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Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 
CELSO FURTADO 
 
PARTE I - FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA OCUPAÇÃO TERRITORIAL 
 
 
CAP. 01 - DA EXPANSÃO COMERCIAL À EMPRESA AGRÍCOLA 
 
 A expansão comercial da Europa estava em pleno crescimento do mercado interno no 
século XI e atingiu o apogeu no século XV, mas com as invasões turcas o continente foi privado 
do abastecimento de muitos itens. A expansão marítima e a descoberta da América foram formas 
de superar esses obstáculos (mercado consumidor e reabastecimento do comércio). 
O princípio inicial da colonização era encontrar ouro, neste quesito Espanha se saiu 
melhor que Portugal, pois encontrou rapidamente os metais preciosos em seus territórios. 
Posteriormente, com a crescente pressão política das nações europeias sobre esses dois reinos, 
Espanha pode usar a riqueza acumulada para armar sua defesa, mesmo assim não impediu que 
os invasores adentrassem suas terras. Foi preferível, então, perder alguns territórios e concentrar 
a defesa nas zonas produtoras de metais (México - Peru), a zona mais valiosa. 
Portugal num primeiro momento não encontrou os desejados metais preciosos e não 
encontrou uma forma de comércio aparente que fosse tão rentável quanto o ouro, somente o 
estabelecimento de algumas feitorias para comércio de peles e madeira com os índios. As nações 
européias pressionavam os reinos ibéricos com o princípio da utis possidetis, em que Portugal e 
Espanha só teriam direito as terras a que teriam devidamente ocupado. Cabia a Portugal encontrar 
uma forma de utilização econômica das terras, que servisse tanto para a ocupação permanente 
na colônia sul-americana quanto para custear a organização da defesa dos territórios. A forma 
encontrada foi a exploração agrícola, com a cana-de-açúcar, e por seu êxito a produção brasileira 
passou a ser incluída no comércio europeu. 
 
 
CAP. 02 - FATORES DE ÊXITO DA EMPRESA AGRÍCOLA 
 
 O êxito da produção agrícola no Brasil deu-se por superar as dificuldades das técnicas de 
produção, da criação de mercado consumidor para o açúcar, do financiamento da empreitada 
agrícola e o suprimento de mão-de-obra. 
 No desenvolvimento das técnicas de produção e no suprimento da mão-de-obra, Portugal 
contou com a situação favorável em que se encontrava com a dominação do continente africano. 
Lá já haviam iniciado a produção de açúcar nas ilhas do Atlântico e puderam aprimorar as técnicas 
e desenvolver equipamentos que melhorassem a produção. Além de já estarem familiarizados 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
com o tráfico da mão-de-obra escrava africana, que foi a solução encontrada para suprir a 
necessidade de muita mão-de-obra para as fazendas agrícolas, já que a mão-de-obra portuguesa 
e indígena era limitada e não apresentou sucesso nas colônias portuguesas. 
 O açúcar era um produto de demanda crescente na Europa do século XVI, então o 
mercado estava em expansão. Os venezianos eram quem mais produziam, dominavam as 
melhores técnicas de produção e refinação, por isso também possuíam o monopólio de venda do 
continente. O açúcar do Brasil rompeu com esse monopólio e encontrou nos flamencos, 
especialmente os holandeses, o grande mercado consumidor, e também, o grande financiador da 
empresa agrícola na colônia brasileira. 
 Os holandeses contribuíram fortemente para expansão do açúcar brasileiro, eram 
organizados comercialmente e grandes financiadores do comércio intraeuropeu. Foram capazes 
de financiar as instalações para a produção de açúcar na colônia e ainda criar um mercado 
consumidor europeu para o produto. A Holanda era o principal comprador da produção açucareira 
brasileira e tornou-se especialista em refinação e redistribuição das manufaturas dentro da Europa 
ou de volta as colônias ibéricas, com isso os grandes lucros da empreitada agrícola da colônia 
lusitana estava nas mãos dos holandeses. Por essa boa margem de rendimentos, os holandeses 
ainda puderam financiar parte do envio de mão-de-obra escrava oriundas da África. 
 
 
CAP. 03 - RAZÕES DO MONOPÓLIO 
 
 O monopólio do açúcar português alcançou o sucesso em grande parte por conta da 
decadência da economia espanhola, que não soube aproveitar as condições mais favoráveis para 
a empreitada agrícola nas colônias espanholas, com terras mais produtivas, mão-de-obra indígena 
abundante e mais barata, e acúmulo de riquezas preciosas encontradas logo no início da 
colonização que poderia facilmente ter financiado a produção agrícola na parte espanhola do 
continente sulamericano. 
 Ao contrário de Portugal, a Espanha continuou reforçando a proteção das áreas de 
extração de metais preciosos e não houve incentivos ao intercâmbio entre metrópole e colônias, 
ou entre as colônias. Com a acumulação de capital na forma dos metais preciosos o Estado 
espanhol aumentou sua renda, mas também seus gastos, provocando inflação e constante déficit 
na balança comercial - com os preços internos inflacionados, o caminho natural da economia foi 
aumentar as importações e diminuir as exportações. 
 A decadência da metrópole espanhola que se acentuou no século XVII prejudicou o 
desenvolvimento da colônia, que não pode por si só construir uma economia forte e autosuficiente, 
não houve incentivos a produção agrícola ou de manufaturas internamente, esses itens eram 
importados da metrópole que passava por dificuldades. 
 
 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
 
CAP. 04 - DESARTICULAÇÃO DO SISTEMA 
 
 O sistema de monopólio do açúcar português foi desarticulado quando Portugal foi 
submetido ao Reino da Espanha durante a União Ibérica. Holanda dominava o comércio das rotas 
marítimas e desempenhou papel importantíssimo no financiamento e desenvolvimento da 
empresa agrícola portuguesa no Brasil. Estando Portugal dominado por Espanha, os holandeses 
então travaram uma disputa com os espanhóis para o domínio do comércio do açúcar que 
culminou na ocupação holandesa em parte da região produtora no Brasil por 25 anos. 
 Esse quarto de século foi suficiente para os dominadores holandeses adquirirem 
familiaridade com os meios de organização e as técnicas de produção da indústria açucareira 
brasileira, o que culminou no desenvolvimento de uma indústria concorrente implantada no Caribe 
pelos holandeses no século XVII. A concorrência baixou o preço do açúcar no mercado e o Brasil 
perdeu volume de exportações e teve a renda real reduzida a 25% do que havia sido na época da 
alta rentabilidade. 
 
 
CAP. 05 - AS COLÔNIAS DE POVOAMENTO DO HEMISFÉRIO NORTE 
 
• No século XVII antes da implementação da empresa açucareira dos holandeses nas ilhas 
do Caribe, França e Inglaterra disputavam as terras das Antilhas como estratégia militar 
para atacar os domínios da Espanha e se apoderarem da área mineradora que enriqueceu 
o Estado espanhol. 
• A colonização antilhana inicial se baseava em pequenas propriedades, dadas a um colono 
que pagaria com o fruto de seu trabalho; 
• As Antilhas inglesas se desenvolveram mais rapidamente do que as francesas, com 
menos subsídios do governo, pela facilidade encontrada pelos ingleses para recrutar os 
colonos; 
• Exploração da mão de obra europeia através da servidão condicionada a contratos de 
trabalho; 
• O clima das Antilhas permitia o cultivo de artigos atrativos ao mercado europeu como o 
algodão, anil, café e fumo. 
• Esta disputa entre as duas potências provocou um clima de instabilidade política e 
religiosa nas ilhas e promoveu migrações para o interior do continente e para o exterior o 
que explica em parte a expansão da ocupação inglesa pela América Central. 
 
 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
 
CAP. 06 - CONSEQUÊNCIAS DA PENETRAÇÃO DO AÇÚCAR NASANTILHAS 
 
 A instalação dos franceses e ingleses nas Antilhas promoveram o êxito de produção de 
produtos tropicais (fumo, anil, algodão e café) e os objetivos políticos da ocupação foram deixados 
de lado por necessidade de ter uma produção econômica lucrativa para as Metrópoles. 
Paralelamente, no Brasil predominava o monopólio do açúcar que foi fortemente afetado pela 
expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro que encontraram nas ilhas do Caribe o cenário 
perfeito para o desenvolvimento da empresa açucareira concorrente. 
 A instalação francesa e inglesa na América Central anteriormente preparou o terreno para 
a Holanda iniciar a produção açucareira, fornecendo ajuda técnica e financiamentos para os 
colonos comprarem equipamentos e escravos e desenvolverem a indústria. Além de contar com 
a posição estratégica das ilhas, mais perto da Europa e com amplo acesso ao mar. 
 As grandes propriedades açucareiras desmantelaram as pequenas propriedades de 
abastecimento que haviam nas ilhas provocando o êxodo dos pequenos proprietários para o norte 
da América. 
Nas colônias inglesas da América então passaram a predominar dois tipos de 
propriedades: as grandes propriedades ao Sul e as pequenas propriedades ao Norte, cada uma 
com características próprias. 
As grandes propriedades do Sul se assemelhavam as propriedades brasileiras de açúcar: 
mão-de-obra por servidão temporária e, posteriormente, escrava, concentração de renda nas 
mãos dos proprietários das fazendas e a política dominada por grupos financeiros de comum 
acordo com os interesses da metrópole. As pequenas propriedades do Norte eram autosuficientes, 
apresentavam menor concentração de renda já que a produção estava nas mãos de mais pessoas 
e a política era dominada por grupos preocupados com a eficiência comercial, portanto, sem 
afinidade com os interesses da metrópole inglesa. 
 
CAP. 07 - ENCERRAMENTO DA ETAPA COLONIAL 
 
 Mesmo com as desavenças com as colônias do Norte a Inglaterra se firmou como a grande 
potência europeia na segunda metade do século XVII, no auge do imperialismo, principalmente 
pela situação vantajosa em que esteve com os muitos acordos feitos entre os ingleses e 
portugueses. 
 Com o final da União Ibérica (1640), Portugal se encontrava economicamente 
desorganizado e militarmente enfraquecido, unir-se com a forte nação da Inglaterra era a 
oportunidade de se defender de Espanha e Holanda - os espanhóis não reconheciam a 
independência do Reino de Portugal e os holandeses recusaram os acordos de paz propostos 
pelo reino lusitano. 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
Os acordos firmados entre Portugal e Inglaterra deixaram os ingleses em melhor situação 
- com vantagens econômicas e acesso direto ao comércio interno das colônias e em troca os 
ingleses ofereciam ajuda militar na defesa da Metrópole - colocando Portugal numa relação de 
dependência econômica e política da Inglaterra. 
Mas os acordos políticos e militares firmados pela Metrópole não resolveu a decadência 
econômica da produção açucareira na colônia, a solução só começou a despontar com a 
descoberta de ouro na região das Minas no início do século XVIII. 
O ouro brasileiro trouxe alguma vantagem para o Brasil, quase nenhuma para Portugal e 
o triunfo econômico para a Inglaterra que por conta de um acordo garantia o envio da remessa de 
riquezas portuguesas para os cofres ingleses e obrigou os lusitanos renunciarem qualquer 
produção manufatureira dentro dos seus domínios. O que fez o reino inglês concentrar reservas, 
enriquecer internamente e desenvolver a indústria de manufaturas. Para o Brasil houve a 
expansão territorial para dentro do país à procura de ouro e para Portugal restou a riqueza 
aparente, assim como a Espanha no início da colonização, em que era dona de riquezas, mas 
estava sufocada por problemas econômicos e pela dominação inglesa em sua economia. 
Uma das únicas vantagens que os acordos anglo-lusitanos do século XVII e início do 
século XVIII ofereceu aos portugueses foi a Inglaterra ter garantido a participação de Portugal na 
Conferência de Utrecht, que garantiu benefícios como a renúncia da França sobre a navegação e 
comércio do Rio Amazonas e a cessão da Colônia de Sacramento por parte da Espanha que 
posteriormente se tornam importantes na definição das fronteiras do Brasil. 
 No final do século XVIII, Portugal e Inglaterra estavam em situações diferentes. A 
Inglaterra já havia iniciado a Revolução Industrial e por conta do desenvolvimento do capitalismo 
industrial, os ingleses viram a necessidade de romper com qualquer acordo que impedisse a 
expansão da livre concorrência e da eficiência de sua economia. Portugal foi grandemente afetado 
por essa decisão e teve o subsídio que era cedido ao vinho português no território inglês revogado 
e o Brasil esbarra na decadência da produção aurífera. 
 Em 1810, Inglaterra e Portugal firmam o Tratado de Comércio e Navegação. Inglaterra viu 
na colônia portuguesa do Brasil uma situação mais favorável a aumentar a rentabilidade e para 
manter os mesmos privilégios que tinham junto aos portugueses incentiva fortemente a 
independência da colônia. Em 1827, o governo independente do Brasil promove a Inglaterra a 
nação privilegiada, rebaixando sua soberania econômica. Esta relação de submissão com a 
Inglaterra só acaba quando expira, em 1844, o contrato de 1827 entre as duas nações. O Brasil 
retoma a liberdade de tomar medidas econômicas a seu favor, como elevar as tarifas e aumentar 
o excedente do governo. 
 Em grande medida esses acordos entre Portugal e Inglaterra, e posteriormente entre 
Inglaterra e Brasil, que na pratica se mostraram quase unilaterais, prejudicaram o desenvolvimento 
do Brasil no século XIX, juntamente com a permanência da estrutura escravocrata na economia, 
que não provoca tensões internas, mesmo com uma economia dinâmica como a cafeeira e o início 
das relações comerciais com os EUA. 
 O ponto derradeiro para o desenvolvimento brasileiro e o rompimento com a estrutura 
colonial foi o nascer das tensões internas quando a economia cafeeira entra em crise e o 
surgimento de uma economia autônoma começa a despontar. 
 
 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
PARTE II – ECONOMIA ESCRAVISTA DE AGRICULTURA TROPICAL (SÉCULOS XVI E VII) 
 
CAP. 08 - CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA 
AÇUCAREIRA 
 
O sucesso e o desenvolvimento da indústria açucareira está atrelado ao esforço do 
governo português em facilitar para que as dificuldades da implantação de um setor agrícola na 
colônia fossem superados. Para tanto o governo favoreceu alguns grupos, como os donatários 
para quem foi concedido o monopólio de fabricação de moendas e engenhos de água, e aos 
interessados em instalar engenhos na colônia, como isenção de tributos, honrarias, penhora dos 
bens de capital, entre outros. 
A maior dificuldade da etapa inicial da indústria agrícola foi a escassez da mão-de-obra. 
A produção açucareira precisava ser feita em larga escala para que se tivesse vantagem 
econômica com uso extensivo de mão-de-obra, a escravidão indígena foi amplamente usada nos 
momentos iniciais de instalação da indústria agrícola, mas tornou-se inviável ao longo do tempo 
pela quantidade de índios e pela inaptidão do indígena ao trabalho pesado da lavoura. O uso do 
escravo indígena ficou restrito a atividade econômica alternativa para os colonos que não tinham 
como se dedicar a produção açucareira ou aos que faliram. 
Passada a fase inicial com o uso da mão-de-obra indígena, inicia-se a fase de expansão 
da empresa com o uso da mão-de-obra escrava africana em escala adequada para um sistema 
de produção mais eficiente e densamente capitalizado. 
No final do século XVI a empresaaçucareira contava 120 engenhos com uma produção 
que superava os 2 milhões de arrobas, volume 20 vezes maior que a cota estabelecida pela 
Metrópole para as ilhas do Atlântico. A época estima-se 20 mil escravos na colônia, 75% desses 
sendo usados diretamente na produção de açúcar e representando 20% do custo fixo da indústria. 
Estima-se que a empresa agrícola colonial gerasse aproximadamente 2 milhões de renda 
líquida, considerando que havia somente 30 mil habitantes de origem europeia na colônia nesta 
época, a renda per capita era bastante alta, isto não implica que era bem distribuída. Pelo contrário, 
90% da renda gerada na colônia estava concentrada nas mão dos donos de engenhos. Cerca de 
2% desta renda era usada para pagamentos de alguns trabalhadores assalariados nos engenhos, 
e algo como 3% da renda para compra de gado (tração) e lenha (para as fornalhas), esta era a 
forma sob a qual a renda açucareira circulava na economia interna fora dos engenhos. Outros 
usos ínfimos da renda estava para pagamentos do próprio negócio da indústria, como reposição 
do capital fixo, incluindo equipamentos de produção e escravos importados. 
Portanto, a produção açucareira gerava uma renda ociosa, e mesmo com o alto gasto com 
bens de consumo importados (cerca de 50% da renda líquida), havia renda suficiente para 
autofinanciar uma duplicação da capacidade de produção a cada 2 anos. Mas tampouco houve 
esses reinvestimentos internos. O tamanho da demanda limitou a expansão da oferta do setor 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
açucareiro, a produção foi bem controlada para que não gerasse superproduções a exemplo do 
que havia ocorrido nas ilhas do Atlântico. 
 
CAP. 09 – FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO 
 
• Operações de larga escala; 
• Capital importado; 
• Trabalho escravo substitui mão de obra indígena menos eficiente e com recrutamento 
incerto; 
• Renda do açúcar: 
- importar equipamentos, materiais de construção e mão de obra escrava (não houve a 
cultura de melhorar as condições do escravo para diminuir os custos de reabastecimento 
da mão de obra); 
- Escravos usados em todas as funções de trabalho especializado impedia o emprego de 
mão de obra assalariada e, portanto, não havia circulação da venda monetária. 
 
Economia Exportadora-Escravista Economia Industrial 
- renda para o empresário = exportações; 
- importações; 
- pagamentos ao exterior; 
- Lucro = custo reposição do escravo – valor 
do produto gerado. 
- escravo: bem durável; custo fixo com 
manutenção; 
- renda coletiva; 
- pagamento de fatores de produção (material 
e mão de obra) 
- há pagamentos e criação de renda 
monetária; 
 
• Todos os fatores pertenciam ao empresário, fluxo de renda resumindo a operações 
contábeis; 
• Desmonta a ideia de que o engenho açucareiro se baseava em uma economia semifeudal, 
como apontavam alguns autores, especificamente Gilberto Freyre. O argumento era de 
que diferente de um feudo a unidade escravista permitia a algum pagamento monetário 
externo com a importação dos equipamentos e escravos e tinha a produção totalmente 
voltada para o exterior; 
• A possibilidade de expansão da indústria açucareira, dada que as terras eram abundantes 
e demanda externa era estabilizada, seria ilimitada (a indústria era capaz de se 
autofinanciar); 
• No entanto, a oferta não foi expandida para evitar colapso nos preços; 
• Crescimento e retrocessos eventuais no negócio açucareiro não modificaram a estrutura 
econômica. Quando houvesse recuos, a força do trabalho escravo poderia se 
redirecionada a outra utilizações. 
• Economia sem capacidade de autopropulsão, com crescimento em extensão, sem 
desenvolvimento estrutural (dependência da demanda externa); 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
• A ocupação de novas extensões de terra possibilitava a concentração populacional, mas 
como não havia circulação de renda, essa concentração não permitia um desenvolvimento 
dinâmico. 
• Economia açucareira do Nordeste resistiu por três séculos as longas quedas nos preços; 
• A economia mineradora em Minas reduziu ainda mais a rentabilidade, com a concorrência 
pela mão de obra especializada e elevação dos preços do escravo. 
 
CAP 10 – PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA 
 
• “a especialização extrema da economia açucareira antilhana estimulou o desenvolvimento 
das colônias de povoamento no norte dos EUA (século XVII)” 
• Em São Vicente (Brasil) e Nova Inglaterra (EUA) fracassariam no objetivo inicial de 
colonização e resultaram em colônias de povoamento; 
- Na Nova Inglaterra houve como alternativo a especialização da peca e do 
transporte marítimo; 
- Em São Vicente ocorreu a caça ao índio como alternativa à produção açucareira 
fazendo com que os colonos se voltasses para o interior; 
• Dentre os bens de consumo interno que podia ser produzido internamente era a carne, 
que faz parte da dieta dos colonos e escravos. Este fato combinado à intensificação do 
uso de animais para transporte e como fonte de energia dos engenhos, fez com que se 
desenvolvesse uma atividade paralela à atividade criatória. 
 
Criação de Gado Açúcar 
- ocupação expansiva e itinerante; 
- baixos custos de manutenção; 
- baixa rentabilidade; 
- representa 5% da renda total gerada pela 
exportação do açúcar; 
- atendia mercado interno de gado e 
mercado externo de couro; 
- ocupação permanente; 
- custos com manutenção médios; 
- alta rentabilidade; 
- totalmente voltado para o comércio 
externo; 
 
Capacidade de crescimento da atividade criatória não apresentava fatores limitativos do 
lado da oferta, a atividade se caracterizava pela expansivo uso de terras e este recurso era 
abundante. Havia facilidade para novos produtores entrarem no mercado, os investimentos iniciais 
eram menores e a atividade mais atrativa para quem disponha de poucos recursos. No entanto, a 
demanda que gerava renda para o negócio era totalmente dependente da atividade açucareira no 
início da atividade no século XVII e no século XVIII sofre a concorrência da criação de gado 
desenvolvida no sul para abastecer a região minerado. Além deste fato, a atividade criatória não 
era nada mais que uma atividade de subsistência, sendo uma forma, talvez a única, de produzir 
alimento para a população envolvida na atividade e na produção de couro que era uma matéria-
prima muito usada. 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
CAP 11 – FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONÔMICO NORDESTINO 
 
As duas unidades produtivas do nordeste, a açucareira e a pecuária, entraram em 
decadência na segunda metade do século XVII, mas segundo Celso Furtado forneceram a base 
para viria a ser a economia brasileira: estruturas econômicas que preservavam seu formato original 
mesmo tanto em movimentos de expansão quanto em contração. O expansão tinha um caráter 
extensivo com o aumento das terras e aplicação de mais mão-de-obra, não implicava em melhoria 
da tecnologia de forma a modificar a estrutura de custos e na produtividade. 
Como a renda da atividade açucareira permanecia no próprio negócio, sua estrutura de 
custo era bastante resistente as mudanças de preços, principalmente a baixa de preços. Essa 
resistência tornou-se no motivo principal da indústria açucareira não ter quebrado com a crise de 
preços do século XVII. Os custos fixos já estavam dados, os fatores de produção instalados, então 
convinha continuar operando. 
Essa mesma dinâmica de uma inelasticidade da oferta açucareira, não necessariamente 
se repetia para a atividade criatória, pelo menos não em qualquer horizonte de tempo. A pecuária 
nordestina abastecia o mercado açucareiro, então havendo baixas no mercado de açúcar a 
pecuária responderia na mesma direção no curto prazo. Em períodos maisestendidos era possível 
perceber comportamentos diferentes entre as duas atividades. Condições de trabalho e 
alimentação dos trabalhadores envolvidos na pecuária permitia uma maior expectativa de vida e 
um crescimento vegetativo forte, o que reduzia os custos de renovação do fator trabalho, enquanto 
a atividade açucareira dependia da importação da mão-de-obra escrava que além de cara, tinha 
baixa expectativa. Essas diferenças permitiram comportamentos polarizados entre as duas 
atividades no longo prazo. 
Outra diferença entre as dinâmicas de funcionamento nas atividades produtivas se davam 
pela dependência de fatores exógenos e endógenos no desenvolvimento da atividade. Enquanto 
a atividade açucareira dependia fortemente do mercado externo, a forte concorrência com o açúcar 
das Antilhas fez com que a indústria experimentasse um ciclo de decadência e baixa 
produtividade, além da fuga de mão-de-obra para a atividade mineradora. 
Já a atividade criatória dependia de fatores internos para a expansão tanto dos animais 
quanto da força de trabalho, uma queda do rendimento da atividade comercial eventualmente se 
converteria em uma produção de subsistência. Assim, a população consumia o mesmo produto 
que comercializava, o que permite menos problemas quando o cenário externo é modificado e há 
queda nas exportações. Com menos gado sendo vendido a renda monetária da atividade diminuiu 
o que fez com que a especialização da economia se expandisse, mesmo que para atividade 
rudimentares e de baixo valor agregado. A perca de poder aquisitivo fez com que produtos antes 
importados fossem substituídos por artigos produzidos localmente. 
Ainda é possível perceber que as condições de vida da economia nordestina foi em boa 
parte sustentada pela integração da indústria açucareira com a atividade criatória. Havia migração 
da força de trabalho livre para a pecuária localizada no interior sempre que a atividade açucareira 
estava em baixa, pois havia oferta de alimento naquela atividade o que permitia o desenvolvimento 
Erianne Farias | UFPE 
2013.2 
de fatores e o crescimento demográfica, sem essa combinação entre as atividade a circulação de 
renda seria ainda menor, a expectativa de vida e de crescimento vegetativo seriam bastante 
reduzidas, já que atividade açucareira produzia pouco fora do seu complexo para exportação. 
A formação da economia nordestina a partir do século XVII se deu com a indústria 
açucareira de alta produtividade dos fatores (terras, escravos, etc) perdendo importância, 
enquanto a atividade pecuarista de baixa produtividade (cabeças de gado por cuidador) se 
expandindo com o crescimento da população. 
 
CAP. 12 – CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO TERRITORIAL 
 
 As invasões holandesas no século XVII fez do Nordeste brasileiro cenário das disputas 
políticas, mas isto não significou grandes prejuízos para colônia enquanto sob o domínio holandês. 
Os holandeses promoveram o desenvolvimento urbano retendo os rendimentos fiscais do açúcar 
na colônia. Houve, no entanto, grandes perdas para Portugal, prejuízos comerciais e de fisco, além 
de gastos militares para investir na expulsão dos holandeses do território. Após a expulsão, 
Portugal inicia as perdas decorrentes da quebra do monopólio do açúcar, iniciando a etapa de 
baixa rentabilidade da indústria agrícola. 
 Portugal sob o domínio espanhol no século XVI obteve uma vantagem de localização. 
Enquanto defendia o território espanhol colonial dos invasores ingleses, franceses e holandeses, 
os portugueses foram expandindo sua posição ao longo da foz sul do Amazonas e pode se fixar 
numa posição estratégica na bacia amazônica e assim controlar toda a imensa bacia. A 
experiência da colonização fez Portugal perceber que precisava ocupar essas terras ao norte e 
evitar que fosse instalada uma empresa concorrente em seu território. 
Colônias permanentes foram instaladas no início do século, principalmente no Maranhão, 
mas por dificuldade financeiras e de distância essas regiões foram abandonadas pela metrópole 
a própria sorte e recursos, que não eram muitos. O solo maranhense não tinha a mesma 
fecundidade das outras regiões e o mercado de produtos tropicais era desorganizado o bastante 
no século XVII para dificultar a instalação de uma empresa passível de capitalização e 
desenvolvimento na região. As famílias passaram a viver de subsistência, sem atividade comercial 
importante na colônia do Maranhão. Para investir no trabalho de abastecer a si mesmas, foi-se 
atrás de escravos indígenas como condição de sobrevivência da população desta região. 
Explorando a bacia amazônica pela caça aos índios, os colonos perceberam 
potencialidades da floresta. No século XVIII o Pará era um centro exportador de produtos como 
cacau, baunilha, canela e cravo. A utilização da mão-de-obra indígena na extração destes 
produtos foi intensa, com papel importante dos jesuítas que organizavam os indígenas em 
comunidades, fornecendo – os como mão-de-obra a atividade e lhes pagavam com objetos de 
valor reduzido, o que permitia bom volume e baixo custo da força de trabalho. 
Tanto os colonos do norte tinha suas dificuldade em conquistar a mão-de-obra 
imprescindível para ao desenvolvimento da atividade florestal quanto os colonos do sul, da colônia 
Erianne Farias | UFPE 
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de São Vicente, tinham dificuldade em vender os escravos que abasteciam a atividade açucareira, 
pois esta região se encontrava empobrecida no século XVIII. 
As dificuldade em todas as atividades do Brasil colônia deram base para o assentamento 
da economia de subsistência e as atividades de trabalho, produtividade, direito, tudo foi reduzido 
ao ambiente local. 
 
 
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PARTE III – ECONOMIA ESCRAVISTA MINEIRA [SÉCULO XVIII] 
 
CAP 13 – POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS REGIÕES 
MERIDIONAIS 
 
• O declínio da empresa do açúcar e a baixa lucratividade das atividades secundarias como 
a agricultura tropical e a pecuária levaram Portugal a empreender na busca por metais 
preciosos para tirar tanto metrópole quanto colônia do empobrecimento. Para tanto o 
governo financiou e apoiou tecnicamente os sertanistas de Piratininga que já tinham 
conhecimento do interior do país. 
• A economia do ouro do século XVII incentivou um movimento espontâneo de migração 
europeia para a colônia, um ciclo diferente de tudo o que já havia ocorrido, desta vez os 
próprios imigrantes financiaram sua transferência almejando aproveitar a dinamicidade e 
as oportunidades da nova sociedade mineira que se formava. 
• Diferentemente da sociedade rural cunhada nas bases dos engenhos de açúcar, a 
sociedade mineira oferecia possibilidades e acesso aos trabalhadores livres e até mesmo 
a escravos. Havia trabalho escravo, mas este não constituía a maioria da mão-de-obra 
empregada na exploração de metais e ainda havia a possibilidade do escravo acumular 
uma parte de seu trabalho e comprar sua liberdade; 
• Aos homens livres era dada a possibilidade de ascensão econômica e social, 
contrariamente a indústria agrícola que somente ao dono de engenho era permitido 
expressão social e com a decadência da empresa agrícola a subclasse de trabalhadores 
livres se amontoavam ainda com menos aspiração de ascender. 
• Possibilidades dos homens livres: empreender nas lavras de grande escala, reduzido os 
recursos poderiam empreender em empresas menores de exploração, se ainda mais 
escasso seus recursos poderia trabalhar como faiscador e em pouco tempo ascender a 
posição de empresário. 
• A atividade mineradora é construída com base na efemeridade das lavras, diferentemente 
da atividade açucareira, a empresa mineradora estava organizada para se deslocar num 
curto espaço de tempopois o tempo de esgotamento das lavras era incerto. 
• A atividade do ouro e metais preciosos apresentava alta lucratividade em que os lucros 
eram investido na própria mineração. 
• Em contraste com a riqueza da atividade, a região mineira vivia sempre com baixo 
abastecimento de produtos de primeira necessidade, sendo a fome uma constante nessa 
região, o transporte de alimentos e animais para essa região interiorana era caro o que 
elevava os preços. 
• A pecuária do Sul ganhou novo impulso com a atividade das minas, houve uma 
valorização na demanda por carnes e couro o que foi sentida nos preços dos criadores do 
sul; Além disso, com a interiorização da economia na região mineira, que também era uma 
região montanhosa, criou-se um complexo sistema de transporte e a exigência de animais 
de carga, que também foi abastecido com a criação de mulas da região sul. 
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• Os animais do sul eram levados para São Paulo para serem comercializados para 
compradores de todas as regiões, assim a economia mineira permitiu a integração entre 
as diferentes partes do sul do país e a especialização entre elas, uma criava, outras 
engordavam o gado, outras distribuíam e outras formavam o mercado consumidor. O que 
uniu as regiões foi a demanda do centro dinâmico da economia mineira. 
 
CAP 14 - FLUXO DE RENDA 
 
• Havia possibilidade de se desenvolver uma atividade manufatureira na região mineradora, 
mas faltava conhecimento técnico e mão de obra especializada para se empreender, tanto 
na metrópole quanto na colônia; Furtado atribui a condição de se ter desenvolvido a 
indústria manufatureira no Brasil era preciso que se tivesse feito isto em Portugal no 
século XVIII, mas com a riqueza gerada para o país com o ouro brasileiro, os lusitanos 
tinham poucos incentivos a desenvolver outras industrias; 
• O ouro teve dois lados: em um possibilitou que houvesse condições de um 
desenvolvimento endógeno na colônia, no outro impediu o desenvolvimento de uma 
indústria manufatureira em Portugal que poderia ser transplantada para o Brasil, 
posteriormente; 
• Acordo de 1703 (Tratado de Methuen) 
- Portugal e Inglaterra; Portugal não poderia negociar com a França e retirar embargos 
aos produtos ingleses; 
- redução no efeito multiplicador do ouro na renda econômica de Portugal; 
- a demanda por manufaturas da colônia era atendida pela Inglaterra, sem efeito na renda 
de Portugal além de impostos; 
• Inglaterra beneficiada pela economia do ouro de Portugal: 
- investir no mercado inglês de manufaturas; 
- aumentar as reservas bancárias inglesas; 
• Sociedade Mineira: formada em sua maioria por homens livres, com maior iniciativa 
econômica e menos concentração de renda que a sociedade açucareira; No entanto, a 
atividade gerava uma renda médica e total menor, o trunfo desta atividade foi 
desconcentrar a renda; sociedade multifacetada com demandas diversas, poucas 
importações e grandes dispêndios em consumo corrente e poucos bens de luxo; 
população estava dispersa entra as regiões da serra da Mantiqueira em Minas até Cuiabá 
no Mato Grosso, mas concentrada em centros urbanos e semi-urbanos; 
 
CAP 15 – REGRESSÃO ECONOMICA E EXPANSÃO DA AREA DE 
SUBSISTÊNCIA 
 
• Economia com negócios temporários, devido a vida útil das minas; 
• Com o esgotamento das minas a economia entra em decadência; 
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• Empresas de ouro faliram e empresários perderam todas os ativos na esperança de ainda 
encontrar algum novo negócio de ouro, isto impediu que fosse investido em outra atividade 
econômica; 
• Havia mão de obra ociosa com a falência das empresas, mas como a base da empresa 
era de escravos não houve convulsões sociais; os homens livres se dedicaram a 
subsistência; 
• Os maiores prejuízos foram para quem investiu no comercio de escravos; 
• Os grupos de subsistência continuaram espalhados por regiões de difícil comunicação e 
grupos isolados dos outros; 
• Involução do sistema econômico: passa de um sistema de alta produtividade para a 
subsistência de forma rápida e completa;

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