Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude USO DE PLANTAS MEDICINAIS PELOS PACIENTES COM CÂNCER DE HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE EM JOÃO PESSOA (PB) USE OF MEDICINAL PLANTS BY PATIENTS WITH CANCER OF PUBLIC HOSPITALS IN JOÃO PESSOA (PB) Ednaldo Cavalcante de Araújo1, Rinalda Araújo Guerra de Oliveira2, Aline Teixeira Coriolano3, Edna Cavalcante de Araújo4 1Professor Doutor do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 2Professora Doutora do Departamento de Fisiologia e Patologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 3Médica do Hospital Agamenon Magalhães/Recife (PE), ex-bolsista do PIBIC/CNPq. 4Médica do Programa Saúde da Família/Montadas (PB). Correspondência: Ednaldo Cavalcante de Araújo (ednenjp@gmail.com) Resumo ____________________________________________________________________________________ Estudo exploratório descritivo, de abordagens quantitativa e qualitativa, com o objetivo de investigar o uso espontâneo de plantas medicinais pelos portadores de câncer, internos em hospitais públicos e ou em tratamento ambulatorial da rede pública de saúde da cidade de João Pessoa (PB). Quarenta pacientes participaram da pesquisa, sendo utilizados para a coleta de dados um questionário e um roteiro de entrevista semi-estruturado. Os dados coletados foram submetidos à análise estatística descritiva. Os resultados evidenciaram que 47,5% dos pacientes de câncer afirmaram usar alguma planta medicinal, 70% não buscaram informações sobre plantas medicinais, 79% não informaram aos médicos que as utilizavam. A maioria dos pacientes que usou plantas (54%) referiu não associá-las com medicamentos convencionais, enquanto os demais, ou associaram plantas diferentes ou plantas medicinais com medicamentos prescritos pelo médico. A utilização de plantas medicinais associadas com medicamentos convencionais possui riscos e benefícios que precisam ser avaliados pelo médico. Descritores: Plantas medicinais; Neoplasias; Pacientes; Hospital. Abstract ____________________________________________________________________________________ Exploratory and descriptive study of quantitative and qualitative approaches, aiming to investigate the spontaneous use of medicinal plants by patients with cancer of public hospitals and or clinic treatment of the health public services of João Pessoa (PB). Data was collected applying a questionnaire and a script of interview half-structuralized to 40 patients. Data were analyzed using descriptive statistics. As results it was found that 47.5% of sample has used some medicinal plants, 70% of the patients with cancer were not searching any information about medicinal plants, 79% had not informed to the doctors on the use of medicinal plants. Most of patients that used medicinal plants (54%) denied associating them with synthetic medicines, while another part had associated different medicinal plants or associated medicinal plants with medicines prescribed for the physician. As results we concluded that the use of medicinal plants associates with synthetic medicines for the cancer carriers risks and benefits being necessary doctor’s evaluation. Keywords: Plants, Medicinal; Neoplasms; Patients; Hospital. 44 Araújo EC, Oliveira RAG, Coriolano AT et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude INTRODUÇÃO Em termos gerais, câncer é uma doença cuja característica é a multiplicação e a disseminação descontrolada de células anormais do organismo, fenômeno conhecido como metástase.1,2,3 Poucas doenças demonstram ser tão dependentes de uma etiologia multifatorial como o câncer. Dentre estes fatores destacam-se: 1) é uma doença geneticamente determinada e programada; o sistema imunológico do indivíduo apresenta-se deficiente; há suscetibilidade individual a várias influências ambientais e a substâncias tóxicas; depende de hábitos alimentares errôneos do indivíduo; há o envolvimento de múltiplos agentes virais e fatores psicoemocionais3,4,5. A medicina convencional estabelece três abordagens principais no tratamento do câncer: excisão cirúrgica, irradiação e quimioterapia. Entretanto, nas últimas décadas, têm-se observado relevantes mudanças na relação médico e paciente, visto que este solicita ao seu médico que sejam prescritos tratamentos alternativos para a cura de seu mal. Por outro lado, se o paciente não for atendido em sua solicitação, ele próprio ou com ajuda de familiares, amigos ou vizinhos, buscam outras terapêuticas, como é o caso da fitoterapia. Estima-se que mais de 60% de todos os pacientes usam métodos alternativos de tratamento no curso de sua doença1,3,6,7,8. A fitoterapia é uma terapêutica milenar. Caracteriza-se pelo tratamento com o uso de plantas medicinais e suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de princípios ativos isolados. Pode-se afirmar que 2000 anos antes do aparecimento dos primeiros médicos gregos, já existia uma medicina egípcia organizada. A Medicina Tradicional Chinesa é conhecida desde 2.500 anos a.C, e utiliza predominantemente plantas medicinais para o tratamento de várias enfermidades que acometem os seres humanos até os dias atuais9. Os recursos terapêuticos disponíveis até o século XIX eram exclusivamente oriundos de plantas medicinais e extratos vegetais. No século XX, inicia-se a tendência de se isolar os princípios ativos5,10,11. No Brasil, a fitoterapia foi incluída nas práticas alternativas no Sistema Público de Saúde, através da Comissão Interministerial de Planejamento (CIPLAN, Resolução. nº 8/88) a qual, nos últimos anos, vem sendo implantada em vários municípios. Está incluída na Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares (MNPC), no Sistema Único de Saúde (SUS)12. O Brasil é um país com muitas potencialidades neste campo, por possuir a maior diversidade vegetal do mundo. Sob o ponto de vista químico e farmacológico, menos de 1% das espécies vegetais foram analisadas13,14. O conhecimento sobre as plantas medicinais sempre tem acompanhado a evolução do homem através dos tempos. Remotas civilizações primitivas se aperceberam da existência, ao lado das plantas comestíveis, de outras dotadas de maior ou menor toxicidade que, ao serem experimentadas no combate às doenças, revelaram, embora empiricamente, o seu potencial curativo. Toda essa informação foi sendo de início, transmitida oralmente às gerações posteriores e depois com o aparecimento da escrita, passou a ser compilada e guardada como um tesouro precioso14. Também, há algum tempo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra- se interessada nos sistemas terapêuticos indígenas, especialmente nos que usam plantas medicinais. Aproximadamente 80% da população mundial ainda utiliza medicamentos compostos de plantas. A OMS busca, por meio do adequado estudo e desenvolvimento destes sistemas, que melhores cuidados de saúde possam ser estendidos a todos12,14. Igualmente no mundo ocidental, principalmente nas últimas décadas, assistiu-se a um crescente interesse pelo uso das plantas medicinais e dos respectivos extratos na terapêutica, constituindo, em certas circunstâncias, uma ajuda nos cuidados primários de saúde e um complemento terapêutico, compatível com a medicina convencional. Para isso, deverá haver garantia de segurança em relação a efeitos tóxicos e conhecimentos sobre efeitos secundários, interações, contra-indicações, mutagenidade, dentre outros e, também, a existência de ensaios farmacológicos e experimentação clínica que demonstrem eficácia paraeste tipo de medicamento14. Por meio de ensaios pré-clínicos, várias espécies já foram testadas demonstrando atividades antineoplásicas, destacando-se: O extrato das raízes de urtiga branca (Cnidosculus urens (L.) Art) − tem como principio ativo a urensina. É ativo sobre 45 Uso de plantas medicinais Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude o sarcoma 180 e o carcinoma de Ehlich em camundongos, e o carcinoma de Walker 256 e o sarcoma de Yoshida em ratos albinos15. Struthantus sp (erva de passarinho) − em testes in vitro, inibe o crescimento de células tumorais16. Hymathanthus sucuuba − é efetiva em inibir o crescimento de diferentes linhagens neoplásicas17. Apidosperma porvifolium (peroba, pau pereira) − tem potencial antitumoral18. Physalis angulata L. (camapu) − os extratos e frações são promissoras para o isolamento de substâncias antineoplásicas19. O antineoplásico Oncovin tem em sua composição o sulfato de vincristina, um alcalóide extraído da Boa-noite (Catharanthus roseus (L.) G. Don), ativo em leucemia linfocitária, Mal de Hodgkin e diversos cânceres infantis. O sulfato de vincristina demonstrou exercer efeito satisfatório sobre a leucemia aguda linfoblástica e em alguns casos, de reticulosarcoma que não responde bem a outras terapias1,5,13. METODOLOGIA Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagens quantitativa e qualitativa, com o objetivo de investigar o uso espontâneo de plantas medicinais pelos portadores de câncer, internos em hospitais públicos e/ou tratamento ambulatorial da rede pública de saúde da cidade de João Pessoa (PB). Este estudo foi realizado em ambulatórios e em enfermarias de dois Hospitais, um universitário e outro filantrópico, localizados no município de João Pessoa (PB). A amostra foi do tipo não-probabilística e intencional com 40 adultos de ambos os sexos. Foi utilizado um questionário e um roteiro de entrevista semi- estruturado para a coleta de dados, entre agosto de 2000 a junho de 2001, durante as visitas dos pesquisadores aos referidos hospitais, com as seguintes variáveis: dados de identificação, conhecimento do paciente sobre as plantas medicinais utilizadas após o diagnóstico clínico e laboratorial, fonte de obtenção das referidas plantas, quem as recomendou e conhecimento sobre riscos e benefícios do uso de plantas medicinais. Este estudo foi iniciado após o parecer favorável do Comitê de Ética do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Desta maneira, os princípios da Resolução 196 de 1996 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde20, sobre pesquisa com seres humanos, foram considerados. Os participantes foram informados sobre todas as etapas do estudo, assegurando-lhes que a participação seria voluntária e que as respostas seriam de grande importância para a pesquisa, garantindo-lhes o direito ao sigilo e a privacidade, bem como desistirem em continuar respondendo os instrumentos de pesquisa a qualquer momento. Logo após estes procedimentos, eles assinaram os termos de “consentimento livre e esclarecido” e “pós-informado”. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva, considerando números absolutos e relativos para justificar a maior incidência nas respostas, demonstradas em valores percentuais com o intuito de facilitar a interpretação e discussão dos mesmos. A análise dos dados qualitativos baseou-se na proposta de Bardin21, de acordo com os seguintes passos: 1) todas as informações referentes às perguntas foram retiradas das respostas; 2) Todas as respostas (falas) foram reunidas, a fim de que se pudesse proceder a uma classificação, segundo características comuns; 3) e, a partir daí, procedeu-se à análise, discutindo-as à luz da literatura científica relacionada ao tema. RESULTADOS A amostra desse estudo foi composta de 40 portadores de câncer dos quais 25 do sexo feminino e 15 do masculino. A faixa etária variou entre os 30 aos 83 anos. Quanto à situação conjugal, 80% eram casados. No que diz respeito à religião, 70% referiram ser católicos. Quanto à escolaridade, 75% possuíam o ensino fundamental incompleto. De acordo com a situação de emprego, 67,5% afirmaram trabalhar, destes, 60% tinham remuneração de um salário mínimo. Ao responderem a questão sobre o motivo da procura pelo serviço de saúde, as respostas dos portadores de câncer foram as mais diversas, destacando-se: 1) hemorragia vaginal intensa; 2) esperar vaga para uma cirurgia; 3) 46 Araújo EC, Oliveira RAG, Coriolano AT et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude realizar algum tratamento em outro hospital, devido ao câncer; 4) dor na axila; 5) por necessidade devido doença; 6) retorno da menstruação após 20 anos; 7) emagrecimento considerável em curto espaço de tempo; 8) anorexia; 9) dores intensas e, 10) observação de um “caroço” no corpo. Apenas 13 (32%) dos portadores de câncer referiram: “[...]eu sei que tenho câncer por causa dos exames[...]”, mas o referiram como “aquela doença” e “doença ruim”, muitas vezes, expressavam o desagrado ao pronunciar a palavra “câncer”, ao passo que 67,5% afirmaram: “[...]estou com uma doença grave a julgar pelas dores e meu comprometimento físico[...]”; “[...]estou com uma doença difícil de tratar, pois eu tomava muitos remédios e não melhorava como esperava[...]”; “[...]estou com o útero virado” e “tenho um problema sério no fígado[...]”. Vale salientar que estes pacientes foram submetidos aos exames laboratoriais e receberam o diagnóstico positivo para o câncer. Ao serem abordados sobre o uso de plantas medicinais, 47,5% dos portadores de câncer afirmaram: “[...]eu faço uso de alguma planta medicinal[...]” e, 52,5% negaram o uso de qualquer planta medicinal; a maioria que usou alguma planta medicinal referiu: “[...]eu não associo planta medicinal com medicamentos convencionais[...]” (54%); os demais ou associaram com outra planta ou com medicamentos prescritos pelo médico. Todos os pacientes que usaram alguma planta medicinal afirmaram: “[...]eu obtive uma melhora relativa de meus sintomas com o uso das plantas medicinais e não apresentei efeitos adversos ou indesejáveis[...]”. Grande parte dos que usaram alguma planta referiu: “[...]eu não usei a planta isoladamente (58%)[...]”; três referiram: “[...]eu usei com a radioterapia[...]”, cinco afirmaram: “[...]eu usei mais de uma planta por vez[...]”, e três afirmaram: “[...]eu associo plantas com remédios prescritos pelos médicos[...]”. Todos os pacientes afirmaram: “[...]eu uso plantas medicinais em meu domicílio[...]”. Sobre a investigação quanto à recomendação para o uso de plantas medicinais as respostas mais comuns foram: “[...]entre familiares e amigos[...]”; “[...]uma pessoa do hospital, uma enfermeira, que me falou sobre plantas medicinais[...]”, partindo daí seu interesse pelas mesmas e, dois referiram: “[...]foram os próprios médicos que recomendaram o uso de plantas[...]”. Quanto às fontes de informação sobre plantas medicinais, os portadores de câncer afirmaram: “[...]meus conhecimentos sobre plantas foram adquiridos do conhecimento popular[...]”. Um dado importante foi que 79% afirmaram: “[...]eu não informei aos médicos sobre o uso de plantas medicinais[...]”; “[...]estes profissionais não perguntavam nada sobre plantas[...]”; “[...]é porque eles não acham importante ter tal informação[...]”. As plantas usadas pelos portadores de câncer estão listadas no quadro 1 e será realizada a discussão com base na literatura pertinente confrontando o saber popularcom o científico. DISCUSSÃO Apesar do uso milenar, as plantas medicinais não são desprovidas de efeitos tóxicos. Entre os fatores responsáveis pela toxicidade das plantas destacam-se: a dose, a idade, o estado nutricional e de saúde5,22. Em um portador de neoplasia maligna existe ainda um outro fator que poderá interferir de forma negativa ou positiva na administração de plantas medicinais que é o tratamento com quimioterápicos, medicamentos de origem natural ou sintética, empregado para inibir o crescimento de células malignas no interior do organismo. Estas drogas, em especial, as citotóxicas, afetam todos os tecidos normais que sofrem divisão. Portanto, pode produzir mielotoxicidade com leucopenia, provocando imunodepressão, cicatrização deficiente de feridas e alopecia. A maioria provoca náuseas e vômitos1. Pôde-se observar no quadro 1 que das 13 plantas medicinais, o alho foi a primeira planta usada pelos portadores de câncer. Sabe-se pela literatura de inúmeras indicações terapêuticas do alho, a destacar: na prevenção/tratamento de gripes; resfriados e bronquite pneumonia; regular a gordura do sangue; equilibrar a flora intestinal e a hiperglicemia; desinfetar o organismo e combate toxinas intestinais; expulsar vermes; é tônico; reduzir a hipertensão; desintoxicar os fumantes; equilibrar as taxas de colesterol e triglicerídeos; prevenir contra tumores malignos; relaxar os vasos sanguíneos evitando a arteriosclerose. Ajuda a eliminar toxinas, pois contém muito enxofre. Também, 47 Uso de plantas medicinais Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude contém germânio, que facilita a absorção de oxigênio pelas células. A alicina, presente no alho tem, in vitro, efeitos antibacterianos e antimicóticos. Reduz a incidência de câncer do estômago4,5,23,24. De acordo com Alonso5, vários estudos científicos confirmam que os benefícios da inclusão do alho (Allium sativum), na dieta está relacionada a uma menor taxa de incidência de câncer de estômago à medida que se aumenta o seu consumo associado com a cebola. Sabe- se que a acidez do suco gástrico é um elemento protetor contra a proliferação de bactérias e fungos. No entanto, condições nas quais se altera o pH ácido levando-o a cinco, como se observam em pessoas com gastrite atrófica, se favorece o crescimento de bactérias e fungos gerando assim uma maior susceptibilidade por parte da mucosa gástrica, de transformar os nitratos absorvidos com os alimentos em nitritos, primeiramente e, depois, em nitrosaminas, das quais se conhece seu potencial carcirnogênico. O fato é que a ingesta de alho tem demonstrado neutralizar o efeito catalisador de germes e evitar a referida transformação5. Existem trabalhos que demonstram que o alho cru seria o único responsável pelo efeito, mas outras pesquisas demonstram que o alho cozido obteria igual, ou melhor, resultado. Um dos mecanismos para desempenhar seu papel imunomodulador é através da estimulação da atividade fagocitária por parte dos macrófagos. Também é mencionado o mecanismo de interferência enzimática, de proteção de DNA e de inibição do processo mutagênico produzido por determinados agentes citotóxicos. O alho tem demonstrado ser um regulador do ácido araquidônico5. Quadro 1 – Plantas usadas pelos portadores de câncer de Hospitais na cidade de João Pessoa (PB). Nome da planta Indicação Parte usada Forma de uso Preparação Local de Obtenção Alho (Allium sativum L.) Hipertensão; colesterol alto; Câncer Bulbo Misturado com álcool; ingerir o bulbo In natura Nas feiras e nos supermercados Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) Inflamação; Câncer Casca Banho de assento Decocto Nas feiras Babosa (Aloe sp) Câncer Toda a planta Garrafada Misturada com cachaça Nas feiras e na própria residência. Babatenon (Stryphnodendron adstrigens (Mart.) Coville Ferimentos Casca Chá Decocto Nas feiras Boldo (Peumus boldus) Digestão difícil Chá Infuso Nas feiras e nos supermercados Camomila (Matricaria chamomilla L.) Nervosismo Folha Chá Decocto Nas feiras e nos supermercados Capim-santo (Cymbopogon citratus DC. Stapf.) Calmante Folha Chá Infuso Na própria residência Cajueiro roxo (Anacardium occidentale L.) Inflamação Casca Chá Decocto Nas feiras Erva-doce (Pimpinella anisum L.) Insônia; aumentar apetite; cólicas infantis Semente Chás; temperar alimentos Infuso Nos supermercados Ginseng (Panax ginseng C. A. Meyer) Estimulante Cápsulas Oral Nas farmácias Ipê-roxo ou pau d’arco (Tabebuia avelanedae Lor. ex. Griseb) Inflamação Câncer Casca Ingestão com água Tintura Obtinham pronto Jatobá (Hymenaea courbaril L.) Inflamação Raspa Chá Decocto Com a vizinhança Romã (Punica granatum L.) Inflamação Casca do fruto Gargarejo Decocto Nas feiras 48 Araújo EC, Oliveira RAG, Coriolano AT et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude Existe uma maior incidência de câncer naquelas pessoas que consomem dietas abundantes nesse ácido e que as células cancerosas se multiplicam muito mais em meio de cultura adicionados com ácido araquidônico. O alho, portanto, atua inibindo a conversão do ácido araquidônico em compostos mais ativos. Estudos ainda mostram a eficácia do alho na inibição do crescimento e de multiplicação celular em câncer de mama humano. Em respeito aos compostos lipossolúveis, ajoeno mostrou ser o mais eficaz como substância antineoplásica, comparado com a alicina. Por sua vez, o grau de citotoxidade do ajoeno demonstrou ser duplamente maior em células tumorais do que sobre células normais5. A aroeira (Schinus terebinthifolius, Raddi) é bastante difundida na Região Nordeste devido a sua ação antiinflamatória. A casca é depurativa, febrífuga, tem ação imediata e enérgica sobre as hemoptises e as afecções uterinas em geral25. Foi comprovada a ação terapêutica em cervicites e vaginites crônicas, utilizando tampões intravaginais impregnados com extrato hidroalcóolico de aroeira mantendo em contato com a cérvice durante 24 horas. Foi comprovada também a ação contra Staphilococcus aureus. A ingestão dos frutos é capaz de provocar intoxicações com diarréia e vômitos22. É empregada empiricamente em fomentações para combater tumores linfáticos25,26. A babosa pertence ao gênero Aloe e é cultivada em zonas tropicais. Existem cerca de 360 espécies de Aloe das quais a mais usada terapeuticamente é a Aloe vera Tourn (Aloe barbadensis Miller)5,27,28,29. Na literatura consultada foram encontradas 26 espécies de Aloe, as quais foram avaliadas quanto as suas atividades antitumorais, sendo todas ativas. Possuem as seguintes ações farmacológicas: laxativa, emenagoga, hepatoprotetora, antiinflamatória, cicatrizante, emoliente, hidratante e protetora da pele contra os raios solares, antihemorroidal, antihelmíntica e antibacteriana. O uso interno prolongado da babosa leva a perda de minerais essenciais27,29,30. O uso interno diário de preparados que contêm antraquinonas (um dos grupos químicos da babosa) por períodos prolongados (mais de três meses), pode provocar dores abdominais, diarréia sanguinolenta, hemorragias gástricas e nefrite. Os sintomas de intoxicação por consumo excessivo do látex são basicamente: hipocalemia, hiperaldosteronismo, pulso lento e hipotermia. O sintoma mais importante nos quadros de intoxicação é a diarréia27,29,30. O barbatimão é o nome popular do Stryphnodendron adstrigens(Mart) Coville. Estudos pré-clínicos comprovaram sua ação antiinflamatória e antibacteriana27,29,30. No Estado da Paraíba, a espécie utilizada na medicina popular é Phithecelobium avaremotemo Mart., comum no litoral, cujas cascas são vendidas em feiras-livres para preparação de remédios caseiros. Encontra-se registro na literatura sobre um estudo pré-clínico com o boldo (Peumus boldus Molina) avaliando a possibilidade de atividade antitumoral, porém o mesmo mostrou-se inativo. O boldo tem em sua composição boldina que lhe confere propriedades hepatoprotetoras e coleréticas. O óleo essencial possui propriedades antibacterianas e antimicóticas. Doses altas do boldo ou uso prolongado podem ocasionar perturbações visuais e auditivas e altas doses da essência podem causar irritação renal, vômitos e diarréia. Devido à presença da boldina pode apresentar ainda efeitos narcóticos ou convulsivantes. Não deve ser prescrito para crianças abaixo dos seis anos5,27. Com relação à camomila (Matricaria chamomilla L.), encontram-se na literatura três estudos pré-clínicos avaliando uma ação antitumoral, nos quais, a planta mostrou-se inativa. A camomila apresenta uma atividade ansiolítica devido ao flavanóide apigenina que é capaz de se ligar aos receptores GABA-A cerebrais de maneira similar aos benzodiazepínicos. Possui ainda atividade antiespasmódica, antiinflamatória e antibacteriana. A camomila pode interferir com a absorção de ferro durante tratamentos orais com este mineral5,27. Quanto ao Capim-santo (Cymbopogon citratus DC. Stapf), ele possui as seguintes propriedades farmacológicas: antibacteriana, antifúngica, espasmolítica, analgésica, calmante e anticarcinogênica. Esta última ação se deve aos compostos alfa-limoneno e geraniol do óleo essencial que aumentam a atividade da glutathion-S-transferase (GST), significando uma maior proteção de carcinogênicos27,30. A árvore do cajueiro roxo (Anacardium occidentale L.) é brasileira, tipicamente 49 Uso de plantas medicinais Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude nordestina. Rica em taninos, que lhe confere atividades adstringentes, antiinflamatórias e hemostáticas importantes. A decocção das cascas e a infusão das folhas são usadas como tônico, antidiabético e antiinflamatório31,32,33. No que diz respeito à Erva-doce (Pimpinella anisum L.), suas principais ações farmacológicas se encontram no aparelho digestivo e respiratório devido a seus efeitos carminativos, espasmolíticos e expectorante, por aumentar o transporte mucociliar. O principal componente do óleo essencial é o anetol que apresenta uma estrutura química similar a catecolaminas, o que lhe confere uma ação simpaticomimética. Estudos in vitro determinaram que o anetol possui propriedades inseticidas, antifúngicas e antiparasitárias. Altas doses podem provocar confusão mental, sonolência, paralisia muscular, transtornos respiratórios, convulsões e coma. Um de seus componentes, o bergapteno, é relatado como agente carcinogênico. Desaconselha-se o uso de erva-doce na presença de tumores hormônio- dependentes; altas doses podem interferir com anticoagulantes e inibidores da MAO5. O uso do ginseng (Panax ginseng) como tônico, provavelmente, se originou na China há milhares de anos. A análise química comprovou que o ginseng contém várias vitaminas, sais minerais e substâncias ativas chamadas saponinas. É utilizado para aumentar a capacidade mental e física, além da resistência à tensão5. Ipê-roxo também conhecido como Pau D’arco (Tabebuia avellanedae Lor. ex. Griseb), cujo princípio ativo é o lapachol. Na literatura consultada foram encontrados ensaios-clínicos confirmando a atividade antineoplásica do Ipê- roxo. Estudos clínicos foram realizados em pacientes portadores de adenocarcinomas do fígado, da mama, da próstata, carcinoma epidermóide do assoalho da boca e do colo do útero, utilizando quatro doses de 20 a 30 mg/kg/dia via oral. Quanto aos resultados, foram observados a redução temporária das lesões e a diminuição das dores22,27. Por outro lado, encontram-se na literatura estudos pré-clínicos para outras espécies do gênero Tabebuia (Tabebuia cassinoides e Tabebuia impetiginosa) sobre ação antitumoral. Os mesmos mostraram atividade positiva destas plantas para tal função30. A casca (decocção) e a resina (crua e fresca) do Jatobá (Hymenaea courbaril L.) são empregadas em afecções das vias aéreas superiores, vias urinárias e do aparelho digestivo como adstringente. São indicadas, também, em casos de bronquite, asma, tosse, hemoptise, inflamação da bexiga e próstata, dentre outras32. É uma árvore que cresce até 50 metros, possui folhas verdes com pequenas flores vermelhas. Na base da planta pode-se observar uma resina laranja que é utilizada para fabricação de incenso. Num estudo com o extrato da casca do fruto da romã (Punica granatum L) ficou constatado uma ação contra diversos microorganismos, cujos halos de inibição foram: Staphylococcus aureus (16 mm), Bacillus antracis (13 mm), Bacillus cereus (13 mm), Bacillus subtilis (14 mm), Erwinia carotovora (20 mm), Mycobacterium smegmatis (16 mm), Mycobacterium phlei (20 mm), Mycobacterium tuberculosis (24 mm), Candida tropicalis (20 mm), Candida albicans (18 mm), Cryptococcus neoformans (18 mm) e Nocardia asteroides (24 mm). Ainda foram observados atividades contra grupos Gram positivos, álcool-ácido resistente e leveduras. O pericarpo, de sabor adstringente e desagradável, é rico em taninos, dos quais foram isolados granatinas A e B, punicalagina e punicalina, sendo estes, os prováveis responsáveis pela atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Clostridium perfrigens, Salmonella sp e Serratia sp22. A maioria dos pacientes desse estudo não se informava sobre plantas (70%), talvez pelo fato de considerá-la que “se bem não fizer, mal não fará”. É preciso que, quando solicitada, a equipe de saúde forneça informações complementares a estes pacientes. As plantas são medicamentos naturais que podem provocar efeitos indesejáveis, tóxicos ou mesmo interagirem com os medicamentos convencionais em uso22. Na literatura consultada foi encontrado um manual para o paciente orientando sua conduta durante o tratamento com quimioterapia, uma atitude elogiável que tornaria o tratamento mais humanizado visto que, além das informações técnicas, há vários números de telefones da equipe multidisciplinar, disponível para os pacientes em casos de intercorrências durante o tratamento. Porém, nada se informa sobre os chás que provavelmente sejam utilizados. CONCLUSÕES Neste estudo ficou evidenciado que muitos pacientes não usavam apenas os medicamentos 50 Araújo EC, Oliveira RAG, Coriolano AT et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude convencionais prescritos pelos médicos, mas também, as plantas medicinais. Diante dessa constatação, consideramos necessário que sejam iniciadas novas pesquisas que possam contribuir de forma científica na avaliação dos riscos e benefícios do uso de plantas medicinais e, esperamos ter “lançado a semente” para a notificação do uso de plantas medicinais pelos profissionais da saúde. Diante das alterações que o câncer traz à vida dos doentes e da profunda transformação que o próprio tratamento da doença acarreta, é preciso preparar os profissionais da saúde para que possam lidar de forma mais humanizada com as conseqüências da doença na vida de seus clientes como também para lidar com suas próprias emoções diante da morte. Torna-se necessária a capacitação de equipes interdisciplinarespara o atendimento de pacientes com câncer que ofereceram suporte tanto na área da saúde física quanto na saúde psíquica dos doentes. AGRADECIMENTOS À direção dos Hospitais pela autorização concedida para a realização desse estudo. Aos participantes, pelas valiosas informações. Ao PET-Farmácia/UFPB, pelo apoio e ao CNPq, pela concessão de bolsa PIBIC. REFERÊNCIAS 1. Rang HP, Dale MM. Farmacologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. 2. Baracat FF, Fernandes Júnior HJ, Silva MJ. Cancerologia atual: um enfoque multidisciplinar. São Paulo: Roca; 2000. 3. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer no Brasil [monografia online]. Brasília; Ministério da Saúde. [citado 2005 Maio 14]. Disponível em: http:// www.inca.org.br. 4. Balch JF, Balch PA. Receitas para a cura através de nutrientes: manual prático, de A a Z, para tratamentos naturais usando vitaminas, minerais, ervas e suplementos alimentares. Rio de Janeiro: Campus; 1995. 5. Alonso JR. Tratado de fitomedicina: bases clínicas y farmacológicas. Buenos Aires: ISIS Ediciones SRL; 1998. 6. Gomes R. Oncologia básica. Rio de Janeiro: Revinter; 1997. 7. Gruenwald J. O crescente papel das plantas medicinais nos cuidados de saúde da Europa. São Paulo. Rev. Racine 1998; 32:151-153. 8. Grothey A. Use of alternative medicine in oncology patients. Dtsch Med Wochenschr. 1998; 123(31-32):923 -9. 8. Yamada CSB. Fitoterapia: sua história e importância. São Paulo. Rev Racine 1998; 43:50-1. 9. Schenkel EP, Gosman G, Petrovick PR. Produtos de origem vegetal e o desenvolvimento de medicamentos. In: Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR, organizadores. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre: Editora da UFSC; 2003. 10. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n° 17 de 24.02.2000. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União. Brasília: Ministério da Saúde; 2000. 11. Brasil, Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares – PMNPC. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 12. Calixto JB. Biodiversidade como fonte de medicamentos. Revista Ciência e Cultura Temas e Tendências SBPC 2003; 55(3): 37- 39. 14. Cunha AP. Aspectos históricos sobre plantas medicinais, seus constituintes activos e fitoterapia [citado 2006 Abril 06]. Disponível em: http://antoniopcunha.com.sapo.pt/ahspmscaf. htm. 13. Lima OG, Albuquerque IL, Lacerda AL, Moreira LC, Martins DG. Substâncias antimicrobianas de plantas superiores: comunicação das primeiras observações sobre o efeito antineoplásico de extrato aquoso de córtex de raízes Cnideoscolus urens (Euphorbiaceae). Revista do Instituto 51 Uso de plantas medicinais Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.44-52, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude de Antibióticos do Recife 1973; 13(1-2):19- 21. 14. Soares ROA, Fernandez-Ferreira E, Gibaldi D, Stutz CM, Santos RR, Barbi NS, Xavier DCD, Tormassini TCB. Avaliação da capacidade antineoplásica de extratos de erva-de-passarinho Struthanthus sp. XV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, Águas de Lindóia, Brasil; 1998. 15. Santos MC. Câncer: metamorfose de uma vida. 50º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Natal, Brasil; 1998. 16. Jácome RLRP, Raslam DS, Dolabela MF. Atividades citotóxica, tripanosomicida e antitumoral dos extratos das cascas de Apidosperma porvifolium A. DC. XV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, Águas de Lindóia, Brasil; 1998. 17. Soares ROA, Fernandez-Ferreira E, Gibaldi D, Stutz CM, Santos RR, Barbi NS, Xavier DCD, Tormassini TCB. Avaliação da capacidade antineoplásica in vitro de extratos de Physalis angulata L, XV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, Águas de Lindóia, Brasil; 1998. 18. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 1996. 19. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977. 20. Diniz MFFM, Oliveira RAG, Medeiros ACD, Malta Júnior A. Memento fitoterápico: as plantas como alternativa terapêutica − conhecimentos populares e científicos. João Pessoa: Ed. Universitária; 1997. 21. Schulz V, Rudolf R, Tyler VE. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as ciências da saúde. Barueri: Manole; 1998. 22. Alho [online]. [citado 2006 Abril 07]. Disponível em: http://www.plantaservas.hpg.ig.com.br/arquiv os/ervas/alho.htm. 23. Aroeira [online]. [citado 2006 Abril 10]. Disponível em: http://www.geocities.com/plantas_medicinais/ newpage1.htm. 24. Aguiar FB. Ensaios Clínicos de Fase II para Avaliação de um fitoterápico composto (Schinus terebinthifolius Raddi; Plectranthus amboinicus, Lour e Eucalyptus globulus Labill) [Tese de doutorado]. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba; 2004. 25. Matos FJA. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais − projeto para pequenas comunidades. Fortaleza: EUFC; 2002. 26. Diniz MFFM, Oliveira RAG, Medeiros, ACD, Malta Júnior A. Babosa. In: Diniz MFFM, Oliveira RAG, Medeiros, ACD, Malta Júnior A, organizadores. Memento fitoterápico: as plantas como alternativa terapêutica, conhecimentos populares e científicos. João Pessoa: Ed. Universitária; 1997. 27. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer no Brasil [monografia online]. Brasília; Ministério da Saúde. [citado 2005 Maio 14]. Disponível em: http:// www.inca.org.br. 28. Babosa [online]. [citado 2006 Abril 02]. Disponível em: http://www.plantamed.com.br/. 29. Carriconde C, Mores D, Fritschen MV, Cardozo Júnior EL. Plantas medicinais & plantas alimentícias. Olinda: Centro Nordestino de Medicina Popular; 1995. 30. Matos FJA. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais − projeto para pequenas comunidades. Fortaleza: EUFC; 2002. 31. Silva MVB, Melo AFM, Medeiros IA, Diniz MFFM. Ensaios toxicológicos pré-clínicos com a casca do caule de Anacardium occidentale L. In: Encontro de Iniciação Científica. Prêmio Iniciação Científica 2002/2003. João Pessoa: Ed. Universitária; 2004. Recebido em 22/08/2006 Aprovado em 29/06/2007 52
Compartilhar