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Brasília-DF. 
SuplementoS no eSporte
Elaboração
Dra. Marta Cecília Soli Alves Rochelle
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ..................................................................... 5
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7
UNIDADE ÚNICA
NUTRIÇÃO ESPORTIVA .......................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
SUPLEMENTOS NA ATIVIDADE FÍSICA ......................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE SUPLEMENTOS ....................................................................... 12
CAPÍTULO 3
CLASSIFICAÇÃO E COMPOSIÇÃO BIOQUÍMICA DOS SUPLEMENTOS ....................................... 14
CAPÍTULO 4
USO DOS SUPLEMENTOS DESPORTIVOS: PRÓS E CONTRAS PARA A SAÚDE E DESEMPENHO DE 
ATLETAS E DESPORTISTAS ........................................................................................................ 20
CAPÍTULO 5
OUTROS SUPLEMENTOS ......................................................................................................... 24
PARA (NÃO) FINALIZAR ...................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 32
ANEXO
ANVISA – RESOLUÇÃO NO 18/2010 – 28/4/2010 ................................................................................. 35
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
Introdução
Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer 
nutrientes, como carboidratos, gorduras ou ácidos graxos, proteínas ou aminoácidos, vitaminas e 
minerais, que podem estar faltando ou não podem ser consumidos em quantidade suficiente na 
dieta de uma pessoa.
Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e 
os auxiliadores ergogênicos.
Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são 
produtos práticos para ingestão durante atividade e podem servir como auxiliares no aumento 
do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles estão: as bebidas esportivas 
(com carboidratos e eletrólitos), os suplementos com alto teor de carboidratos (como os geis de 
maltodextrina), os multivitamínicos, vitamínicos, suplementos minerais, refeições líquidas e os 
suplementos à base de cálcio.
Por eliminação, o restante das sustâncias ingeridas de forma suplementar na alimentação seria 
considerado auxiliador ergogênico. Os suplementos dietéticos não promovem aumento de 
desempenho. O resultado melhor na performance seria uma consequência da capacidade em 
atender uma demanda nutricional, ou seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao 
suplemento, mas conseguiria manter-se em atividade mais tempo, por exemplo.
Já o auxiliador ergogênico teria a capacidade de aumentar a performance, fornecendo substâncias 
que fisiologicamente não fariam parte da demanda nutricional.
Outras classificações surgiram e alguns autores classificam todos os suplementos como sendo 
ergogênicos, porque de uma forma ou de outra eles auxiliam na performance. Na verdade, a grande 
diferenciação que se deve fazer é esta: existem substâncias que podem agir alterando processos 
metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos e existem produtos que simplesmente 
fornecem os nutrientes que normalmente viriam da alimentação de outra forma. É a linha que 
divide o que seria considerado suplementação nutricional do que se aproxima do dopping.
Dessa forma, quem consome suplementos e participa de eventos esportivos, deve estar atento para 
o conteúdo REAL do suplemento para não ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com 
atletas importantes, que foram condenadospor dopping e que depois se provou que a substância 
provinha de produtos comercializados como “suplementos alimentares”.
A ausência de recomendações nutricionais para atletas dos mais diversos esportes facilita a difusão 
de conceitos infundados em relação à necessidade da suplementação. Normalmente o consumo de 
suplementos é fomentado pela ideia de que é necessário compensar uma dieta inadequada, para 
atender um suposto aumento nas necessidades diárias imposto pelo treinamento ou pela vontade 
de ter um efeito sobre a performance.
8
Mas, na verdade, as carências nutricionais precisam de testes para ser identificadas. O aumento 
do consumo energético normalmente pode ser feito pela dieta e muitas vezes os conteúdos dos 
suplementos, como a proteína, já são abundantes na alimentação normal.
E a noção de melhorar a performance a custa do suplemento, quase sempre carece de evidência 
científica. Como alguns costumam dizer: existem dois tipos de suplementos para aumentar a 
performance: os que não funcionam e os que são proibidos.
Os suplementos podem e devem ser utilizados em treinos ou competições quando:
 » há uma dificuldade em ingerir as calorias suficientes para repor o que o atleta gasta 
durante o treino ou a competição;
 » deseja diminuir o bolo fecal para evitar evacuação durante a competição;
 » pretende fazer uma supercompensação com carboidratos e não existe abundância 
de alimentos ricos nesse nutriente ou as condições de higiene e preparo não são 
favoráveis;
 » existe a necessidade de recuração pós-esforço combinada com situações de falta de 
apetite ou de tempo para a recuperação;
 » o indivíduo passa por uma situação temporária de restrição alimentar;
 » competições e treinos longos necessitam do consumo de carboidratos para serem 
mantidos em níveis de volume e intensidade aceitáveis.
Objetivos
 » Fornecer conhecimentos atualizados sobre os diversos tipos e usos de suplementos 
alimentares.
 » Conhecer as funções específicas desses suplementos, os prós e contras para a saúde 
e para o desempenho de praticantes de atividades físicas.
 » Discutir a legislação brasileira sobre alimentos específicos para praticantes de 
atividades físicas.
 » Analisar a classificação dos suplementos alimentares e o posicionamentos sobre 
as últimas pesquisas, para os esportes de força e hipertrofia e para os esportes de 
resistência aeróbia.
9
UNIDADE ÚNICANUTRIÇÃO 
ESPORTIVA
CAPÍTULO 1
Suplementos na atividade física
O desempenho ou performance de um atleta ou desportista está na relação direta de vários fatores 
como:
 » treinamento;
 » genética;
 » alimentação;
 » condições psicológicas;
 » outras condições de operacionalização.
Somente alguns recursos ergogênicos podem otimizar, melhorar ou contribuir para o incremento 
(pois o potencial já existe ou não no indivíduo) da performance, da massa muscular, da energia para 
o músculo ou da taxa de produção de energia no músculo.
Suplementos para atletas e desportistas estão ainda em fase de estudo, com pouco, nenhum ou 
controverso embasamento científico (WILLIANS, 2004).
Suplementos alimentares são produtos acrescidos à dieta que contêm vitaminas, minerais, 
aminoácidos, proteínas, metabólicos, carboidratos, lipídios e ácidos graxos, isolados ou combinados 
(WILLIANS, 2004). 
Os suplementos para praticantes de exercícios físicos também são compostos por nutrientes ou pela 
sua associação, utilizados com o objetivo de melhorar a saúde, atender às demandas de nutrientes 
aumentadas pelo esforço físico e compensar hábitos alimentares inadequados (KREIDER et al., 
2004).
Segundo Hernandez et al. (2009), é crescente o uso de suplementos alimentares e drogas com 
finalidades ergogênicas entre praticantes de exercícios e atletas, principalmente com o objetivo de 
modificação estética ou melhora do desempenho (OLIVEIRA et al., 2006).
10
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
Entre essas substâncias, destacam-se os suplementos específicos para praticantes de 
exercício, por seu elevado consumo em diversas regiões do Brasil, assim como nos 
Estados Unidos e em países da Europa e da Ásia, o que pode estar substancialmente 
relacionado à ausência de uma legislação rigorosa que regule sua comercialização, 
além da imensa e constante oferta de produtos que prometem efeitos imediatos e 
eficazes por parte das indústrias (CALEE; FADALE, 2006).
A classificação dos suplementos alimentares é ampla e inconsistente, principalmente por não haver 
uniformidade quanto ao fator em que se deve basear tal classificação (MAUGHAN et al., 2004). 
Podem ser classificados de acordo com o nutriente (carboidratos, proteínas, multivitamínicos) ou 
de acordo com a função exercida (emagrecedores, anticatabólicos).
No Brasil, a legislação que classificava os suplementos para praticantes de exercícios físicos era a 
Portaria no 222/1998, que passou a identificá-los como “Alimentos para Praticantes de Atividades 
Físicas”, além de estabelecer a identidade e características mínimas para cinco categorias de 
suplementos (repositores hidroeletrolíticos, repositores energéticos, alimentos proteicos, alimentos 
compensadores e aminoácidos de cadeia ramificada – ACR) (Portaria SVS/MS no 222, de 24 de 
março de 1998).
Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), propôs modificação na classificação 
com o objetivo de incluir três novos grupos, além de excluir os ACR (Consulta Pública SVS/MS 
no 60, de 14 de novembro de 2008). Com algumas modificações, a proposta foi oficializada após 
publicação da Resolução no 18/2010, passando a identificar os suplementos como “Alimentos para 
Atletas”, classificando-os em seis grupos (hidroeletrolíticos para atletas, energéticos para atletas, 
proteicos para atletas, para substituição parcial de refeições de atletas, creatina para atletas e cafeína 
para atletas). Contudo, tais alterações só chegarão ao mercado em 2012.
Diferentemente de outros países, no Brasil são excluídos dos Alimentos para Praticantes de 
Atividades Físicas produtos que contenham substâncias estimulantes, hormônios, seus precursores 
e outras substâncias consideradas doping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), produtos 
fitoterápicos e formulações à base de aminoácidos isolados, com exceção dos ACR. Além de não 
serem permitidas, nos rótulos e na divulgação dos produtos, expressões como: anabolizantes, 
body building, hipertrofia muscular, “queima de gordura”, fat burners, aumento da 
capacidade sexual ou equivalente.
Segundo Carvalho et al.(2003), tem ocorrido uma verdadeira difusão de suplementos com estas 
características no mercado brasileiro, alguns dos quais geram controvérsias, visto que são produtos 
erroneamente classificados como suplementos alimentares.
Adicionado a isso, pesquisadores têm evidenciado a inadequabilidade desses produtos à 
legislação quanto a sua rotulagem, composição, comercialização, classificação em categorias e, 
consequentemente, efeitos fisiológicos esperados.
Nesse sentido, Barbosa (2002) analisou 305 rótulos de alimentos para praticantes de atividades 
físicas, produzidos por 40 empresas nacionais e internacionais, detectando que 56,4% dos rótulos 
11
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
analisados estavam inadequados à legislação em função da presença de informações ilegais, 
insuficiência de informações sobre os ingredientes, recomendação de uso, dados do fabricante, 
número de registro, valor nutricional e conteúdo líquido.
No que diz respeito à composição dos suplementos, segundo Geyer et al.(2003), Shanzer(2001), 
Kamber et al.(2001) e Baume et al.(2006), uma parte dos suplementos contém esteroides anabólicos 
e/ou seus precursores, o que evidencia problemas ainda mais graves como o risco de efeitos colaterais 
prejudiciais à saúde, doping não intencional e crime contraos direitos do consumidor.
Aliada à falta de orientação e de acompanhamento adequado, a inadequabilidade da composição 
e da classificação dos suplementos à legislação pode acarretar consequências como crenças em 
características equivocadas dos produtos; frustração das expectativas dos consumidores; eventuais 
prejuízos à saúde; e, ainda, a responsabilização do profissional que prescreveu o produto por um 
dano não esperado, como ewaultado da ingestão de substâncias não informadas entre os ingredientes 
(BRAUN et al., 2009).
12
CAPÍTULO 2
Legislação brasileira sobre suplementos
Em 2008, a Anvisa propôs modificação na classificação com a finalidade de incluir três novos grupos, 
além de excluir os ACRs. Com algumas modificações, a proposta foi oficializada após a publicação 
da Resolução no 18/2010, passando a identificar os suplementos como “Alimentos para Atletas”. 
Consideram-se atletas os praticantes de exercício físico com especialização e desempenho máximos, 
com o objetivo de participação em esporte que tenha esforço muscular intenso.
Esses alimentos foram classificados em seis grupos.
1. Repositores hidroeletrolíticos para atletas: produtos destinados a auxiliar a 
hidratação.
2. Repositores energéticos/compensadores para atletas (mínimo de 90% CHO): 
produtos destinados a complementar as necessidades energéticas.
 
13
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
3. Repositores proteicos para atletas (com até 50% de proteínas e 65% de Alto Valor 
Biológico): produtos destinados a complementar as necessidades proteicas.
4. Substituição parcial de refeições de atletas: produtos destinados a complementar 
as refeições de atletas em situações nas quais o acesso a alimentos que compõem a 
alimentação habitual seja restrito.
5. Creatina para atletas: produto destinado a complementar os estoques endógenos 
de creatina.
6. Cafeína para atletas: produto destinado a aumentar a resistência aeróbia em 
exercícios físicos de longa duração.
14
CAPÍTULO 3
Classificação e composição 
bioquímica dos suplementos
Os suplementos hidroeletrolíticos para atletas 
devem atender aos seguintes requisitos:
 » a concentração de sódio no produto pronto para consumo deve estar entre 460 e 
1.150 mg/l, devendo ser utilizados sais inorgânicos para fins alimentícios como 
fonte de sódio;
 » a osmolalidade do produto pronto para consumo deve ser inferior a 330 mOsm/kg 
água;
 » “isotônico” para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade entre 270 
e 330 mOsm/kg água;
 » “hipotônico” para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade abaixo de 
270 mOsm/kg água;
 » os carboidratos podem constituir até 8% (m/v) do produto pronto para consumo e 
não pode ser adicionado de amidos e polióis;
 » ainda quanto aos carboidratos, o teor de frutose, quando adicionada, não pode ser 
superior a 3% (m/v) do produto pronto para o consumo;
 » o produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento 
Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;
 » o produto pode ser adicionado de potássio em até 700 mg/l;
 » o produto não pode ser adicionado de outros nutrientes e não nutrientes;
 » o produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.
Os suplementos energéticos para atletas 
devem atender aos seguintes requisitos:
 » o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 75% do valor energético 
total proveniente dos carboidratos;
15
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
 » a quantidade de carboidratos deve ser de, no mínimo, 15 g na porção do produto 
pronto para consumo;
 » este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento 
Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;
 » este produto pode conter lipídios, proteínas intactas e/ou parcialmente hidrolisadas;
 » este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.
Os suplementos proteicos para atletas devem 
atender aos seguintes requisitos:
 » o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 10 g de proteína na porção;
 » o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50% do valor energético 
total proveniente das proteínas, e a composição proteica do produto deve apresentar 
PDCAAS acima de 0,9;
 » a determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia de avaliação 
recomendada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação/
Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO).
 » lembrando que PDCAAS (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score) 
significa escore aminoacídico corrigido pela digestibilidade da proteína, para a 
determinação de sua qualidade biológica;
 » este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento 
Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;
 » este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.
Os suplementos para substituição parcial 
de refeições de atletas devem conter 
concentrações variadas de macronutrientes, 
obedecendo aos seguintes requisitos:
 » a quantidade de carboidratos deve corresponder a 50-70% do valor energético total 
do produto pronto para consumo;
 » a quantidade de proteínas deve corresponder a 13-20% do valor energético total do 
produto pronto para consumo, e a composição proteica do produto deve apresentar 
PDCAAS acima de 0,9;
16
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
 » lembrando que a determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia 
de avaliação recomendada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e 
Alimentação/Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO);
 » a quantidade de lipídios deve corresponder, no máximo, a 30% do valor energético 
total do produto pronto para consumo;
 » os teores de gorduras saturadas e gorduras trans não podem ultrapassar 10% e 1% 
do valor energético total, respectivamente;
 » este produto deve fornecer, no mínimo, 300 kcal por porção;
 » este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento 
Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;
 » este produto pode ser adicionado de fibras alimentares.
Os suplementos de creatina para atletas 
devem atender aos seguintes requisitos:
 » o produto pronto para consumo deve conter de 1,5 a 3 g de creatina na porção;
 » deve ser utilizada na formulação do produto creatina monoidratada com grau de 
pureza mínima de 99,9%;
 » este produto pode ser adicionado de carboidratos;
 » este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.
Os suplementos de cafeína para atletas 
devem atender aos seguintes requisitos:
 » o produto deve fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção;
 » deve ser utilizada na formulação do produto cafeína com teor mínimo de 98,5% de 
1,3,7-trimetilxantina, calculada sobre a base anidra;
 » o produto não pode ser adicionado de nutrientes e de outros não nutrientes.
Observações: 
a. Na Resolução no 18/2010, fica claro que outras substâncias podem ser autorizadas 
pela Anvisa desde que a segurança de uso, conforme Regulamento Técnico específico, 
e a eficácia da finalidade de uso para atendimento das necessidades nutricionais 
específicas e de desempenho no exercício sejam cientificamente comprovadas.
17
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
b. Todos esses alimentos para de atletas que trata a Resolução no 18/2010 podem ser 
comercializados em diferentes formas de apresentação, como tablete, comprimido, 
pó, gel, líquido, cápsula, barra, entre outras, desde que atendam aos requisitos 
específicos estabelecidos para cada categoria mencionada.
c. Os aminoácidos de cadeia ramificada ficam temporariamente dispensados 
da obrigatoriedade de registro, e podem ser comercializados, enquanto não 
contemplados em regulamentação específica, obedecidos os seguintes requisitos:
 › cumpriros procedimentos previstos na Resolução no 23, de 15 de março de 2000, 
e suas atualizações para produtos dispensados de registro;
 › não serem indicados para atletas e não conter indicação de uso para atletas na 
designação, na rotulagem qualquer que seja o material promocional do produto;
 › utilizar a designação Aminoácidos de Cadeia Ramificada.
Requisitos gerais dos suplementos para atletas:
 » os produtos devem atender aos Regulamentos Técnicos e a outras normas 
pertinentes de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de fabricação;
 › de contaminantes;
 › de características macroscópicas, microscópicas e microbiológicas;
 › de rotulagem geral de alimentos embalados;
 › de rotulagem nutricional de alimentos embalados;
 › de embalagens e equipamentos;
 › de informação nutricional complementar, quando houver.
 » é permitido o uso dos aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia previstos 
para os alimentos similares quanto à composição e à forma de apresentação, desde 
que atendam às restrições e às exigências constantes nos Regulamentos Técnicos 
pertinentes e não alterem a finalidade do produto;
 » os ingredientes utilizados devem ser seguros para o consumo humano. A adição 
de ingredientes que não são utilizados tradicionalmente como alimento pode ser 
autorizada, desde que seja comprovada a segurança de uso em atendimento a 
Regulamento Técnico específico;
18
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
 » suplementos de vitaminas e minerais isolados – somente doses de 25 a 100% da 
DRI;
 » todos os produtos previstos nessa Resolução podem ser comercializados em 
conjunto, desde que atendam aos requisitos de designação, específicos, gerais e de 
rotulagem constantes do regulamento da Anvisa;
 » os produtos abrangidos por essa Resolução somente podem ser vendidos em 
unidades pré-embaladas na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor;
 » para atendimento aos requisitos específicos previstos de cada categoria de 
suplemento, devem ser considerados os ingredientes provenientes do produto 
exposto à venda, sem considerar os nutrientes contidos nos ingredientes utilizados 
na preparação, quando for o caso;
 » as empresas devem dispor da documentação referente ao atendimento dos requisitos 
previstos neste regulamento para consulta da autoridade competente.
Normas de rotulagem de suplementos
 » O tamanho da fonte utilizada para designação do produto deve ser, no mínimo, 1/3 
do tamanho da fonte utilizada na marca.
 » Nos rótulos de todos os produtos previstos nessa resolução, deve constar a seguinte 
frase em destaque e negrito: “Este produto não substitui uma alimentação 
equilibrada e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou 
médico”.
 » Adicionalmente, nos rótulos de suplementos hidroeletrolíticos para atletas, podem 
constar as expressões:
 › “isotônico”, para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade entre 
270 e 330 mOsm/kg água;
 › “hipotônico”, para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade 
abaixo de 270 mOsm/kg água.
 » Adicionalmente, nos rótulos de suplementos de creatina para atletas, devem constar 
as seguintes advertências em destaque e negrito:
 › “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à saúde”;
 › “Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e 
portadores de enfermidades”.
 » A quantidade de creatina na porção deve ser declarada no rótulo do produto.
19
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
 » Adicionalmente, nos rótulos de suplementos de cafeína para atletas, deve constar 
a advertência em destaque e negrito: “Este produto não deve ser consumido 
por crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades”.
 » A quantidade de cafeína na porção deve ser declarada no rótulo do produto.
 » A rotulagem nutricional deve atender ao disposto em Regulamento Técnico 
específico com base na porção definida pelo fabricante.
 » Na rotulagem dos produtos comercializados em conjunto, devem constar:
 › a designação de cada produto, conforme as classificações individuais previstas 
no art. 4o, de acordo com os produtos que os compõem;
 › a lista de ingredientes de cada produto;
 › o número de registro de cada produto;
 › o prazo de validade correspondente ao do produto com menor prazo;
 › a informação nutricional de cada produto.
 » Nos rótulos dos produtos não podem constar:
 › imagens e/ou expressões que induzam o consumidor a engano quanto a 
propriedades e/ou efeitos que não possuam ou não possam ser demonstrados, 
referentes a perda e ganho de peso ou definição de massa muscular e similares;
 › imagens e/ou expressões que façam referências a hormônios e outras substâncias 
farmacológicas e/ou do metabolismo;
 › as expressões: “anabolizantes”, “hipertrofia muscular”, “massa muscular”, 
“queima de gorduras”, “fat burners”, “aumento da capacidade sexual”, 
“anticatabólico”, “anabólico”, equivalentes ou similares.
20
CAPÍTULO 4
Uso dos suplementos desportivos: prós 
e contras para a saúde e desempenho 
de atletas e desportistas
Será possível obter ganhos adicionais no desempenho, por meio do consumo de 
suplementos esportivos?
Há séculos, os atletas e desportistas buscam substâncias ou artifícios para melhorar 
seu desempenho físico. Essas substâncias são chamadas de ergogênicas, ou 
ergogênicos nutricionais. O que essa palavra significa?
 » Ergon = trabalho
 » Gennan = produzir
Cafeína – era doping. Liberada pelo Comitê 
Olímpico Internacional (COI) a partir de 2007, 
e no Brasil a partir da Resolução no 18 da 
Anvisa de abril e de 2010.
 » O produto deve fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção.
 » Suplementação de 2,0 – 6,0 mg/kg de peso/dia.
 
Ex.: Atleta de 70 kg= de 140 a 420 mg/dia máximo.
1 xícara grande de café (150ml) tem 103 mg de cafeína.
21
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
1 lata de Coca-Cola tem 45 mg.
1 barra de chocolate tem de 5 a 35 mg.
Cuidados com efeitos colaterais: taquicardia (maior frequência cardíaca), 
sudorese, dependência, desconforto gastrointestinal, insônia, cefaleia, 
ansiedade, desidratação, tremores (doses acima de 15 mg/kg.
Efeitos positivos esperados: alívio da fadiga, melhor desempenho. 
Creatina 
A produção e a venda foram autorizadas no Brasil pela Anvisa, a partir da Resolução no 18, de abril 
de 2010.
 » A creatina foi descoberta antes de 1830 pelo químico francês Michel Chevreul.
 » Em 1847, o químico alemão, Justus von Liebig, descobriu que a creatina estava 
presente na carne e teria efeitos no desempenho muscular.
 » Em 1970, ela foi utilizada como agente ergogênico pelos estados soviéticos e pelo 
bloco oriental.
 » Em 1990, iniciaram-se os estudos nos Estados Unidos e na Inglaterra.
 » A International Society of Sports tem uma posição padrão: “Creatina monoidratada 
é o mais efetivo suplemento nutricional ergogênico de forma geral, disponível para 
atletas em termos de aumento da capacidade de exercícios de alta intensidade e 
aumento de massa magra durante treinamento” (JSSN, 2007).
 » Melhora a potência e a resistência aeróbia, aprimorando a performance de 
atividades aeróbias em movimentos específicos de alta intensidade. Contribui para 
redução de gordura.
Ex.: Sprints múltiplos numa atividade de ciclismo, velocistas de natação. 
 » A creatina aumenta a fibra tipo II, que aumenta a força, por causar hipertrofia.
 
22
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
 » A creatina aumenta a proteína contrátil (cadeia pesada de miosina).
 » Os produtos prontos para consumo que têm creatina devem conter de 1,5 a 3 g de 
creatina na porção.
 » É necessário aumentar carboidratos e proteínas (dentro de limites adequados) para 
ajudar na retenção da creatina.
Suplementação recomendada: 0,03g/kg de peso/dia paraatletas, desde 
que não ultrapasse 3g/dia – “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode 
ser prejudicial à saúde” (Anvisa, Resolução no 18, de abril de 2010).
 » Alguns estudos sugerem que o uso de creatina deve ser descontinuado por um mês 
a cada dois meses de uso.
Whey Protein
Whey Protein é uma proteína do soro do leite, rica em beta-lactoglobulinas e alfa-lactoalbuminas. 
Foi desenvolvido na Dinamarca e possui alto valor biológico em proteínas, isto é, possui todos os 
aminoácidos essenciais e em proporção adequada.
Entre esses aminoácidos, estão os de cadeia ramificada, chamados de BCAA (Branched Chain 
Amino Acids), dos quais o Whey Protein é uma boa fonte.
Como suplementos proteicos para atletas, esse produtos devem conter, no mínimo, 10 g de proteína 
na porção, e o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50% do valor energético total 
proveniente das proteínas. 
A prescrição desses suplementos proteicos deve fazer parte da somatória de proteínas a ser ingerida 
diariamente pelos praticantes de atividade física e, mesmo com a inclusão desses suplementos 
proteicos, a quantidade final total não contraria a quantidade máxima recomendada por dia para os 
diferentes tipos de atletas.
a. Atletas de endurance: de 1,2 a 1,6g/kg/dia.
b. Atletas de força e hipertrofia: de 1,6 a 1,8g/kg/dia, chegando a um máximo de 2,0g/
kg/dia, considerando-se a utilização proteica líquida.
c. Desportistas recreativos: de 0,8 a 1,2 g/kg/dia.
Suplementação de Whey Protein = 20 a 30 g/dia, somente em dias de treinamento 
ou provas, e sempre acompanhado do cálculo de gramas de proteínas máximas por 
quilo de peso, por dia.
23
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
Os vários tipos de Whey Protein são boas fontes de proteínas, como já dito, e possuem 
pouca ou nenhuma quantidade de gordura e carboidrato. Aumentam a massa 
magra, melhoram a síntese proteica muscular em exercícios de resistência sobre a 
força, além de reduzirem o desgaste físico. Em recentes estudos, a associação de 
Whey Protein com carboidrato/creatina mostrou-se ainda mais eficaz. 
24
CAPÍTULO 5
Outros suplementos
Abaixo, outros suplementos que você precisa saber um pouco mais, para compreender as verdades 
e mentiras desses produtos tão populares no meio esportivo.
Glutamina
A glutamina é o aminoácido mais abundante no sangue e nos tecidos, principalmente nos músculos. 
Em humanos, a glutamina representa cerca de 20% do total dos aminoácidos. Não é considerado um 
aminoácido essencial, porque pode ser sintetizado pelo organismo. Portanto, em algumas condições 
como esforço físico intenso, a concentração intracelular e plasmática desse aminoácido diminui em 
até 50%. 
Assim, quando a demanda é maior que a produção, estabelece-se um quadro de deficiência de 
glutamina.
Glutamina x exercício
A primeira evidência de que a glutamina possui propriedades metabólicas importantes surgiu dos 
trabalhos desenvolvidos por Eagle, em 1955, que demonstrou a importância para o crescimento e a 
manutenção das células.
Durante o exercício físico, ocorrem estimulação e resposta imediata do metabolismo energético 
muscular, variando de acordo com a intensidade e a duração do esforço. O treinamento, por sua vez, 
também provoca adaptações, que são mais ou menos duradouras, dependendo dos mecanismos 
envolvidos. A intensidade e a duração do exercício são determinantes para a utilização da glicose, 
dos ácidos graxos ou aminoácidos, sendo o consumo da glicose e a produção de ácido lático 
predominantes. Já para os exercícios de longa duração e intensidade leve ou moderada são utilizados 
também os ácidos graxos e aminoácidos.
Os aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina) são, juntamente com a glutamina, 
os mais abundantes no tecido muscular e os mais importantes energeticamente. No papel modulador 
na síntese proteica, a glutamina parece estar relacionada à regulação metabólica desempenhada 
pelo estado de hidratação celular, promovida pela entrada do aminoácido na célula, que serviria 
como um estímulo para a síntese e/ou inibição da degradação proteica e do glicogênio muscular, 
resultando em maior hipertrofia muscular.
Função imune
Treinamentos intensos e exercícios prolongados, associados com períodos de recuperação 
insuficientes, são frequentemente relacionados à depressão da função imune e à maior incidência 
25
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
de infecções das vias respiratórias. Isso ocorre devido ao fato de que os exercícios mencionados 
provocam diminuição na concentração plasmática de glutamina, não apenas durante o exercício, 
mas também por várias horas e até mesmo dias, durante a recuperação, pois o estresse induzido 
pelo exercício parece ser o fator de desequilíbrio entre produção/liberação e captação/utilização da 
glutamina.
Em condições normais, a glutamina é produzida e liberada pelos músculos em quantidades 
excedentes àquelas utilizadas pelos linfócitos. Contudo, o treinamento pode induzir alterações no 
processo de síntese de glutamina nos músculos esqueléticos, diminuindo a disponibilidade desse 
aminoácido para as células do sistema imune, podendo provocar imunodepressão e tornando os 
atletas mais susceptíveis a processos infecciosos. O que pode ocorrer com esse processo é a alteração 
de alguns hormônios, como adrenalina, cortisol, hormônio do crescimento e b-endorfina.
Suplementação
Atualmente, pesquisam-se algumas alternativas de suplementação antes, durante e após o exercício, 
a fim de reverter a diminuição da concentração de glutamina que ocorre depois do esforço físico. 
Porém, a efetividade da suplementação com a glutamina pode ser questionada, pois 50% dela pode 
ser sintetizada pelo próprio organismo. Além disso faltam estudos que comprovem sua verdadeira 
eficácia.
Ácido Linoleico Conjugado (CLA)
O Ácido Linoleico Conjugado (CLA) refere-se a uma mistura de isômeros do ácido linoleico (18:2 
n-6), em que as duplas ligações são conjugadas em vez de existirem na configuração interrompida 
metilênica típica (MOURÃO et al., 2005). 
O CLA foi descoberto na década de 1970, e, desde então, vem sendo estudado de forma constante e 
exaustiva quanto às suas supostas propriedades benéficas à saúde, em especial a redução da gordura 
corporal, o que tem sido associado ao controle das doenças crônicas degenerativas (SANTO-ZAGO; 
BOTELHO; OLIVEIRA, 2008). 
Ele é naturalmente encontrado em alimentos como carnes bovinas e de demais animais ruminantes 
(PARIZA; PARK; COOK, 2001), além de aves, ovos e leite e seus derivados, como queijos e iogurtes, 
desde que tenham sofrido algum tratamento térmico. Gorduras vegetais não são fontes significativas 
de CLA. No entanto, este pode ser produzido a partir do ácido linoleico encontrado no óleo de 
girassol, por um tratamento tecnológico especial. O CLA foi originalmente encontrado na gordura 
presente no leite, sob a forma de triglicerídeos e fosfolipídios. Há fortes evidências de que o leite 
humano seja uma fonte importante de CLA (HENDLER, 2001). 
O CLA não pode ser produzido pelo organismo humano e, apesar de estar presente em muitos 
alimentos, diversos fatores ambientais e relacionados ao estilo de vida podem bloquear, com 
facilidade, a enzima que transforma esse ácido graxo na sua forma biologicamente ativa (SMEDMAN; 
VESSBY, 2001). Em virtude disso, pesquisadores estão estudando diversas estratégias para 
26
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
aumentar, de forma natural, a concentração de CLA em alimentos, entre elas, a modificação da 
ração de vacas com suplementação de ácidos graxos insaturados.
Estudos
O consumo de CLA vem sendo atualmente relacionado a efeitos anticarcinogênicos (LEE et al., 
2005), antiaterogênicos e, para os indivíduos fisicamente ativos e atletas,agiria sobre a composição 
corporal, reduzindo o percentual de gordura e contribuindo para o aumento da massa magra. No 
entanto, essas ações do CLA vêm sendo estudadas, sobretudo em pesquisas experimentais com 
animais. São poucos, na realidade, os estudos com humanos.
Há muitas controvérsias a respeito da suplementação de CLA, em razão dos diferentes efeitos 
fisiológicos citados por várias pesquisas (BOTELHO; SANTOS-ZAGO; REIS et al., 2005). 
O primeiro estudo duplo-cego placebo-controlado com suplementação de CLA em humanos 
(indivíduos normolipidêmicos) para investigar o efeito do CLA no metabolismo de lipoproteínas foi 
publicado em 2001 (NOONE et al., 2001). O efeito da suplementação (3 g/d), durante 8 semanas, 
com misturas isoméricas de CLA em diferentes proporções (50:50 ou 80:20) dos isômeros 9c,11t 
e 10t,12c em sujeitos normolipêmicos, resultou na observação de que a mistura isomérica 50:50 
reduziu significativamente as concentrações de triacilgliceróis (-20%), enquanto que, para a mistura 
80:20, não foi observado nenhum efeito. Novamente foi indicado o isômero 10t,12c como redutor 
dos níveis de lipídios. A concentração plasmática de triacilgliceróis tem sido identificada como 
um fator de risco para as doenças cardiovasculares (YANAGITA; NAGAO, 2008) e um importante 
contribuinte para a aterotrombose (CICHOSZ, 2007). 
Um estudo randomizado feito por Norris et al., com mulheres pós-menopausa, obesas e diabéticas 
tipo 2, observou que a suplementação de CLA durante 16 semanas obteve resultados benéficos, 
sendo que houve diminuição do peso corporal, IMC, percentual de gordura e ainda houve melhora 
no controle glicêmico das mulheres (NORRIS et al., 2009). 
Outro estudo feito com 53 indivíduos saudáveis observou que aqueles que consumiram 4,2 g de CLA 
por dia obtiveram redução de 3,8% de gordura, comparado com os indivíduos que não consumiram 
o CLA (SMEDMAN; VESSBY, 2001).
Entretanto, apesar de alguns estudos demonstrarem resultados benéficos, outros têm demonstrado 
efeitos contrários. Uma série de estudos experimentais feitos em animais e estudos de revisão 
têm mostrado que a suplementação de CLA pode levar ao aumento do fígado, esteatose hepática, 
hiperinsulinemia e diminuição dos níveis séricos de leptina (WEST et al., 1998; DELANY et al., 
1999; TSUBOYAMA-KASAOKA et al., 2000; KELLY, 2001; POIRIER et al., 2005).
Assim, são necessárias mais pesquisas para elucidar a ação sobre a composição corporal e sobre os 
demais efeitos associados à suplementação de CLA. Vale lembrar que a Anvisa, desde 2007, com o 
intuito de proteger e promover a saúde da população, proibiu a comercialização do CLA no Brasil, 
até que os requisitos legais que exigem a comprovação de sua segurança de uso, seus mecanismos 
de ação e sua eficácia sejam atendidos (ANVISA, 2007). 
27
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
Aminoácidos de cadeia ramificada = BCAA 
(Branched Chain Amino Acids)
Há muito tempo, os aminoácidos de cadeia ramificada têm sido utilizados na nutrição clínica 
no tratamento de uma série de patologias. Hoje, muito se discute sobre seus possíveis efeitos 
ergogênicos destes na atividade física, bem como seus diferentes mecanismos de ação fisiológica.
Os aminoácidos de cadeia ramificada, popularmente conhecidos como BCAAs, sigla derivada de sua 
designação em inglês Branched Chain Amino Acids, compreendem três aminoácidos essenciais: 
leucina, isoleucina e valina, encontrados, sobretudo, em fontes proteicas de origem animal 
(HENDLER & RORVIK, 2001). Apesar de esses aminoácidos não serem considerados a principal 
fonte de energia para o processo de contração muscular, sabe-se que atuam como importante fonte 
de energia muscular durante o estresse metabólico. Neste contexto, estudos têm mostrado que 
nestas situações a administração de BCAAs, particularmente a leucina, poderia estimular a síntese 
proteica e diminuir o catabolismo proteico muscular (BLOMSTRAND & SALTIN, 2001). Além dos 
possíveis efeitos ergogênicos no metabolismo proteico muscular, outros são sugeridos: retardar a 
ocorrência de fadiga central (NEWSHOLME & BLOMSTRAND, 2006), aumentar o rendimento 
esportivo (MADSEN et al., 1996), poupar os estoques de glicogênio muscular e aumentar os níveis 
plasmáticos de glutamina após o exercício intenso (BLOMSTRAND & SALTIN, 2001).
BCAA e síntese proteica muscular
Estudos com suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada demonstram que essa estratégia 
nutricional pode ser efetiva na promoção do anabolismo proteico muscular e na diminuição da lesão 
muscular pós-exercício. No processo de síntese proteica muscular, destaca-se, entre os aminoácidos 
de cadeia ramificada, a leucina, que induz a estimulação da fosforilação de proteínas envolvidas 
no processo de iniciação da tradução do RNA mensageiro, o que, desse modo, contribui para a 
estimulação da síntese proteica (ROGERO & TIRAPEGUI, 2007).
Cabe ressaltar que a administração oral de leucina produz um ligeiro e transitório aumento na 
concentração de insulina plasmática, fato este que também estimula a síntese proteica (ROGERO & 
TIRAPEGUI, 2007).
BCAA e fadiga central
A fadiga decorrente do exercício físico é um fenômeno complexo cujas causas parecem depender do 
tipo, da intensidade e da duração do exercício (FITTS, 1994). Para efeito de discussão, a fadiga pode 
ser definida como um conjunto de manifestações produzidas por trabalho ou exercício prolongado, 
que tem como consequência redução ou prejuízo na capacidade funcional de manter ou continuar o 
rendimento esperado (ROSSI & TIRAPEGUI, 2000). Na fadiga central, os mecanismos relacionados 
à ocorrência seriam a hipoglicemia e a alteração plasmática na concentração de aminoácidos de 
cadeia ramificada e triptofano (NEWSHOLME & BLOMSTRAND, 2006).
28
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
O triptofano é um aminoácido essencial, tanto para homens quanto para animais. Entre suas 
diversas funções, está a de precursor do neurotransmissor serotonina, o que influencia no sono, no 
comportamento, na fadiga, na ingestão alimentar etc. O triptofano pode ser encontrado na corrente 
sanguínea na forma livre (10%) ou ligado a proteínas transportadoras (90%). Em exercícios de 
longa duração, o organismo passa a utilizar os lipídeos como fonte de energia, fazendo com que 
o triptofano possa circular em grande quantidade na forma livre pela corrente sanguínea. Assim, 
quando existe grande quantidade circulante deste aminoácido, possivelmente ocorre maior síntese 
do neurotransmissor serotonina, um dos grandes responsáveis pela ocorrência da fadiga central. 
A suplementação de BCAAs tem sido sugerida na hipótese de competir com o triptofano livre 
na corrente sanguínea, diminuindo, desse modo, a síntese de serotonina e, consequentemente, 
prevenindo a ocorrência de fadiga central (ROSSI & TIRAPEGUI, 2004).
Outras evidências
Não há evidências de que a suplementação com BCAAs exerça efeito significativo sobre o rendimento 
físico e o metabolismo de carboidratos, uma vez que os resultados dos estudos são conflitantes. Em 
contraste, foi verificado que a suplementação com BCAAs promove aumento significativo nos níveis 
plasmáticos de glutamina no período de recuperação (pós-exercício), que servem de substrato 
para a síntese deste aminoácido (BLOMSTRAND et al., 1995). Parece não haver necessidade para 
a ingestão de BCAAs, antes e durante o exercício, como estratégia para melhorar o desempenho 
esportivo. Contudo, a ingestão de aminoácidos, em particular de BCAAs, pode trazer benefícios 
de outra natureza, tais como a redução do catabolismo proteico durante o esforço e/ou durante a 
recuperação.
O uso de BCAAs é considerado ético. Os principais efeitos adversos relatados com o uso do 
suplemento, especificamente com altas doses, são: desconforto gastrintestinal,como diarreia, a e 
comprometimento da absorção de outros aminoácidos (WILLIAMS, 1998). 
A Anvisa, por meio da Resolução no 18, de abril de 2010, assim decide.
Os aminoácidos de cadeia ramificada ficam temporariamente dispensados 
da obrigatoriedade de registro, e podem ser comercializados, enquanto 
não contemplados em regulamentação específica, obedecidos os seguintes 
requisitos:
I. cumprir os procedimentos previstos na Resolução no 23, de 15 de março de 2000, e 
suas atualizações para produtos dispensados de registro;
II. não ser indicados para atletas e não conter indicação de uso para atletas na 
designação, na rotulagem e qualquer que seja o material promocional do produto;
III. utilizar a designação Aminoácidos de Cadeia Ramificada.
29
NUTRIÇÃO ESPORTIVA │ UNIDADE ÚNICA
Queimando gorduras (Fat Burners)
L-CARNITINA
Promessa
Reduzir a gordura corporal pela ação termogênica e ação no metabolismo de lipídeos.
Hipótese
A L-carnitina é um tipo de aminoácido ligado a vitaminas do complexo B, cuja função seria facilitar a 
entrada de ácidos graxos na mitocôndria, para produção de energia. Os ácidos graxos são partículas 
de lipídio (gordura) da dieta e do tecido gorduroso do corpo e a mitocôndria é uma estrutura celular 
responsável pela produção de energia a partir de diversas substâncias, entre elas os ácidos graxos.
De acordo com esta teoria, a suplementação com carnitina melhoraria o transporte de ácidos graxos 
para o interior da mitocôndria, aumentando, assim, a oxidação de lipídios durante a atividade 
física, ou seja, aumentaria o uso de gordura durante o exercício e, consequentemente, ocorreria 
uma diminuição da quantidade de gordura corporal. 
O que realmente acontece
Segundo diversos estudos, esta teoria não foi confirmada. A necessidade de carnitina em adultos é 
satisfeita pelas fontes dietéticas e pela síntese endógena (feita pelo próprio organismo), não havendo 
necessidade de suplementação. Alguns indivíduos podem apresentar deficiência de L-carnitina 
(como recém-nascidos de baixo peso e atletas que praticam atividades físicas de longa duração, 
como maratonas), o que justificaria a suplementação. 
30
UNIDADE ÚNICA │ NUTRIÇÃO ESPORTIVA
Substâncias estimulantes, hormônios e 
fitoterápicos
A Resolução no 18, de abril de 2010, da Anvisa aplica-se aos alimentos especialmente formulados 
para auxiliar os atletas a atender suas necessidades nutricionais específicas e auxiliar no desempenho 
do exercício.
 Este regulamento não abrange:
 » substâncias estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping, contidas 
na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA) e/ou 
legislação pertinente;
 » substâncias com ação ou finalidade terapêutica ou medicamentosa, incluindo 
produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não nutrientes.
As funções dessas substâncias são bem conhecidas, entretanto mais estudos são 
necessários para achar respostas para as seguintes perguntas 
 » Qual é a dosagem segura?
 » Quais são os efeitos em longo prazo?
 » Quais são os efeitos colaterais?
 » Quais são os prováveis efeitos em alta dosagem?
 » Qual é a real necessidade de utilização e quando se deve efetivamente 
indicar?
Nunca esquecer que uma dieta balanceada é, acima de tudo, a melhor orientação 
para a saúde e para um bem desempenho no esporte.
O ideal é contar com uma equipe multidisciplinar para atender o atleta: médico, 
fisioterapeuta, nutricionista, educador físico etc. Assim, é possível analisar o atleta 
como um todo e decidir pela suplementação ou não.
 
31
Para (não) Finalizar
O uso de suplementos cresce no mercado e milhares de pessoas buscam esse tipo de produto na 
esperança de mais saúde, beleza e rendimento. As promessas de resultados feitas pelos fabricantes 
geralmente não possuem, ou possuem pouco respaldo científico ou embasamento em pesquisas 
encomendas.
A abundância de produtos disponíveis e a falta de controle fazem com que seja difícil estudar a 
eficácia e até mesmo a segurança dos suplementos. Muito do que é divulgado não passa de estratégias 
de marketing. Existe uma indústria milionária apoiando a venda desses produtos enquanto que a 
verba investida em pesquisa séria sobre os produtos é muito pequena ainda.
Esse acúmulo crescente de acordo com Pereira (2003), de conhecimentos com consequente 
necessidade de atualização por parte do profissional de saúde, é indispensável para a realização de 
um processo de formação continuada que não almeje somente a aquisição de habilidades técnicas, 
mas também a melhora de suas potencialidades no meio de trabalho e no meio social.
32
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WILMORE, J.H.; COSTIL, D.L. Fisiologia do esporte e do exercício. Barueri (SP): Manole, 
2001.
WOLINSKY, I; HICKSON JR, J.F. Nutrição no exercício e no esporte. São Paulo: Roca, 1996.
35
ANEXO
Anvisa – Resolução no 18/2010 – 
28/4/2010
RESOLUÇÃO ANVISA No 18, DE 27 DE ABRIL DE 
2010 DOU 28/04/2010
Dispõe sobre alimentos para atletas
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe 
confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto no 3.029, de 16 de abril de 
1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1o e 3o do art. 54 do Regimento Interno 
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria no 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada 
no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 26 de abril de 2010, e considerando 
a competência da Anvisa para regulamentar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde 
pública, estabelecida na Lei no 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e especialmente no inciso II do § 
1o de seu art. 8o, que inclui os alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas 
embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos 
e de medicamentos veterinários entre os bens e produtos submetidos ao controle e à fiscalização 
sanitária pela Agência, adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, 
determino a sua publicação:
Art. 1o Fica aprovado o Regulamento Técnico sobre Alimentos para Atletas, nos termos desta 
Resolução.
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 2o Este regulamento tem o objetivo de estabelecer a classificação, a designação, os requisitos de 
composição e de rotulagem dos alimentos para atletas.
Seção II
Abrangência
Art. 3o Este regulamento se aplica aos alimentos especialmente formulados para auxiliar os atletas a 
atender suas necessidades nutricionais específicas e auxiliar no desempenho do exercício.
36
ANEXO
Parágrafo único. Este regulamento não abrange:
I – substâncias estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping contidas na lista de 
substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA) e ou legislação pertinente;
II – substâncias com ação ou finalidade terapêutica ou medicamentosa, incluindo produtos 
fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não nutrientes.
Seção III
Definições
Art. 4o Para efeito deste regulamento são adotadas as seguintes definições:
I – atletas: praticantes de exercício físico com especialização e desempenho máximos com o objetivo 
de participação em esporte com esforço muscular intenso;
II – suplemento hidroeletrolítico para atletas: produto destinado a auxiliar a hidratação;
III – suplemento energético para atletas: produto destinado a complementar as necessidades 
energéticas;
IV – suplemento proteico para atletas: produto destinado a complementar as necessidades proteicas;
V – suplemento para substituição parcial de refeições de atletas: produto destinado a complementar 
as refeições de atletas em situações nas quais o acesso a alimentos que compõem a alimentação 
habitual seja restrito;
VI – suplemento de creatina para atletas: produto destinado a complementar os estoques endógenos 
de creatina;
VII – suplemento de cafeína para atletas: produto destinado a aumentar a resistência aeróbia em 
exercícios físicos de longa duração;
VIII – PDCAAS (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score): escore aminoacídico corrigido 
pela digestibilidade da proteína para a determinação de sua qualidade biológica.
CAPÍTULO II 
DA CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO
Art. 5o É adotada a seguinte classificação para os produtos abrangidos por este regulamento:
I – suplemento hidroeletrolítico para atletas;
II – suplemento energético para atletas;
III – suplemento proteico para atletas;
37
ANEXO
IV – suplemento para substituição parcial de refeições de atletas;
V – suplemento de creatina para atletas;
VI – suplemento de cafeína para atletas.
Parágrafo único. Os produtos devem ser designados conforme classificação definida neste artigo.
CAPÍTULO III 
DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS
Art. 6o Os suplementos hidroeletrolíticos para atletas devem atender aos seguintes requisitos:
I – a concentração de sódio no produto pronto para consumo deve estar entre 460 e 1.150 mg/l, 
devendo ser utilizados sais inorgânicos para fins alimentícios como fonte de sódio;
II – a osmolalidade do produto pronto para consumo deve ser inferior a 330 mOsm/kg água;
III – os carboidratos podem constituir até 8% (m/v) do produto pronto para consumo;
IV – o produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico 
específico sobre adição de nutrientes essenciais;
V – o produto pode ser adicionado de potássio em até 700 mg/l;
VI – o produto não pode ser adicionado de outros nutrientes e não nutrientes;
VII – o produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.
§1o Quanto ao tipo de carboidratos, referente ao inciso III, este produto não pode ser adicionado de 
amidos e polióis.
§2o Com relação ao teor de carboidratos, constante do inciso III, o teor de frutose, quando adicionada, 
não pode ser superior a 3% (m/v) do produto pronto para o consumo.
Art. 7o Os suplementosenergéticos para atletas devem atender aos seguintes requisitos:
I – o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 75% do valor energético total proveniente 
dos carboidratos;
II – a quantidade de carboidratos deve ser de, no mínimo, 15 g na porção do produto pronto para 
consumo;
III – este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico 
específico sobre adição de nutrientes essenciais;
IV – este produto pode conter lipídios, proteínas intactas e ou parcialmente hidrolisadas;
38
ANEXO
V – este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.
Art. 8o Os suplementos proteicos para atletas devem atender aos seguintes requisitos:
I – o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 10 g de proteína na porção;
II – o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50% do valor energético total 
proveniente das proteínas;
III – este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico 
específico sobre adição de nutrientes essenciais;
IV – este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.
§1o Quanto ao requisito de proteínas, referente ao inciso II, a composição proteica do produto deve 
apresentar PDCAAS acima de 0,9.
§2o A determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia de avaliação recomendada 
pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação/Organização Mundial da 
Saúde (FAO/WHO).
Art. 9o Os suplementos para substituição parcial de refeições de atletas devem conter concentrações 
variadas de macronutrientes, obedecendo aos seguintes requisitos:
I – a quantidade de carboidratos deve corresponder a 50-70% do valor energético total do produto 
pronto para consumo;
II – a quantidade de proteínas deve corresponder a 13-20% do valor energético total do produto 
pronto para consumo;
III – a quantidade de lipídios deve corresponder, no máximo, a 30% do valor energético total do 
produto pronto para consumo;
IV – os teores de gorduras saturadas e gorduras trans não podem ultrapassar 10% e 1% do valor 
energético total, respectivamente;
V – este produto deve fornecer, no mínimo, 300 kcal por porção;
VI – este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico 
específico sobre adição de nutrientes essenciais;
VII – este produto pode ser adicionado de fibras alimentares.
§1o Quanto ao requisito de proteínas, referente ao inciso II, a composição proteica do produto deve 
apresentar PDCAAS acima de 0,9.
§2o A determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia de avaliação recomendada 
pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação/Organização Mundial da 
Saúde (FAO/WHO).
39
ANEXO
Art. 10. Os suplementos de creatina para atletas devem atender aos seguintes requisitos:
I – o produto pronto para consumo deve conter de 1,5 a 3 g de creatina na porção;
II – deve ser utilizada na formulação do produto creatina monoidratada com grau de pureza mínima 
de 99,9%.
III – este produto pode ser adicionado de carboidratos;
IV – este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.
Art. 11. Os suplementos de cafeína para atletas devem atender aos seguintes requisitos:
I – o produto deve fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção;
II – deve ser utilizada na formulação do produto cafeína com teor mínimo de 98,5% de 
1,3,7-trimetilxantina, calculada sobre a base anidra;
III – o produto não pode ser adicionado de nutrientes e de outros não nutrientes.
Art. 12. Outras substâncias podem ser autorizadas pela Anvisa desde que a segurança de uso, 
conforme Regulamento Técnico específico, e a eficácia da finalidade de uso para atendimento 
das necessidades nutricionais específicas e de desempenho no exercício sejam cientificamente 
comprovadas.
CAPÍTULO IV 
DOS REQUISITOS GERAIS
Art. 13. Os produtos devem atender aos Regulamentos Técnicos, e outras normas pertinentes:
I – de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de fabricação;
II – de contaminantes;
III – de características macroscópicas, microscópicas e microbiológicas;
IV – de rotulagem geral de alimentos embalados;
V – de rotulagem nutricional de alimentos embalados;
VI – de embalagens e equipamentos;
VII – de informação nutricional complementar, quando houver.
Parágrafo único. É permitido o uso dos aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia previstos 
para os alimentos similares quanto à composição e forma de apresentação, desde que atendam às 
restrições e exigências constantes nos Regulamentos Técnicos pertinentes e não alterem a finalidade 
do produto.
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ANEXO
Art. 14. Os ingredientes utilizados devem ser seguros para o consumo humano. A adição de 
ingredientes que não são utilizados tradicionalmente como alimento pode ser autorizada desde que 
seja comprovada a segurança de uso em atendimento a Regulamento Técnico específico.
Art. 15. Os produtos previstos no art. 5o podem ser comercializados em conjunto, desde que atendam 
aos requisitos de designação, específicos, gerais e de rotulagem constantes deste regulamento.
Art. 16. Os produtos abrangidos por este regulamento somente podem ser vendidos em unidades 
pré-embaladas na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor.
Art.17. Para atendimento aos requisitos específicos previstos nos arts. 6o ao 12, devem ser considerados 
os ingredientes provenientes do produto exposto à venda, sem considerar os nutrientes contidos 
nos ingredientes utilizados na preparação, quando for o caso.
Parágrafo único. Este artigo não se aplica ao disposto no inciso II do art. 6o.
Art. 18. Os produtos previstos no art. 5o podem ser comercializados em diferentes formas de 
apresentação, como tablete, comprimido, pó, gel, líquido, cápsula, barra, dentre outras, desde que 
atendam aos requisitos específicos estabelecidos nos arts. 6o ao 12.
Art. 19. A empresa deve dispor da documentação referente ao atendimento dos requisitos previstos 
neste regulamento para consulta da autoridade competente.
CAPÍTULO V 
DA ROTULAGEM
Art. 20. O tamanho da fonte utilizada para designação do produto deve ser no mínimo 1/3 do 
tamanho da fonte utilizada na marca.
Art. 21. Nos rótulos de todos os produtos previstos neste regulamento deve constar a seguinte frase 
em destaque e negrito: “Este produto não substitui uma alimentação equilibrada e seu consumo 
deve ser orientado por nutricionista ou médico”.
Art. 22. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de suplementos hidroeletrolíticos para 
atletas, pode constar a expressão:
I – “isotônico” para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade entre 270 e 330 mOsm/
kg água;
II – “hipotônico” para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade abaixo de 270 mOsm/
kg água.
Art. 23. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de suplementos de creatina para atletas 
devem constar as seguintes advertências em destaque e negrito:
I – “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à saúde”;
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ANEXO
II – “Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de 
enfermidades”.
Parágrafo único. A quantidade de creatina na porção deve ser declarada no rótulo do produto.
Art. 24. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de suplementos de cafeína para atletas 
deve constar a advertência em destaque e negrito: “Este produto não deve ser consumido por 
crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades”.
Parágrafo único. A quantidade de cafeína na porção deve ser declarada no rótulo do produto.
Art. 25. A rotulagem nutricional deve atender ao disposto em Regulamento Técnico específico com 
base na porção definida pelo fabricante.
Art. 26.Na rotulagem dos produtos comercializados em conjunto conforme previsto no art. 15 
devem constar:
I – a designação de cada produto, conforme as classificações individuais previstas no art. 4o, de 
acordo com os produtos que os compõem;
II – a lista de ingredientes de cada produto;
III – o número de registro de cada produto;
IV – o prazo de validade correspondente ao do produto com menor prazo;
V – a informação nutricional de cada produto.
Art. 27. Nos rótulos dos produtos não podem constar:
I – imagens e ou expressões que induzam o consumidor a engano quanto a propriedades e/ou efeitos 
que não possuam ou não possam ser demonstrados referentes a perda de peso, ganho ou definição 
de massa muscular e similares;
II – imagens e ou expressões que façam referências a hormônios e outras substâncias farmacológicas 
e/ou do metabolismo;
III – as expressões: “anabolizantes”, “hipertrofia muscular”, “massa muscular”, “queima de gorduras”, 
“fat burners”, “aumento da capacidade sexual”, “anticatabólico”, “anabólico”, equivalentes ou 
similares.
CAPÍTULO VI 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 28. As empresas abrangidas por esta Resolução terão o prazo de 18 (dezoito) meses contados 
a partir da data de sua publicação para promover as adequações necessárias de seus produtos ao 
42
ANEXO
presente Regulamento Técnico, ficando proibida a comercialização dos produtos não adequados 
após o término do prazo.
§1o A partir da publicação desta Resolução, os novos produtos devem atender na íntegra às exigências 
contidas neste regulamento.
§2o Os processos de pedido de registro, além de suas petições secundárias, que se encontram na 
Anvisa ou nos órgãos de vigilância sanitária estaduais, distrital e municipais devem passar por 
exigência técnica para adequação a norma vigente.
Art. 29. Os aminoácidos de cadeia ramificada ficam temporariamente dispensados da obrigatoriedade 
de registro, e podem ser comercializados, enquanto não contemplados em regulamentação específica, 
obedecidos os seguintes requisitos:
I – cumprir os procedimentos previstos na Resolução no 23, de 15 de março de 2000, e suas 
atualizações para produtos dispensados de registro;
II – não ser indicados para atletas e não conter indicação de uso para atletas na designação, 
rotulagem e qualquer que seja o material promocional do produto;
III – utilizar a designação Aminoácidos de Cadeia Ramificada;
IV – cumprir as exigências estabelecidas nos itens 4.3.5; 9.1.2.2; 5; 6; 7; e, Anexo B da Portaria SVS/
MS no 222/1998.
Parágrafo único. Os produtos com registros atualmente vigentes terão o prazo de 18 (dezoito) meses 
para se adequarem aos requisitos acima.
Art. 30. O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução e no regulamento por ela 
aprovado constitui infração sanitária, nos termos da Lei no 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem 
prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 31. Fica revogada a Portaria SVS/MS no 222, de 24 de março de 1998, à exceção dos itens 4.3.5; 
9.1.2.2; 5; 6; 7; e Anexo B no que se refere aos aminoácidos de cadeia ramificada.
Art. 32. Nos itens 2.2.2 e 4.2.2 do Anexo da Portaria no 29, de 13 de janeiro de 1998 e no Anexo II 
da Resolução RDC no 278, de 22 de setembro de 2005, onde se lê “alimentos para praticantes de 
atividade física”, leia-se: “alimentos para atletas”.
Art. 33. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
Fonte: Diário Oficial da União.

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