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TRABALHO GINÁSTICA DE ACADEMIA ll FORMIGA – MG 2016 1 CURVA, COMPRIMENTO E TENSÃO MUSCULAR A tensão muscular proporcionada pelo em única fibra muscular é dependente direto da relação comprimento-tensão de seus sarcômeros. Para que se possa gerar uma tensão ótima, é preciso que essa relação seja ótima. A máxima que se deve ter em mente está inerente na teoria de deslizamento, sendo a força que uma fibra muscular pode gerar diretamente proporcional ao número de pontes cruzadas entre os filamentos de actina e miosina. Não caso das fibras que possuem um sarcômero “alongado”, ao começar a contração o número de pontes cruzadas entre os filamentos são menores que o ideal, produzindo então pouca tensão. Em situação oposta, em que os sarcômeros são encurtados, filamentos de actina e miosina já sem encontram sobrepostos, tendo então pouco “caminho” que se percorrer e poder gerar tensão. Nesse caso, a tensão gerada também não é ideal. Em ambos os casos o resultado é o mesmo, menor tensão gerada, ou seja, menor força. Algumas situações específicas isso pode ocorrer, como no caso do trigger points . Os trigger points estão situados dentro de uma faixa tensa, faixa esse que os sarcômeros encontram-se encurtados próximos ao trigger point e alongados distal mente. Nesse caso, essas fibras não podem gerar a tensão ótima porque a relação comprimento-tensão não é ótima. Kostopoulos e Rizopoulos (2007), afirmam que em músculos que possuem trigger points é evidenciada a fraqueza muscular em detrimento de músculos que não o possuem. Nesses casos, ficam evidente que os tratamentos adequado dos trigger points miofasciais e alongamento muscular pode levar à melhor relação comprimento-tensão, consequentemente a mais formações de pontes cruzadas, gerando mais tensão. A fisiologia muscular é um mundo fantástico de fenómenos, de ações e reações momentâneas e consentâneas. Um músculo, inserido nos pontos ósseos, não está nunca em repouso, mesmo durante o sono. Há uma permanente contração ligeira e sustentada, que não é suficiente para produzir trabalho, identificada por todos como uma sensação ligeira de aperto a nível muscular. Esta propriedade inerente a todos os grupos musculares esqueléticos é o tónus muscular. Vimos já que o músculo, mesmo no estado a que vulgarmente se chama repouso, está sujeito a um pequeno estiramento, é possuidor de uma tensão passiva, o que faz com que o músculo tenha uma vontade permanente de se contrair para anular este ligeiro alongamento. É o que acontece quando o libertamos das suas inserções ósseas: o músculo adopta imediatamente um determinado comprimento de equilíbrio. Nesta situação não há nenhuma força externa a atuar nele e a sua força muscular é igual a zero. Se fizermos o alongamento do músculo, a tensão passiva (tensão existente num músculo em repouso, não sujeito, portanto, a contração ativa) cresce progressivamente, de início moderadamente e depois mais rapidamente a partir do comprimento de repouso. Este corresponde a cerca de 125 % do comprimento de equilíbrio. Se o alongamento é cerca de 3 vezes o comprimento de equilíbrio, a tensão passiva atinge o valor máximo e ocorre rotura muscular. Quando existe contração muscular com a realização de um determinado movimento, o que se passa realmente a nível muscular é a instalação de uma contração isométrica num determinado comprimento muscular. Se isto acontece, vê-se aparecer uma tensão ativa para um comprimento muscular inferior a cerca de 40% do comprimento de equilíbrio, a qual aumenta progressivamente até um determinado comprimento muscular, que é igual ao comprimento de repouso. O somatório da tensão ativa, desencadeada pela contração isométrica, e da tensão passiva, originada no alongamento muscular, dar- nos-á a força total ou útil, que é a força contráctil para a realização de trabalho. A tensão muscular máxima obtém-se com comprimentos musculares iguais aos do repouso, o que significa que há a máxima sobreposição útil entre os filamentos finos e grossos. Se o músculo é alongado para além do comprimento de repouso, haverá menos sobreposição dos filamentos de actina e de miosina, com consequente redução do número das pontes transversas. Por outro lado, se houver sobreposição dos filamentos de actina, como acontece quando o músculo é mais curto que o comprimento de repouso, o número de ligações transversais também diminui. 1.1 Relação comprimento - tensão muscular Musculoesqueléticos alteram a sua capacidade de produzir torque ao longo da amplitude de movimento articular. A produção de torque durante o arco de movimento é determinada pela variação do braço de alavanca do músculo (distância perpendicular do vetor de ação muscular ao eixo articular) à medida que a articulação se desloca e pela relação comprimento-tensão muscular. A relação comprimento-tensão do músculo demonstra a propriedade fisiológica do tecido muscular de modificar a capacidade de produzir tensão à medida que o seu comprimento varia. Procedimentos experimentais realizados com animais, através de métodos cirúrgicos para remoção do tecido conectivo e estimulação neural do músculo com eletrodos, permitem a obtenção direta de informações sobre a curva comprimento-tensão utilizando a avaliação da tensão máxima produzida pelos músculos. No entanto, o mesmo não pode ser realizado em experimentos com humanos. Dessa forma, em condições de pesquisa em que o braço de alavanca do músculo não sofre variações, o torque muscular máximo e o ângulo em que esse torque é gerado têm sido avaliados como forma de fazer inferências sobre a curva comprimento-tensão. A análise da relação comprimento-tensão tem sido tradicionalmente utilizada para informar indiretamente sobre o comprimento muscular. Existem evidências de que alterações do comprimento muscular estão associadas a deslocamentos da curva comprimento-tensão. Estudos realizados em animais verificaram que músculos imobilizados em posição encurtada apresentam uma redução de cerca de 40% do número de sarcômeros em série, produzindo uma diminuição do tamanho do músculo e um deslocamento da curva comprimento-tensão para a esquerda (menor comprimento muscular). Por outro lado, músculos imobilizados em posição alongada demonstraram um acréscimo de 19% do número de sarcômeros em série, além de um aumento do comprimento muscular e um deslocamento da curva comprimento-tensão para a direita (maior comprimento muscular). Após a realização de protocolos de treinamento que envolvem o fortalecimento muscular, também foram observadas mudanças do comprimento muscular, demonstradas através de modificações da relação comprimento-tensão do músculo. Assim, aumento e/ou diminuição do comprimento muscular promovidos por diferentes protocolos de intervenção podem ser avaliados através do deslocamento da curva comprimento- tensão do músculo. Modificações do comprimento muscular são capazes de alterar o ponto ótimo em que o músculo gera tensão máxima. A mensuração objetiva do ângulo articular em que o músculo produz o máximo de torque possibilitaria fazer inferências sobre possíveis mudanças do comprimento do músculo. Entretanto, as informações obtidas com essa avaliação em seres humanos correspondem ao somatório das forças passivas e ativas do músculo. Assim, a medida do ângulo de torque máximo obtido pode não representar o comprimento muscular em que apenas os componentes ativos do músculo geram tensão máxima através da sobreposição entre os filamentos de actina e miosina. Considerando-se que a força totalproduzida pelos músculos corresponde ao somatório das forças passiva e ativa, sendo ambas influenciadas pelo comprimento muscular, a mensuração do torque muscular ativo deve ser feita subtraindo-se a força passiva da força total produzida. 2 STIFFNESS (RIGIDEZ MUSCULAR) A rigidez muscular (passiva) é definida como a razão entre a mudança na tensão do músculo por unidade de mudança no seu comprimento, quando é alongado sem a presença de atividade contrátil. Além de ser uma propriedade mecânica do músculo relacionada com a resistência deste tecido à deformação, sendo representada graficamente pela inclinação da curva stress-strain. A área abaixo dessa curva representa a quantidade de energia absorvida pelo músculo quando é alongado estando em repouso ou contraído. Dessa forma, a rigidez contribui para a capacidade do músculo de absorver energia sob a ação de forças mecânicas. A quantidade de energia aplicada às estruturas musculo esqueléticas durante a realização das atividades esportivas e funcionais parece determinar a ocorrência de lesão nessas estruturas. Portanto, quanto maior a rigidez do tecido muscular, maior a sua capacidade de absorver energia e menor a sua suscetibilidade à lesão. Além disso, a energia absorvida pelo tecido muscular pode ser armazenada e, então, reutilizada no movimento subsequente para potencializar a ação muscular. Dessa forma, a rigidez e a capacidade de absorção de energia do músculo podem auxiliar não só na prevenção de lesões musculares, como também na melhora do desempenho durante a execução do movimento. As propriedades mecânicas dos músculos conferem a essas estruturas comportamento semelhante ao de uma mola, cuja rigidez, ou resistência à deformação, é modificável dinamicamente pelo nível de ativação muscular. Ajustes na rigidez muscular têm sido frequentemente reportados como mecanismos de estabilização empregados durante a realização de atividades funcionais e esportivas. Soest e Bobbert (1993) verificaram que o ajuste da rigidez muscular é capaz de minimizar os efeitos de perturbações na altura máxima obtida durante a atividade de salto. A ausência desse ajuste produziu diminuição significativa da altura do salto quando este era perturbado. Similarmente, Duan et al (1997), demonstraram que aumentos na rigidez do membro inferior ocorreram associados a aumentos na velocidade da marcha. Tal aumento foi necessário para manutenção da estabilidade articular durante a realização da atividade. Além disso, segundo Ferris et al (1999) para manter a estabilidade do centro de massa durante a corrida em superfícies de complacências diferentes, é necessário ajuste dinâmico e antecipado da rigidez vertical da perna. Caso contrário, aumentaria a amplitude de oscilação do centro de massa, com consequente aumento do gasto energético durante a atividade. Esses estudos indicam que qualquer variação no curso do movimento exige modificações na rigidez articular como forma de garantir estabilidade. Em decorrência de haver grande variabilidade na demanda de estabilização articular em diversos tipos de atividades funcionais, a existência de um mecanismo que possibilite o ajuste contínuo e dinâmico da rigidez articular possibilitaria maior adaptabilidade do indivíduo às demandas ambientais. O conhecimento desse mecanismo possibilitaria o desenvolvimento de técnicas de reabilitação que tenham por objetivo facilitar esse ajuste para melhorar a estabilidade funcional de pacientes com lesão ligamentar. Tradicionalmente, a existência de um reflexo ligamento muscular tem sido descrita na literatura como um dos possíveis mecanismos responsáveis pelo controle da estabilidade articular via ajuste reflexo da rigidez muscular. Segundo Palmer (1958) demonstrou que os mecanorreceptores ligamentares têm ação direta, por meio de feedback, nos motoneurônios alfa (MNα). Os quais, por sua vez, reflexamente estimulam uma contração muscular capaz de se opor a movimentos anormais. No entanto, investigações sobre a latência desse reflexo sugeriram que ele é muito lento para fornecer proteção articular. De acordo com Pope et al (1979) estimaram que, durante uma lesão típica de esqui, 34 ms transcorreram entre a carga no ligamento e sua ruptura, enquanto a latência mínima do reflexo ligamento-muscular foi de 89 ms. Além disso, esse reflexo é elicitado apenas com altos níveis de estimulação elétrica ou mecânica e em extremos de amplitude de movimento. Portanto, o reflexo ligamento-muscular parece não ser eficiente o suficiente para proteger a articulação em situações de sobrecarga fisiológica, nas quais as perturbações são de baixa magnitude e normalmente não deslocam a articulação até seus extremos de amplitude. Outro mecanismo neuromuscular proposto na literatura envolve a participação de mecanorreceptores articulares em um ajuste contínuo da rigidez muscular via sistema fusomuscular-gama. Esse mecanismo seria responsável pela regulação da co-contração muscular, ou seja, ativação simultânea de dois ou mais músculos em torno da articulação. A co-contração tem sido descrita na literatura como fator capaz de ajustar dinamicamente a rigidez muscular e indiretamente modificar a rigidez de uma articulação. Esse mecanismo de ajuste contínuo da rigidez muscular e sua contribuição para estabilidade, apesar de ter sido amplamente discutido na literatura, tem sido pouco considerado nos programas de tratamento direcionados ao restabelecimento da estabilidade articular após lesões ligamentares. 2.1 Ajuste da Rigidez Muscular via Sistema Fuso-Muscular-Gama A importância do ajuste dinâmico da rigidez muscular para manutenção da estabilidade em atividades funcionais, como marcha, salto e corrida, tem sido amplamente discutida por diversos autores. A rigidez muscular é resultado das propriedades visco elásticas do músculo e do estado de ativação das fibras musculares. Já o estado de ativação muscular decorre da excitabilidade dos MNα, que é diretamente influenciada pelos fusos musculares, que, por sua vez, têm sua responsividade influenciada pelos MNγ. A partir dessas interações, Johansson et al (1986), propuseram um mecanismo de ajuste contínuo da rigidez muscular envolvendo a ação dos mecanorreceptores periféricos (articulares, musculares e cutâneos) e vias descendentes sobre o sistema fuso muscular gama. Apesar de não ser mais rápido que o reflexo ligamento muscular, alta responsividade do gama e seu baixo limiar de estimulação fazem dele um mecanismo que ajusta a rigidez muscular continuamente, preparando a articulação contra possíveis perturbações. O mecanismo de modulação do sistema gama proposto por Johansson et al (1986) é suportado por estudos que forneceram evidências de que não apenas os receptores articulares, como de ligamentos e cápsulas, mas também receptores musculares, impulsos descendentes e receptores da pele podem influenciar a excitabilidade dos MNγ bilateralmente. Tais evidências foram demonstradas utilizando diferentes formas de estimulação de todos esses receptores em membros ipsi e contralaterais de gatos. As estimulações envolveram alongamento muscular, movimentação passiva, estímulo elétrico nos ligamentos e introdução na articulação de substâncias irritantes, como ácido lático e cloreto de potássio. Essas formas de estimulação levaram a aumentos no disparo das aferências fusais, tanto no membro no qual o estímulo foi aplicado quanto no contralateral. Esses estudos demonstraram que informações provenientes de mais de uma categoriade receptores estão envolvidas na regulação da rigidez muscular. Johansson et al (1987), propuseram a hipótese de que o MNγ seria um “ponto final comum de informação”, em razão da convergência de diversas informações sensoriais para esta estrutura, o que implica que as aderências fusais são influenciadas e moduladas por informações periféricas ipsi e contralaterais, bem como por informações conduzidas por tratos descendentes que convergem para o sistema fuso-musculargama. Essa hipótese demonstra que o fuso muscular responde a muitos outros estímulos além do comprimento e da tensão musculares. Dessa forma, a regulação da rigidez muscular parece envolver informações de origens variadas, demonstrando a natureza multimodal das informações que convergem para o sistema fuso-muscular-gama. Em consequência dessa utilização contínua de diversas informações, esse mecanismo parece possibilitar ajuste contínuo de rigidez condizente à variabilidade na demanda de estabilização articular envolvida nos diversos tipos de atividades funcionais. 3 TENSEGRIDADE MUSCULAR O conceito da tensegridade também pode ser aplicado quando nos referimos à interação entre músculos e ossos. Se essa interação não for harmoniosa, algum tipo de lesão pode ser desenvolvido a curto ou longo prazo, causando alterações posturais. Por isso, é tão importante a prática de exercícios físicos adequados e de forma consciente, segundo o educador físico Albert Nunes, especializado em musculação e condicionamento físico. A interação entre músculos e ossos deve estar em harmonia para evitar lesões, o que pode ser conseguido com exercícios físicos adequados. Quando ouvimos falar sobre tensegridade nos remetemos logo à física. O termo é uma propriedade daquela ciência que se aplica em materiais cujos componentes usam da tração e da compressão de forma a lhes proporcionar estabilidade e resistência. Em linhas gerais, o conceito é descrito por uma relação entre forças contrárias, em que a tração é contínua e a compressão descontínua, como um balão cheio de ar – as paredes do balão agem em tensão, enquanto as moléculas de ar agem comprimindo-as. Mesmo sendo o balão feito de material fino, fraco e instável, é isso que dá a ele estabilidade. Nos seres humanos é mais ou menos da mesma forma. O conceito da tensegridade também pode ser aplicado quando nos referimos à interação entre músculos e ossos. Se essa interação não for harmoniosa, algum tipo de lesão pode ser desenvolvido a curto ou longo prazo, causando alterações posturais. Por isso, é tão importante a prática de exercícios físicos adequados e de forma consciente, segundo o educador físico Albert Nunes, especializado em musculação e condicionamento físico. Ele explica que os músculos atuam em uma tração contínua e os ossos, em uma compressão descontínua, dando estabilidade estática e dinâmica às partes do corpo e ao movimento. Se ocorrer algum desequilíbrio entre essas duas estruturas, é provável que não ocorra uma congruência articular adequada. A ausência dessa harmonia pode comprometer a locomoção, a partir do momento em que há uma sobrecarga em estruturas importantes do corpo como tendões e ligamentos. “Na realidade, em aspectos gerais, o ser humano em si tem alterações na sua forma, que é algo próprio do dia a dia. A rotina faz isso, criando um padrão que causa um desalinhamento postural. E toda vez que tiver esse desarranjo, aparecem dores e, consequentemente, lesões.” De acordo com Nunes, o exercício adequado deve melhorar o padrão postural alterado por meio do trabalho de força, flexibilidade e melhora da consciência corporal. “Muitas pessoas não sabem de suas alterações posturais e as que as conhecem não sabem corrigir ou lidar com elas. Minha função é harmonizar tudo isso.” Qualquer modalidade de exercício que proporciona um correto posicionamento das estruturas ósseas durante a execução, como musculação, aulas de ginástica em grupo, atividades na água e esportes de uma forma geral destacam- se como sendo fundamentais para manter a tensegridade muscular. O educador físico acrescenta que essas atividades garantem segurança durante a realização e um desempenho muscular adequado, preservando as articulações. Todos, entretanto, devem ser feitos sob orientação de um profissional que tenha conceitos básicos de cinesiologia, biomecânica e postura. Só assim, é possível fazer um trabalho adequado, que inclui intervenções diretas e indiretas. “O objetivo é fazer uma harmonização e, pelo menos, minimizar as dores. Fazemos uma intervenção direta no foco do problema durante os treinos e reorganizamos a semana da pessoa, porque ela terá tarefas que não serão presenciais. Treinos presenciais uma ou duas vezes na semana não são suficientes para conseguir esse equilíbrio”, afirma o especialista. 3.1 Movimento Repetitivo Essas alterações são mais comuns em idosos, em razão do processo natural do envelhecimento, mas há muitos jovens que têm apresentado problemas de tensegridade muscular, segundo Nunes. “Normalmente, é consequência de padrão de movimento repetitivo, relacionado com alguma atividade ou função que ele exerce. E como essa gente mais nova não se importa muito com essa parte postural, o que é algo natural da idade, tem sido acometido por esse tipo de problema.” E para se chegar ao exercício ideal é necessária uma análise de padrão de movimento. Essa análise, segundo o especialista, deve ser feita na primeira avaliação. “Só assim, o profissional capacitado vai verificar se o padrão de movimento da pessoa está alterado. Depois, ele definirá quais os exercícios serão necessários para harmonizar a interação entre músculos e ossos.” 3.2 Como a tensegridade muscular atua Para evitar traumas nos músculos ou ossos durante as atividades físicas, é essencial que ambos estejam em harmonia de movimentos. O termo utilizado para a técnica de prevenção surge de uma propriedade da ciência que se aplica em materiais cujos componentes usam de compressão e tração para ganhar resistência e estabilidade. De maneira geral, é caracterizada pela relação entre forças contrárias, a qual a compressão é descontínua e a tração é contínua. De acordo com Dênis Crozariol, personal trainer especialista em reabilitação, a tensengridade muscular busca primeiramente manter a integridade do corpo. “Ao utilizarmos como método de treinamento, devemos buscar manter sempre equilíbrio entre as estruturas utilizadas nas diversas modalidades esportivas. Um forte aliado da tensegridade pode ser a avaliação postural, por exemplo, pois nela somos desenvolvidos, seja por um programa de treinamento equivocado, ou por descompensações posturais ocupacionais”, explica. Com isso, o início do programa de qualquer treinamento será para corrigir essas “falhas corporais”. Para o profissional, é desse modo que se torna possível manter a integridade física do aluno, para de fato iniciar a busca de seus objetivos. Nesse caso, todos exercícios propostos devem ser feitos sob a orientação de profissionais com noções básicas de postura, biomecânica e cinesiologia, a ciência da análise dos movimentos. 3.3 Vantagens da técnica Para Crozariol, ao manter um corpo estável, as respostas e os resultados aos estímulos dados poderão ser mais rápidos, pois não terão diferenças de força em uma mesma articulação. Quando ocorre essa desigualdade, é gerada uma onda de alterações nos padrões de movimentos e, consequentemente, a estrutura envolvida no movimento – ou seja, o corpo todo – estará comprometida, segundo oprofissional. O personal afirma que ao optar pela tensegridade muscular, no momento em que o corpo recebe um estímulo ou se move há uma solicitação mecânica de tensão. “Essa solicitação gera uma cascata de estímulos, na qual um sistema todo entrará em ação para atender essa provocação, havendo uma adaptação funcional para que o movimento aconteça de forma perfeita”, descreve. De acordo com o personal trainer, outro processo da tensegridade é a ação de compressão músculo esquelética, ou seja, durante o processo de contração muscular, há uma compressão nos ossos, causando um fortalecimento mútuo, devido às pressões impostas pelo músculo. Os ossos se fortalecem para “aguentar a pressão”, o que ajuda na prevenção e tratamento da osteoporose. Para manter a tensegridade muscular, aulas de ginástica em grupo, atividades na água, como natação e hidroginástica, musculação e também pilates podem auxiliar na correção da postura e de movimentos de ossos e músculos. 4 SDM ( Desbalanceamento) MÚSCULO FÁSICOS / MÚSCULO TÔNICOS A dor músculo esquelética crônica segundo a abordagem de Janda Estrutura X função Na medicina osteomuscular, existem duas escolas principais de pensamento, isto é, uma abordagem estrutural e outra funcional. Na abordagem estrutural, a patologia de estruturas específicas estática é enfatizada no diagnóstico baseado na avaliação localizada e testes especiais (Raios X, ressonância magnética, tomografia computadorizada, etc). Por outro lado, a abordagem funcional reconhece a função de todos os processos e sistemas dentro do corpo, ao invés de focar em um único local da patologia. Enquanto a abordagem estrutural é necessária e valiosa para a lesão aguda ou exacerbação, a abordagem funcional é preferível quando se trata da dor músculo-esquelética crônica. O Sistema Senso Motor Na dor crônica, testes especiais para diagnosticar áreas localizadas são geralmente normais, embora o paciente se queixa de dor. O local da dor muitas vezes não é a causa da dor. Evidências recentes suportam o fato de que a dor crônica é mediada centralmente (Staud et al. 2001). Da mesma forma, a investigação sobre a eficácia de diferentes modos de aplicação de exercício na dor crônica tem demonstrado um efeito central do exercício na redução da dor lombar crônica (Mannion et al. 1999). Estas pesquisas apóiam a abordagem Janda: a interdependência do sistema osteomuscular e nervoso central. Janda diz que estes dois sistemas anatômicos não podem ser separados funcionalmente. Portanto, o termo “sensório-motor” do sistema é usado para definir o sistema funcional do movimento humano. Além disso, as mudanças dentro de uma parte do sistema será refletida por compensações ou adaptações para outros locais no sistema por causa da tentativa do organismo em homeostase (Panjabi, 1992). O sistema muscular geralmente reflete o estatus do sistema sensório-motor, uma vez que recebe informações de ambos os sistemas, osteomuscular e nervoso central. Mudanças no tônus muscular são as primeiras respostas aos estímulos nociceptivos no sistema sensório-motor. Isto tem sido suportado por vários estudos, demonstrando o efeito da patologia comum sobre o tônus muscular. Por exemplo, a presença de derrame no joelho provoca inibição reflexa dos músculos vasto medial (Stokes & Young, 1984). Os multífidos demonstraram atrofia em pacientes com dor lombar crônica (Oculta et al. 1994), e os músculos demonstram aumento de latência após a entorse de tornozelo (Konradsen & Raven, 1990) e rompimento do ligamento anterior cruzado (Ihara & Nakayama, 1986). O efeito global da patologia comum no sistema sensório-motor foi demonstrado por Bullock-Saxton (1994). Ela observou um atraso nos padrões de disparo dos músculos do quadril e diminuição da sensibilidade vibratória em pacientes com entorse de tornozelo. Devido ao envolvimento do sistema nervoso central no desequilíbrio muscular na dor, Janda enfatiza a importância do sistema proprioceptivo aferente. Um ciclo reflexo do conjunto mecanorreceptores capsulares e os músculos que circundam a articulação é responsável pela estabilização reflexa da articulação (Guanche et al 1995;. Tsuda et al 2001). Na instabilidade crônica, a perda de informações aferentes adequada de um conjunto, muitas vezes é responsável pela perda de estabilização nas articulações (Freeman et al. 1965). Janda identificou dois grupos de músculos em função da sua evolução filogenética (Janda, 1987). Funcionalmente, os músculos podem ser classificados como “tônico” ou “fásico”. O sistema tônico consiste dos “flexores”, e é filogeneticamente mais antigo e dominante. Estes músculos são envolvidos em atividades repetitivas ou rítmica (UMPHRED, 2001), e são ativados em sinergias flexora. O sistema fásico consiste nos “extensores”, e surge logo após o nascimento. Estes músculos trabalham excentricamente contra a força da gravidade e emergem em sinergia extensora (UMPHRED, 2001). Janda observou que os músculos do sistema tônico são propensos à tensão ou falta, e os músculos do sistema fásico são propensos à fraqueza ou inibição (Tabela 1). Baseado em suas observações clínicas de pacientes ortopédicos e neurológicos, Janda descobriu que essa resposta é baseada na resposta neurológica de nocicepção no sistema muscular. Por exemplo, na sequência de lesões estruturais no sistema nervoso central (paralisia cerebral ou acidente vascular cerebral), os músculos flexores tônicos tendem a ser espásticos e os músculos extensores fásicos tendem a ser flácidos. Portanto, os padrões de desequilíbrio muscular pode ser devido à influência do sistema nervoso central, ao invés de mudanças estruturais dentro do próprio músculo. É importante notar que essa classificação não é rígida, em que alguns músculos podem apresentar características tônica e fásica. Também deve ser notado que, além da predisposição neurológica à tensão ou fraqueza, alterações estruturais no músculo também contribuem para o desequilíbrio muscular. No entanto, na dor crônica, que é centralizada no SNC, os padrões de desequilíbrio muscular, muitas vezes são resultado da influência neurológica ao invés de mudanças estruturais 4.1 As Síndomes Cruzadas de Janda Com o tempo, esses desequilíbrios serão espalhados por todo o sistema muscular de uma forma previsível. Janda classificou esses padrões como “Síndrome cruzada superior ” (SCS), “Síndrome cruzada inferior ” (SCI), e “Síndrome das camadas ” (SC) (Janda, 1987, 1988). (SCS também é conhecida como “síndrome cruzada do ombro “; SCI é também conhecido como “síndrome cruzada da pelve e SC também é conhecido como” síndrome de estratificação “.) Síndromes cruzadas são caracterizadas pela alternância de lados de inibição e facilitação no quadrante Músculos tônicos Tendência para encurtamento Músculos fásicos Tendência para enfraquecimento e inibição Gatrocnêmicos-sóleo Tibial Posterior Adutores de quadril Isquios crurais Reto Femoral Iliopsoas Tensor Fascia Lata Piriforme Extensores toraco-lombar Quadrado lombar Peitoral maior Trapézio superior Elevador da escapula Escalenos Esternocleidomastóideo Flexores do membro superior Tibial Anterior Vastos Medial eLateral Glúteos máximo, médio e mínimo Reto abdominal Serrátil Anterior Rombóides Trapézio inferior Flexores cervicais profundos Extensores dos membros superiores superior e inferior. Síndrome das camadas, essencialmente, é uma combinação da SCI e SCS é caracterizada pela alternância de padrões de tensão e fragilidade,indicando um desequilíbrio muscular de longa data. Síndrome cruzada superior é caracterizada pela facilitação do trapézio superior, levantador da escapula, esternocleidomastóideo, músculos peitorais, bem como a inibição dos flexores cervicais profundos, trapézio inferior e serrátil anterior. Síndrome cruzada inferior é caracterizada pela facilitação dos músculos extensores toraco-lombar, reto femoral e iliopsoas, bem como a inibição dos músculos abdominais (transverso abdominal em particular) e os músculos glúteos. Por meio da classificação Janda, fisioterapeutas, médicos e terapeutas corporais podem começar a prever os padrões de tensão e fraqueza na tentativa do sistema sensório-motor para alcançar a homeostase. Janda nota que essas alterações no tônus muscular criam um desequilíbrio muscular, que levam à disfunção do movimento. Músculos propensos à tensão têm, geralmente, um “limiar de irritabilidade reduzida” e são facilmente ativados com qualquer movimento, criando padrões de movimentos anormais. Estes desequilíbrios e disfunções de movimento podem ter efeito direto sobre as superfícies articulares, portanto, potencialmente levando a degeneração articular. Em alguns casos, a degeneração articular pode ser uma fonte direta de dor, mas a verdadeira causa da dor é frequentemente secundária a um desequilíbrio muscular. Portanto, devemos encontrar e tratar a causa da dor, em vez de se concentrar na origem da dor. Nossa equipe é preparada e reconhece estas possibilidades em nossos tratamentos. Em acordo com Janda, acreditamos em medidas funcionais ao invés de uma abordagem estrutural, na busca da causa da dor musculoesquelética. Observamos o sistema motor como um todo na tentativa de compreender o processo no qual uma patologia aguda se desenvolve. Um pequeno exemplo citaremos o que os estudos recentes mostraram: a protação de cabeça resulta em um passo de menor longitude, fato que tem implicações sérias na respiração e na função cardiopulmonar. O musculo grande dorsal pode estar inibido, por um pareamento de forças anormal da pelve ou dos membros inferiores ocasionando um deslocamento anterior dos ombros e este resulta na translação da cabeça na direção anterior e inferior, o que Portefield e De Rosa referiram como sendo uma protação de cabeça. Considerando que nossa sociedade é dominante em flexão e que nossa postura, com o passar dos tempos, é um reflexo de nossas atividades e estilos de vida, é fácil ver estes efeitos na maioria de nossos clientes, junto com os ombros e o movimento de cabeça ocorre um encurtamento do peitoral maior que colabora com o aumento da cifose torácica. A avaliação sistemática do desequilíbrio muscular começa com a avaliação postural estática, observando-se os músculos de sinais característicos da hipertonicidade ou hipotonicidade. Isto é seguido pela observação da posição unipodal e marcha. Postura estática da marcha, equilíbrio e muitas vezes podem dar a melhor indicação do estado do sistema sensório-motor. Posturografia computadorizada plataforma de força é frequentemente útil na quantificação de déficits sensoriais e motores. Em seguida, os padrões de movimento característicos são avaliados, e os músculos específicos são testados para a tensão ou falta. A eletromiografia de superfície é útil na quantificação de padrões de ativação muscular. Todas as informações coletadas acima fornece ao clínico um sistema para determinar ou descartar a presença de síndromes de desequilíbrio muscular. Além disso, a identificação de padrões específicos e síndromes de desequilíbrio também fornece o clínico para escolher as intervenções apropriadas para lidar com a causa da disfunção. 4.2 Abordagem e tratamento 1. Normalizar a periferia: A abordagem Janda ao tratamento da dor musculoesquelética segue vários passos. O tratamento do desequilíbrio muscular e a limitação do movimento começam com a normalização das informações aferentes que entram no sistema sensório-motor. Isso inclui fornecer um ambiente ideal para a cura (através da redução de informações aferentes de proteção, restaurando o alinhamento postural adequado através da educação postural e ergonômica), e corrigir a biomecânica de uma articulação periférica. 2. Restaurar o equilíbrio muscular: Depois que as estruturas periféricas são normalizados o equilíbrio muscular é restaurado. Tônus muscular em torno das articulações devem ser restaurados. A lei de Sherrington da inibição recíproca (Sherrington, 1907) afirma que um músculo antagonista hipertônico pode ser reflexivamente inibido pelo seu agonista. Portanto, na presença de tensão e / ou encurtamento dos músculos antagonistas, o retorno do tônus muscular normal e / ou comprimento devem ser resolvidos antes de tentar fortalecer o músculo enfraquecido ou inibido. Técnicas para diminuir o tônus deve ser específica para a causa da hipertonicidade. Estes incluem o relaxamento pós-isométrico (Lewit, 1994) e facilitação pós-estiramento (PFS) (Janda, 1988). Os músculos que foram reflexivamente inibidos por antagonistas encurtados, muitas vezes se recuperam espontaneamente sua força depois que seus antagonistas recuperam sua tensão. Na abordagem Janda, os padrões de disparo coordenados dos músculos são mais importantes que a força absoluta dos músculos. O músculo mais forte não é funcional, se não podem contrair rapidamente e em coordenação com outros músculos e, portanto, o fortalecimento muscular isolado não é enfatizado na abordagem Janda. Em vez disso, os músculos são facilitados para contraírem no momento apropriado durante padrões de movimentos coordenados para proporcionar a estabilização reflexa da articulação. 1. Aumento de informações aferentes para facilitar a estabilização reflexa: Uma vez que o equilíbrio muscular foi abordado, Janda salienta o aumento do input proprioceptivo no SNC, com um programa de exercícios específicos, “formação sensorio-motora” (FSM) (Janda & Vavrova, 1996). Este programa aumenta informações aferentes que entram nas vias subcorticais (incluindo vias espinocerebelares, espinotalâmico, e vestibulocerebellar) para facilitar movimentos automáticos coordenados. FSM envolve a estimulação progressiva através de exercícios específicos com o crescente nível de desafio ao sistema sensório-motor. FSM tem sido comprovado na melhorara da força e estabilidade postural na instabilidade do tornozelo (Freeman et al. 1965), a instabilidade do joelho (Ihara & Nakayam, 1996), e após a reconstrução do LCA (Pavlu & Novosadova, 2001). 2. Aumentar a resistência em padrões de movimentos coordenados: Finalmente, a resistência é aumentada através de padrões de movimentos coordenados. Uma vez que a fadiga é um fator predisponente a padrões de movimento compensado, a resistência também é mais importante do que a força absoluta. Os exercícios são realizados em baixas intensidades e volumes elevados para simular atividades da vida diária. A abordagem Janda é valiosa no ambiente atual do cuidado gerenciado. Uma vez que esses padrões e as síndromes são identificados, o tratamento específico pode ser implementado. A abordagem Janda enfatiza a importância do SNC (sistema nervoso central) no sistema sensório-motor, e seu papel na patogênese da dor musculoesquelética. Em especial: a pré disposição neurológica, os músculos exibem alterações previsíveis no tônus, e a importância da propriocepção e informações aferentes na regulação do tônus muscular e movimento. Assim, a avaliação e o foco do tratamento estão no sistema sensório-motor, ao invés do sistema músculo-esquelético em si. Usando uma abordagem funcional, ao invés de uma abordagem estrutural, a causa da dor musculoesqueléticapode ser rapidamente identificadas e tratadas. A abordagem Janda pode ser uma valiosa ferramenta para o clínico na avaliação e tratamento da dor crónica. REFERÊNCIAS A dor músculo esquelética segundo a abordagem de Janda. Alvaro Alaor Pilates.2011. Lago Sul, Brasília. Disponível em < http://www.alvaroalaorpilates.com/dor-musculo-esqueletica/> Acesso em : 27 agost. 2016. AQUINO et al. Análise da relação entre flexibilidade e rigidez passiva dos isquiotibiais.2006. Rev Bras Med Esporte .Vol. 12, Nº 4 – Jul/Ago, 2006. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n4/06.pdf> Acesso em: 27 agost. 2016. Bullock-Saxton JE. 1994. Local sensation changes and altered hip muscle function following severe ankle sprain. Phys Ther. 74(1):17-28. Bullock-Saxton J, Janda V, Bullock M. 1993. 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