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Questoes de Psico Hospitalar

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Segundo Botega, quais são os mecanismos de adaptação que a pessoa utiliza (ou não) frente à doença e hospitalização? Estabeleça um paralelo com os cinco estágios propostos por Elisabeth Kübler-Ross.
Os mecanismos de adaptação são considerados de ordem psicodinâmica, fisiológica e cognitiva, dentre esses, a saber: mecanismos de defesa, negação, regressão, deslocamento, estresse e coping etc. O primeiro mecanismo citado, o mecanismo de defesa nos remete a resistência da pessoa frente à doença que lhe acomete; a negação nos faz pensar em um indivíduo que não aceita a sua doença, logo, não a vê como uma ameaça, dentro da negação há mais dois mecanismos a ser considerados: a) racionalização, que está ligado ao isolamento de pensamentos penosos e a forma ‘amigável’ com que consegue conversar sobre a doença b) banalização, dá-se pouca importância para o que está acontecendo e, as vezes, encara como brincadeira; no mecanismo regressão o paciente pode demonstrar não ter vontade de fazer alguma coisa, não demonstrar, não reagir, regredir no seu comportamento; no deslocamento, a raiva que o paciente sente será transferida para um outro, seja o médico, alguém da família, o (a) companheiro (a) etc.; no mecanismo estresse e coping, o indivíduo reage ao perigo real e imaginário que a doença traz, o estresse pode, se for prolongado, afetar o sistema imunológico e as defesas naturais contra infecções e outras doenças, e o modo de enfrentar a situação nos remete a dois tipos de enfrentamento (coping): voltado para o problema, ou seja, o indivíduo busca informações sobre a doença, procura saber se há grupos de apoio para tal, troca ideias com médicos, amigos, família com a finalidade de reassumir o controle de suas vidas; já o enfretamento voltado para a emoção o indivíduo utiliza mais mecanismos de defesa, são mais propensos a desesperança, depressão e desamparo.
Elisabeth Kubler-Ross, em seu trabalho, elencou cinco estágios: a) negação e isolamento, é o primeiro mecanismo utilizado pelo paciente, esse mecanismo pode ser necessário, pois impede que haja uma desestruturação mental, b) raiva, dada a fase de negação, o paciente passa a sentir raiva, ódio, desafiador, pode recusar o que o médico lhe pede, c) barganha, o paciente negocia com ele mesmo ou com os demais, a título de exemplo: Deus, familiares, mudança de vida etc., d) depressão, elaboração de lutos, e) aceitação. É cabível pensar que os mecanismos de adaptação e o estágios propostos por Elisabeth estão dentro de um contexto maior: a morte e o morrer. O indivíduo, ser finito que é, tem medo do que a doença e a hospitalização pode trazer. Os mecanismos/estágios frente a essa situação não tem um tempo exato para acontecer, assim como não há garantia de que passará categoricamente por todos. 
Pq alguns pacientes tem dificuldade em aceitar a doença crônica e outros a aceitam?
O modo como cada indivíduo encara é peculiar, leva em consideração suas vivências, sua personalidade, logo, o que cada pessoa vive é único. Não podemos dizer o que é certo ou errado nessa situação, apenas compreender e dar o apoio necessário para que a pessoa possa conviver com o que está acontecendo.
Defina o paciente-problema.
O paciente-problema é aquele que não se adequa a situação em que estão, ou seja, doença e hospitalização. O comportamento dessas pessoas deixa a equipe enraivecida, com vontade de não atender aquele paciente, atrapalha a rotina da mesma e, até mesmo, a vida pessoal.
O que é hospitalismo?
O termo foi utilizado por Spitz para designar o tempo que crianças hospitalizadas ficavam longe de suas mães, demonstravam quadros de depressão e apatia. Na nossa realidade, hospitalismo refere-se ao quadro de reinternações ou de permanência hospitalar além do que é previsto. 
Quais medidas devem ser tomadas para que o paciente aceite o pedido de alta do médico?
É válido, desde o início do processo de internação, que o indivíduo saiba os motivos para tal, a relação médico-paciente-família seja estabelecida de forma amigável e respeitosa, transmitir ao paciente, com antecedência sobre a alta, o médico tem de estar atento para acionar um atendimento especializado em caso de transtorno psiquiátrico, assim como o médico precisa ter um tempo para poder escutar o paciente, seus familiares e suas necessidades.
Segundo Strain, quais são as oito categorias de estresse psicológico no qual o paciente está sujeito a ter?
Strain elencou as seguintes categorias: ameaça básica à integridade narcísica, o sujeito tem fantasias de aniquilamento, impotência diante da doença que tem; ansiedade de separação, ou seja, o sujeito não quer se separar tanto da família, quanto de seus objetos, o trabalho, o que tinha costume de fazer; medo de estranhos, o indivíduo desconhece o outro que irá cuidar dele; culpa e medo de retaliação, essa categoria engloba a dimensão do castigo, de que isso está acontecendo porque a pessoa cometeu algum pecado ou se omitiu em alguma situação; medo da perda do controle, nesse caso, especificamente de funções do desenvolvimento (fala, marcha, controle dos esfíncteres etc.); perda de amor e aprovação; medo da perda de, ou do dano a, partes do corpo, a pessoa tem medo de perder alguma parte do corpo, essa parte é encarada como se fosse a perda de um ente querido; e, por fim, medo da morte, da dor.
Como é concebida a relação médico-paciente?
Esta relação se dá no momento pelo qual o paciente está passando, que é regida tanto por elementos objetivos e racionais quanto por elementos subjetivos. Estabelece-se uma transferência do paciente para o médico e como resposta a tal, contratransferência (do médico para o paciente), pode ser concebida pela negociação, que resulta de um compromisso ‘firmado’ por ambas as partes, dentre outros.
Quais são os mecanismos primitivos de defesa em pacientes internados no hospital geral?
Os mecanismos são: clivagem, ou seja, o paciente não reconhece que somos seres ambivalentes, ele separa os indivíduos da equipe em bons e maus. A identificação projetiva, o paciente tem o pensamento de que se ele é mau, o cuidador também o será, nesse caso, o cuidador pode agir inconscientemente dessa forma. A negação psicótica, o paciente substitui aquilo que lhe aflige a consciência por algo de caráter oposto. Idealização primitiva, o paciente concebe o médico como alguém muito bom que irá protegê-lo de pessoas más. E, por fim, a onipotência e ataques, a relação estabelecida com a equipe é de que esta tem poderes mágicos que irá curar o paciente, caso isso não aconteça, ocorre a primeira frustração e o paciente passará a odiar a equipe.

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