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Infecção Respiratória no imunodeprimido Alunos: Camila Aringueri Borges 819823 Louise Salves da Silva 819615 Raphael Silva Martins 819950 Susany C. S. Oliveira 819881 Thaíse Graminha Lucas 819686 Professor: Dr. Luciano Infecção respiratória no imunodeprimido Apesar dos avanços, há elevada morbimortalidade (pneumonia) Alvos mais frequentes: portadores de HIV, doentes crônicos em uso de corticoide, transplantados, doenças hematológicas malignas Virulência X Disseminação X Sistema Imunológico Vírus Vírus respiratórios Mais frequente em crianças e transplantados. Vírus mais comuns: adenovírus, rinovírus e vírus da parainfluenza. Diagnóstico e tratamento precoces, medidas de controle de transmissão. Em transplantados há perda do movimento ciliar e do reflexo da tosse, imunodepressão local e sistêmica e alteração da drenagem da linfa, facilitando a progressão para pneumonia. Famílias: Paramixoviridae (VSR, parainfluenza e metapneumovírus), Orthomixoviridae (influenza A,B e C), Coronaviridae(HCoV-229E,HCoV-OC43,HCoV-SARS,HCoV-NL63 e HCoV-HKU1), Picornaviridae(rinovírus), Adenoviridae(adenovírus), Parvoviridae(bocavírus), Polyomavírus(WU,KI). Vírus Vírus respiratórios Para fazer o diagnostico etiológico na infecção respiratória é feito amostras obtidas por: swab nasal ou orofaríngeo, lavado nasal ou aspirado nasofaringeo. Adultos e crianças maiores: lavado nasofaríngeo. Diagnóstico: anticorpo monoclonal, PCR, PCR em tempo real. Isolamento viral (demora). Análise do anticorpo monoclonal: IFD, IFI, ELISA. PCR e PCR em tempo real: maior sensibilidade e especificidade. Vírus da parainfluenza Manifestações: doença respiratória superior frustra até pneumonia grave. Pneumonia grave: crianças com imunodeficiência combinada, idosos, TCTH, doente crônico, imunodeprimido, portadores de HIV, transplantados de órgãos sólidos. Imonodeficiência combinada: deficiência células T, B e NK. Deficiência de célula T: elevada morbimortalidade. Diagnóstico: IFD ou técnica de biologia molecular. RX= infiltrado intersticial focal á infiltrado interstício-alveolar difuso. Não há antivirais licenciados mas ribavirina+Gamaglobulina IV estão em fase de teste. Citomegalovírus Herpes-vírus. Afeta: pulmão, fígado, rim, coração e olho. Diagnóstico diferencial: VSR, parainfluenza, influenza e adenovírus. Transplantados: diagnóstico e tratamento precoce podem mudar o prognóstico. Transplantados Em receptores de TCTH a pneumonia por citomegalovírus é uma das complicações mais frequentes. Fator de risco: sorologia + do doador, transfusão de granulócitos de doadores com sorologia +, idosos, GHVD, irradiação corporal, viremia e fármacos imunossupressores. Tempo de início: 45 dias. Tempo de início com profilaxia: 169 dias. Quadro clínico: febre súbita, tosse seca, dispneia, hipoxemia. RX: infiltrado intersticial difuso. Citomegalovírus Transplantados Pontuação pós TCTH >8: mortalidade com 100% de sensibilidade e 88% de especificidade. Diagnóstico: quadro clínico+ RX+lavado broncoalveolar e PCR. TABELA!!!!!!! Citomegalovirus (CMV)em infectados pelo HIV Em broncoscopias, na maioria das vezes, a presença do CMV no lavado broncoalveolar não está associado à doença pulmonar; Quando a contagem de células T CD4+ está abaixo de 50 células/mm³ o risco é consideravelmente aumentado; RX de tórax é semelhante à infecção por PJP (Pneumocystis jirovecii) Infiltrado intersticial, opacidades em vidro fosco ou infiltrado nodular Pode ter derrame pleural o que não ocorre no PJP O tratamento: Só quando a doença é sintomática e o CMV como único patógeno Ganciclovir ou foscarnet; o tratamento deve ser iniciado assim que houver suspeita do CMV em locais de disseminação da doença. Acompanhamento oftalmológico Vírus sincicial respiratório (VSR) RNA-vírus; Possui dois grupos: A (causador da doença) e B; Os imunossuprimidos suceptíveis à pneumonia por VSR são pacientes com: Imunodeficiência combinada Doenças hematológicas malígnas Submetidos à transplantes de pulmão e MO Asma Idosos Institucionalizados Doença pulmonar crônica Aqueles que vivem em altidude (>2500m) 36% com sintomas leves de infecção do trato respiratório superior podem evoluir para pneumonia por VSR Pacientes submetidos à transplantes de órgãos sólidos os sinais e sintomas mais frequentes são: dispneia, tosse, expectoração purulenta, febre, presença de estertores e chiado; Vírus sincicial respiratório (VSR) O diagnostico laboratorial pode ser feito por: PCR, sorologia, cultura viral (padrão ouro), detecção de antígenos virais na secreção nasal, swab de secreção nasofaríngea e lavado broncoalveolar Tratamento: Ribavirina (aerossol, IV e oral) – amplo espectro contra RNA-vírus Profilaxia em crianças de alto risco: palivizumabe Evitar a exposição é o melhor meio de prevenção Adenovírus Transmitidos pelo contato interperssoal através de objetos e aerossóis; Imunodeprimidos podem apresentar reativação da infecção latente Manifestações clinicas: Febre – sempre presente, Amigdalite, faringite, conjuntivite e otite média Raramente adenovírus causa pneumonia em HIV Evitar a exposição é a melhor forma de prevenir a morbimortalidade em adultos imunocomprometidos Varicela-zoster (VZV) Um dos 8 herpes-vírus de DNA Tem duas formas clínica: Infecção primaria, onde a doença pulmonar é mais frequente (50%) Varicela - doença pulmonar (5%) Acomete geralmente crianças e a reativação ocorre em adultos; Partículas infectantes podem ser encontradas nas secreções de vias aéreas superiores e nos líquidos de vesículas; Em imunocomprometidos pode causar: hepatite, pancreatite, doença intersticial, encefalite e PNEUMONIA RX de tórax: infiltrado nodular ou intersticial e linfonodomegalia mediastinal; Tratamento de escolha é aciclovir (IV), se não responder (raro) ou quando há suspeita de resistência pode-se usar foscarnet GRIPE OU INFLUENZA SAZONAL Vírus influenza -> RNA-vírus 3 tipos: A, B e C. A influenza A possui vários subtipos, sendo o principal o H1N1. H1N1: condições para complicações clinicas e risco de óbito por este vírus: >60 anos, gestação e portadores de doenças crônicas, além de transplantados, doentes com câncer, HIV’s +, síndrome de Down e indígenas que vivem em aldeias. 13 Manifestações Clínicas Comprometimento do pulmão pode ocorrer de 3 formas distintas: Pneumonia primaria Traqueobronquite Coinfecção 14 Manifestações Clínicas Nos imunodeprimidos e nos extremos de idade, a doença apresenta-se de forma diferente e mais grave. Em crianças, há febre mais elevada, crupe (laringotraqueobronquite), linfonodomegalia cervical. OBS.: A crupe é uma manifestação presente somente nesta faixa etária. 15 Manifestações Clínicas Nos imunodeprimidos a doença é grave e os sintomas respiratórios exuberantes. Esta população possui como maior preocupação a pneumonia, pois é a principal complicação da gripe. Prevalecendo naqueles com doença pulmonar ou cardiovascular, diabetes mellitus, doença renal, hemoglobinopatia, residentes de instituições de longa permanência e indivíduos saudáveis com mais de 65 anos. 16 SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) O Vírus influenza A H1N1 2009 (de origem suína), ao infectar humanos, causou SRAG. Ele rapidamente se disseminou pelo mundo, resultando na primeira pandemia por influenza desde 1968. 17 SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) A doença respiratória afeta principalmente as vias aéreas superiores e, ocasionalmente, as inferiores. Este subtipo do vírus é transmitido pessoa a pessoa (tosse, espirro e secreções respiratórias dos infectados). SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) Os imunodeprimidos têm maior chance de complicações e maior risco de óbito. Podem ocorrer leucocitose e leucopenia com neutrofilia. RX Tórax pode revelar infiltrado intersticial localizado ou difuso ou áreas de condensação. Principais Sinais e Sintomas da SRAG 20 DIAGNÓSTICO O vírus pode ser isolado por meio de swab nasofaríngeo, por lavado nasofaríngeo ou pela combinação dos dois. 21 Tratamento Inibidores de Neuroaminidases (NA). Zanamivir: via inalatória Oseltamivir: via oral 22 Tratamento O tratamento reduz a duração dos sintomas e das complicações como otite média, sinusite, bronquite e pneumonia bacteriana. 23 Tratamento Em caso de resistência ao oseltamivir, deve-se usar o zanamivir. Zanamivir está indicado para o tratamento de adultos e crianças com mais de 7 anos de idade. A dose é de 10mg (duas inalações) duas vezes ao dia, por 5 dias, naqueles cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48h. 24 Tratamento Amantadina e rimantadina somente possuem ação contra o vírus influenza A. São aprovados para a profilaxia e tratamento de adultos, sendo a amantadina também aprovada para crianças com mais de 1 ano. 25 Profilaxia com oseltamivir Recomenda-se utilizá-lo para profilaxia de imunossuprimidos que tiveram contato com casos de influenza pandêmica A (H1N1) 2009, durante o período de trasmissibilidade do caso suspeito ou confirmado. Deve ser iniciada em até 48h após a exposição. Dosagem: 75mg – 1x ao dia – durante 10 dias após exposição. 26 Profilaxia com oseltamivir Deve ser realizada a profilaxia também com os seguintes casos: Profissionais de lab. que manipularam o vírus sem uso de EPI Trabalhadores de saúde envolvidos nos procedimentos invasivos ou manipularam secreções, de um suspeito ou confirmado, sem o uso de EPI. 27 Pneumonia no neutropênico Neutropenia: diminuição do número de neutrófilos. Leve: 1500-1000mm³ Moderada:1000-500mm³ Grave: inferior a 500mm³ Muito grave: inferior a 100mm³ 28 Pneumonia no neutropênico Bactérias Gram-positivas, como o Staphylococcus Hemocultura: fundamental antes de iniciar o antibiótico, para possibilitar a identificação do agente etiológico. Alternativas terapêuticas: Casos menos graves: amoxicilina/clavulanato ou quinolonas Casos mais graves: piperacilina/tazobactan ou cefepima ou carbapenêmicos associados a glicopeptídeos OBS: as doses de antibióticos em neutropênicos devem ser sempre elevadas! 29 Pneumonia por Pneumocystis jivecii (PJP) Fungo Atípico Não cresce em meios de cultura convencionais Responde a Tratamento com os antiparasitários Principal agente causador de Pneumonia na AIDS Ação Patogênica decorrente de comprometimento da Imunidade Celular Risco para PJP: Pacientes com Imunodeficiência Primaria (auto imunes) Imunodeficiência secundaria (HIV, Leucemia Linfoide Aguda, Linfomas) Terapias Imunossupressoras (antagonistas de TNF-α ) Manifestações clinicas Inicio súbito de : Febre, tosse, dispneia e hipoxemia Usualmente mais graves e de progressão mais rápida nos não portadores de HIV. DIAGNOSTICO Visualização direta do Fungo no escarro ou lavado Broncoalveolar Biopsia Pulmonar PCR TRATAMENTO Cotrimoxazol( Trimetropina + Sulfametoxazol) 75-100 mg/kg/dia por 21 dias (no mínimo) Clindamicina + primaquina 600 mg 4x/dia iv + 30mg/dia oral (alérgicos a sulfa) PROFILAXIA considerar possibilidade de efeitos colaterais graves e risco de PJP é indicada para pacientes com câncer que usa muito corticóide, doença hematológica malígna. Infecções pulmonares em infectados pelo hiv 70% dos pacientes tem envolvimento do Pulmão durante o curso da doença Infecção Pelo HIV Alterações da função mucociliar Das defensinas das secreções respiratórias Dos macrofagos Alveolares PRINCIPAIS AGENTES TB Streptococcus sp Haemophilus sp Pseudomonas sp Pneumocystis,Histoplasma, Criptococcus, Coccidiodes, Aspergillus Pneumonia Bacteriana A incidência é maior nos infectados pelo HIV Fatores de risco: uso de drogas intravenosas, tabagismo, idade avançada, carga viral do HIV detectável e pneumonia recorrente anterior. Céls T CD4+ < 200/mm³ não devem ser tratados com antibiótico estabelecidos ( Incidência de bactérias intracelulares é muito baixa) Pneumonia pelo Streptococcus pneumoniae Agente mais frequente de PAC em adultos infectados pelo HIV (20%) Aumento (30-100 X) risco de doença pneumocócica invasiva (meningite, empiema, peritonite ou septicemia) nos pacientes infectados pelo HIV. O risco de pneumonia pneumocócica aumenta com a queda dos valores de células T. Vacina pneumocócica está indicado para todos os infectados. Baixa resposta imunológica em pacientes com imunossupressão grave. Revacinação a cada 5-10 anos. Pneumonia pelo Rhodococcus equi Actinomiceto Gram-positivo. Transmissão: Inalação do microrganismo presente no solo ( pulmão acometido em 80% dos casos); Inoculação através da mucosa; Ingestão de microrganismos. Em pacientes com imunodepressão grave: a doença disseminada pode ocorrer com bacteremia e com alta mortalidade. Achados radiológicos: escavação pulmonar, infiltrado nodular ou consolidação pneumônica. A s espécies de Rhodococcus formam biofilme em imunodeprimidos, especialmente naqueles com acesso venoso central. FUNGOS Pneumcystis jirovecii fungo mais frequente causador de pneumonia em pacientes com HIV. Criptococcus neoformans Comum nos infectados pelo HIV com células T CD4+ < 100/mm³ Principal forma de apresentação: meningite. Radiografia simples: massa única ou múltipla, condensação pulmonar ou mais raramente infiltrado intersticial, linfonodomegalia e derrame pleural. Diagnóstico: biópsia Tratamento: Anfotericina B + 5- fluorocitosina ou fluconazol. Histoplasma capsulatum A histoplasmose em infectados pelo HIV é uma doença grave, disseminada e ocorre naqueles com contagem de células T CD4+ < 100/ mm³. Quadro sistêmico: pulmão, fígado, linfonodos e pele Quadro clínico: astenia, anorexia, febre, emagrecimento, tosse e dispnéia. Rx de tórax: varia de normal até infiltrado intersticial reticulo nodular ou miliar. Linfonodomegalia mediastinal ou hilar pode estar presente. Tratamento: Anfotericina B e o itraconazol. FORMAS DE MANISFESTAÇÃO DA HISTOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS Tuberculose Principal causa de morte em pacientes com AIDS. Pacientes infectados pelo HIV apresentam maior risco anual de TB entre aqueles com TB latente Em pacientes soro positivo, o tratamento da infecção latente (TARV) é a única forma de prevenir a ocorrência da TB Iniciar TARV naqueles com contagem de células T CD4+ menor que 50/mm3 Achados radiológicos: nódulos, linfonodomegalia, cavidades, derrame pleural
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