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Apostila 3 - Horizontes do solo

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APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
 
 UNIDADE 3 – HORIZONTES DO SOLO 
3.1 – Definição de Horizontes 
 Devido à ação do intemperismo, uma rocha, mesmo a com maior rigidez e 
resistência, pode transformar-se em um material solto que fornece condições para o 
desenvolvimento de vida vegetal e de pequenos animais. Os restos desses seres vivos 
(folhas, frutos e corpos de pequenos animais e insetos) são adicionados e junto à 
presença de microorganismos decompõe-se formando o que conhecemos por húmus. 
 Ao mesmo tempo, alguns minerais menos resistentes ao intemperismo, vão se 
transformando em argilas (intemperismo pode funcionar mais rapidamente de acordo 
com os minerais que constituem a rocha). As águas que se infiltram no terreno podem 
translocar de uma parte mais superficial para outra um pouco mais profunda 
(contribuem para isso a ação da gravidade e a porosidade do material). 
 Dessa forma, sob a ação de um conjunto de fenômenos biológicos, físicos e 
químicos, o solo começa a formar-se, organizando-se em uma série de camadas sobre 
postas de aspecto e constituição diferentes. Essas camadas são aproximadamente 
paralelas à superfície, e denominadas horizontes. 
 O conjunto de horizontes, em um corte vertical da superfície até o material 
semelhante ao que deu origem ao solo é o perfil de solo. 
 
Fonte: http://benitobonfatti.blogspot.com/2010/03/geologia-geral-parte-2.html 
 
 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
 
 A ação dos processos físicos, químicos e biológicos não é uniforme ao longo do 
perfil. Restos de vegetais são adicionados mais na superfície, escurecendo-a com o 
húmus. Certas substâncias sólidas se translocam sob a ação da gravidade de uma parte 
para outra, resultando horizontes empobrecidos sobre outros enriquecidos em certos 
compostos minerais ou orgânicos. As transformações e remoções, ocasionadas pelo 
intemperismo, ocorrem em maior intensidade na parte superior do solo. 
 3.2 – Fatores de formação do solo 
Para melhor entender um pouco que se passa na dinâmica de formação do solo 
precisamos definir alguns conceitos. São eles: 
• Adição: As adições referem-se aos "inputs" de materiais recebidos pelo solo 
durante sua evolução, Oliveira (1972b) define como adição tudo aquilo que 
entra no perfil do solo vindo do mundo exterior, por qualquer mecanismo. 
Implica tanto nas restituições (matéria orgânica, por exemplo) quanto nas 
adições de novos materiais. 
o Adições Atmosféricas: A precipitação pluvial tem importância na 
pedogênese, tanto pela adição da própria água que entra na 
constituição dos seres vivos e de certos minerais do solo, como pela 
adição dos materiais por ela dissolvidos ou carreados. (Oliveira 1972). 
o Adições Eólicas: São adições de material particulado transportados pelo 
vento e que só assumem alguma importância em regiões específicas. 
Oliveira(1972), diz que esta adições ocorrem necessariamente na 
superfície do solo. O transporte efetuado pelo vento será diretamente 
proporcional à sua velocidade e inversamente ao peso das partículas 
transportadas. Os materiais geralmente transportados pelos ventos 
o Adições de Matéria Orgânica: Num primeiro momento as adições de 
matéria orgânica formam uma camada acima e entre a parte superior 
do perfil do solo, mas, conforme progride a sua decomposição uma 
lenta penetração desta matéria orgânica tem lugar no material de 
origem. Alguns produtos da decomposição chegam mesmo a penetrar a 
maiores profundidades que outros, dando assim lugar a determinação 
dos horizontes. 
o Adições Pela Água no solo: Ocorrem principalmente pelo lençol freático 
e pela ascensão capilar. 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
As adições pelo lençol freático ocorrem quando da elevação do mesmo, 
onde são transportados materiais em solução que podem ser retidos 
pelas argilas ou matéria orgânica e desta forma não são removidos 
quando do rebaixamento do nível do lençol freático. 
 As adições por fluxos laterais são uma importante etapa na formação 
das bancadas lateríticas, onde os sesquióxidos de ferro são mobilizados 
por drenagem oblíqua. As adições por ascensão capilar ocorrem apenas 
em áreas de clima seco, onde sais são deslocados das camadas mais 
profundas do solo, pela águas que migra por capilaridade quando do 
ressecamento das camadas superiores do solo. 
• Transformações: Este processo diz respeito a toda modificação química, física 
ou biológica dos constituintes do solo, sejam eles residuais, neoformados ou 
importados. 
o Formação da Estrutura: A formação da estrutura está ligada a duas 
causas, sendo a primeira a formação dos agregados e como um passo 
complementar a sua estabilização. Para a formação é necessário que os 
colóides no solo floculem e que haja mudanças de volume do solo. Já a 
sua estabilização é função principalmente dos compostos orgânicos, 
sesquióxidos de Fe e Al, carbonatos e da própria argila. 
o Pedoturbações: Segundo Bridges (1982): define-se pedoturbação como 
sendo toda e qualquer modificação sofrida pelo solo, seja por 
movimentos relativos do solo (tal como expansão e contração), seja 
pela atuação da fana do solo, a qual abre cavidades tubulares, 
chamadas de pedotúbulos. 
• Translocações: Para Oliveira (1972), as translocações envolvem todo o 
transporte seletivo no interior dos perfis, quer seja de constituintes residuais, 
que seja de neoformação, ou importados, e sua deposição em certos níveis dos 
mesmos. 
o Translocações de Sais: Os sais mais comuns que são translocados são os 
bicarbonatos, cloretos e sulfatos, acompanhados de cátions básicos 
como o Ca, Mg, Na e K. Estes se acumulam no solo quando o balanço 
entre a sua lavagem e produção é maior para o último. (Vieira 1975); 
o Translocações de Argila: A argila coloidal é uma das substancias mais 
importantes que é arrastada da parte superior do perfil e se deposita na 
parte inferior na forma de partículas argilosas ao redor ou entre 
partículas de solo; 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
o Translocação de Sesquióxidos: Além de sais de cátions alcalinos e 
alcalino-terrosos, compostos de Fe, Al e Mn encontrados na solução do 
solo, transferem-se na forma de quelatos da camada orgânica superior 
do perfil e posteriormente se decompõem e precipitam no horizonte B 
como óxidos ou sesquióxidos ou mesmo hidroxidos como é o caso do 
manganês. 
• PERDAS (REMOÇÕES): De uma maneira geral as principais remoções de solo 
ocorrem quando a precipitação é maior que a evapotranspiração e os materiais 
do solo são lavados para baixo ou para fora dele. 
Oliveira (1972) define as perdas em três grupos principais: perdas a 
partir da superfície, perdas em profundidade e migrações laterais. As perdas a 
partir da superfície podem ser subdivididas em: 
o Exportação pelas colheitas: englobam todos os elementos que 
participam da formação dos tecidos vegetais e são transportados nas 
partes colhidas dos vegetais; 
o Perdas pelo fogo: acontecem quando da queima dos tecidos vegetais, 
uma grande quantidade de substâncias residuais se solubiliza, 
perdendo-se nas águas de percolação, nas enxurradas ou pelo vento; 
o Perdas pelas enxurradas: acontecem em áreas declivosas, sempre que a 
intensidade da precipitação ultrapassa a capacidade de infiltração do 
solo. 
o Perdas pelo vento: se dá com maior intensidade em áreas com fraca 
cobertura vegetal onde ocorram ventos fortes. 
o Perdas em Profundidade: são representadas pelas migrações da solução 
do solo que ocorrem sob o efeito da gravidade em direção ao lençol 
freático. 
o Migrações Laterais: correspondem às adições para outras áreas 
encostaabaixo, e são causadas pelos fluxos oblíquos de água no solo. 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
 
 Todos esses fenômenos descritos acima fazem com que aconteça uma 
organização da estrutura em diferentes camadas horizontais, as quais vão se 
tornando mais diferenciado com relação a “Rocha-Mãe” de acordo com a distância 
entre eles. Estas diferentes camadas podem ser melhor observadas em locais 
expostos, onde o solo exibe seus perfis, como exemplo cortes de estrada, 
barrancos, escavações e etc. 
 
Fonte: http://herbologia-mp.blogspot.com/p/capitulo-2.html 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
 
3.3 – Horizontes Principais 
 O perfil de um solo completo e bem desenvolvido possui basicamente quatro 
tipos de horizontes, ditos principais, e são chamados convencionalmente pelas letras: 
O, A, E, B e C. 
 Os horizontes principais, por sua vez, são sub-divididos e identificados, segundo 
seus diferentes tipos. Para sua nomenclatura fazemos o uso de números, letras 
maiúsculas e minúsculas. As letras minúsculas representam um novo tipo de horizonte 
(ex: Od e Oo), já os números representam as subdivisões de um mesmo horizonte (ex: 
A1, A2, A3). 
 
• Horizonte O: Esse Horizonte também é conhecido como Horizonte Orgânico. 
Esse Horizonte relativamente delgado e é constituído principalmente pelas 
folhas e galhos que caem dos vegetais pelos seus primeiros produtos em 
decomposição. Em geral está presente onde não ocorre revolvimento periódico 
para atividade agrícola. (Savanas, Florestas ou outros tipos de cultivos). 
• Horizonte A: É a camada mineral mais próxima da superfície. Tem como 
característica fundamental o acúmulo de matéria orgânica (parcial ou 
humificada) e a perda de materiais sólidos para o Horizonte B (via 
translocação). A coloração do Horizonte A representa a quantidade de húmus 
acumulado, dessa forma temos que quanto mais superficial mais escuro a 
camada é. (Próximo ao Horizonte O). 
• Horizonte E: Está presente em alguns solos, é aquele que é mais claro, onde 
ocorrem perdas de materiais que foram translocados para o Horizonte B 
(argilas e óxidos de ferro e húmus). 
• Horizonte B: É definido por aquele que apresenta o máximo desenvolvimento 
de cor, estrutura ou que possui acumulação de materiais translocados do A 
e/ou do E. Os materiais são removidos dos horizontes superiores pelas águas 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
que se infiltram no solo, que ficam retidos nas camadas mais profundas, 
formando assim esses horizontes de acumulação. 
 
Fonte: http://www.webartigos.com/content_images/Pipo/argissolo%20perfil.png 
 
• Horizonte C: O Horizonte C fica abaixo dos demais Horizontes. Ele corresponde 
ao Saprólito, isto é, rocha pouco alterada pelos processos de formação do solo 
e, portanto, possui características próximas ao material do qual o solo, 
presumidamente se formou. Os Saprólitos também são conhecidos como 
“Rocha Podre”. 
 
Fonte: http://www.geol.sc.edu/gegeo/guiadecampo/ZonaG/00629_ZGE16y17F2.jpg 
 
 
 
 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
3.3.1 – Tabela dos Horizontes 
 
 
 
 
 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
 
TABELA 2.2 - SUBSCRITOS UTILIZADOS NA CARACTERIZAÇÃO DOS 
HORIZONTES E CAMADAS DO SOLO (SNLCS / EMBRAPA, 1988). 
 
 
 
 
APOSTILAS DE PEDOLOGIA – PROF. FLAVIO ALMEIDA 
 
3.4 – BIBLIOGRAFIA 
• Lepsch, Igo F.; Formação e Conservação dos Solos, Oficina de Textos, 
2002. 
• Prado, Helio; Manual de Classificação de solos no Brasil; 2ºed. Jaboticabal: 
FUNEP, 1995.

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