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RESUMO DE IED II

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RESUMO DE IED II 
CONTÉM:
Relembrando (matéria 1° período)
LINDB
Vigência da lei
Vacatio Legis
Vigência Temporal
Lei excepcional ou temporária
Lei corretiva
Repristinação
Validade
Eficácia
Retroatividade 
Revogação
Normas de imperatividade absoluta ou impositivas
Conflito da lei no tempo
Conflito da lei no espaço
Ordem Pública 
Termo
Mapa mental (resumo do resumo)
Relembrando...
COISA JULGADA
Art. 6º, § 3º, LINDB: Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. O caso julgado é uma qualidade da sentença (para alguns autores é a qualidade dos efeitos da sentença). A situação jurídica criada ou declarada por essa sentença não poderá ser mexida, alterada. A coisa julgada formal é, sinteticamente, a IMUTABILIDADE da SENTENÇA em si. Já a coisa julgada material é a IMUTABILIDADE de seus EFEITOS.
ATO JURÍDICO PERFEITO
Art. 6º, §1º, LINDB: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. É um ato. Este ato tem condão jurídico. Este ato jurídico é perfeito, completo, foi concretizado em um determinado momento, obviamente debaixo de uma lei vigente. O ato jurídico perfeito consagra o princípio da segurança jurídica. Logo, uma vez completo, finalizado, ele estará preservado e, advindo lei posterior com entendimento divergente essa nova lei só projetará seus efeitos para o futuro (essa é a regra: princípio da irretroatividade das leis).
DIREITO ADQUIRIDO
Art. 6º, §2º, LINDB: Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. O direito adquirido é um instituto que também acolhe e notabiliza o princípio da segurança jurídica.
NORMAS PERFEITAS
São aquelas cuja violação as leva a autorizar a declaração da nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do ato praticado contra disposição e não aplicação de pena ao violador.
NORMAS MAIS QUE PERFEITAS
São as que por sua violação autorizam a aplicação de duas sanções:
a nulidade do ato praticado ou o restabelecimento da situação anterior e ainda a aplicação de uma pena ao violador. Como exemplo, podemos citar o Código Civil, art.1.521,VI, que estatui:
“Não podem casar as pessoas casadas”; com a violação dessa disposição legal, autoriza a norma que se decrete a nulidade do casamento (art.1.548,II), e que se aplique uma pena ao transgressor, como dispõe o Código Penal no seu art. 235: “Contrair alguém, sendo casado, novo casamento. Pena: reclusão de 2 a 6 anos.
NORMAS IMPERFEITAS
São aquelas cuja violação não acarreta qualquer consequência jurídica. São normas sui generis, não são propriamente norma jurídica; pois estas são autorizantes. Casos típicos são as obrigações decorrentes de dívidas de jogo, dívidas prescritas e juros não convencionados. Assim sendo, o lesado pela sua violação não poderá, certamente, exigir o seu cumprimento, de modo que ninguém pode ser obrigado a pagar tal débito, já que a referida norma não é autorizante.
LINDB:A lei de introdução trata dos seguintes assuntos:
I - Vigência e eficácia das normas jurídicas;
II - Conflitos da lei no tempo e no espaço;
III - Dos critérios de hermenêutica (é a ciência que trata da interpretação das leis);
IV - Mecanismos de integração do ordenamento jurídico (analogia, costumes, princípios gerais do direito e equidade);
V - Normas de direito internacional privado.
- Conjunto de normas sobre normas;
- Disciplina outras normas jurídicas;
- Lei das leis (Lex legum);
- É aplicável a todos os ramos do direito;
- Contém normas de sobredireito; e
- Não é parte integrante do Código
Vigência das normas
Sistemas de vigência
I-               Sistema do prazo de vigência única ou sincrônica ou simultânea: significa que a lei entra em vigor a um só tempo em todo o país (45 dias).
II-            Sistema do prazo de vigência sucessiva ou progressiva: significa que a lei entra em vigor no país aos poucos (esse era o sistema  adotado pela lei de introdução anterior ao Decreto-Lei 4.657/42).
O Brasil adotou o primeiro sistema, conforme previsto na primeira parte do caput do artigo 1º da Lei de Introdução. Nada impede, porém, a adoção do segundo sistema, desde que haja menção expressa no texto da lei.
Ou seja:
Mesmo sendo o Brasil um país continental, não há uma vigência progressiva da lei, ou seja, a lei não entra em vigor primeiro no Distrito Federal e na Região Sudeste para depois entrar em vigor nas demais regiões.
Vacatio legis
É o período que medeia entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor.
Tem por finalidade fazer com que os destinatários da lei a conheçam e se preparem para cumpri-la. Nem a CF nem o CC, tampouco a lei de introdução exigem que todas as leis obrigatoriamente tenham período de vacatio, até porque na grande maioria das vezes a lei entra em vigor na data da sua publicação. No entanto a CF exige vacatio nos seguintes casos:
I - Lei que cria ou aumenta tributo (artigo 150, III, c, CF2);
II - Lei que cria ou aumenta contribuição social, para a seguridade social (artigo 195, §6º, CF3).
Existem três espécies de leis referentes à vacatio legis:
1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão, que, de acordo com o artigo 8.º da Lei Complementar n. 95/98, tem expressa disposição do período de vacatio legis. Como exemplo, temos a expressão contida em lei determinando "entra em vigor um ano depois de publicada".
2) Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1.º da Lei de Introdução, ou  seja, no silêncio da lei entra em vigor, no país, 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação oficial.
3)    Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor na data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal.
A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8o, § 1o da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia na contagem do prazo. Art. 8º, § 1º  da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja, ainda não tem vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova ainda não entrar em vigor ela não será obrigatória e os atos praticados de acordo com a lei antiga serão plenamente válidos. Art. 1º (…) § 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de interpretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação da norma:
1)    correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem maiores problemas;
2)    correção no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser corrigida; no entanto, deverá contar novo período de vacatio legis;
3)    correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida mediante uma nova norma de igual conteúdo.
Cláusula de vigência
É aquela que indica a data a partir da qual a lei entra em vigor.
Na ausência dessa cláusula a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada (segunda parte do caput do artigo 1º, Lei de Introdução).
Vigência Temporal
Vigência temporal é uma qualidade da norma atinente ao tempo de sua atuação, podendo ser invocada para produzir, concretamente, efeitos (eficácia).
Terminada a fase constitutiva do processo de produção normativa,a norma já é válida; no período que vai de sua publicação até sua revogação, ou até o prazo estabelecido para sua validade, diz-se que a norma é vigente.
Forma de contagem do prazo da vacatio
De acordo com o §1º do artigo 8º da LC 107/20015, que alterou a LC 95/08, para que se inicie a contagem do prazo da vacatio deve-se incluir o dia da publicação e o último dia do prazo, devendo a lei entrar em vigor no dia imediatamente subsequente.
Local de publicação da lei: Para que tenha início a contagem do prazo da vacatio, considera-se a publicação da lei no Diário Oficial do Executivo (Diário Oficial da União).
A vigência da norma ocorre desde o início da validade da norma até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que fazer qualquer relação com outra norma. A eficácia refere-se à possibilidade de produção concreta de efeitos pela norma. Quando classificada (segundo José Afonso Da Silva) de acordo com a dependência de outras normas, podem ser:
a) Normas de eficácia plena – função eficacial é imediatamente concretizada;
b) Normas de eficácia limitada – a função eficacial depende de uma outra norma; e
c) Normas de eficácia contida – a função eficacial será restringida por outra norma.
É possível que a lei não esteja em vigência mas tenha eficácia (produza efeitos). Para exemplificar tal situação vamos viajar para o Direito Penal e analisar o art. 3odo Código Penal que trata da aplicação da lei penal quando esta for excepcional ou temporária:
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
- Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do fim) de vigência previsto expressamente em seu corpo.
- Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a determinadas circunstâncias, como guerra, epidemia, etc.
Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande característica. Por ultratividade devemos entender a capacidade de uma lei, após ser revogada (perder a vigência), continuar regulando fatos ocorridos durante o prazo em que esteve em vigor. Ou seja, ocorrendo um crime durante a vigência de uma lei excepcional ou temporária, mesmo após a lei não mais estar em vigor (falta de vigência), ela deverá ser utilizada no julgamento (ter eficácia).
Lei corretiva
Pode ocorrer de a lei ser publicada contendo erros materiais ou imperfeições. Neste caso, duas situações deverão ser analisadas:
I - A lei foi publicada com incorreção, mas ainda não entrou em vigor, neste caso, basta a repetição da publicação, sanando-se os erros.
Quanto ao período de vacatio duas são as posições:
a) deve-se reabrir novo prazo para todo o texto (prevalece);
b) deve-se reabrir novo prazo apenas para os dispositivos que foram republicados.
II - A lei foi publicada com incorreção e já entrou em vigor, neste caso será necessária a edição de uma nova lei denominada Lei Corretiva. Quanto ao prazo da vacatio, se houver, no silêncio será de 45 dias.
Repristinação
É a restauração da vigência de uma lei anteriormente revogada em razão da revogação da lei revogadora (art. 2º, §3º, Lei de Introdução). Importa anotar que o fenômeno repristinatório existe no direito brasileiro, porém, ele não é automático, necessitando, portanto, de menção expressa no texto da lei.
A regra é não ocorrer a repristinação, entretanto, excepcionalmente, a lei revogada pode ser restaurada se houver disposição expressa.
Validade
A validade da norma jurídica significa que ela foi elaborada por órgão competente em obediência aos procedimentos legais. Logo a norma formalmente válida é a promulgada por um ato legítimo da autoridade, de acordo com o trâmite ou processo normativamente estabelecido que lhe é superior, não tenha sido ela revogada.
Eficácia
A eficácia vem a ser a qualidade do texto normativo vigente de poder produzir, ou irradiar, no seio da coletividade, efeitos jurídicos concretos, supondo, portanto, não só a questão de sua condição técnica de aplicação, observância, ou não, pelas pessoas a quem se dirige, mas também de sua adequação em face a sua realidade social, por ele disciplinada, e aos valores vigentes na sociedade, o que conduziria ao seu sucesso.
Retroatividade
A retroatividade será justa, quando não se depara na aplicação do texto uma ofensa ao ato jurídico perfeito, direito adquirido ou coisa julgada.
A retroatividade injusta, quando qualquer dessas situações vier a ser lesada com a aplicação da nova norma.
O art. 6 trata da obrigatoriedade da lei no tempo e da limitação da eficácia da nova norma em conflito com a anterior, não aceitando a retroatividade e a irretroatividade como princípios absolutos, ao prescrever que a novel lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitando sempre o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Revogar e Revogação
Revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade. Revogação é um termo genérico, que indica a ideia da cessação da existência da norma obrigatória. Quando a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de surtir efeitos se a ela sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica a perda da vigência da norma, e sim, a perda de sua efetividade.
Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode ser:
1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou
2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.
Tendo como base legal o art. 2o, § 1o da LINDB, existem duas formas de revogação de uma lei antiga por uma lei nova.
Art.2º § 1º da LINDB - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
São elas:
1) Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que estão sendo por ela revogados.
2) Revogação tácita ou indireta: esta se subdivide em dois tipos.
- Revogação tácita por incompatibilidade; e
- Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente uma matéria tratada por uma lei anterior).
Sobre a revogação expressa ou direta, a LC 107/2001 deu nova redação à LC 95/98 que ficou da seguinte forma: Art.9º  da LC 95/98 - A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
Ou seja, através do dispositivo legal acima, o legislador não deve mais se valer daquela vaga expressão “revogam-se as disposições em contrário”.
Normas de imperatividade absoluta ou impositivas
(Também chamadas absolutamente cogentes ou de ordem pública)
São as que ordenam ou proíbem alguma coisa de modo absoluto. São as que determinam em certas circunstâncias, a ação, a abstenção ou o estado das pessoas, sem admitir qualquer alternativa, vinculando o destinatário a um único esquema de conduta.
Conflito de normas no tempo
O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:
• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior;
• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.
Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de acordo com a produção de efeitos, temos que eles podem ser:
a) Pretéritos – são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem seus efeitos produzidos na vigência daquela lei.
b) Futuros – são os que ainda não foram gerados.
c) Pendentes – são os que foram constituídos na vigência de uma lei anterior e não produziram todos os seus efeitosnela.
Ex: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado e até hoje a coisa emprestada está emprestada comigo. Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzindo seus efeitos na vigência da lei revogadora. Segundo o Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.
Analisando o art. 6o da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.Art. 6º da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
# Quando há então a ineficácia da lei em conflito no tempo? 
Caducidade
Desuso
Costume negativo
P, P, S => Promulga, Publica e Sanciona
C, D, A => Cria, Discute, Aprova
Caducidade
Haverá casos em que se terá a caducidade da norma, p. ex., quando ocorrer á superveniência de uma situação prevista na própria norma, cuja ocorrência a tornará sem efeito, sem que haja norma revogadora implícita ou explícita. Tal situação poderá referir-se quanto: a) ao fator temporal- se a lei fixar prazo final de sua vigência, completado este ela não mais produzirá efeitos; b) a uma condição fática, se a norma for editada para atender à calamidade ou a situação emergencial, que, deixando de existir, tornará a norma sem eficácia, por não mais poder ter incidência.
Conflito de normas no espaço
Pela LINDB (arts. 7º a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Estados, por isso, é que a LINDB é considerada o Estatuto de Direito Internacional Público e Privado.
Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do Estado que a promulgou (princípio da territorialidade). Entretanto, visando facilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (princípio da extraterritorialidade).
Desta forma, pelo princípio da territorialidade não ser absoluto, fica consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas as seguintes regras:
1) não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
2)    não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.
	TERRITORIALIDADE
	Art. 8º
	Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
	Art. 9º
	Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
	Art. 11
	As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.
	Art. 13
	A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
	EXTRATERRITORIALIDADE
	Art. 7º
	A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
	Art. 10
	A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
	Art. 12
	É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
	Art. 17
	As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Ordem Pública é a situação e o estado de legalidade normal, em que as autoridades exercem suas precípuas atribuições e os cidadãos as respeitam e acatam.
Termo é um evento futuro e certo, início e fim das leis. Ex.: Lei antiga teve início e fim (lei temporária, determinada); Lei nova só teve início.

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