013 Anatomia Interna de Anuros, Urodela e Gymnophiona 1

Prévia do material em texto

Deuterostômios I - Fernanda Vandanezi — Anfíbios — Estrutura / Funcionamento: 
Tegumento — tegumento representa a interface (estrutural e funcional) entre o indivíduo e ambiente que o rodeia —reações fisiológicas não são bem explicadas; 
Características derivada compartilhadas entre os grupos de anfíbios atuais: 
- pele nua (sem adornos como os outros vertebrados terrestres) e permeável na agua — atuando na respiração, osmorregulação e termorregulação; 
 ∟ respiração — algumas salamandras abriram mão do pulmão e fazem a respiração apenas pela pele; 
 osmorregulação — sapo não bebe agua e absorve a água pela pele; 
 termorregulação — a secreção mucosa as pele impede uma desidratação do animal e consegue resfriamento do animal; 
 em alguns estudos com algumas pererecas (são ectodérmicos = temperatura externa regula a temperatura interna); 
 muco mantém a pele úmida: respiração cutânea e para regular a temperatura (sistema termorregulador); 
 ∟ quando temperatura externa ↑, fazem uma produção de muco maior → não ocorre a desidratação e diminui temperatura interna; 
 ∟isso parece estar ligado a um endotermia — primeiro passo ao mecanismo que as aves e mamíferos apresentam; 
 ∟ salamandras (Urodela) e cecílias (Gymnophiona) — a pele se adere firmemente a musculatura; 
 sapos, perereca e rã (Anuros) — a pele é solta, presa apenas nas articulações → e o resto preso apenas por filamentos mesentérios; 
- epitélio: epiderme — parte mais externa, composta por duas camadas; 
 ∟ extrato córneo — apresenta queratina, com função de proteção contra a desidratação excessiva; 
 camada germinativa; 
 entre as duas camadas — células com mitocôndrias especializadas → produzem o muco abundante; 
 são elas responsáveis quando esse animal troca de pele — processo controlado pela hipófise e tireoide; 
 ∟ extrato córneo ficando com muita queratina e mais espesso — dificulta a respiração → trocam de pele; 
 derme — parte mais interna, composta por: 
 ∟ extrato esponjoso — encontramos cromatóforos, glândulas mucosas e de veneno; 
 extrato compacto; ∟ secreções glandulares para manter livres de obstruções olhos e orifícios nasais; 
 muco deixa a pele úmida — o que permite a respiração; 
- alguns indivíduos em algumas regiões do corpo apresentam — engrossamento, calosidade, garras córneas, escamas dérmicas rudimentares nos anéis das cecília; 
- odores produzidos por secreções (glândulas hedônicas) — comuns nas salamandras, produzem substancias químicas importantes na relação sexual; 
 
Glândulas de Veneno: 
- secreta vários tipos de alcaloides—cada tipo de composição química da secreção, pertence a seu grupo → compostos produzidos refletem relações filogenéticas; 
 ∟ grande diversidade de substâncias ativas farmacologicamente (mais de 200 alcalóides nos dendrobatídeos); 
 serotoninas, histaminas, peptídeos, proteínas hemolíticas, adrenalina, noradrenalina, dopamina; 
 nos bufonídeos — derivados de esteroides cardiotóxicos como bufogenina. bufotoxina e bufotenina; 
 tem efeito digitálico, produz vibração ventricular — alguns consegue paralisar o diafragma; 
 batracotoxina — neurotoxina produz arritmia cardíaca, fibrilação e colapso cardíaco; 
 ∟ tem muitas utilidades, mais ainda são temos muitos estudos para saber quais são os benefícios dessas secreções; 
 
Coloração — usam frequentemente a cor — é usada como guias para distinguir o grupo que o animal pertence; 
 ∟ produzida por 3 tipos de pigmentos — melanóforos; guanóforos e lipóforos; 
 animais usam como defesa — ocultação críptica, ao adquirir a coloração do substrato e passar desapercebidos; 
 aposemática ou de advertência — indicando que aquele animal possui veneno ou não; 
 o predador é capaz de reconhecer pela cor; 
 mudam de cor — em função da hipófise e estimulo nervoso há os movimentos de expansão (mais escuro) ou contração (mais claro) dos melanóforos; 
 ∟ não sabem como esse processo ocorre; 
 varia com a temperatura ambiente, umidade relativa e luz incidente; 
 
Sistema Nervoso — um pouco mais desenvolvido do que o encéfalo dos peixes (que tem menos estruturas) → mas ainda mantém a mesma organização; 
- centros cefálicos especiais bem desenvolvidos, relacionados com sistemas sensoriais; 
- constituido por — sistema nervoso central — que vai ter o encéfalo + medula; 
 ∟ formado por diaencefalo, mesencefalo, telencefalo — igual anatomia humana; 
 sistema nervoso autonomo — simpático (via os 10 nervos espinhais) e parassimpático (via os 12 nervos craniais); 
 ∟ impulsos antagonistas (simpático estimula e impulsos do parassimpático atuam da forma oposta); 
 simpático — atua no peristaltismo, esfincter e aumento do batimento cardiaco; 
 parassimpático — atua exatamente da forma composta; (?) 
 sistema nervoso periferico — relacionado aos 12 nervos cranianos e aos 10 nervos espinhais; 
 espinhais — raiz dorsal contém fibras somáticas aferentes e raiz ventral as fibras viscerais eferentes; 
- possui invaginação nos hemisférios cerebrais + duas meninges: a dura mater e a pia mater — o que não ocorre nos peixes (que só tem a dura mater); 
- não possuem cortex cerebral — que nós possuimos; 
- cinco regiões principais (hemisféricos cerebrais, 1 par de lobos olfativos, lobos ópticos); 
 
Órgãos Dos Sentidos — vão ter alguns característicos da fase larval e outros da fase adulta: 
- Fase Larval: 
 • linha lateral — na fase larval de todos os anfíbios e vai se perpetuar nos adultos totalmente aquáticos; 
 é também constituídas de neuromastos (mecanoreceptores) — como nos peixes, recebendo a vibração da água e levando ao cérebro; 
 • órgãos ampulares — eletroreceptores (ampolas de Lorenzini) — característica dos peixes cartilaginosos; 
 presentes na larva das cecílias ou salamandras; 
 • possuem receptores táteis, receptores de calor e frio na epiderme e na derme receptores de pressão e dor; 
 
- Fase Adulta: 
• Visão: 
- com a invasão ao ambiente terrestre — desenvolveram pálpebras (em alguns peixes há, mas não são verdadeiras e sim dobras da região ocular) e glândulas; 
 ∟ pálpebra superior fixa — protege; 
 inferior móvel e pregueada → membrana nictante — dobra que protege, mas que não é como a nossa; 
 glândulas de Harder — para hidratar os olhos; 
 nos anfíbios, répteis e aves as glândulas de Harder são funcionais; 
 nos mamíferos elas não são funcionais — usamos as glândulas lacrimais; 
- estrutura dos olhos é semelhante na série tetrápode → córneas mais arredondadas e lentes achatadas (terrestres); 
 porem tamanho dos olhos variam de acordo com o ambiente; 
- são sensíveis à luz e distinguem cores; 
- a visão é um dos sentidos mais importantes, principalmente para os anuros e salamandras — em função do hábito alimentar que apresentam; 
• Olfato: 
- sistema olfativo, morfologicamente é bastante similar nas três ordens; 
- olfato é um processo quimiosensorial; 
- todo anfíbio possui sistema olfativo duplo — construído por sistema olfativo principal e um sistema acessório (órgão de Jacobson ou órgão vômero-nasal); 
- sistema mais conhecido é dos anuros → constituído por câmaras — maior delas = o saco olfativo principal (abre anteriormente narinas e posteriormente coanas) 
 + órgão de Jacobson — saco de fundo cegoque se abre na cavidade nasal principal; 
 função de percepção das sensações olfativas; 
 ∟ originam de órgãos receptores separados e correm paralelos em distinto aos canais neurais; 
- memoria olfativa — auxilia que animal volte ao seu local de origem para fazer reprodução; 
• Audição 
- primordialmente o ouvido é um órgão de equilíbrio (percepção da posição e movimentos da cabeça); 
 ∟ continuam sendo órgão de equilíbrio na série Tetrapoda — pelo ouvido interno, através do labirinto membranoso com o liquido; 
 função é acrescentada da recepção do som; 
 ∟ animais aquáticos vão ter linha lateral — pelos neuromastos, levam as informações ao cérebro — muda na metamorfose; 
- Anuros — na maioria tem o ouvido consiste de 3 partes: 
 ∟ mais externa — corresponde a membrana timpânica e recebe as vibrações vindas pelo ar; 
 em alguns anuros, salamandras e cecílias a membrana timpânica não está diferenciada — como o sapinho de chifre; 
 ∟ ouvido médio — é a cavidade timpânica — por onde columela transmite as vibrações para a janela oval (ou fenestra ovalis); 
 tuba auditiva ou trompa de Eustáquio — liga o ouvido médio à faringe dos anuros; 
 função de equilibrar a pressão interna entre a membrana timpânica e faringe — até hoje; 
 ouvido médio e o tubo de Eustáquio estão ausentes nas salamandras e cecílias; 
 
 ∟ ouvido interno — é constituído pelo labirinto membranoso (ontem tem utrículo e o sáculo) — presente em toda a série Tetrapoda; 
- possuem 2 epitélios neurosensoriais — papila basilar e papila amphibiorum; 
 ∟ vibrações a 5000Hz ∟ perceber vibrações entre 100 a 1000Hz 
 
Nutrição — quase todos os anfíbios são carnívoros após a metamorfose e alguns podem até ser canibais; 
 ∟ vão se alimentar de algum grupo artrópode — invertebrados (insetos); 
 larvas, moluscos, aranhas; 
 os que são fosforiais — se alimentam de minhocas, podem ser canibais 
- quando estestágio larval — se alimenta de fitoplancton e alguns são raspadores; 
 alguns podem ser mas podem ser onívoros — comem de tudo, 
 podem ingerir girinos de outras espécies — também canibais; 
- a falta de exigência em relação à especificidade da dieta desempenhou papel importante → êxito ecológico do grupo — temos anfibios em de todo o mundo; 
 ∟ considerados oportunistas e sua dieta reflete a disponibilidade de alimento e tamanho do ambiente — ou seja, come o que der; 
 hoje em dia há animais bem especificos em relação a alimentação — faltam estudos e informação sobre a história natural da grande maioria dos anfíbios; 
 em laboratório, algumas espécies demonstraram serem seletivas em relação ao alimento; 
 dependendo do estagio ontogênico que se apresenta — se alimenta de plantas e flores; 
- precisam ser disponibilizados — dados sobre seleção de presas e estratégia de forrageio; 
 informação sobre: como os fatores extrínsecos influenciam hábitos alimentares (abundância sazonal); 
 como os fatores intrínsecos (tolerância fisiológica e ecológica) afetam a sobrevivência destes animais; 
- mecanismo alimentar do terrestre — pela lingua com secreções; 
 do aquatico — não tem lingua, abre a boca e por difereça de pressão a agua entra e ele se alimenta; 
 
Estratégias Alimentares: 
- a maioria dos anuros é do tipo senta-espera — para Rose: arborícolas são do tipo senta-espera e os de solo são muito forrageadores; 
- forrageador ativo — nas salamandras o tipo mais comum; 
característico nas cecílias — uma vez que são fosforiais; 
 ∟ os tipos de estratégias podem variar a nível individual conforme a abundância de alimento e do ambiente em que este animal está; 
 
Sistema Digestório: 
- a estrutura básica é fundamentalmente similar nos três grupos — e acompanha tamém toda a série Tetrapoda; 
 constituida por esofago, estomago, inestino delgado, grosso e glândulas anexas; 
- utilização dos orgãos dos sentidos para a nutrição: 
 ∟ estratégia seta-espera — realizada pela maioria dos anuros e salamandras; 
 utiliza a visão para encontrar as presas; 
 anuros (carnívoros) também utilizam a audição para localização de presas — os forrageadores também; 
 olfato também é utilizado na detecção das presas, 
 ∟ cecílias — tem os olhos vestigiais → utilizam os tentáculos protusíveis, conectados com os órgãos de Jacobson; 
 ∟ são quimiorreceptores, usando muito o olfato; 
- língua — o órgão encarregado de capturar a presa, possuem glândula intermaxilar que a mantém úmida e viscosa; 
 maior diversidade em relação à morfologia lingual, é encontrada nos anuros; 
 ausente na família Pipidae (bombeamento do hiobranquial) — são exclusivamente aquáticos; 
 cecílias não possuem língua protusível — não tem a lingua presa na região anterior; 
 tem 2 fileiras de dentes nas maxilas; 
 salamandras — abriu mão dos pulmões para protrair a lingua → presa anteriormente; 
- cavidade oral — língua presa anteriormente, botões gustativos, glândulas coanais (se abre nas coanas), dentes (não servem para morder), abertura saco vocal 
(fêmeas possuem, mais não produzem som), abertura das tubas auditivas, dentes vômereanos; 
 ∟ se continua pela faringe, esôfago (muito curto), ventralmente se localiza a glote, estomago e intestino; 
 termina em uma cloaca (recebe os ductos do sistema reprodutor e da bexiga urinária) e pode estar modificada; 
- tanto as larvas quanto os adultos aquáticos — transportam o alimento através da corrente de água; 
- fossoriais — alimentam-se de formigas, cupins e anelídeos; 
Glândulas Anexas: 
- fígado, vesícula biliar (armazena glicogênio) — através do ducto biliar libera a bílis no duodeno; 
- pâncreas — comunica-se com o duodeno (produz insulina) → é mais evidente do que nos peixes; 
- enzimas digestivas produzido no intestino delgado — como pepsina, tripsina, eripsina e lipase; ac. Clorídrico (produzido no estômago);