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CCJ0021-WL-C-AMMA-08-Ordem Social-04

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
Aula 8– COMUNICAÇÃO SOCIAL 
Tema da Apresentação
PLANO DE AULA – AULA 8
DIREITO CONSTITUCIONAL III
Conteúdo Programático desta aula
Estrutura: Comunicação Social
Tema da Apresentação
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DIREITO CONSTITUCIONAL III
NOÇÕES GERAIS
 
A importância que as comunicações vêm assumindo no mundo moderno, em vista da acentuação do processo de globalização, com as consequentes intercorrências que pode gerar, fez com que a Constituição reservasse um Capítulo específico para a questão envolvendo a liberdade de pensamento, em especial nos meios de comunicação.
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Com efeito, além das regras aqui previstas deve-se levar em consideração, por uma interpretação sistemática, as regras apresentadas no Capítulo relativo aos Direitos e Garantias Individuais, em particular aquela que assegura a liberdade de pensamento, vedado o anonimato (art. 5º, XIV) e a que proíbe qualquer espécie de censura (art. 5º, IX).
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Assim é que o Capítulo vem inaugurado pelo art. 220, que em sua primeira parte reforça a ideia anteriormente esboçada no art. 5º, IV, no sentido de não permitir qualquer restrição à manifestação do pensamento, à criação, a expressão e à informação.
Em sua parte final, entretanto, esse preceptivo, ao estabelecer que a liberdade de pensamento deverá ser exercida “nos termos desta Constituição”, acaba por retirar o seu caráter absoluto.
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Essa ideia vem reforçada pelo inc. II do § 3º, do mesmo dispositivo, que diz competir à lei federal estabelecer os “meios legais” que garantam à pessoa e à família a possibilidade de defenderem-se de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221.
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CONCESSÕES E PERMISSÕES
 
Cumpre mencionar também que em relação às concessões e permissões atribuídas aos órgãos de comunicação social, a Constituição estabelece o prazo de 10 anos para as emissoras de rádio e 15 para as de televisão (art. 223, §5º).
Da leitura desses dois dispositivos, nossa melhor doutrina tem entendido que as diferenças entre permissões e concessões não mais existiriam na medida em que, ao prever expressamente prazos para as permissões, a Constituição retirou-lhes o caráter de precariedade que lhes é característico.
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Outrossim, essa primeira impressão confirma-se por força da previsão contida no parágrafo único do art. 175, no qual a CF fixa para o legislador ordinário a obrigação de estabelecer o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação.
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EMPRESAS JORNALÍSTICAS E DE RADIODIFUSÃO
 
Essa matéria experimentou profunda alteração por meio da EC 36/2002, em relação a itens importantes como sua propriedade, a responsabilidade editorial e, ainda, a participação do capital estrangeiro, nos termos do art. 222 e seus parágrafos.
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ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO
 
No exercício de poder polícia foi atribuída à União competência para exercer a classificação indicativa da programação dos meios de comunicação e diversões públicas (art. 21, XVI).
Outrossim, competência para restringir propagandas de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias (art. 220, §4º).
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Questão objetiva
Abdul, nascido na Síria, conseguiu sua naturalização no Brasil em 1.º de maio de 2004. Por ser jornalista profissional, pretende adquirir uma empresa de radiodifusão na cidade onde reside, no interior do estado de Pernambuco.
Considerando a situação hipotética apresentada, é correto afirmar, de acordo com a CF, que, em 2009,
a) é proibido a Abdul adquirir a empresa de radiodifusão, pois não possui mais de dez anos na condição de naturalizado brasileiro. 
b) é vedado a Abdul adquirir a empresa de radiodifusão, pois não é brasileiro nato. 
c) não é permitido a Abdul adquirir a empresa de radiodifusão, pois somente pessoas jurídicas podem ser proprietárias de tais empresas. 
d) Abdul pode adquirir a empresa de radiodifusão, pois está naturalizado como brasileiro há mais de cinco anos. 
e) Abdul pode adquirir a empresa de radiodifusão, pois não existem restrições na CF para que estrangeiros adquiram esse tipo de empresa.
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Questão discursiva
Um jornal de grande circulação pretende contratar Paulo para fazer parte do seu corpo de redatores. Ocorre que Paulo possui curso superior em letras, e não em jornalismo, o que, de acordo com o Decreto-Lei 972/1969 inviabiliza sua contratação. Paulo decide, então, questionar judicialmente a aplicação da referida norma jurídica, alegando que ela viola direitos fundamentais como o livre exercício da profissão e a liberdade de imprensa e de informação. Como deverá ser decidida a questão?
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Questão objetiva: Letra A
Questão discursiva: 
"O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. (...)
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No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, IV, IX, XIV, e o art. 220 não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Representação 930, Rel. p/ o ac. Min. Rodrigues Alckmin, DJ de 2-9-1977." (RE 511.961, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 17-6-2009, Plenário, DJE de 13-11-2009.)
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