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Resumo Embriologia.docx

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1 – DIVISÕES CELULARES
1 – CONCEITOS INICIAIS: 
• O DNA, dentro do núcleo se encontra associado à proteínas chamadas histonas. 
• Toda essa estrutura de DNA e histonas se chama cromatina. 
• Quando a célula vai fazer a divisão celular essa cromatina se torna muito grande para que esse processo ocorra dentro do núcleo sendo assim, como ela tem a forma de macarrão, ela pode se condensar, se espiralizar. 
• A cromatina espiralizada forma o cromossomo. 
INTÉRFASE: Fase em que a célula não está se dividindo. Ela é divida em três fases:
G1: É o período em que antecede à divisão celular. É a fase em que a célula está executando as suas funções vitais, sintetizando proteínas, aumentando de tamanho, aumentando a quantidade de rna para fazer outras proteínas.
S: É o período em que a célula começa a se dividir, duplicando a quantidade de cromatina (material genético – DNA).
G2: Nessa fase ocorre a duplicação dos centríolos e a célula se encontra pronta para começar a divisão. Período em que todo o material genético já se encontra duplicado. A célula possui cromossomos duplos. se tivermos uma célula em intérfase, pertencente a uma espécie em que 2n = 4, essa célula terá 4 cromossomos simples na subfase G1 e 4 cromossomos duplos quando estiver em G2
2 – MITOSE 
• É um processo apenas equitativo de divisão. 
• Durante uma mitose, ocorre a separação equitativa das cromátides, resultando na formação de duas células-filhas geneticamente idênticas e com o mesmo número de cromossomos da célula-mãe. 
• É, portanto, um processo de divisão celular que conserva nas células o mesmo número de cromossomos. 
• Se uma célula 2n (diploide) realizar uma mitose, formam-se duas células-filhas também 2n; 
• Se uma célula n (haploide) realizar uma mitose, teremos a formação de duas células-filhas também haploides.
OBJETIVOS DA MITOSE
• CRESCIMENTO – O crescimento de muitos tecidos e estruturas se deve ao aumento do número de células, devido a mitoses sucessivas, e não ao aumento do tamanho das células. Ex: as células epiteliais, cartilaginosas, ósseas e sanguíneas de um recém-nascido são do mesmo tamanho das existentes num indivíduo adulto. Entretanto, o adulto tem um número maior de células nesses tecidos do que o recém-nascido.
• RENOVAÇÃO– Alguns tecidos, como o epitelial de revestimento, estão em constante processo de renovação. Assim que as células desses tecidos completam seu período de vida e morrem, são substituídas por novas células formadas por meio de mitoses.
• REGENERAÇÃO – Muitos tecidos, quando lesados, têm células destruídas. Estas serão substituídas por novas células, formadas por meio de mitoses realizadas por células que não foram danificadas com a lesão.
PRÓFASE É a primeira fase da mitose. Nela, observamos as seguintes características:
• INÍCIO DA ESPIRALIZAÇÃO/CONDENSAÇÃO DOS CROMOSSOMOS – Os cromossomos já duplicados (intérfase) começam a se espiralizar, tornando-se mais curtos, grossos e visíveis. 
• DESAPARECIMENTO DO(S) NUCLÉOLO(S) 
• INÍCIO DA FORMAÇÃO DO FUSO – O fuso mitótico é um conjunto de fibras proteicas. As fibras do fuso organizam-se entre os pares de centríolos. Assim, à medida que as fibras do fuso vão se alongando, os diplossomos(dupla de centríolos) são empurrados para os polos celulares. 
Ao redor de cada par de diplossomos, surgem fibras de proteínas que, dispostas radialmente, formam o áster.
• DESAPARECIMENTO DA CARIOTECA – Ao final da prófase, a membrana nuclear (carioteca) fragmenta-se em diversos pedaços e, com isso, o material citoplasmático mistura-se com o material nuclear. Uma vez que o fuso se forma no citoplasma, é necessário que a carioteca desapareça para permitir que os cromossomos entrem em contato com as fibras do fuso. Essa fragmentação da carioteca marca o fim da prófase e o início da metáfase.
METÁFASE: A metáfase mitótica apresenta as seguintes características: 
• MÁXIMO DESENVOLVIMENTO DO FUSO – Os microtúbulos do fuso mitótico atingem seu máximo desenvolvimento. 
• MÁXIMA ESPIRALIZAÇÃO DOS CROMOSSOMOS – A espiralização dos cromossomos atinge o seu máximo. Estes, altamente condensados, ligam-se às fibras do fuso por meio dos CENTRÔMEROS. 
• ALINHAMENTO DOS CROMOSSOMOS NO PLANO EQUATORIAL – Todos os cromossomos se dispõem no mesmo plano, no região mediana da célula, formando a chamada placa equatorial. A ligação dos cromossomos ao fuso permite que as cromátides-irmãs (cromátides unidas pelo centrômero) fiquem corretamente direcionadas, cada uma voltada para um dos polos da célula. 
ANÁFASE O termo anáfase (do grego ana, separação) refere-se à separação das cromátides-irmãs de cada cromossomo para os polos opostos da célula. Essa fase caracteriza-se por:
• ENCURTAMENTO DAS FIBRAS DO FUSO – As fibras do fuso, às quais se prendem os centrômeros, sofrem um encurtamento, puxando as cromátides (que agora já são cromossomos simples) para os polos celulares.
• MIGRAÇÃO DOS CROMOSSOMOS-IRMÃOS PARA OS POLOS – Os cromossomos-irmãos (resultantes da separação das cromátides-irmãs) separam-se, sendo puxados pelas fibras do fuso para os polos celulares opostos. Cada polo da célula recebe o mesmo material cromossômico. A anáfase termina quando os cromossomos chegam aos polos.
TELÓFASE É a fase final (do grego telos, fim) da mitose. Suas principais características são:
• DESCONDENSAÇÃO DOS CROMOSSOMOS – Os cromossomos simples, já situados nos polos celulares, desespiralizam-se.
• DESAPARECIMENTO DAS FIBRAS DO FUSO 
• REAPARECIMENTO DA CARIOTECA – Em cada polo celular, em torno de cada conjunto cromossômico, organiza-se uma carioteca.
• REAPARECIMENTO DO(S) NUCLÉOLO(S) – Em cada núcleo reaparece(m) o(s) nucléolo(s).
• CITOCINESE – O citoplasma celular divide-se em 2 metades iguais, surgindo, assim, duas células-filhas. 
MEIOSE 
• Consta de duas divisões sucessivas (divisão I e divisão II). 
• A divisão I é REDUCIONAL, uma vez que reduz à metade o número de cromossomos nas células. 
• Durante a divisão I da meiose, ocorre a separação dos cromossomos homólogos, resultando na formação de células-filhas haploides (células que não apresentam pares de cromossomos homólogos). 
• Na divisão II, à semelhança do que acontece na mitose, ocorre a separação equitativa das cromátides entre as células-filhas que se formam. 
• Ao término da divisão I da meiose, formam-se duas células-filhas haploides com cromossomos duplos; ao término da divisão II, teremos quatro células-filhas haploides com cromossomos simples.
OBJETIVO DA MEIOSE Formação de gametas.
OBS: Entre o término da divisão I e o início da divisão II, pode existir ou não um pequeno intervalo de tempo denominado intercinese.
PRÓFASE I: A prófase I é subdividida em cinco subfases (leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese).
a) LEPTÓTENO: Nessa subfase, inicia-se a espiralização dos cromossomos que, apesar de duplicados, não mostram suas cromátides individualizadas, ou seja, ainda não é possível distinguir as duas cromátides de cada cromossomo devido à pouca espiralização dos mesmos. 
b) ZIGÓTENO: Ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos (cromossomos iguais, de origem paterna e materna que apresentam genes para as mesmas características). Cada cromossomo fica ao lado do seu homólogo.
c) PAQUÍTENO: São visualizadas as 2 cromátides de cada cromossomo. Cada par de cromossomos homólogos duplos emparelhados recebe a denominação de tétrade ou bivalente. 
IPC: Nesse período, tem início o crossing-over (permutação). O crossing-over é uma troca de segmentos (pedaços) entre cromátides homólogas, permitindo, assim, uma recombinação gênica (recombinação de genes) entre cromossomos homólogos e, consequentemente, a troca de material genético e um aumento da variabilidade genética dentro da espécie. 
OBS: Esse fenômeno começa no PAQUÍTENO e termina no período seguinte, no DIPLÓTENO. 
d) DIPLÓTENO: Após a troca de segmentos, os homólogos começam a se afastarem uns dos outros. O último ponto de separação entre os homólogos é aquele em que ocorreu o crossing-over. Assim, é comum nodiplóteno a visualização de pontos de contato entre cromátides homólogas. Esses pontos são denominados QUIASMAS e indicam os locais onde se deu a troca de segmentos, isto é, indicam os locais de ocorrência do crossing-over. 
e) DIACINESE: Ocorre a terminalização dos quiasmas, isto é, estes escorregam para as extremidades das cromátides.
METÁFASE I Nessa fase da meiose, temos:
• MÁXIMO DESENVOLVIMENTO DO FUSO – Assim como na metáfase mitótica, as fibras do fuso se dispõem de um polo celular a outro.
• CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS PAREADOS DISPOSTOS NO PLANO EQUATORIAL – Cada par de cromossomos homólogos encontra-se ligado a uma mesma fibra do fuso por meio dos centrômeros.
• MÁXIMA ESPIRALIZAÇÃO DOS CROMOSSOMOS.
ANÁFASE I 
• Ao contrário do que acontece na mitose, na anáfase I, não ocorre a separação das cromátides mas sim dos CROMOSSOMOS PAREADOS.
• ENCURTAMENTO DAS FIBRAS DO FUSO.
• SEPARAÇÃO DOS CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS – Os cromossomos homólogos duplos são puxados para os polos
TELÓFASE I A última fase da divisão meiótica I caracteriza-se por:
• Desespiralização dos cromossomos.
• Reaparecimento do(s) nucléolo(s).
• Reaparecimento da carioteca.
• Desaparecimento do fuso.
• CITOCINESE.
• Formação de duas células-filhas haploides (n) com cromossomos duplos.
DIVISÃO II DA MEIOSE – Cada uma das células-filhas formadas ao término da divisão I realizará a divisão II, cujas características são idênticas às da mitose.
2 – GONADAS - HORMÔNIOS E GAMETOGENESE
ESPERMATOGENESE: 
• É a sequencia de eventos em que as espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros.
• É realizada dentro dos túbulos seminíferos a partir das células germinativas masculinas, as espermatogônias. 
• As espermatogonias (nos túbulos seminíferos desde o período fetal) começam a aumentar em nº na puberdade. 
• Depois de varias divisões mitóticas, as espermatogonias crescem e sofrem diferenciações.
• As espermatogônias crescem e se diferenciam em ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS. 
• Cada espermatócito I (2n) sofre uma meiose I (Reducional) para formar 2 espermatócitos II HAPLOIDES. 
• Em seguida, os ESPERMATÓCITOS II sofrem a meiose II para formar quatro ESPERMÁTIDES haploides. 
• As espermátides são transformadas em espermatozoides por um processo conhecido como ESPERMIOGENESE. 
• O processo de espermatogênese, demora cerca de 2 meses. 
• Quando a espermiogenese é completada, os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos.
• Cada espermatogônia vai originar 4 espermatozoides e cada espermátide origina 1 espermatozoide.
• Durante as transformações os 46 cromossomos do espermatócito I se dividem, 23 cromossomos vão para uma espermátide e 23 para outra. 
• Os genes cromossômicos também se dividem e, assim, somente metade das características genéticas do possível feto é fornecida pelo pai, enquanto que a outra metade provem do ovócito fornecido pela mae.
• ESPERMIOGÊNESE: citoplasma eliminado. A célula fica menor/leve, facilitando a locomoção, realizada pelo flagelo.
• O epidídimo, em continuidade com o ducto deferente, transporta os espermatozoides para a uretra.
• EPIDÍDIMOS: Órgãos em forma de “C” que recobrem parte dos testículos. 
• Os gametas completam a maturação nos epidídimos e aí ficam armazenados até o momento da ejaculação
HORMONIOS NA ESPERMATOGENESE: 
• As duas funções (gametogênica e endócrina) dos testículos estão sob o controle da GLÂNDULA HIPÓFISE. 
• Esse controle é feito pelos hormônios gonadotróficos, FSH e LH, produzidos e liberados pela adeno-hipófise.
1 – TESTOSTERONA: 
• É secretada pelas CÉLULAS DE LEYDIG, localizadas no INTERSTÍCIO do testículo, entre os túbulos seminíferos.
• É essencial para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares, que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma.
• Nos primeiros meses de vida e após a puberdade, os testículos secretam grande quandidade de testosterona. 
• A testosterona, juntamente com o FSH, regula as atividades das células de sertoli (proteção dos espermatozóides, troca de nutrientes, etc).
2 – HORMÔNIO LH: secretado pela hipófise anterior, estimula as CÉLULAS DE LEYDIG a secretar testosterona.
3 – HORMÔNIO FSH: 
• É secretado pela hipófise anterior
• Estimula as células de Sertoli na maturação e migração das células germinativas nos túbulos seminíferos.
4 – ESTROGÊNIOS: 
• Formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando são estimuladas pelo hormônio FSH, são também provavelmente essenciais para a espermiogenese.
5 – HORMÔNIO DE CRESCIMENTO: 
• É necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testítulos. 
• O hormônio de crescimento promove a divisão precoce das espermatogonias; em sua ausência, como no caso dos anões hipofisários, a espermatogênese é severamente deficiente ou ausente, causando, assim, infertilidade
OBS: Inibição da secreção de LH e FSH da hipófise anterior pela testosterona: A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem o efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise. Sempre que a secreção de testosterona fica muito elevada, esse efeito automático de feedback negativo, reduz a secreção de testosterona.
MULHER 
OVOGÊNESE: 
• É a sequência de eventos em que as OVOGÔNIAS são transformadas em OVÓCITOS MADUROS. 
• Esse processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade.
1 – MATURAÇÃO PRÉ-NATAL DOS OVÓCITOS: 
1) Durante a vida fetal as ovogônias proliferam por divisão mitótica. 
2) As ovogônias crescem para formar os OVÓCITOS PRIMÁRIOS antes do nascimento.
3) Quando o ovócito I se forma, células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células epiteliais foliculares achatadas (Fig. 2-8), constituindo um FOLÍCULO PRIMORDIAL (Fig. 2-9A). 
4) A medida que o ovócito I cresce durante a puberdade, as células foliculares epiteliais se tornam cubóides, e depois colunares, formando um FOLÍCULO PRIMÁRIO (Fig. 2-1). 
5) O ovócito I é logo envolvido por uma camada de material glicoprotéico acelular e amorfo(zona pelúcida (Fig.2-9B). 
6) Os ovócitos I INICIAM a 1ª divisão meiótica antes do nascimento, mas a PRÓFASE ñ se completa até a adolescência. (DICTIÓTENO).
2 – MATURAÇÃO PÓS-NATAL DOS OVÓCITOS
• Iniciando-se durante a puberdade, geralmente um folículo amadurece a cada mês, e ocorre a ovulação. 
• Após o nascimento, não se forma mais nenhum ovócito primário. 
• Os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade. 
• Com a maturação do folículo, o ovócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente antes da ovulação, completa a 1ª divisão meiótica para dar origem a um ovócito II e ao primeiro corpo polar. 
• O ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma (Fig. 2-1) e o primeiro corpo polar recebe muito pouco.
OBS: O corpo polar é uma célula pequena, não-funcional, que logo degenera. 
• Na ovulação, o núcleo do ovócito II inicia a 2ª divisão meiótica, mas progride apenas até a METÁFASE, quando, então, a divisão é INTERROMPIDA.
• Se 1 espermatozóide penetra o ovócito II, a 2ª divisão meiótica é completada, formando o OVÓCITO FECUNDADO. 
• Assim que o segundo corpo polar é degenerado, a maturação do ovócito se termina.
IPC: Durante a ovogênese, os ovócitos I passam por um período de interrupção da meiose. 
• Essa interrupção recebe o nome de período DICTIÓTENO. 
• Assim, p.ex. se uma mulher ficar grávida aos 20 anos, o ovócito I, que deu origem ao óvulo que foi fecundado, teve um período dictióteno de cerca de 20 anos.
• Acredita-se que, quanto mais longo for o período dictióteno, maior é a probabilidade de não ocorrer a separação correta dos cromossomos, quando a meiose for reiniciada. 
• Isso poderia explicar a maior frequência de anomalias cromossômicas (síndrome de Down, por exemplo) em recém-nascidos de mulheres com mais de 40 anos de idade.
3 – CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS (FIG.2-11): 
• iniciam-se na puberdade.
• Esses ciclos preparam o sistema reprodutivo para gravidez.
•O hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), sintetizado pelo hipotálamo, estimula a hipófise a liberar: 
1 – FSH: estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio por suas células foliculares.
2 – LH: atua como "disparador" da ovulação e estimula células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona.
OBS: Esses hormônios induzem também o crescimento do endométrio.
CICLO OVARIANO: • O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários: desenvolvimento dos folículos (Fig. 2-8), ovulação e formação do corpo lúteo (Ciclo ovariano – Fig.2-7).
• Durante cada ciclo, o FSH promove o crescimento de VÁRIOS folículos primordiais entre 5 e 12 folículos primários. • Apenas 1 folículo primário se desenvolve até se tornar folículo maduro e se rompe, liberando o ovócito(Fig. 2-10).
1 – DESENVOLVIMENTO FOLICULAR: O desenvolvimento de um folículo ovariano (Figs. 2-8/2-9) é caracterizado por:
* Crescimento e diferenciação do ovócito primário.
* Proliferação das células foliculares.
* Formação da zona pelúcida.
* Desenvolvimento das tecas foliculares.
• Com o aumento do folículo primário, o tec. conjuntivo adjacente forma uma cápsula (TECA FOLICULAR) (Fig. 2-7). 
• A teca se diferencia em 2 camadas: 
* uma interna vascularizada e glandular (TECA INTERNA) 
*e uma conjuntiva, semelhante a uma cápsula (TECA EXTERNA). 
• Subsequentemente, surgem em torno das células foliculares uma cavidade, o antro, que contém o fluido folicular.
• Depois que o antro se forma, o folículo ovariano é denominado FOLÍCULO SECUNDÁRIO.
• O desenvolvimento dos folículos ovarianos é induzido pelo FSH, mas estágios finais de maturação requerem tb LH. 
IPC: Os folículos em crescimento produzem ESTROGÊNIO. 
IPC: A teca interna produz fluido folicular, algum estrogênio e androgênios q passam para as células foliculares e os converte em estrogênio.
2 – OVULAÇÃO: 
• Na metade do ciclo, o folículo ovariano (sob influência do FSH e do LH) sofre um surto de crescimento, produzindo uma SALIÊNCIA na superfície do ovário. Um pequeno ponto avascular( ESTIGMA) logo aparece nessa saliência 
IPC: A ONDA DE LH, induzida pelo ALTO NÍVEL DE ESTROGÊNIO(inibe tanto o LH que este “estoura”) sanguíneo, parece causar a tumefação do estigma, que se rompe, expelindo o ovócito II com o fluido folicular (Fig. 2-105 a D). 
• O ovócito II expelido é envolvido pela ZONA PELÚCIDA e pela CORONA RADIATA (células foliculares) (Fig. 2-10C).
• A onda de LH também parece induzir o término da primeira divisão meiótica do ovócito primário. 
• Portanto, folículos maduros contêm ovócitos secundários (Fig. 2-10^4 e B). 
3 – CORPO LÚTEO: 
• após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular se tornam enrugadas. 
• Sob a INFLUÊNCIA DO LH, elas se desenvolvem em uma estrutura glandular, o corpo lúteo. 
• O corpo lúteo SECRETA PROGESTERONA que faz as glândulas endometriais prepararem o endométrio p a nidação.
 SE O OVÓCITO É FECUNDADO: 
• O corpo lúteo aumenta e forma o CORPO LÚTEO GRAVÍDICO, aumentando sua produção hormonal. 
IPC: Quando ocorre a gravidez, a DEGENERAÇÃO do corpo lúteo é IMPEDIDA pelo hCG, um hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto.
• O corpo lúteo gravídico permanece ativo durante as primeiras 20 semanas de gravidez. 
• Depois a placenta assume a produção de estrogênio e progesterona necessários para a manutenção da gestação.
 SE O OVÓCITO NÃO É FECUNDADO: 
• O corpo lúteo involui e degenera 10 a 12 dias após a ovulação, quando é chamado de corpo lúteo da menstruação. 
• Posteriormente, o corpo lúteo é transformado em uma cicatriz branca no ovário — o corpo albicans. 
CICLO MENSTRUAL 
• Compreende o período em que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. 
• Os hormônios produzidos pelos folículos ovarianos e pelo corpo lúteo (estrogênio e progesterona) causam mudanças cíclicas no endométrio (Fig. 2-11).
• O ciclo menstrual médio é de 28 dias, sendo o 1º dia do ciclo aquele no qual se inicia o fluxo menstrual. 
• Em 90% das mulheres, a duração dos ciclos varia entre 23 e 35 dias.
1 – FASES DO CICLO MENSTRUAL: 
• As alterações nos níveis de estrogênio e progesterona causam as mudanças no endométrio. 
a) FASE MENSTRUAL. 
• O endométrio descama-se e é expelido com o fluxo menstrual (menstruação) que normalmente dura de 4 a 5 dias. 
• Após a menstruação, o endométrio erodido torna-se delgado.
b) FASE PROLIFERATIVA. 
• A fase proliferativa dura +- 9 dias, coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo ESTROGÊNIO secretado por esses folículos. 
• Ocorre um aumento de 2 a 3 vezes na espessura do endométrio e no seu conteúdo de água durante essa. 
• As glândulas aumentam em número e em comprimento, e as artérias espiraladas se alongam.
c) FASE LÚTEA. 
• Dura +- 13 dias e coincide com a formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo. 
• A PROGESTERONA produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar material rico em glicogênio. 
• Glândulas tornam-se grandes e o endométrio engrossa por influência da progesterona/estrogênio do corpo lúteo. 
• Artérias espiraladas crescem, a rede venosa torna-se complexa, e grandes lacunas se desenvolvem.
2 – SE A FECUNDAÇÃO NÃO OCORRE:
• O corpo lúteo se degenera.
• Os níveis de estrogênio e progesterona caem e o endométrio secretor entra na fase isquêmica.
• Ocorre a menstruação.
c) FASE ISQUÊMICA. 
• Ocorre quando o ovócito não é fecundado. 
• A isquemia (redução do suprimento sangüíneo) ocorre quando as artérias espiraladas se contraem
• Essa constrição resulta do decréscimo de secreção de hormônios pelo corpo lúteo em degeneração.
• Além das alterações vasculares, a queda hormonal resulta na parada de secreção glandular, em perda de fluido intersticial e em acentuada retração do endométrio. 
• A medida que fragmentos de endométrio se caem na cavidade uterina, as extremidades rompidas das artérias sangram para a cavidade. 
• Após 3 a 5 dias, toda a camada é eliminada na menstruação.
3 – SE A FECUNDAÇÃO OCORRE:
• Ocorrem a clivagem do zigoto e a blastogênese (formação do blastocisto).
• O blastocisto começa a se implantar no endométrio +- no 6º dia da fase lútea (dia 20 de um ciclo de 28 dias).
• O hCG (sinciciotrofoblasto), mantém o corpo lúteo secretando estrogênios e progesterona (Fig. 2-21).
• A FASE LÚTEA PROSSEGUE, e nao ocorre a menstruação.
IPC: o HCG impede que o corpo lúteo degenere
d) FASE GRAVÍDICA. 
• Se ocorrer a gestação, os ciclos menstruais CESSAM e o endométrio passa para uma FASE GRAVÍDICA.
• Com o término da gravidez, os ciclos ovarianos e menstruais ressurgem após um período variável. 
4 – COMPREENDER OS EVENTOS EMBRIONÁRIOS NA 1ª SEMANA: 
1 – Os ovócitos, expelidos na ovulação, são varridos pelas fimbrias até a ampola, onde será fecundado.
2 – Os espermatozoides depositados na vagina, chegam ao útero e entram nas tubas uterinas.
3 – O ovócito penetrado pelo espermatozóide completará a 2ª divisão meiótica, formando o OVÓCITO MADURO. 
4 – O núcleo do ovócito maduro constitui o PRONÚCLEO FEMININO.
5 – Ao entrar no ovócito, a cabeça do espermatozóide se separa da cauda, cresce, e forma pronúcleo MASCULINO. 
6 – A fecundação se completa quando os pronúcleos se unem e os cromossomos se misturam.
7 – À medida q o zigoto se desloca, sofre CLIVAGEM (divisões mitóticas) e forma células menores (BLASTÔMEROS). 
8 – Cerca de 3 dias após a fecundação, uma estrutura de 12 ou mais blastômeros(MÓRULA) entra no útero.
9 – No útero, se forma uma cavidade na mórula, e ela se transforma em BLASTOCISTO.
10 – O blastocisto é divido em EMBRIOBLASTO e TROFOBLASTO
11 – 5 dias pós fecundação, a zona pelúcida desaparece e o trofoblasto adj ao embrioblasto se adere ao endométrio.
12 – No polo embrionário, o trofoblasto se diferencia em duas camadas:
a) SINCICIOTROFOBLASTO: camada externa -> invade o endométrio
b) CITOTROFOBLASTO: camada interna
13 – Ao mesmo tempo, forma-se uma camada de HIPOBLASTO na superfície inferior do embrioblasto.14 – Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio.
5 – COMPREENDER O PROCESSO DE FECUNDAÇÃO:
1 – MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES
• Os espermatozoides precisam passar pela CAPACITAÇÃO através de substancias do útero ou tubas, e consiste em:
* Remoção da cobertura glicoproteica e proteínas seminais da superfície do acrossoma.
* Alteração dos componentes de membrana dos espermatozoides.
• A capacitação permite que ocorra a REAÇÃO ACROSSÔMICA:
* Ao entrarem em contato com a corona radiata, os espermatozoides sofrem perfurações no acrossoma.
* O acrossoma do espermatozóide liga-se a uma glicoproteína na zona pelúcida. 
* Reação acrossômica induz liberação de enzimas do acrossoma q facilitam a fecundação (hialuronidase e acrosina).
2 – FECUNDAÇÃO
• É uma sequência de eventos que se inicia com o contato entre um espermatozóide e um ovócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da 1ª divisão mitótica do zigoto. 
• Ocorre na ampola da tuba uterina, podendo ocorrer em outras partes da tuba.
FASES DA FECUNDAÇÃO: 
1 – PASSAGEM DO ESPERMATOZÓIDE ATRAVÉS DA CORONA RADIATA. 
• Auxiliada pela enzima HIALURONIDASE liberada pelo acrossoma, que ocasiona uma dispersão das células foliculares da corona radiata.
2 – PENETRAÇÃO DA ZONA PELÚCIDA. 
• A passagem do espermatozóide através da zona pelúcida é uma fase importante para o início da fecundação. 
• A lise da zona pelúcida e a formação de um caminho resulta também da ação de enzimas liberadas pelo acrossoma (esterases, acrosina e neuraminidase). A mais importante é a ACROSINA
IPC: REAÇÃO ZONAL: 
• Ocorre logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida.
• Trata-se de uma mudança nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides.
• A reação zonal é o resultado da ação de enzimas lisossômicas liberadas pelos grânulos corticais situados logo abaixo da membrana plasmática do ovócito. Também tornam a memb. Plasmática do ovócito impermeável aos esp.
3 – FUSÃO DAS MEMBRANAS PLASMÁTICAS DO OVÓCITO E DO ESPERMATOZÓIDE.
• As membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide se fundem e se rompem na área de fusão.
• Cabeça e cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática fica para trás.
4 – TÉRMINO DA SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA E FORMAÇÃO DO PRONÚCLEO FEMININO. 
• A penetração do ovócito estimula-o a completar a 2ª divisão meiótica, formando um ovócito maduro.
• Os cromossomos maternos se descondensam, e o núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.
5 – FORMAÇÃO DO PRONÚCLEO MASCULINO. 
• O núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino. 
• O ovócito contendo dois pronúcieos haploides é chamado de oótide.
6 – OS PRONÚCIEOS SE FUNDEM(2n) E A OÓTIDE TORNA-SE UM ZIGOTO.
OBS: O sexo cromossômico do embrião é determinado na fecundação pelo tipo de espermatozóide (X ou Y) que fertiliza o ovócito.
3 – CLIVAGEM DO ZIGOTO E FORMAÇÃO DA MÓRULA
• A clivagem ocorre quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero (Fig. 2-22).
• A clivagem consiste em divisões mitóticas do zigoto, resultando em aumento do número de células. 
• Essas células embrionárias (blastômeros) tornam-se menores a cada divisão. 
• Durante a clivagem, o zigoto situa-se dentro da zona pelúcida. 
• No estágio de nove células, os blastômeros se agrupam uns com os outros formando uma bola de células (COMPACTAÇÃO), permitindo a segregação de células que formam o embrioblasto do blastocisto (Fig. 2-18E e F). 
• Quando já existem 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento é chamado de MÓRULA. 
• A mórula se forma cerca de 3 dias após a fecundação e alcança o útero.
4 – FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO
• Após a mórula alcançar o útero, surge em seu interior um espaço preenchido por fluido (blastocele) (Fig. 2-18£). 
• O fluido vindo do útero aumenta na cavidade blastocística e separa os blastômeros em duas partes:
1 – TROFOBLASTO : delgada camada celular externa — formará a parte embrionária da placenta.
2 – EMBRIOBLASTO: massa celular interna – grupo de blastômeros que dará origem ao embrião;
• Durante esse estágio do desenvolvimento — a BLASTOGÊNESE—, o concepto é chamado de blastocisto (Fig. 2-20). 
• A zona pelúcida gradualmente se degenera e DESAPARECE (Figs. 2-18F e 2-20A).
• A degeneração da zona pelúcida permite ao blastocisto aumentar rapidamente em tamanho. 
• 6 dias após a fecundação o blastocisto adere ao epitélio endometrial, adjacente ao polo embrionário (Fig. 2-21 A).
• Logo que ele adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto começa a proliferar rapidamente e se diferencia em: 
1 – CITOTROFOBLASTO : Camada interna.
2 – SINCICIOTROFOBLASTO: massa externa multinucleada sem limite celular visível.
• Depois de 6 dias, o sinciciotrofoblasto começa a se estender para o endométrio e a invadir o tecido conjuntivo. 
• No fim da 1ª semana, o blastocisto está superficialmente implantado. 
• O sinciciotrofoblasto se expande em uma área conhecida como polo embrionário, adjacente ao embrioblasto. 
• O sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem os tecidos maternos.
• Em torno de 7 dias, o HIPOBLASTO, surge na superfície do embrioblasto voltada para a blastocele (Fig. 2-215).
6 – NIDAÇÃO
• A implantação do blastocisto se inicia no fim da 1ª semana e é completada no fim da 2ª. 
• Os eventos relacionados à implantação envolvem um endométrio receptivo, hormônios (estrogênio, progesterona), moléculas de adesão celular e fatores de crescimento. 
• A implantação pode ser resumida da seguinte maneira:
1 – A zona pelúcida se degenera (dia 5). 
• Devido ao crescimento do blastocisto e à lise enzimática. 
• As enzimas líticas são liberadas pelo acrossoma dos espermatozoides.
2 – O blastocisto se adere ao epitélio endometrial (dia 6).
3 – O trofoblasto se diferencia em duas camadas: sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto (dia 7).
4 – O endométrio é erodido pelo sinciciotrofoblasto, e o blastocisto começa a penetrar o endométrio (dia 8).
5 – Surgem lacunas cheias de sangue no sinciciotrofoblasto (dia 9).
6 – blastocisto penetra o endométrio e a falha nesse endométrio é preenchida por um tampão (dia 10).
• Lacunas adjacentes se fundem e formam redes lacunares (dias 10 e 11).
• Os vasos sanguíneos endometriais são erodidos pelo sinciciotrofoblasto, permitindo que sangue materno entre nas redes lacunares e saia, estabelecendo, assim, a circulação uteroplacentária (dias 11 e 12).
• A falha no epitélio endometrial desaparece gradualmente com a reparação do epitélio (dias 12 e 13).
7 – ENTENDER OS EXAMES DIAGNÓSTICOS DA GRAVIDEZ 
• O ultrasom. transvaginal (sonografia endovaginal) é usado para medir o diâmetro do saco coriônico (Fig. 3-8). 
• Essa medida é importante para a avaliação do desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gravidez.
No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial do útero. O SINCIOTROFOBLASTO é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. O sinciotrofoblasto é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez.
HCG: Também conhecido como hormônio da gravidez(seus níveis podem indicar que houve fecundação).
A gonodotrofina carionica humana é um hormônio de glicoproteína que interage com os receptores LHCG e promove a manutenção do corpo luteo durante a gravidez, fazendo-o secretar hormônio progesterona. A progesterona. A progesterona enriquece o útero com um espesso revestimento dos vasos sanguíneos e capilares para que ele possa sustentar o crescimento fetal.
Devido a sua alta carga negativa, o beta hCG pode afastar células imunizarias da mãe, protegendo o feto durante o primeiro trimestre. Por causa de sua semelhança com o LH, o hCG também pode ser usado clinicamente para induzir a ovulaçãonos ovários, bem como produção de testosterona nos testículos. Como a mais abundante fonte biológica são as mulheres grávidas, algumas organizações chegam a coletar urina de mulheres grávidas para extrair hCG para uso no tratamento de fertilidade.
FORMAS DE DIAGNOSTICO:
1) Quando há suspeita de gravidez, o teste para medição de hCG pode terminar se houve ou não uma fecundação.
Beta hCG: é um exame muito utilizado para se obter a confirmação de uma gravidez.
• Na gestação inicial a concentração de hCG no plasma materno duplica a cada 3 dias
• o embriçao em formação chega à parede do útero 6 dias após a fecundação.
A maioria dos exames dos testes de gravidez empregam um anticorpo monoclonal, que é especifico para a subunidade do β-hCG (bHCG). Este procedimento é empregado para garantir que os testes não resultem em falsos positivos confundindo o hCG com FSH ou LH. 
No caso de se realizar o teste urinário, prefere-se que utilize a amostra de urina da primeira micção matinal, pois é a que tem a maior concentração de hCG. O urinário além de ser mais fácil de realizar é uma espécie de autodiagnostico confidencial.
O exame de sangue tem resultados positivos de 8 a 10 dias após a fecundação, pois o ovócito ao ser implantado no útero, imediatamente inicia a produção de beta hCG. Para o exame de urina, o ideal é de 15 dias pós fecundação, pois é necessária grande quantidade do hormônio para identificação positiva e para evitar um falso negativo.
OBS: se nos primeiros 30 dias de gravidez o ritmo de elevação do hCG for nitidamente baixo, é possível que haja algo errado na gestação, como inviabilidade fetal ou gravidez ectópica(quando a gravidez se desenvolve fora do útero)
OBS2: A ovulação costuma ocorrer 2 semanas após a menstruação, e após a fecundação, o embrião demora cerca de uma semana para chegar no útero. Portanto, os exames só serão capazes de detectar o bhCG na circulação materna 3 semanas após a ultima menstruação.
OBS3: o hCG é um hormônio composto por duas grandes moléculas, a alfa hCG e bhCG. O ahCG é estruturalmente semplhante ao FSH e ao LH. Já a fração BhCG é única. Por isso se usa apenas o BhCG nos testes, para diminuir o risco de reação cruzada. 
OUTROS MÉTODOS DIAGNOSTICOS:
ULTRASONOGRAFIA TRANSVAGINAL: exame que facilita a visualização, identificação (a partir da 4ª ou 5ª semana) e caracterização do útero e ovário. Apesar de ter um gasto maior, fornece informações valiosas como: diagnostico precoce da presença ou não de uma gestação, implantação do saco gestacional
8 – 2ª SEMANA 
TÉRMINO DA IMPLANTAÇAO E CONTINUAÇAO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
• A medida que o blastocisto se implanta, o trofoblasto aumenta o contato com o endométrio e se diferencia em:
1 – CITOTROFOBLASTO: camada de células mononucleadas mitoticamente ativas.
2 – SINCICIOTROFOBLASTO: massa multinucleada que se expande rapidamente onde nenhum limite celular é visível.
• O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endometrial, e o blastocisto se aprofunda no endométrio. 
•O endométrio se torna receptivo. 
• As células do tecido conjuntivo em torno do sítio de implantação acumulam glicogênio e lipídios. 
• O sinciciotrofoblasto engloba as células em degeneração que fornecem rica fonte para a nutrição embrionária.
IPC: O sinciciotrofoblasto produz o hormônio hCG, que entra no sangue materno através das lacunas.
• O hCG mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante a gravidez. 
FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA, DISCO EMBRIONÁRIO E SACO VITELINO
• A medida que o blastocisto se implanta, aparece um pequeno espaço no embrioblasto. 
• Logo as células amniogênicas se separam do epiblasto e revestem o âmnio, que envolve a cavidade amniótica.
• surge então o disco embrionário bilaminar no embrioblasto, formado pelas camadas:
1 – EPIBLASTO: camada + espessa, constituída por células colunares altas, relacionadas com a cavidade amniótica.
2 – HIPOBLASTO, composto de pequenas células cubóides adjacentes à cavidade exocelômica.
• O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com o âmnio. 
• O hipoblasto forma o teto do saco vitelino e está em continuidade com a membrana exocelômica. 
• Essa membrana, junto com o hipoblasto, forma o saco vitelino primitivo. 
• O disco embrionário situa-se entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primitivo (Fig. 3-1C). 
IPC: As células do hipoblasto formam uma camada de tecido conjuntivo, o MESODERMA EXTRA-EMBRIONÁRIO que circunda o âmnio e o saco vitelino. (Fig. 3-2A).
• Assim q se formam o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelino primitivo, surgem lacunas no sinciciotrofoblasto 
• Essas lacunas são preenchidas por sangue materno e o O2 e as nutritivas tornam-se disponíveis para o embrião. 
• No 10º dia, o concepto está completamente implantado no endométrio (Fig. 3-2A). 
REAÇÃO DECIDUAL: Ocorre após a implantação do concepto, nas células do tecido conjuntivo endometrial:
* Acumulação de glicogênio e lipídios, as células ficam intumescidas e são conhecidas como células deciduais.
*A principal função da REAÇÃO DECIDUAL é fornecer ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado.
• No embrião de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes fundem-se para formar as redes lacunares 
• O trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares, que é, então, transferido ao embrião. 
• O crescimento do disco embrionário bilaminar é lento comparado com o crescimento do trofoblasto(Figs.3-1 e3-2).
IPC: CELOMA EXTRA-EMBRIONÁRIO: 
• O mesoderma extra-embrionário cresce, e surgem no seu interior espaços celômicos (Figs. 3-2 e 3-4). 
• Esses espaços fundem-se e formam uma grande cavidade isolada, o CELOMA EXTRA-EMBRIONÁRIO (Fig. 3-5A). 
• Essa cavidade preenchida por fluido envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles estão aderidos ao córion pelo pedículo do embrião. 
SACO VITELINO SECUNDÁRIO
• Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho e se forma um pequeno saco vitelino secundário (Fig. 3-55).
• Durante a formação do saco vitelino secundário, uma grande parte do saco vitelino primitivo destaca-se (Fig. 3-55). 
DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO
• O fim da 2ª semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias (Figs. 3-5 e 3-7). 
• A proliferação do citotrofoblasto produz extensões celulares que crescem para dentro do sinciciotrofoblasto. 
• O crescimento dessas extensões é induzido pelo MESODERMA SOMÁTICO EXTRA- EMBRIONÁRIO subjacente.
• As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias
IPC: O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas (Fig. 3-5A e 5).
1 – O mesoderma SOMÁTICO extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio.
2 – O mesoderma ESPLÂNCNICO extra-embrionário, que envolve o saco vitelino.
CÓRION, SACO CORIONICO e CAVIDADE CORIONICA: 
• O mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto formam o córion (Fig. 3-75). 
• O córion forma a parede do saco coriônico
• O celoma extra-embrionário é agora chamado de CAVIDADE CORIÔNICA. 
9 – 3ª SEMANA:
GASTRULAÇÃO: 
• A gastrulação é o processo pelo qual as 3 camadas germinativas são estabelecidas nos embriões. 
• Durante a gastrulação, o disco embrionário BILAMINAR é convertido em um disco embrionário TRILAMINAR. 
• É o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo).
• Durante esse período, o embrião é denominado GÁSTRULA. 
• Cada uma das três camadas germinativas dá origem a tecidos e órgãos específicos:
ECTODERMA: epiderme, SNC e SNP, olho, tecidos conjuntivos da cabeça, etc.
MESODERMA : músculos, células sanguíneas , revestimentos serosos das cavidades do corpo, órgãos dos sistemas reprodutivo e a maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, é a origem de todos os tecidos conjuntivos.
ENDODERMA: revestimento das vias respiratórias e do trato gastrointestinal, células glandulares do fígado e do pâncreas.
1– LINHA PRIMITIVA
• O primeiro sinal da gastrulação é o aparecimento da linha primitiva na superfície do epiblasto (Fig. 4-25). 
• No início da 3ª semana, ela aparece caudalmente no plano mediano.
• Resulta da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. 
• A linha primitiva se alonga pela adição de células na sua parte caudal, a extremidade cranial e forma o nó primitivo 
• Na linha primitiva forma-se o sulco primitivo que se continua com uma pequena depressão no nó primitivo, a fosseta primitiva. 
• O sulco e a fosseta resultam da invaginação das células epiblásticas.
• células abandonam sua superfície profunda e formam o mesênquima. 
IPC As células mesenquimais são amebóides e fagocíticas. Elas migram amplamente, são pluripotenciais, têm o potencial de proliferar e diferenciar-se em diversos tipos celulares.
• O mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião (maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo). 
• Parte do mesênquima forma o MESODERMA intra-embrionário (Fig. 4-2D). 
• Células do epiblasto, assim como do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto, formando o ENDODERMA, no teto do saco vitelino. 
• As células que permanecem no epiblasto formam o ECTODERMA ou intra-embrionário.
2 – PROCESSO NOTOCORDAL 
• Algumas células mesenquimais migram cefalicamente a partir fosseta primitiva, formando um cordão celular, o PROCESSO NOTOCORDAL 
• O processo notocordal cresce cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal.
• A placa pré-cordal é o primórdio da membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da cavidade oral.
• Caudalmente à linha primitiva, há uma área circular (membrana cloacal) que indica o local do futuro ânus
IPC: Algumas células mesenquimais da linha primitiva e do processo notocordal migram lateral e cefalicamente, entre outras células mesodérmicas, entre o ectoderma e o mesoderma, até alcançarem as bordas do disco embrionário. Essas células estão em continuidade com o MESODERMA EXTRA-EMBRIONÁRIO que cobre o âmnio e o saco vitelino (Fig. 4-2C e D). 
3 – NOTOCORDA: .
• A fosseta primitiva se estende para dentro do processo notocordal, formando o canal notocordal (Fig. 4-7C).
• O processo é agora um tubo celular que se estende cefalicamente do nó primitivo até a placa pré-cordal.
• O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma embrionário subjacente (Fig. 4-7£).
• As camadas fundidas sofrem degeneração, permitindo a comunicação do canal notocordal com o saco vitelino.
• o remanescente do processo notocordal forma a PLACA NOTOCORDAL, achatada e com um sulco (Fig. 4-8D).
• Iniciando pela extremidade CEFÁLICA do embrião, as células notocordais proliferam e a placa notocordal se dobra, formando a notocorda (Fig. 4-8Fe G).
• A notocorda separa-se do endoderma do saco vitelino, que novamente se torna uma camada contínua (Fig. 4-8G).
• A notocorda se estende da membrana BUCOFARÍNGEA ao NÓ PRIMITIVO. 
• A notocorda degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral.
 FUNÇÕES DA NOTOCORDA: 
• Define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez.
• Fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial e do SNC.
• Contribui na formação dos discos intervertebrais.
IPC: A notocorda induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural (Fig. 4-8C).
O ALANTÓIDE • O alantóide surge por volta do 16º dia como um pequeno divertículo em forma de salsicha da parede caudal do saco vitelino que se estende para o pedículo do embrião (Figs. 4-7B, C e E e 4-85). 
• Ele está envolvido com a formação inicial do sangue e está associada ao desenvolvimento da bexiga. 
• Os vasos sanguíneos do alantóide tornam-se as artérias umbilicais (Fig. 4-12). 
NEURULAÇÃO: FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL 
PLACA NEURAL E TUBO NEURAL
• Durante a neurulação, o embrião é denominado NÊURULA.
• O desenvolvimento da notocorda, induz o ectoderma embrionário acima dela a se espessar, formando uma placa alongada, em forma de chinelo, de células epiteliais espessadas, a PLACA NEURAL. 
OBS: O ectoderma da placa neural dá origem ao SNC.
• Ela aparece cefalicamente ao nó primitivo e dorsalmente à notocorda. 
• Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente até membrana bucofaríngea. 
• Finalmente, a placa neural ultrapassa a notocorda.
• Por volta do 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando um SULCO NEURAL mediano, com PREGAS NEURAIS em ambos os lados (Fig. 4-8G). 
• As pregas neurais tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo. 
• No fim da 3ª semana, as pregas neurais começam a se fundir, convertendo a PLACA NEURAL TUBO NEURAL.
• O tubo neural se separa do ectoderma da superfície, assim que as pregas neurais se encontram. 
• As células da CRISTA NEURAL sofrem uma transição, de epiteliais se tornam MESENQUIMAIS, 
• e se afastam à medida que as pregas neurais se encontram, 
• e as bordas livres do ectoderma se fundem, tornando essa camada contínua sobre o tubo neural.
• Subsequentemente, o ectoderma da superfície diferencia-se na epiderme. 
• A neurulação é completada durante a 4ª semana. 
FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL
• Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a CRISTA NEURAL, entre o tubo neural e o ectoderma superficial suprajacente (Fig. 4-10£). 
• Logo a crista neural se separa em partes direita e esquerda, que migram para os lados do tubo neural;
• nessa região elas originam os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. 
DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS
• Além da notocorda, as células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial.
• Próximo ao fim da 3ª semana, o mesoderma paraxial se diferencia e começa a dividir-se em pares de corpos cuboides, os somitos.
• Esses blocos de mesoderma estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento (Fig. 4-9C a F).
• Logo avançam cefalocaudalmente, dando origem à maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados.
DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRA-EMBRIONÁRIO
• O primórdio do celoma intra-embrionário (cavidade do corpo do embrião) surge como espaços isolados no mesoderma lateral e cardiogênico (formador do coração) (Fig. 4-9^í). 
• Depois esses espaços passam a formar uma única cavidade em forma de ferradura, o celoma intra-embrionário (Fig. 4-9E), que divide o mesoderma lateral em duas camadas: (Fig. 4-9D):
1 – PARIETAL, ou SOMÁTICA, do mesoderma lateral, localizada sob o epitélio ectodérmico e contínua ao mesoderma extra-embrionário, que cobre o âmnio.
2 – VISCERAL ou ESPLÂNCNICA, do mesoderma lateral, adjacente ao endoderma e contínua ao mesoderma extraembrionário que cobre o saco vitelino.
O mesoderma somático e o ectoderma sobrejacente do embrião formam a parede do corpo do embrião ou somatopleura (Fig. 4-9F), enquanto o mesoderma esplâncnico e o endoderma subjacente do embrião formam o intestino do embrião ou esplancnopleura. Durante o segundo mês, o celoma intra-embrionário está dividido em três cavidades corporais:
• Cavidade pericárdica.
• Cavidades pleurais.
• Cavidade peritoneal.
DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
• No início da 3ª semana, iniciam-se a vasculogênese e a angiogênese (formação de vasos sanguíneos) no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion (Fig. 4-11).
• Está relacionada com a necessidade de trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna, através da placenta. 
• VASCULOGÊNESE formação de novos canais vasculares pela reunião de precursores celulares individuais chamados angioblastos.
• ANGIOGÊNESE: formação de novos vasos pela ramificação de vasos preexistentes. 
• Células mesenquimais se diferenciam emangioblastos (células formadoras de vasos), que se agregam e formam grupos de células angiogênicas, as ilhotas sanguíneas, que são associadas ao saco vitelino ou cordões endoteliais do embrião.
SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO
• O coração e os grandes vasos formam-se de células mesenquimais da área cardiogênica (Fig. 4-115). 
• Formação de canais longitudinais revestidos por endotélio, os tubos cardíacos endocárdicos, que se fundem, formando o tubo cardíaco primitivo. 
• O coração tubular une-se a vasos sanguíneos do embrião, do pedículo, do córion e do saco vitelino, para formar o sistema cardiovascular primitivo (Fig. 4-12). 
• No fim da terceira semana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21a ou 22a dia.
DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS
• Pouco depois da formação das vilosidades coriônicas primárias, no fim da 2ªsemana, elas começam a ramificar-se. 
• No início da 3ª semana, o mesênquima penetra as vilosidades primárias formando um eixo central de tecido mesenquimal. 
• Nesse estágio, as vilosidades (coriônicas secundárias) recobrem toda a superfície do saco coriônico (Fig. 4-14A).
• Algumas células mesenquimais da vilosidade se diferenciam em capilares e células sanguíneas (Fig. 4-14C e D). 
• Quando vasos sangüíneos se tornam VISÍVEIS nas vilosidades, elas são chamadas de vilosidades coriônicas terciárias. 
• No fim da 3ª semana, o sangue do embrião começa a fluir através dos capilares das vilosidades coriônicas. 
10 – 4ª À 8ª SEMANA (ORGANOGENESE)
• Todas as principais estruturas internas e externas se estabelecem da 4a à 8â semana. 
• No final deste período, os principais sistemas de órgãos já começaram a se desenvolver; entretanto, o funcionamento da maioria deles é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular, que rapidamente se desenvolve porque o embrião em ligeiro desenvolvimento precisa de um método eficiente de aquisição de oxigênio e nutrientes, e de secreção de CO2 e outros produtos.
IPC: Como tecidos e órgãos estão se diferenciando rapidamente, durante a 4ª à 8ª semana, a exposição de embriões à teratógenos pode causar grandes anomalias congênitas.
1 – FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO: 
1 – CRESCIMENTO: divisão celular e elaboração de produtos celulares.
2 – MORFOGÊNESE (desenvolvimento da forma, do tamanho ou de outras características de um órgão em particular ou parte do corpo). É um processo em que ocorrem muitas interações complexas, em uma sequência ordenada. 
3 – DIFERENCIAÇÃO: (maturação dos processos fisiológicos). O término da diferenciação resulta na formação de tecidos e órgãos capazes de executar funções especializadas.
2 – DOBRAMENTO DO EMBRIÃO
• Um importante acontecimento no estabelecimento da forma do corpo é o dobramento do disco embrionário trilaminar plano em um embrião mais ou menos cilíndrico (Fig. 5-1). 
• O dobramento se dá nos planos MEDIANO e HORIZONTAL e é decorrente do rápido crescimento do embrião. 
• A velocidade de crescimento nas laterais não acompanha a do eixo maior, o embrião aumenta + no comprimento. 
• O dobramentos ocorrem simultaneamente e a junção do embrião c/ o saco vitelino sofre uma constrição relativa.
3 – DOBRAMENTO MEDIANO: O dobramento ventral das extremidades produz as pregas cefálica e caudal, que levam essas extremidades a se deslocarem ventralmente, enquanto o embrião se alonga cefálio-caudalmente.
PREGA CEFÁLICA: 
• No início da 4ª semana, as pregas neurais cefálicas tornaram-se mais grossas, formando o primórdio do encéfalo. 
• Dps, o encéfalo anterior cresce em direção cefálica, além da membrana bucofaringea.
• Simultaneamente, o septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana bucofaríngea se deslocam na superfície ventral do embrião (Fig. 5-2). 
• Parte do endoderma do saco vitelino é incorporada no embrião, formando o intestino anterior.
• Dps do dobramento, o septo transverso, caudalmente ao coração, se desenvolve em tendão central do diafragma. • A prega cefálica também influencia a formação do celoma embrionário. 
* Antes do dobramento: o celoma é uma cavidade achatada, em forma de ferradura. 
* Depois do dobramento: o celoma pericárdico localiza-se ventralmente ao coração e cefálico ao septo transverso.
PREGA CAUDAL: 
• A região caudal se projeta sobre a membrana cloacal. 
• Parte do endoderma é incorporado ao embrião, formando o intestino posterior.
• A porção terminal do intestino posterior se dilata e forma a cloaca (primórdio da bexiga e do reto) (Fig. 5-4).
• O pedículo do embrião (primórdio do cordão umbilical) prende-se à superfície ventral do embrião, e a alantóide é parcialmente incorporado ao embrião.
DOBRAMENTO do embrião no PLANO HORIZONTAL O dobramento lateral do embrião leva à formação das pregas laterais direita e esquerda, e é RESULTADO DO RÁPIDO CRESCIMENTO DA MEDULA ESPINHAL E DOS SOMITOS. 
• EMBRIÃO CILINDRICO: Os primórdios da parede ventrolateral dobram-se em direção ao plano mediano, deslocando as bordas do disco embrionário ventralmente, formando um embrião cilíndrico. 
• FORMAÇÃO DO INTESTINO MÉDIO: Com a formação das paredes abdominais, parte do endoderma é incorporada ao embrião, formando o intestino médio (primórdio do intestino delgado etc.; Capítulo 11). 
• PEDÍCULO VITELINO: inicialmente há uma ampla comunicação entre o intestino médio e o saco vitelino (Fig. 5-1A2), depois do dobramento lateral, esta comunicação é reduzida, formando o pedículo vitelino (Fig. 5-1C2). A região de ligação do âmnio com a superfície ventral do embrião fica, também, reduzida a uma região umbilical relativamente estreita (Fig. 5-1 D, e D,). 
Com a transformação do pedículo do embrião no cordão umbilical, a fusão ventral das pregas laterais reduz a região de comunicação entre as cavidades celômicas intra-embrionárias e extra-embrionárias a uma comunicação estreita (Fig. 5-1C2). 
• A medida que a cavidade amniótica se expande e oblitera a maior parte do celoma extra-embrionário, o âmnio passa a formar o revestimento epitelial do cordão umbilical (Fig. 5-1D2).
PRINCIPAIS EVENTOS DA QUARTA A OITAVA SEMANA
Quarta Semana Durante a quarta semana, ocorrem grandes mudanças na forma do corpo. 
• No começo, o embrião é quase reto e tem de 4 a 12 somitos. 
• O tubo neural forma-se em frente aos somitos e é amplamente aberto nos neuroporos rostral (anterior) e caudal (posterior) (Figs.5-8B e 5-9). 
• Com 24 dias, os arcos faríngeos são visíveis. O primeiro arco (mandibular) e o segundo (hióideo) estão individualizados (Figs. 5-8C e 5-10). A principal parte do primeiro arco dá origem à mandíbula, e uma extensão rostral do arco, a proeminência maxilar, contribui para a formação da maxila. 
• O embrião está, agora, levemente encurvado por causa das pregas cefálica e caudal. 
• O coração forma uma grande saliência ventral e bombeia sangue.
• Três pares de arcos faríngeos são visíveis aos 26 dias (Figs. 5-8D e 5-11), e o neuroporo rostral já se fechou. 
• O encéfalo anterior produz uma elevação na cabeça e o dobramento do embrião lhe dá uma curvatura em C.
• Os brotos dos membros superiores tornam-se reconhecíveis aos 26 ou 27 dias. 
• As fossetas óticas, primórdios das orelhas internas, também são visíveis. 
• Nos lados da cabeça são visíveis os placóides do cristalino, que indicam os futuros cristalinos dos olhos.
• O quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores são visíveis no fim da quarta semana. 
• Próximo ao fim da quarta semana, uma longa eminência caudal é uma característica típica (Figs. 5-11, 5-12 e 5-13). • Rudimentos de muitos sistemas de órgãos, especialmente do sistema cardiovascular, já se estabeleceram (Fig. 5-14). 
• No fim da quarta semana, geralmente o neuroporo caudal está fechado.
QUINTA SEMANA: Durante a quinta semana, são pequenas as mudanças na forma do corpo em comparação com as que ocorrem durante a quarta semana, mas o crescimento da cabeça excede o crescimento das outras regiões (Figs. 5-15 e 5-16). O aumento da cabeça é causado principalmente pelo rápido desenvolvimentodo encéfalo e das proeminências faciais. A face logo entra em contato com a proeminência cardíaca. O segundo arco faríngeo, de crescimento rápido, cresce sobre o terceiro e quarto arcos, formando uma depressão ectodérmica lateral em ambos os lados — o seio cervical. As cristas mesonéfricas indicam o local dos rins mesonéfricos, que, nos seres humanos, são órgãos provisórios.
SEXTA SEMANA: Durante a sexta semana, os embriões apresentam respostas reflexas ao toque. 
• Com o desenvolvimento dos cotovelos e das grandes placas das mãos, os membros superiores começam a apresentar uma diferenciação regional (Fig. 5-17). Os primórdios dos dedos, denominados raios digitais, começam a se desenvolver nas placas das mãos, indicando a formação dos dedos. Tem sido relatado que embriões na sexta semana mostram movimentos espontâneos, como contrações musculares dos membros e do tronco. 
• O desenvolvimento dos membros inferiores ocorre 4 a 5 dias depois do desenvolvimento dos membros superiores. • Várias pequenas intumescências — as saliências auriculares — desenvolvem-se em torno do sulco ou fenda faríngea, entre os dois primeiros arcos faríngeos. Este sulco torna-se o meato acústico externo (canal auditivo externo), e as saliências auriculares em torno deste se fundem, formando o pavilhão auricular, a parte da orelha externa em forma de concha. 
• O olho agora é bem evidente, em grande parte por causa da formação do pigmento da retina. 
• A cabeça é muito maior com relação ao tronco e está encurvada sobre a grande proeminência cardíaca. Esta posição da cabeça resulta da flexão da região cervical (pescoço).
• O tronco e o pescoço começaram a se endireitar. 
• Os intestinos penetram no celoma extra-embrionário na parte proximal do cordão umbilical. Esta herniação umbilical é um evento normal do embrião. A herniação ocorre porque, nesta idade, a cavidade abdominal é muito pequena para acomodar o rápido crescimento do intestino.
SÉTIMA SEMANA: Durante a sétima semana, os membros sofrem modificações consideráveis. 
• Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos, indicando, claramente, os futuros dedos (Fig. 5-18). 
• A comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino está agora reduzida a um dueto relativamente estreito, o pedículo vitelino. 
• No fim da sétima semana, a ossifícação dos ossos dos membros superiores já se iniciou.
OITAVA SEMANA: No início desta última semana do período embrionário:
• os dedos das mãos estão separados, mas ainda estão claramente unidos por membranas (Fig. 5-19). Chanfraduras são claramente visíveis entre os raios digitais dos pés. 
• A eminência em forma de cauda curta está ainda presente.
• O plexo vascular do couro cabeludo já apareceu.
• No fim da oitava semana, todas as regiões dos membros são evidentes, os dedos ficaram mais compridos e estão totalmente separados (Fig. 5-20). 
• ocorrem os primeiros movimentos voluntários dos membros. 
• A ossificação começa no fêmur. 
• Todos os sinais da eminência caudal já desapareceram no fim da oitava semana. 
• As mãos e os pés aproximam-se ventralmente uns dos outros.
• No fim da oitava semana, o embrião apresenta características nitidamente humanas (Fig. 5-21); entretanto, a cabeça ainda é desproporcionalmente grande, constituindo quase metade do embrião. A região do pescoço já está definida e as pálpebras são mais evidentes. As pálpebras estão se fechando e, no fim da oitava semana, começam a unir-se por fusão epitelial. 
• Os intestinos estão ainda na porção proximal do cordão umbilical. 
• Os pavilhões auriculares começam a assumir sua forma final. 
• Apesar de já existirem diferenças entre os sexos na aparência da genitália externa, elas não são suficientemente distintas para possibilitar uma identificação precisa do sexo (Capítulo 12).
CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO: 
• O desenvolvimento embrionário é um processo de crescimento e de aumento da complexidade estrutural e funcional. As células que constituem os tecidos dos embriões bem iniciais são PLURIPOTENTES. 
As interações de tecidos que levam a mudanças no curso do desenvolvimento de pelo menos um dos interagentes são denominadas INDUÇÕES. Ex de interações indutivas: Durante o desenvolvimento do olho, acredita-se que a vesícula óptica induza o ectoderma da superfície da cabeça a se diferenciar no cristalino. Na ausência da vesícula óptica, o olho não se forma. 
O fato de um tecido poder influenciar a via de desenvolvimento adotada por outro tecido pressupõe a passagem de um SINAL entre os dois interagentes. 
O mecanismo de transferênciaa do sinal parece variar de acordo com os tecidos específicos envolvidos. 
Em alguns casos, o sinal parece ser uma MOLÉCULA DIFUSÍVEL, que passa do tecido indutor para o tecido-alvo 
Em outros, a mensagem parece ser mediada por meio de uma MATRIZ EXTRACELULAR não-difusível secretada pelo tecido indutor e com a qual o tecido-alvo entra em contato (Fig. 5-7B). 
Ainda em outros casos, o sinal parece requerer a ocorrência de CONTATO FÍSICO entre os tecidos indutor e alvo 
Qualquer que seja o mecanismo de transferência intercelular envolvido, o sinal é traduzido em uma mensagem intracelular que influencia a atividade genética das células-alvo.
Não se deve pensar que as induções são fenômenos isolados. Freqüentemente, elas ocorrem de modo seqüencial que resulta no desenvolvimento ordenado de uma estrutura complexa; por exemplo, após a indução do cristalino pela vesícula óptica, o cristalino induz o ectoderma da superfície e o mesênquima adjacente a formar a córnea. 
Para serem competentes em responder a um estímulo indutor, as células do sistema-alvo precisam expressar receptores apropriados para a molécula indutora de sinal específica, os componentes de uma via de sinalização intracelular particular e fatores de transcrição que mediarão a resposta particular. 
A capacidade do sistema-alvo de responder a um estímulo indutor não é ilimitada. A maior parte dos tecidos indutíveis passa por um estado fisiológico transitório, porém mais ou menos nitidamente delimitado, durante o qual eles são competentes para responder a um sinal indutor proveniente de um tecido vizinho. 
Como este estado de receptividade é limitado no tempo, um atraso no desenvolvimento de um ou mais componentes de um sistema interativo pode levar à ausência de uma interação indutiva. 
11 – 9ª SEMANA ATÉ O NASCIMENTO
PERÍODO FETAL: 
• A transformação do embrião em feto é gradual, e a mudança de nome significa que o embrião tornou-se um ser humano reconhecível e que já se formaram todos os sistemas importantes.
• Esse período se caracteriza pela maturação dos órgãos e tecidos e pelo rápido crescimento do corpo.
• há uma notável diminuição do crescimento da cabeça em relação ao corpo.
• A taxa de crescimento do corpo durante o período fetal é muito grande, bem como o ganho de peso durante as ultimas semanas.
• Para determinar o tamanho e a idade provável do feto assim como fazer uma previsão confiável da data provável do parto, são utilizados principalmente duas formas de medidas:
*CR: comprimento topo da cabeça-nadegas e mede a altura em posição sentada.
*CH: medida entre o ápice da cabeça e o calcanhar.
NONA(9) – DÉCIMA SEGUNDA(12)
• No início da nona semana, a cabeça constitui quase a metade do CR do feto (Figs. 6-1 A, 6-2 e 6-3).
• Subseqüentemente -> aceleração do crescimento do corpo e, no final de 12 semanas, o CR já é mais que o dobro.
• Com 9 semanas: a face é larga, os olhos estão muito separados, as orelhas são baixas e as pálpebras estão fundidas (Fig. 6-4B), as pernas são curtas e as coxas relativamente pequenas.
• A genitália externa de homens e mulheres parece semelhante até o final da nona semana.
• Com 9 semanas, o fígado é o principal local da eritropoese (formação de glóbulos vermelhos do sangue).
• As alças intestinais são claramente visíveis na extremidade proximal do cordão umbilical na metade da 10a semana (Fig. 6-45). 
• Na 11a semana, o intestino já retornou para o abdome (Fig.6-5). 
• No fim das 12 semanas, centros de ossificação primária aparecem no esqueleto, os membros superiores quase alcançaram seu comprimento final relativo, mas os membros inferiores ainda não estão tão bem desenvolvidos.
• No final da 12a semana, esta atividade diminui no fígado e começa no baço.
•A formação de urina começa entre a 9a e a 12a semana, e a urina é lançada no líquido amniótico. O feto reabsorve parte deste fluido depois de degluti-lo. Os produtos de excreção fetal são transferidos para a circulação materna cruzando a membrana placentária.
DÉCIMA TERCEIRA (13) – DÉCIMA SEXTA(16) O crescimento é muito rápido durante este período. 
• Com 16 semanas, a cabeça é pequena, em comparação com a de um feto de 12 semanas.
• os membros inferiores ficaram mais compridos.
• Os movimentos dos membros começam no fim do período embrionário e tornam-se coordenados na 14a semana, mas ainda são muito discretos para serem percebidos pela mãe (são visíveis ao ultrassom).
• A ossificação do esqueleto é ativa e os ossos são claramente visíveis no ultra-som obtidas no início da 16a semana. • Movimentos lentos dos olhos ocorrem com 14 semanas. 
• O padrão dos cabelos do couro cabeludo também é determinado durante este período. 
• Com 16 semanas, os ovários já se diferenciaram e contêm folículos primordiais com ovogônias. 
• A genitália externa pode ser reconhecida entre 12 e 14 semanas na maioria dos casos. 
• Com 16 semanas, os olhos ocupam uma posição anterior na face, e não mais ântero-lateral. 
• As orelhas externas estão próximas de sua posição definitiva de ambos os lados da cabeça.
Da Décima Sétima(17) à Vigésima(20) Semana Durante este período, o crescimento fica mais lento.
• Os movimentos fetais são percebidos com maior freqüência pela mãe. 
• A pele está coberta por um material gorduroso — verniz caseosa. Esta é constituída por um material gorduroso secretado pelas glândulas sebáceas do feto e por células mortas da epiderme. Ela protege a delicada pele do feto contra abrasões, rachaduras e endurecimento, que poderiam resultar da exposição ao líquido amniótico.
• Com 20 semanas, também são visíveis as sobrancelhas e os cabelos. 
• Geralmente, o corpo de um feto de 20 semanas está totalmente coberto por uma penugem muito delicada— o lanugo — que ajuda a manter a verniz caseosa presa à pele. 
• O tecido adiposo multilocular ou gordura parda forma-se durante este período, ele produz calor pela oxidação de ácidos graxos. É encontrado principalmente na base do pescoço, posterior ao esterno, e na área perirrenal. 
• Com 18 semanas, o útero está formado e a canalização da vagina já começou.
• Com 20 semanas, os testículos começaram a descer, mas ainda estão localizados na parede abdominal posterior, do mesmo modo que os ovários nos fetos femininos.
21ª – 25ª 
• Ganho substancial de peso e feto mais proporcional (Fig. 6-9). 
• Pele enrugada e translúcida. 
• A cor da pele é de rosa a vermelha, pois o sangue é visível nos capilares. 
• c:omeçam os movimentos rápidos dos olhos. 
IPC as células epiteliais secretoras dos septos interalveolares do pulmão começam a secretar o SURFACTANTE, um lipídio tensoativo que mantém abertos os alvéolos pulmonares em desenvolvimento. 
• seu sistema respiratório ainda é imaturo.
26ª – 29ª 
• Os pulmões já são capazes de realizar trocas gasosas adequadas. 
• O SNC já amadureceu e dirige os movimentos respiratórios e controla a temperatura corporal.
• As pálpebras estão abertas e os cabelos estão bem desenvolvidos. 
• As unhas dos dedos dos pés tornam-se visíveis.
30ª – 34ª
• O feto ganha grande quantidade de gordura, o que torna sua pele lisa.
35ª – 38ª
• “Período de acabamento”
• As circunferências da cabeça e do abdome são quase iguais. 
• Fetos seguram-se com firmeza e se orientam espontaneamente à luz. 
• Os fetos normais geralmente pesam cerca de 3.400 g e têm medida CR de 360 mm. 
• Em geral, ao nascimento, os fetos masculinos são mais compridos e pesam mais do que os femininos. 
• O tórax é saliente e as mamas fazem leve protrusão em ambos os sexos. 
12 – DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO (CAP 10)
DESENVOLVIMENTO DOS BRONQUIOS E DOS PULMÕES
• O broto respiratório que se desenvolve na extremidade caudal do divertículo respiratório durante a 4ª semana (Fig. 10-2B) logo se divide em duas tumefações — os brotos brônquicos primitivos
• Esses brotos crescem lateralmente p/ os canais pericardioperitoneais, primórdios das cavidades pleurais (F.10-7B).
• Os brotos, junto com o mesênquima esplâncnico circundante, diferenciam-se nos brônquios e suas ramificações, nos pulmões. 
•No início da 5ª semana, a conexão de cada broto com a traqueia cresce e forma o brônquio principal (Fig. 10-8).
OBS: O brônquio principal direito é ligeiramente maior do que o esquerdo e está orientado mais verticalmente. Assim, 1 corpo estranho tem maior probabilidade de entrar no brônquio direito do que no esquerdo.
• O brônquio principal se divide em brônquios secundários, que formam os ramos lobares, segmentares e intra-segmentares (Fig. 10-8). 
• BRÔNQUIO LOBAR DIREITO SUPERIOR (Secundário) : supre o lobo superior, 
• BRÔNQUIO LOBAR DIREITO INFERIOR: se subdivide em dois, um supre o lobo médio e outro o lobo inferior. 
• BRONQUIOS LOBARES ESQUERDOS: os dois brônquios secundários suprem os lobos superior e inferior. 
• Cada brônquio lobar sofre progressivas ramificações.
• Os brônquios segmentares, 10 no pulmão direito e 8 ou 9 no esquerdo, começam a se formar em torno da 7ª semana. A medida que isso ocorre, o mesênquima circundante também se divide. 
• Cada brônquio terciário(segmentar) com sua massa mesenquimal circunjacente é o primórdio de um segmento broncopulmonar.
• Na 24ª semana os bronquíolos respiratórios já se desenvolveram (Fig. 10- 95). 
• A musculatura lisa e o tecido conjuntivo brônquico, assim como o tecido conjuntivo e os capilares pulmonares, são derivados do mesênquima esplancnico. 
• A medida que os pulmões se desenvolvem, eles adquirem uma camada de pleura visceral a partir do mesênquima esplâncnico (Fig. 10-7). 
• Com a expansão, os pulmões e as cavidades pleurais crescem para o mesênquima da parede do corpo. 
• A parede torácica do corpo torna-se forrada por uma camada de pleura parietal, derivada do mesoderma somático (Fig. 10-7B).
MATURAÇÃO DOS PULMÕES A maturação dos pulmões é dividida em quatro períodos:
1 – PERÍODO PSEUDOGLANDULAR (6ª À 16ª SEMANA):
• O pulmão se parece com uma glândula exócrina durante esse período (Figs. 10-9A e 10-10^4). 
• Na 16a semana, todos os principais elementos estão formados, exceto aqueles envolvidos nas trocas gasosas. 
• A respiração não é possível e os fetos que nascem não sobrevivem
2 – PERÍODO CANALICULAR (16ª – 26ª SEMANA)
• Os segmentos craniais dos pulmões amadurecem mais rapidamente do que os caudais. 
• A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais torna-se maior e o tecido pulmonar se torna altamente vascularizado (Figs. 10-95 e 10-105). 
• De cada bronquíolo terminal nascem 2 ou + bronquíolos respiratórios, cada 1 se divide em 3 a 6 passagens tubulares (duetos alveolares). 
• A respiração é possível no fim do período canalicular porque alguns sacos terminais (alvéolos primitivos) com delgadas paredes se desenvolveram nas extremidades dos bronquíolos respiratórios e também porque o tecido pulmonar está bem vascularizado. 
• Apesar de o sistema respiratório ainda se encontrar imaturo, fetos nascidos nesse período podem sobreviver. 
3 – PERÍODO DO SACO TERMINAL (26ª – NASCIMENTO)
• Desenvolvem-se mais sacos terminais e suas células epiteliais se tornam muito delgadas.
• Os capilares começam a fazer protuberâncias para o interior desses alvéolos em desenvolvimento.
• O contato íntimo entre as células epiteliais e endoteliais estabelece a BARREIRA HEMATOAÉREA, que permite trocas gasosas adequadas para a sobrevivência do feto se ele nascer prematuramente. 
• Na 26a semana, os sacos terminais são revestidos principalmente por células epiteliais pavimentosasde origem endodérmica — células alveolares tipo I ou pneumócitos — através dos quais ocorrem as trocas gasosas. 
• Células alveolares tipo 2 secretam o SURFACTANTE, que baixam a tensão superficial na interface ar-alveolo.
• Isso facilita a expansão dos sacos terminais ao prevenir uma ATELECTASIA(colapso dos sacos terminais).
4 – PERÍODO ALVEOLAR (32ª SEMANA – 8 ANOS)
• No final do período fetal, os pulmões são capazes de respirar porque a membrana aveolocapilar é suficientemente delgada para permitir as trocas gasosas. 
• Os sacos terminais representam os futuros ductos alveolares.
• A transição da dependência da placenta para a atividade autônoma de trocas gasosas requer:
* Produção de quantidade adequada de SURFACTANTE nos alvéolos.
*Transformação dos pulmões de órgãos secretores para órgãos de trocas gasosas.
* Estabelecimento das circulações pulmonar e sistêmica em paralelo.
13 – EXAMES AVALIAÇÃO FETAL : 
1 – ULTRASSONOGRAFIA: 1ª na 7ª ou 8ª semana.
• modalidade básica para a obtenção de imagens na avaliação fetal
• O saco coriônico e seu conteúdo podem ser visualizados pela ultrassonografia
• Podem ser detectados também o tamanho da placenta e do feto, gravidez múltipla.
• Permite obter medidas precisas do diâmetro biparietal (DBP) do crânio do feto, o que possibilita uma estimativa segura da idade e do comprimento do feto.
• Diagnóstico pré-natal de anormalidades fetais
• permite a detecção de gravidez múltipla.
2 – AMINOCENTESE DIAGNÓSTICA:
• Geralmente realizado entre 15 e 18 semanas de gestação.
• Para realiza-lo, retira-se uma amostra do líquido amniótico inserindo-se uma agulha através das paredes abdominal anterior e uterina da mãe até a cavidade amniótica depois de atravessar o córion e o âmnio.
• Como antes da 14ª há relativamente pouco líquido amniótico, é difícil efetuar a amniocentese.
• Tem finalidade de:
* Detectar distúrbios genéticos (ex: Sindrome de Down)
* Indicado para idade materna avançada(38 anos ou mais)
* parto anterior de um criança com trissomia
* Anormalidade cromossômica em um dos genitores
* Mulheres portadoras de distúrbios recessivos ligados ao X. Ex: hemofilia.
* Historia de defeitos do tubo neural na família.
3 – TRANSLUCENCIA NUCAL:
• é um ultrassom de rotina, feito no 1º trimestre da gravidez.
• Seu principal objetivo é detectar o risco de síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas.
• É feito através da medição de um espaço específico na nuca do bebê, entre 11 e 14 semanas de gravidez. 
• Bebês que tenham alguma anomalia tendem a acumular mais líquido nessa região da nuca.
14 – ANEXOS EMBRIONÁRIOS
• A parte fetal da placenta e os anexos separam o feto do endométrio. 
• Através da placenta ocorre trocas de substancias (nutrientes e O2), entre as correntes sanguíneas materna e fetal. • Os vasos do cordão umbilical unem a circulação placentária com a circulação fetal. 
PLACENTA: É constituída por dois componentes:
* FETAL = formada pelo córion viloso.
* MATERNA = formada pela decídua basal, parte da decídua relacionada com o componente fetal da placenta. 
• PLACENTA + CORDÃO UMBILICAL = sistema de transporte de substâncias que passam entre a mãe e o feto. 
- Mãe -> Feto (Nutrientes e oxigênio)
- Feto -> Mãe (Excretas e dióxido de carbono) 
• A placenta e anexos executam funções de: proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios. 
A DECÍDUA: é o endométrio gravídico, a camada do endométrio que se separa do restante do útero após parto. Ela se divide em 3 regiões e seus nomes relacionam-se com o local da implantação(Fig. 7-1):
• A decídua BASAL é a parte da decídua abaixo do concepto, que forma a parte materna da placenta. 
• A decídua CAPSULAR é a parte superficial da decídua que cobre o concepto.
• A decídua PARIETAL é toda a parte restante da decídua.
REAÇÃO DECIDUAL : mudanças celulares e vasculares que ocorrem no endométrio quando o blastocisto se implanta.
• Qndo a progesterona aumenta, as células da decídua aumentam de tamanho, formando as células deciduais.
• Essas células crescem com o acúmulo de glicogênio e lipídio no citoplasma. 
• As células deciduais protegem o tecido materno de uma invasão descontrolada pelo sinciciotrofoblasto. 
DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA 
• O desenvolvimento da placenta se dá pela rápida proliferação do trofoblasto, o desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas . 
• Com o crescimento do saco coriônico e das vilosidades, a decídua capsular é comprimida e se genera, levando a formação de uma área relativamente avascular, o córion liso.
• C/ o desaparecimento das vilosidades do córion liso, aquelas associadas à decídua basal aumentam de número, se ramificam e crescem (CÓRION VILOSO) (Fig. 7-4).
• A parte fetal da placenta prende-se à materna, que contém sangue materno, pela CAPA CITOTROFOBLÁSTICA (células trofoblásticas da superfície materna da placenta), por onde passam artérias e veias livremente (Fig. 7-7). 
• Artérias e veias endometriais passam por fendas na capa citotrofoblástica e se abrem no espaço interviloso.
• C/a invasão da decídua basal pelas vilosidades coriônicas a decídua sofre erosão, que produz várias áreas cuneiformes na decídua chamados septos placentários, que dividem a parte fetal da placenta em áreas convexas irregulares, os cotilédones. (Fig. 7-7). 
• Cada cotilédone é formado por duas ou mais vilosidades-tronco (Fig. 7-8A).
• No fim do º mês, a decídua basal está quase totalmente substituída por cotilédones.
• O sangue materno chega ao espaço interviloso vindo das artérias espiraladas do endométrio da decídua basal. 
• As artérias passam por fendas da capa citotrofoblástica e lançam sangue no espaço interviloso. 
 Esse grande espaço é drenado pelas veias endometriais, que também atravessam a capa citotrofoblástica.
• As vilosidades coriônicas são banhadas por sangue materno(O2 e nutrientes), que circula pelo espaço interviloso. 
• O saco amniótico cresce mais rapidamente do que o saco coriônico.
• Assim, o âmnio e o córion liso logo se fundem, formando a membrana amniocoriônica (Figs. 7-6 e 7-7). 
• Essa membrana se rompe durante o trabalho de parto.
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA Através da circulação placentária, ocorrem trocas metabólicas e gasosas entre as correntes sanguíneas materna e fetal.
• As vilosidades coriônicas da placenta criam uma área de superfície através da qual pode haver troca de materiais que cruzam uma delgada membrana placentária, interposta entre as circulações fetal e materna (Figs. 7-7 e 7-8). 
• É através das vilosidades que ocorrem as principais trocas de material entre a mãe e o feto. 
• O bem-estar do embrião/feto depende de as vilosidades serem banhadas de modo adequado pelo sangue materno
• Uma redução da circulação uteroplacentária pode resultar em hipóxia fetal, retardo do crescimento intra-uterino (IUGR) e até mesmo a morte do concepto.
FUNÇÕES DA PLACENTA: A placenta tem 4 funções principais:
1 – METABOLISMO (p. ex., síntese de glicogênio). A placenta, durante a fase inicial da gravidez, SINTETIZA glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem de fonte de nutrientes e energia para o embrião/ feto. 
2 – TRANSPORTE DE GASES E NUTRIENTES:
• O2, CO2 e CO cruzam a membrana placentária por difusão simples.
• A água é rapidamente trocada por difusão simples, e em quantidades crescentes com o avanço da gravidez. 
• A glicose produzida pela mãe e pela placenta é transferida por difusão para o embrião/feto. 
• Os aminoácidos são ativamente transportados pela membrana placentária e são essenciais para o crescimento do feto. As concentrações plasmáticas da maioria dos aminoácidos são mais altas no feto do que na mãe. 
• As vitaminas cruzam a membrana placentária e são essenciais para o desenvolvimento normal. 
3 – HORMONIOS: 
• o sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios protéicos e esteróides. 
• O hCG, semelhante ao LH, começa a ser secretada pelo sinciciotrofoblasto durante a 2ª semana. 
• O hCG mantém o corpo lúteo, impedindo o início dos ciclos

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