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CAPÍTULO 6 - AS CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS

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CAPÍTULO 6 - AS CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
Professor Rodrigo Nobre Fernandez
Pelotas
2015
Contabilidade Social
Carmen Feijó … [et al.] – 4ª edição
 Dados monetários e financeiros de um país apresentam informações
relevantes sobre a oferta de moeda, empréstimos e financiamentos
concedidos pelos bancos, operações com títulos públicos e etc.
 Essas informações são indispensáveis para o acompanhamento das
políticas monetária e cambial, evolução dívida pública, do grau de
endividamento dos agentes, etc
 Estatísticas monetárias são aquelas que dizem respeito aos passivos e aos
ativos financeiros criados por instituições financeiras, como bancos e fundos
de pensão
 As estatísticas monetárias servem de base para a elaboração das
estatítisticas financeiras que hoje são integradas ao SCN
Introdução
2
 O sistema financeiro de um país é composto pelo conjunto dos instrumentos
financeiros, instituições e mercados financeiros
 Os instrumentos financeiros são emitidos por instituições financeiras,
empresas e governo, sendo que cada um possui características específicas
de risco, liquidez e rentabilidade e pode ser classificado como instrumentos
de propriedade ou de dívida
 Títulos de propriedade são aqueles represetantivos de um ativo real. Ex:
ações de uma empresa.
 Ações  títulos de renda variável
 Títulos de dívida representam uma dívida para quem os emite. Empresas
não financeiras obtem financiamentos através de créditos comerciais
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros
3
 Títulos de dívida também podem ser: debêntures, notas promissórias ou
commercial papers em geral são adquiridos por empresas financeiras
 No caso dos bancos, eles podem obter fundos para financiar suas
operações ativas (empréstimos) através da captação de depósitos à vista
(passivo monetário); podem oferecer poupança ou títulos de renda fixa,
como CDB e letras de câmbio (passivo não monetário)
 Já os governos financiam seus déficits emitindo títulos da dívida pública, ou
simplesmente títulos públicos, que também são títulos de renda fixa
 Exemplos de títulos públicos: letra financeira do tesouro (LFT); letra do
tesouro nacional (LTN); notas do tesouro nacional (NTN’s)
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros
4
 Depósitos à vista: também chamados de depósitos em conta corrente.
Não são remunerados, mas são os ativos de maior liquidez
 Depósitos à prazo: depósitos a prazo na forma de CDB e dos RDB
(recibos de depósitos bancários) são a mais importante fonte de captação
de recursos para os bancos. Rendimentos podem ser pré ou pós fixados
 Depósitos em poupança: os depósitos em poupança são remunerados de
acordo com a variação da TR (taxa referencial) – que corresponde a 65%
do rendimento médio dos CDB’s – acrescida de 0,5% ao mês
 Letras de câmbio: é um instrumento de renda fixa referenciado pela
rentabilidade dos certificados de depósitos interbancários (CDI) e de prazo
semelhante ao dos CDB
 Letras Hipotecárias: emitidas por instituições habilitadas a conceder
financiamento pelas regras do SFH. Rendem a TR mais juros de 5% ao
ano. O prazo mínimo é de 180 dias
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros – Instituições 
Financeiras
5
 Ações: são títulos de propriedade, ou seja, representam a propriedade de
uma fração da empresa emissora. Sua valorização depende do
comportamento do mercado acionário
 Ordinárias: dão direito a voto e recebem dividendos depois dos
acionistas preferenciais
 Preferênciais: possuem prioridade na divisão dos dividendos e
não concedem direito a voto
 Debêntures: são títulos de dívida emitidos por sociedades por ações, de
capital aberto ou fechado. São nominativos, negociáveis e de médio e de
longo prazo. Podem ser convertidas em ações da empresa no término do
contrato caso previsto previamente
 Notas Promissórias: conhecidos como commercial papers são títulos
cujos prazos de vencimento variam de 30 a 180 dias, rendimento pré-
fixado, não há garantias reais
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros – Instituições Não-
Financeiras
6
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros – Instituições Financeiras e Não-
Financeiras
Instrumentos de Renda Fixa
Títulos de crédito ou dívida
Instrumentos de Renda Fixa
Títulos de crédito ou dívida
Investidor é 
CREDOR do 
emissor do título
Investidor é 
CREDOR do 
emissor do título
Obrigação do 
Emissor
DÍVIDA
Obrigação do 
Emissor
DÍVIDA
Investidor empresta $$$Investidor empresta $$$
Setor públicoSetor público Setor privadoSetor privado
Governo Federal
LFT LTN
NTN’s séries B, C, D e F
Governo Federal
LFT LTN
NTN’s séries B, C, D e F
Instituições Financeiras
CDB
Letra Hipotecária
Instituições Financeiras
CDB
Letra Hipotecária
Inst. Não Financeiras
Debêntures
Notas comerciais
Inst. Não Financeiras
Debêntures
Notas comerciais
Investidor recebe JUROS
Pré, CDI, SELIC, TR, IGP-M, Variação Cambial
Investidor recebe JUROS
Pré, CDI, SELIC, TR, IGP-M, Variação Cambial
7
Governo Federal
LFT LTN
NTN’s séries B, C, D e F
Governo Federal
LFT LTN
NTN’s séries B, C, D e F
Instituições Financeiras
CDB
Letra Hipotecária
Instituições Financeiras
CDB
Letra Hipotecária
Inst. Não Financeiras
Debêntures
Notas comerciais
Inst. Não Financeiras
Debêntures
Notas comerciais
Investidor recebe JUROS
Pré, CDI, SELIC, TR, IGP-M, Variação Cambial
Investidor recebe JUROS
Pré, CDI, SELIC, TR, IGP-M, Variação Cambial
Principais RISCOSPrincipais RISCOS
CRÉDITO
Inadimplência do
emissor
CRÉDITO
Inadimplência do
emissor
MERCADO
Oscilação 
Taxa de juros
MERCADO
Oscilação 
Taxa de juros
LIQUIDEZ
Dificuldade do resgate 
a qualquer tempo
LIQUIDEZ
Dificuldade do resgate 
a qualquer tempo
FGC (Fundo Garantidor de Crédito) 
garante somente 
operações deste segmento
FGC (Fundo Garantidor de Crédito) 
garante somente 
operações deste segmento
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros – Instituições Financeiras e Não-
Financeiras
8
 Títulos do Tesouro Nacional: o governo financia seus déficits através da
venda de títulos, conhecidos como títulos públicos
 Os títulos públicos compõem a dívida pública mobiliária, ou simplesmente a
dívida pública
 LFT – Letra Financeira do Tesouro: remuneradas pela SELIC, valor de
emissão múltiplos de R$ 1.000,00, escriturais, nominativas e negociáveis
 LTN – Letra do Tesouro Nacional: escriturais, nominativas e negociáveis,
múltiplos de R$ 1.000,00, remuneração pré-fixada
 NTN – Notas do Tesouro Nacional
 Série B: remuneração variação do IPCA
 Série C: variação do IGP-M
 Série D: variação através da PTAX
 Série F: remuneração pre-fixada
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional
Instrumentos Financeiros – Instituições Não-Financeiras
9
Prof. Rodrigo Nobre Fernandez
UFPel - DECON – 2015/2
 Classificação dos principais instrumentos financeiros, por tipo de
instrumento no Brasil:
Instrumentos Financeiros
Instrumento Descrição
F1 Meios de pagamento internacionais
F1.1 Ouro monetário
F1.2 DES (Direito Especial de Saque)
F1.3 Divisas
F2 Meios de pagamento nacionais
F2.1 Papel-moeda
F2.2 Depósitos à vista
F3 Depósitos não-monetários
F3.1 Poupança
F3.2 A prazo sem certificado
10
Prof. Rodrigo Nobre Fernandez
UFPel - DECON – 2015/2
Instrumentos Financeiros
Instrumento Descrição
F4 Títulos de renda fixa
F4.1 Públicos
F4.2 Certificado de depósito bancário (CDB)
F5 Títulos de renda variável
F5.1 Ações
F5.2 Contratos com base em renda variável
F6 Empréstimos e financiamentos
F6.1 Curto prazo
F6.2 Longo prazo, exceto arrendamento mercantilF6.3 Arrendamento mercantil (leasing)
F7 Créditos comerciais
F8 Provisões técnicas de seguro
11
 Os ativos financeiros podem ser divididos em:
(i) Ativos monetários: papel-moeda (emitido pelo Banco Central) e
depósitos à vista, emitidos pelos bancos emissores de moeda. O somatório
do papel moeda em poder do público e dos depósitos à vista constitui os
meios de pagamentos no seu sentido restrito (M1)
(ii) Ativos financeiros não monetários: depósitos de poupança e a
prazo emitidos por bancos, e títulos da dívida pública emitidos pelo Tesouro
Nacional, entre outros. São denominados quase-moeda, dependendo do
maior ou menor grau de liquidez e fazem parte de um conceito mais amplo
de meios de pagamento (M2, M3 e M4)
Meios de Pagamento
Prof. Rodrigo Nobre Fernandez
UFPel - DECON – 2015/2
12
 M1 = somatório de papel moeda em poder do público e do saldo de
depósitos à vista nos bancos emissores de moeda
 M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança +
títulos emitidos por instituições depositárias
 M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas
registradas no Selic
 M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez. Corresponde também ao
conceito de poupança financeira
Meios de Pagamento
13
Sistema Financeiro Nacional
SISTEMA 
FINANCEIRO 
NACIONAL
HISTÓRICO
ESTRUTURA
ATUAL
AUTORIDADES
MONETÁRIAS
AUTORIDADES 
DE APOIO
INSITUTIÇÕES
FINANCEIRAS
SISTEMA 
FINANCEIRO
DA HABITAÇÃO
SUPERINT. NAC. 
DE PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR
PREVIC
SUPERINT.
DE SEGUROS
PRIVADOS
REGULAMENTAÇÃO
DO ARTIGO 192
DA CONSTITUIÇÃO
14
Sistema Financeiro Nacional
Histórico
 Lei da correção monetária (4.357/64)
Problema: alta inflação, Lei da Usura juros a mais de 12% a.a..
Limitação da capacidade do Governo de se auto financiar.
Solução: normas de indexação de débitos fiscais, criação de títulos
federais com cláusula de correção monetária com objetivo de
antecipar receitas, cobrir déficit e promover investimento.
 Lei do Plano Nacional de Habitação (4.380/64)
Problema: criação de empregos na construção civil.
Solução: criado o BNH destinado a fomentar a construção de casas
populares e infra-estrutura urbana.
 Lei da reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64)
Problema: concentração de decisões no Ministério da Fazenda.
Solução: criado o CMN e o BACEN, normas operacionais,
funcionamento e subordinação das entidades do sistema financeiro.
15
 Lei do Mercado de Capitais 4.728/65)
Problema: interessava ao governo a evolução dos níveis de
poupança interno e direcionamento dos investimentos.
Solução: normas e regulamentações para a estruturação de um
sistema de investimento ao desenv. Nacional e a demanda por crédito.
 Lei da CVM (6.385/76)
Problema: faltava uma entidade que absorvesse a regulamentação e
fiscalização do mercado de capitais.
Solução: criada a CVM, transferindo ao BACEN as responsabilidades
pela regulamentação e fiscalização das entidades relacionadas ao
mercado de valores mobiliários.
 Lei das S.A. (6.404/76)
Problema: atualização da legislação sobre as sociedades anônimas.
Solução: regras claras quanto as características, constituição,
composição acionária, estrutura das demonstrações financeiras etc.
Sistema Financeiro Nacional
Histórico
16
Sistema Financeiro Nacional
Histórico
 Nova Lei das S.A. (10.303/01), Decreto 3.995 e MP 8, todos de
31/10/2002
Problema: ausência de proteção ao acionista e insegurança quanto
as aplicações.
Solução: consolidação dos dispositivos da Lei do CVM e da Lei das
S.A., e força ao CVM na fiscalização e regulação do mercado de
capitais, fundos de investimentos e os mercados de derivativos.
 Resolução CMN 3.040 de 28/11/2002 e seu regulamento anexo
Problema: regras claras para uma melhor atuação do BACEN.
Solução: estabelecidas novas regras para disciplinar os requisitos e
procedimentos para a constituição, autorização de funcionamento das
instituições financeiras.
17
Sistema Financeiro Nacional
Estrutura
Segundo Fortuna: “O Sistema Financeiro é conjunto de instituições que se
dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias
para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores”
FORTUNA, E. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. Ed. Quality Mark.
18
A
B
Classificações:
Sistema Financeiro Nacional
Estrutura
 Sistema Normativo
 Regulamenta e fiscaliza
 Sistema de Intermediação
 Recebe o dinheiro dos poupadores e repassa aos tomadores
 Sistema Monetário
 Operam com depósito à vista, poupança, etc.
 Sistema Não Monetário
 Movimenta ações, seguros, etc.
19
Órgão Normativo Conselho Monetário Nacional (CMN)
Entidades 
Supervisoras
Banco Central
do Brasil
(BACEN)
Comissão de Valores
Mobiliários
(CVM)
Operadoras
Instituições 
Financeiras
Captadoras de 
Dep. à vista
Bolsa de Mercadorias
e Futuros
Demais Instituições 
financeiras
Bolsa de Valores
Outros intermediários
Financeiros e
Administradores de 
Recursos de 
terceiros
Sistema Financeiro Nacional
Estrutura
20
Conselho
Monetário
Nacional
(CMN)
Órgão supremo do SFN
Sua finalidade é formular 
a política da moeda e do 
crédito
Ministro da 
Fazenda
Ministro do
Planejamento
Presidente do 
Banco Central
Sistema Financeiro Nacional
Estrutura
21
 Órgão normativo, por excelência, não lhe cabem funções executivas,
responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e
cambial do País.
Competências:
 Estabelecer a meta de inflação;
 Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios
econômicos;
 Regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização
das instituições financeiras.
 Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras;
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Monetário Nacional (CMN)
22
 Atribuições específicas:
 autorizar as emissões de papel-moeda;
 aprovar orçamentos monetários do BACEN;
 fixar diretrizes e normas da política cambial;
 disciplinar crédito em suas modalidades e das formas das operações
creditícias;
 estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços
bancários ou financeiros;
 determinar as taxas de recolhimentos compulsório das instituições
financeiras;
 regulamentar as operações de redesconto de liquidez;
 regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as
instituições financeiras que operam no país.
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Monetário Nacional (CMN)
23
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN)
 Entidade criada para atuar como órgão executivo central do sistema
financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as
disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas
expedidas pelo CMN.
Competências:
 autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras;
 receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e depósitos
voluntários das instituições financeiras e bancárias no país;
 realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras
dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a
problemas de liquidez;
 efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda
de títulos públicos federais;
 emitir papel-moeda e metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN;
 determinar, via COPOM, a taxa de juros de referência para as operações de um
dia – a taxa Selic.
24
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN) e a Política Monetária
 A política monetária é definida como o controle da oferta de moeda e das
taxas de juros de curto prazo que garantaa liquidez ideal de cada momento
econômico
 O objetivo é encontrar crescimento econômico compatível com a menor
taxa de inflação possível
 O BACEN é responsável pela execução da política monetária e tem a sua
disposição diversos mecanismos de controle da liquidez, dos meios de
pagamento, dos juros e do crédito
 Instrumentos de Política Monetária
 Open Market: compra e venda de títulos públicos com o objetivo de regular a
liquidez de mercado
 Redesconto: empréstimo de última instância concedido pelo BACEN a título de
assistência de liquidez para instituições financeiras que apresentem
desequilíbrios em seu fluxo de caixa
 Compulsório: representa uma parcela dos recursos dos depósitos nos bancos
que é compulsoriamente recolhida ao BACEN em moeda corrente ou títulos
públicos
25
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN) e a Política
Monetária
Open Market
O BACEN vende títulos públicos – retira 
dinheiro do mercado – portanto diminui a 
liquidez da economia
Efeito na Taxa 
de Juros
Redesconto
Elevar a taxa de juros do empréstimo de 
assistência financeira (taxa de redesconto) 
causa redução na liquidez do sistema
Compulsório
O governo eleva o percentual exigido de 
reserva compulsória – diminui o montante de 
recursos disponíveis aos bancos para livre 
aplicação e empréstimos, portanto, diminui a 
liquidez da economia
 Política Monetária Restritiva
26
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN) e a Política
Monetária
Open Market
O BACEN compra títulos públicos – coloca 
dinheiro na economia – portanto aumenta a 
liquidez da economia
Efeito na Taxa 
de Juros
Redesconto
Reduzir a taxa de juros do empréstimo de 
assistência financeira (taxa de redesconto) 
causa aumento da liquidez do sistema
Compulsório
O governo reduz o percentual exigido de 
reserva compulsória – aumenta o montante 
de recursos disponíveis aos bancos para livre 
aplicação e empréstimos, portanto, aumenta 
a liquidez da economia
 Política Monetária Expansionista
27
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN) e as Metas de 
Inflação
 O regime de Política Monetária com metas de inflação caracteriza-se pelo
compromisso do Banco Central em ter, como objetivo prioritário, a
manutenção da taxa de inflação em torno de um determinado nível
 O nível meta de inflação é determinado pelo CMN – Conselho Monetário
Nacional, tendo como índice balizador o IPCA
 Comitê de Política Monetária – COPOM
 Constituído em 20 de junho de 1996 com o objetivo de estabelecer as
diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros básica da economia
 Objetivos são:
 Implementar diretrizes de política monetária
 Definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés
 Analisar relatório de inflação
28
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN) e as Metas de 
Inflação
 Comitê de Política Monetária – COPOM
 O COPOM é composto pelos oitos membros da Diretoria Colegiada do
Banco Central do Brasil, com direito a voto, sendo presidido pelo Presidente
do Banco Central, que tem direito a voto de qualidade, ou seja, voto de
desempate
 Índice de referência (benchmark): trata-se de referência ou parâmetro para
a análise de retorno de investimentos, pode ser taxa de juros (DI), um
índice de preços (IPCA) ou uma carteira teórica (IBOVESPA)
 Taxa SELIC meta: é decidida pelo COPOM com base na previsão de
inflação
 Taxa SELIC over: é a taxa média ponderada pelo volume de operações de
financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e
registradas no sistema SELIC.
29
Sistema Financeiro Nacional
Autoridades de Apoio – Comissão de Valores
Mobiliários (CVM)
 É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o
mercado de valores mobiliários do país, promovendo medidas para a
canalização da poupança ao mercado de capitais.
 Competências:
 organização, funcionamento e operações da Bolsa de Valores e
Bolsa de Mercadorias e Futuros
 intermediação e negociação no mercado de valores mobiliários e
derivativos
 Valores Mobiliários
 ações, debêntures e bônus de subscrição
 cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de
clubes de investimento
 contratos futuros de opções e outros derivativos
30
Sistema Financeiro Nacional
Bancos Comerciais
 Intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem e os
distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos,
naturalmente criando moeda através do efeito multiplicador
 Atividades
 descontar títulos;
 operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente;
 captar depósito à vista e a prazo fixo;
 financiamentos de curto e médio prazos a comércio, indústria e as
pessoas físicas.
31
Sistema Financeiro Nacional
Bancos Múltiplos
 São instituições financeiras que realizam operações ativas (crédito),
passivas (captação) e serviços, por intermédio das seguintes carteiras
 Comercial
 Investimento
 Desenvolvimento, exclusiva para bancos públicos
 Crédito imobiliário
 Crédito, financiamento e investimento
 Arrendamento mercantil (leasing)
 O Banco deve ser constituído por, no mínimo, duas carteiras, sendo uma
delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento
 O banco múltiplo com carteira comercial pode captar depósito à vista
32
Sistema Financeiro Nacional
Banco do Brasil (BB)
 Teve a função típica de autoridade monetária até janeiro de 1986. Hoje o
BB é um conglomerado financeiro de ponta, ajustando-se a estrutura de um
banco múltiplo e ainda operando como agente financeiro do Governo
Federal.
 Funções:
 efetuar pagamentos e suprimentos necessários à execução do
Orçamento Geral da União;
 agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do País;
 executor oficial da política de crédito rural.
33
Sistema Financeiro Nacional
Caixa Econômica Federal (CEF)
 Criada em 1969, é um dos maiores bancos múltiplos brasileiros. Capta
diversos tipos de depósitos e administra fundos de investimento assim
como os bancos múltiplos. Instituição financeira responsável pela
operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular,
saneamento básico, caracterizando-se como banco de apoio ao
trabalhador.
 Atividades:
 captação de recursos em poupança, depósitos judiciais a prazo
 empréstimos vinculados a habitação
 recursos do FGTS são direcionados para áreas de saneamento e infra-
estrutura urbana
 administração de loterias, fundos e programas: FGTS, PIS, FAS, FDS
34
Sistema Financeiro Nacional
Cooperativas de Crédito
 Na Lei 5.764 de 16/12/71 ficou estabelecido que celebram o contrato de
sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a
contribuir com bens e serviços para o exercício de uma atividade
econômica, sem objetivo de lucro.
 Constituição desejada: livre admissão de associados.
 Quanto a captação:
 captar depósito à vista;
 obter empréstimos de outras instituições financeiras;
 Quanto a empréstimos:
 conceder empréstimos a associados, inclusive de crédito rural;
 aplicar recursos no mercado financeiro
 Serviços:
 custódia de títulos, cobrança, recebimentos e pagamento de
convênios;
35
Sistema Financeiro Nacional
Balanço Patrimonial dos Bancos
Ativo Passivo
Reservas Depósitos do público
Empréstimos concedidos Títulos de Emissão Própria
Títulos públicos e privados Redesconto do BACEN
Ativo permanente PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo Total Passivo Total
 Reflete a posição da empresa em um determinado momento, assim é uma
conta de estoque.
36
Sistema Financeiro Nacional
Balanço Patrimonial dos Bancos
AS CONTAS DO ATIVO
 Reservas: as reservas são voluntárias ou compulsórias. As voluntárias são
as reservas que os bancosdecidem manter para honrar seus
compromissos de curto prazo (saques de correntistas); já as compulsórias
são aquelas determinadas pelo BACEN
 Títulos: uma das formas utilizadas pelos bancos para conceder crédito é a
aquisição de títulos emitidos por empresas ou pelo governo
 Empréstimos: o banco concede empréstimos – geralmente renováveis –
de curto prazo, na medida que suas fontes de recursos também são de
curto prazo.
 Ativo Permanente: nesta conta são registrados os investimentos dos
bancos em outras empresas – participação acionária em empresas
controladas e coligadas – assim como imóveis e outros bens do imobilizado
37
Sistema Financeiro Nacional
Balanço Patrimonial dos Bancos
AS CONTAS DO PASSIVO
 Depósitos do Público: os depósitos podem ser à vista, a prazo e de
poupança
 Títulos de emissão própria: possibilita um maior controle de suas contas
ativas e passivas, sendo uma outra forma de captação de recursos. São
emissões de títulos próprios, como commercial papers, bônus, debêntures,
etc
 Redesconto: quando a banco está impossibilitado de cumprir seus
compromissos de caixa no curto prazo, ou seja, apresenta problema de
liquidez, o banco pode recorrer a um empréstimo do BACEN
38
Sistema Financeiro Nacional
Outras Instituições Bancárias
Bancos de Investimento
 Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para
suprimento de capital fixo ou de giro das empresas. Atualmente,
concentram-se suas atividades:
 subscrição de ações e títulos
 administração de fundos
 processos de fusão e aquisição de empresas
 empréstimos a prazo mínimo de um ano para financiamento de
capital fixo;
 empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de
capital de giro;
 aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e
valores mobiliários para investimento ou revenda no mercado de
capitais;
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo
(CDB e RDB), repasses de recursos internos e externos.
39
Sistema Financeiro Nacional
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES)
 Criado em 1952 o BNDES é o principal financiador de longo prazo do Brasil.
É a principal instituição de fomento do país.
 Objetivos:
 impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País
 promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas,
industriais e de serviços
 promover o crescimento e a diversificação das exportações
40
Sistema Financeiro Nacional
Banco Estaduais de Desenvolvimento
 Controlados pelo governos estaduais e possuem como objetivo
financiamento de médio e longo prazo de programas e projetos
considerados oportunos pelos seus respectivos governos
 Operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão
de cédulas hipotecárias e de títulos de desenvolvimento econômico
 Operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos ao setor
privado
41
Sistema Financeiro Nacional
Fundos de Investimento
 São intermediários financeiros que reúnem em fundo comum os recursos
de muitos investidores, vendendo-lhes cotas de participação e investindo
esse pool de recursos em títulos e ações
 No Brasil, a grande maioria dos fundos são administrados por bancos
múltiplos com carteira de investimento ou corretoras e distribuidoras a ele
vinculadas
42
Sistema Financeiro Nacional
Outras Instituições Bancárias
FINANCEIRAS
 Especializadas na concessão de crédito ao consumidor.
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (SCI)
 São tipicamente bancos de poupança, ou seja, o passivo é
basicamente constituído de depósitos em poupança e cujas
operações ativas estão concentradas em financiamentos para a
construção e aquisição de imóveis residenciais. Hoje foram totalmente
absorvidas pelas carteiras habitacionais dos Bancos Múltiplos
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS
 Concedem financiamentos à produção, reforma ou comercialização de
imóveis residenciais ou comerciais fora das normas do SFH. Captam
recursos através da emissão de letras hipotecárias e debêntures, além
de empréstimos e financiamentos no exterior
43
Sistema Financeiro Nacional
Instituições Financeiras não Bancárias
Sociedades de Arrendamento Mercantil
 Suas operações ativas são basicamente operações de leasing de bens
móveis e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins
próprios do arrendatário
 Captam recursos através da emissão de debêntures, dívida externa,
empréstimos e financiamentos de instituições financeiras
 LEASING: é um contrato pelo qual uma empresa cede a outra, por
determinado período, o direito de usar e obter rendimentos com bens de
sua propriedade, como imóveis, automóveis, máquinas e equipamentos
 Não pode ser considerado financiamento, por que o cliente não recebe
recursos para aquisição, e sim o bem pretendido
44
Sistema Financeiro Nacional
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
(CTVM)
 São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra,
venda e a distribuição de valores mobiliários por conta de terceiros
cobrando taxas e comissões por seus serviços
 Atividades
 operar em bolsa de valores
 lançamento público de ações
 comprar e vender títulos públicos e valores mobiliários por conta de
terceiros
 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento
 operar em bolsas de mercadorias e futuros por conta própria e de
terceiros
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários estão sujeitas à 
fiscalização da própria bolsa de valores, CVM e BACEN
45
Sistema Financeiro Nacional
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
(DTVM)
 Basicamente funções semelhantes às Corretoras, entretanto NÃO PODEM
OPERAR NA BOLSA DE VALORES
 Atividades
 operam em mercado aberto (Open Market) e operações de câmbio
 intermediação da colocação de emissões de capital no mercado
 comprar e vender títulos públicos e valores mobiliários por conta de
terceiros
 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento
As Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários estão sujeitas à 
fiscalização da própria bolsa de valores, CVM e BACEN
46
 Possuem como objetivo social a concessão de financiamento de capital fixo
e de giro associado a projetos na unidade da federação onde tenha sede
 Tem status de instituição financeira, mas não podem captar recursos junto
ao público, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no BACEN,
contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante ou de
depositária e nem ter participação societária em outras instituições
financeiras
Sistema Financeiro Nacional
Agências de Fomento
47
COMPANHIAS DE SEGURO
 Assumem o risco de perdas financeiras derivadas de determinados eventos
fortuitos ou previsíveis de indivíduos e empresas.
 Os segurados pagam a seguradora um prêmio de seguro. As companhias
acumulam reservas técnicas para pagamentos de eventuais sinistros
aplicando recursos captados principalmente em títulos de dívida, assim
como no mercado acionário
INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL
 É uma companhia de resseguros é uma seguradora que aceita a
transferência dos riscos de outra seguradora
 Atividade eminentemente internacional, dado o porte das transações.
 No Brasil, as funções são reguladas pela SUSEP
Sistema Financeiro Nacional
Empresas de Seguro e Resseguro
48
SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO
 Emitem títulos de capitalização que tem por objetivo o depósito periódico de
prestações pecuniárias pelo contratante. Após cumprido o prazo contratado,
tem o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma
taxa de juros estabelecida
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (PPA)
 Constituídas sob a forma de SA e têm por objetivo operar planos de
benefícios de caráter previdenciário concedidos emforma de renda
continuada ou pagamento único
ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (FUNDOS)
 Objetivo é acumular recursos, através de sistema de capitalização, que
garanta pagamento de aposentadoria e benefícios para seus associados
Sistema Financeiro Nacional
Empresas de Capitalização e Previdência Privada
49
 São associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de
manter ambiente adequado ao encontro de seus membros e à realização,
entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores
mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e
fiscalizado por seus membros e pela CVM
 Negociações:
 Ações de companhias abertas
 Opções sobre ações
 Direitos e recibos de subscrição
 Bônus de subscrição
 Cotas de fundos de investimento fechados
 Debêntures e notas promissórias
Sistema Financeiro Nacional
Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA)
50
 São associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de
efetuar registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das
operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico
 O mercado deve ser livre e transparente que proporcione aos agentes
econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção)
ante flutuações de preço de índices, taxa de juro, moedas, metais,
commodities agropecuárias, bem como de todo e qualquer instrumento
variável macroeconômica cuja incerteza de preço possa influencias
negativamente suas atividades
 São fiscalizadas pela CVM.
Sistema Financeiro Nacional
Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F)
51
 Sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação
financeira das operações realizadas com títulos públicos federais
 Garante segurança, agilidade e transparência nos negócios
 O objetivo é controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e
venda de títulos públicos federais e manter custódia física e escritural
 A SELIC é o depositário central do títulos emitidos pelo Tesouro Nacional,
processa emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia.
Sistema Financeiro Nacional
Sistema Especial de Liquidação e Custódia
(SELIC)
52
 A CETIP é uma das maiores empresas de custódia e liquidação financeira
da América Latina
 Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto com pelas instituições financeiras
e o BACEN, em março de 1986, para garantir mais segurança e agilidade
às operações do mercado financeiro brasileiro
 A segurança da informação é determinante para garantir a confiabilidade
dos serviços prestados e a integridade da própria CETIP, de seus
participantes e dos mercados atendidos.
Sistema Financeiro Nacional
Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP)
53
 Coloca-se entre todos os compradores e vendedores, assumindo o risco
das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua liquidação
 Englobam o cálculo, o controle e a mitigação dos riscos inerentes ao seu
papel, que é garantir a liquidação de todos os negócios
 A CBLC é conhecida por custodiar 100% das ações negociadas na
BOVESPA
Sistema Financeiro Nacional
Companhia Brasileira de Liquidação e 
Custódia (CBLC)
54
 O Sistema de Pagamentos é o conjunto de procedimentos, regras,
instrumentos e sistemas operacionais integrados usados para transferir
recursos do pagador para o recebedor e, com isso, encerrar uma obrigação
 O SPB compreende entidades participantes do SFN (bancos, corretoras,
câmaras de compensação, etc), os subsistemas, os procedimentos
relacionados com a transferência de recursos e de outros ativos financeiros,
bem como o processamento, a compensação e a liquidação de pagamentos
em qualquer de suas formas, como cheques, DO, boletos, etc
 A TED (Transferência eletrônica disponível) trouxe maior segurança e
agilidade em relação a cheques e DOCs que atualmente ainda passam
pelos sistemas de compensação
Sistema Financeiro Nacional
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
55
Sistema Financeiro Nacional
Quadro resumo SELIC, CETIP e CBLC
SELIC
Administrada pelo BACEN, é um sistema informatizado
que se destina à custódia e a liquidação de títulos
escriturais de emissão do Tesouro Nacional
São registradas todas as operações que
envolvem títulos públicos:
• LFT;
• LTN;
• NTN-B e C;
• NTN-D e NTN-F e dentre outros
CETIP
Efetua custódia de títulos e valores mobiliários de emissão
privada, derivativos, títulos emitidos por estados e
municípios, ativos utilizados como moeda de privatização e
outros títulos de emissão do Tesouro Nacional.
Isso é uma garantia de que os ativos
existem, estão registrados em nome do
legítimo proprietário e podem ser
controlados de forma segregada.
Custodiados:
• CDB/RDB;
• LH;
• CDI;
• Debêntures:
CBLC
Prestação de serviços de compensação e liquidação física
e financeira de operações realizadas nos mercados à vista
e a prazo da BOVESPA e de outros mercados, bem como
a operacionalização dos sistema de custódia de títulos e
valores mobiliários em geral.
Assegura a liquidação das operações entre os agentes de
compensação.
São registradas todas as operações da BOVESPA
A CBLC é a contraparte central, ou seja,
quem faz a liquidação física e financeira das
AÇÕES.
56
MERCADO MONETÁRIO
 Pode ser definido como aquele onde são negociados ativos financeiros
públicos e privados de prazo inferior a um ano e de elevado grau de liquidez
 No Brasil o mercado formal para instrumentos financeiros privados de curto
prazo ainda estão sendo criados, o mercado monetário pode ser definido
como aquele onde ocorrem as negociações de curtíssimo prazo (overnight)
lastreadas em títulos públicos
MERCADO DE CÂMBIO
 São realizadas operações de câmbio, ou seja, envolvem a troca de moeda
nacional por moeda estrangeira, ou vice-versa
 É composto por dois segmentos: mercado primário, que envolve
operações entre bancos e seus clientes e o mercado secundário, no qual
as operações de compra e venda de dividas são realizadas entre os bancos
Prof. Rodrigo Nobre Fernandez
UFPel - DECON – 2015/2
Mercados Financeiros
57
MERCADO DE CAPITAIS
 São negociados títulos de prazo superior a um ano. Inclui desde o mercado
de ações, debêntures, notas promissórias, recebíveis, sendo que a não
intermediação de captação de recursos e à posterior negociação desses
títulos é uma característica do mercado
 Mercado primário: o título é lançado pela primeira vez. Neste momento
ocorre aporte de recursos para a empresa emissora
 Mercado secundário: os títulos trocam de mãos sem que a empresa
receba qualquer recurso, é de fundamental importância para dar liquidez ao
sistema
 Os títulos são negociados nas bolsas de valores e nos mercados de balcão
(over the counter) no qual os negócios são fechados por telefone ou
computador entre a instituição e entre elas e os seus clientes
Mercados Financeiros
58
MERCADO DE CRÉDITO
 Corresponde às operações de empréstimos realizadas pelas instituições
financeiras integrantes do SFN e supervisionadas pelo BACEN
 Empréstimos podem ser de curto, médio e longo prazo, tanto para pessoas
físicas e jurídicas
 A função dos intermediários financeiros é prover recursos para as unidades
econômicas deficitárias utilizando-se de recursos de terceiros, como
depósitos à vista, etc
Mercados Financeiros
59
 Famílias, empresas e governo podem ser divididas em três categorias para
explicarmos as formas de financiamento e o papel da intermediação
financeira
(i) Unidades Superavitárias (US): apresentam receitas correntes maiores que
os gastos correntes. Não representa necessariamente lucro, podendo ser
somente sobras de caixa momentâneas
(ii) Unidades Deficitárias (UD): apresentam gastos correntes maiores que as
receitas correntes. Não representa que operem com prejuízo
(iii) Unidadescom Orçamento Equilibrado (UOE): têm seus gastos correntes
iguais as receitas correntes
Intermediação e Desintermediação Financeira
– Classificação
60
 Uma UD pode financiar seus gastos das seguintes formas:
 Auto-financiamento: uma UD pode vender ativos que possua, inclusive
instrumentos financeiros.
 Financiamento externo à unidade econômica: a UD pode obter recursos
de terceiros:
 Financiamento direto: emitir ações e outras formas de participação
em negócios que não implicam em assumir dívida ou emitir títulos de
dívida – notas promissórias – que podem ser adquiridos diretamente
por outras unidades econômicas
 Financiamento indireto: empréstimos tomados de instituições
financeiras.
Intermediação e Desintermediação Financeira
– Formas de Financiamento
61
Intermediação e Desintermediação Financeira
– Formas de Financiamento
UD IF US
Título direto
$$$
Título direto
$$$
Ativo financeiro
$$$
62
 O rendimento obtido pelas IF no seu papel de intermediadora de recursos é
denominado spread, no qual é a diferença entre a taxa média de juros
cobrada pelos empréstimos e a taxa média paga aos depositantes
 A existência de spread significa a priori, que os financiamentos indiretos
seriam mais caros do que os financiamentos diretos
 Enquanto que o retorno para os depositantes seria menos atraente do que
se investissem diretamente na compra de um título direto emitido por uma
UD
 A questão que se levanta é por quais razões as UD se endividam junto a
uma IF, e quais razões que levam as US a depositarem seus recursos em
uma IF?
O Papel da Intermediação Financeira
Custos de Transação, informação assimétrica e 
risco
63
 Custos de transação: tanto as US quanto as UD incorrem em custos de
transação que tendem a inviabilizar esta forma de financiamento. O
financiamento direto exige que as condições de volume, prazos e taxas de
juros sejam aceitas por ambas as partes, o que demanda tempo de ambas
unidades; é necessário haver confiança que a UD honrará o compromisso
com a US; despesas com cobrança, elaboração de contratos, etc
 Informação assimétrica: em transações financeiras, uma das partes
envolvidas possui mais informação que a outra.
Por exemplo: mercado de venda de automóveis usados; o fato de haver
informações assimétricas a respeito de sua qualidade: o vendedor de um
automóvel usado sabe muito mais a respeito do veículo do que seu
potencial comprador
O Papel da Intermediação Financeira
Custos de Transação, informação assimétrica e 
risco
George A. Arkelof, “The market for “lemons”: quality uncertainty and
the market mechanism”, Quarterly Journal of Economics
Agosto de 1970: 488-500 
George A. Arkelof, “The market for “lemons”: quality uncertainty and
the market mechanism”, Quarterly Journal of Economics
Agosto de 1970: 488-500 
64
 Seleção Adversa (Adverse selection): problema que surge antes do
financiamento. Agentes econômicos mais propensos a assumir riscos e,
portanto, obter resultados adversos, são os que mais demandam
financiamentos e, por isso, são os que têm maior probabilidade de serem
selecionados
 Risco Moral (Moral Hazard): ocorre quando quem financia está sujeito ao
risco de que o tomador do empréstimo tenha incentivos a se engajar em
atividades indesejáveis.
Exemplo: seguradora x segurado
O Papel da Intermediação Financeira
Informação assimétrica aplicado aos
financiamentos diretos
65
 Os investidores em ações e títulos de dívida de empresas podem fazer uso
de três mecanismos básicos de redução dos problemas advindos da
informação assimétrica
 O primeiro é a exigência de garantias e manutenção do patrimônio líquido
da empresa
 O segundo é monitorar as atitudes da empresa e de seus dirigentes,
através da exigência de publicação de informações periódicas como
demonstrativos contábeis, andamento dos projetos, etc
 E por último, a imposição de cláusulas restritivas, obrigando o tomador de
empréstimo a fazer seguro, restringir o uso dos recursos, cuidar dos bens
dados como garantia, entre outros
O Papel da Intermediação Financeira
Mecanismos de redução da assimetria de informação
66
 A intermediação financeira possibilita a redução dos custos de transação e
dos problemas gerados pela informação assimétrica
 Uma primeira vantagem são os ganhos em escala: são derivados da
especialização na coleta e processamento de informações relevantes.
 Diversificação dos riscos: ocorre tanto em operações ativas como em
operações passivas, o que reduz sensivelmente a probabilidade esperada
de perdas com inadimplência nos empréstimos e, por outro lado, os riscos
de liquidez proveniente de saques de depositantes
 Neste sentido os bancos cumpririam as seguintes funções:
(i) oferecer acesso ao sistema de pagamentos, ao prover liquidez para os
depositantes
(ii) transformar ativos financeiros em termos de prazos, taxas de juros e
volume
(iii) administrar risco através da diversificação das suas carteiras
(iv) processar informações
O Papel da Intermediação Financeira
Vantagens da Intermediação Financeira
67
 Os bancos comerciais e de poupança gradativamente perderam espaço
para os mercados de capitais no papel de intermediários financeiros, isto
deve-se:
(i) a dificuldade de contato e de obtenção de informações entre UD e US
reduziram-se na medida em que avançaram os meios de comunicação,
informatização e as agências de classificação de risco (rating)
(ii) o crescimento espetacular os investidores institucionais nas últimas
décadas criou um grande mercado de títulos com as mais variadas
características de prazo, volume, taxas de juros etc
(iii) novas técnicas de administração de carteiras – derivativos
 Contribuição do processo de securitização (securities)
 Formação de conglomerados financeiros, aumento das atividades de
prestação de serviços remunerados através de tarifas e comissões, busca
de novos mercados através da internacionalização de suas operações
representam em parte uma resposta dos bancos a perda da posição relativa
O Papel da Intermediação Financeira
Desintermediação Financeira
68

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