the return may not be palpable once does not bind the origin 
of recoil with the target, the possibility of the direct payment to consideration when 
the taxpayer utilize the values that can be slaughtered in accordance with the law. 
How then can we know where portion of the your payment is going? The answer is 
when we study the Instruction 1.131/2011 of the Internal Revenue Federal that 
regulates the tax benefits for the IRPF. This is a form of direct, partly, pay to the State 
to make donations or investments to certain recipient stipulated in law. Through that, 
the taxpayer helps the society and receives social benefits. 
 
Keywords: Tax Benefits. Donations. Income tax. Taxpayers.
LISTA DE SIGLAS 
 
 
Ancine Agência Nacional do Cinema 
CF Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
CTN Código Tributário Nacional (Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966) 
CVM Comissão de Valores Mobiliários 
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990) 
FNC Fundo Nacional de Cultura 
Funcines Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional 
FDCA Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IN Instrução Normativa 
IRPF Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, que incide sobre a Pessoa Física 
LC Lei Complementar 
LRF Lei de Responsabilidade Fiscal (LC no 101, de 4 de maio de 2000) 
MinC Ministério da Cultura 
ONG Organização não governamental 
PGD Programa Gerador de Documentos 
PRONAC Programa Nacional de Apoio à Cultura 
PRONON Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 
PRONAS/PCD Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 
RFB Receita Federal do Brasil 
SELIC Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
SRF Secretaria da Receita Federal 
 
Obs.: Legislações citadas com suas alterações até o dia 20/12/2015.
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 
1. METODOLOGIA. ............................................................................................ 3 
1.1. TIPO DE PESQUISA ....................................................................................................3 
1.2. TÉCNICA DE COLETA DOS DADOS .............................................................................3 
1.3. TÉCNICA PARA ANÁLISE DOS DADOS .......................................................................3 
2. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS FÍSICA (IRPF) ..................... 4 
2.1. PRINCÍPIOS E REGIME LEGAL ....................................................................................4 
2.2. CONCEITO DO IRPF ...................................................................................................5 
2.3. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL .............................................................................6 
2.4. BENEFÍCIOS FISCAIS (DEDUÇÕES LEGAIS) ................................................................8 
2.5. DOAÇÕES E DEMAIS NOMENCLATURAS ............................................................... 10 
3. INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB no 1.131/2011 .......................................... 11 
3.1. CONTEÚDO LEGAL ................................................................................................. 11 
3.2. TIPOS DE BENEFÍCIOS FISCAIS ...............................................................................11 
3.2.1. Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente ...................... 12 
3.2.2. Doações aos Fundos do Idoso .......................................................................... 14 
3.2.3. Investimentos e patrocínios em obras audiovisuais ......................................... 15 
3.2.4. Doações e patrocínios de projetos culturais .................................................... 18 
3.2.5. Doações e patrocínios em projetos desportivos e paradesportivos ................ 21 
3.2.6. Doações e patrocínios diretamente efetuados ao Programa Nacional de Apoio 
à Atenção Oncológica (PRONON) .................................................................................................. 24 
3.2.7. Doações e patrocínios diretamente efetuados ao Programa Nacional de Apoio 
à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD) .................................................. 25 
4. CONCLUSÃO............................................................................................... 28 
5. APÊNDICE ................................................................................................... 30 
Tabela Resumo dos tipos de benefícios fiscais relativos ao IRPF. ..................................... 30 
6. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 32 
7. ANEXOS ...................................................................................................... 35 
Anexo A - Instrução Normativa RFB nº 1.131, de 21 de fevereiro de 2011 publicada DOU 
em 22.2.2011 .................................................................................................................................... 36 
Anexo B - Projetos aprovados no âmbito do PRONON ..................................................... 69 
Anexo C - Projetos aprovados no âmbito do PRONAS/PCD .............................................. 73 
1 
INTRODUÇÃO 
 A falta de efetividade e transparência no gasto do Estado e muitas vezes a 
forma desconfiada com que se lhe observa causam crença de que os valores 
arrecadados pelo Estado são de uso efetivo de quantidade ainda de privilegiados, e 
as consequências desse pensamento podem ser nefastas a ponto de causar uma 
legitimidade psicológica em não mais confiar a arrecadação a quem tem o dever e 
direito constitucional de obtê-la. 
A solidariedade é um princípio jurídico, no campo dos direitos humanos, que 
orienta o governado a contribuir para o bem comum, buscando atender o comando 
constitucional de termos uma sociedade justa e solidária. Talvez o maior exemplo 
previsto de solidariedade da Carta Maior seria o Imposto de Renda que se dá na 
forma progressiva, paga mais quem ganha mais. Esses valores entregues à União 
são aplicados por todo o país, beneficiando inclusive os não contribuintes que 
podem utilizar de um sistema público de saúde, por exemplo, já as pessoas que 
pagam Imposto de Renda sustentam o serviço público de saúde que não costumam 
utilizar com frequência. 
Todavia essa contribuição entregue aos cofres públicos nem sempre pode 
ser vista a olhos claros, ainda mais em um país com problemas de corrupção e 
desgovernança endêmica. A possibilidade de abater do imposto de renda pessoa 
física valores doados a instituições específicas, garante o bem comum sem onerar o 
sujeito pagador que pode ter às vistas claras o desenvolver de seu investimento. 
Em contrapartida, uma das formas de efetivação desta integração entre as 
atividades do Estado e os cidadãos, para a melhoria do País, é a concessão de 
incentivos fiscais (em especial para nosso estudo as vinculadas ao IRPF) que 
auxiliem, com bens ou recursos, projetos sociais, esportivos e culturais. 
Essas destinações de capital com possibilidade de abatimento no IPRF são 
regulamentadas por leis e resoluções, possibilitando a destinação a entidades 
previamente autorizadas. 
É nesse contexto que o presente trabalho pretende abordar os benefícios 
fiscais existentes para pessoas físicas quando da transferência de recursos para 
determinado setor da sociedade (sociais, saúde, cultural, desportivo) e sua 
repercussão quanto dedução fiscal no Imposto sobre a Renda. Temos também a 
2 
 
 
arte do cinema e demais projetos audiovisuais, para que registrem a história de uma 
localidade; projetos culturais, que enriqueçam e cuidem dos costumes de um povo; 
projetos desportivos e paradesportivos, que favoreçam as práticas de atividades 
esportivas e valorizem os nossos atletas. Tudo isso servindo ao lazer e 
entretenimento dos expectadores. 
Nesse contexto, o presente trabalho abordará os benefícios fiscais 
existentes para pessoas físicas quando possível a doação para instituições de 
assistência social, saúde, cultural, desportiva e audiovisuais. 
Nosso foco será a análise dos tipos de benefícios fiscais relativos ao 
Imposto sobre a Renda das Pessoa Físicas nas doações (em dinheiro ou bens), 
investimentos e patrocínios a determinados fundos, programas nacionais e projetos 
sociais, culturais e desportivos, com base na legislação federal brasileira no ano de 
2014. 
Mostraremos que há formas de deduções, sobre o imposto devido, no 
Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) quando da realização de ajuda 
financeira. Como a regulamentação ainda é recente residem muitos 
questionamentos: como pode o sujeito passivo aderir a esse modo de tributação e 
quem pode aderir? O uso dessa dedução causa um benefício econômico direito, 
indireto ou mesmo não econômico? Quais seriam esses benefícios mediante as 
doações, incentivos e investimentos realizados a determinados destinatários 
autorizados por lei? 
Para responder a esses questionamentos estudaremos a norma brasileira de 
forma sistemática, em especial a IN (Instrução Normativa) n° 1.313 da Receita 
Federal do Brasil (RFB) que sistematiza os benefícios fiscais para pessoas físicas 
que efetuam doações ou patrocínios, tudo em conformidade com a constituição, lei, 
jurisprudência e doutrina. 
3 
 
 
1. METODOLOGIA 
 
 
1.1. TIPO DE PESQUISA 
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com base nas normas federais que 
regulamentam a matéria, em especial a Constituição Federal, o Código Tributário 
Nacional, Leis Ordinárias Federais e a Instrução Normativa da Receita Federal do 
Brasil n° 1.131/2011, além da doutrina e jurisprudência atinente à matéria. 
Também é descritiva, pois analisam-se as normas para extrair sua aplicação 
no mundo dos fatos da forma que devem ser aplicadas conforme a norma disponível 
por meio de conclusões lógicas. 
 1.2. TÉCNICA DE COLETA DOS DADOS Na pesquisa descritiva, após o levantamento das informações retiradas na 
análise documental, ter-se-á como amostra, a legislação federal brasileira sobre 
benefícios fiscais para pessoas físicas contribuintes do IR. Na pesquisa bibliográfica 
será utilizada uma leitura seletiva, reflexiva e analítica. 
Logo em seguida foi aplicada a técnica científica da identificação, localização, 
compilação e fichamento. 
 1.3. TÉCNICA PARA ANÁLISE DOS DADOS Foi utilizada uma metodologia qualitativa com a análise de conteúdo dos 
dados coletados, com a obtenção das informações correlatas à matéria em estudo. 
 
4 
 
 
2. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS FÍSICA (IRPF) 
 2.1. PRINCÍPIOS E REGIME LEGAL Na pirâmide de Kelsen, o Imposto de Renda aparece primeiramente no 
artigo 153 da Constituição Federal de 1983, sendo a lei máxima que prevê sua 
possibilidade de instituição, conforme artigo abaixo: 
 Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) III - renda e proventos de qualquer natureza; Seguidamente, o CTN, lei recepcionada como complementar, trata do tributo 
de forma breve de suas características essenciais no artigo 43 a 45, outros artigos 
do CTN também são aplicáveis ao IR, mas como tributo emgeral, forma de 
lançamento (por homologação), prescrição e decadência, entre outros que não 
serão objeto de nosso estudo. Assim nos traz o CTN: 
 Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. Seguidamente temos outras normas que vão chegando mais à base da 
pirâmide como as Leis Ordinárias de número 7.713/88 e 9.250/95, que tratam 
especificamente do IRPF e o Decreto nº 3.000/99, regulamento do IRPF e IRPJ. 
5 
 
 
Por último, ainda é permitida a normatização complementar por meio de atos 
administrativos (Art. 100, I do CTN). Exemplo desta situação é a publicação de 
Instruções Normativas (IN) da RFB. Trataremos mais adiante a IN da RFB nº 
1.131/2011, objeto principal de estudo neste trabalho. Ela trata dos procedimentos a 
serem adotados para fruição dos benefícios fiscais relativos ao IRPF nas doações a 
determinados Fundos. 
Frize-se que o imposto de renda obedece a princípios e regras quanto um 
tributo em geral, como o respeito à não-surpresa e a consequente regra da 
anterioridade que veda sua majoração no mesmo exercício, e o princípio da 
legalidade que somente legitima sua cobrança mediante previsão de lei em sentido 
estrito. Também respeita princípios mais afetos ao imposto em espécie como o da 
generalidade que diz respeito à sujeição passiva do imposto, pois alcança todas as 
pessoas; da universalidade, uma vez que diz respeito à extensão da base de cálculo 
ao alcançar todas as rendas (acréscimo patrimonial); o da progressividade, ao 
estabelecer uma alíquota maior, conforme aumente a base de cálculo (SILVA, 2011, 
p.133). 
O Imposto de renda obedece a alguns princípios constitucionais, quais 
sejam: o da generalidade, diz respeito à sujeição passiva do imposto, pois alcança 
todas as pessoas; o da universalidade, uma vez que diz respeito à extensão da base 
de cálculo ao alcançar todas as rendas (acréscimo patrimonial); o da 
progressividade, ao estabelecer uma alíquota maior, conforme aumente a base de 
cálculo (SILVA, 2011, p.133); e por fim, dois princípios comuns à maioria dos tributos 
que é o da anterioridade, onde qualquer alteração da norma deve obedecer ao 
calendário fiscal para que não surpreenda o contribuinte com uma norma 
desconhecida e o princípio da legalidade, onde qualquer normatização deve ser feita 
mediante Lei e obedecendo ao rito legislativo federal. 
 2.2. CONCEITO DO IRPF O termo renda está ligado ao conceito do IRPF. Os tributaristas são 
pacíficos em entender que, em resumo, renda significa “acréscimo patrimonial”. 
Sendo assim, a doutrina conceitua este imposto da seguinte forma: 
 
6 
 
 
O Imposto de Renda incide sobre os rendimentos do capital, do trabalho e da combinação de ambos. No caso das pessoas físicas, serão tributados todos os rendimentos oriundo do trabalho, de aluguel, de pensão alimentícia, de aplicações financeiras e demais proventos definidos em lei (PÊGAS, 2006, p.379). Como exigência legal compulsória, o pagamento do IR deve ser recolhido 
extinguindo-se, assim, o crédito tributário. Na maioria das situações relativas à 
remuneração do trabalho e alguns casos relativos à remuneração de capital, o 
imposto de renda devido deve ser calculado e retido pela fonte pagadora e 
repassado à União. 
O que não desobriga o contribuinte à “declaração do imposto de renda” 
situação em que receberá uma devolução ou deverá complementar o que por 
ventura tenha recolhido a maior ou menor, tendo em vista que o tributo incide sobre 
o rendimento anual. Quando não há retenção na fonte, o próprio contribuinte deve 
preencher a declaração em que será calculado o valor a ser pago a título de IRPF 
como veremos mais à frente em detalhes. 
 2.3. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL A declaração de ajuste anual do IRPF, conhecida com “Declaração do 
Imposto de Renda”, é um documento pelo qual o contribuinte presta informações 
detalhadas à RFB sobre suas fontes de renda e contabiliza suas despesas 
dedutíveis (dedução legal) que ocorreram no mesmo ano. Trataremos de deduções 
legais um pouco a frente. Além disso, informam-se os pagamentos e doações 
efetuados, os bens e direitos como também as dívidas e ônus reais também 
pertencentes ao contribuinte, dentre outros dados ligados a vida financeira pessoal. 
A declaração de imposto de renda pessoa física pode ser efetuada em dois 
modelos: a declaração completa, exige informações mais detalhadas; e a declaração 
simplificada concede o desconto (padrão) de 20% sobre o total de rendimentos 
tributáveis, que substitui todas as deduções legais cabíveis (PÊGAS, 2006, pp. 382-
383). 
Com base nessa gama de informações é verificado o valor do imposto devido 
aos cofres públicos. Uma vez que o contribuinte já possui imposto pago, será feita 
uma comparação entre estes dois valores da seguinte maneira: caso o valor do 
7 
 
 
imposto devido for menor que o imposto já pago, haverá a figura da restituição, onde 
a União devolverá ao contribuinte o valor resultante desta diferença (imposto devido 
menos imposto pago), sendo este corrigido pela taxa de juros SELIC; e caso o 
imposto devido for maior que o imposto pago, o contribuinte pagará a diferença; e 
por fim, se o valor do imposto devido for exatamente igual ao imposto já pago, não 
haverá diferença e logo nenhuma das partes (contribuinte e fisco) efetuarão 
pagamento (Arts. 13 e 14 da Lei no 9.250/1995). 
 
QUADRO I 
Pessoas obrigadas a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do IRPF 20152 
Critérios Condições 
Renda 
- recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma anual foi superior a R$ 26.816,55; 
- recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00. 
Ganhos de capital em operações em bolsa de valores. 
- obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 
- optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. 
Atividade rural 
- relativamente à atividade rural: 
a) obteve receita bruta anual em valor superior a R$ 134.082,75; 
b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2014 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendáriode 2014. 
Bens e direitos - teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2014, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 
 
2 BRASIL. Receita Federal do Brasil. Quadro demonstrativo de pessoas obrigadas a apresentar a declaração de ajuste anual do IRPF do ano de 2015. Disponível em: < http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/IRPF/2015/declaracao/obrigatoriedade.htm>. Acesso em 06 de fevereiro de 2016. 
8 
 
 
300.000,00. 
Condição de residente no Brasil. 
- passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2014. 
 
Para evitarem a incidência de penalidades em especial multa e ocorrência 
de juros, as pessoas que são obrigadas a apresentar a declaração no período de 1º 
de março até 31 de abril do ano seguinte ao ano-calendário, ou seja, no exercício de 
2015 serão declarados os rendimentos do ano calendário de 2014. A entrega da 
declaração deverá ser efetuada pela internet, por meio de um software fornecido 
pela SRF em http://www.receita.fazenda.gov.br, tendo sido extinta, desde 2011 não 
há mais possibilidade de apresentar a declaração por meio físico. 
A base de cálculo do imposto devido no ano-calendário está tipificada no 
artigo 8º da lei n] 9.250/1995, que diz que será a diferença entre as somas de todos 
os rendimentos percebidos durante o ano-calendário, exceto os isentos, os não-
tributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva 
menos a soma de todas as deduções legais. 
A maneira como se apura a base de cálculo do imposto devido no ano-
calendário está tipificada no artigo 8º da Lei nº 9.250/1995, que diz que será a 
diferença da entre as somas de todos os rendimentos percebidos durante o ano-
calendário, exceto os isentos, os não-tributáveis, os tributáveis exclusivamente na 
fonte e os sujeitos à tributação definitiva menos a soma de todas as deduções 
legais. 
 2.4. BENEFÍCIOS FISCAIS (DEDUÇÕES LEGAIS) No cálculo do Imposto de renda devido pelo contribuinte, é necessário 
apurar quanto este gastou com pagamentos efetuados para pessoas físicas, tais 
como pensão judicial, aluguéis, instrução e pagamentos a profissionais autônomos 
(médicos, dentistas, psicólogos, advogados, etc.) e os pagamentos e doações 
efetuados a pessoas jurídicas, quando constituem dedução na declaração. 
As deduções representam o valor permitido para abater dos rendimentos 
tributáveis e chegar à base de cálculo do imposto de renda devido, podendo ser 
utilizadas apenas no modelo de declaração completa. As deduções permitidas pela 
9 
 
 
legislação na declaração completa, elencadas nas alíneas “a” até a “g” do inciso II 
do artigo 8º da Lei nº 9.250/1995, são as seguintes: 
 a) Despesas médicas pagas para tratamento do contribuinte e de seus dependentes; b) Despesas pagas com instrução do contribuinte e de seus dependentes, até o limite anual individual de R$ 3.375,83 (ano-calendário 2014); c) Limite anual de R$ 2.156.62 por dependente (ano-calendário 2014); d) Contribuição à previdência oficial; e) Contribuições a entidades de previdência privada, limitado a 12% dos rendimentos tributáveis; f) Pensão alimentícia; g) Livro-Caixa. As deduções de despesas médicas e com instrução somente podem ser 
feitas na declaração anual, sendo permitido o abatimento das demais nas retenções 
mensais. 
Após o cálculo citado acima teremos a base de cálculo do IR que será o valor 
ao qual incidirá a alíquota correspondente, ou seja, multiplicando a base de cálculo 
vezes a alíquota teremos o imposto devido. Logo, o imposto devido menos a parcela 
a deduzir disposta na tabela, teremos como resultado o imposto a pagar/recolher. 
Para o ano-calendário 2014, utiliza-se a tabela abaixo: 
 TABELA I 
Tabela Progressiva Mensal – Ano-calendário de 20143 
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) 
Até 1.787,77 - - 
De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 
De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03 
De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 
Acima de 4.463,82 27,5 826,15 
 
 
3 BRASIL. Lei Ordinária nº 11.482, de 31 de maio de 2007. Artigo 1º, inciso VIII. Com alterações 
da Lei nº 13.149, de 2015. 
10 
 
 
Desse imposto apurado a pagar, poderão ser deduzidas, ainda, as 
contribuições de que trata o artigo 12, incisos I a III da Lei no 9.250/1995, que se 
referem as contribuições aos Fundos dos direitos da Criança e do Adolescente, 
Fundos dos Direitos dos Idosos, incentivo à cultura e às atividades audiovisuais. As 
contribuições de incentivo ao desporto e paradesporto, de que trata o artigo 1o da Lei 
nº 11.438/2006, também são passíveis de dedução do Imposto de Renda. 
Recentemente foram incluídas duas novas formas de dedução pelos artigos 1o, 2o e 
3o da Lei no 12.715/2012. São estas as doações ao PRONON e PRONAS/PCD. 
 2.5. DOAÇÕES E DEMAIS NOMENCLATURAS No Código Civil Brasileiro encontramos a definição para doação em seu artigo 
538: “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, 
transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra”. Esta pessoa que 
decide de forma unilateral transferir parte do seu patrimônio é chamada doador, já 
quem recebe é tido como beneficiário. 
A norma traz diversas nomenclaturas para o dispêndio oneroso facultativo 
com a finalidade de ajudar um determinado setor da sociedade. Destacamos três 
expressões bastante usadas: doações, patrocínios e investimentos. 
No dicionário Aurélio encontramos seus significados. Doação significa “ato ou 
efeito de transmitir gratuitamente (bens, etc.) a outrem”. A palavra patrocínio tem 
como significado “Proteção, auxílio, apoio”. Investimento significa “aplicação de 
dinheiro com o propósito de obter ganho”. 
Pode-se ouvir também termos como contribuições e incentivos. Contribuição 
significa “ato ou efeito de cooperar, colaborar; concorrer”. Já o verbete incentivo é 
“aquilo que incentiva, que incita ou excita; estímulo”. 
Parecem-nos que todos os termos são semelhantes, nos levando a interpretar 
como palavras sinônimas no que se refere ao objetivo da ajuda. 
A União previu em Lei uma contrapartida financeira, para quem praticasse 
esse ato benéfico. É o chamado benefício fiscal advindo da dedução legal no 
imposto de renda apurado. Entretanto, para que venha ocorrer esse benefício, o 
contribuinte deve obedecer a uma série de exigências. 
11 
 
 
A exigência comum para todas as contribuições elencadas no artigo 12 da Lei 
no 9.250/1995 é que o beneficiário comprove o recebimento por meio de um recibo 
especificando o nome do doador e o valor efetivamente recebido; a contribuição 
ocorrerá obrigatoriamente mediante depósito bancário identificado em conta 
específica. As exigências específicas e demais características para cada tipo de 
contribuição serão tratadas no tópico 3.2 deste trabalho. 
 3. INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB no 1.131/2011 3.1. CONTEÚDO LEGAL A Instrução Normativa/RFB de no 1.131 foi editada em 21 de fevereiro de 
2011, e posteriormente alterada pela IN/RFB de no 1.196 de 27 de setembro de 
2011 e pela IN/RFB de no 1.311 de 28 de dezembro de 2012. Esta norma produzida 
pela Receita Federal do Brasil traz de maneira concentrada e didática o resumo do 
conteúdo do apanhado de leis que regulam os procedimentos a serem adotados 
para fruição dos benefícios fiscais relativos ao Imposto sobre a Renda das Pessoas 
Físicas nas doações, investimentos e patrocínios as diversas áreas apontadas pelas 
normas tributárias. O artigo 1º desta Instrução Normativa traz o seguinte: 
 Art. 1o Os procedimentos a serem adotados para fruição dos benefícios fiscais relativos ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas nas doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, nas doações aos Fundosdo Idoso, nos investimentos e patrocínios em obras audiovisuais, nas doações e patrocínios de projetos culturais, nas doações e patrocínios em projetos desportivos e paradesportivos, nas doações e patrocínios diretamente efetuados ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD) e na contribuição patronal paga à Previdência Social incidente sobre a remuneração do empregado doméstico são efetuados de acordo com as disposições desta Instrução Normativa (grifo nosso). Neste dispositivo legal são apontados os destinatários dos benefícios. 3.2. ESPÉCIES DE BENEFÍCIOS FISCAIS Trataremos dos benefícios fiscais que são aproveitados pelo IRPF referentes 
à doação, investimento ou patrocínio aos beneficiários. Salientamos que não será 
tratada a contribuição patronal para à previdência social referente a remuneração do 
12 
 
 
empregado doméstico, uma vez que se trata de pagamento com contrapartida de 
trabalho, portanto não alcança o tema abordado neste trabalho. 
O resumo com os tipos de benefícios fiscais, constando o limite dedutível e a 
lei de referência podem ser consultados no apêndice. 
 3.2.1. Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente Os beneficiários das destinações são Fundos controlados pelos Conselhos 
Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, 
são limitados a um por município, um por estado e um nacional e suas ações 
objetivam: 
• amparo de crianças e adolescentes em situação de risco social e 
psicológico: abandonados, desabrigados, explorados sexualmente, usuários 
ou dependentes de drogas, vítimas de maus tratos; 
• erradicação do trabalho infantil; 
• profissionalização dos jovens; 
• orientação e apoio social às famílias; 
• incentivo à adoção de crianças e jovens órfãos ou abandonados; 
• acolhimento de crianças e jovens. 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 260 permite que as 
pessoas físicas e jurídicas deduzam do seu Importo de Renda devido, o total das 
doações realizadas aos Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA), 
mediante depósito em contas bancárias controladas pelos Conselhos de Direito da 
Criança e do Adolescente (CDCA). 
Os CDCA, organizados em nível nacional, estadual e municipal, são órgãos 
populares e paritários que deliberam e controlam as ações. 
Os FDCA, vinculados aos respectivos CDCA, são compostos por recursos 
específicos, definidos em lei, destinados à realização de projetos e programas que 
atendam diretamente às necessidades das crianças e adolescentes que se 
encontram em situação de vulnerabilidade pessoal ou social. 
Os recursos são aplicados em conformidade com normas estabelecidas pelo 
Ministério Público e a fiscalização deverá ser exercida pelo FDCA. As entidades 
13 
 
 
beneficiadas (prioritariamente instituições governamentais e não governamentais de 
assistência social) prestam contas desses recursos aos CDCA e ao Poder Público. 
Anualmente os CDCA informam à Receita Federal do Brasil, nome, 
CPF/CNPJ dos doadores e o valor da doação. Para o ano de 2015, as doações 
devem ser feitas até 30 de abril desse ano, limitadas a 3% (três por cento) do 
imposto devido, observado o limite global de 6% (seis por cento) do imposto devido 
para as deduções de incentivo (inclusive aquela relativa aos Fundos dos Direitos da 
Criança e do Adolescente para doações realizadas no curso do ano-calendário de 
2013). 
Tal previsão está contida nos artigos 2o ao 8o-N da Instrução Normativa RFB 
no 1.131. Note-se que as referidas normas, ao criarem o recolhimento por meio de 
DARF emitido pelo PGD (Programa Gerador de Declarações), se omitiram no que 
concerne aos recolhimentos efetuados diretamente aos fundos no exercício de 
entrega da Declaração de Ajuste. Aguarda-se pronunciamento ou regulamentação 
para estas situações. O limite da doação com dedução para pessoa física é de até 
6% do imposto devido. 
O procedimento para fazer uma doação em dinheiro é depositar a 
contribuição na conta bancária específica, controlada pelo Conselho de Direitos para 
o qual será destinada a contribuição e depois dirigir-se ao CDCA beneficiado com o 
comprovante do depósito e solicitar o recibo padronizado, contendo: • número de 
ordem, nome e endereço do conselho emitente; • nome e CNPJ do FDCA que o 
CDCA administra;• Nome e CPF do doador; • data e valor efetivamente depositado 
no fundo; • Assinatura de pessoa designada pelo CDCA como responsável por dar 
quitação da operação. 
Já para doação em bens o procedimento é: •preencher um comprovante de 
doação que contenha a identificação dos bens e o valor pelo qual foi feita a doação; 
• Comprovar a propriedade dos bens, mediante documento hábil; • Baixar os bens 
doados na declaração de bens ou direitos (pessoas físicas). O valor dos bens 
doados, para pessoas físicas, será: o valor de aquisição do bem, caso ele tenha sido 
adquirido no mesmo ano da doação; o constante na Declaração de Bens e Direitos 
da Declaração de Ajuste Anual; ou o avaliado a valor de mercado. Caso o 
contribuinte opte por declarar o valor de mercado, o valor do bem deverá ser 
determinado por laudo de perito ou empresa idônea, tecnicamente competente. 
14 
 
 
Após a doação o contribuinte deve conservar o recibo por cinco anos e 
informar o valor doado em sua declaração de rendimentos. 
 3.2.2. Doações aos Fundos do Idoso Fundos nacional, estaduais, e municipais do idoso geridos pelos Conselhos 
dos Direitos do Idoso que os aplicam em programas visando a promoção, proteção, 
defesa e atendimento aos direitos do idoso. 
A Lei nº 12.213/2010, que instituiu o Fundo Nacional do Idoso, também 
autorizou a dedução do imposto de renda devido pelas pessoas físicas ou jurídicas, 
das doações efetuadas aos Fundos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. 
O artigo 2º desta lei permite a dedução do Imposto de Renda para as 
pessoas físicas que contribuírem para fundos controlados pelos Conselhos 
Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. 
Compõe a receita do fundo: • recursos, que de acordo com o Estatuto do 
Idoso, forem destinados ao Fundo Nacional de Assistência Social, para aplicação em 
programas e ações relativas ao idoso; • recursos provenientes do Imposto de Renda 
• recursos destinados no orçamento da União; • resultado de aplicações do 
governo e organismos internacionais; • resultado de aplicações no mercado 
financeiro; • outros recursos que forem destinados. 
Após a doação, o contribuinte deve conservar o recibo por cinco anos e 
informar o valor doado em sua declaração de rendimentos. 
O incentivo fiscal para a doação de pessoa física é de até 6 % do imposto 
devido. 
É competência do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa - CNDI 
gerir o Fundo Nacional Idoso e fixar os critérios para sua utilização (Art. 4º da Lei no 
12.213/2010). 
Para fazer uma destinação em dinheiro, basta seguir a seguinte orientação: • 
Depositar a contribuição na conta bancária específica, controlada pelo Conselho de 
Direitos para o qual será destinada a contribuição; • Dirigir-se ao CNDI beneficiado 
com o comprovante do depósito e solicitar o recibo padronizado. Este recibo deve 
conter: • Número de ordem; • Nome e CPF do doador; • Data e valor efetivamente 
depositado no fundo; • Nome, inscrição no CNPJ e endereço do conselho emitente 
15 
 
 
(usar o CNPJ do Município ou do Estado conforme o caso); • Assinatura de pessoa 
designada pelo conselho. 
Se a doação for em bens, deve-se: • Preencher um comprovante de doação 
que contenha a identificação dos bens e o valor pelo qual foi feita a doação; • 
Comprovar a propriedade dos bens, mediante documento hábil; • Baixar os bens 
doados na declaração de bens ou direitos (pessoas físicas); • O valor dos bens 
doados, para pessoasfísicas, será: o valor de aquisição do bem, caso ele tenha sido 
adquirido no mesmo ano da doação; o constante na Declaração de Bens e Direitos 
da Declaração de Ajuste Anual; ou o avaliado a valor de mercado. Caso o 
contribuinte opte por declarar o valor de mercado, o valor do bem deverá ser 
determinado por laudo de perito ou empresa idônea, tecnicamente competente. 
 3.2.3. Investimentos e patrocínios em obras audiovisuais Contribuições a projetos aprovados pelo Ministério da Cultura ou pela 
Agência Nacional do Cinema (Ancine). Esses investimentos feitos a título de 
incentivo às atividades audiovisuais devem abranger as seguintes áreas: • Obras 
audiovisuais, cinematográficas e vídeo-fonográficas brasileiras, por meio de 
investimentos na produção ou no patrocínio de obras brasileiras de produção 
independente. 
A Lei nº 8.685/93 (Lei de Fomento à Atividade Audiovisual) conhecida como 
Lei do Audiovisual, é regulamentada pelo Decreto nº 6.304/07 e alterada pelas Leis 
nº 9.323/96; nº 10.454/02; nº 11.437/06; nº 11.505/07; nº 12.375/10. 
Abrange as Obras Audiovisuais, Cinematográficas e Videofonográficas (Lei 
n° 8.685/93). 
Os projetos devem ser aprovados pela Agência Nacional do Cinema 
(Ancine), que também institui programas de fomento para canalizar os incentivos 
fiscais. Os projetos devem ter uma contrapartida de recursos próprios ou de terceiros 
equivalente a 5% do orçamento aprovado. Os projetos também poderão receber 
recursos da Lei Rouanet. 
Os valores correspondentes ao abatimento do imposto serão depositados 
em conta de aplicação financeira especial de instituição financeira pública. A Ancine 
16 
 
 
fiscaliza a movimentação destas contas a fim de assegurar que os recursos se 
destinam ao seu objetivo final. 
Os incentivos fiscais previstos nesta lei abrangem investimentos e 
patrocínios. 
São considerados investimentos: 
• as aquisições de quotas representativas dos direitos de comercialização de 
obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente, desde 
que tais investimentos sejam realizados no mercado de capitais, em ativos previstos 
em lei e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e os projetos de 
produção tenham sido previamente aprovados pela Ancine. 
Para esse tipo de incentivo é limitado para a Pessoa Física uma dedução de 
até 3% do imposto devido, sendo os valores aplicados neste investimento deduzidos 
do imposto devido na declaração de ajustes. 
Os investimentos também abrangem o desenvolvimento de projetos de 
produção de obras cinematográficas brasileiras de longa-metragem de produção 
independente, e na coprodução de telefilmes e minisséries brasileiros de produção 
independente e de obras cinematográficas brasileiras de produção independente, 
contanto que realizados por contribuintes do Imposto de Renda que tenham pago, 
creditado, empregado, remetido ou entregue aos produtores, distribuidores ou 
intermediários no exterior, importâncias como rendimentos decorrentes da 
exploração de obras audiovisuais estrangeiras em todo o território nacional, ou por 
sua aquisição ou importação a preço fixo, sujeitos a imposto de 25% na fonte. Para 
este tipo o incentivo fiscal é limitado a 70% do imposto devido. 
A pessoa jurídica responsável pela remessa das importâncias pagas, 
creditadas, empregadas ou remetidas aos contribuintes acima mencionados terá 
preferência na utilização dos recursos decorrentes deste incentivo fiscal. Para o 
exercício desta preferência, o contribuinte poderá transferir expressamente ao 
responsável pelo pagamento ou remessa, o incentivo fiscal acima descrito em 
dispositivo do contrato, ou por documento especialmente constituído para esses fins. 
Outro item abrangido é o desenvolvimento de projetos de produção de obras 
cinematográficas brasileiras de longa-metragem de produção independente e na 
coprodução de obras cinematográficas e vídeo-fonográficas brasileiras de produção 
independente de curta, média e longas metragens, documentários, telefilmes e 
minisséries, contanto que realizados por contribuintes do Imposto de Renda que: • 
17 
 
 
sejam beneficiários do crédito, emprego, remessa, entrega ou pagamento pela 
aquisição ou remuneração, a qualquer título, de direitos, relativos à transmissão, por 
meio de radiodifusão de sons e imagens e serviço de comunicação eletrônica de 
massa por assinatura, de quaisquer obras audiovisuais ou eventos, mesmo os de 
competições desportivas das quais faça parte representação brasileira. 
Os investimentos não poderão ser utilizados na produção de obras 
audiovisuais de natureza publicitária. 
Os patrocínios referem-se às quantias destinadas à produção de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente cujos projetos tenham sido 
previamente aprovados pela Ancine. 
O Incentivo fiscal para pessoa física é de até 6% do imposto devido. Sendo 
possível deduzir o imposto de renda no ano-calendário a que se referir a declaração 
de ajuste anual. 
O prazo para que seja possível realizar estes patrocínios e investimentos 
com incentivos fiscais é até o exercício fiscal de 2016. 
Para proceder com uma destinação em investimento ou patrocínio, segue o 
seguinte caminho: • Calcula-se o imposto a pagar e, deste valor, destaca-se o 
montante que se deseja doar, a título de patrocínio ou doação, respeitando os 
valores e limites acima; • O contribuinte deve identificar um donatário (empresa ou 
pessoa física cujo projeto esteja interessado em financiar) e certificar-se que o 
projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC), consultando esta informação 
no site do MinC e no Diário Oficial; • O contribuinte deverá efetuar depósito bancário 
no valor do patrocínio ou doação na conta especial do projeto cultural; • Os recursos 
destinados aos projetos vinculados à emissão dos Certificados de Investimento 
devem ser depositados em contas especiais de aplicação financeira em nome do 
produtor, para cada projeto; • O donatário deverá apresentar-lhe um recibo no valor 
do depósito efetuado, emitido de acordo com o modelo do MinC; • Com este recibo, 
e o comprovante de depósito bancário, o contribuinte poderá deduzir do imposto a 
pagar a quantia referente ao patrocínio ou doação. 
Para proceder com o depósito dos recursos relativos aos investimentos e 
patrocínios, os contribuintes que fizerem destinações e optarem por usufruir dos 
incentivos fiscais a eles associados, deverão depositar, dentro do prazo legal fixado 
para o recolhimento do imposto, o valor correspondente ao abatimento em conta de 
aplicação financeira especial, em instituição financeira pública, cuja movimentação 
18 
 
 
sujeitar-se-á a prévia comprovação pela Ancine de que se destina a investimentos 
em projetos de produção de obras audiovisuais cinematográficas e vídeo-
fonográficas brasileiras de produção independente. 
As contas de aplicação financeira serão abertas: 
• em nome do proponente, para cada projeto, no caso do primeiro tipo de 
investimento acima descrito e de patrocínios; 
• em nome do contribuinte, do seu representante legal ou do responsável 
pela remessa, no caso dos dois últimos tipos de investimento acima descritos; 
• em nome da Ancine, para cada programa especial de fomento, que ela 
venha a instituir com vistas ao desenvolvimento da atividade audiovisual brasileira e 
que possa usufruir dos incentivos fiscais associados ao primeiro tipo de investimento 
acima descrito. 
 
 
3.2.4. Doações e patrocínios de projetos culturais 
 
 
Contribuições a projetos culturais disciplinados pelo Programa Nacional de 
Apoio à Cultura (Pronac), financiado pelo FNC, e projetos aprovados pelo Ministério 
da Cultura. As áreas abrangidas são as seguintes: 
◊ Projetos culturais de: 
• Formação e produção artística e cultural; 
• Preservação e difusão do patrimônio artístico, cultural e histórico;• Conhecimento dos bens e valores culturais; 
• Apoio a atividades culturais e artísticas e comerciais ou industriais, de 
interesse cultural. 
As doações nesta área são reguladas pela Lei nº 8.313/91 (conhecida como 
“Lei Rouanet” de Incentivo à Cultura). A Lei Rouanet foi alterada pela n° Lei 
9.874/99, pela Medida Provisória 2.228-1/01 e pelas Leis nos 9.999/00, 11.437/06, 
11.646/08 e é regulamentada pelo Decreto nº 5.761/06. 
A Lei Rouanet instituiu o Pronac, que é formado por dois mecanismos: o 
Fundo Nacional de Cultura (FNC) e o Fundo de Investimento Cultural e Artístico 
(Ficart). 
19 
 
 
O FNC é um fundo público de natureza contábil que funciona sob as formas 
de apoio a fundo perdido ou de empréstimos reembolsáveis e que possui diversas 
fontes de custeio, como, por exemplo, doações. É administrado e gerido pelo 
Ministério da Cultura em conformidade com as previsões do Programa de Trabalho 
Anual – PTA. 
Seus recursos são dedicados ao financiamento exclusivo de programas, 
projetos ou ações culturais realizadas por meio de editais ou provenientes de 
demandas espontâneas (aquelas que não se encaixam em linhas especificas de 
ação). 
No caso das demandas espontâneas, há formalização de um convênio ou 
contrato de repasse com a Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura – SEFIC 
após a realização de processo seletivo de propostas. 
O FICART possibilita a criação de fundos de investimentos com a finalidade 
de aplicar recursos em projetos culturais e artísticos, mas este mecanismo ainda não 
foi implementado. 
A Lei Rouanet pode ser usada por pessoas físicas e jurídicas que desejam 
financiar projetos culturais e receber incentivos fiscais como contrapartida. 
Os incentivos fiscais abrangem patrocínios e doações por meio de apoio 
direto a projetos culturais e contribuições ao FNC 
Os patrocínios têm finalidade promocional, e caracterizam-se: 
a) pela transferência definitiva de dinheiro ou serviços; 
b) pela a cobertura de gastos ou 
c) pela a utilização de bens móveis ou imóveis do patrocinador, sem 
transferência de domínio. 
Os programas, projetos ou ações culturais beneficiadas com patrocínio 
devem ter a aprovação do MinC ou da ANCINE. 
As aprovações de obras cinematográficas e videofonográficas podem ser 
feitas tanto pelo MinC quanto pela ANCINE, a depender do tipo. A eficácia da 
aprovação depende de publicação oficial que deverá observar determinados 
requisitos para ser válida. 
A Lei Rouanet faz distinção entre os benefícios fiscais provenientes dos 
patrocínios previstos nos artigos 18 e 25. 
Os projetos decorrentes do artigo 25 devem “desenvolver as formas de 
expressão, os modos de criar e fazer, os processos de preservação e proteção do 
20 
 
 
patrimônio cultural brasileiro, e os estudos e métodos de interpretação da realidade 
cultural, bem como contribuir para propiciar meios, à população em geral, que 
permitam o conhecimento dos bens de valores artísticos e culturais, 
compreendendo, entre outros, os seguintes segmentos: 
I - Teatro, dança, circo, ópera, mímica e congêneres; 
II - Produção cinematográfica, videográfica, fotográfica, discográfica e 
congêneres; 
III - Literatura, inclusive obras de referência; 
IV - Música; 
V - Artes plásticas, artes gráficas, gravuras, cartazes, filatelia e outras 
congêneres; 
VI - Folclore e artesanato; 
VII - patrimônio cultural, inclusive histórico, arquitetônico, arqueológico, 
bibliotecas, museus, arquivos e demais acervos; 
VIII - humanidades; e 
IX - Rádio e televisão, educativas e culturais, de caráter não-comercial. ” 
Já as deduções decorrentes de doações ou patrocínios descritos nos itens I 
a IX, acima, (art. 18 da Lei Rouanet) atenderão exclusivamente as seguintes áreas: 
a) artes cênicas; 
b) livros de valor artístico, literário ou humanístico; 
c) música erudita ou instrumental; 
d) exposições de artes visuais; 
e) doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos 
e cinematecas, bem como treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos 
para a manutenção desses acervos; 
f) produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média 
metragem e preservação e difusão do acervo audiovisual; 
g) preservação do patrimônio cultural material e imaterial. 
h) construção e manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão 
funcionar também como centros culturais comunitários, em Municípios com menos 
de 100.000 (cem mil) habitantes. 
Incentivos fiscais para os patrocínios efetuados por pessoa física: 
• Dedução de até 60% do valor do patrocínio, respeitando o limite máximo 
de 6% do Imposto de Renda devido, para os patrocínios realizados para a 
21 
 
 
programas, projetos e ações culturais descritas nos itens I a IX acima (art. 25, da Lei 
Rouanet); 
• Dedução do valor efetivo do patrocínio quando realizado em prol das áreas 
previstas nos itens a) a h), acima, (art. 18, da Lei Rouanet) respeitado o limite 
máximo de 6%. 
• Dedução do valor efetivo do patrocínio para ações dos itens a) a h), acima 
(art. 18 da Lei Rouanet). 
A doação é a transferência definitiva e irreversível de recursos financeiros, 
bens ou serviços. Não há, aqui, a finalidade promocional. 
Incentivos fiscais para as doações efetuadas por pessoa física: 
• Dedução de até 80% da doação feita diretamente ao FNC, respeitando o 
limite máximo de 6% do Imposto de Renda devido, quando as doações forem 
relativas às ações dos itens I a IX acima (art. 25 da Lei Rouanet). Nesta hipótese, há 
autorização para que a despesa com o patrocínio seja deduzida integralmente como 
despesa operacional. 
• Dedução do valor efetivo da doação quando esta for feita em prol das 
ações descritas nos itens a) a h), acima (art. 18, da Lei Rouanet), observado o limite 
máximo de 6% previsto pela legislação do IRPF. 
 3.2.5. Doações e patrocínios em projetos desportivos e paradesportivos Projetos esportivos e paradesportivos aprovados pelo Ministério do Esporte, 
fundamentados na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/06, regulamentada 
pelo Decreto nº 6.180/07). Projetos esportivos são “ações organizadas e 
sistematizadas por entidades de natureza esportiva, destinado à implementação, à 
prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento do desporto” (art. 3º, 
Dec. 6.180/07). 
Os projetos desportivos atendem: alunos regularmente matriculados em 
instituição de ensino de qualquer sistema (desporto educacional); modalidades 
desportivas que contribuam para a integração dos praticantes na plenitude da vida 
social, na promoção da saúde e da educação e na preservação do meio ambiente 
(desporto de participação); e pessoas e comunidades do País e dele com outras 
22 
 
 
nações com a finalidade de obter resultados (desporto de rendimento) (art. 4º, Dec. 
n° 6.180/07.) 
Os incentivos e benefícios ao desporto são regulados pela Lei nº 11.438/06 
(Lei de Incentivo ao Esporte), alterada pela Lei nº 11.472/07 e regulamentada pelos 
Decretos nº 6.180/07 e nº 6.684/08. 
Podem ser deduzidos na Declaração de Ajuste Anual as doações e 
patrocínios concedidos a projetos desportivos e paradesportivos. 
Um projeto desportivo é um plano apresentado por uma instituição esportiva, 
onde constam ações organizadas e destinado a implementar ações desportivas, 
bem como estimular a prática, o ensino, o estudo, a pesquisa e o desenvolvimento 
do desporto. 
Os projetos são aprovados pelo Ministério do Esporte que também é 
encarregado de acompanhá-los e avaliá-los tecnicamente durante e ao final de sua 
execução, analisando inclusive a prestação de contas. 
Para propor um projeto ao Ministério do Esporte uma instituição, tanto 
pessoa jurídica de direito público ou privado, deve respeitar os seguintes requisitos: 
◊ não possuir finalidade lucrativa; 
◊ indicar expressamente, no estatuto, a finalidadeesportiva; 
◊ exercer atividades há pelo menos um ano; 
Estes projetos devem atender pelo menos um destes objetivos: 
◊ prática desportiva de alunos matriculados em instituições de ensino de 
qualquer nível; 
◊ prática voluntária de modalidades desportivas que integrem seus 
praticantes na vida social, promovendo a educação, a saúde e a preservação 
ambiental; 
◊ desporto de rendimento, praticado por atletas amadores, no qual se 
observam regras desportivas com a finalidade de obter resultados (competições 
oficiais). 
Os recursos beneficiarão também projetos que visem a inclusão social em 
comunidades em situação de risco social e não poderão remunerar atletas 
profissionais. 
Os beneficiários das doações e patrocínios, sem finalidade lucrativa e de 
natureza esportiva. Este último quesito deve estar previsto expressamente no 
23 
 
 
estatuto da empresa. Estas pessoas jurídicas são as instituições responsáveis por 
apresentarem, executarem e prestarem contas de projetos. 
Os recursos destinados a projetos são divulgados pela internet na página do 
Ministério do Esporte. 
A doação é uma modalidade em que se transfere definitivamente numerário, 
bens ou serviços para implementar projetos desportivos do beneficiário. Também é 
considerada uma doação a distribuição gratuita de ingressos para eventos a 
empregados de empresas promotoras ou a membros de comunidades em situação 
de vulnerabilidade social. 
O incentivo fiscal para a doação é de até 6% do imposto devido para pessoa 
física. 
Já o patrocínio é uma modalidade onde o contribuinte transfere 
definitivamente numerário ao beneficiário tendo como contrapartida a publicidade. 
Também é possível pagar despesas ou alienar bens móveis ou imóveis, do 
patrocinador, sem transferência de domínio. 
Os recursos de doações ou patrocínios serão depositados e movimentados 
em conta bancária específica e exclusiva, aberta em nome do proponente do projeto 
numa instituição pública federal. 
O incentivo fiscal usufruído pela pessoa física no caso do patrocínio é o 
mesmo para a doação, ou seja, de até 6% do imposto devido. Os contribuintes 
podem deduzir do imposto de renda os patrocínios e doações até o ano-calendário 
de 2015. 
Segue abaixo o passo-a-passo para fazer uma doação ou patrocínio com 
incentivo fiscal: 
◊ Calcula-se o imposto a pagar e, deste valor, destaca-se o montante que se 
deseja doar, a título de patrocínio ou doação, respeitando os valores e limites acima. 
◊ O contribuinte deve identificar um donatário (empresa ou pessoa física cujo 
projeto esteja interessado em financiar) e certificar-se que o projeto foi aprovado 
pelo Ministério do Esporte. Os projetos aprovados são divulgados no site do 
ministério e publicados no Diário Oficial. 
◊ O contribuinte deverá efetuar depósito bancário do valor do patrocínio ou 
doação na conta especial do projeto cultural. 
◊ O donatário deverá lhe apresentar um recibo no valor do depósito 
efetuado, emitido de acordo com o modelo do Ministério do Esporte. 
24 
 
 
◊ Com este recibo, e o comprovante de depósito bancário, o contribuinte 
poderá deduzir do imposto a pagar a quantia referente ao patrocínio ou doação. 
 
3.2.6. Doações e patrocínios diretamente efetuados ao Programa Nacional de 
Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) 
 
 
O PRONON tem a finalidade de “captar e canalizar recursos para a 
prevenção e o combate ao câncer” os quais abrangem “a promoção da informação, 
a pesquisa, o rastreamento, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados paliativos e a 
reabilitação referentes às neoplasias malignas e afecções correlatas”. (art. 1º, Lei n° 
12.715/2012). Esta Lei criou um meio de incentivo fiscal quando das doações e 
patrocínios diretamente efetuados a este Programa Nacional. 
As ações e os serviços de atenção oncológica a serem apoiados com os 
recursos captados pelo Pronon compreendem: a prestação de serviços médico 
assistenciais; a formação, o treinamento e o aperfeiçoamento de recursos humanos 
em todos os níveis; e a realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas e 
experimentais. (art. 2º, Lei n° 12.715/2012). 
Para poderem se beneficiar dos recursos captados pelo Pronon, as 
instituições de prevenção e combate ao câncer devem ser pessoas jurídicas de 
direito privado, associativas ou fundacionais, sem fins lucrativos, certificadas como 
entidades beneficentes de assistência social; ou qualificadas como organizações 
sociais; ou qualificadas como Organizações na Sociedade Civil de Interesse Público. 
(art. 2º, § 2º, Lei n° 12.715/2012) 
Podem ser deduzidas da Declaração de Ajuste Anual as doações e 
patrocínios. Patrocínio é a prestação do incentivo com finalidade promocional. 
Doações podem ser das seguintes formas: 
◊ Transferência de quantias em dinheiro; 
◊ Transferência de bens móveis ou imóveis; 
◊ Comodato ou cessão de uso de bens imóveis ou equipamentos; 
◊ Realização de despesas em conservação, manutenção ou reparos nos 
bens móveis, imóveis e equipamentos, inclusive os cedidos em comodato ou cessão 
de uso de bens imóveis ou equipamentos; e 
25 
 
 
◊ Fornecimento de material de consumo, hospitalar ou clínico, de 
medicamentos ou de produtos de alimentação. 
O valor dos bens doados para as pessoas físicas, é o valor constante da 
última declaração do imposto sobre a renda. Este valor não poderá ultrapassar o seu 
valor de mercado. 
É possível doar ou patrocinar com os incentivos fiscais a partir do ano-
calendário de 2012 até o ano-calendário de 2015. 
Será 1% do imposto sobre a renda devido (Art. 4º, § 6º da Lei n° 
12.715/2012) o incentivo fiscal da doação ou do patrocínio. O valor global das 
deduções será fixado anualmente pelo Poder Executivo, com base em um 
percentual da renda tributável das pessoas físicas. (Art. 4º, § 5º da Lei n° 
12.715/2012). 
Podemos verificar no anexo B a relação de instituições beneficiárias que 
tiveram projetos aprovados em 2013 pelo Ministério da Saúde a captarem recursos 
que poderão receber este tipo de benefício fiscal. 
 
 
3.2.7. Doações e patrocínios diretamente efetuados ao Programa Nacional de 
Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD) 
 
 
Também instituído pela Lei n° 12.715 de 17 de setembro de 2012, além da 
captação de recursos busca estimular e desenvolver a prevenção e a reabilitação da 
pessoa com deficiência. O Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da 
Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD), instituído pelo art. 3º da Lei nº 12.715, de 
17/09/2012, tem o objetivo de captar recursos para estimular e desenvolver a 
prevenção e a reabilitação da pessoa com deficiência, incluindo-se a promoção, a 
prevenção, o diagnóstico precoce, o tratamento, a reabilitação, indicação e 
adaptação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. 
As ações do programa são desenvolvidas por pessoas jurídicas de direito 
privado sem fins lucrativos que atuem no tratamento de deficiências físicas, motoras, 
auditivas, visuais, mentais, intelectuais, múltiplas e de autismo. Estas pessoas 
jurídicas devem ser certificadas como Entidades Beneficentes de Assistência Social, 
ou ser qualificadas como Organização Social, ou constituir-se como Organização da 
26 
 
 
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), ou prestar atendimento direto e 
gratuito às pessoas com deficiência, cadastradas no Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde - CNES do Ministério da Saúde (art. 3º da Lei n º 
12.715/12). 
Os recursos obtidos pelo PRONAS/PCD serão investidos em ações e 
serviços de reabilitação compreendendo a prestação de serviços médico-
assistenciais, a formação, o treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos e 
a realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas e experimentais. 
Ademais, as pessoas físicas e jurídicas, na qualidade de incentivadoras, 
podem optar peladedução do imposto sobre a renda dos valores correspondentes 
às doações e aos patrocínios diretamente aplicados nas ações e serviços de 
reabilitação. 
Podem ser deduzidas da Declaração de Ajuste Anual as doações e 
patrocínios. 
Patrocínio é a prestação do incentivo com finalidade promocional 
Doações - podem ser das seguintes formas: 
◊ Transferência de quantias em dinheiro; 
◊ Transferência de bens móveis ou imóveis; 
◊ Comodato ou cessão de uso de bens imóveis ou equipamentos; 
◊ Realização de despesas em conservação, manutenção ou reparos nos 
bens móveis, imóveis e equipamentos, inclusive os cedidos em comodato ou cessão 
de uso de bens imóveis ou equipamentos; e 
◊ Fornecimento de material de consumo, hospitalar ou clínico, de 
medicamentos ou de produtos de alimentação. 
O valor dos bens doados pelas pessoas físicas incentivadoras, é o valor 
constante da última declaração do imposto sobre a renda, não podendo ultrapassar 
o seu valor de mercado. 
O período deste incentivo iniciou no ano-calendário de 2012 e vai até o ano-
calendário de 2015. 
O Limite da doação ou do patrocínio com dedução é de 1% do imposto 
sobre a renda devido. O valor global das deduções será fixado anualmente pelo 
Poder Executivo, com base em um percentual da renda tributável das pessoas 
físicas. 
27 
 
 
Podemos verificar no anexo C a relação de entidades beneficiárias que 
tiveram projetos aprovados em 2013 pelo Ministério da Saúde a captarem recursos 
que poderão receber este tipo de benefício fiscal. 
 
28 
 
 
4. CONCLUSÃO O tema Benefício Fiscal, do ponto de vista geral, é importante pois o 
contribuinte tem a opção de direcionar o imposto pago sem ter qualquer custo 
adicional por isso. 
São muitos os projetos e ideias sobre esta problemática nacional, discutidas 
por juristas, sociólogos, economistas e parlamentares. O problema é que estes 
políticos do Congresso Nacional, não têm muito interesse em alcançar o bem 
comum. Cada um que queira favorecer a ala a qual pertença: industriários, ruralistas, 
comerciantes, enfim, empresários e investidores do capital econômico-financeiro. 
A reforma tributária ideal implicaria numa simplificação (desburocratização), 
otimização da fiscalização (evitar a sonegação), e a desoneração fiscal do setor 
produtivo (diminuição da carga tributária), contudo a receita do Fisco diminuiria, e 
esta receita fiscal é a comida para a fome chamada corrupção. Isso parece ser o 
grande motivo para a indisposição política. 
Os benefícios fiscais atuais são oriundos das contribuições de que trata o 
artigo 12, incisos I a III da Lei no 9.250/1995, que se referem as contribuições aos 
Fundos dos direitos da Criança e do Adolescente, Fundos dos Direitos dos Idosos, 
incentivo à cultura e às atividades audiovisuais. As contribuições de incentivo ao 
desporto e paradesporto, de que trata o artigo 1o da Lei no 11.438/2006 e as 
doações ao PRONON e PRONAS/PCD pelos artigos 1o, 2o e 3o da Lei no 
12.715/2012. Todas essas destinações com incentivos fiscais são reguladas por lei, 
e as entidades, fundos e projetos, destinatários dos recursos, são previamente 
aprovados pelo Poder Público. 
O contribuinte pessoa física, também conhecido como cidadão comum, 
suporta o maior peso da carga tributária e fica na espera de algo que não chegou a 
nossa realidade social: a justiça tributária e social. Será que se cobram muitos 
tributos, ou na verdade é que os gestores públicos gastam-lhe muito mal? 
As doações do imposto devido pelas pessoas físicas seria então uma forma 
do contribuinte direcionar diretamente a sua despesa com os tributos para setores 
que ele deseje estimular, por perceber que está desassistido pelo poder público, 
ajudando no seu desenvolvimento e na sua melhoria. Uma espécie de “minirreforma 
tributária particular”. 
29 
 
 
Ao compreender como se obtém estes benefícios fiscais e quais os tipos 
existentes fica mais fácil de fazer uso desta possibilidade. 
Sugerimos a uniformização dos percentuais que limitam a dedução fiscal 
para 2% do imposto devido para todos os tipos de destinações, sem o atual limite 
global de 6% no somatório de todos. Isso simplificaria a operação que atualmente é 
desconhecida pela grande maioria dos contribuintes, o que ajudaria no entendimento 
e na ampliação de doações, patrocínios e investimentos para os fundos e projetos 
que visam a melhoria de áreas importantes e fundamentais para o desenvolvimento 
humano da sociedade brasileira. 
A gestão tributária deve ser feita com competência pelo governo, e deve ser 
distribuída da maneira certa, equânime e responsável, mas a pessoa física pode 
interferir nesse processo fazendo depósitos em áreas que entende serem mais úteis 
ou por qualquer outro motivo em sua intimidade, é uma forma interessante de o 
cidadão participar de maneira não usual da distribuição de receitas. Veja que a 
forma usual seria por meio de seu representante eleito, mas a ao cidadão ainda 
cabe algum poder na gestão financeira que não está totalmente delegado, tente 
fazer a conclusão mais nesse sentido. Seus argumentos de reforma tributária mais 
se assemelham a ingerência financeira e responsabilidade na gestão do que a forma 
de arrecadação. 
30 
 
 
5. APÊNDICE 
 
Tabela Resumo dos tipos de benefícios fiscais relativos ao IRPF. 
 
Doações/patrocínios/investimentos dedutíveis do IRPF 2015, ano-base 
2014 
 Público Beneficiário Valor do abatimento/dedução * Lei de referência 
Criança e adolescente 
Limitado a 3% do imposto devido, se a doação for feita de 1º de janeiro a 30 de abril de 2015 e até 6% se tiver sido feita até 31 de dezembro de 2014. 
Art. 260 da Lei no 8.069/1990 (ECA) 
Cultura 
Limitado a 6% do imposto devido (deve ter sido feita até 31 de dezembro de 2014). Não podendo exceder a 80% para doações e 60% para patrocínios no caso do art. 25 da Lei Rouanet. Sendo de até 100% das doações e patrocínios nos casos do §3o do art. 18 da mesma Lei. 
Arts. 18 e 25 da Lei no 8.313/1991 (Lei Rouanet) 
Atividade audiovisual e cinema 
Limitado a 6% do imposto devido (deve ter sido feita até 31 de dezembro de 2014). 
Art. 1o da Lei no 8.685/1993 
Desporto e paradesporto 
Limitado a 6% do imposto devido (deve ter sido feita até 31 de dezembro de 2014) 
Art. 1o da Lei no 11.438/2006 
Idoso Limitado a 6% do imposto devido (deve ter sido feita até 31 de dezembro de 2014) 
Art. 2o da Lei no 12.213/2010 
Instituições de prevenção e combate ao câncer 
Limitado a 1% do imposto devido (deve ter sido feita até 31 de dezembro de 2014)** 
Arts. 1o e 2o da Lei no 12.715/2012 eo Decreto no 7.988/2013 Pessoa com deficiência (física, motora, auditiva, visual, mental, intelectual, múltipla) e de autismo 
Limitado a 1% do imposto devido (deve ter sido feita até 31 de dezembro de 2014)** 
Art. 3o da Lei no 12.715/2012 e o Decreto no 7.988/2013 
* Conforme dispõe o artigo 22 da Lei no 9.532/1997, o limite global, ou seja, 
a soma dos abatimentos descritos acima fica limitada a seis por cento (6%) do valor 
do imposto devido, não sendo aplicáveis limites específicos a quaisquer dessas 
deduções. 
31 
 
 
** Este percentual não se submete ao limite global de 6% estipulado pelo 
artigo 22 da Lei no 9.532/1997. 
32 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. 
_______. Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 31 out. 1966. 
________. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 16 jul. 1990. 
_______. Lei no 8.242, de 12 de outubro de 1991. Cria oConselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 16 out. 1991. 
_______. Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 dez. 1991. 
_______. Lei no 8.685, de 20 de julho de 1993. Cria mecanismos de fomento à atividade audiovisual e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 21 jul. 1993. 
_______. Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas físicas e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 27 dez. 1995. 
_______. Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997. Altera a legislação tributária federal e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 11 dez. 1997. 
_______. Lei no 9.615, de 24 de março de 1998. Institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 25 mar. 1998. 
_______. Medida Provisória no 2.228-1, de 6 de setembro de 2001. Estabelece princípios gerais da Política Nacional do Cinema, cria o Conselho Superior do Cinema e a Agência Nacional do Cinema - ANCINE, institui o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Cinema Nacional - PRODECINE, autoriza a criação de Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional - FUNCINES, altera a legislação sobre a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 10 set. 2001. 
_______. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 200. Institui o Código Civil. 
_______. Lei no 11.437, de 28 de dezembro de 2006. Altera a destinação de receitas decorrentes da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica 
33 
 
 
Nacional - CONDECINE, criada pela Medida Provisória no 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, visando ao financiamento de programas e projetos voltados para o desenvolvimento das atividades audiovisuais; altera a Medida Provisória no 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e a Lei no 8.685, de 20 de julho de 1993, prorrogando e instituindo mecanismos de fomento à atividade audiovisual; e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 29 dez. 2006. 
_______. Lei no 11.438, de 29 de dezembro de 2006. Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 29 dez. 2006 – Edição extra. 
_______. Lei no 12.213, de 20 de janeiro de 2010. Institui o Fundo Nacional do Idoso e autoriza deduzir do imposto de renda devido pelas pessoas físicas e jurídicas as doações efetuadas aos Fundos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso; e altera a Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 21 jan. 2010. 
_______. Lei no 12.715, de 17 de setembro de 2012. Altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas empresas que especifica; institui o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional, o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência; restabelece o Programa Um Computador por Aluno; altera o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, instituído pela Lei no 11.484, de 31 de maio de 2007; altera as Leis nos 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 11.033, de 21 de dezembro de 2004, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.865, de 30 de abril de 2004, 11.774, de 17 de setembro de 2008, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, 11.484, de 31 de maio de 2007, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 10.406, de 10 de janeiro de 2002, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 12.431, de 24 de junho de 2011, 12.414, de 9 de junho de 2011, 8.666, de 21 de junho de 1993, 10.925, de 23 de julho de 2004, os Decretos-Leis nos 1.455, de 7 de abril de 1976, 1.593, de 21 de dezembro de 1977, e a Medida Provisória no 2.199-14, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 19 set. 2012. 
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34 
 
 
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TRIBUTO LEGAL. Cartilha do SINDIFISCO Nacional. 2013.

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