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Ginastica de academia II

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TRABALHO GINÁSTICA DE ACADEMIA ll 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMIGA – MG 
2016 
1 CURVA, COMPRIMENTO E TENSÃO MUSCULAR 
 
A tensão muscular proporcionada pelo em única fibra muscular é dependente 
direto da relação comprimento-tensão de seus sarcômeros. Para que se possa gerar 
uma tensão ótima, é preciso que essa relação seja ótima. A máxima que se deve ter 
em mente está inerente na teoria de deslizamento, sendo a força que uma fibra 
muscular pode gerar diretamente proporcional ao número de pontes cruzadas entre 
os filamentos de actina e miosina. 
Não caso das fibras que possuem um sarcômero “alongado”, ao começar a 
contração o número de pontes cruzadas entre os filamentos são menores que o 
ideal, produzindo então pouca tensão. 
Em situação oposta, em que os sarcômeros são encurtados, filamentos de 
actina e miosina já sem encontram sobrepostos, tendo então pouco “caminho” que 
se percorrer e poder gerar tensão. Nesse caso, a tensão gerada também não é 
ideal. Em ambos os casos o resultado é o mesmo, menor tensão gerada, ou seja, 
menor força. 
Algumas situações específicas isso pode ocorrer, como no caso do trigger 
points . Os trigger points estão situados dentro de uma faixa tensa, faixa esse que os 
sarcômeros encontram-se encurtados próximos ao trigger point e alongados distal 
mente. Nesse caso, essas fibras não podem gerar a tensão ótima porque a relação 
comprimento-tensão não é ótima. 
Kostopoulos e Rizopoulos (2007), afirmam que em músculos que possuem 
trigger points é evidenciada a fraqueza muscular em detrimento de músculos que 
não o possuem. Nesses casos, ficam evidente que os tratamentos adequado dos 
trigger points miofasciais e alongamento muscular pode levar à melhor relação 
comprimento-tensão, consequentemente a mais formações de pontes cruzadas, 
gerando mais tensão. 
A fisiologia muscular é um mundo fantástico de fenómenos, de ações e 
reações momentâneas e consentâneas. Um músculo, inserido nos pontos ósseos, 
não está nunca em repouso, mesmo durante o sono. Há uma permanente contração 
ligeira e sustentada, que não é suficiente para produzir trabalho, identificada por 
todos como uma sensação ligeira de aperto a nível muscular. Esta propriedade 
inerente a todos os grupos musculares esqueléticos é o tónus muscular. Vimos já 
que o músculo, mesmo no estado a que vulgarmente se chama repouso, está sujeito 
a um pequeno estiramento, é possuidor de uma tensão passiva, o que faz com que 
o músculo tenha uma vontade permanente de se contrair para anular este ligeiro 
alongamento. É o que acontece quando o libertamos das suas inserções ósseas: o 
músculo adopta imediatamente um determinado comprimento de equilíbrio. Nesta 
situação não há nenhuma força externa a atuar nele e a sua força muscular é igual a 
zero. Se fizermos o alongamento do músculo, a tensão passiva (tensão existente 
num músculo em repouso, não sujeito, portanto, a contração ativa) cresce 
progressivamente, de início moderadamente e depois mais rapidamente a partir do 
comprimento de repouso. Este corresponde a cerca de 125 % do comprimento de 
equilíbrio. 
Se o alongamento é cerca de 3 vezes o comprimento de equilíbrio, a tensão 
passiva atinge o valor máximo e ocorre rotura muscular. Quando existe contração 
muscular com a realização de um determinado movimento, o que se passa 
realmente a nível muscular é a instalação de uma contração isométrica num 
determinado comprimento muscular. 
Se isto acontece, vê-se aparecer uma tensão ativa para um comprimento 
muscular inferior a cerca de 40% do comprimento de equilíbrio, a qual aumenta 
progressivamente até um determinado comprimento muscular, que é igual ao 
comprimento de repouso. O somatório da tensão ativa, desencadeada pela 
contração isométrica, e da tensão passiva, originada no alongamento muscular, dar-
nos-á a força total ou útil, que é a força contráctil para a realização de trabalho. 
A tensão muscular máxima obtém-se com comprimentos musculares iguais 
aos do repouso, o que significa que há a máxima sobreposição útil entre os 
filamentos finos e grossos. Se o músculo é alongado para além do comprimento de 
repouso, haverá menos sobreposição dos filamentos de actina e de miosina, com 
consequente redução do número das pontes transversas. Por outro lado, se houver 
sobreposição dos filamentos de actina, como acontece quando o músculo é mais 
curto que o comprimento de repouso, o número de ligações transversais também 
diminui. 
 
1.1 Relação comprimento - tensão muscular 
Musculoesqueléticos alteram a sua capacidade de produzir torque ao longo 
da amplitude de movimento articular. A produção de torque durante o arco de 
movimento é determinada pela variação do braço de alavanca do músculo (distância 
perpendicular do vetor de ação muscular ao eixo articular) à medida que a 
articulação se desloca e pela relação comprimento-tensão muscular. 
A relação comprimento-tensão do músculo demonstra a propriedade 
fisiológica do tecido muscular de modificar a capacidade de produzir tensão à 
medida que o seu comprimento varia. Procedimentos experimentais realizados com 
animais, através de métodos cirúrgicos para remoção do tecido conectivo e 
estimulação neural do músculo com eletrodos, permitem a obtenção direta de 
informações sobre a curva comprimento-tensão utilizando a avaliação da tensão 
máxima produzida pelos músculos. No entanto, o mesmo não pode ser realizado em 
experimentos com humanos. Dessa forma, em condições de pesquisa em que o 
braço de alavanca do músculo não sofre variações, o torque muscular máximo e o 
ângulo em que esse torque é gerado têm sido avaliados como forma de fazer 
inferências sobre a curva comprimento-tensão. 
A análise da relação comprimento-tensão tem sido tradicionalmente utilizada 
para informar indiretamente sobre o comprimento muscular. Existem evidências de 
que alterações do comprimento muscular estão associadas a deslocamentos da 
curva comprimento-tensão. Estudos realizados em animais verificaram que 
músculos imobilizados em posição encurtada apresentam uma redução de cerca de 
40% do número de sarcômeros em série, produzindo uma diminuição do tamanho 
do músculo e um deslocamento da curva comprimento-tensão para a esquerda 
(menor comprimento muscular). Por outro lado, músculos imobilizados em posição 
alongada demonstraram um acréscimo de 19% do número de sarcômeros em série, 
além de um aumento do comprimento muscular e um deslocamento da curva 
comprimento-tensão para a direita (maior comprimento muscular). Após a realização 
de protocolos de treinamento que envolvem o fortalecimento muscular, também 
foram observadas mudanças do comprimento muscular, demonstradas através de 
modificações da relação comprimento-tensão do músculo. Assim, aumento e/ou 
diminuição do comprimento muscular promovidos por diferentes protocolos de 
intervenção podem ser avaliados através do deslocamento da curva comprimento-
tensão do músculo. 
Modificações do comprimento muscular são capazes de alterar o ponto ótimo 
em que o músculo gera tensão máxima. A mensuração objetiva do ângulo articular 
em que o músculo produz o máximo de torque possibilitaria fazer inferências sobre 
possíveis mudanças do comprimento do músculo. Entretanto, as informações 
obtidas com essa avaliação em seres humanos correspondem ao somatório das 
forças passivas e ativas do músculo. Assim, a medida do ângulo de torque máximo 
obtido pode não representar o comprimento muscular em que apenas os 
componentes ativos do músculo geram tensão máxima através da sobreposição 
entre os filamentos de actina e miosina. Considerando-se que a força totalproduzida 
pelos músculos corresponde ao somatório das forças passiva e ativa, sendo ambas 
influenciadas pelo comprimento muscular, a mensuração do torque muscular ativo 
deve ser feita subtraindo-se a força passiva da força total produzida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 STIFFNESS (RIGIDEZ MUSCULAR) 
 
A rigidez muscular (passiva) é definida como a razão entre a mudança na 
tensão do músculo por unidade de mudança no seu comprimento, quando é 
alongado sem a presença de atividade contrátil. 
Além de ser uma propriedade mecânica do músculo relacionada com a 
resistência deste tecido à deformação, sendo representada graficamente pela 
inclinação da curva stress-strain. A área abaixo dessa curva representa a 
quantidade de energia absorvida pelo músculo quando é alongado estando em 
repouso ou contraído. Dessa forma, a rigidez contribui para a capacidade do 
músculo de absorver energia sob a ação de forças mecânicas. A quantidade de 
energia aplicada às estruturas musculo esqueléticas durante a realização das 
atividades esportivas e funcionais parece determinar a ocorrência de lesão nessas 
estruturas. Portanto, quanto maior a rigidez do tecido muscular, maior a sua 
capacidade de absorver energia e menor a sua suscetibilidade à lesão. Além disso, 
a energia absorvida pelo tecido muscular pode ser armazenada e, então, reutilizada 
no movimento subsequente para potencializar a ação muscular. Dessa forma, a 
rigidez e a capacidade de absorção de energia do músculo podem auxiliar não só na 
prevenção de lesões musculares, como também na melhora do desempenho 
durante a execução do movimento. 
As propriedades mecânicas dos músculos conferem a essas estruturas 
comportamento semelhante ao de uma mola, cuja rigidez, ou resistência à 
deformação, é modificável dinamicamente pelo nível de ativação muscular. Ajustes 
na rigidez muscular têm sido frequentemente reportados como mecanismos de 
estabilização empregados durante a realização de atividades funcionais e 
esportivas. 
Soest e Bobbert (1993) verificaram que o ajuste da rigidez muscular é capaz 
de minimizar os efeitos de perturbações na altura máxima obtida durante a atividade 
de salto. A ausência desse ajuste produziu diminuição significativa da altura do salto 
quando este era perturbado. Similarmente, Duan et al (1997), demonstraram que 
aumentos na rigidez do membro inferior ocorreram associados a aumentos na 
velocidade da marcha. Tal aumento foi necessário para manutenção da estabilidade 
articular durante a realização da atividade. 
Além disso, segundo Ferris et al (1999) para manter a estabilidade do centro 
de massa durante a corrida em superfícies de complacências diferentes, é 
necessário ajuste dinâmico e antecipado da rigidez vertical da perna. Caso contrário, 
aumentaria a amplitude de oscilação do centro de massa, com consequente 
aumento do gasto energético durante a atividade. Esses estudos indicam que 
qualquer variação no curso do movimento exige modificações na rigidez articular 
como forma de garantir estabilidade. 
Em decorrência de haver grande variabilidade na demanda de estabilização 
articular em diversos tipos de atividades funcionais, a existência de um mecanismo 
que possibilite o ajuste contínuo e dinâmico da rigidez articular possibilitaria maior 
adaptabilidade do indivíduo às demandas ambientais. O conhecimento desse 
mecanismo possibilitaria o desenvolvimento de técnicas de reabilitação que tenham 
por objetivo facilitar esse ajuste para melhorar a estabilidade funcional de pacientes 
com lesão ligamentar. 
Tradicionalmente, a existência de um reflexo ligamento muscular tem sido 
descrita na literatura como um dos possíveis mecanismos responsáveis pelo 
controle da estabilidade articular via ajuste reflexo da rigidez muscular. 
Segundo Palmer (1958) demonstrou que os mecanorreceptores ligamentares 
têm ação direta, por meio de feedback, nos motoneurônios alfa (MNα). Os quais, por 
sua vez, reflexamente estimulam uma contração muscular capaz de se opor a 
movimentos anormais. No entanto, investigações sobre a latência desse reflexo 
sugeriram que ele é muito lento para fornecer proteção articular. 
De acordo com Pope et al (1979) estimaram que, durante uma lesão típica de 
esqui, 34 ms transcorreram entre a carga no ligamento e sua ruptura, enquanto a 
latência mínima do reflexo ligamento-muscular foi de 89 ms. Além disso, esse reflexo 
é elicitado apenas com altos níveis de estimulação elétrica ou mecânica e em 
extremos de amplitude de movimento. Portanto, o reflexo ligamento-muscular parece 
não ser eficiente o suficiente para proteger a articulação em situações de sobrecarga 
fisiológica, nas quais as perturbações são de baixa magnitude e normalmente não 
deslocam a articulação até seus extremos de amplitude. 
Outro mecanismo neuromuscular proposto na literatura envolve a participação 
de mecanorreceptores articulares em um ajuste contínuo da rigidez muscular via 
sistema fusomuscular-gama. Esse mecanismo seria responsável pela regulação da 
co-contração muscular, ou seja, ativação simultânea de dois ou mais músculos em 
torno da articulação. A co-contração tem sido descrita na literatura como fator capaz 
de ajustar dinamicamente a rigidez muscular e indiretamente modificar a rigidez de 
uma articulação. Esse mecanismo de ajuste contínuo da rigidez muscular e sua 
contribuição para estabilidade, apesar de ter sido amplamente discutido na literatura, 
tem sido pouco considerado nos programas de tratamento direcionados ao 
restabelecimento da estabilidade articular após lesões ligamentares. 
 
2.1 Ajuste da Rigidez Muscular via Sistema Fuso-Muscular-Gama 
 
A importância do ajuste dinâmico da rigidez muscular para manutenção da 
estabilidade em atividades funcionais, como marcha, salto e corrida, tem sido 
amplamente discutida por diversos autores. A rigidez muscular é resultado das 
propriedades visco elásticas do músculo e do estado de ativação das fibras 
musculares. Já o estado de ativação muscular decorre da excitabilidade dos MNα, 
que é diretamente influenciada pelos fusos musculares, que, por sua vez, têm sua 
responsividade influenciada pelos MNγ. 
 A partir dessas interações, Johansson et al (1986), propuseram um 
mecanismo de ajuste contínuo da rigidez muscular envolvendo a ação dos 
mecanorreceptores periféricos (articulares, musculares e cutâneos) e vias 
descendentes sobre o sistema fuso muscular gama. Apesar de não ser mais rápido 
que o reflexo ligamento muscular, alta responsividade do gama e seu baixo limiar de 
estimulação fazem dele um mecanismo que ajusta a rigidez muscular 
continuamente, preparando a articulação contra possíveis perturbações. O 
mecanismo de modulação do sistema gama proposto por Johansson et al (1986) é 
suportado por estudos que forneceram evidências de que não apenas os receptores 
articulares, como de ligamentos e cápsulas, mas também receptores musculares, 
impulsos descendentes e receptores da pele podem influenciar a excitabilidade dos 
MNγ bilateralmente. Tais evidências foram demonstradas utilizando diferentes 
formas de estimulação de todos esses receptores em membros ipsi e contralaterais 
de gatos. 
As estimulações envolveram alongamento muscular, movimentação passiva, 
estímulo elétrico nos ligamentos e introdução na articulação de substâncias 
irritantes, como ácido lático e cloreto de potássio. Essas formas de estimulação 
levaram a aumentos no disparo das aferências fusais, tanto no membro no qual o 
estímulo foi aplicado quanto no contralateral. Esses estudos demonstraram que 
informações provenientes de mais de uma categoriade receptores estão envolvidas 
na regulação da rigidez muscular. Johansson et al (1987), propuseram a hipótese de 
que o MNγ seria um “ponto final comum de informação”, em razão da convergência 
de diversas informações sensoriais para esta estrutura, o que implica que as 
aderências fusais são influenciadas e moduladas por informações periféricas ipsi e 
contralaterais, bem como por informações conduzidas por tratos descendentes que 
convergem para o sistema fuso-musculargama. Essa hipótese demonstra que o fuso 
muscular responde a muitos outros estímulos além do comprimento e da tensão 
musculares. Dessa forma, a regulação da rigidez muscular parece envolver 
informações de origens variadas, demonstrando a natureza multimodal das 
informações que convergem para o sistema fuso-muscular-gama. Em consequência 
dessa utilização contínua de diversas informações, esse mecanismo parece 
possibilitar ajuste contínuo de rigidez condizente à variabilidade na demanda de 
estabilização articular envolvida nos diversos tipos de atividades funcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 TENSEGRIDADE MUSCULAR 
 
O conceito da tensegridade também pode ser aplicado quando nos referimos 
à interação entre músculos e ossos. Se essa interação não for harmoniosa, algum 
tipo de lesão pode ser desenvolvido a curto ou longo prazo, causando alterações 
posturais. Por isso, é tão importante a prática de exercícios físicos adequados e de 
forma consciente, segundo o educador físico Albert Nunes, especializado em 
musculação e condicionamento físico. 
A interação entre músculos e ossos deve estar em harmonia para evitar 
lesões, o que pode ser conseguido com exercícios físicos adequados. 
Quando ouvimos falar sobre tensegridade nos remetemos logo à física. O 
termo é uma propriedade daquela ciência que se aplica em materiais cujos 
componentes usam da tração e da compressão de forma a lhes proporcionar 
estabilidade e resistência. Em linhas gerais, o conceito é descrito por uma relação 
entre forças contrárias, em que a tração é contínua e a compressão descontínua, 
como um balão cheio de ar – as paredes do balão agem em tensão, enquanto as 
moléculas de ar agem comprimindo-as. Mesmo sendo o balão feito de material fino, 
fraco e instável, é isso que dá a ele estabilidade. Nos seres humanos é mais ou 
menos da mesma forma. 
O conceito da tensegridade também pode ser aplicado quando nos referimos 
à interação entre músculos e ossos. Se essa interação não for harmoniosa, algum 
tipo de lesão pode ser desenvolvido a curto ou longo prazo, causando alterações 
posturais. Por isso, é tão importante a prática de exercícios físicos adequados e de 
forma consciente, segundo o educador físico Albert Nunes, especializado em 
musculação e condicionamento físico. 
Ele explica que os músculos atuam em uma tração contínua e os ossos, em 
uma compressão descontínua, dando estabilidade estática e dinâmica às partes do 
corpo e ao movimento. Se ocorrer algum desequilíbrio entre essas duas estruturas, 
é provável que não ocorra uma congruência articular adequada. A ausência dessa 
harmonia pode comprometer a locomoção, a partir do momento em que há uma 
sobrecarga em estruturas importantes do corpo como tendões e ligamentos. “Na 
realidade, em aspectos gerais, o ser humano em si tem alterações na sua forma, 
que é algo próprio do dia a dia. A rotina faz isso, criando um padrão que causa um 
desalinhamento postural. E toda vez que tiver esse desarranjo, aparecem dores e, 
consequentemente, lesões.” 
De acordo com Nunes, o exercício adequado deve melhorar o padrão postural 
alterado por meio do trabalho de força, flexibilidade e melhora da consciência 
corporal. “Muitas pessoas não sabem de suas alterações posturais e as que as 
conhecem não sabem corrigir ou lidar com elas. Minha função é harmonizar tudo 
isso.” 
Qualquer modalidade de exercício que proporciona um correto 
posicionamento das estruturas ósseas durante a execução, como musculação, aulas 
de ginástica em grupo, atividades na água e esportes de uma forma geral destacam-
se como sendo fundamentais para manter a tensegridade muscular. O educador 
físico acrescenta que essas atividades garantem segurança durante a realização e 
um desempenho muscular adequado, preservando as articulações. Todos, 
entretanto, devem ser feitos sob orientação de um profissional que tenha conceitos 
básicos de cinesiologia, biomecânica e postura. Só assim, é possível fazer um 
trabalho adequado, que inclui intervenções diretas e indiretas. “O objetivo é fazer 
uma harmonização e, pelo menos, minimizar as dores. Fazemos uma intervenção 
direta no foco do problema durante os treinos e reorganizamos a semana da pessoa, 
porque ela terá tarefas que não serão presenciais. Treinos presenciais uma ou duas 
vezes na semana não são suficientes para conseguir esse equilíbrio”, afirma o 
especialista. 
 
3.1 Movimento Repetitivo 
 
Essas alterações são mais comuns em idosos, em razão do processo natural 
do envelhecimento, mas há muitos jovens que têm apresentado problemas de 
tensegridade muscular, segundo Nunes. “Normalmente, é consequência de padrão 
de movimento repetitivo, relacionado com alguma atividade ou função que ele 
exerce. E como essa gente mais nova não se importa muito com essa parte 
postural, o que é algo natural da idade, tem sido acometido por esse tipo de 
problema.” 
E para se chegar ao exercício ideal é necessária uma análise de padrão de 
movimento. Essa análise, segundo o especialista, deve ser feita na primeira 
avaliação. “Só assim, o profissional capacitado vai verificar se o padrão de 
movimento da pessoa está alterado. Depois, ele definirá quais os exercícios serão 
necessários para harmonizar a interação entre músculos e ossos.” 
 
3.2 Como a tensegridade muscular atua 
 
Para evitar traumas nos músculos ou ossos durante as atividades físicas, é 
essencial que ambos estejam em harmonia de movimentos. O termo utilizado para a 
técnica de prevenção surge de uma propriedade da ciência que se aplica em 
materiais cujos componentes usam de compressão e tração para ganhar resistência 
e estabilidade. 
De maneira geral, é caracterizada pela relação entre forças contrárias, a qual 
a compressão é descontínua e a tração é contínua. De acordo com Dênis Crozariol, 
personal trainer especialista em reabilitação, a tensengridade muscular busca 
primeiramente manter a integridade do corpo. 
“Ao utilizarmos como método de treinamento, devemos buscar manter sempre 
equilíbrio entre as estruturas utilizadas nas diversas modalidades esportivas. Um 
forte aliado da tensegridade pode ser a avaliação postural, por exemplo, pois nela 
somos desenvolvidos, seja por um programa de treinamento equivocado, ou por 
descompensações posturais ocupacionais”, explica. 
Com isso, o início do programa de qualquer treinamento será para corrigir 
essas “falhas corporais”. Para o profissional, é desse modo que se torna possível 
manter a integridade física do aluno, para de fato iniciar a busca de seus objetivos. 
Nesse caso, todos exercícios propostos devem ser feitos sob a orientação de 
profissionais com noções básicas de postura, biomecânica e cinesiologia, a ciência 
da análise dos movimentos. 
 
3.3 Vantagens da técnica 
 
Para Crozariol, ao manter um corpo estável, as respostas e os resultados aos 
estímulos dados poderão ser mais rápidos, pois não terão diferenças de força em 
uma mesma articulação. Quando ocorre essa desigualdade, é gerada uma onda de 
alterações nos padrões de movimentos e, consequentemente, a estrutura envolvida 
no movimento – ou seja, o corpo todo – estará comprometida, segundo oprofissional. 
O personal afirma que ao optar pela tensegridade muscular, no momento em 
que o corpo recebe um estímulo ou se move há uma solicitação 
 mecânica de tensão. “Essa solicitação gera uma cascata de estímulos, na 
qual um sistema todo entrará em ação para atender essa provocação, havendo uma 
adaptação funcional para que o movimento aconteça de forma perfeita”, descreve. 
De acordo com o personal trainer, outro processo da tensegridade é a ação 
de compressão músculo esquelética, ou seja, durante o processo de contração 
muscular, há uma compressão nos ossos, causando um fortalecimento mútuo, 
devido às pressões impostas pelo músculo. Os ossos se fortalecem para “aguentar a 
pressão”, o que ajuda na prevenção e tratamento da osteoporose. 
Para manter a tensegridade muscular, aulas de ginástica em grupo, 
atividades na água, como natação e hidroginástica, musculação e também pilates 
podem auxiliar na correção da postura e de movimentos de ossos e músculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 SDM ( Desbalanceamento) MÚSCULO FÁSICOS / MÚSCULO TÔNICOS 
 
A dor músculo esquelética crônica segundo a abordagem de Janda 
Estrutura X função 
Na medicina osteomuscular, existem duas escolas principais de pensamento, 
isto é, uma abordagem estrutural e outra funcional. Na abordagem estrutural, a 
patologia de estruturas específicas estática é enfatizada no diagnóstico baseado na 
avaliação localizada e testes especiais (Raios X, ressonância magnética, tomografia 
computadorizada, etc). Por outro lado, a abordagem funcional reconhece a função 
de todos os processos e sistemas dentro do corpo, ao invés de focar em um único 
local da patologia. Enquanto a abordagem estrutural é necessária e valiosa para a 
lesão aguda ou exacerbação, a abordagem funcional é preferível quando se trata da 
dor músculo-esquelética crônica. 
 
O Sistema Senso Motor 
Na dor crônica, testes especiais para diagnosticar áreas localizadas são 
geralmente normais, embora o paciente se queixa de dor. O local da dor muitas 
vezes não é a causa da dor. Evidências recentes suportam o fato de que a dor 
crônica é mediada centralmente (Staud et al. 2001). Da mesma forma, a 
investigação sobre a eficácia de diferentes modos de aplicação de exercício na dor 
crônica tem demonstrado um efeito central do exercício na redução da dor lombar 
crônica (Mannion et al. 1999). 
Estas pesquisas apóiam a abordagem Janda: a interdependência do sistema 
osteomuscular e nervoso central. Janda diz que estes dois sistemas anatômicos não 
podem ser separados funcionalmente. Portanto, o termo “sensório-motor” do sistema 
é usado para definir o sistema funcional do movimento humano. Além disso, as 
mudanças dentro de uma parte do sistema será refletida por compensações ou 
adaptações para outros locais no sistema por causa da tentativa do organismo em 
homeostase (Panjabi, 1992). 
O sistema muscular geralmente reflete o estatus do sistema sensório-motor, 
uma vez que recebe informações de ambos os sistemas, osteomuscular e nervoso 
central. Mudanças no tônus muscular são as primeiras respostas aos estímulos 
nociceptivos no sistema sensório-motor. Isto tem sido suportado por vários estudos, 
demonstrando o efeito da patologia comum sobre o tônus muscular. Por exemplo, a 
presença de derrame no joelho provoca inibição reflexa dos músculos vasto medial 
(Stokes & Young, 1984). 
Os multífidos demonstraram atrofia em pacientes com dor lombar crônica 
(Oculta et al. 1994), e os músculos demonstram aumento de latência após a entorse 
de tornozelo (Konradsen & Raven, 1990) e rompimento do ligamento anterior 
cruzado (Ihara & Nakayama, 1986). O efeito global da patologia comum no sistema 
sensório-motor foi demonstrado por Bullock-Saxton (1994). Ela observou um atraso 
nos padrões de disparo dos músculos do quadril e diminuição da sensibilidade 
vibratória em pacientes com entorse de tornozelo. 
Devido ao envolvimento do sistema nervoso central no desequilíbrio muscular 
na dor, Janda enfatiza a importância do sistema proprioceptivo aferente. Um ciclo 
reflexo do conjunto mecanorreceptores capsulares e os músculos que circundam a 
articulação é responsável pela estabilização reflexa da articulação (Guanche et al 
1995;. Tsuda et al 2001). Na instabilidade crônica, a perda de informações aferentes 
adequada de um conjunto, muitas vezes é responsável pela perda de estabilização 
nas articulações (Freeman et al. 1965). 
Janda identificou dois grupos de músculos em função da sua evolução 
filogenética (Janda, 1987). Funcionalmente, os músculos podem ser classificados 
como “tônico” ou “fásico”. O sistema tônico consiste dos “flexores”, e é 
filogeneticamente mais antigo e dominante. Estes músculos são envolvidos em 
atividades repetitivas ou rítmica (UMPHRED, 2001), e são ativados em sinergias 
flexora. O sistema fásico consiste nos “extensores”, e surge logo após o nascimento. 
Estes músculos trabalham excentricamente contra a força da gravidade e emergem 
em sinergia extensora (UMPHRED, 2001). 
Janda observou que os músculos do sistema tônico são propensos à tensão 
ou falta, e os músculos do sistema fásico são propensos à fraqueza ou inibição 
(Tabela 1). Baseado em suas observações clínicas de pacientes ortopédicos e 
neurológicos, Janda descobriu que essa resposta é baseada na resposta 
neurológica de nocicepção no sistema muscular. Por exemplo, na sequência de 
lesões estruturais no sistema nervoso central (paralisia cerebral ou acidente vascular 
cerebral), os músculos flexores tônicos tendem a ser espásticos e os músculos 
extensores fásicos tendem a ser flácidos. Portanto, os padrões de desequilíbrio 
muscular pode ser devido à influência do sistema nervoso central, ao invés de 
mudanças estruturais dentro do próprio músculo. 
É importante notar que essa classificação não é rígida, em que alguns 
músculos podem apresentar características tônica e fásica. Também deve ser 
notado que, além da predisposição neurológica à tensão ou fraqueza, alterações 
estruturais no músculo também contribuem para o desequilíbrio muscular. No 
entanto, na dor crônica, que é centralizada no SNC, os padrões de desequilíbrio 
muscular, muitas vezes são resultado da influência neurológica ao invés de 
mudanças estruturais 
 
 
4.1 As Síndomes Cruzadas de Janda 
 
Com o tempo, esses desequilíbrios serão espalhados por todo o sistema 
muscular de uma forma previsível. Janda classificou esses padrões como “Síndrome 
cruzada superior ” (SCS), “Síndrome cruzada inferior ” (SCI), e “Síndrome das 
camadas ” (SC) (Janda, 1987, 1988). (SCS também é conhecida como “síndrome 
cruzada do ombro “; SCI é também conhecido como “síndrome cruzada da pelve e 
SC também é conhecido como” síndrome de estratificação “.) Síndromes cruzadas 
são caracterizadas pela alternância de lados de inibição e facilitação no quadrante 
Músculos tônicos Tendência para 
encurtamento 
Músculos fásicos Tendência para 
enfraquecimento e inibição 
Gatrocnêmicos-sóleo 
Tibial Posterior 
Adutores de quadril 
Isquios crurais 
Reto Femoral 
Iliopsoas 
Tensor Fascia Lata 
Piriforme 
Extensores toraco-lombar 
Quadrado lombar 
Peitoral maior 
Trapézio superior 
Elevador da escapula 
Escalenos 
Esternocleidomastóideo 
Flexores do membro superior 
Tibial Anterior 
Vastos Medial eLateral 
 Glúteos máximo, médio e mínimo 
Reto abdominal 
Serrátil Anterior 
Rombóides 
Trapézio inferior 
Flexores cervicais profundos 
Extensores dos membros superiores 
superior e inferior. Síndrome das camadas, essencialmente, é uma combinação da 
SCI e SCS é caracterizada pela alternância de padrões de tensão e fragilidade,indicando um desequilíbrio muscular de longa data. 
 
 
Síndrome cruzada superior é caracterizada pela facilitação do trapézio 
superior, levantador da escapula, esternocleidomastóideo, músculos peitorais, bem 
como a inibição dos flexores cervicais profundos, trapézio inferior e serrátil anterior. 
Síndrome cruzada inferior é caracterizada pela facilitação dos músculos extensores 
toraco-lombar, reto femoral e iliopsoas, bem como a inibição dos músculos 
abdominais (transverso abdominal em particular) e os músculos glúteos. 
Por meio da classificação Janda, fisioterapeutas, médicos e terapeutas 
corporais podem começar a prever os padrões de tensão e fraqueza na tentativa do 
sistema sensório-motor para alcançar a homeostase. Janda nota que essas 
alterações no tônus muscular criam um desequilíbrio muscular, que levam à 
disfunção do movimento. 
Músculos propensos à tensão têm, geralmente, um “limiar de irritabilidade 
reduzida” e são facilmente ativados com qualquer movimento, criando padrões de 
movimentos anormais. Estes desequilíbrios e disfunções de movimento podem ter 
efeito direto sobre as superfícies articulares, portanto, potencialmente levando a 
degeneração articular. Em alguns casos, a degeneração articular pode ser uma 
fonte direta de dor, mas a verdadeira causa da dor é frequentemente secundária a 
um desequilíbrio muscular. Portanto, devemos encontrar e tratar a causa da dor, em 
vez de se concentrar na origem da dor. 
Nossa equipe é preparada e reconhece estas possibilidades em nossos 
tratamentos. Em acordo com Janda, acreditamos em medidas funcionais ao invés de 
uma abordagem estrutural, na busca da causa da dor musculoesquelética. 
Observamos o sistema motor como um todo na tentativa de compreender o 
processo no qual uma patologia aguda se desenvolve. 
Um pequeno exemplo citaremos o que os estudos recentes mostraram: a 
protação de cabeça resulta em um passo de menor longitude, fato que tem 
implicações sérias na respiração e na função cardiopulmonar. O musculo grande 
dorsal pode estar inibido, por um pareamento de forças anormal da pelve ou dos 
membros inferiores ocasionando um deslocamento anterior dos ombros e este 
resulta na translação da cabeça na direção anterior e inferior, o que Portefield e De 
Rosa referiram como sendo uma protação de cabeça. Considerando que nossa 
sociedade é dominante em flexão e que nossa postura, com o passar dos tempos, é 
um reflexo de nossas atividades e estilos de vida, é fácil ver estes efeitos na maioria 
de nossos clientes, junto com os ombros e o movimento de cabeça ocorre um 
encurtamento do peitoral maior que colabora com o aumento da cifose torácica. 
A avaliação sistemática do desequilíbrio muscular começa com a avaliação 
postural estática, observando-se os músculos de sinais característicos da 
hipertonicidade ou hipotonicidade. Isto é seguido pela observação da posição 
unipodal e marcha. Postura estática da marcha, equilíbrio e muitas vezes podem dar 
a melhor indicação do estado do sistema sensório-motor. 
Posturografia computadorizada plataforma de força é frequentemente útil na 
quantificação de déficits sensoriais e motores. Em seguida, os padrões de 
movimento característicos são avaliados, e os músculos específicos são testados 
para a tensão ou falta. A eletromiografia de superfície é útil na quantificação de 
padrões de ativação muscular. Todas as informações coletadas acima fornece ao 
clínico um sistema para determinar ou descartar a presença de síndromes de 
desequilíbrio muscular. Além disso, a identificação de padrões específicos e 
síndromes de desequilíbrio também fornece o clínico para escolher as intervenções 
apropriadas para lidar com a causa da disfunção. 
4.2 Abordagem e tratamento 
1. Normalizar a periferia: A abordagem Janda ao tratamento da dor 
musculoesquelética segue vários passos. O tratamento do desequilíbrio 
muscular e a limitação do movimento começam com a normalização das 
informações aferentes que entram no sistema sensório-motor. Isso inclui 
fornecer um ambiente ideal para a cura (através da redução de informações 
aferentes de proteção, restaurando o alinhamento postural adequado através 
da educação postural e ergonômica), e corrigir a biomecânica de uma 
articulação periférica. 
2. Restaurar o equilíbrio muscular: Depois que as estruturas periféricas são 
normalizados o equilíbrio muscular é restaurado. Tônus muscular em torno 
das articulações devem ser restaurados. A lei de Sherrington da inibição 
recíproca (Sherrington, 1907) afirma que um músculo antagonista hipertônico 
pode ser reflexivamente inibido pelo seu agonista. Portanto, na presença de 
tensão e / ou encurtamento dos músculos antagonistas, o retorno do tônus 
muscular normal e / ou comprimento devem ser resolvidos antes de tentar 
fortalecer o músculo enfraquecido ou inibido. Técnicas para diminuir o tônus 
deve ser específica para a causa da hipertonicidade. Estes incluem o 
relaxamento pós-isométrico (Lewit, 1994) e facilitação pós-estiramento (PFS) 
(Janda, 1988). 
Os músculos que foram reflexivamente inibidos por antagonistas encurtados, 
muitas vezes se recuperam espontaneamente sua força depois que seus 
antagonistas recuperam sua tensão. Na abordagem Janda, os padrões de disparo 
coordenados dos músculos são mais importantes que a força absoluta dos 
músculos. O músculo mais forte não é funcional, se não podem contrair rapidamente 
e em coordenação com outros músculos e, portanto, o fortalecimento muscular 
isolado não é enfatizado na abordagem Janda. Em vez disso, os músculos são 
facilitados para contraírem no momento apropriado durante padrões de movimentos 
coordenados para proporcionar a estabilização reflexa da articulação. 
1. Aumento de informações aferentes para facilitar a estabilização reflexa: Uma 
vez que o equilíbrio muscular foi abordado, Janda salienta o aumento do input 
proprioceptivo no SNC, com um programa de exercícios específicos, 
“formação sensorio-motora” (FSM) (Janda & Vavrova, 1996). Este programa 
aumenta informações aferentes que entram nas vias subcorticais (incluindo 
vias espinocerebelares, espinotalâmico, e vestibulocerebellar) para facilitar 
movimentos automáticos coordenados. FSM envolve a estimulação 
progressiva através de exercícios específicos com o crescente nível de 
desafio ao sistema sensório-motor. FSM tem sido comprovado na melhorara 
da força e estabilidade postural na instabilidade do tornozelo (Freeman et al. 
1965), a instabilidade do joelho (Ihara & Nakayam, 1996), e após a 
reconstrução do LCA (Pavlu & Novosadova, 2001). 
2. Aumentar a resistência em padrões de movimentos coordenados: Finalmente, 
a resistência é aumentada através de padrões de movimentos coordenados. 
Uma vez que a fadiga é um fator predisponente a padrões de movimento 
compensado, a resistência também é mais importante do que a força 
absoluta. Os exercícios são realizados em baixas intensidades e volumes 
elevados para simular atividades da vida diária. 
A abordagem Janda é valiosa no ambiente atual do cuidado gerenciado. Uma 
vez que esses padrões e as síndromes são identificados, o tratamento específico 
pode ser implementado. A abordagem Janda enfatiza a importância do SNC 
(sistema nervoso central) no sistema sensório-motor, e seu papel na patogênese da 
dor musculoesquelética. Em especial: a pré disposição neurológica, os músculos 
exibem alterações previsíveis no tônus, e a importância da propriocepção e 
informações aferentes na regulação do tônus muscular e movimento. 
Assim, a avaliação e o foco do tratamento estão no sistema sensório-motor, 
ao invés do sistema músculo-esquelético em si. Usando uma abordagem funcional, 
ao invés de uma abordagem estrutural, a causa da dor musculoesqueléticapode ser 
rapidamente identificadas e tratadas. A abordagem Janda pode ser uma valiosa 
ferramenta para o clínico na avaliação e tratamento da dor crónica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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