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Modelos de Prática da TO

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BASES CONCEITUAIS: MODELOS DE PRÁTICA DA TERAPIA OCUPACIONAL
Os Modelos de Prática da Terapia Ocupacional 
Os métodos de intervenção para a prática da Terapia Ocupacional em têm origem em diferentes áreas; 
De forma que os métodos podem ser classificados de acordo com suas perspectivas da seguinte forma: 
Modelos na Perspectiva da Reabilitação; 
Modelos na Perspectiva das Teorias do Desenvolvimento; e 
Modelos na Perspectiva das Teorias de Aprendizagem*. 
Modelos na Perspectiva da Reabilitação 
•A reabilitação fornece às pessoas com deficiência às ferramentas que elas necessitam para alcançar a independência, autodeterminação, incluindo medidas para remediar a função ou para compensar a perda ou ausência de uma função ou limitação funcional (OMS, 2006). 
–Estrutura de Referência Reabilitativa; e 
–Estrutura de Referência Biomecânica. 
Estrutura de Referência Reabilitativa 
A Estrutura de Referência Reabilitativa é baseada principalmente em métodos adaptativos, como uso aparelhagem e adaptação do ambiente. O objetivo é de que mesmo na presença de uma deficiência o individuo possa desempenhar suas atividades funcionalmente. 
É um modelo que visa compensar a perda de uma função com o uso de adaptações, que podem ser direcionadas a pessoa e/ou ao ambiente. Por exemplo, como o uso de uma prótese e/ou uma rampa de acessibilidade. 
DUTTON (1995), citado por NEISTADT & CREPEAU (2002) identificou cinco pressupostos na Estrutura de Referência Reabilitativa: 
É utilizada quando a deficiência de uma pessoa não pode ser remediada, sendo a perda compensada através do uso de técnicas e estratégias de adaptação que buscam restaurar a independência; 
A busca da independência é afetada pelo nível de motivação; 
O ambiente em que a pessoa realiza suas atividades diárias influencia a sua motivação por independência; 
A reabilitação é um processo de ensino-aprendizagem. Logo, habilidades cognitivas são necessárias para aprendizagem e aplicação dos métodos de adaptação. A motivação faz com que a pessoa participe por completo no processo de ensino-aprendizagem; 
O raciocínio clínico dos profissionais da reabilitação observa primeiramente as capacidades funcionais do individuo, depois se desloca para o ambiente em que ele atua. Isto auxilia o profissional a pensar sobre os tipos de estratégias de adaptação que a pessoa necessita para usar suas habilidades. 
Estrutura de Referência Biomecânica 
É um modelo contemporâneo ao modelo da Estrutura de Referência Reabilitativa, mas existe uma diferença básica entre os dois modelos. No Modelo Biomecânico se busca remediar, recuperar, os problemas originados pela deficiência, enquanto no Modelo Reabilitativo, com foi visto, o objetivo é a adaptação para permitir a melhora do desempenho na atividade mesmo na presença da deficiência. 
Na prática é bastante comum que os dois modelos sejam utilizados na reabilitação da pessoa com deficiência, já que, em lesões do sistema nervoso central, a remediação total da função muitas vezes não é possível. 
Segundo DUTTON (1995) citado por NEISTADT & CREPEAU (2002) a estrutura de referência biomecânica tem quatro pressupostos básicos. 
Que a perda de amplitude de movimento, força e resistência podem ser melhoradas por meio de atividades selecionadas; 
Que a recuperação da amplitude de movimento, força e resistência, se praticadas dentro da atividade objetivo*, culminam automaticamente na recuperação funcional; 
Que após a lesão o corpo necessita repousar para se recuperar e cicatrizar, mas após o repouso as estruturas devem ser estressadas para recuperar força e resistência (princípio do repouso e estresse); 
Que pessoas com o sistema nervoso intacto têm melhores condições de recuperar-se por meio da estrutura de referência biomecânica, pois são capazes de realizar os movimentos de uma forma mais dirigida. 
Modelos na Perspectiva das Teorias do Desenvolvimento 
Nos modelos das teorias de desenvolvimento o objetivo de intervenção é o de alcançar um ponto de adaptação entre as necessidades e capacidades da criança e de cada membro do contexto familiar, onde devem ser considerados os fatores que podem facilitar a função incluindo aí o ambiente. 
Nessa perspectiva se originaram dois importantes modelos de prática: 
O modelo do Neurodesenvolvimento; 
O modelo de Integração Sensorial (IS). 
Modelo Neuroevolutivo 
•O modelo do neurodesenvolvimento está calçado basicamente sobre o Conceito Neuroevolutivo (BOBATH, 1990). Foi com base neste conceito que a intervenção terapêutica começou a se preocupar não somente com os fatores biomecânicos necessários para o desenvolvimento da criança, mas também com aspectos neurológicos do desenvolvimento (NEISTADT & CREPEAU, 2002). 
Três importantes aquisições são levadas em consideração no Conceito Neuroevolutivo. Primeiro, que o controle axial, ou seja, o controle da cabeça e do tronco são fundamentais para o controle dos membros. Segundo, que as reações automáticas de retificação e equilíbrio, são base para aquisição, manutenção e recuperação do equilíbrio físico corporal. E terceiro, que a dissociação dos membros, entre segmentos proximais como cintura escapular e pélvica, permitem o controle das mãos e pés. 
Existem cinco pressupostos básicos em relação ao Conceito Neuroevolutivo: 
A base da intervenção está na inibição de padrões compensatórios e na facilitação do movimento normal; 
Quando mais adequado o tônus muscular, maior a capacidade do paciente em controlar o movimento; 
Tônus muscular é a quantidade (ou grau) de tensão do músculo em repouso (EKMAN, 2000). 
Lesões no Neurônio Motor Superior produzem liberação, aumento do tônus muscular (hipertonia), enquanto lesões na região dos núcleos da base produzem movimentos involuntários e um tônus flutuante; 
A sensação (feedback sensorial) é a base para o aprendizado do movimento normal; 
O cérebro tem uma organização extremamente plástica, sendo capaz de se adaptar para a recuperação da função após uma lesão. 
Modelo de Integração Sensorial 
O método de IS tem três premissas básicas: 
1.Primeira: para que o individuo interaja eficientemente com o ambiente é necessário que ele integre seus sistemas de informação sensorial, especialmente o vestibular, tátil e proprioceptivo; 
2.Segunda: deficiências na organização e no processamento sensorial podem levar a problemas de aprendizagem cognitiva e motora, sendo que a IS pode fornecer uma base para o aprendizado e a regulação emocional; e 
3.Terceira: que as experiências sensoriais, quando ocorridas dentro de um contexto de atividades significativas, podem resultar em respostas adaptativas que fortaleçam a integração sensorial e consequentemente o aprendizado. 
Segundo NEISTADT&CREPEAU (2002), existem sete pressupostos importantes dentro do método de IS: 
A alimentação sensorial, se refere à importância da recepção da informação sensorial pelo indivíduo; 
A plasticidade neural se refere à capacidade do cérebro de se adaptar e responder as demandas do ambiente após uma lesão; 
A seqüência do desenvolvimento, onde o método IS segue a seqüência da maturação cerebral, na medida em que o SNC se organiza para dar repostas cada vez mais complexas aos estímulos do meio; 
A organização do SNC de forma Hierárquica e integrada; 
A convergência das modalidades sensoriais, onde a integração (convergência) de todos os sistemas sensoriais do indivíduo ocorre na formação reticular do cérebro e que tem influência generalizada sobre todo o restante do sistema nervoso; 
A resposta adaptativa que ocorre quando o indivíduo experimenta um estimulo sensorial desafiador para o seu cérebro e consegue dar uma resposta positiva que venha a contribuir para o desenvolvimento de sua integração sensorial; 
E o empenho individual, no qual a resposta ao estimulo sensorial está relacionado o envolvimento dele para com a atividade, sendo importante então que o estímulo esteja intimamente relacionado ao desejo do indivíduo.

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