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IPA I 07

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1
VI - LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 (O texto abaixo foi extraído de: SEVERINO, Antônio Joaquim. Diretrizes para a Leitura, Análise e 
Interpretação de Textos. In: Metodologia do Trabalho Científico. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2000.) 
 
“Os maiores obstáculos do estudo e da aprendizagem, em ciência e em filosofia, 
estão diretamente relacionados com a correspondente dificuldade que o estudante encontra 
na exata compreensão dos textos teóricos. Habituados à abordagem de textos literários, os 
estudantes, ao se defrontarem com textos científicos ou filosóficos, encontram dificuldades 
logo julgadas insuperáveis e que reforçam uma atitude de desânimo e de desencanto, 
geralmente acompanhada de um juízo de valor depreciativo em relação ao pensamento 
teórico. 
Em verdade, os textos de ciência e de filosofia apresentam obstáculos específicos, 
mas nem por isso insuperáveis. É claro que não se pode contar com os mesmos recursos 
disponíveis no estudo de textos literários, cuja leitura revela uma seqüência de raciocínios e 
o enredo é apresentado dentro de quadros referenciais fornecidos pela imaginação, onde se 
compreende o desenvolvimento da ação descrita e percebe-se logo o encadeamento da 
história. Por isso, a leitura está sempre situada, tornando-se possível entender, sem maiores 
problemas, a mensagem transmitida pelo autor. 
No caso de textos de pesquisa positiva, acompanha-se o raciocínio já mais rigoroso 
seguindo a apresentação dos dados objetivos sobre os quais tais textos estão fundados. (p. 
47) Os dados e fatos levantados pela pesquisa e organizados conforme técnicas específicas 
às várias ciências permitem ao leitor, devidamente iniciado, acompanhar o encadeamento 
lógico destes fatos. 
Diante de exposições teóricas, como em geral são as encontradas em textos 
filosóficos e em textos científicos relativos a pesquisas teóricas, em que o raciocínio é quase 
sempre dedutivo, a imaginação e a experiência objetiva não são de muita valia. Nestes 
casos, conta-se tão somente com as possibilidades da razão reflexiva, o que exige muita 
disciplina intelectual para que a mensagem possa ser compreendida com o devido proveito e 
para que a leitura se torne menos insípida1. 
Na realidade, mesmo em se tratando de assuntos abstratos, para o leitor em condições 
de ‘seguir o fio da meada’ a leitura torna-se fácil, agradável e, sobretudo, proveitosa. Por 
isso é preciso criar condições de abordagem e de inteligibilidade do texto, aplicando alguns 
recursos que, apesar de não substituírem a capacidade de intuição do leitor na apresentação 
da forma lógica dos raciocínios em jogo, ajudam muito na análise e interpretação dos textos. 
Antes de abordar as diretrizes para a leitura e análise de textos, recomenda-se atentar 
para a função dos mesmos em termos de uma teoria geral da comunicação, estabelecendo-se 
assim algumas justificativas psicológicas e epistemológicas2 fundamentais para a adoção 
destas normas metodológicas e técnicas, tanto para a leitura como para a redação de textos. 
Embora sem aprofundar a questão do significado e função do texto neste nível, que 
ultrapassaria os objetivos deste trabalho, serão apresentados aqui algumas considerações 
para encaminhar a compreensão dos vários momentos do trabalho científico. 
Pode-se partir da consideração de que a comunicação se dá quando da transmissão de 
uma mensagem entre um emissor e um receptor. O emissor transmite uma mensagem que é 
 
1
 Insípido: que não tem sabor; desagradável; tedioso; monótono. 
2
 Epistemologia: Conjunto de conhecimentos que têm por objeto o conhecimento científico, visando a 
explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, 
ou lingüísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os seus resultados e 
aplicações. 
 2
captada pelo receptor. Este é o esquema geral apresentado pela teoria da comunicação. (p. 
48) 
Para fins didáticos, pode-se desdobrar este esquema, o que fornecerá mais elementos 
para a compreensão da origem e finalidade de um texto. 
Com efeito, considera-se o emissor como uma consciência que transmite uma 
mensagem para outra consciência que é o receptor. Portanto, a mensagem será elaborada por 
uma consciência e será igualmente assimilada por outra consciência. Deve ser, antes de mais 
nada, pensada e depois transmitida. Para ser transmitida, porém, deve ser antes mediatizada, 
já que a comunicação entre as consciências não pode ser feita diretamente; ela pressupõe 
sempre a mediatização de sinais simbólicos. Tal é, com efeito, a função da linguagem. 
Assim sendo, o texto-linguagem significa, antes de tudo, o meio intermediário pelo 
qual duas consciências se comunicam. Ele é o código que cifra a mensagem. 
Ao escrever um texto, portanto, o autor (o emissor) codifica sua mensagem que, por 
sua vez, já tinha sido pensada, concebida e o leitor (o receptor), ao ler um texto, decodifica a 
mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a: 
assim se completa a comunicação.” (p. 49) 
 
DELIMITAÇÃO DA UNIDADE DE LEITURA 
“A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de uma unidade de 
leitura. Unidade é um setor do texto que forma uma totalidade de sentido. Assim, pode-se 
considerar um capítulo, uma seção ou qualquer outra subdivisão. Toma-se uma parte que 
forme certa unidade de sentido para que possa trabalhar sobre ela. Dessa maneira, 
determinam-se os limites no interior dos quais se processará a disciplina do trabalho de 
leitura e estudo em busca da compreensão da mensagem. 
De acordo com esta orientação, a leitura de um texto, quando feita para fins de 
estudo, deve ser feita por etapas, ou seja, apenas terminada a análise de uma unidade é que 
se passará à seguinte. Terminado o processo, o leitor se verá em condições de refazer o 
raciocínio global do livro, reduzindo a uma forma sintética. 
A extensão da unidade será determinada proporcionalmente à acessibilidade do texto, 
a ser definida por sua natureza, assim como pela familiaridade do leitor com o assunto 
tratado. 
O estudo da unidade deve ser feito de maneira contínua, evitando-se intervalos de 
tempo muito grandes entre as várias etapas da análise.” (p. 51) 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
“A análise textual: primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura. 
Determinada a unidade de leitura, o estudante-leitor deve proceder a uma série de 
atividades preparatórias para a análise aprofundada do texto. 
Procede-se inicialmente a uma leitura seguida e completa da unidade do texto em 
estudo. Trata-se de uma leitura atenta mas ainda corrida, sem buscar esgotar toda a 
compreensão do texto. A finalidade da primeira leitura é uma tomada de contato (p. 51) com 
toda a unidade, buscando-se uma visão panorâmica, uma visão de conjunto do raciocínio do 
autor. Além disso, o contato geral permite ao leitor sentir o estilo e método do texto. 
Durante o primeiro contato deverá ainda o leitor fazer o levantamento de todos 
aqueles elementos básicos para a devida compreensão do texto. Isso quer dizer que é preciso 
assinalar todos os pontos passíveis de dúvida e que exijam esclarecimentos que 
condicionam a compreensão da mensagem do autor. 
 3
O primeiro esclarecimento a ser buscado são os dados a respeito do autor do texto. 
Uma pesquisa atenta sobre a vida, a obra e o pensamento do autor da unidade fornecerá 
elementos úteis para uma elucidação das idéias expostas na unidade. Observe-se, porém, 
que esses esclarecimentos devem ser assumidos com certa reserva, a fim de que as 
interpretações dos comentadores não venham prejudicar a compreensão objetiva das idéias 
expostas na unidade estudada. 
Deve-se assinalar, a seguir, o vocabulário: trata-se de fazer um levantamentodos 
conceitos e dos termos que sejam fundamentais para a compreensão do texto ou que sejam 
desconhecidos do leitor. Em toda unidade de leitura há sempre alguns conceitos básicos que 
dão sentido à mensagem e, muitas vezes, seu significado não é muito claro ao leitor numa 
primeira abordagem. É preciso eliminar todas as ambigüidades desses conceitos para que se 
possa entender univocamente o que se está lendo. 
Por outro lado, o texto pode fazer referência a fatos históricos, a outros autores e 
especialmente a outras doutrinas3, cujo sentido no texto é pressuposto pelo autor mas nem 
sempre conhecido do leitor. 
Todos esses elementos devem ser, durante a primeira abordagem, transcritos para 
uma folha à parte. Percorrida a unidade e levantados todos os elementos carentes de maiores 
esclarecimentos, interrompe-se a leitura do texto e procede-se a uma pesquisa prévia no 
sentido de se buscar esses informes. 
Esses esclarecimentos são encontrados em: dicionários, textos de história, manuais 
didáticos ou monografias especializadas, enfim, em obras de referência das várias 
especialidades. Pode-se também recorrer a outros estudiosos e especialistas da área. (p. 52) 
Note-se que a busca de esclarecimentos tem tríplice vantagem: em primeiro lugar, 
diversificando as atividades no estudo, torna-o menos monótono e cansativo; em segundo 
lugar, propicia uma série de informações e conhecimentos que passariam despercebidos 
numa leitura assistemática; em terceiro lugar, tornando o texto mais claro, sua leitura ficará 
mais agradável e muito mais enriquecedora. 
A análise textual pode ser encerrada com uma esquematização do texto cuja 
finalidade é apresentar uma visão de conjunto da unidade. O esquema organiza a estrutura 
redacional do texto que serve de suporte material ao raciocínio. 
Muitos confundem essa esquematização com o resumo do texto. De fato, a 
apresentação das idéias mais relevantes do texto não deixa de ser uma síntese material da 
unidade, mas ainda não realiza todas as exigências para um resumo lógico do pensamento 
expresso no texto, que é atingido pela análise temática. 
A utilidade do esquema está no fato de permitir uma visualização global do texto. A 
melhor maneira de se proceder é dividir inicialmente a unidade nos três momentos 
redacionais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Toda unidade completa comporta 
necessariamente esses três elementos. Depois são feitas as divisões exigidas pela própria 
redação, no interior de cada uma dessas etapas. 
Tratando-se de unidades maiores, retiradas de livros ou revistas, cada subdivisão é 
referida ao número de página em que se situa; tratando-se de textos não paginados, deve-se 
numerar previamente os parágrafos para que se possa fazer as devidas referências.” (p. 53) 
 
 
 
 
 
3
 Doutrina: conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político, filosófico, científico, 
etc. 
 4
RÁPIDA UTOPIA 
Antes de encerrar esta seção de prognósticos para os próximos anos, seria interessante 
refletir sobre os significados do século que agora se encerra. Afinal, é do passado que retiramos boa 
parte da inspiração necessária para planejar o mundo que desejamos. 
Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, 
Holocausto: por meio das metáforas e das realidades que marcaram o século XX, aparece a 
verdadeira doença do progresso... 
O último século talvez tenha sido o menos hipócrita que os anteriores. Ele enunciou regras 
de convivência; certamente as violou, mas moveu e move processos públicos contra essas 
violações. Se isso não impede que elas se repitam, ao menos teve influência sobre nosso 
comportamento cotidiano e sobre as probabilidades de um grande número de cidadãos, sobretudo 
no mundo ocidental, viver por mais tempo, evitando abusos de poder de toda ordem. 
Hoje posso andar pela rua sem me fazer matar por alguém que queira manter sua trajetória 
na mesma calçada que a minha, e sei que meus filhos não receberão cacetadas do filho de um duque 
como meio de aprendizagem do poder. Indivíduos prepotentes tentam ainda hoje expulsar uma 
mulher negra do ônibus, mas a opinião pública os condena: há apenas dois séculos, teríamos 
pensado em agir como honestos cidadãos se tivéssemos investido uma parte de nosso pecúlio numa 
empresa que teria vendido essa mulher como escrava aos Estados Unidos. 
O século XX é também o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a 
se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a 
remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do 
dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. 
Mas as conquistas tecnológicas estão intimamente ligadas ao fato de ter sido, nesse século, 
que a humanidade colocou mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente 
químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui o conhecimento que lhe permite 
saber que seu produto irá fazer um buraco na camada de ozônio. 
Vivemos no tempo da linha de montagem, no qual cada indivíduo conhece apenas uma fase 
do trabalho. Privado da satisfação de ver o produto acabado, cada um é também liberado de 
qualquer responsabilidade. Podem-se produzir, e isso ocorre com freqüência, venenos sem que isso 
seja percebido. A vantagem da linha de montagem é permitir a fabricação de aspirinas em 
quantidade para o mundo todo. E rápido. Mas a outra face disso é que se pode destruir o mundo em 
apenas um dia. 
O século XX é o da comunicação instantânea. Hernán Cortez pôde destruir uma civilização 
e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas para seu 
empreendimento. Hoje, os massacres da praça da Paz Celestial, em Pequim, tornam-se 
atualidades no mesmo momento em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo 
civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, 
produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. 
Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento. 
Ciência, tecnologia, comunicação, ação a distância, princípio da linha de montagem: tudo 
isso tornou possível o Holocausto. A perseguição racial e o genocídio não foram uma invenção do 
século XX, mas o que a torna terrível em nosso tempo é o fato de o genocídio nazista ter sido 
rápido, tecnologicamente eficaz e ter buscado o consenso, servindo-se das comunicações de massa e 
do prestígio da ciência. O século XX soube fazer do melhor de si o pior de si. Tudo o que aconteceu 
de terrível a seguir não foi senão repetição, sem grande inovação. 
O século do triunfo tecnológico foi também o da descoberta da fragilidade. Um moinho de 
vento podia ser reparado, mas o sistema do computador não tem defesa diante da má intenção de 
um garoto precoce. Os tempos andam estressados, porque não se sabe de quem se deve defender 
nem como: somos demais poderosos para poder evitar nossos inimigos. Encontramos o meio de 
eliminar a sujeira, mas não de eliminar os resíduos. Porque sujeira nascia da indigência, que podia 
se reduzida, ao passo que os resíduos (inclusive os radioativos) nascem do bem-estar que ninguém 
quer mais perder. Eis por que o século XX é o da angústia e da utopia de curá-la. Espaço, tempo, 
 5
informação, crime, castigo, arrependimento, absolvição, indignação, esquecimento, descoberta, 
crítica, nascimento, longa vida, morte... tudo em altíssima velocidade. A um ritmo de estresse. O 
século XX é o do enfarte. 
( Adaptado de : ECO, Umberto. Rápida Utopia. Veja 25 anos, reflexões para o futuro. São 
Paulo: Abril, s.d. p.108) 
 
VOCABULÁRIO: 
Eólico: diz-se daquilo que se relaciona com o vento. (energia eólica:energia 
gerada através do vento) 
Genocídio: crime contra a humanidade, que consiste em, com o intuito de 
destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial 
ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar 
membros seus; causar-lhes grave lesão à integridade física ou 
mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o 
destruir fisicamente, no todo ou em parte; adotar medidas que 
visem a evitar nascimentos no seio do grupo; realizar a 
transferência forçada de crianças dum grupo para outro. 
Holocausto: entre os antigos hebreus, sacrifício em que se queimavam 
inteiramente as vítimas; imolação. Sacrifício, expiação. A 
execução, em massa, de judeus e/ou de outras minorias 
perseguidas, como ciganos, homossexuais, etc., durante o 
nazismo. 
Metáforas: figura de linguagem que consiste em usar uma palavra com o 
significado de outra em vista de uma relação de semelhança entre 
o que elas representam. Exemplo: “Sua boca é um cadeado 
E meu corpo é uma fogueira.” (Chico 
Buarque) 
Nazista: relativo ao, ou que é adepto do nazismo. (Nazismo: Movimento de 
direita alemão, nos moldes do fascismo, imperialista, belicista, e 
cuja doutrina consiste numa mistura de dogmas e preconceitos a 
respeito da pretensa superioridade da raça ariana, sistematizados 
por Adolf Hitler) 
Pecúlio: o total das economias acumuladas para uso em período posterior; 
qualquer reserva de dinheiro. 
Prognósticos: predição, presságio, profecia. 
Utopia: descrição ou representação de qualquer lugar ou situação ideais onde 
vigorem normas e/ou instituições políticas altamente 
aperfeiçoadas. 
 
FATOS HISTÓRICOS: 
Hernán Cortez: Entre os conquistadores espanhóis, nenhum nome é mais 
consagrado, temido e odiado do que o de Hernan Cortez, o intrépido capitão que 
venceu e aniquilou a maior e mais poderosa civilização do Novo Mundo: o império 
asteca. Acompanhado por apenas quatrocentos homens, 16 cavalos, 32 escopetas e 
quatro canhões (mas contando com a ajuda de milhares de aliados indígenas, 
 6
principalmente tlascaltecas), Cortez derrotou um exército de aproximadamente 500 
mil homens e arrasou a cidade que talvez fosse a maior do mundo de sua época: a 
fabulosa Tenochtitlán, com seus canais navegáveis, jardins botânicos, zoológicos, 
aquedutos e mercados. O ouro roubado aos astecas revolucionaria toda a economia 
européia, proporcionando a acumulação inicial de capital definitiva para a explosão 
capitalista de séculos mais tarde. (A Conquista do México. 
http://www.lpm.com.br/c210_005.htm, 18/03/05) 
Massacre da praça da Paz Celestial: Estudantes e outros setores da sociedade 
pediam a abertura política e a aceleração das reformas econômicas, e protestavam 
contra a inflação, a corrupção e o nepotismo. As manifestações iniciadas pelos 
estudantes universitários intensificaram a mobilização pela democracia na China, e 
chegaram a levar mais de um milhão de pessoas às ruas de Pequim. Durante o mês de 
abril, o governo chinês conviveu com os protestos. Porém, em 15 de maio decretou a 
lei marcial e iniciou a mobilização de tropas para pôr fim ao movimento. Na 
madrugada de 4 de junho, Deng Xioaping ordenou a repressão, dando início a uma 
batalha de rua conhecida como o massacre da Praça da Paz Celestial. As estimativas 
do número de mortos na repressão variam entre 300 e 3 mil. (MARTINS, Jayme. 
Massacre na Praça da Paz Celestial. 
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra8/blocosocialista-asia3.htm, 18/03/05) 
 
AUTOR: 
Umberto Eco: 
Biblioteca Folha on-line 
 
Nascido em Alessandria, Itália, em 1932, Umberto Eco 
construiu sólida carreira como professor de semiótica na 
Universidade de Bolonha. 
Ensaísta de renome mundial, dedicou-se a temas como 
estética, semiótica, filosofia da linguagem, teoria da literatura 
e da arte e sociologia da cultura. Autor de artigos de opinião 
nos jornais Espresso e La Repubblica, estreou como 
romancista com O Nome da Rosa, em 1980. 
Depois do imenso sucesso colhido na Itália e em todo o 
mundo, escreveu O Pêndulo de Foucault (1988), A Ilha do 
Dia Anterior (1994) e Baudolino (2000). 
Entre suas obras ensaísticas destacam-se Obra Aberta (1962), Apocalípticos e 
Integrados (1964), A Estrutura Ausente (1968), As Formas do Conteúdo (1971), 
Tratado Geral de Semiótica (1975), Seis Passeios pelos Bosques da Ficção (1994) e 
Sobre a Literatura (2003). Seus textos jornalísticos estão reunidos em Diário Mínimo 
(1963), O Segundo Diário Mínimo (1990) e A Coruja de Minerva (2000). 
 
 
 
 
 
 7
ESQUEMATIZAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estes fatos possibilitaram: 
* O holocausto perseguição racial 
genocídio nazista 
foi rápido, tecnologicamente eficaz e buscou 
o consenso através das comunicações de 
massa e do prestígio da ciência (§ 9) 
* A descoberta da fragilidade 
* Um mundo estressado: não se sabe de quem se deve 
defender e nem como 
* Encontrar meios para eliminar a sujeira, mas não os 
resíduos (§ 10) 
Espaço, tempo, informação, crime, castigo, 
arrependimento, absolvição, indignação, esquecimento, 
descoberta, crítica, nascimento, longa vida, morte ... tudo 
em altíssima velocidade. (§ 10) 
O século XX é o do enfarte (§ 10) 
 
SIGNIFICADOS 
DO SÉCULO XX 
• Enunciou regras de convivência e 
moveu processos contra as 
violações. (§ 3) 
• Ocorreu o aceleramento 
tecnológico e científico em níveis 
antes inconcebíveis. (§ 5) 
• Novos e rápidos meios de 
transporte e de comunicação. 
• Bem-estar social. (§ 10) 
 
• Aceleramento tecnológico e científico permitiu: 
� pôr em questão a sobrevivência do planeta (§ 6) 
� o desenvolvimento da linha de montagem (§ 7) 
 
 
- cada indivíduo conhece 
uma fase do trabalho 
- o indivíduo é privado da 
satisfação de ver o produto pronto 
- o indivíduo é liberado de qualquer 
responsabilidade 
• Produção veneno em quantidade e rapidez 
suficientes para destruir o mundo em um dia (§ 7) 
• A comunicação instantânea: os fatos tornam-se 
atualidades no mesmo momento em que 
acontecem em qualquer parte do globo. A 
informação é transformada em espetáculo. 
Confunde-se atualidade e divertimento. (§ 8) 
POSITIVOS NEGATIVOS

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