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Aminoácidos, Peptídeos e Proteínas: Anderson Assaid Simão Importância das Proteínas • Proteínas são as moléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as suas partes. • Presentes em todos os seres vivos; principal molécula da célula para adaptação e sobrevivência. • Ocorrem em grande variedade, milhares de diferentes tipos podem ser encontrados em uma mesma célula. • É a principal forma pela qual a informação genética se expressa. Funções das Proteínas Estrutural Hormonal Proteção Transporte Energética Movimentação Catalise Fonte de aa (Enzimas)(Insulina) (Queratina, colágeno) (Miosina, actina) (Hemoglobina, albumina lipoproteínas) (Anticorpos) (10 a 15 %) Proteínas são polímeros de aminoácidos Estes aa provem a chave para estrutura das milhares proteínas existentes Todas as proteínas são construídas a partir do mesmo conjunto de 20 aa Quando combinados em sequências e combinações diferentes = proteínas com propriedades de atividades absolutamente diferentes. Estrutura Geral dos Aminoácidos Composto orgânico contendo as funções amino e ácido carboxílico Unidades (monômeros) responsáveis pela formação das proteínas Cadeia lateral ou grupo R – varia em estrutura, tamanho e carga elétrica AMINOÁCIDOS ESPECIAIS Cisteínas Cistina Ausência de Carbono Assimétrico Aminoácidos incomuns • Modificações após a síntese de Ptn – 4-hidroxiprolina – 5-hidroxilisina – 6-N-metil-lisina – Gama-carboxiglutamato – Fosforilação de resíduos • Selenocisteína – Selênio ao invés de enxofre na Cys – É adicionado durante a tradução por mecanismo específico e regulado Grupo R apolar e alifáticos: Hidrofóbicos estabilizam a estrutura proteica através de interações hidrofóbicas CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Baseada na polaridade da cadeia lateral = da ênfase a possível estrutura e função Grupo R aromáticos Hidrofóbicos Grupos R polares, sem carga – Hidrofílicos cadeias laterais tem grupos funcionais que formam LH com a água Grupos R carregados - Hidrofílicos • Aminoácidos básicos – Carga positiva – Lisina, segundo grupo amino – Arginina, grupo guanidina – Histidina, grupo aromático imidazol • Aminoácidos ácidos – Carga negativa – Possuem segundo grupo ácido carboxílico CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS ESTRUTURA GERAL DOS AMINOÁCIDOS (exceção Glicina) Carbono α é quiral = Assimétrico Apresenta dois possíveis estereoisômeros Enantiômeros denominados D e L Os resíduos de aa nas Ptn são L-aa Aminoácidos são ionizáveis • Substâncias anfóteras: possuem natureza dual • Podem funcionar assim como ácidos ou bases – Doam ou recebem prótons Titulação de um aminoácidos • pKa: tendência de um grupo fornecer um próton ao meio • Aminoácidos podem perder até 2 prótons para o meio • No pI (ponto isoelétrico) o aminoácido está em sua forma eletricamente neutra. • Conclusão: a função das proteínas depende do pH ao qual estão submetidas pI = PKa1 + PKa2 2 LIGAÇÃO PEPTÍDICA Ligação peptídica (amídica - covalente) Tripeptídeo_ 3 aminoácidos_ 2 ligações peptídicas Tetrapeptídeo_ 4 aminoácidos_ 3 ligações peptídicas Pentapeptídeo_ 5 aminoácidos_ 4 ligações peptídicas . Oligopeptídeos_ Polipeptídeos_ Massa molecular menor que 10.000 dáltons Proteínas_ Massa molecular maior que 10.000 dáltons Peptídeos Extremidade Amino terminal Extremidade Carboxi terminal PEPTÍDIOS DE IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA ENCEFALINAS 5 ADRENAL ANALGESIA OCITOCINA 9 HIPÓFISE CONTRAÇÃO UTERINA VASOPRESSINA 9 HIPÓFISE PRESSÃO SANGUÍNEA GLUCAGON 29 PÂNCREAS GLICEMIA GRAMIDICINA 10 Bacillus brevis ANTIBIÓTICO GLUTATIONA 3 CÉLULAS PROTEÇÃO RADICAIS LIVRES PEPTÍDIOS AMINOÁCIDOS PRODUÇÃO EFEITOS PEPTÍDEOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS Ocitocina – Contração da musculatura uterina no parto e da glândula mamária na lactação – produzida pela pituitária posterior Vasopressina – Aumento da pressão sangüínea e da reabsorção de água pelo rim – produzida pela pituitária posterior Peso molecular Nº resíduos Nº cadeias Dados moleculares de algumas proteínas Qual é o comprimento das cadeias polipeptídicas das Ptn? Qual o número de cadeias polipeptídicas em uma Ptn? Classificação quanto a composição Proteínas simples (contém apenas aa em sua Estrutura) Proteínas conjugadas (contém componentes químicos associados permanentemente) Classes Grupos prostéticos Exemplo Proteínas conjugadas Níveis estruturais das proteínas Níveis estruturais das proteínas Estrutura primária: definida pela sequência de aminoácidos. Estrutura secundária: definida pelo arranjo espacial de um segmento da cadeia polipeptídica sem considerar interações das cadeias laterais Estrutura terciária: arranjo tridimensional de todos os átomos de uma Ptn. Estrutura quartenária: combinação entre várias estruturas terceárias Estrutura Primária Descrição de todas as ligações peptídicas que conectam os aa em uma Ptn Difere uma proteína da outra Determina a estrutura tridimensional e a função da Ptn -Pequeno dipolo; -Carbonila e hidrogênio do grupos estão em posição trans Átomos são complanares Anemia falciforme Substituição da valina pelo glutamato; Formato de foice; As hemácias não conseguem ligar-se eficiente ao oxigênio; O único tratamento curativo para a anemia falciforme é o transplante de medula óssea; Sintomas de dores ósseas, na barriga, icterícia, úlceras cutâneas, infecções, entre outros. Estrutura Tridimensional Conformação das proteínas Arranjo espacial dos átomos; Numerosas conformações são possíveis; Proteínas nativas conformações termodinamicamente estáveis (menor energia de Gibbs); Estabilidade refere-se a tendência em manter a conformação ativa. ESTRUTURA SECUNDÁRIA - ALFA-HÉLICE Descreve a formação de estruturas regulares ao longo da cadeia Polipeptídica formando organizações estáveis. Não se considera a conformação das cadeias laterais dos aa. Estrutura em alfa-hélice – é o enrolamento da cadeia polipeptídica ao redor de um eixo, é mantida por pontes de hidrogênio entre oxigênio do –C=O de uma unidade peptídica e o nitrogênio do grupo – NH da quarta unidade subseqüente. Estrutura secundária α-hélice Estrutura formato helicoidal Mantida por ligações intramoleculares Voltas β Elementos conectores q ligam estruturas sucessivas de α- hélice e conformação β Quando um padrão regular não é observado a estrutura secundária é chamada de indefinida ou esperial aleatória ESTRUTURA SECUNDÁRIA - BETA-PREGUEADA jjj 6,8Å 6,4Å 2,7Å As ligações são estabelecidas entre cadeias polipeptídicas diferentes, distendidas ou entre segmentos distantes e distendidos de uma mesma cadeia. Os grupos R dos aminoácidos projetam-se para cima ou para baixo do plano da folha pregueada. Estrutura de folha pregueada ou conformação beta é a interação lateral de segmentos de uma cadeia polipeptídica, através de ligações de hidrogênio. ESTRUTURA TERCIÁRIA Estrutura Terciária – descreve o dobramento final da cadeia polipeptídica por interações de regiões com estrutura regular (alfa-hélice, folha pregueada e curvaturas) ou de regiões sem estrutura definida – interações através do grupo R. Interações de Hidrogênio – união do grupo C=O e o próton de um grupamento NH. Interações eletrostática ou iônica – interação de grupos de carga positiva com os de carga negativa – Camada de Solvatação – íon dipolo com a água Ligaçõesdissulfeto – ligação covalente entre cadeias laterais através de dois grupos SH de cisteína por desidrogenação. INTERAÇÕES QUE MANTÉM A ESTRUTURA TERCIÁRIA ESTRUTURA QUATERNÁRIA Descreve associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades) para compor uma proteína funcional. A estrutura quartenária é mantida por ligações não covalentes. Podem atuar de forma independente ou cooperativamente: desempenho da função bioquímica da proteína Classificação de acordo com Estrutura tridimensional Proteínas Fibrosas São formadas geralmente por longas moléculas +/- retilíneas e paralelas ao eixo da fibra. Insolúveis em água. Compartilham propriedades que dão força e flexibilidade as estruturas nas quais ocorrem. Proteínas estruturais que garantem forma, suporte e proteção aos vertebrados. Apenas um tipo de estrutura secundária, terciária é simples. Proteínas Globulares Estrutura espacial mais complexa, são +/- esféricas. São geralmente solúveis em água. Enzimas, transportadores como a hemoglobina, etc. Mais de um tipo de estrutura secundária. Proteínas fibrosas - Queratina – estrutura recorrente α- hélice Cadeias de aminoácidos Proteína presente no cabelo, pelo, unha, garras, chifres, e camada externa da pele ESTRUTURA BIOQUIMICA DO COLÁGENO Estriações cruzadas. 64 nm Cabeça das moléculas de tropocolágeno Secção de uma molécula de tropocolágeno 250 nm Três hélices enrolam-se uma ao redor da outra em uma torção orientada à direita, formando o tropocolágeno de 300 kDa. Uma molécula em forma de bastão com cerca de 300 nm de comprimento e apenas 1nm de espessura. Os três polipeptídios do tropocolágeno tem perto de 1.000 resíduos de aminoácidos. A hélice do colágeno é uma estrutura secundária repetitiva única e características desta proteína. PRESENÇA DE COLÁGENOS NOS TECIDOS Corte transversal do Osso Tendão Tecido conectivo Colágeno: tendão, cartilagem, matriz orgânica de osso, pele) Proteína fibrosa obtida de larvas cultivadas (Bicho da seda) da mariposa. Consiste de folhas antiparalelas com as cadeias laterais estendendo-se paralelamente ao eixo da fibra FIBROÍNA DA SEDA PROTEÍNAS FIBROSAS Proteínas globulares Citocromo c Ribonuclease Mioglobina Lisozima Síntese e Processamento de Proteínas Transcrito primário mRNA maduro Proteína (inativa) Tradução Transcrição Processamento pós-transcricional Dobramento Modificações covalentes nos aminoácidos Processamento pós-tradução Proteína ativa Modificações estruturais nas Proteínas Cadeia polipeptídica estrutura primária (sequência de aa) dobramento Conformação nativa Modificações estruturais nas Proteínas Conformação nativa é mantida por interações fracas Estabilidade frágil Mudanças no ambiente das Ptn podem causar modificações estruturais podendo afetar suas funções Desnaturação das Proteínas Modificação conformacional da Ptn com perda da forma e consequentemente da função Perda da Estrutura terciária suficiente para causar perda da função da Ptn Estado desnaturado não necessita do desdobramento total da Ptn Ocorre por agentes físicos ou químicos Calor (afeta interações fracas, principalmente ligações de H) pH extremos Solventes orgânicos (álcool e acetona) Outros solventes: uréia e cloridrato de guanidíneo Detergentes Tratamento são brandos, não alteram a estrutura primária Efeito do pH na Estrutura de Proteínas A. pH óptimo B. pH inferior ao óptimo (maior [H+]) Desnaturação de proteína por temperatura 100- 50- 0- % a ti v id a d e e n z im á ti c a m á x im a Temperatura ótima Desnaturação térmica da proteína Pouca energia para a reação acontecer Desnaturação e renaturação Estado nativo Adição de uréia Estado inativo Estado nativo Deformações temporárias (chapinha) rompimento de algumas interações intermoleculares (ligações de hidrogênio) na queratina e devido a sua elasticidade permite deformações. Efeito alostérico das Proteínas Modificação conformacional da Ptn, porém sem perda da função Ligação enzima + substrato enzima Composto A (substrato) Composto B (produto) Centro ativo ou sítio catalítico de uma enzima é a porção da molécula onde ocorre a atividade catalítica Observe que não há consumo ou modificação permanente da enzima Reação catalisada pela enzima
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