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A Visão dos Enfermeiros no Manuseio de Incubadoras

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11
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................. pg 12 
1.2. Risco relacionado ao uso indevido da incubadora neonatal (IN)..................pg 15 
2 OBJETIVOS.................................................................................................. pg 17 
3 METODOLOGIA.......................................................................................... pg 18 
3.1 População.......................................................................................................pg 18 
3.2 Amostra..........................................................................................................pg 18 
3.3 Instrumento de coleta de dados......................................................................pg 19 
3.4 Análise dos resultados....................................................................................pg 19 
3.5 Aspectos éticos...............................................................................................pg 19 
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS......................... pg 21 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ pg 35 
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................... pg 36 
7 APÊNDICE.....................................................................................................pg 38 
8 ANEXOS....................................................................................................... pg 39 
 
 
 
 
 
 
12
1 INTRODUÇÃO 
A sobrevivência de recém nascidos prematuros (RNPT) e de baixo peso ao nascer 
(RNBPN) tem aumento consideravelmente, graças aos novos empreendimentos tecnológicos 
utilizados nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) e à melhor qualificação dos 
profissionais envolvidos com o atendimento perinatal. 
Embora a mortalidade infantil venha apresentando tendência de queda ao longo 
destes 20 anos no Brasil, sabe-se que esta redução foi alcançada, graças ao componente pós-
neonatal (óbitos de crianças de 01 mês a < de 1 ano), que morriam vitimas das doenças 
infecciosas e prevalentes na infância na infância como a diarréia, pneumonia e desnutrição. 
Esta redução ocorreu graças às várias ações empreendidas por gestores, técnicos 
da saúde e ainda com a participação de órgãos não governamentais e da sociedade. 
O crescimento dos óbitos perinatais e neonatais podem ser vistos em todo o país, 
sendo cerca de 80% destas mortes concentrada na primeira semana de vida (0 à < 7 dias), 
tendo a prematuridade, o baixo peso ao nascer e a anóxia perinatal as principais causas destas 
mortes. 
Como estratégias para a redução das mortes perinatais e neonatais, chama-se 
atenção daquelas relacionadas tanto aos cuidados com a gestante, na garantia do atendimento 
pré-natal, ao trabalho de parto e ao parto de qualidade, assim como ao recém-nascido, no que 
se refere ao manejo eficaz na sala de parto e após o nascimento. 
A reformulação de políticas públicas relacionadas à atenção perinatal foi de 
grande relevância para a redução das mortes de recém-nascidos, principalmente no que 
concerne à criação de unidades de internação destinadas aos cuidados intensivos neonatais. 
A aquisição de recursos materiais, aliada à melhor habilidade e qualificação dos 
profissionais que integram a equipe de saúde, foram medidas que impactaram. 
 
 
13
As unidades de terapia intensiva que acolhem recém nascidos doentes são dotadas 
de tecnologias avançadas e que sem dúvida vêm garantindo a vida de pequenos recém 
nascidos, que antes não conseguiriam sobreviver. Chama-se atenção para os ventiladores cada 
vez mais sofisticados, para os diferentes tipos de fototerapia que garantem o melhor manejo 
da hiperbilirrubinemia neonatal e para a alta complexidade das incubadoras e dos berços 
aquecidos, que são imprescindíveis para o cuidado de recém nascidos prematuros e de baixo 
peso ao nascer, no controle da termorregulação. 
Dentre todos estes equipamentos necessários para o atendimento neonatal, 
destacamos um dos mais antigos, pensados e criados para o cuidado de recém nascidos, a 
incubadora. 
Em 1892 Pierre Bundin, médico francês, com a finalidade de reduzir as perdas de 
calor do recém nascido (RN), que era realizada ou através da utilização de roupas, ou pelo 
contato direto com o corpo de um adulto ou por aproximação do foco, em 1835 surgiram os 
primeiros protótipos de incubadora na Rússia confeccionados por Johaun George Von Ruehi. 
Ruehi construiu um berço aberto com paredes duplas de ferro, cujo aquecimento 
se dava através do enchimento das paredes com água quente e que garantia a perda de calor 
em neonatos. 
Em 1880, em Paris Stephane Tervier e Odile Martin, construíram a primeira 
incubadora fechada, destinada à recém nascidos, que por sua vez permanecia na camada 
superior enquanto o ar entrava através de uma abertura na camada inferior e passava sobre 
bolsas de água quente. O ar aquecido subia para camada onde se encontrava o RN e saía por 
um orifício no topo. 
Ao longo dos anos, novos investimentos foram realizados na tentativa de 
aprimorar aqueles já existentes, e em 1890, Alexandre Lion construiu uma incubadora a gás, 
 
 
14
destinada para chocar ovos. Para Lion, era uma maneira utilizada também para a manutenção 
do calor em RN prematuro. 
Estas incubadoras já contavam com os termômetros, que tinham como função 
indicar o grau da temperatura, e os profissionais, por sua vez eram capazes de controlar com 
maior fidelidade a temperatura da criança. 
Nas décadas de sessenta e setenta pode-se observar a grande evolução no que se 
refere às novas tecnologias das incubadoras. Os novos e modernos empreendimentos da época 
apresentavam diferentes formas de aquecimentos, chamando atenção para as modalidades 
self-control, ou seja, quando é possível que o aparelho seja controlado a partir da temperatura 
da pele do RN. 
Em 1971, surgiu um sistema chamado Alcyon não comercial que era controlado 
por microprocessador e implementava um processo destinado á solução de um problema com 
um número finito de etapas chamava-se Algoritmos. 
Que levava em conta a temperatura do RN e a relação entre as temperaturas do 
RN e a ambiente para determinam o estado do aquecedor. Mas nos anos de 1980 até nossos 
dias, houve uma evolução muito expressiva em relação ao desenvolvimento da tecnologia 
relacionada aos equipamentos de UTI – Neonatal, especialmente as incubadoras neonatal. 
Hoje as incubadoras dispõem de um processo de funcionamento com um sistema 
microprocessador, com aquecedor elétrico através de resistências, com sensores de 
temperaturas com controle de temperatura da pele e do ar e da umidade, apresenta um novo 
visual com uma visibilização e acesso seguro do RN, isto porque a cúpula das incubadoras é 
fabricada com material transparente, com toda esta evolução da tecnologia dos equipamentos, 
especificamente as incubadoras, que é um equipamento de ponta para sobrevivência do RN 
assim com um (Respirador Mecânico) temos que investir nos profissionais, que opera os 
 
 
15
equipamentos, no mesmo ritmo em que está se desenvolvendo a tecnologia neonatal, como 
através de uma educação continuada, treinamento, cursos, etc. Porque os profissionais têm 
que entender do mecanismo do funcionamento da incubadora, mas só sabem que a incubadora 
serve só para manter o RN vivo. A incubadora foi e é considerado um equipamento 
revolucionário no cuidado do recém-nascido prematuro. 
1. 2 Risco relacionado ao uso indevido da Incubadora Neonatal (IN): 
 
Alguns acidentes graves ou não tem relação ao uso indevido ou mau 
funcionamentode incubadora neonatal, defeitos nos termostatos pode lhe dar uma informada 
entrada sobre a temperatura do RN e pode ser fatal devido alta e baixa temperatura. 
Ao colocar o sensor de temperatura da pele no RN não estiver bem posicionado 
com a pele do RN pode causar um erro na leitura da temperatura com um sobre aquecimento. 
Não se usa nem um tipo de fitas adesivas para fixação do sensor porque pode provocar uma 
irritação na pele do RN. A enfermeira ou auxiliar tem que ficar monitorando a posição do 
sensor de pele do RN. Geralmente talvez por desconhecer, mas o uso de cobertores, fraldas 
que são fabricados com material sintéticos dentro da cúpula e tecnicamente proibido por 
bloquear o fluxo de entrada e saída do ar da incubadora, consequentemente prejudica bom 
desempenho do equipamento com respeito a sua conformidade – eficiência e segurança para o 
RN e seu operador. 
Outro problema, que ocorre nas UTI’s diz respeito ao ruído excessivo defeito da 
incubadora, que pode provocar surdez no RN este ruído pode ser provocado por bater na 
portinhola – sobre a cúpula tudo isto pode aumentar o nível no interior da cúpula. Normas 
internacionais estabelecem um nível de ruído até 60d, onde não prejudica o RN. Conforme se 
ver nas UTI’s, quando uma enfermeira ou auxiliar vai fazer um procedimento de limpeza usa 
material inflamável com éter, álcool isto pode provocar morte no RN por intoxicação por 
gases. 
O profissional que esta operando um equipamento como uma incubadora, tem que 
tomar cuidados com o fechamento da cúpula, ferrolho das portinholas, etc., para dar 
segurança ao RN. Quando não se controla adequadamente o fornecimento de oxigênio ao RN, 
pode provocar Hipoxia (redução do fornecimento de oxigênio) ou Hiperoxia (aumento do 
fornecimento de oxigênio) que pode ocasionar a retinopatia da prematuridade, e outros 
agravos onde pode levar o RN a morte. 
 
 
Figura 1. Incubadora Neonatal (IN) 
 
 
 
 
 
 
 
16
 
 
17
2 OBJETIVOS 
 
ƒ Identificar o conhecimento dos enfermeiros acerca do manuseio da incubadora. 
ƒ Conhecer as eventuais dificuldades dos enfermeiros em relação ao manejo de 
incubadora neonatal (IN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18
3 METODOLOGIA 
Optou-se por um estudo do tipo descritivo, que tem como finalidade observar, 
classificar, descrever um fenômeno. Com uma abordagem quantitativa que envolve uma 
coleta sistemática de informação numérica normalmente mediante condições de muito 
controle, além da análise dessa informação utilizando procedimentos estatísticos (POLIT; 
BECK; HUNGLER, 2004). 
O estudo foi realizado em um hospital público, no município de Fortaleza, de grande 
porte, de referência estadual, conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS), cuja missão é 
prestar assistência terciária à criança e ao adolescente, de forma segura e humanizada, sendo 
instituição de ensino e pesquisa. A instituição conta com 287 leitos credenciados. De acordo 
com o Serviço de Arquivo Médico e Estatístico – SAME, a instituição tem uma média mensal 
de 650 internações, 20 mil consultas, 30 mil exames laboratoriais e 350 cirurgias. O corpo 
clínico é composto por quase 300 médicos, e cerca de 1300 funcionários, entre servidores do 
estado e terceirizados. 
 
3.1 População: 
Enfermeiros que atuam nas unidades de Terapia Intensiva Neonatal e na Unidade 
de Médio Risco, do hospital em estudo. 
 
3.2 Amostra: 
Participaram 20 enfermeiros, que manuseavam diretamente o equipamento, e estes 
integravam as equipes de terapia intensiva neonatal e unidade de médio risco. Os dados foram 
 
 
19
coletados durante o mês de outubro de 2008, por conveniência e de forma direta, pelo próprio 
pesquisador. 
 
3.3 Instrumento de Coleta de Dados: 
Utilizou-se um questionário semi-estruturado, contendo questões que abrangem a 
temática em pauta. 
 
3.4 Análises dos Resultados: 
Os resultados foram analisados sob a forma de números absolutos e percentuais e 
posteriormente discutidos à luz da literatura pertinente. 
 
3.5 Aspectos éticos 
A pesquisa que envolve seres humanos requer uma análise especial dos procedimentos 
a serem utilizados de modo a proteger os direitos dos sujeitos. (POLIT; BECK; HUNGLER, 
2004). 
Antecedendo a entrada no campo, foi solicitada inicialmente a permissão da Direção 
da instituição para execução do estudo (Apêndice II). 
O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, 
onde realizou-se o estudo, atendendo à determinação da Resolução Nº. 196/96 do Conselho 
Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, considerando os aspectos da autonomia, beneficência 
e justiça. 
 
 
20
Dessa forma, no primeiro contato com as enfermeiras, foram convidadas a fazer parte 
da pesquisa, esclarecido a elas o direito de participar livremente desse estudo, podendo 
solicitar seu afastamento no momento desejável (autonomia). Garantiu-se o anonimato, a 
partir da codificação das identidades, bem como sua integridade física e mental e ausência de 
quaisquer prejuízos materiais (beneficência). 
Tendo em vista os objetivos deste estudo, as enfermeiras poderão não ser beneficiadas 
diretamente com a pesquisa ora apresentada. Contudo, foi esclarecido que a participação das 
mesmas irá favorecer a qualidade da assistência, ajudando a construir um conhecimento que 
pode somar a saúde neonatal (beneficência). 
O termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice III) foi solicitado por escrito, 
formalizando a participação dos sujeitos na pesquisa, emitido em duas vias (uma para o 
pesquisador e outra para o sujeito do estudo), nas quais constaram as assinaturas do 
pesquisador e da participante do estudo, servindo de documento base para qualquer 
questionamento relativo aos aspectos ético-legais (justiça). 
Assim, os princípios éticos da Resolução n° 196 de outubro de 1996 do Conselho 
Nacional de Saúde/Ministério da Saúde que regulamenta normas para a pesquisa que envolve 
seres humanos foram respeitados neste estudo. 
 
 
 
21
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
Foram entrevistados 20 enfermeiros que trabalham em regime de plantão diurno e 
noturno, nas unidades de Terapia Intensiva Neonatal e na Unidade de Médio Risco, do 
hospital em estudo. A maioria delas atua a mais de cinco anos na área de neonatologia e 
informam ter cursado pós-graduação, entre Especialização, Mestrado e Doutorado. 
 
Tabela 1. Distribuição dos dados de acordo com o tempo de trabalho dos enfermeiros entrevistados. 
Fortaleza, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Tempo que trabalha na UTI neonatal 
< 1 ano 02 10,0 
1 a 5 anos 04 20,0 
> 5 anos 14 70,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Quanto ao perfil dos profissionais que integram o estudo, no que se refere ao 
tempo de serviço, 14 (70,0%), ou seja, a maioria deles revela ter experiência na área neonatal, 
visto que este é superior a cinco anos de exercício profissional e apenas 02 (10,0%) dos 
Enfermeiros tem menos de um ano que trabalham nesta área específica. Este fato pode 
garantir habilidade técnica, capaz de oferecer a prestação de uma assistência de qualidade ao 
recém nato. 
Quanto ao menor percentual de enfermeiros que está no campo de trabalho por 
tempo inferior ao período de um ano, acredita-se que pode ser um fator importante para a 
ocorrência de iatrogenias e outros erros que porventura acontecem na UTIN, uma vez que se 
espera que nestas unidades a adequação e o atendimento oferecido devam ser de excelência, o 
que garante os melhores indicadores de qualidade, e pontua esta assistência neonatal. 
Apesar de ser uma unidade de cuidados intensivos, inseridosem um hospital de 
ensino, observou-se que apesar da maioria ter respondido ter tido algum tipo de 
 
 
22
aperfeiçoamento sobre manejo de incubadoras, são raros os treinamentos sobre esta temática, 
apesar dos equipamentos serem de freqüente utilização entre os profissionais. 
 
Tabela 2. Distribuição dos enfermeiros que tem curso de pós-graduação. Fortaleza, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Possui curso de Pós-Graduação 
Sim 19 95,0 
Não 01 5,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Quanto à formação acadêmica dos enfermeiros, que trabalham na Unidade de 
Terapia Intensiva Neonatal – UTIN, a maior parte, ou seja, 19 (95%), afirmou ter curso de 
Pós-Graduação/Especialização ou Mestrado, e apenas 01 (5%), respondeu ainda não ter 
nenhum curso de pós-graduação. 
Uma vez que cursos de pós-graduação sejam estratégias de capacitação e que de 
alguma forma capacitem os profissionais, no cenário de pesquisa onde a maioria dos 
enfermeiros é pós-graduada, acredita-se que a equipe possui qualificação, o que pode estar 
relacionado com melhores resultados na assistência de enfermagem. 
A Enfermagem vem progredindo expressivamente, buscando firmar-se como 
detentora do saber científico, sem deixar de lado o aspecto humanitário da profissão. Nos dias 
de hoje a profissão tem se especializado cada vez mais, pois o campo de trabalho tem se 
tornado cada vez mais amplo, indo da área da saúde pública até a gestão de negócios, em 
áreas comerciais de empresas voltadas para a área da saúde (BRITO, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
23
Tabela 3. Distribuição das opiniões dos enfermeiros sobre treinamento do manuseio das incubadoras. Fortaleza, 
2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Recebeu treinamento sobre manuseio de incubadora 
Sim 12 60,0 
Não 08 40,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Sobre a realização de treinamento, 12 (60%) dos profissionais entrevistados 
afirmaram ter realizado algum treinamento e 08 (40%), respondeu ainda não ter tido nenhuma 
formação nesse sentido. 
O conhecimento científico e a habilidade técnica são características 
imprescindíveis para o rigoroso controle das funções vitais na tentativa de reduzir a 
mortalidade e de garantir a sobrevivência dos recém nascidos. Assim, corroboramos com 
Reichert, Lins e Collet (2007) que destacam a importância do acompanhamento e da 
atualização dos avanços terapêuticos e tecnológicos nessa área. 
Acreditamos que a realização de treinamentos em serviço seja de grande 
importância para a prevenção de erros e para melhor capacitar os profissionais para o manejo 
adequado dos equipamentos em uso. Assim, chamamos atenção para o grande número de 
enfermeiros que não recebeu nenhum treinamento, o que pode estar de alguma forma 
comprometendo a boa e correta utilização do equipamento. 
 
Tabela 4. Distribuição das opiniões das enfermeiras sobre o uso da incubadora na assistência ao Recém-
Nascido. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Sabe manusear uma incubadora 
Sim 10 50,0 
Não 10 50,0 
TOTAL 20 100,0 
 
 
 
24
De acordo com a tabela acima, podemos observar que a metade dos enfermeiros 
afirmou não saber manusear corretamente a incubadora, demonstrando algumas dificuldades 
no correto manejo. Diante do exposto, acreditamos que esta variável pode ter uma relação 
importante com o fato de 40% delas não ter recebido nenhuma formação específica para lidar 
com novas e sofisticadas tecnologias, o que torna necessária a educação continuada dos 
profissionais. 
Assim, podemos pensar na probabilidade de ocorrerem erros em maiores 
proporções na unidade pesquisada, visto que a metade dos Enfermeiros entrevistados informa 
não saber manusear corretamente a incubadora. 
Cada recém nascido necessita de um ambiente térmico favorável, o qual deve 
estar em consonância com seu peso, idade gestacional, pós-natal e condições clínicas 
(RIBEIRO, 2005). 
O ambiente termo-neutro constitui uma faixa de temperatura ambiental que 
permite ao neonato apresentar taxa metabólica mínima para permanecer com a sua 
temperatura corporal normal, mantida apenas por controle vasomotor, transpiração e postura 
(SCOCHI, 2002). 
 
Tabela 5. Distribuição das opiniões dos Enfermeiros sobre o uso das incubadoras. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
As principais dificuldades 
A troca de filtros 08 21,89 
O manuseio do alarme 08 21,85 
O desmonte da incubadora 05 19,28 
A regulação da temperatura 11 28,52 
O controlador do oxigênio 02 5,71 
A instalação da incubadora 01 2,85 
TOTAL 35* 100,0 
*Este número correspondente que os Enfermeiros responderam mais de uma alternativa. 
 
 
25
Acima podemos conhecer as principais dificuldades relacionadas pelos 
Enfermeiros. A regulação da temperatura foi a principal dificuldade relacionada pelos 
Enfermeiros e correspondeu a 11(28,52%) das respostas. Em seguida a troca dos filtros e o 
manejo dos alarmes apareceu com 8 (21,89%), respectivamente. O menor número de 
respostas esteve relacionado com a instalação da incubadora que corresponde a 01 (2,85%) 
como os enfermeiros não receberam treinamento para fazer uma troca de filtros e manusear o 
alarme, estes itens são muito importantes, como a troca de filtros que é um processo que se 
faz necessário por que estes, filtram as impurezas do AR que o RN vai inspirar. Evitando 
assim, problemas para recuperação do RN. 
Quanto ao manuseio do alarme, que é um sinal sonoro, que avisa ao profissional 
que está havendo algum problema com o equipamento, como aumento da temperatura e/ou 
falta de energia, por exemplo. 
Isto faz com que o Enfermeiro procure solucionar o problema com o equipamento, 
e o mesmo volte a funcionar normalmente. 
Tabela 6. Distribuição das opiniões dos enfermeiros sobre a finalidade do uso da incubadora a assistência ao 
RN. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Quais as finalidades do uso da incubadora pelo RN 
Aquecimento 16 44,6 
Proteção 06 16,6 
Barreira Contra Infecção 06 16,6 
Facilidade Manuseio 02 5,5 
Controlar Ruído 02 5,5 
Transporte RN 01 2,8 
Facilidade na Observação 01 2,8 
Conforto do RN 01 2,8 
Não Respondeu 01 2,8 
TOTAL 36* 100,0 
* Não representa o número de profissionais enfermeiros e sim o número de respostas. 
 
 
 
26
A Tabela 6 revela as opiniões sobre a finalidade do uso da incubadora nas 
unidades de internação avaliadas. Observou-se que 16 (44,6%) dizem que a finalidade da 
incubadora é fazer o processo de aquecimento, outros 06 (16,6%) dizem que a incubadora 
serve de proteção para RN, como também 06 (16,6%) a incubadora têm a finalidade de 
proteger o RN contra infecção, 02 (5,5%) a incubadora tem a finalidade de facilitar o manejo 
do RN, como também 02 (5,5%) serve para controlar o ruído e 01 (2,8%) serve para 
transportar o RN e 01 (2,8%) serve para facilitar na observação do RN e 01 (2,8%) tem 
finalidade de conforto e o RN e 01 (2,8%) não respondeu. 
A incubadora aquecida por convecção ou incubadora neonatal é um equipamento 
médico-assistencial usado para a manutenção da vida de recém-nascidos prematuros. Sua 
função é proporcionar ao recém-nascido um ambiente termoneutro através do controle da 
temperatura e da umidade relativa do ar. No ambiente termoneutro, o recém-nascido produz 
apenas a quantidade de calor necessária para manter sua temperatura adequada ao 
metabolismo basal (IAIONE; MORAES, 2002). 
A partir dos resultados encontrados podemos perceber que a maior parte dos 
profissionais sabe que a maior finalidade da incubadora é manter a temperatura do RN entre 
35ºC a 37,5ºC, que e faixa normal, mas as demais opiniões também estão corretas a respeito 
da finalidade da incubadora, mais a prioridade dela é manter a temperatura do RN. 
O centro termorregulador,localizado no hipotálamo comanda os mecanismos de 
perda e produção de calor. São quatro os mecanismos básicos de perda de calor: condução, 
radiação, convecção e evaporação (ALBUQUERQUE, 2002). 
O neonato pré-termo está especialmente sob risco de estresse pelo frio devido a 
gordura subcutânea limitada, um índice extremamente alto de superfície – massa, 
 
 
27
incapacidade de tremer ou suar e mínima gordura marrom (o tipo de gordura que fornece 
calor ao corpo) (KENNER, 2001). 
Tabela 7. Distribuição das opiniões dos enfermeiros sobre sua atitude mediante aos problemas apresentados pela 
incubadora. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Chamaria a manutenção 17 58,62 
Trocaria de equipamento 10 34,48 
Tenta consertar o equipamento 02 6,90 
TOTAL 29* 100,0 
*Não representa o número de profissionais enfermeiros e sim o número de respostas. 
 
Na Tabela 7 podemos conhecer, a atitude do enfermeiro frente aos problemas 
apresentados pela incubadora. A maioria das respostas encontradas 17(58,62%) foi que ao 
constatar qualquer problema chamaria a manutenção imediatamente, 10(34,48%), respostas 
foram que trocaria de equipamento e apenas 02(6,90%), tentaria corrigir o defeito. 
A partir destes resultados percebemos que a atitude delas é correta, uma vez que a 
existência de setores de Engenharia Clínica, dentro dos hospitais deve servir de subsidio para 
os profissionais da ponta, funcionando de modo continuo e interativo. O fato de não manusear 
inadequadamente um equipamento sem conhecimentos técnicos necessários, pode acarretar 
danos severos tanto ao equipamento, como para os profissionais, que por sua vez não possui 
habilidade técnica para a execução destes procedimentos. 
 
Tabela 8. Distribuição das opiniões dos enfermeiros quanto ao período da troca do filtro bacteriano da 
incubadora. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Sabe período da troca dos filtros da incubadora 
Sim 16 80,0 
Não 04 20,0 
TOTAL 20 100,0 
 
 
 
28
A tabela mostra o conhecimento dos enfermeiros sobre a troca do filtro da 
incubadora, que tem como função purificar o ar circulante na incubadora. A maioria dos 
entrevistados 16 (80%) soube responder corretamente, enquanto que apenas 04 (20%) não 
souberam responder. 
Conforme manual de instrução do fabricante, o ar que entra na incubadora passa 
por um sistema de microfiltragem que retém microorganismos, possibilitando ao recém-
nascido receber ar livre de impurezas. Para eficiência deste sistema, entre outros cuidados, 
merece atenção especial a troca de filtro a cada 60 dias, ou de acordo com orientações do 
fabricante do respectivo equipamento. Se este cuidado não for observado, a filtragem tornar-
se-á inadequada, causando alteração na qualidade e na quantidade de ar que entra na 
incubadora devido o filtro estar saturado de sujidade. Deve-se enfatizar a importância desses 
conhecimentos, pois, é imprescindível que a enfermeira saiba como utilizar este equipamento 
(NAGANUMA; CHAUD; PINHEIRO, 1999). 
 
 
 
29
Tabela 9. Distribuição das opiniões das enfermeiras sobre finalidade da manga – íris da incubadora. 
Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Qual a finalidade da Manga-Iris 
Não Sei Explicar 07 35,0 
Entrada das Mãos 01 05,0 
Entrada do Equipamento, Conexão, Traquea etc. 10 50,0 
Evitar Perda de Calor 02 10,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Como podemos observar acima, 10 (50%) dos Enfermeiros entrevistados, 
respondeu corretamente sobre a função da manga-íris, enquanto que 3(15,0%) não respondeu 
corretamente e 7 (35,0%) não souberam responder. 
A manga-íris é uma portinhola confeccionada em material plástico, que permite a 
entrada de acessórios dos equipamentos como respiradores, bomba de infusão e cabos de 
monitores, oxímetros de pulso, extensores e traquéias de circuitos de ventiladores mecânicos. 
O fechamento inadequado desta portinhola pode trazer danos na termoregulação 
do recém-nascido, causando a entrada de ar ambiente no interior da incubadora, ocasionando 
picos de hipotermia principalmente em prematuros. 
Portanto, o desconhecimento destes enfermeiros pode repercutir sobremaneira nos 
indicadores de qualidade da assistência, inclusive na manutenção do próprio equipamento. 
 
Tabela 10. Distribuição das opiniões das Enfermeiras sobre o que é LED’s, instalado no painel de comando da 
incubadora. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Você sabe o que são Led’s 
Sim 08 40,0 
Não 12 60,0 
TOTAL 20 100,0 
 
 
 
30
Sobre o conhecimento dos Enfermeiros acerca dos LED’S, 12(60,0%), não 
souberam responder corretamente sobre a finalidade dos LED’S, enquanto que 8(40,0%), 
responderam corretamente. 
O LED é um sinalizador eletrônico instalado no comando da incubadora, cuja 
finalidade é sinalizar irregularidades no funcionamento do painel de controle da incubadora, 
seja em relação à temperatura do ar e do RN (servo-control), falta de energia e falta de 
circulação do ar. 
O LED é um diodo semicondutor uau (junção P-N) que quando energizado emite 
luz visível por isso LED (Diodo Emissor de Luz). A luz não é monocromática (como em um 
laser), mas consiste de uma banda espectral relativamente estreita e é produzida pelas 
interações energéticas do elétron. O processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte 
elétrica de energia é chamado eletroluminescência. Em qualquer junção P-N polarizada 
diretamente, dentro da estrutura, próximo à junção, ocorrem recombinações de lacunas e 
elétrons. Essa recombinação exige que a energia possuída por esse elétron, que até então era 
livre, seja liberada, o que ocorre na forma de calor ou fótons de luz (WIKIPÉDIA, 2008). 
O desconhecimento por parte dos enfermeiros, da finalidade do LED’S, pode estar 
relacionado com a falta de capacitação ou cursos de atualização internas, uma vez que este 
tipo de inovação tecnológica, só pode ser vista em modelos de incubadoras fabricadas nos 
últimos 10 anos. 
 
 
 
 
 
 
31
Tabela 11. Distribuição das opiniões dos Enfermeiros quanto ao uso de água no umidificador da incubadora na 
assistência ao Recém-nascido. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Utiliza água no umidificador da incubadora 
Sim 01 05,0 
Não 19 95,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Observamos que 19 (95,0%) das entrevistadas responderam não utilizar água de 
rotina no umidificador na incubadora, enquanto que apenas 01 (5%) umidificador ar do 
interior da incubadora. 
Os sistemas de umidificação das incubadoras presentes no mercado atual são 
insuficientes para produzir de forma precisa e manter estável a umidade em um nível pré-
determinado. Estes sistemas quando são passivos dependem da climatização do ambiente 
(AMORIM; SCHNEIKER JUNIOR, 2004). 
A não utilização de água na incubadora pode acarretar problemas na umidade do 
ar inspirado pelo RN. Ambiente com pouca umidade leva a problemas como sangramento 
nasal, ressecamento de pele, de mucosas e outros agravos. 
Para realizar o controle da temperatura e umidade do ar, a incubadora neonatal 
geralmente possui sensores (medição de temperatura e umidade relativa), atuadores (resistor 
de aquecimento e vaporizador), dispositivos para ajuste (chaves e botões acessíveis ao 
usuário) e circuitos eletrônicos de controle. Os circuitos de controle recebem os sinais dos 
sensores e acionam os atuadores visando manter as grandezas em torno dos valores 
selecionados pelo operador nos dispositivos de ajuste. A incubadora possui ainda um sistema 
de circulação de ar, formado por um motor acoplado a uma ventoinha, que serve para tornar 
homogênea a temperatura e umidade no interior da mesma, além de proporcionar a renovação 
 
 
32
do ar.Existe também um dispositivo de proteção que desliga o aquecimento e soa um alarme 
quando a temperatura interna atinge 38 °C (IAIONE; MORAES, 2002). 
 
Tabela 12. Distribuição das opiniões dos enfermeiros sobre quantos decibéis que não prejudica ao recém-
nascido, durante seu período em uma incubadora. Fortaleza/Ce, 2008. 
PERFIL Fa Fr % 
Você sabe quantos Decibéis, aceito pelo INMETRO, que não prejudica o RN 
Sim 04 20,0 
Não 16 80,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Observou-se que 16(80%) dos enfermeiros desconhecem sobre o nível de decibéis 
recomendado e aceito pelo INMETRO, enquanto que 04(20%) souberam responder. 
Na UTIN tradicional, o pré-termo permanece exposto a uma série de eventos que 
podem ser considerados estressantes, tais como: alto nível de ruído, luz forte e constante, 
manuseio freqüente, cuidados que não levam em conta as suas pistas comportamentais e 
fisiológicas, bem como, muitos procedimentos dolorosos. Esse meio é totalmente diferente do 
suporte e isolamento fornecido pelo útero (SILVA, 2003). 
No neonato enfermo, a habilidade será alterada tornando-o estressado, com isso 
gerando uma instabilidade das funções fisiológicas. Os altos níveis de ruídos captados pela 
audição dos neonatos, submetidos à UTIN por longo período de tempo causam efeitos 
inesperados que podem ter conseqüências durante seu tempo de vida. (CORRÊA, 2005). 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece os níveis de ruídos 
compatíveis com o conforto acústico para o ser humano em diversos ambientes. Os valores 
fixados para berçários são de 35 dB a 45 dB; sendo que o valor de 35 dB é o desejável e de 45 
dB é o aceitável. Mas, segundo (AVERY; FLETCHER; MACDONALD, 1999) a intensidade 
do ruído de fundo está em torno de 50-60 dB, o que é causado por motores, ventiladores, 
 
 
33
equipamentos de ventilação, pessoal, telefone, alarmes, área de higiene, bandejas de 
equipamentos, interfones e carrinhos. Já, (KELNAR; HARVEY; SIMPSON, 2001) afirmam 
que os golpes leves sobre a incubadora ou a colocação brusca de um objeto em cima dela 
provocam um som muito forte nos ouvidos do bebê. O fechamento das portas da incubadora 
chega ao nível sonoro de até 115 dB. 
O ruído da incubadora deve ser suficiente para não prejudicar a audição do RN, 
assim como acarretar outros problemas, principalmente os de comportamento, que podem 
repercutir por toda a vida da criança. 
Hoje os grandes centros de neonatologia, valorizam as práticas humanizadas no 
contexto da UTIN, principalmente no que se refere aos níveis de barulho. Incubadoras mais 
antigas podem ter este nível de barulho mais elevado, tanto por problemas de ordem 
mecânica, com também aqueles externos. 
O cuidado com a manipulação, postura, som, luz, estresse e dor, à luz do 
conhecimento das capacidades do neonato, não podem deixar de ser considerados pela equipe 
(REICHERT; LINS; COLLET, 2007). 
 
Tabela 13. Distribuição das opiniões dos enfermeiros sobre a Assistência Técnica ao equipamento incubadora 
para que a mesma tenha um bom funcionamento na assistência ao Recém-nascido. Fortaleza/Ce, 
2008. 
 
PERFIL Fa Fr % 
No seu serviço (unidade) há o pleno funcionamento das incubadoras 
Sim 02 10,0 
Não 18 90,0 
TOTAL 20 100,0 
 
Segundo as opiniões dos enfermeiros, que trabalham nas unidades do hospital onde foi 
realizada a pesquisa, observamos que 18 (90,0%), ou seja, a maioria deles afirmou que as 
 
 
34
incubadoras não funcionam dentro das condições normais, ou seja, em pleno funcionamento 
enquanto 02 (10,0%) afirmaram que as mesmas funcionam em plenas condições, isto deve-se 
ao sucateamento das unidades de internação, o que justifica a solicitação de renovação do 
parque tecnológico. 
A recuperação lenta e retardo de sua alta hospitalar, não contribui com os indicadores 
de qualidade em relação ao serviço prestado pelas unidades hospitalares, que dão assistência 
ao recém nascido. Então se faz necessário uma maior integração entre as unidades de 
internação e o serviço de Engenharia Clinica do hospital, para que as mesmas dêem 
assistência ao equipamento através de uma manutenção preventiva, o que garante ao 
equipamento, seu pleno funcionamento. 
 A manutenção preventiva inclui limpar o interior e exterior da incubadora; lubrificar a 
montagem do ventilador se requerido; verificar o funcionamento dos sistemas; calibração 
periódica e após manutenção corretiva; substituir o filtro com a freqüência indicada pelo 
fabricante ou de acordo com as normas adotadas pelo estabelecimento de saúde (SILVA, 
2007). 
 
 
 
 
 
35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conclui-se que 70% dos profissionais que trabalham nas unidades, têm mais de 
cinco anos de experiência na área de neonatologia, mesmo assim percebeu-se que ainda há 
certa dificuldade no manuseio do equipamento, portanto se faz necessário investir 
rapidamente em treinamento e capacitar profissionais, para que os mesmos tenham 
conhecimento sobre o equipamento, para oferecer uma assistência segura ao recém-nascido, 
melhorando os indicadores, o que pontua uma assistência de qualidade. 
Vimos que a manipulação cuidadosa da incubadora é um meio eficaz para 
minimizar os níveis de pressão sonora (NPSs) gerados durante as diversas situações de 
manipulação e, assim, destacamos a importância da educação continuada da equipe neonatal, 
abordando conteúdos sobre o ruído ambiente, em especial o controle e a manipulação 
cuidadosa de incubadoras durante a realização de procedimentos de apoio ao diagnóstico e 
terapêuticos. Destacamos aí o papel da enfermagem por assumir parcela significativa dos 
cuidados diretos e contínuos dos recém-nascidos, manipulando constantemente as 
incubadoras, e, portanto, influenciando diretamente na redução ou aumento do ruído 
ambiente. 
 
 
 
36
6 REFERÊNCIAS 
ALBUQUERQUE, Maria Clara Feitosa. Termorregulação. In: SILVA, A.S. Manual de 
Neonatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 
 
ABNT. NBR IEC, 601, 2–19 – Equipamento eletromedico, Parte 02, segurança de 
incubadora para RN, 1997. 
 
ABNT. NBR IEC, 601, 2–20, Equipamento eletromedico, Parte 02, segurança de incubadora 
para RN – 1997. 
 
AVERY, G. B; FLETCHER, M. A; MACDONALD, M. G. Neonatologia. Fisiopatologia e 
Tratamento do Recém-Nascido. Medsi 1999; p 89. 
 
BRITO, A.P. Os elementos essenciais na formação do enfermeiro reflexivo. São Paulo, 
2008. Disponível em www. artigonal.com 
 
BUTTON, V.L.S.M., Ministério da Saúde – Projeto REFORSUS, Equipamento Médico 
Hospitalar – GEMA, Brasil (Capacitação a Distância). 
 
CORRÊA, A. L. Ruído: Níveis de pressão sonora captados no interior da incubadora em 
unidade de cuidados intensivos neonatal. 2005. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)-
Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba São José dos 
Campos, 2005. 
 
FANEN Ltda, Documentação de Técnicas Sobre Incubadora – São Paulo, 1947 – 1992. 
 
IAIONE, F.; MORAES, R.. Equipamento para avaliação de funcionalidade de incubadoras 
para recém-nascidos. Revista Brasileira de Engenharia Biomédica, v. 18, n. 3, p. 151-162, 
set/dez, 2002. 
 
KENNER, C. Enfermagem Neonatal. 2ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 
2001. 
 
KELNAR, C. J. K; HARVEY, D; SIMPSON, C. O Recém Nascido Doente. Diagnóstico e 
tratamento em Neonatologia. São Paulo: Santos 2001; p 381. 
 
NAGANUMA, M.; CHAUD, M.N.; PINHEIRO, E.M. Enfermagem neonatológica: 
conhecimento de alunos de graduação em enfermagem. Rev.latino-am.enfermagem, 
Ribeirão Preto, v. 7, n. 4, p. 75-81, outubro 1999. 
 
POLIT, D.F; BECK, C.T; HUNGLER, B.P. Fundamentos de pesquisa em Enfermagem: 
métodos,avaliação e utilização. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004 
 
RIBEIRO, M. A.C. Aspectos que influenciam a termorregulação: assistência de 
enfermagem ao recém nascido pré-termo. [Monografia], Taguatinga / DF, 2005. 
 
 
 
37
RODRIGUES, R. G; OLIVEIRA, I.C.S., Revista Eletrônica de Enfermagem, Vol. 06, Nº 
02, 2004 – ISSN 1518944. 
 
SCOCHI, C. G. S. Termorregulação: assistência hospitalar ao RNPT. Acta Paul. Enferm.; 
São Paulo, v. 14, nº 1, p. 72-78, jan./mar. 2002. 
 
SILVA, R. N. M. Cuidados Voltados para o Desenvolvimento do Bebê Pré-Termo na 
UTIN. Curso 13,14, e 15/02 – 5,6, e 7/03 2004. CECAE Centro de Convívio e Atendimento 
Especializado. São José dos Campos - SP. 
 
SILVA, J.F., Universidade Federal da Paraíba, Laboratório de Medicina Pulmonar. 
 
TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI neonatal – Assistência ao recém-
nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006,3ed 
 
 
38
7 APÊNDICE 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA CLINICA 
Aluno: Engº José Rosemberg Costa Lima 
Orientadora: Enfª Ana Valeska Siebra Silva 
 
QUESTIONÁRIO 
 
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
1. Há quanto tempo trabalha na Unidade de Neonatologia? 
( ) < 1ano ( ) 1 a 5 anos ( ) > 5 anos 
2. Possui curso de pós-graduação? 
( ) Sim ( ) Não Se Sim: Qual ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Especialização 
3. Recebeu / Participou de algum treinamento sobre manuseio de incubadora? 
( ) Sim ( ) Não Se Sim: Há quanto tempo ( )< 1 ano ( ) 1-5 anos ( ) > 5 anos 
4. Na sua opinião você sabe manusear bem uma incubadora? 
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe responder 
5. Quais as dificuldades que você tem em relação ao manuseio da incubadora? 
( ) Instalar a Incubadora 
( ) Regular Temperatura 
( ) Zerar a Temperatura 
( ) Manusear o Alarme 
( ) Desmontar a Incubadora 
( ) Remover Filtros 
( ) Controlar a Entrada de Oxigênio 
( ) Manusear o Servo-Control 
( ) Identificar o Tipo de Perda de Calor 
da Incubadora 
( ) Outros: ________________________ 
( ) Não tenho dificuldades 
6. Quais as finalidades do uso da incubadora pelo RN? 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
7. Uma incubadora ao apresentar um defeito durante a utilização o que você fará? 
( ) Tentaria corrigir o defeito 
( ) Chamaria a manutenção técnica 
( ) Trocaria de equipamento 
( ) Não tomaria nenhuma atitude 
8. Você sabe qual é o período que deve ser feito a troca dos filtros da incubadora? 
( ) Sim ( ) Não Caso Sim: Qual o período deve ser feito a troca _________________ 
9. Qual a finalidade da Manga-Iris? 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
( ) Não sei explicar 
10. Você sabe o que são Leds? ( ) Sim ( ) Não 
11. Você utiliza água no unificador da incubadora? 
( ) Sim ( ) Não ( ) Caso Sim: Qual a finalidade? ________________________________ 
12. Você sabe a quantidade de Decibéis padronizada pelo INMETRO e que não é prejudicial a 
saúde do RN? 
( ) Sim ( ) Não ( ) Caso Sim: Quantos Decibéis? _____________________________ 
13. No seu serviço (unidade) há o pleno funcionamento das incubadoras? 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
 
	1.2. Risco relacionado ao uso indevido da incubadora neonatal (IN)..................pg 15
	1. 2 Risco relacionado ao uso indevido da Incubadora Neonatal (IN):
	Alguns acidentes graves ou não tem relação ao uso indevido ou mau funcionamento de incubadora neonatal, defeitos nos termostatos pode lhe dar uma informada entrada sobre a temperatura do RN e pode ser fatal devido alta e baixa temperatura.
	Ao colocar o sensor de temperatura da pele no RN não estiver bem posicionado com a pele do RN pode causar um erro na leitura da temperatura com um sobre aquecimento. Não se usa nem um tipo de fitas adesivas para fixação do sensor porque pode provocar uma irritação na pele do RN. A enfermeira ou auxiliar tem que ficar monitorando a posição do sensor de pele do RN. Geralmente talvez por desconhecer, mas o uso de cobertores, fraldas que são fabricados com material sintéticos dentro da cúpula e tecnicamente proibido por bloquear o fluxo de entrada e saída do ar da incubadora, consequentemente prejudica bom desempenho do equipamento com respeito a sua conformidade – eficiência e segurança para o RN e seu operador.
	Outro problema, que ocorre nas UTI’s diz respeito ao ruído excessivo defeito da incubadora, que pode provocar surdez no RN este ruído pode ser provocado por bater na portinhola – sobre a cúpula tudo isto pode aumentar o nível no interior da cúpula. Normas internacionais estabelecem um nível de ruído até 60d, onde não prejudica o RN. Conforme se ver nas UTI’s, quando uma enfermeira ou auxiliar vai fazer um procedimento de limpeza usa material inflamável com éter, álcool isto pode provocar morte no RN por intoxicação por gases.
	O profissional que esta operando um equipamento como uma incubadora, tem que tomar cuidados com o fechamento da cúpula, ferrolho das portinholas, etc., para dar segurança ao RN. Quando não se controla adequadamente o fornecimento de oxigênio ao RN, pode provocar Hipoxia (redução do fornecimento de oxigênio) ou Hiperoxia (aumento do fornecimento de oxigênio) que pode ocasionar a retinopatia da prematuridade, e outros agravos onde pode levar o RN a morte.
	3 METODOLOGIA
	 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
	 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Conclui-se que 70% dos profissionais que trabalham nas unidades, têm mais de cinco anos de experiência na área de neonatologia, mesmo assim percebeu-se que ainda há certa dificuldade no manuseio do equipamento, portanto se faz necessário investir rapidamente em treinamento e capacitar profissionais, para que os mesmos tenham conhecimento sobre o equipamento, para oferecer uma assistência segura ao recém-nascido, melhorando os indicadores, o que pontua uma assistência de qualidade.
	 6 REFERÊNCIAS 
	BRITO, A.P. Os elementos essenciais na formação do enfermeiro reflexivo. São Paulo, 2008. Disponível em www. artigonal.com
	Aluno: Engº José Rosemberg Costa Lima 
	Orientadora: Enfª Ana Valeska Siebra Silva
	QUESTIONÁRIO
	I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
	1. Há quanto tempo trabalha na Unidade de Neonatologia?
	( ) < 1ano ( ) 1 a 5 anos ( ) > 5 anos
	2. Possui curso de pós-graduação?
	( ) Sim ( ) Não Se Sim: Qual ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Especialização
	3. Recebeu / Participou de algum treinamento sobre manuseio de incubadora?
	( ) Sim ( ) Não Se Sim: Há quanto tempo ( )< 1 ano ( ) 1-5 anos ( ) > 5 anos
	4. Na sua opinião você sabe manusear bem uma incubadora?
	( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe responder
	5. Quais as dificuldades que você tem em relação ao manuseio da incubadora?
	 
	( ) Instalar a Incubadora
	( ) Regular Temperatura
	( ) Zerar a Temperatura
	( ) Manusear o Alarme
	( ) Desmontar a Incubadora
	( ) Remover Filtros
	( ) Controlar a Entrada de Oxigênio
	( ) Manusear o Servo-Control
	( ) Identificar o Tipo de Perda de Calor da Incubadora
	( ) Outros: ________________________
	( ) Não tenho dificuldades
	 
	6. Quais as finalidades do uso da incubadora pelo RN?
	________________________________________________________________________ 
	________________________________________________________________________
	7. Uma incubadora ao apresentar um defeito durante a utilização o que você fará?
	 
	( ) Tentaria corrigir o defeito
	( ) Chamaria a manutenção técnica
	( ) Trocaria de equipamento
	( ) Não tomaria nenhuma atitude
	 
	8. Você sabe qual é o período que deve ser feito a troca dos filtros da incubadora?
	( ) Sim ( ) Não Caso Sim: Qual o período deve ser feito a troca _________________
	9. Qual a finalidade da Manga-Iris?
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	( ) Não sei explicar10. Você sabe o que são Leds? ( ) Sim ( ) Não
	11. Você utiliza água no unificador da incubadora?
	( ) Sim ( ) Não ( ) Caso Sim: Qual a finalidade? ________________________________
	12. Você sabe a quantidade de Decibéis padronizada pelo INMETRO e que não é prejudicial a saúde do RN?
	( ) Sim ( ) Não ( ) Caso Sim: Quantos Decibéis? _____________________________
	13. No seu serviço (unidade) há o pleno funcionamento das incubadoras?
	( ) Sim ( ) Não

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