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Aula 09 - DIREITO ADMINISTRATIVO

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2 
*AGENTES PÚBLICOS* 
 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
Todo aquele que exerce função pública, quer seja temporária, quer sem remuneração (Ex: integrantes do júri, 
mesário). É a expressão mais abrangente, compreendendo os Agentes Políticos, Servidores Estatais e Agen-
tes Honoríficos. 
 
a) AGENTE POLÍTICO  Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos (Secretários e Ministros), Membros do 
Legislativo, Membros do Ministério Público (Procurador e Promotor de Justiça) e Poder Judiciário. Seguem Regi-
me Estatutário ou o chamado Regime Legal. 
 
OBS: Há divergência se Ministério Público e Judiciário se enquadrariam nesse conceito. A corrente Majoritária 
admite seu enquadramento. 
 
b) SERVIDOR ESTATAL  Todo aquele que atua no Estado, não sendo necessariamente ‘Funcionário Público’. 
 
Servidor Estatal  Servidor Público 
  Servidor de Entes Governamentais de Direito Privado 
 
 Servidores Públicos  Aquele que atua em Pessoa Jurídica de Direito Público  Administração Direta 
  Administração Indireta  Autarquias 
  Fundações Públicas 
 
E.C. 19/98, CF/88  Acabou com o Regime Jurídico Único, o que veio a igualmente abolir a expressão ‘Funcio-
nário Público’, uma vez que essa denominação referia-se ao servidor que, com exclusividade, podia exercer cargo 
publico. 
 
Após a EC 19/98, pode-se ser tanto titular de CARGO PÚBLICO (vínculo Estatutário), quanto de EMPREGO PÚ-
BLICO (vínculo celetista). A lei que cria o cargo/emprego é que definirá o Regime a ser adotado. 
 
Servidores de Entes Governamentais de Direito Privado  São aqueles integrantes das Empresas Públicas 
ou de Sociedade de Economia Mista. Só podem ter EMPREGOS PÚBLICOS (CLT), mas se equiparam aos servi-
dores públicos nos seguintes aspectos: 
 
I) Estão sujeitos a CONCURSO PÚBLICO; 
 
II) Vale o Regime da NÃO CUMULAÇÃO de CARGO ou EMPREGO; 
 
III) Se a empresa pública ou Sociedade de Economia Mista NÃO receber dinheiro para custeio (verba governa-
mental para sobreviver no dia-dia), NÃO se SUBMETE ao TETO REMUNERATÓRIO. No entanto, se depender 
do Estado para sobreviver, SUBMETE-SE ao TETO; 
 
IV) Submetem-se à Lei de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; 
 
V) Sujeitam-se aos REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (MS, HD etc); 
 
VI) Equiparam-se a Servidores Públicos para EFEITOS PENAIS; 
 
VII) Não gozam de ESTABILIDADE, não sendo necessário Processo Administrativo, nem 
de motivação para ser despedido Súm. 390 e OJ 247 do TST 
 
c) AGENTES HONORÍFICOS É o Particular em Colaboração, que podem ser: 
 
Voluntários (ex. Amigos da Escola); 
Requisitados (ex. Mesários, Jurados do Júri e Serviço Militar Obrigatório); 
Aqueles que exercem Atos Oficiais. 
Serviço Notorial (Cartório de Registro Público, delegados de função, art. 236 da C.F/88). OBS: quem legisla so-
bre cartórios é o Estado federado. 
 
 
 
 
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01. CARGO PÚBLICO 
 
  cargo em Comissão 
● Subdivide-se em  cargo Efetivo 
  cargo Vitalício 
 
a) CARGO EM COMISSÃO  É o chamado cargo de parente ou comissionado. 
 
É de livre nomeação e exoneração  Exoneração AD NUTUM. Qualquer pessoa pode exercer cargo de confian-
ça, desde que se reserve um limite mínimo que detenha cargo efetivo, pelo principio da continuidade. 
 
OBS: CARGO DE CONFIANÇA ≠ FUNÇÃO de CONFIANÇA  A Função é um plus que só pode ser exercido 
por cargo efetivo, que ganhara gratificação pela responsabilidade a maior (lei 8.112/90). 
 
b) CARGO EFETIVO  Nomeado por Concurso Público, em caráter definitivo, podendo vir a adquirir a estabili-
dade. O cargo é efetivo e não estável, já que essa última qualidade pertence ao servidor. 
 
Quando o servidor se torna estável, só poderá ser demitido via Processo Administrativo, processo Judicial transi-
tado em julgado ou avaliação periódica. 
 
c) CARGO VITALÍCIO  só pode haver dispensa via processo judicial transitado em julgado (ex. Ministério Pú-
blico, Juiz, Tribunal de Contas, esse ultimo sequer precisa de concurso publico para contratação) 
 
PROVIMENTO 
 
Necessário para o preenchimento de um cargo (art.10, lei 8.112/90). 
 
 
  Originário  Nomeação 
• Provimento  Vertical  Promoção 
  Derivado  Horizontal  Readaptação 
  Reingresso  Reintegração 
  Recondução 
  Reversão 
 
a) Provimento ORIGINÁRIO  Só ocorre por Nomeação, a qual depende de aprovação em concurso público. 
 
NOMEAR  Designar, atribuir ao servidor. Resulta no provimento. 
 
EMPOSSAR  Aceitar o cargo (assina os papéis). Quando se anui à posse, têm-se a investidura, que é a for-
mação de relação jurídica com a Administração. 
 
Se nomeado, tem 30 dias para tomar posse. Empossado, terá 15 dias para entrar em exercício. 
 
Se o nomeado não tomar posse nos 30 dias, a nomeação torna-se sem efeito. Perde-se a vaga no concurso. Se 
tomar posse, mas não entrar em exercício nos 15 dias, ocorrerá desinvestidura mediante EXONERAÇÃO de 
OFÍCIO. 
 
OBS: A desinvestidura também poderá ser pela modalidade de demissão, porém sem aplicabilidade no caso ante-
rior, pois a demissão sempre será uma penalidade disciplinar. 
 
OBS: No provimento Originário, admite-se as seguintes hipóteses de DESNECESSIDADE de CONCURSO PÚ-
BLICO: 
 
Cargo em COMISSÃO; 
 
Hipóteses Constitucionais (Regra do Quinto Constitucional, Ministro do STF, Tribunal de Contas, etc.); 
 
Contratação TEMPORÁRIA (via processo seletivo simplificado); 
 
 
 
 
 
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Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (via processo seletivo, art. 198, §4º, C.F/88); 
 
b) Provimento DERIVADO 
 
  Vertical  Promoção 
 ▪ Derivado  Horizontal  Readaptação 
  Reingresso  Reintegração 
  Recondução 
  Reversão 
 
Provimento VERTICAL  Ascensão na carreira; ascensão funcional. A única hipótese possível é a Promoção. 
 
Provimento HORIZONTAL  Recolocação do Servidor com limitação física (surdez, problemas cardíacos, etc.). 
A única hipótese é a READAPTAÇÃO, na qual muda de cargo sem ascender na carreira (ex. professora, que por 
problemas de saúde, torna-se atendente de biblioteca). 
 
OBS: Remoção não é provimento, pois é forma de deslocamento de um lugar para outro. A Lei 8.112/90, art.10º 
elenca rol taxativo quanto aos casos de provimento. 
 
Provimento por REINGRESSO  Servidor retorna à Administração, isso só quando o mesmo gozar de estabili-
dade (art. 41 da C.F/88). 
 
I) REINTEGRAÇÃO  Quando o afastamento se deu por conta de uma ilegalidade contra o servidor (ex. desli-
gamento de estável sem processo administrativo). 
 
II) RECONDUÇÃO  São duas hipóteses: 
 
A  Quando o antigo ocupante do cargo for Reintegrado. 
B  Quando houver retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, tendo em vista a sua inabilita-
ção em estágio probatório de outro cargo (art.29, I da lei 8.112/90). 
 
OBS: Quando ocorrer Excesso de Despesa com Pessoal (art.169 da C.F/88). Para tanto, observa-se os limites 
de gasto com pessoal impostos no art. 19 da LC 101/00 que estabelece os seguintes índices: 
 
  União  50%art. 19 da LC 101/00  Estado 60% 
  Município  60% 
 
Excedido o limite, começa-se a despedir na seguinte ordem: 
 
1º  Pelo menos 20% dos CARGOS em COMISSÃO; 
 
2º  Servidores NÃO ESTÁVEIS (em estágio probatório); 
 
3°  Servidores ESTÁVEIS (só poderão exonerá-los após todos os não estáveis e os 20% dos cargos de confi-
ança). Será por via EXONERAÇÃO (não é demissão, por não ser uma pena), sendo que a Administração só po-
derá se valer desse novo cargo (pois o anterior terá que ser extinto), ou cargo a ele análogo, depois de 04 anos 
de sua extinção. 
 
OBS: Se houver dispensa sem observância dessa ordem legal, o servidor é REINTEGRADO, ante a ilegalidade 
da conduta administrativa. Daí, se o servidor retorna ao cargo de origem, terá direito a todas as vantagens do 
período em que esteve afastado (subsídio/vencimento, tempo para fins de antiguidade, etc.). Dessa forma, o atual 
ocupante do cargo pertencente ao servidor, então, reintegrado deverá ser RECONDUZIDO a outro cargo vago. 
 
O reconduzido tem direito a voltar ao cargo de origem desde que VAGO. Se não estiver vago, reconduz para car-
go equivalente vago. Novamente, se não houver vaga, ficará em DISPONIBILIDADE, recebendo proporcional-
mente ao tempo de serviço
1
. Pelo instituto do REAPROVEITAMENTO, ele volta ao cargo porventura vago. 
 
 
 
 
 
 
 
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III) REVERSÃO  Duas Hipóteses: 
 
A  Aposentadoria por Invalidez. Porém, cessada a incapacidade laborativa, retorna aos serviços. 
 
B  Retorno espontâneo de aposentado à Atividade (art.25 da lei 8.112/90). Nesse caso, o servidor se apo-
senta, mas depois decide voltar ao trabalho, antes de completar a idade da compulsória. Peticionará um requeri-
mento de reversão à Administração Pública, que poderá, ou não, aceitá-lo. 
 
 DESINVESTIDURA  Sempre que precisar de processo administrativo. 
 
  Demissão 
▪ Desinvestidura Exoneração 
  Cassação 
  Destituição 
 
a) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR  PAD 
 
Penalidades: 
 
Advertência (infração leve) 
Suspensão (infração média) 
Demissão (falta grave) 
Cassação (falta grave) 
Destituição (falta grave ou infração média) 
 
OBS: A CASSAÇÃO se opera quando o servidor estiver aposentado ou em disponibilidade e praticar falta grave 
à época em que ainda ocupava seu cargo. 
 
OBS 2: A DESTITUIÇÃO ocorrerá sempre que o servidor ocupante de Cargo ou Função em Comissão for ape-
nado com suspensão ou demissão (em qualquer um desses casos). 
 
  SINDICÂNCIA 
  SUMÁRIO  ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS 
Processo Administrativo Disciplinar 
  ORDINÁRIO  PAD PROPRIAMENTE DITO 
 
Provimento SUMÁRIO 
 
I) SINDICÂNCIA  Serve para investigação prévia. Porém, a lei 8.112/90 a reconheceu como mecanismo ou 
processo próprio para apuração de fatos, na hipótese de punição por infração LEVE, ou seja, por: Advertência 
ou Suspensão de até 30 dias. Tem prazo para conclusão de 30 dias prorrogáveis por mais 30. 
 
Precisa de contraditório e ampla defesa. Se a infração mais grave for detectada, incumbirá a instauração de Pro-
cesso Administrativo propriamente dito. 
 
  ARQUIVA  ADVERTÊNCIA 
▪ SINDICÂNCIA  INFRAÇÃO LEVE  SUSPENSÃO por até 30 dias 
  PAD propriamente dito 
 
II) ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS  Art. 133 do Regime Jurídico da União – RJU. Seu prazo é de 30 
dias prorrogáveis por mais 15. Se verificada a acumulação, a Administração deve dar a opção ao servidor de 
qual cargo quer permanecer, sendo do outro EXONERADO. 
 
Se não houver manifestação do servidor, instaura-se processo administrativo, mas até o prazo da defesa, deve-se 
facultar novamente a opção entre os cargos (até esse momento, reconhece-se a boa-fé do servidor). Mantendo-se 
silente, por ser pena tida por grave, ele será demitido de AMBOS os CARGOS. 
 
Provimento ORDINÁRIO  Corresponde ao processo administrativo disciplinar propriamente dito. Tem prazo 
para conclusão de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. 
 
 
 
 
 
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  Suspensão por mais de 30 dias 
Penalidades 
  Demissão 
 
  Instauração  Instrução 
Fases  Inquérito Administrativo Defesa 
  Julgamento  Relatório 
 
Descoberta a infração, a Instauração do PAD, pela autoridade administrativa, é Ato Vinculado. 
 
Na segunda fase (Inquérito Administrativo), têm-se o miolo do processo, com instrução, defesa e relatório. O rela-
tório é conclusivo (deve propor um resultado) e o julgamento só poderá contrariá-lo se esse se mostrar incompa-
tível com as provas dos autos. 
 
Havendo recurso administrativo, poderá haver REFORMATIO IN PEJUS, a lei é expressa nesse sentido. Somente 
não se admite a Reformatio in pejus em casos de REVISÃO (sempre que surgir fato novo, oponível a qualquer 
tempo). 
 
Há vedação legal de o servidor requerer aposentadoria ou exoneração voluntária, quando, contra ele, for instaura-
do um PAD. Porém poderá ser aposentado compulsoriamente¸ uma vez que a lei assim obriga. Se detectada a 
infração após a sua aposentadoria, sofrerá pena de Cassação. 
 
 
ESPÉCIES de EXONERAÇÃO: 
 
VIII) A PEDIDO do Servidor; 
 
IX) ‘AD NUTUM’, em caso de cargo em comissão; 
 
X) ‘EX OFFICIO’, quando o empossado não entrar em exercício; 
 
XI) EXCESSO de QUADRO FUNCIONAL (art. 169, C.F/88); 
 
XII) INABILITAÇÃO no ESTÁGIO PROBATÓRIO; 
 
XIII) REPROVAÇÃO em AVALIAÇÃO PERIÓDICA, apenas possível quando houver Quadro de Carreira. Falta 
LC para regulamentar certas carreiras, outras já possuem; 
 
 
  Parcela FIXA 
  REMUNERAÇÃO Parcela 
 VARIÁVEL 
SISTEMA REMUNERATÓRIO 
  SUBSÍDIO  Parcela ÚNICA 
 
a) REMUNERAÇÃO  Paga em duas parcelas: 
 
 Parcela Fixa  Vencimento (≠ Vencimentos Parcela Fixa + Parcela Variável). 
 Parcelas Variáveis  Acréscimos pecuniários em razão de qualidades pessoais do servidor. 
 
b) SUBSÍDIOS  É parcela única que, no latim, significa ‘ajuda de sobrevivência’, mas quem a recebe é o alto 
escalão. 
 
Chefes do Executivo; 
Auxiliares Imediatos do Executivo (Ministros e Secretários); 
Membros do Legislativo; 
Magistratura; 
Membros do Ministério Público (Promotor e Procurador); 
AGU; 
Procuradores e Defensores; 
 
 
 
 
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Conselheiros dos Tribunais de Contas; 
Policiais (Toda a carreira); 
Todos os demais estruturados em cargos de carreira; 
 
Paga-se, apenas, acima do Subsídio: 
 
Garantias do art. 39, § 3º da C.F/88; 
Transporte; 
Verbas Indenizatórias (diárias, ajuda de custo equivalente a 03 vezes o provento do servidor removido pelo ser-
viço público). 
 
 FIXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO 
 
Necessita de lei de iniciativa de quem for pagar a conta. Alguns casos não dependem de lei e sim de Decreto Le-
gislativo (o qual dispensa a sanção ou veto do Executivo). 
 
 
 
  Presidente 
CONGRESSO NACIONAL  DL Ministro de Estado Senador e Deputado Federal 
 
CÂMARA MUNICIPAL  DL Vereador 
 
  Governador 
LEI Deputado Estadual 
  Prefeito 
LEI  Câmara Deputados  Senado  Sanção/Veto do Presidente 
 
DL  Câmara Deputados  Senado 
 
TETO REMUNERATÓRIO 
 
Ninguém ganha mais que Ministro do STF. Com a EC 41, criou-se Subtetos: 
 
  Poder Executivo 
UNIÃO  Ministro do STF  Poder Legislativo 
 (teto vale para todos)  Poder Judiciário 
 
  Poder Executivo  Governador 
ESTADO  Poder Legislativo  Deputado Estadual 
  Poder Judiciário  Desembargador (limitado a 90,25% do Ministro do STF). Tam-
bém vale para: 
 Membros do Ministério Público, Defensores Públicos e Procuradores do Estado. 
 O teto para todo o Judiciário é o devido aos Desembargadores. Porém, os auxiliares administrativos dos equi-
parados (MP, PGE, DP), têm por base o teto do Governador. 
 
*IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA* 
 
A Probidade Administrativa não é novidade no ordenamento jurídico brasileiro, já o Princípio da Moralidade foi 
introduzido pela Constituição Federal de 1988. Esse princípio tem conceito vago e indeterminado, por isso muito 
doutrinadores misturam moralidade com probidade, porque ambas decorrem da ideia de honestidade. 
 
Entretanto, a improbidade é muito mais ampla que a moralidade, envolvendo muito mais hipóteses. 
 
CONCEITO: 
 
É Designativo técnico para definir a corrupção administrativa, como desvirtuamento da administração pública, com 
a desobediência às regras de administração pública. 
 
 
 
 
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FONTES: 
 
Está prevista na CF de 1988 em 04 hipóteses: 
 
a) Art.15: Suspensão dos Direitos Políticos em razão de Improbidade Administração. 
 
b) Art.85: Prática de atos de improbidade faz parte do rol de crimes de Responsabilidade do Presidente da Repú-
blica. 
 
c) Art.14, §9º: Improbidade Administrativa no Período Eleitoral. 
 
d) Art. 37, §4º: Regulado pela Lei 8429/92: Lei da Improbidade Administrativa. 
 
COMPETÊNCIA para LEGISLAR sobre IMPROBIDADE: 
 
União: Com fundamento no art.22, I, a doutrina atribui competência legislativa exclusiva à União para legislar a 
respeito, em razão da natureza das sanções aplicadas pela lei de improbidade (natureza eleitoral, civil, que são de 
legislação exclusiva pela União). 
 
No que tange ao procedimento administrativo a competência é concorrente, ou seja, a União legisla sobre normais 
gerais, e os outros entes legislam sobre matérias específicas. 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
 
Não é ilícito penal. Para que um ato de improbidade seja também considerado ilícito penal, é necessário que este-
ja tipificado como tal em Lei Penal. 
 
OBS: Todo crime contra administração é ato de improbidade, mas nem todo ato de improbidade é crime. 
 
Também não é ilícito administrativo. Mas a Lei 8.112/90, estatuto dos servidores, pode estabelecer que um ato de 
improbidade seja também infração funcional, sendo, neste caso, também ilícito administrativo. 
 
Tem natureza de Ilícito Civil, embora alguns doutrinadores considerem que ela pode ter natureza de ilícito políti-
co em alguns casos. É apurado pela Ação de Improbidade Administrativa, que tem natureza de Ação Civil Pública. 
 
OBS: Um Ato de Improbidade que seja ilícito civil, poderá também ser um Ilícito Penal e Ilícito Administrati-
vo, hipótese na qual haverá procedimento para punição nas instâncias civil, administrativa e penal. 
 
Regra Geral: Incomunicabilidade das Instâncias. Exceções: 
 
a. Sentença Absolutória no Processo Penal por inexistência do fato ou negativa de autoria: Neste caso, há comu-
nicação das instâncias, e o absolvido no processo penal será absolvido também nos processos civil e administra-
tivo. 
 
b. Absolvição por Excludente no Processo Penal: Faz Coisa Julgada no Processo Civil no que diz respeito à exis-
tência da excludente. Contudo, ainda assim, o absolvido por excludente poderá ser condenado no civil. 
 
c. Art.935, CC/02; Arts.65 e 66 do CPP; Art.126, Lei 8.112/90: Outras situações onde há comunicabilidade de 
instâncias. 
 
Não há necessidade de sobrestação dos processos civil e administrativo enquanto correr o processo penal, mas o 
ideal é o que o juiz o faça, embora não seja obrigado a fazê-lo. 
 
SUJEITO PASSIVO (Art.1º, Lei 8429/92): 
 
a. Administração Direta, Sociedade de Economia Mista, Empresa Pública, Autarquias e Fundações. 
 
b. Pessoa Jurídica na qual o Poder Público participe com mais de 50%. Neste caso, a PJ está sujeita inte-
gralmente à Lei de Improbidade. 
 
 
 
 
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c. Pessoa Jurídica na qual o Poder Público participe com menos de 50%: Neste caso, as sanções ficarão 
limitadas ao patrimônio, e a sanção pela improbidade ficará limitada ao prejuízo causado ao Poder Público. Ex. 
Fundos de Pensão das Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. 
 
SUJEITO ATIVO: 
 
a) Agentes Públicos, inclusive os agentes políticos, embora haja uma reclamação no STF com objetivo de ex-
cluí-los da lei de improbidade. 
 
b) Terceiros: Desde que induzam, concorram ou se beneficiem da prática do ato. Entretanto, não responderá por 
todas as penas da ação de improbidade. 
 
c) Pessoa Jurídica poderá ser sujeito ativo de improbidade: Também não sofrerá todas as sanções, limitar-se-á 
às penas possíveis de serem aplicadas a uma Pessoa Jurídica. 
 
OBS: Alguns autores entendem que mesmo os advogados privados poderão praticar ato de improbidade quando 
atuarem em processo judicial, por exemplo. 
 
ATOS DE IMPROBIDADE: 
 
a) Atos que geram ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (art.9º): 
 
O art. 9º é rol exemplificativo, basta que a conduta se enquadre no caput do artigo para que haja enquadramento 
no ato de enriquecimento ilícito. 
 
Sanções: 
 
I) Devolução do acrescido ilicitamente. 
II) Ressarcimento dos prejuízos causados, quando houver prejuízo ao erário. 
III) Suspensão de direitos políticos, de 8 a 10 anos. 
IV) Perda da Função. 
V) Aplicação da Multa Civil: Até 3 x o que foi acrescido ilicitamente. 
VI) Proibição de Contratar, receber benefícios e incentivos fiscais pelo prazo de 10 anos. 
 
b) Atos de Improbidade gerada por DANOS AO ERÁRIO (art.10º): 
 
Sanções: 
 
I) Ressarcimento dos prejuízos causados. 
II) Perda da Função. 
III) Suspensão dos Direitos Políticos, de 05 a 08 anos. 
IV) Multa Civil: até duas vezes o Dano Causado ao Erário. 
V) Proibição de contratar, receber incentivos fiscais e creditícios do Estado, durante 05 anos. 
 
OBS: Poderá haver devolução do acrescido, apenas pelo 3º que cometeu o ato de improbidade juntamente com o 
agente, mas não haverá possibilidade de devolução do por parte do agente. 
 
c) Atos de Improbidade por VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ADM. PÚBLICA (art.11): 
 
Não é necessário que a violação seja a Princípio que esteja no rol do art.11. 
 
OBS: Doação: É Limitada às hipóteses do art.17 da Lei 8666/93, que foi alterado pela Lei 11196/05, qualquer 
doação fora dessas hipóteses ensejará improbidade. 
 
OBS: Placa Informativa de obras e serviços públicos: Não ensejam improbidade. Entretanto, placas e publicidades 
de promoção de agentes públicos, mesmo quando feita por terceiros, enseja improbidade administrativa. 
 
OBS: Infração ao Princípio da Igualdade no Concurso Pública: Também enseja improbidade. 
 
Sanções: 
 
 
 
 
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I) Perda da Função. 
II) Suspensão dos Direitos Políticos de 03 a 08 anos. 
III) Multa Civil: Até 100 x, mais o correspondente ao salário mensal do agente. 
IV) Proibição de contratar e receber incentivos fiscais e creditícios do poder público pelo prazomáximo de 3 anos. 
 
OBS: É possível o ressarcimento dos prejuízos causados, por dano moral ou intelectual, mesmo que não tenha 
havido dano econômico. 
 
OBS: Não há possibilidade de devolução do acrescido, nem mesmo pelo 3º particular. 
 
d) Disposições em Comum às três Modalidades de Improbidade: 
 
Não é possível misturar penas imputadas a mais de um ato de improbidade, quando o agente praticou mais de 
uma modalidade. As penas poderão ser aplicadas isoladamente ou em bloco. O juiz deverá levar em conta a gra-
vidade do ato para decidir se aplica uma, algumas ou todas as penas atribuídas à modalidade de improbidade 
praticada. 
 
A Lei de Improbidade leva em conta o que fez o agente público, sem importar o que fez o 3º particular. Se o agen-
te praticou a conduta A, o particular responderá na ação de improbidade pela conduta A, mesmo que tenha incor-
rido em outro tipo de ilícito administrativo que enseje improbidade. 
 
Não há cumulação de punições, se o agente praticou mais de 1 ato de improbidade, responderá apenas pelo mais 
grave. 
 
ELEMENTO SUBJETIVO: 
 
Art.10: O Ato de improbidade praticado com Dano ao Erário, tipificado no art.10, é a única modalidade que aceita 
expressamente que o agente seja punido se agiu com dolo ou culpa. 
 
Enriquecimento Ilícito e Violação a Princípio da Administração Pública só podem ser praticados na modalidade 
dolosa, segundo entendimento da maioria da doutrina. 
 
OBS: O Ministério Público entende que mesmo o enriquecimento ilícito e a violação a princípio da administração 
pública devem ocorrer na modalidade culposa e dolosa. 
 
AÇÃO JUDICIAL: 
 
 Natureza Jurídica 
 
A Ação de Improbidade tem natureza de Ação Civil Pública. Por ter natureza de ACP, poderá ou não ser prece-
dida de Inquérito Civil. Esse inquérito servirá como investigação preliminar. 
 
OBS: Alguns doutrinadores criticam esse entendimento, sob fundamento de que a Lei de Improbidade é própria e 
o seu procedimento também é próprio. Por isso, o melhor a fazer numa prova é fazer uma Ação de Improbidade. 
 
 Legitimidade 
 
Ministério Público e a Pessoa Jurídica lesada do rol do art.1º, que será sujeito passivo do ato de improbidade 
e sujeito ativo de ação de improbidade. 
 
OBS: Se o Ministério Público for o autor da ação, deverá notificar a Pessoa Jurídica lesada para, se ela quiser, 
integrar o processo como Litisconsorte do MP. Se a autora da ação for a Pessoa Jurídica lesada, o Ministério Pú-
blico deverá participar da ACP como custos legis. 
 
 Competência 
 
Sempre na 1ª Instância, no foro do local onde ocorreu o dano causado pelo ato de improbidade. 
 
 
 
 
 
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A Lei 10.628/02 introduziu o §.2º no art.84 do CPP, instituindo foro privilegiado para a autoridade que praticasse 
ato de improbidade. A competência seria da Corte competente para julgar a autoridade no Âmbito penal. 
 
Contudo, duas ADIN´s interpostas pelo CONAMP (No 27977) e a AMB (2860) declararam a Inconstitucionalidade 
deste parágrafo, sob o fundamento de que lei ordinária não pode ampliar competência disposta na Constituição 
Federal de 1988. Outro fundamento de que os Tribunais ficariam sobrecarregados e de que o Tribunal ficaria dis-
tante dos fatos. 
 
Vedação 
 
É Vedada qualquer tipo de composição, transação, compensação e, mesmo, os Termos de Ajustamento de Con-
duta, que é tão comum nos outros casos de ACP. 
 
Art.21, Lei 8.429  A Punição por ato de improbidade independe de dano patrimonial. Independe também de 
controle do TCU. Mesmo que o TCU aprove as contas da autoridade, esta poderá ser processada em ação de 
improbidade. 
 
 Cautelares na Ação de Improbidade: 
 
a. Indisponibilidade de Bens. 
 
b. Cautelar de Sequestro: Apesar de a norma prever o sequestro expressamente, a maioria da doutrina entende 
que seria preferível o arresto. 
 
c. Informação de Contas no exterior. 
 
d. Afastamento preventivo da autoridade, enquanto for necessário à instrução do processo, sem prejuízo da re-
muneração. 
 
 Prescrição 
 
Aquele que exerce mandato eletivo ou cargo em comissão: Prazo de 05 anos a partir do momento em que o 
agente deixar o cargo. 
 
Para os demais agentes: O Prazo será o mesmo prazo de prescrição para as infrações funcionais sujeitas a pena 
de demissão, previstas nos estatutos, 5 anos, geralmente. 
 
 Ressarcimento Civil 
 
Regra Especial: Art.37, par.5º da CF. O Ressarcimento é Imprescritível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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