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Laila Del Bem Seleme Finanças Complicação Laila D el B em Selem e Neste livro você encontra informações sobre atividades financeiras que fazem parte do seu dia a dia. Com linguagem acessível e abordagem descomplicada, a autora esclarece temas como controles financeiros básicos, demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) e balanço patrimonial (BP), entre outros. Os conhecimentos que você irá adquirir com esta obra poderão ser amplamente utilizados, seja como ferramenta de trabalho, seja como um recurso para o seu controle financeiro pessoal. Série Gestão Financeira Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Série Gestão Financeira O selo DIALÓGICA da Editora Ibpex faz referência às publi- cações que privilegiam uma linguagem na qual o autor dia- loga com o leitor por meio de recursos textuais e visuais, o que torna o conteúdo muito mais dinâmico. São livros que criam um ambiente de interação com o leitor – seu universo cultural, social e de elaboração de conhecimentos –, possibilitando um real processo de interlocução para que a comunicação se efetive. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Finanças sem complicaçãoLaila Del Bem Seleme Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Conselho editorial Dr. Ivo José Both (presidente) Dr.ª Elena Godoy Dr. Nelson Luís Dias Dr. Ulf Gregor Baranow Editor-chefe Lindsay Azambuja Editor-assistente Ariadne Nunes Wenger Editor de arte Raphael Bernadelli Preparação de originais Gabriel Plácido Teixeira da Silva Projeto gráfico Raphael Bernadelli Capa e Diagramação Fernando Zanoni Szytko Iconografia Sandra Sebastião Informamos que é de inteira respon- sabilidade da autora a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qual- quer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora InterSaberes. A violação dos direitos auto- rais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Foi feito o depósito legal. 1ª edição, 2012. Av. Vicente Machado, 317. 14º andar Centro . CEP 80420-010 . Curitiba . PR . Brasil Fone: (41) 2103-7306 www.editoraibpex.com.br editora@editoraibpex.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: 1. Finanças: Economia 332 Seleme, Laila Del Bem Finanças sem complicação [livro eletrônico] / Laila Del Bem Seleme. – Curitiba: Ibpex, 2012. – (Série Gestão Financeira). 2 MB ; PDF Bibliografia. ISBN 978-85-7838-979-6 1. Finanças – Manuais I. Título. II. Série. 12-15501 CDD-332 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Sumário Dedicatória . 7 Agradecimentos . 9 Apresentação . 11 Como aproveitar ao máximo este livro . 15 1 Controles financeiros e Fluxo de Caixa . 19 1.1 Controles financeiros básicos . 22 1.2 Fluxo de Caixa . 332 Demonstrativos financeiros . 53 2.1 Contabilidade . 56 2.2 Regime de caixa e regime de competência . 58 2.3 Objetivos da construção e da utilização dos demonstrativos contábeis . 59 2.4 Balanço Patrimonial (BP) . 62 2.5 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) . 813 Decisões financeiras . 93 3.1 Conceitos básicos para a decisão financeira . 96 3.2 Decisões de investimento . 110 3.3 Decisões de operações . 120 3.4 Decisões de financiamento . 129 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 4 Medindo o desempenho . 135 4.1 Análise vertical . 138 4.2 Análise horizontal . 142 4.3 Análise da estrutura do Balanço Patrimonial (BP) . 152 4.4 Análise por meio de índices financeiros . 1545 Sistema Financeiro Nacional (SFN) . 173 5.1 Breve retrospectiva do cenário econômico brasileiro . 176 5.2 O Sistema Financeiro Nacional (SFN) . 178 5.3 Mercado financeiro . 1836 Orçamento . 211 6.1 Metodologia na previsão do orçamento . 215 6.2 Projeção dos resultados . 224 6.3 Orçamento previsto versus orçamento realizado . 230 Para concluir... . 237 Referências . 239 Respostas . 243 Sobre a autora . 255 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Dedico esta obra a Ricardo Jorge Bohlen Seleme (in memoriam), meu pai e amigo. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec idona Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Agradeço a todos que, de alguma maneira, permitiram que esta obra fosse concluída. Em especial ao meu tio, o Professor Roberto Bohlen Seleme, por sempre acreditar e me incentivar em minhas trajetórias. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Apresentação A gestão eficiente e eficaz das finanças empresariais requer conhecimentos de áreas diversas e complexas que vão além da disciplina de Finanças, tais como contabilidade, eco- nomia, política, planejamento estratégico, entre muitas outras. Dessa forma, o aprendizado de finanças se torna aparente- mente difícil, sendo visto com antipatia por muitos alunos. No intuito de diminuir essa dificuldade, a presente obra foi ideali- zada de forma clara e didática, visando permitir a utilização de ferramentas simples na tomada de decisões financeiras diárias. O público-alvo deste livro é o leitor que busca compreender as finanças de uma maneira descomplicada. Para tanto, a obra traz exemplos práticos e atuais em todas as suas temáticas, que Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. contextualizam algumas atividades financeiras do dia a dia, contribuindo, assim, para o aprendizado efetivo. O Capítulo 1 inicia-se com a demonstração de alguns exem- plos de controles financeiros básicos, que podem ser utilizados tanto na vida pessoal como na profissional. Neste primeiro momento, há um aprofundamento do Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), ferramenta importante para o controle de entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. O Capítulo 2 aborda os principais demonstrativos financei- ros utilizados pelas empresas, entre os quais se destacam o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). O conhecimento da estrutura desses dois demonstrativos financeiros viabiliza a análise aprofundada da estrutura patrimonial e das atividades operacionais da empresa. Na sequência, no Capítulo 3, o tema das decisões financei- ras recebe uma atenção diferenciada ao examinar todas as ferramentas utilizadas para a tomada de decisões sobre as atividades operacionais, o financiamento e os investimentos. As ferramen- tas são contextualizadas com exemplos práticos e poderão ser utilizadas por você, leitor, após o aprendizado, em suas análi- ses financeiras. Neste capítulo, optamos por apresentar dida- ticamente o uso da HP 12C, que é uma calculadora financeira comumente utilizada por gestores e que pode ser encontrada gratuitamente na internet. O Capítulo 4 apresenta um enfoque a respeito das medidas de desempenho utilizadas no ambiente organizacional. Você poderá averiguar como é feita a análise dos demonstrativos finan- ceiros por meio da verificação da evolução do patrimônio da empresa e de seu resultado, ao examinar uma conta em relação ao total de seu grupo em um mesmo período, e por meio da análise da relação entre as contas de todos os demonstrativos. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) recebe atenção especial no Capítulo 5. A importância da abordagem desse tema é a neces- sidade de que um bom gestor financeiro conheça o ambiente no qual as finanças empresariais estão inseridas e que possa, assim, tomar melhores decisões acerca da entrada e saída de recursos da organização. Para tanto, são evidenciados a estru- tura do SFN, as principais políticas governamentais utilizadas para regular a economia e os principais mercados que com- põem esse sistema. O Capítulo 6 é dedicado ao tema orçamento, o qual permite que você conheça, por meio de vários exemplos, esta ferra- menta que faz a previsão da situação patrimonial e dos resul- tados operacionais da empresa. Com base nessas informações, é possível tomar decisões para que os resultados esperados sejam obtidos, podendo analisá-los, avaliá-los e corrigi-los. Esse conjunto de temáticas possibilita que você, leitor, obte- nha um conhecimento básico sobre finanças, que poderá ser utilizado amplamente como ferramenta de trabalho e de con- trole financeiro pessoal. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Como aproveitar ao máximo este livro Conteúdos do capítulo • Conceitos básicos para decisão financeira; • Decisões de investimento; • Decisões de operações; • Decisões de financiamento. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: • compreender e aplicar os principais conceitos utilizados para decisão financeira; • reconhecer e aplicar as principais ferramentas utilizadas para a decisão sobre investimentos e operações das empresas; • analisar quais são as melhores opções de financiamento para determinada empresa. Este livro traz alguns recursos que visam enriquecer o seu aprendizado, facilitar a compreensão dos conteúdos e tornar a leitura mais dinâmica. São ferramentas projetadas de acordo com a natureza dos temas que vamos examinar. Vejaa seguir como esses recursos se encontram distribuídos no decorrer desta obra. Logo na abertura do capítulo, você fica conhecendo os conteúdos que nele serão abordados. Você também é informado a respeito das competências que irá desenvolver e dos conhecimentos que irá adquirir com o estudo do capítulo. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 126 ESTUDO DE CASO: EMPRESA DELTA Conhecendo a estrutura de gastos operacionais da empresa Delta listada a seguir, calcule os indicadores de viabilidade operacional solicitados: • Gasto fixo mensal = R$ 4.800,00. • Gasto variável unitário = R$ 800,00. • Expectativa de atendimento = 10 clientes/mês. 1. Qual a margem de contribuição unitária que permite à empresa obter lucro de R$ 6.000,00 por mês? Q = Gasto fixo + Lucro Margem de contribuição 10 = 4.800 + 6.000 MC MC = 10.800 10 MC = R$ 1.080,00 Esse resultado significa que a empresa deve ganhar R$ 1.080,00 de margem por cliente atendido para poder pagar seus gastos fixos e ter o lucro desejado. 2. Qual deverá ser o preço de venda de cada pesquisa? PV = Gasto variável unitário + Margem de contribuição PV = 800 + 1.080 PV = R$ 1.880,00 Para obter lucro de R$ 6.000,00 com 10 clientes, o preço de venda por pesquisa deve ser de R$ 1.080,00. 3. Numa pesquisa com consumidores, a empresa descobriu que o cliente estaria disposto a pagar R$ 2.000,00 por cada pesquisa. Nesse caso, qual é o seu ponto de equilíbrio? Esta seção traz ao seu conhecimento situações que vão aproximar os conteúdos estudados de sua prática profissional. 208 Questões para revisão 1. Assinale a alternativa incorreta sobre o mercado de capitais: a) É um sistema de distribuição de valores mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o processo de capitalização. b) É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. c) Os recursos captados se destinam ao financiamento de consumo para pessoas físicas e capital de giro para empresas, por meio de intermediários financeiros bancários. d) Os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupança a empresas, sem a intermediação bancária. e) Os principais títulos negociados são os títulos públicos, as ações, os debêntures e as notas promissórias. 2. Assinale a alternativa correta sobre o mercado de crédito: a) É um sistema de distribuição de valores mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o processo de capitalização. b) É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. c) Os recursos captados se destinam ao financiamento de consumo para pessoas físicas e capital de giro para empresas, por meio de intermediários financeiros bancários. d) Os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupança a empresas, sem a intermediação bancária. e) Os principais títulos negociados são os títulos públicos, as ações, os debêntures e as notas promissórias. 3. Relacione as seguintes expressões com as suas respectivas características: a. Mercado financeiro Com estas atividades, você tem a possibilidade de rever os principais conceitos analisados. Ao final do livro, o autor disponibiliza as respostas às questões, a fim de que você possa verificar como está sua aprendizagem. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 166 Síntese A análise de desempenho de uma organização é realizada utilizando os dados constantes nos demonstrativos contá- beis, que são avaliados por meio de cálculos, e resulta em um diagnóstico de desempenho da empresa. Se bem realizado esse diagnóstico, é possível tomar decisões para prevenir algumas distorções financeiras. Os principais gêneros de análise vistos neste capítulo foram a análise vertical, a análise horizontal e a análise por meio de índices, sendo que os resultados dessas análises podem oferecer uma visão geral da situação financeira da empresa, permitir uma avaliação da evolução da empresa no tempo e relacionar contas com o intuito de prever ajustes necessários nas finanças da companhia. Cabe ressaltar que as análises financeiras devem levar em consideração elementos externos à organização, como o impacto da variação do câmbio nas compras e nas vendas da empresa, o poder de compra dos consumidores, a disponibilidade de matéria-prima e a falta de mão de obra qualificada, entre outros. Essas análises também apresentam uma razoável gama de infor- mações que permitem algumas conclusões preliminares. Questões para revisão 1. Sobre os índices econômicos financeiros, relacione as expres- sões com as suas respectivas características: Índices de liquidez a. Índices de atividades operacionais b. Índices de endividamento c . Índices de rentabilidade d. Índices de lucratividade ( ) Avaliam a capacidade da empresa para resgatar com- promissos de curto prazo no vencimento. 130 QUESTÃO PARA REFLEXÃO Vamos supor que a empresa Delta tenha duas opções de operação: comprar a prazo com juros ou pagar à vista com desconto. Qual seria a melhor decisão a ser tomada? Para tomar essa decisão, a empresa Delta deve levar em consideração algumas questões: • Disponibilidade em caixa para o pagamento à vista, para que essa decisão não prejudique o cumprimento de outras obrigações. • Disponibilidade em caixa para o pagamento a prazo. • A porcentagem dos juros a prazo. • A porcentagem do desconto à vista. • A quantidade de parcelas no pagamento a prazo. • O tempo de retorno que essa compra proporcionará. • As condições econômicas. • As opções de investimento. • As opções de financiamento. • Outros fatores. Caso a empresa Delta conseguisse um empréstimo em uma financeira, com juros inferiores aos praticados pelo fornecedor no pagamento a prazo, seria mais vantajoso fazer o empréstimo, pagar a compra à vista e liquidar o empréstimo, em parcelas, com a financeira. 3.4.2 Opções de crédito As empresas precisam frequentemente obter recursos para financiar suas atividades. Para isso, recorrem a algumas ins- tituições financeiras ou não financeiras e estabelecem um con- trato de crédito que melhor se adéque às suas necessidades. Alguns exemplos de modalidades de crédito são: hot money; cheques especiais e conta garantida; crédito rotativo; desconto de títulos – duplicatas e notas promissórias; capital de giro; Nesta seção, a proposta é levá-lo a refletir criticamente sobre alguns assuntos e trocar ideias e experiências com seus pares. Você dispõe, ao final do capítulo, de uma síntese que traz os principais conceitos nele abordados. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re prod uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 18 196 PARA SABER MAIS Acesse as Leis nº 6.385/1976 e nº 10.303/2001 para aprofun- dar os seus conhecimentos sobre a CVM: BRASIL. Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 dez. 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6385.htm>. Acesso em: 29 abr. 2012. _____. Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 1º nov. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/ L10303.htm>. Acesso em: 29 abr. 2012. 5.3.3.2 Bolsas de valores As bolsas de valores são locais “que oferecem condições e sis- temas necessários para a realização de negociação de com- pra e venda de valores mobiliários de forma transparente” (BM&FBovespa, 2011). Portanto, não são instituições financeiras, mas associações civis sem fins lucrativos, constituídas pelas corretoras de valo- res. A Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 1.656, de 26 de outubro de 1989, acrescenta que as bolsas de valores são especialmente organizadas e fiscalizadas por seus membros, pela autoridade monetária e, em especial, pela CVM (Banco Central do Brasil, 1989). O mercado de capitais brasileiro opera com sete bolsas de valores: 1. Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa); 2. Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ); 3. Bolsa de Valores Bahia – Sergipe − Alagoas (BVBSA); 4. Bolsa de Valores Minas Gerais – Espírito Santo – Brasília (Bovmesb); 5. Bolsa de Valores do Paraná (BVPR); 6. Bolsa de Valores de Pernambuco – Paraíba (Bovapp);Você pode consultar as obras indicadas nesta seção para aprofundar sua aprendizagem. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Controles financeiros e Fluxo de Caixa 1 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Conteúdos do capítulo • Atuação na área de finanças; • Controles financeiros; • Fluxo de Caixa; • Análise de Fluxo de Caixa. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: • compreender a importância do conhecimento financeiro; • utilizar controles financeiros em atividades profissionais e pessoais; • construir e analisar um Fluxo de Caixa; • tomar decisões acerca da entrada e saída de recursos financeiros. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 21 O conhecimento financeiro possibilita um maior escla- recimento a respeito das opções de investimento, consumo, financiamento e empréstimo. Em empresas de maior porte, administradores especializados e/ou departamentos exclusi- vos têm como atribuição controlar as finanças da organização. Mesmo assim, em alguns casos, essa tarefa é compartilhada entre vários funcionários, os quais precisam ser organizados e possuir informações confiáveis que possam ser usadas nas tomadas de decisões empresariais. Um grande desafio atual- mente é qualificar empresas, por meio de seus executivos e colaboradores, para a tomada de decisões fundamentais ao desenvolvimento de seus negócios. O conhecimento financeiro pode auxiliar as pessoas – tanto em suas atividades profissionais como em suas atividades pessoais – a atingir seus próprios objetivos ou os que lhes são impostos. Para alcançar esses objetivos, é necessário que o indi- víduo destine, da melhor maneira possível, os seus recursos Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 22 disponíveis, sejam eles financeiros, materiais ou de conheci- mentos, pois, dessa forma, a tomada de decisão será embasada em argumentos reais e conscientes, os quais permitirão que as transações financeiras obtenham resultado maximizado. Os profissionais com habilidades financeiras são valoriza- dos no mercado de trabalho por terem participação efetiva na obtenção de resultados positivos para a empresa, tornando-se, assim, um diferencial dentro das organizações. O controle das finanças é um requisito importantíssimo para a rotina de qualquer indivíduo, não apenas no que diz respeito a sua vida profissional, cujo foco está direcionado para o cons- tante melhoramento dos resultados da empresa, evitando as perdas e o descontrole dos recursos existentes, mas também no que se refere aos aspectos pessoais de sua vida e à aplica- ção de conhecimentos financeiros em seu cotidiano (controle das despesas com a manutenção da casa, o aluguel, as contas bancárias, as compras gerais, entre outros gastos). Este capítulo foi elaborado com o objetivo de apresentar, de forma simples, algumas ferramentas de gestão financeira das quais você, leitor, poderá dispor no seu dia a dia. Munido de fer- ramentas relacionadas aos conhecimentos financeiros, qualquer profissional estará apto a desempenhar tarefas mais complexas, tais como negociar prazos de pagamentos com argumentos mais fundamentados, verificar o custo-benefício de uma atividade, tomar decisões de compra e venda de mercadorias, verificar qual o prazo de retorno de um investimento, entre muitas outras competências agregadas ao conhecimento financeiro. 1.1 Controles financeiros básicos Algumas informações financeiras necessárias para a tomada de decisões empresariais podem ser obtidas por meio de con- troles financeiros que as tornam úteis, organizadas e confiáveis para as decisões. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e stabe lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 23 Os controles financeiros permitem: • conhecer precisamente a origem dos recursos financeiros; • controlar as datas de entrada e saída dos recursos financeiros; • ter a exata noção da capacidade da empresa de assumir compromissos financeiros; • analisar as fontes dos recursos financeiros; • analisar os prazos de pagamento e recebimento. Inicialmente, serão apresentados os controles financeiros mais simples, que servem de base para a determinação da origem das informações que serão analisadas nos próximos capítulos. Atualmente, existem softwares que realizam esses controles (como a planilha eletrônica), porém é preciso com- preender quais são os dados que devem ser inseridos e se estes estão corretos, justamente para garantir um resultado confiável que nos ajudará nas tomadas de decisão. Os contro- les financeiros são necessários para manter e viabilizar os recursos da empresa. Demonstramos na Figura 1.1 alguns desses controles financeiros. Figura 1.1 – Controles financeiros Controle de Fluxo de Caixa Controle de investimentos financeiros Contas a pagar Previsão de Fluxo de Caixa FONTE: Hoji, 2010, p. 147. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 24 Os controles financeiros permitem a análise do fluxo finan- ceiro de uma organização, que, segundo Padoveze (2011, p. 3), é “o conjunto de movimentações financeiras decorrente do pagamento e recebimento dos eventos econômicos das ope- rações da empresa e das atividades de captação de recursos e investimentos de capital”. A seguir, mostraremos alguns tipos de controle financeiro, tais como controle de caixa, controle bancário, contas a receber, contas a pagar e controle de estoques. Para facilitar o enten- dimento desses itens anteriormente citados, serão utilizados, no decorrer deste capítulo, exemplos que demonstram suas aplicações práticas. 1.1.1 Controle de caixa Na Tabela 1.1, denominada Controle de caixa, são registradas as receitas e as despesas que se apresentam nas movimenta- ções financeiras diárias da empresa, além do saldo existente no caixa, ou seja, o valor monetário que entrou subtraído do que saiu. Tabela 1.1 – Controle de caixa Abril / 2011 (valores em R$) Dia Histórico Detalhes Entrada Saída1 Saldo Saldo anterior 1.377,50 1 Verba mensal 2.000,00 3.377,50 5 Pagamento de aluguel da Van NF 09986 (150,00) 3.227,50 5 Compra de material de limpeza NF 765 (54,00) 3.173,50 10 Pagamento de conserto da impressora NF 87 (69,00) 3.104,50 15 Pagamento de passagem aérea NF 33567 (589,00) 2.515,50 18 Compra de material de escritório NF 97 (856,00) 1.659,50 25 Pagamento de coffee break NF 111987-98 (400,00) 1.259,50 Saldo final 1.259,50 1 O s p ar ên te se s si g n ifi ca m v al or n eg at iv o. Esse controle é importante para determinar em que atividades o dinheiro é gasto, quais as despesas que foram pagas, os valores depositados nos bancos, a disponibilidade de recursos financei- ros existentes e a identificação de possíveis desvios de verbas. Na Tabela 1.1, é possível observarmos alguns elementos importantes para garantir o controle das movimentações financeiras: • Dia: data em que ocorreu a movimentação financeira. • Histórico: o que provocou a saída ou a entrada de caixa. • Detalhes: onde acrescentamos informações importan- tes, como o número da nota fiscal, a empresa na qual se adquiriu um produto ou serviço etc. • Entrada: o valor que entrou no caixa. • Saída: o valor que saiu do caixa. • Saldo: a apuração do valor disponível no caixa após a movimentação. No controle de caixa, como em qualquer outro controle financeiro, faz-se necessário o lançamento de toda e qual- quer movimentação de caixa para garantir que o controle realmente seja realizado adequadamente. Somente dessa forma será permitida uma análise real da situação do caixa da empresa. 1.1.2 Controle bancário Apesar de as instituições bancárias realizarem esse serviço para os seus clientes, é arriscado confiar totalmente nas infor- mações emitidas por essas instituições (saldo existente, depó- sitos, pagamentos, créditos na conta etc.), pois podem vir a ocorrer erros, tais como cobranças de juros ou taxas indevi- das, depósitos devolvidos, problemas com transferências de valores monetários, entre outros. Se as empresas não tiverem Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 25 Esse controle é importante para determinar em que atividades o dinheiro é gasto, quais as despesas que foram pagas, os valores depositados nos bancos, a disponibilidade de recursos financei- ros existentes e a identificação de possíveis desvios de verbas. Na Tabela 1.1, é possível observarmos alguns elementos importantes para garantir o controle das movimentações financeiras: • Dia: data em que ocorreu a movimentação financeira. • Histórico: o que provocou a saída ou a entrada de caixa. • Detalhes: onde acrescentamos informações importan- tes, como o número da nota fiscal, a empresa na qual se adquiriu um produto ou serviço etc. • Entrada: o valor que entrou no caixa. • Saída: o valor que saiu do caixa. • Saldo: a apuração do valor disponível no caixa após a movimentação. No controle de caixa, como em qualquer outro controle financeiro, faz-se necessário o lançamento de toda e qual- quer movimentação de caixa para garantir que o controle realmente seja realizado adequadamente. Somente dessa forma será permitida uma análise real da situação do caixa da empresa. 1.1.2 Controle bancário Apesar de as instituições bancárias realizarem esse serviço para os seus clientes, é arriscado confiar totalmente nas infor- mações emitidas por essas instituições (saldo existente, depó- sitos, pagamentos, créditos na conta etc.), pois podem vir a ocorrer erros, tais como cobranças de juros ou taxas indevi- das, depósitos devolvidos, problemas com transferências de valores monetários, entre outros. Se as empresas não tiverem Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 26 seus próprios controles bancários, a visualização desses erros torna-se mais difícil. O registro diário ou mensal (no caso de empresas com poucas movimentações bancárias) facilita o levantamento da situação financeira bancária da empresa, auxiliando,por exemplo, na verificação se o saldo existente na conta é suficiente para a realização de uma nova compra. Um exemplo dessa forma de controle se encontra na Tabela 1.2. Tabela 1.2 – Controle bancário Banco X-Express / Agência: 77 / Número da conta: 491-0 Abril / 2011 (valores em R$) Dia Histórico Detalhes Entrada Saída Saldo Saldo anterior 2.899,00 5 Depósito de cheque Nº 765 – Cliente 1.500,00 4.399,00 8 Saque Para caixa (300,00) 4.099,00 10 Aplicação em poupança Nº 4532 (1.000,00) 3.099,00 10 Transferência bancária Nº 887231 (200,00) 2.899,00 10 Pagamento de título Nº 756 – Cartão de Crédito (670,00) 2.229,00 15 Saque Pagamento de fornecedor (250,00) 1.979,00 27 Depósito de cheque Nº 2189 – Cliente 488,00 2.467,00 Saldo final 2.467,00 As movimentações financeiras apresentadas na Tabela 1.2 são divididas em crédito – onde são registradas as entradas na conta bancária – e débito – onde são registradas as saídas na conta bancária. Da mesma forma que acontece no controle de caixa, ao construirmos um controle bancário, é necessário que algu- mas informações (dia, histórico e detalhes) sejam explicitadas para garantir o conhecimento das movimentações financeiras. É possível que uma empresa possua mais de uma conta ban- cária para gerir os seus recursos financeiros, assim, existem Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 27 outros elementos importantes que devem estar contidos no controle bancário, tais como o nome do banco, o número da agência e o número da conta. 1.1.3 Controle de contas a receber O objetivo do controle de contas a receber é controlar os valores a receber das vendas a prazo ou de outras receitas. Segundo Hoji (2010), esse controle permite: • analisar os cadastros dos clientes para concessão de crédito; • cobrar e receber duplicatas; • controlar eventos financeiros contratuais; • negociar a renovação de crédito. As informações fornecidas por esse controle são úteis para identificar os clientes que pagam em dia e, principalmente, os inadimplentes, pois assim é possível providenciar a cobrança devida. Tabela 1.3 – Contas a receber Abril / 2011 (valores em R$) Data do vencimento Valor a receber Cliente Histórico Data de pagamento Valor pago 10 150,00 João da Silva Transferência nº 76 10 150,00 13 150,00 Sandra Pereira Boleto nº 2001 15 400,00 José Carraro Depósito nº 993 15 400,00 20 150,00 ABC Ltda. Cheque nº 6589 20 150,00 30 200,00 Set Off S/A Boleto nº 2122 30 200,00 Total 1.050,00 Total 900,00 Na Tabela 1.3, é possível visualizarmos os principais ele- mentos que devem ser considerados para fazermos o controle de contas a receber: Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 28 • Data de vencimento: data em que a conta deve ser quitada pelo cliente. • Valor a receber: valor devido pelo cliente. • Cliente: nome da pessoa ou da empresa devedora. • Histórico: detalhamento da modalidade de recebimento da conta, que pode ser via transferência bancária, boleto, depósito, cheque, DOC, entre outros. • Data do pagamento: data em que a conta foi quitada. • Valor pago: valor pago pelo cliente. Esses elementos permitem verificar os valores e quais clientes efetivaram o pagamento, se o fizeram na data cor- reta e se, em caso de atraso, consideraram a multa e os juros devidos. Na Tabela 1.3, pudemos visualizar que a cliente Sandra Pereira não pagou o boleto no valor de R$ 150,00 e que os demais clientes honraram com seus compromissos financeiros. 1.1.4 Controle de contas a pagar O controle de contas a pagar auxilia na organização das con- tas que devem ser pagas conforme os seus períodos de ven- cimento (diário, semanal, quinzenal, em 30, 45 ou 60 dias). A principal vantagem de mantermos esse controle é a de evitar atrasos e o consequente pagamento de multas. No caso de a empresa passar por dificuldades financeiras e não conseguir cumprir seus compromissos, é necessário que ela negocie um novo prazo de vencimento com os fornecedores e identifique quais são as contas que devem ser priorizadas. De acordo com Hoji (2010), a administração das contas a pagar auxilia a empresa a: • estabelecer políticas de pagamentos; • controlar o adiantamento aos fornecedores; • controlar os abatimentos e as devoluções de mercadorias; Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 29 • controlar as cobranças bancárias; • liberar as duplicatas para pagamento. Podemos visualizar na Tabela 1.4 a simulação de contas a pagar do mês de abril de 2011. Tabela 1.4 – Contas a pagar Abril / 2011 (valores em R$) Data do vencimento Valor a pagar Credor Histórico Data de pagamento Valor pago 3 1.500,00 Restaurante BR Sabor Jantar (25/02) 3 1.500,00 5 680,00 L&V Ltda. Duplicata nº 239 5 680,00 8 257,00 Pedro Casagrande Serviços de informática 8 257,00 12 500,00 Autoposto Saldão Combustível 12 500,00 19 764,00 Imobiliária Santa Cruz Aluguel da Sala 2 19 764,00 27 3.400,00 Banco Asa Sul Empréstimo 27 3.400,00 Total 7.101,00 Total 7.101,00 É possível observar na Tabela 1.4 os principais elementos que devem ser considerados para fazermos o controle das con- tas a pagar: • Data de vencimento: data em que a conta deve ser quitada pela empresa. • Valor a pagar: valor devido. • Credor: pessoa física ou jurídica a quem se deve. • Histórico: detalhamento da modalidade de pagamento da conta e, também, de quais produtos ou serviços estão sendo quitados. • Data do pagamento: data em que a conta foi quitada. • Valor pago: valor que foi pago a determinado credor. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 30 Esses elementos nos permitem verificar quais são os cre- dores da empresa, bem como os valores e as datas de paga- mento. Ainda na Tabela 1.4, é possível observarmos que todos os valores devidos para pagamento foram efetuados nas datas previstas. 1.1.5 Controle de estoquesO estoque precisa passar por constantes verificações no que diz respeito à exigência de compras e à reposição de mercadorias. Esse monitora- mento auxilia nas tomadas de decisão de uma empresa, pois é possível identificarmos os produtos com alta e baixa rotati- vidade, além de ser uma medida útil para evitarmos o desvio ou o roubo de materiais. A Tabela 1.5 mostra que o controle de estoques contém infor- mações como a descrição do produto, a quantidade deste, o seu valor, o seu volume movimentado, a sua data de entrada ou de saída do estoque e o saldo existente. Tabela 1.5 – Controle de estoques Produto: cartucho de tinta preta para impressora Abril / 2011 (valores em R$) Dia Entrada Saída Saldo Quant. Valor unit. Subtotal Quant. Valor unit. Subtotal Quant. Valor unit. Subtotal 1 50,00 50,00 8 3 50,00 150,00 4 50,00 200,00 10 2 (50,00) (100,00) 2 50,00 100,00 15 1 (50,00) (50,00) 1 50,00 50,00 25 4 48,00 192,00 1 4 50,00 48,00 242,00 30 1 1 (50,00) (48,00) (98,00) 3 48,00 144,00 Saldo final 3 48,00 144,00 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 31 No exemplo da Tabela 1.5, é realizado o controle de estoque de cartucho de tinta preta para impressora. Observamos que os valores de aquisição dos cartuchos são demonstrados na coluna do valor unitário de entrada e variam de R$ 48,00 a R$ 50,00. A aquisição do cartucho de tinta por R$ 48,00 pode ser devido à troca de fornecedor, ao pagamento à vista do produto ou, até mesmo, à negociação de preços com os fornecedores. Como esses valores impactam no saldo financeiro do controle de estoque, consequen- temente impactarão nos resultados financeiros da empresa. Dessa forma, esse controle nos auxilia na tomada de decisão para adqui- rirmos produtos com o melhor custo-benefício. 1.1.6 Cartão de crédito corporativo O cartão de crédito confere a seu titular o direito de realizar compras em estabelecimentos comerciais credenciados pela administradora do referido cartão, para pagamento à vista ou parcelado, funcionando como um meio de pagamento eletrô- nico e automatizando o pagamento de contas. De acordo com a data estabelecida para o vencimento do car- tão, a administradora deste envia uma fatura detalhada com todas as transações efetuadas, permitindo um controle das despesas. O cartão também possui um limite de crédito conce- dido ao usuário, que dependerá da análise de crédito feita pela operadora. Nas empresas, o cartão de crédito corporativo é utilizado principalmente por pessoas de confiança, no caso de despesas com alimentação, hospedagem, aluguel de carros etc. Essas saí- das de caixa podem ser realizadas com a utilização desse cartão de crédito, principalmente quando são efetuadas em caráter de urgência e não podem esperar a fatura dos credores para o pagamento. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 32 Para utilizar o cartão de crédito, é necessário um controle rigoroso sobre o limite de crédito concedido, sobre as compras feitas com o cartão e sobre a data de vencimento destas, pois, se bem utilizado, esse recurso pode ser uma ótima ferramenta de crédito para o seu usuário. Recomenda-se que o controle das despesas feitas com o car- tão seja constantemente efetuado. Esse controle pode ser feito por meio de planilhas criadas no programa Microsoft Excel® ou de consultas constantes na fatura para incluir os valores em débito na planilha das contas a pagar. 1.1.7 Orçamento O orçamento é um instrumento utilizado para planejamento e controle financeiro. Por meio dele, é possível avaliar e demonstrar proje- ções financeiras das atividades de investimento, financiamento e operação da empresa. De acordo com Padoveze (2011, p. 235), o orçamento “é a ferramenta de controle por excelência de todo o processo ope- racional da empresa, pois envolve todos os setores da compa- nhia”. Essa ferramenta nada mais é que a previsão de todas as movimentações financeiras acerca das operações realizadas em uma empresa. O orçamento deve reunir informações financeiras que sejam condizentes com os objetivos empresariais e que auxiliem na visualização do plano e do controle de resultados. Assim, é possível alocarmos melhor os recursos disponíveis, maximizando o resultado da atividade proposta. Nesse caso, o orçamento serve como um guia para ações a serem executadas, antecipando o conhecimento dos resultados. O último capítulo deste livro será dedicado à prática orça- mentária, permitindo que você, leitor, aproprie-se com mais Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 33 profundidade dessa ferramenta tão importante para o plane- jamento estratégico das finanças. 1.2 Fluxo de Caixa Após o primeiro contato e a familiarização com o funciona- mento e a aplicabilidade dos controles financeiros básicos, torna-se mais fácil realizar um Fluxo de Caixa. Na verdade, esse fluxo nada mais é do que o produto da junção das infor- mações apresentadas anteriormente. Padoveze (2011, p. 3) apresenta uma ótima definição de Fluxo de Caixa ao dizer que este é o “Conjunto de movimentações financeiras decorrente do pagamento e recebimento dos even- tos econômicos das operações da empresa e das atividades de captação de recursos e investimentos de capital”. O Fluxo de Caixa é uma ferramenta que nos permite identificar o pro- cesso de circulação do dinheiro na empresa por meio da variação de caixa (Silva, 2010), ou seja, que auxilia no planejamento das entradas e saídas de recursos. Com essa ferramenta, é possível visualizarmos a proveniência e o uso do dinheiro na empresa, sendo que ela também fornece informações para um acom- panhamento mais criterioso do desempenho dos negócios, identifica os problemas financeiros que a empresa pode vir a enfrentar e possibilita a visualização das tomadas de decisão que possam otimizar os resultados. De acordo com Silva (2010), o Fluxo de Caixa pode trazer a compreensão da movimentação financeira de acordo com a sua especificação: • Fluxo de Caixa realizado – Possibilita verificar se as movi- mentações financeiras realizadas estavam de acordo com os objetivos organizacionais. Esse Fluxo de Caixa pode ser utilizado como insumo para tomada de decisão em períodos futuros. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s ema pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 34 • Fluxo de Caixa previsto – Tem como objetivo prever com antecedência as movimentações de entrada e saída de caixa e, assim, levar a medidas administrativas para cor- rigir a rota dessas movimentações. O Fluxo de Caixa pode ser segmentado em três áreas (Silva, 2010; Padoveze, 2011; Hoji, 2010): 1. Fluxo de investimentos – Aquisição de ativos fixos (saídas de caixa) e vendas de ativos fixos (entradas de caixa). 2. Fluxo de financiamentos – Entrada de dinheiro no caixa proveniente de capital próprio (capital dos sócios) e de capital de terceiros (empréstimos/financiamentos) e saída de caixa para pagamento de empréstimos, financiamentos, distribuição de lucros e devolução do capital dos sócios. 3. Fluxo de operações ou fluxo operacional – Saídas de caixa para aquisição de estoques e matéria-prima, pagamento de despesas gerais (aluguel, mão de obra, luz etc.) e impostos; e entradas de caixa pelas vendas de mercadorias, produtos ou serviços. A utilização correta do Fluxo de Caixa pode auxiliar o ges- tor a (Hoji, 2010): • controlar o capital de giro; • planejar as entradas e saídas de recursos; • identificar, com antecedência, o volume de fundos que será procurado em fontes de crédito; • estudar a viabilidade de um projeto antes de sua execução; • controlar os eventuais desvios em relação aos planos traçados; • prever possíveis aplicações para excedente de fun- dos e planejar o uso eficiente e racional dos recursos disponíveis; Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 35 • identificar problemas financeiros que a empresa possa vir a enfrentar. A administração eficaz do Fluxo de Caixa faz com que as transações sigam os seguintes caminhos: • Diminuição do ciclo compra/produção/estoque, para aumentar o giro do estoque. • Administração efetiva dos(as) custos/despesas fixos(as) e desperdícios dentro da empresa. • Máxima protelação do pagamento de compras/despesas. • Otimização dos sistemas de crédito, cadastro e cobrança. • Administração rigorosa do nível, do perfil e do custo do endividamento. Para saber mais A Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, instituiu a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) como um demonstrativo contábil obrigatório para as empresas com Patrimônio Líquido superior a R$ 2.000.000,00. Verifique os detalhes dessa lei no site a seguir: BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 dez. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/ Lei/L11638.htm>. Acesso em: 29 abr. 2012. 1.2.1 Fluxo de Caixa na prática Quando utilizado como uma ferramenta de controle financeiro, o Fluxo de Caixa pode ser empregado de diversas maneiras: Fluxo de Caixa por projeto; Fluxo de Caixa geral da empresa; Fluxo de Caixa pessoal; Fluxo de Caixa por setor, entre outros. O controle de Fluxo de Caixa pode ser aplicado em muitas atividades, controlando as entradas e as saídas de caixa da área Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 36 a qual o profissional está auxiliando. Com essa ferramenta, é possível registrar, por exemplo, todos os pedidos de deter- minada mercadoria feitos em determinado período. Em um próximo pedido, verifica-se qual o melhor custo-benefício de cada fornecedor para, dessa forma, a decisão de saída de caixa ser feita de maneira mais assertiva. O custo geralmente está relacionado ao menor preço, e o benefício às características dos produtos e serviços envolvidos no pedido. Os benefícios podem ser observados por meio da qualidade, da apresentação, da embalagem, da diversidade de produtos, da pontualidade na entrega e do bom atendimento. A Tabela 1.6 é o modelo inicial do Fluxo de Caixa, no qual podem ser observados alguns elementos que o compõe, tais como: • Descrição – Tipo de movimentação (saldo, entradas e saídas de caixa). Para cada tipo de movimentação será inserido o nome da conta, especificando a origem ou a aplicação do recurso financeiro. • Saldo inicial – Valor financeiro disponível no início das movimentações de cada mês. Geralmente, é proveniente do saldo final do mês anterior. • Entradas – Valor financeiro que entra no caixa em cada mês, proveniente de investimentos (venda de ativos fixos, retorno de uma aplicação financeira), financiamentos (capital dos sócios, patrocínio, empréstimos) e operações (venda de produtos e serviços à vista ou a prazo e multa/ juros por pagamento em atraso dos clientes). • Total das entradas – Somatório de todas as entradas do mês em questão. • Saídas – Valor financeiro que sai do caixa em cada mês devido a investimentos (aquisição de imóvel, máqui- nas e equipamentos), financiamentos (pagamento de Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 37 empréstimos, financiamentos e encargos financeiros, distribuição de lucros, devolução de capital aos sócios ou aos acionistas) e operações (pagamento de impostos, mão de obra, luz, água, aluguel, fornecedores). • Total das saídas – Somatório de todas as saídas do mês em questão. • Saldo final – Somatório do saldo inicial e do total das entra- das menos o total das saídas. O saldo final é o saldo inicial do mês seguinte. Tabela 1.6 – Modelo de Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial Entradas Total das entradas Saídas Total das saídas Entradas – saídas Saldo final Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 38 Estudo dE caso: EmprEsa dElta1 Para verificar o funcionamento de um Fluxo de Caixa na prá- tica, será simulada a organização de um congresso. Nesse caso, o fluxo utilizado será apenaspara o controle das movimenta- ções financeiras realizadas nesse evento. A empresa Delta foi contratada para organizar um congresso de moda. O primeiro passo é registrar o saldo inicial, ou saldo bancário, para a realização do evento. O saldo inicial de caixa da empresa é de R$ 10.000,00. Com esse saldo disponível, a empresa poderá iniciar suas atividades. Tabela 1.7 – Saldo inicial do Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial 10.000,00 Entradas Total das entradas Saídas Total das saídas Entradas – saídas Saldo final Após registrar o saldo inicial, conforme demonstrado na Tabela 1.7, serão registradas as entradas e as saídas de caixa realizadas conforme a movimentação financeira para a ope- racionalização do evento. 1 O e st u d o d e ca so s er á m es cl ad o co m a t eo ri a p ar a u m a m el ho r co m p re en sã o p or p ar te d o le it or . Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 39 1.2.2 Entradas de caixa As entradas de caixa são todos os numerários que acrescentam valores ao caixa da empresa. Elas advêm principalmente do recebimento de vendas, porém sua origem pode ser atribuída ao patrocínio, à venda de imobilizados, ao resultado de aplicações financeiras, aos empréstimos e ao capital dos sócios. A empresa Delta divulgou que o valor da inscrição para congresso é R$ 500,00. Digamos que o evento conte com 1.000 participantes e que todos eles paguem à vista no primeiro mês. Portanto, há uma entrada de caixa de R$ 500.000,00. O congresso também contou com um patrocinador, que cedeu R$ 50.000,00 no mesmo mês em troca da divulgação da marca de sua empresa no evento. Por isso, todos os materiais do evento deverão conter a marca da empresa patrocinadora. Assim, as entradas de fluxo serão registradas na conta Vendas de Inscrições, na qual se atribui o valor de R$ 500.000,00, e na conta Patrocínio, o valor de R$ 50.000,00. O total das entradas será o somatório dessas duas contas e contabilizará R$ 550.000,00. Para calcular o saldo final do primeiro mês, é necessário considerar o saldo inicial de R$ 10.000,00, somar com o total das entradas que foi de R$ 550.000,00 e subtrair o total das saídas. Como ainda não se verificou nenhuma saída de caixa, o saldo final é de R$ 560.000,00. Esses registros podem ser visualizados na Tabela 1.8. Tabela 1.8 – Entradas no Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial 10.000,00 Entradas Vendas de inscrições 500.000,00 Patrocínio 50.000,00 (continua) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 40 Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Total das entradas 550.000,00 Saídas Total das saídas Entradas – saídas Saldo final 560.000,00 Caso o pagamento não seja feito à vista, a inserção das entra- das referentes às inscrições deve ser preenchida de acordo com as condições de pagamento oferecidas pela empresa e aceitas pelo cliente. 1.2.3 Saídas de caixa As saídas de caixa são as quantias em dinheiro que saem do caixa provenientes de impostos pagos, materiais e serviços, salários e encargos sociais, custos indiretos de fabricação, des- pesas não operacionais, empréstimos, pagamento de fornece- dores, divisão de lucros, entre outros. Tomando como exemplo o congresso organizado pela empresa Delta, supõe-se que ocorreram os seguintes gastos: • Mão de obra: R$ 60.000,00. • Material promocional: R$ 50.000,00. • Aluguel de equipamentos: R$ 35.000,00. • Aluguel do espaço: R$ 50.000,00. • Outros: R$ 5.000,00. (Tabela 1.8 – conclusão) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 41 Tabela 1.9 – Saldo no Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial 10.000,00 Entradas Vendas de inscrições 500.000,00 Patrocínio 50.000,00 Total das entradas 550.000,00 Saídas Salário de pessoal (60.000,00) Material promocional (50.000,00) Aluguel de equipamentos (35.000,00) Aluguel do espaço (50.000,00) Outros (5.000,00) Total das saídas (200.000,00) Entradas – saídas 350.000,00 Saldo final 360.000,00 A Tabela 1.9 demonstra o registro das contas a pagar, sendo que o somatório dessas contas é de R$ 200.000,00. Para cal- cular o saldo final, que foi de R$ 360.000,00, é necessário somar o saldo inicial (R$ 10.000,00) com o total das entradas (R$ 550.000,00) e subtrair o total das saídas (R$ 200.000,00). 1.2.4 Contas a receber As contas a receber estão vinculadas às entradas de caixa referentes ao pagamento de valores devidos por clientes. Geralmente, as contas são recebidas de acordo com a política de crédito da empresa, que se relaciona com: • concessão de prazos para pagamentos; • estabelecimento de padrões de crédito; Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 42 • políticas de cobrança; • estabelecimento de descontos para pagamentos à vista. Prevendo que haveria dificuldades por parte dos clientes em pagar a inscrição do congresso, a empresa Delta resol- veu mudar sua política de crédito. A condição de pagamento oferecida aos participantes é o parcelamento do valor total em duas vezes: a primeira parcela para 30 dias e a segunda parcela para 60 dias. Na Tabela 1.10, é possível verificarmos os principais impactos dessa mudança na política de crédito oferecida aos clientes. Tabela 1.10 – Contas a receber no Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial 10.000,00 (140.000,00) 110.000,00 Entradas Vendas de inscrições 250.000,00 250.000,00 Patrocínio 50.000,00 Total das entradas 50.000,00 250.000,00 250.000,00 Saídas Salário de pessoal (60.000,00) Material promocional (50.000,00) Aluguel de equipamentos (35.000,00) Aluguel do espaço (50.000,00) Outros (5.000,00) Total das saídas (200.000,00) 0,00 Entradas – saídas (150.000,00) 250.000,00 Saldo final (140.000,00)110.000,00 360.000,00 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 43 Devido à mudança das condições de pagamento ofereci- das aos clientes, a empresa Delta sofreu um impacto negativo no final do primeiro mês, ficando com um saldo negativo de R$ 140.000,00. A atratividade das condições de pagamento é um fator relevante para a escolha do cliente ao adquirir um produto ou serviço. Entretanto, essas condições não podem prejudicar o caixa da empresa. Dessa forma, é muito importante certificar se a polí- tica de crédito oferecida aos clientes é, ao mesmo tempo, um fator atrativo para a compra e se não prejudicará o saldo do caixa mensal. Questão Para reflexão Caso a empresa Delta mantenha sua política de crédito de par- celamento do valor da inscrição em duas vezes, que alternativa ela teria para evitar que o saldo de caixa fosse negativo ao final do primeiro mês? A alternativa seria negociar a política de pagamento das contas devidas, para que estas também fossem pagas de acordo com a disponibilidade de caixa. 1.2.5 Contas a pagar Normalmente, as empresas, para pagarem suas contas, seguem a política de crédito oferecida por seus fornecedores. O ideal é estabelecer prazos de pagamentos que levem em consideração o caixa disponível, para poder honrar os compromissos. Para tanto, é necessário que as entradas aconteçam antes das saí- das. Uma alternativa a ser analisada é fazer a compra à vista mediante um pedido de desconto. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 44 Para solucionar o problema de Fluxo de Caixa do primeiro mês, a empresa Delta reorganizou o fluxo de saídas de caixas para as seguintes condições: • Salários: os salários serão divididos em R$ 3.000,00 no primeiro mês, no segundo mês serão pagos R$ 7.000,00 e no terceiro mês R$ 50.000,00. • Material promocional: parcelado em quatro vezes. • Aluguel de equipamentos: pagamento integral no terceiro mês. • Aluguel do espaço: entrada de 5% e o restante em duas vezes (60 e 90 dias). Na Tabela 1.11, é possível visualizarmos o impacto no caixa da empresa Delta. Tabela 1.11 – Contas a pagar no Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial 10.000,00 34.500,00 265.000,00 392.500,00 Entradas Vendas de inscrições 250.000,00 250.000,00 Patrocínio 50.000,00 Total das entradas 50.000,00 250.000,00 250.000,00 0,00 Saídas Salário de pessoal (3.000,00) (7.000,00) (50.000,00) Material promocional (12.500,00) (12.500,00) (12.500,00) (12.500,00) Aluguel de equipamentos (35.000,00) Aluguel do espaço (5.000,00) (25.000,00) (25.000,00) Outros (5.000,00) Total das saídas (25.500,00) (19.500,00) (122.500,00) (37.500,00) Entradas – saídas 24.500,00 (230.500,00) 127.500,00 (37.500,00) Saldo final 34.500,00 265.000,00 392.500,00 355.000,00 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 45 Com as mudanças nos prazos para o cumprimento dos compromissos financeiros da empresa Delta com terceiros, podemos verificar que os saldos finais de caixa tornaram-se positivos em todos os meses. Dessa forma, foi possível manter as condições de pagamento oferecidas aos clientes sem preju- dicar o caixa da empresa. 1.2.6 Investimentos, empréstimos e financiamentos Os investimentos refletem os efeitos das decisões tomadas sobre as aplicações, em caráter permanente, de recursos neces- sários para a operacionalização do empreendimento. A empresa Delta decide comprar dois veículos para tornar o transporte mais eficiente durante o evento. Como ela não tem disponível o montante necessário para comprar os veículos à vista, deverá recorrer ao financiamento diretamente com a concessionária de veículos. Para tanto, faz-se necessária uma previsão do saldo do caixa em cada mês, no intuito de se cer- tificar de que haverá capital suficiente para suprir as despesas de acordo com a política de pagamento adotada. Financiamentos e empréstimos são provenientes de capital de ter- ceiros, e uma taxa de retorno (custo de capital) é cobrada pelo inves- tidor (credor). Cada credor deseja ser remunerado pelo risco que estará correndo temporariamente, ao ceder seu capital ao tomador. Ao fazer o controle de empréstimos e financiamen- tos, é possível ter mais segurança para negociar e analisar os custos de empréstimos e financiamentos de acordo com as disponibilidades da empresa (Hoji, 2010). O valor de cada veículo é de R$ 62.500,00. Supõe-se que a empresa deu uma entrada de R$ 50.000,00 e pagou o restante em três parcelas sem juros. Observe como ficou o Fluxo de Caixa da empresa na Tabela 1.12. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 46 Tabela 1.12 – Financiamento no Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês Saldo inicial 10.000,00 (15.500,00) 190.000,00 292.500,00 Entradas Vendas de inscrições 250.000,00 250.000,00 Patrocínio 50.000,00 Total das entradas 50.000,00 250.000,00 250.000,00 0,00 Saídas Salário de pessoal (3.000,00) (7.000,00) (50.000,00) Material promocional (12.500,00) (12.500,00) (12.500,00) (12.500,00) Aluguel de equipamentos (35.000,00) Aluguel do espaço (5.000,00) (25.000,00) (25.000,00) Outros (5.000,00) Compra de veículo (50.000,00) (25.000,00) (25.000,00) (25.000,00) Total das saídas (75.500,00) (44.500,00) (147.500,00) (62.500,00) Entradas – saídas (25.500,00) 205.500,00 102.500,00 (62.500,00) Saldo final (15.500,00) 190.000,00 292.500,00 230.000,00 É possível observarmos na Tabela 1.12 que o saldo de caixa ficou negativo em R$ 15.500,00 no primeiro mês devido ao financiamento dos veículos adquiridos. Dessa forma, a empresa não conseguirá honrar com todas as suas obrigações neste mês. Com esse saldo negativo, a empresa terá algumas alternativas para solucionar o seu problema de caixa: • Atrasar o pagamento de alguma conta no primeiro mês e pagá-la no próximo mês com multa e juros cobrados pelo credor. • Renegociar o prazo de pagamento com um ou mais credores.
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