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Escola Clássica da Administração

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Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN
Campus Avançado Prof.ª Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM
Curso de Administração – CAD
Programa Institucional de Monitoria (PIM) 2016.1 
Disciplina de Teoria Geral da Administração I
Professora: Sidnéia Maia de Oliveira Rego
Discente: Francisco Souza Rego Filho
ESCOLA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
Segundo Ferreira et al. (2002), “grande parte das corporações que conhecemos hoje foi impulsionada ou transformada pela Revolução Industrial”, grande acontecimento na história da humanidade iniciada principalmente na Inglaterra entre os séculos XIII e XIV que marcaram a substituição do trabalho artesanal pelo trabalho assalariado e uso das máquinas.
	O impacto que a Revolução Industrial causou e ainda causa atualmente, alguns defendem uma terceira etapa marcada pelos avanços tecnológicos, são imensuráveis, seus efeitos alteraram o modo de vida da sociedade em todos os seus aspectos, configurando o ambiente que vivemos atualmente.
Durante este período, para Araujo (2014), a preocupação com a fabricação correta dos produtos aumentou consideravelmente, já que agora, o cenário de um único indivíduo produzindo alguns bens para si tornou-se um cenário onde “[...] O homem do campo e o antigo artesão, destituídos de qualquer coisa além de sua força de trabalho, passaram a vendê-la ao novo capital industrial” (FERREIRA et al., 2002).
A produção individual deu lugar as grandes fábricas industriais, que, segundo Ferreira et al. (2002), “Com o nascimento surgiu um primeiro paradigma da administração, defendendo racionalização da produção, divisão de tarefas em múltiplas etapas, supervisão cerrada e obediência hierárquica”, pois, agora, o trabalho deixou de ser simples e passou a ser algo complexo, com fases mais elaboradas e difíceis de se alcançar êxito individualmente.
Nesse contexto, segundo Araujo (2014), a administração nasceu como um corpo independente de conhecimento, tendo alguns destaques, dos quais surgiram os pensadores que se tornariam os percussores do que mais tarde ficou conhecido como Escola Clássica da Administração. Dentre os destaques podemos enumerar Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro mecânico estadunidense, percursor da chamada Administração Científica; em menor destaque, o mais famoso daquele que se inspirou em suas ideias, Henry Ford (1863-1947), empresário estadunidense fundador da Ford Motor Company, criador do chamado Modelo T; e aquele que junto com Taylor ostenta o título de percursores da administração, se o primeiro é considerado pai, o segundo merece ao menos o título de tio, Jules Henri Fayol (1841-1925), engenheiro de minas francês, o percursor da Teoria Clássica da Administração.
Taylor e Fayol, e também, alguns daqueles que seguiram seus pensamentos, com maior destaque para Ford, constituíram o primeiro corpo teórico da administração, caracterizando-a como ciência, não mais como uma simples técnica ou arte que alguns poucos possuíam, mas como algo passível de estudo e aplicação por todos aqueles que buscassem estuda-la. Com isso “A mecanização do trabalho passou a receber todas as atenções das organizações emergentes” (FERREIRA et al., 2002) 
Delimitar uma ênfase para a Escola Clássica é um pouco dualista, já que parte, seguindo Taylor, como será visto a seguir, focaram o desenvolvimento das etapas da tarefa em si, e Fayol, e seus seguidores, como também será visto a seguir, focaram a divisão estrutural das responsabilidades do trabalho dentro da organização, ou seja, um olhou pela óptica dos operários, o outro pela óptica gerencial. Embora haja essa dualidade, ambos tinham o mesmo intuito, tornar a tarefa o mais eficiente possível, atingir os objetivos desejados o mais rápido possível. Portanto, a ênfase da Escola Clássica da Administração são as tarefas e a estrutura organizacional em prol da melhor eficiência possível.
2 TAYLOR E A TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A administração enquanto ciência tem como seu ponto inicial o ano de 1903, quando Taylor publicou seu livro “Administração de Oficinas”, onde ele propunha a racionalização do trabalho. “[...] Suas idéias, preconizavam a prática da divisão do trabalho, defendida anteriormente por Smith e Babbage e já adotadas na época. [...] A característica mais marcante do estudo de Taylor é a busca de uma organização científica do trabalho, enfatizando tempos e métodos [...]” (FERREIRA et al.,2002). Para se ter uma ideia da obsessão de Taylor por regras, Ferreira et al. (2002), também diz que Taylor chegava a fazer listas de mulheres atraentes e não atraentes nos bailes que frequentava, e assim, buscava dividir o tempo para cada uma de forma mais igualitária possível. 
Por suas ideias de racionalização e divisão excessivas de trabalho, Taylor, segundo Hoopes apud Araujo (2014), chegou a ser considerado o demônio da administração, mas na realidade seu trabalho abriu as portas para o debate na questão da eficiência num conjunto de princípios e técnicas.
Segundo Araujo (2014), Taylor acreditava que “Aumentando a eficiência dos trabalhadores, aumentava-se o lucro dos negócios [...]”, o que é pouco irrefutável, afinal, quanto mais produção houver, maior a capacidade de comercialização e consequentemente maiores seriam os lucros. Aliás, para Taylor “tudo o que fosse produzido seria consumido” (ARAUJO, 2014), pois ele acreditava, que a sociedade sempre necessitária continuar a consumir bens e produtos. Talvez o seu ponto de vista como engenheiro mecânico explique esse pensamento, afinal, ao longo de sua trajetória profissional os bens ao seu dispor se caracterizavam por durabilidade, talvez, em um ambiente onde os bens e produtos possuíssem vida útil menor, seu pensamento não fosse o mesmo.
Sua visão sobre os funcionários constatava sinais de desinteresse e, até certo ponto, má-fé por parte dos mesmos, segundo o próprio Taylor apud Araujo (2014):
“O trabalhador vem ao serviço em vez de empregar todo o seu esforço para produzir a maior soma possível de trabalho, quase sempre procura fazer menos do que pode realmente – e produzir menos do que é capaz – trabalhar deliberadamente devagar de modo a evitar a realização de toda tarefa diária, fazer cera é o que está generalizado nas indústrias.”.
E foi a partir daí, defende Araujo (2014) que “ [...] surgiu a ideia da racionalização do trabalho, pela qual cada um seria responsável por uma parte da produção, muitas vezes desconhecendo o produto final, mas responsável claramente por um aspecto particular.”. Para chegar a essa ideia por ele proposta, Taylor definiu oito princípios aplicáveis as organizações:
Seleção Cientifica do Trabalhador – Onde deveria ser analisada as aptidões dos trabalhadores e cada um deveria ser designado para a função que melhor se enquadre em suas aptidões;
Tempo-padrão – A gerencia deveria analisar o tempo médio que uma tarefa era realizada e fixa-la como o padrão mínimo a ser atingido pelos funcionários;
Plano de Incentivos Salarias – A remuneração do funcionário deveria ser proporcional a sua capacidade produtiva, ou seja, de acordo com as unidades por ele produzidas;
Trabalho em Conjunto – Os interesses dos funcionários, que são altos salários, e da administração, o menor custo de produção possível, podem ser conciliados a partir da busca do maior grau de eficiência;
Gerentes Planejam, Operários Executam – À gerencia cabe a responsabilidade exclusiva de planejar o trabalho a ser desenvolvido, aos funcionários somente executar as tarefas;
Divisão do Trabalho – As tarefas devem ser fracionadas o máximo possível, favorecendo a especialização e assim aumentando cada vez mais a eficiência do funcionário. 
Supervisão – O supervisor deve verificar constantemente se o funcionário de sua responsabilidade está mantendo o padrão definido pela gerência;
Ênfase na Eficiência – Existe sempre uma melhor maneira de fazer o trabalho (the best way), e ela deve ser perseguidasempre.
O filme “Tempos Modernos” (1936), de Charlie Chaplin retrata bem os princípios defendidos por Taylor, e até chega a fazer crítica a eles, na cena em que o personagem interpretado por ele próprio está trabalhando em uma fábrica arrochando parafusos, sem ao menos saber o porquê de tal atividade, e a toda hora é vigiado por um supervisor para não sair de seu posto.
Segundo Ferreira et al. (2002), a visão da organização como uma máquina recebe ferozes críticas, a partir de sua concepção onde cada funcionário é considerado como uma engrenagem da empresa, tendo desrespeitada sua condição como ser humano. Também tendo deixado os incentivos morais e a auto realização dos funcionários de lado; ter visto a organização como um sistema fechado, onde o meio externo não influenciava; é vista como algo que busca alienar os funcionários e segundo alguns estudiosos legítima a exploração do funcionário.
O pensamento mecanicista de Taylor não está totalmente errado, a especialização e racionalização propostas por ele apresentam resultados, embora seja ferozmente criticado, há pontos que devem ser considerados em sua defesa, como diz Ferreira et al. (2002):
 “[...] Entretanto, poucos apontam a preocupação de Taylor com o aumento da eficiência da produção, buscando a redução dos custos não apenas para elevar os lucros, mas também para elevar a produtividade dos trabalhadores, aumentando seus salários.”.
Com isso podemos perceber que o intuito de Taylor de aumentar cada vez mais a eficiência e produtividade da empresa não era somente em prol da classe burguesa, donos das empresas, mas também em prol dos trabalhadores, que conseguiriam dentro de suas aptidões produzir o máximo possível e com isso conseguir o máximo possível de subsídios financeiros para sua sobrevivência. 
3 HENRY FORD E O MODELO T
Henry Ford talvez tenha sido o maior seguidor de Taylor, tendo praticado à risca seus princípios de especialização e padronização em seu modelo de montagem de automóveis aplicado em 1908, que ficou conhecido como modelo T, em alusão ao automóvel fabricado na linha de montagem. “Henry Ford, sabiamente, soube aproveitar as propostas de Taylor na fabricação de automóveis, sabendo fabricá-los, em produção massificada e de forma não diferenciada. Isso permitiu, além de um volume expressivo, redução significativa de custos. ” (ARAUJO, 2014).
Segundo Ferreira et al. (2002), Ford é responsável pelo salto qualitativo das atuais organizações empresarias, à medida que “ [...] Ciente da importância do consumo de massa, lançou alguns princípios que buscavam agilizar a produção, diminuindo seus custos e tempo de fabricação”. Para se ter uma ideia, seu modelo T na cor preta (a cor que secava mais rápido) podia ficar pronto em 93 minutos, isso no início do século XX era realmente assombroso, e seu valor que era de US$ 800,00 caiu para US$ 450,00, em meados de 1915, vendendo 30 mil unidades por ano.
Entretanto a sua linha de montagem chegava a ser entediante para os trabalhadores devido a especialização demasiada, foi nesse ponto que “[...] Ford se mostrou além de seu tempo, quando considerava recursos humanos na sua empresa” (FERREIRA et al., 2002), diminuiu a jornada de trabalho de 10 horas diárias para 8 horas diárias, instituiu o salário mínimo de US$ 5,00 por dia e criou um departamento de sociologia que promovia a integração entre seus funcionários.
Os princípios que orientavam a sua linha de produção eram os seguintes:
Integração Vertical e Horizontal – A produção era integrada, da matéria-prima ao produto final acabado (integração vertical) e instalação de uma enorme rede de destruição para comercialização o mais rápido possível (integração horizontal)
Padronização – Ao instalar a integração da sua linha de montagem e a padronização dos equipamentos elevou-se a produção, em detrimento da flexibilidade do produto. Certa vez o mesmo chegou a dizer “Você pode ter o carro que quiser, desde que seja preto”.
Economicidade – A regra de era clara, redução ao máximo do estoque e agilização máxima da produção. A tentativa era “extrair o aço da mina no domingo e o carro estar pronto para rodar na terça-feira à tarde”.
Hoje, a Ford Motor Company, empresa fundada no subúrbio de Detroit em 1903, é uma das maiores produtoras de automóveis em escala global. 
4 FAYOL E A TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Segundo Ferreira et al. (2002), defendendo princípios semelhantes aos de Taylor na Europa, Henri Fayol centralizou sua visão na sua experiência na alta gerencia, ao invés do chão-de-fábrica evidenciado por Taylor.
Existem aqueles que defendem que “Fayol aceitou a contribuição de Taylor quando compreendeu que seu trabalho completava o dele ao promover a ciência da administração” (MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR. apud ARAUJO, 2014). Desse modo, Ferreira et al. (2002), defende que “[...] A própria divisão do trabalho, característica dos trabalhos de Taylor, era defendida por Fayol para cargos técnicos e também administrativos.”. Inclusive, para Araujo (2014) “[...] É certo [...] que Fayol leu textos sobre o chamado Sistema Taylor [...]”.
Fayol enumerou 14 princípios básicos, a sabe:
Divisão do Trabalho – A especialização do trabalho, dos operários aos executivos, favorece a eficiência na produção e aumentam a produtividade;
Autoridade e Responsabilidade – Autoridade é o direito do superior de supervisionar os seus subordinados e fazer suas ordens serem obedecidas, responsabilidades é o contraponto que faz o cumprimento das metas sua responsabilidade;
Unidade de Comando – Um empregado deverá recebe ordens de um único superior, evitando dualidades de atribuições que comprometam seu desempenho;
Unidade de Direção – Um superior deve estar responsável por um só plano de ação a ser perseguido;
Disciplina – Necessidade de normas e condutas que sejam seguidas por todos para manter a ordem;
Prevalência dos Interesses Gerais – Os interesses dos indivíduos jamais devem ser colocados acima dos interesses da organização dentro do ambiente de trabalho;
Remuneração – Deve ser suficientemente justa para satisfazer tanto funcionários como a organização;
Centralização – A solução dos problemas mais difíceis e os rumos a se seguir devem ser dados pelo maior superior possível;
Hierarquia (Cadeia de Comando) – A estrutura hierárquica deve ser respeitada. Entretanto, defende Fayol (2009) “É erro afastar-se da via hierárquica sem necessidade, mas é erro muito maior segui-lo quando daí resulta prejuízos para a empresa.”.
Ordem – Cada pessoa e cada coisa em seu devido lugar bem definido;
Equidade – Tratamento justo e igualitário para todos, colocando todos os indivíduos no mesmo patamar humano;
Estabilidade dos Funcionários – O funcionário deve ser mantido o máximo possível no seu cargo fixo, a rotatividade desfavorece a especialização e impossibilita o funcionário de atingir o seu ápice de eficiência;
Iniciativa – A capacidade estabelecer um plano e cumpri-lo. É preciso que o superior delimite um plano viável a ser seguido e faça cumprir, “[...] um chefe que sabe induzir seu pessoal ao espirito de iniciativa é infinitamente superior a outro que não.” (FAYOL, 2009);
União do Pessoal – Trabalho conjunto, facilitado pela comunicação.
Para Fayol (2009) “O conjunto de operações de toda empresa pode ser dividido em seis grupos [...]”. São elas: função técnica, função comercial, função financeira, função de segurança, função de contabilidade, função administrativa.
Função Técnica – Para Fayol era claro que aos operários era necessário a maior capacidade possível de transformar com suas mãos a matéria-prima em produtos finais.
Função comercial – “Saber comprar e vender é tão importante como saber fabricar bem” (FAYOL, 2009). Parece realmente irrefutável, e talvez o maior contraponto a Taylor que possa se encontrar na sua teoria, enquanto Taylor acreditava que tudo que fosse produzido seria consumido, Fayol preocupava-se com a questão do desenvolvimento da função comercial, ou seja, não era só fabricar,era preciso também trabalhar para conseguir vender tudo, desmistificando um pouco da demanda quase que infinita defendida pelo primeiro.
Função Financeira – Segundo o próprio Fayol (2009) “nada se faz sem sua intervenção”, os recursos financeiros são essenciais desde a compra da matéria-prima até a contratação e manutenção dos funcionários e dos equipamentos necessários à organização.
Função de Segurança – A função que deve ter premissa evitar todo tipo de imprevisto que possa comprometer a produtividade dos funcionários dentro do seu ambiente de trabalho.
Função de Contabilidade – “Uma boa contabilidade, simples e clara, que dê idéia exata das condições da empresa, é poderoso meio de direção.”. (FAYOL, 2009). Afinal, torna-se mais fácil traçar os planos da empresa quando se tem noção exata dos seus recursos financeiros. 
Função Administrativa – A principal função a ser desenvolvida, pois é ela que define os rumos da empresa, segundo Fayol (2009), administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Fayol defende que todas as funções são de suma importância para a organização, entretanto, a exigência de cada uma muda de acordo com o cargo exigido. Um operário é exigido maior função técnica e praticamente pouca função administrativa, para um alto gerente será exigido maior função administrativa e praticamente pouca função técnica. “À medida que alguém se eleva na escala hierárquica, a importância relativa da capacidade administrativa aumenta, enquanto a capacidade técnica diminui.” (FAYOL, 2009).
Para desenvolver a principal função, a função administrativa, Fayol definiu o processo administrativo constituído de cinco funções:
Prever – É a capacidade visualizar o futuro e traçar planos de ação e metas para alcançar os objetivos desejados;
Organizar – É a forma de dispor, organizar, todos os recursos da empresa de forma a buscar os planos e metas estabelecidos;
Comandar – Passar aos subordinados suas atribuições para serem executadas;
Controlar – Estabelecer padrões e medidas para verificar se os funcionários estão produzindo de acordo com o esperado
Coordenar – Fazer com que os esforços de todos os indivíduos e departamentos estejam alinhados para atingir o objetivo desejado.
Com isso, podemos perceber que Fayol, diferente de Taylor, buscou dividir não a tarefa, mas o planejamento e a decisão dos rumos a se tomar dentro da organização, especializando, como fez Taylor, onde cada indivíduo preocupa-se somente com uma parte do trabalho, seja definir o que fazer ou seja executar o trabalho braçal.
Segundo Ferreira et al. (2002), por centrar seu trabalho no comando e na autoridade Fayol é visto como obcecado pelo comando, também por ver a organização como um sistema fechado sem preocupar-se com o meio externo e por assim como Taylor aumentar cada vez mais a eficiência também foi tachada de tendenciosa por explorar o empregado. 
O que se deve entender é que Fayol buscou tornar o processo de tomada decisão o mais rápido e competente possível através da divisão de tarefas gerenciais, e delimitar um rumo a se seguir pelos empregados o mais rápido possível através da linha de comando imediata por ele instituída.
BIBLIOGRAFIA
ARAUJO, Luis César G. de. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
FAYOL, Henry. Administração Industrial e Geral: Previsão, Organização, Comando, Coordenação, Controle. 10ª Ed. Tradução de Irene de Bojano e Mário de Souza. São Paulo: Atlas, 2009.
FERREIRA, Ademir Antonio; PEREIRA, Maria Isabel; REIS, Ana Carla Fonseca. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias – Evolução e Tendências da Moderna Administração de Empresas. São Paulo: Pioneira. 2002.
MANSUR, Beto. O Fordismo e o Modelo T. Portal RH. Acessado em 06 de agosto de 2016. Disponível em <http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/o-fordismo-e-o-modelo-t/>

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