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Ressonancia_03

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Curso de 
Ressonância Magnética 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
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MÓDULO III 
 
FATORES EXTRÍNSECOS 
 
• Tempo de Repetição (TR): 
É o intervalo de tempo entre um pulso de 90° (1ª excitação) e outro pulso de 
90° (2ª excitação). 
? T1 curto- Sinal de Alta Intensidade. 
- Lípides, líquidos protéicos, sangramento subagudo (metemoglobina). 
Outras substâncias paramagnéticas com interações próton-elétron, dipolo-
dipolo a baixas concentrações (gadolínio, melanina). 
? T1 Longo- Sinal de Baixa Intensidade. 
- Neoplasias, edema, inflamações, líquidos, L.C.R. 
 
• Tempo de Eco (TE): 
É o intervalo de tempo entre um pulso de 90° e a leitura do sinal (eco). 
? T2 Curto- Sinal de Baixa Intensidade. 
- Depósito de ferro no fígado, efeito de suscetibilidade magnética 
(hemossiderina, desoxiemoglobina, ferretina). 
? T2 Longo- Sinal de Alta intensidade. 
- Neoplasias, edema, inflamações, gliose, líquidos puros, L.C.R. 
 
OU SEJA: 
* IMAGEM PONDERADA EM T 2- TR LONGO E TE CURTO. 
* IMAGEM PONDERADA EM DP- TR LONGO E TE CURTO. 
* IMAGEM PONDERADA EM T 1- TR CURTO E TE CURTO. 
 
 
 
 
 
 
75 
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• FLIP ANGLE (Ângulo de excitação): 
É o ângulo formado pelo desvio da imagem da magnetização longitudinal 
pelo pulso de RF, para o plano de magnetização transversal. Controla o contraste 
nas imagens nas diferentes sequências de pulso. 
 
- FLIP ANGLE de 90°- Máxima amplitude de sinal. 
- FLIP ANGLE < 90°- Menor amplitude de sinal. 
 
? Seqüências SPIN-ECO, FAST-SPIN-ECO, IR, FLAIR, STIR- Ângulo 
90°. 
? Seqüências Gradiente - ECO- Ângulo variável. 
- Mais próximo de zero grau- ponderação T 2* (5°- 20°). 
- Mais próximo de 90 - ponderação T1 (30°-90°). 
Contraste da imagem--------ângulo de excitação-------TE (ms) 
T1---------------------------------45-110°-------------------8-15° ms 
T2*------------------------------- 5-20°----------------------8-15° ms 
TR longo 200 a 400 ms- recuperação do vetor de magnetização longitudinal. 
 
• Formação de Imagens 
Como já foi discutido, para ocorrer o fenômeno da ressonância é necessário 
que se faça a utilização de um pulso de RF com uma energia suficiente para lançar o 
VME do hidrogênio para o plano transverso (90º), visto que ele se encontra com sua 
freqüência de precessão em um plano longitudinal (Bo). 
Um pulso de RF também provoca uma somatória e coloca em fase os 
momentos magnéticos individuais que constituem o VME e, em conseqüência, 
aparece uma magnetização transversa coerente, cuja precessão no plano transverso 
é a própria precessão do hidrogênio. De acordo com a freqüência de Larmor para 
aquele campo magnético em questão (para 1.5 T, a freqüência de precessão é de 
63,85 MHz; para 1.0 T, 42,57 MHz e para 0.5 T, 21,28 MHz). 
 
 
 
 
 
76 
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Com isto, pode-se induzir na bobina receptora, posicionada ao redor do 
segmento anatômico que está sendo examinados, uma voltagem ou sinal que tem a 
mesma freqüência que a freqüência do hidrogênio para aquele determinado tipo de 
magneto (0.5, 1.0 ou 1.5 T), independentemente do ponto de origem do sinal oriundo 
do paciente. 
Contudo, para que o sistema possa localizar espacialmente este sinal, é 
preciso plotá-lo em relação aos três eixos dos planos ortogonais através de uma 
codificação que possibilita sua identificação tridimensional aonde quer que ele se 
encontre. Esta “codificação” que permite a localização de um ponto do paciente em 
relação aos eixos das imagens é uma tarefa executada pelos gradientes. 
Gradientes são definidos como pequenas alterações do campo magnético 
principal gerado por bobinas localizadas ao longo do corpo do magneto (bobina 
gradiente). A passagem de uma corrente por uma bobina gradiente induz um campo 
magnético gradiente em torno dela, que é subtraído da potência do campo 
magnético principal (Bo ou acrescentado a ela. 
A magnitude do campo magnético principal é alterada linearmente pelas 
bobinas gradientes, de modo que se pode quantificar a potência do campo 
magnético e, por conseguinte, a freqüência de precessão dos núcleos ao longo do 
eixo do gradiente, permitindo uma codificação espacial. 
Os núcleos que se situam em um campo magnético de maior potência, em 
relação ao isocentro, se aceleram. Enquanto os núcleos que se situam em um 
campo magnético de menor potência, em relação ao isocentro, se desaceleram: a 
freqüência de precessão aumenta e diminui, respectivamente, devido ao gradiente. 
Em conseqüência disso, a posição de um núcleo ao longo de um gradiente pode ser 
identificada, graças à sua freqüência de precessão para cada ponto determinado. 
 No corpo do magneto existem três bobinas gradientes. Estas bobinas são 
referidas como bobinas gradientes Z, X e Y, de acordo com o eixo segundo o qual 
elas agem ao serem ativadas. O gradiente Z altera linearmente a potência do campo 
magnético ao longo do eixo Z do magneto, que é o eixo mais longo e que é paralelo 
ao eixo longitudinal do corpo do paciente. 
 
 
 
 
 
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O gradiente Y altera a potência do campo magnético ao longo do eixo Y do 
magneto que representa o eixo vertical, ou seja, aquele que tem uma posição 
vertical em relação ao paciente em decúbito ventral ou dorsal. O gradiente X altera a 
potência do campo magnético ao longo do eixo X do magneto, ou seja, aquele que é 
horizontal à superfície corporal. No conjunto, todos os eixos fazem entre si um 
ângulo de 90º (planos ortogonais). 
O isocentro magnético é o ponto central dos eixos dos gradientes, o qual 
coincide com os eixos do corpo do magneto. No isocentro magnético a potência do 
campo magnético permanece inalterada, mesmo ao serem ativados os gradientes. 
Em resumo, as tarefas principais dos gradientes são: seleção de cortes (localização 
de um corte – sagital, axial ou coronal - no plano de exame selecionado), localização 
espacial de um sinal ao longo do eixo longo da anatomia (codificação de freqüência) 
e localização espacial de um sinal ao longo do eixo curto da anatomia (codificação 
de fase). 
• Seleção de Cortes 
Um corte correspondente a um determinado plano situado ao longo do eixo 
de gradiente; tem todos os seus pontos com uma freqüência de precessão 
específica. Assim sendo, pode-se excitar de forma seletiva os pontos deste corte, 
bastando para isso a transmissão de um pulso de RF com uma faixa de freqüência 
que coincida com a freqüência de Larmor dos spins dos prótons de hidrogênio, 
situados exclusivamente naquele plano. 
Obtém-se, assim, a ressonância dos núcleos situados exclusivamente neste 
plano. Os núcleos situados em outros cortes ao longo do gradiente não entram em 
ressonância, pois a presença do gradiente modifica afreqüência de precessão dos 
mesmos. O plano de exame selecionado pelo examinador determina qual dos três 
gradientes irá executar a seleção dos cortes durante a seqüência de pulsos. 
O gradiente Z altera a potência do campo e a freqüência de precessão ao 
longo do eixo Z do magneto. Ele, portanto, seleciona os cortes axiais. O gradiente X 
altera a potência do campo e a freqüência de precessão ao longo do eixo X do 
magneto; é o responsável pela seleção dos cortes sagitais. 
 
 
 
 
 
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Finalmente, o gradiente Y altera a potência e a freqüência de precessão ao 
longo do eixo Y do magneto e seleciona os cortes coronais. Uma vez selecionado 
um corte, os sinais dele devem ser localizados ao longo de, pelo menos dois eixos 
da imagem através de um processo conhecido por codificação de freqüência que 
está associado ao eixo longo da anatomia. Nas imagens coronais e sagitais o eixo 
longo da anatomia situa-se ao longo do eixo Z do magneto. 
Neste caso, a codificação de freqüência é realizada pelo gradiente Z. Nas 
imagens axiais, o eixo longo da anatomia encontra-se ao longo do eixo horizontal do 
magneto (eixo X) e, neste caso, é o gradiente X que realiza a codificação de 
freqüência. Em especial, nos exames de crânio, o eixo longo da anatomia (ântero-
posterior) situa-se ao longo do eixo ântero-posterior do magneto e, assim, é o 
gradiente Y que deve promover a codificação de freqüência. 
• Codificação de fase 
Quando todos os gradientes são aplicados em um determinado tempo e 
ocorre a seleção de um corte, ocorre um desvio de freqüência ao longo de um eixo 
do corte e um desvio de fase ao longo de outro eixo. Desta forma, o sistema pode 
localizar um sinal individual da imagem. 
Esta informação deve ser agora traduzida em termos de imagem, o que 
ocorre através do armazenamento de informações no processador do sistema de 
computação que dispõe do chamado espaço K. O espaço K é o domínio da 
freqüência espacial, isto é, parte do sistema que armazena informações sobre a 
freqüência de um sinal e de que parte do paciente ele se origina. 
O espaço K tem uma forma retangular e tem eixos perpendiculares entre si, 
que representam o eixo de fase (formado por várias linhas horizontais) e o eixo de 
freqüência (formado por linhas verticais). Todas as vezes que é feita uma 
codificação de freqüência, ou de fase, são colhidos dados que devem ser 
armazenados nas linhas do espaço K e estes dados produzirão uma imagem do 
paciente. 
 
 
 
 
 
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Na realidade, o espaço K funciona como uma fonte de armazenamento de 
dados até que uma aquisição completa termine; o que ocorre quando todas as linhas 
do espaço K estão preenchidas. 
Para uma determinada aquisição, o número de linhas do espaço K que são 
preenchidas, é determinado pelo número de diferentes inclinações de codificação da 
fase que são aplicadas: uma vez preenchidas todas as linhas do espaço K 
selecionado, a aquisição de dados está completa, aquela parte do exame está 
terminada e os dados mantidos no espaço K são convertidos em imagens. Esta 
conversão é feita matematicamente por um processo conhecido como Transformada 
de Fourier Rápida (TFR). A TFR é um processo puramente matemático, e está além 
dos objetivos deste trabalho. 
• Matriz 
A unidade base de uma imagem digital é um pixel. O pixel, portanto, é 
apresentado em duas dimensões e representa também a unidade de superfície de 
um determinado tecido do paciente. O voxel representa um volume unitário de tecido 
do paciente e é determinado pela área unitária de superfície (pixel) multiplicada pela 
espessura do corte. A área do pixel é determinada pelo tamanho do campo de visão 
(CDV) e pelo número de pixels no campo de visão ou matriz. O campo de visão 
relaciona-se à extensão da anatomia coberta e ele pode ser quadrado ou retangular. 
Desta forma, a área do pixel pode ser determinada pela fórmula seguinte: 
Área do pixel= dimensões do CDV/ tamanho da matriz. 
O tamanho da matriz é determinado por dois números. O primeiro 
corresponde ao número de amostras de freqüência colhidas e, o segundo, ao 
número de codificações de fase efetuadas. Por exemplo, 512x256 indica que foram 
colhidas 512 amostras de freqüência durante a leitura e foram feitas 256 
codificações de fase. Uma matriz grosseira é aquela formada por um baixo número 
de pixels no CDV e uma matriz fina representa um número elevado de pixels no 
CDV. 
Conseqüentemente, o mesmo raciocínio é válido para o voxel: uma matriz 
grosseira é formada por um baixo número de voxels e, uma fina, por um elevado 
 
 
 
 
 
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número de voxels. Grandes voxels contêm mais núcleos de hidrogênio e, por 
conseguinte, maior número de spins para contribuir com um sinal mais forte dos que 
os pequenos voxels. 
Resumo: 
Resolução espacial- detalhes anatômicos: 
? Quanto > o pixel > intensidade de sinal < resolução. 
? Quanto < o pixel < defasagem intra-voxel > resolução. 
? Matriz pequena- diminui resolução espacial. 
? Matriz alta- aumenta resolução espacial. 
? 
• Campo de visão (FOV- FIELD OF VIEW): 
 
? Quanto > FOV > tamanho do pixel < resolução espacial. 
? Quanto < FOV < tamanho do pixel > resolução espacial. 
Área do pixel = FOV (mm) / Matriz (pixels). 
Ex: FOV 250/ matriz 256 x 256 
Pixel- 0,97 mm x 0,97 mm 
FOV -250 = 100 % S/R Quanto > FOV > S/R. 
FOV – 125= 75 % S/R Quanto < FOV < S/R. 
 
 
• RFOV- FOV RETANGULAR- Aumenta ou diminui o tamanho no sentido na 
codificação de fase e freqüência. 
 
Ex: FOV 20 cm / Matriz 192 x 256 
RFOV = 192 / 256 x 200 mm 
RFOV= 15 cm 
? Quanto < RFOV < tempo de aquisição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Espessuras de cortes: 
Quanto > Espessura > volume do voxel > S/R. 
Quanto < Espessura < volume do voxel < S/R. 
GAP- (espaçamento entre os cortes) 10 % da espessura do corte. 
 Ex: Corte 10 mm/ GAP 0,1 mm. 
 
• NSA OU NEX (Número de medidas): 
 
? Número de leituras de uma parte do espaço K. 
? Espaço K- Raw Data da Imagem. 
? Quanto > o número de NSA > Relação S/R > tempo. 
 
 
 
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• Intensidade do campo magnético (B0): 
 
? Quanto maior potência do campo (B0) > a freqüência de pressão do 
spin (W). 
? Quanto menor a potência do campo (B0) < a freqüência de precessão 
do SPIN ( W ). 
W = Y.B Freqüência de LARMOR 
 
• Bobinas de recepção: 
 
? BOBINAS DE SUPERFICÍCIE E QUADRATURA – Aumentam a 
relação sinal/ ruído. 
? BOBINAS DE CORPO- Diminuem a relação sinal/ ruído. 
 
• Homogeneidade do campo magnético: 
 
? Aumenta homogeneização- Aumenta relação sinal/ ruído. 
? Diminui homogeneização- Diminui sinal/ ruído. 
 
ARTEFATOS E AS TÉCNICAS PARA SUA REDUÇÃO 
 
Artefatos relacionados ao paciente incluem movimento, deslocamento 
químico e materiais magnéticos. O fluxo muitas vezes aumenta os artefatos, 
enquanto a angiografiapor RM é verdadeiramente imagem do fluxo. 
 
 
? Artefatos de movimentos 
 
 
 
 
 
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Movimentos resultam em fantasmas ou borrões nos detalhes em imagens de 
RM. Dentre os movimentos, estão incluídos: movimentação do paciente, movimentos 
periódicos cardíacos e respiratórios, deglutição, ou fluxo do L.C.R. 
 
? Sincronismo cardíaco 
Em imagem cardíaca, a aquisição é geralmente sincronizada através de um 
eletrocardiograma no intervalo RR do ciclo cardíaco. Isto elimina de forma efetiva os 
borrões e problemas inerentes à imagem cardíaca, embora limite algumas 
estratégicas de imagem. 
 
? Sincronismo respiratório 
A aquisição com sincronismo respiratório é executada durante a parte do 
ciclo em que ocorre o mínimo movimento do tórax. É uma técnica eficaz para 
minimizar os artefatos deste movimento, mas provoca um substancial aumento no 
tempo total do exame, e por isso não é muito utilizado. 
 
? Redução de artefato por codificação de fase. ( PEAR – Phase 
Encoded Artifact Reduction) 
A técnica (PEAR) foi desenvolvida para minimizar os efeitos do artefato da 
respiração sem sacrificar o tempo total do exame. É usado um dispositivo que 
detecta a respiração do paciente, através das mudanças nas paredes abdominais ou 
do tórax, e gera um sinal eletrônico correspondente. Os dados sensíveis ao 
movimento (região central do espaço K) são coletados na situação de pouco 
deslocamento do tórax, e os dados menos sensíveis ao movimento, durante o 
restante do ciclo respiratório. 
 
? Disparo por respiração 
De maneira semelhante ao sincronismo cardíaco, o disparo por respiração 
usa um sinal eletrônico gerado na expiração para iniciar a aquisição de dados. 
 
 
 
 
 
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? Compensação de fluxo 
A compensação de fluxo é também conhecida como gradiente para anular 
momento (gradient moment nuling), ou dessensibilização ao movimento. Ela envolve 
o balanceamento da fase para os spins em movimento e para os spins estacionários, 
no instante do eco. A seqüência FLAG (Flow Adjustable Gradients) executa esta 
tarefa para compensar velocidade, aceleração constante e pulsação. 
 
? Técnica de saturação de regiões (REST- Regional Saturation 
Technique) 
Com a técnica REST, os Spins fora do plano de interesse podem ser pré- 
saturados por um pulso de RF adicional que precede a seqüência, de maneira que 
os spins não tenham magnetização durante a aquisição. As regiões do REST podem 
ser paralelas ou perpendiculares ao plano, ou orientação arbitrária. O REST é usado 
para eliminar artefatos causados por movimento ou por fluxo. 
? Segurar a respiração e compressão abdominal 
 
Ambas as técnicas são empregadas nas sequências de curta duração, 
minimizando o esforço do paciente. 
 
? Supressão da retroprojetação (FOLD-OVER) 
 
Fold-over, aliasing, Wrap-around são termos em inglês para designar 
retroprojeção. Ela ocorre se uma ou mais dimensões dos objetos, do qual está 
sendo feita a imagem, são maiores que o campo de visão especificado para imagem 
(FOV). As regiões fora do campo de visão são erroneamente codificadas e 
mostradas na imagem do lado oposto, ao qual ela não pertence. A retroprojeção 
pode ser suprimida ou pelo uso de pré-saturação, ou pela sobre amostragem, isto é, 
o campo de visão é duplicado numa direção, de modo a conter regiões maiores, as 
quais são ignoradas na reconstrução da imagem final. 
 
 
 
 
 
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? Artefatos de deslocamento químico (CHEMICAL SHIFT) 
 
As diferentes freqüências de ressonância do lípides e da água ocasionam 
um tipo de artefato chamado CHEMICAL SHIFT. A diferença entre essas 
freqüências de precessão dos lípides e da água, dependendo do TE escolhido, 
produz uma pequena intensidade de sinal. 
 
? Agentes paramagnéticos 
 
Como já foi comentado anteriormente, nas imagens ponderadas em T1, 
tecidos com tempo de relaxamento T1 curto, por exemplo, tecidos adiposos, 
aparecem hiperintensos; tecidos com tempo de relaxamento T1 longo, por exemplo, 
a água, aparece hipointenso. Nas imagens ponderadas em T2, tecidos com declínio 
T2 curto, no caso tecido adiposo, aparecem hipointensos e tecidos com declínio T2 
longo, no caso a água aparece hiperintenso. Foi mencionado também que, pela 
presença da água na maioria das lesões e nos tecidos a elas circundantes, as 
ponderações T2 são excelentes para detectar os “sinais” da presença das lesões e 
que as ponderações T1 são ótimas para a definição anatômica das mesmas. 
Como em qualquer método de imagem em medicina, também para a RM foi 
desenvolvido um meio de contraste que pudesse realçar as lesões, e não os tecidos 
normais, que facilitasse sua localização, características e diagnóstico diferencial. Os 
meios de contraste geralmente utilizados em RM, portanto, afetam seletivamente os 
tempos de relaxamento T1 dos diferentes tecidos, embora os tempos de 
recuperação T2 possam também ser alterados pela introdução de meios de 
contraste. Quando o efeito predominante é o encurtamento T1, as estruturas ou 
tecidos patológicos com relaxamento T1 reduzido aparecem claras, isto é, 
hiperintensas. 
O meio de contraste mais usado em RM é o gadolíneo. A água no corpo, 
como aquela encontrada nos tumores e processos inflamatórios, tem uma rotação 
muito mais rápida que a freqüência de Larmor, provocando um relaxamento 
 
 
 
 
 
86 
 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
ineficiente que é demonstrado por longos tempos de relaxamento T1 e T2, 
aparecendo nas imagens por RM como áreas hipointensas e hiperintensas 
respectivamente. Ao colocar-se uma substância com grau de momento magnético, 
como o gadolínio, que é uma substância paramagnética, na presença de prótons da 
água são criadas flutuações do campo magnético local, que podem reduzir os 
tempos de relaxamento T1 do próton da água. 
Este fenômeno provoca uma maior intensidade de sinal destes prótons nas 
imagens ponderadas em T1, tornando-os hiperintensos. O gadolíneo é, portanto, um 
meio de contraste T1. Os meios de contraste T2 não são usados rotineiramente no 
dia-a-dia dos serviços de imagem e fica por conta do leitor melhorar seus 
conhecimentos sobre os mesmos, através dos livros textos. 
O gadolínio é um oligoelemento metálico (lantanídeo) classificado dentro do 
grupo dos metais pesados e com afinidade para se acumular em locais do corpo 
humano como membranas, proteínas de transporte, enzimas, matriz óssea e órgãos 
em geral. O gadolíneo tem três elétrons livres, sendo, portanto, um íon metálico. 
Felizmente, existem substâncias na medicina que graças à sua afinidade por íons 
metálicos, são capazes de se ligar a eles, colaborando na sua distribuição, 
circulação e excreção, evitando a deposição do mesmo, por muito tempo, nos 
tecidos humanos. Esta é a função dos quelantes (quelados). 
Os quelantes se fixam em alguns dos locais disponíveis do íon metálico, 
propiciando esta função importante. O quelante usado para o gadolíneo é o DTPA 
ou ácido dietileno triaminopentacético. Portanto, o resultado é o Gd-DTPA 
(gadopentetato) que é um meio de contraste hidrossolúvel bastante seguro para 
utilização clínica, sendo rarosseus efeitos colaterais. Os mais comuns são: um 
aumento pequeno e transitório da bilirrubina e do ferro plasmáticos, cefaléias leves e 
transitórias (9,8 % dos casos), náuseas (4,1 % dos casos), vômitos (2,0 %), 
hipotensão, irritação gastrintestinal e erupções cutâneas em menos de 1 %. Até o 
presente, foram relatados dois casos de óbitos relacionados aos milhões de usuários 
do Gd-DTPA em todo o mundo, sendo esta estatística bastante diferente daquelas 
para o uso do contraste iodado utilizado em outros métodos radiológicos (1 / 20.000 
a 40.000). 
 
 
 
 
 
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 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Aproximadamente, 80% do gadolíneo utilizado em um exame são 
excretados pelos rins em três horas. Embora não haja contra-indicações específicas 
para o seu uso, deve-se avaliar com critérios muito rígidos a necessidade do seu uso 
em pacientes com distúrbios hematológicos. Particularmente nas anemias 
hematolítica e falciforme, no caso de gravidez, mães em fase de amamentação, 
distúrbios respiratórios, particularmente na asma, e história de alergia anterior ao 
contraste. 
 
* ADMINISTRAÇÃO: 0,2 ML/ KG Via Endovenosa. 
 
* Resumo do mecanismo de ação: O efeito predominante do gadolínio é 
reduzir o tempo de relaxamento T1 dos tecidos onde fica acumulado, utilizando-se 
seqüências ponderadas em T1, para demonstrar aumento da intensidade de sinal 
pela impregnação nos tecidos e lesões. 
O Gadolínio atinge os tecidos patológicos através da barreira hematológica 
lesada (SNC), processos inflamatório-infecciosos e traumáticos, bem como nos 
tumores e na evolução dos infartos. 
 
Obs.: A foice, plexos coróides, dura-máter, hipófise e infundíbulo pituitário 
não possuem barreira hemato-encefálica, portanto impregnam-se pelo contraste 
normalmente. 
 
 
SEQÜÊNCIAS DE PULSO 
 
1. SPIN-ECO 
 
Utilizam-se um pulso de 90 graus seguido de um pulso de 180 graus para 
repolarizar os spins, gerando um eco. 
 
 
 
 
 
 
 
PONDERAÇÃO EM T1: 
? Um pulso de 180 graus gerando um eco. 
? TR curto e TE curto. 
 
 
 
PONDERAÇÃO EM DENSIDADE DE PRÓTONS (DP) E EM T2: 
 
? Dois pulsos de 180 graus gerando dois ecos. 
? Ponderação em densidade de prótons. 
? TR longo e TE curto (primeiro eco). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONDERAÇÃO EM T2: 
 
? TR longo e TE longo (segundo eco) 
 
 
 
PARÂMETROS: 
 
? PONDERAÇÃO EM T1 
TR curto: 300-600 ms. 
TE curto: 10-20 ms. 
 
 
? PONDERAÇÃO EM DP/T2 
TR longo: mais de 2000 ms. 
TE curto: 20 ms(DP). 
TE longo: 70 ms (T2). 
 
Vantagens: 
-Boa qualidade da imagem. 
-T2 muito sensível à patologia. 
 
 
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Desvantagens: 
-Tempo de aquisição relativamente longo. 
2. FAST SPIN-CHO 
 
Seqüência FAST SPIN-ECHO diminui o tempo de aquisição das imagens em 
relação à seqüência SPIN-ECHO convencional. 
Para conseguir essa redução de tempo, são utilizados vários pulsos de 
repolarização de 180°, chamados de trem de ecos. 
 
 
VANTAGENS: 
- Redução nos tempos de aquisições. 
- Matrizes de alta resolução e maior número de NEX. 
-Melhor qualidade das imagens. 
 
DESVANTAGENS: 
- Gordura hiperintensa nas seqüências T2. 
-Borramento das imagens. 
 
3. SEQÜÊNCIA TURBO-SPIN-ECO-TREM DE ECO 
 
É uma seqüência de pulso, que se inicia com um pulso de inversão de 180°. 
Este pulso inverte o vetor de magnetização resultante, promovendo uma 
saturação completa. 
Um pulso de 90° é aplicado logo após o pulso de inversão de 180°, 
denominado de TI ou tempo de inversão. A imagem resultante é fortemente 
ponderada em T1, pois o pulso de 180° consegue uma saturação completa e 
promove uma grande diferença de contraste entre água e gordura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEQÜÊNCIA INVERSÃO- RECUPERAÇÃO 
 
? Ponderada em T1 na seqüência Inversão-Recuperação. 
 
OBS: Para se obter recuperação completa do vetor de magnetização 
resultante, o TR deve ser mais longo do que 2000 ms. 
 
 
 
 
? PONDERAÇÃO EM T1 
* TI médio: 400 a 800 ms. 
*TE curto: 10 a 20 ms. 
*TR longo: > 2000 ms. 
 
? PONDERAÇÃO EM T2 
* TI longo: > 1800 ms. 
* TE curto: > 50 ms. 
* TR longo: > 2000 ms. 
 
 
VANTAGENS: 
- Relação sinal/ruído muito boa (TR longo). 
- Excelente contraste T1. 
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Sequências turbo 
 
 
4. STIR (Short TI Inversion- Recovery) 
 
É uma seqüência de pulso inversão- recuperação, que utiliza um TI curto, 
para que a gordura se recupere completamente na magnetização transversa. 
Quando o pulso de 90° é aplicado, o vetor da gordura é desviado de 90° para 180°, 
saturando completamente, eliminando o sinal de gordura. 
 
PONDERAÇÃO STIR: 
TI curto: 150-170 ms. 
TE curto: 10-20 ms (T1) e > 50 ms (T2). 
TR longo: > 2000 ms. 
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5.FLAIR 
 
Utiliza um pulso de inversão para saturar o sinal do L.C.R ou líquido livre. Ao 
invés de saturar um lipídeo, esta aplicação requer um tempo de inversão longo, por 
volta de 2000 ms. 
 
 
6. SPIR (Spectral Presaturation With Inversion Rcovery) 
 
É um método que utiliza a diferença em freqüência de ressonância entre 
água e gordura. Um pulso de inversão seletivo excita os núcleos ligados a lipídios. 
Após um tempo apropriado entre o pulso de inversão e o início de uma seqüência de 
Spin-Echo, uma imagem de água pura é gerada. 
 
 
 
Seqüência SPIR 
 
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7. SEQUÊNCIA ECO DE GRADIENTE OU FAST FILD ECHO (FFE) 
 
Ao invés de aplicar um pulso de 180° para refocalizar o spin eco, utiliza-se o 
decaimento livre de indução (efeito T2) para detectar o sinal, através da aplicação do 
gradiente, chamados gradientes de reversão, refocalizando os spins, e gerando um 
eco. 
Como não há um pulso de 180° para repolarização dos spins, o TR e TE 
podem ser reduzidos ao mínimo, porque “FLIP ANGLE” diferentes de 90° podem ser 
usados. 
Portanto, as seqüências de pulso gradiente - eco possuem tempos de 
aquisição mais curtos em relação às seqüências spin-eco. 
A desvantagem nas seqüências gradiente - eco, é que não há compensação 
para heterogeneidade do campo magnético, gerando na maioria das vezes, artefatos 
de suscetibilidade magnética. 
As seqüências de pulso GE já foram anteriormente discutidas, mas é 
importante lembrar que as seqüências gradiente eco usam ângulos de inclinação 
variáveis, de modo que se pode usar um TR bem curto e o tempode exame pode 
ser reduzido, podendo-se usá-las em exames em apnéia, do tórax ou abdômen, bem 
como imagens dinâmicas contrastadas e imagens angiográficas. 
 
CONTRASTE DA IMAGEM ÂNGULO DE EXICITAÇÃO TE (ms) 
T1 Grande (45°-90°) Curto (8-15) 
T2 Pequeno (5°-20°) Longo (30-60) 
DP pequeno (5°-15°) Curto (8-15) 
TR Longo 200 a 400- Recuperação do vetor de magnetização longitudinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. ECO-PLANAR 
 
É uma técnica que proporciona codificação espacial completa do sinal após 
uma única excitação, promovendo a coleção de ecos de gradientes com codificação 
de fases diferentes. 
 
 
 
 
9. GRASE (GRADIENTE AND SPIN-ECHO) 
 
É uma seqüência de pulso que combina as técnicas de TSE e EPI. 
Uma imagem em GRASE consiste de vários (fator turbo) echo de spin e 
(fator EPI) de ecos de gradiente. 
 
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RESUMINHO: 
 
ANGIOGRAFIA POR RM 
 
 
ARM tem como grande vantagem não ser invasiva (sem catéter), não utilizar 
radiação nem contraste iodado, além de evitar os riscos de ocorrer hemorragias e/ou 
infecções. 
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O sinal da ARM pode ser brilhante (vasos brancos) pelas técnicas 
GRADIENTE ECO ou escuro “FLOW-VOID”, pela técnica SE (SPIN-ECO). 
Esta intensidade de sinal do fluxo sangüíneo é proveniente dos núcleos dos 
átomos (H) previamente excitados pelos pulsos de radiofreqüência. 
 
REALCE RELACIONADO AO FLUXO (FLOW RELATED ENHACEMENT) 
 
É o aumento da intensidade do sinal do fluxo sangüíneo, devido à entrada 
de fluxo no primeiro corte não saturado (magnetização completa), com tecido 
estacionário adjacente parcialmente saturado. 
Devido à alta velocidade do fluxo sangüíneo nos vasos, a turbulência em 
determinados locais (KINKING), e a defasagem intra-voxel, onde os prótons não se 
movem com a mesma velocidade, através de um gradiente de campo magnético 
(fora de fase), ocorre uma diminuição na intensidade do sinal (“FLOW-VOID”). 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O FLUXO 
 
? Plano de corte. 
? TR/TE. 
? Número de ecos. 
? Espessura de cortes. 
? Seqüência de pulso. 
? Potência do campo magnético. 
 
ARM POR TEMPO DE VÔO- TOF 
 
Técnica gradiente eco, onde o sangue circulante que entra no corte 
examinado apresenta-se completamente magnetizado, com sinal mais intenso que o 
tecido estacionário. 
Para se obter uma maior saturação de fundo (“ BACK GROUND”), utiliza-se 
curto TR e ângulo de Báscula (refocalização dos spins). 
 
 
 
 
 
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Esta técnica utiliza o sinal proveniente dos SPINS MÓVEIS no interior dos 
vasos em relação aos SPINS estacionários dos tecidos adjacentes, que sofrem 
múltiplos pulsos de RF e tornam-se parcialmente saturados. 
O estudo arterial ou venoso é determinado através da técnica de pré-
saturação. 
 
TÉCNICA DE INFLUXO (INFLOW) 
 
Diferença de saturação entre o tecido estacionário e o fluxo sangüíneo. 
 
TOF 2D 
 
Adquirido através de uma série de cortes dentro de um volume. As 
estruturas vasculares são projetadas dentro de um plano desejado (AXIAL, 
CORONAL OU SAGITAL), utilizando a técnica de projeção de máxima intensidade. 
Quando o plano de corte for perpendicular ao vaso, maior o realce do vaso 
sangüíneo. Se a orientação do plano de corte for paralela ao vaso, menor o realce, 
onde múltiplos pulsos RF saturam os spins móveis no interior do vaso. 
 
APLICAÇÕES CLÍNICAS 
 
? Estudo dos vasos cervicais (Bifurcação/ S. Vertebro-Basilar). 
? Estudos venosos do córtex cerebral. 
? Trombose venosa cerebral. Estudo das veias pélvicas e de membros 
inferiores. 
 
VANTAGENS: 
 
? Sensibilidade a fluxo lento. 
? Tempo de aquisição curto (5 a 8 minutos). 
? Efeitos mínimos de saturação para velocidades normais de fluxo. 
 
 
 
 
 
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DESVANTAGENS: 
 
? Insensibilidade ao fluxo no plano da imagem. 
? Necessita de gradientes mais potentes para obter cortes finos. 
? Superestima as estenoses. 
? Realce relacionado ao fluxo por substância com T1 curto – 
metahemoglobina. 
 
TOF 3D 
 
Os cortes do plano de imagem são adquiridos com um único volume ou uma 
série de grupos de cortes em “OVERLAPPING” (MOTSA). 
As estruturas vasculares são projetadas no plano (AXIAL, CORONAL OU 
SAGITAL) através da projeção máxima intensidade. 
Esta técnica oferece uma relação Sinal/Ruído, podendo se obter cortes 
muito finos, fazendo com que não ocorra defasagem intra-voxel. 
 
MOTSA- Multi Slice Overlaping Thin Slab Acquisition) 
 
APLICAÇÃO CLÍNICAS: 
 
- Doença oclusivas carotídeas. 
- Avaliação de aneurismas e MAV. 
- Demonstração das anomalias do desenvolvimento venoso (com 
contraste). 
 
VANTANGENS: 
 
- Alta resolução espacial. 
-Sensibilidade a fluxo rápido. 
 
 
 
 
 
100 
 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
-Tempo de exame relativamente curto. 
-TE curto. 
-Boa relação sinal/ruído. 
 
DESVANTAGENS: 
 
- Relativa insensibilidade a fluxo lento. 
- Baixa saturação da substância com T1 curto ( Hematoma). 
 
TRANSFERÊNCIA DE MAGNETIZAÇÃO- MT 
 
? Melhora a saturação do fundo de imagem, fazendo com que a fase de 
magnetização transversa seja independente da velocidade do fluxo, pelo uso de 
gradientes de compensação de velocidade, melhorando a visualização vascular 
distal, diminuindo o sinal dos tecidos moles, peri-vasculares, ricos em água ligada. 
? Suprime 50% do tecido estacionário e 15% do fluxo. 
? Não altera o sinal do LCR e gordura, mas pode causar uma perda de 
sinal em regiões com fluxos turbulentos. (TE curto para compensar a perda de sinal). 
 
CONTRASTE DE FASE-PC 
 
Utiliza o desvio de fase, que ocorre no sinal de RM, devido ao movimento do 
sangue nos vasos. O sinal é proporcional à velocidade induzida na mudança de 
fase. Portanto, pode-se alcançar total supressão do tecido estacionário (se houver 
velocidade, não há sinal). 
O controle da sensibilidade à velocidade da imagem é possível, 
selecionando fluxos rápidos ou lentos sobre uma área de interesse. 
A seleção de fluxo é possível através da utilização de gradientes de 
codificação de fluxo (FLOW SENSITIVE GRADIENTS), durante a aquisição de uma 
imagem de fase. Assim é possível correlacionar a fase do sinal com a velocidade de 
movimentação dos spins, através de uma imagem chamada de mapa de velocidade 
 
 
 
 
 
101 
 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
de fase, na qual esta “mapeada” para representar as diferenças de velocidade nos 
spins em movimento, na região de interesse.ARTERIAL= +/- 50-100 cm/s. 
VENOSO= +/- 10-15 cm/s. 
MAV= +/- 20-30 cm/s. 
 
Os spins estáticos de uma região selecionada, quando sujeitas a um 
gradiente reverso, geram uma fase nula, enquanto os spins em movimento, quando 
submetidos à aplicação de um gradiente reverso, geram uma fase não nula. A 
subtração da imagem de referência por aquela sensível à velocidade dentro do 
plano de imagem. 
 
VANTAGENS: 
 
? Codificação de múltiplas velocidades, permitindo selecionar fluxos 
lentos e rápidos. 
? Excelente supressão do fundo da imagem (saturação do tecido 
estacionário). 
? Intensidade de sinal relacionada à velocidade do fluxo. 
 
DESVANTANGENS: 
 
? Tempo de eco longo. 
? Efeitos de turbulência. 
? Tempo de exame longo. 
? Sensibilidade a movimentos. 
? Artefatos e distorção (susceptibilidade). 
 
ARM por contraste de fase aplica-se tanto à aquisição bidimensional, quanto 
à tridimensional. A 2D é usada como imagem exploratória rápida, com espessura de 
 
 
 
 
 
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 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
plano grosso, para um exame 3D mais demorado. A 3D é utilizada para planos finos, 
contíguos ou sobrepostos, reduzindo a defasagem intra-voxel, permitindo a 
observação de vasos em qualquer direção, com completa supressão do fundo da 
imagem. 
 
APLICAÇÕES CLÍNICAS: 
 
? Aneurismas cerebrais. 
? MAV. 
? Trombose venosa. 
? Estenoses vasculares. 
? Dissecção vascular. 
 
ANGIO-RM 3D COM GADOLÍNIO: 
 
? Utiliza a técnica GRADIENTE ECO dinâmico 3D pelo método de influxo. 
 
O aumento do sinal ocorre devido ao agente paramagnético e diminuição da 
perda de sinal associado à saturação e defasagem intra-voxel. 
 
TEMPO DE CIRCULAÇÃO (TIMMING): 
 
Cálculo feito para determinar quanto tempo o gadolínio (agente 
paramagnético) leva para atingir sua máxima concentração (intensidade de sinal) em 
uma determinada região de interesse. Injeta-se +/- 2 a 3 ml de gadolínio. 
 
DELAY- TEMPO DE ESPERA: 
 
É o tempo de espera entre a injeção de gadolínio e o início da aquisição 
volumétrica 3D. 
Para calcularmos, utilizamos a seguinte regra: 
 
 
 
 
 
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 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
DELAY= TEMPO DE CIRCULAÇÃO – DURAÇÃO DO SCAN (CORTES) 
DIVIDIDO POR 2. 
 
EX: Angio RM carótidas 
TC=11,6 seg. 
Scan= 16 seg. 
Delay= 11,6 – 16/2 
D= 11,6 -8 
D= 3,6 
 
VALORES DE REFERÊNCIA PARA ANGIORESSONÂNCIA 3D COM GADOLÍNIO 
 
? Obtenção de imagens no plano sagital ou coronal. 
? TR< 7ms/ TE<2,5. 
? FLIP ANGLE (Ângulo de Báscula) 45-60° 
? FOV: 18 A 45 Cm. 
? Matriz 512x 256. 
? Gadolíneo: 20-30 ml. 
? Timming: 2-3ml. 
? Íntima: 18-20mm. 
 
TÉCNICAS ESPECIAIS 
 
1. COLANGIOPANCREATOGRAFIA POR RM (COLANGIORESSONÂNCIA) 
 
A colangioressonância foi inicialmente descrita por Wallner em 1991 que, 
através do sinal hiperintenso do fluido estacionário nas imagens ponderadas em T2, 
conseguiu delinear as vias biliares sem a necessidade de administração do 
contraste. 
 
 
 
 
 
É um método não invasivo, de elevada acurácia, permitindo a avaliação 
multiplanar da anatomia do trato biliar e pancreático, sem os riscos inerentes das 
complicações observadas em algumas entidades clínicas, quando se utiliza a 
colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER). 
Dados recentemente publicados estabelecem a elevada sensibilidade da 
colangioressonância, com aproximadamente 95% para dilatação e estenoses dos 
ductos biliares e pancreáticos e 72 a 95% para coledocolitíase. A sensibilidade da 
colangioressonância para detecção de cálculos no ducto biliar comum é mais 
elevada (95%) do que o ultra-som e a tomografia computadorizada (60-90%). 
Outra indicação da colangioressonância, que supera a 
colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, é a demonstração satisfatória das 
estenoses ductais pós-operatórias ou complicações pós-operatórias de qualquer 
natureza, onde a CPER é impossível de ser realizada. Outro detalhe a favor da 
colangioressonância é o seu baixo preço em relação à CPER. 
 
 
 
 
2. RM FUNCIONAL: ATIVAÇÃO CEREBRAL, PERFUSÃO E DIFUSÃO 
 
Imagens funcionais cerebrais (IFC) obtidas através dos novos equipamentos 
de RM vão além das informações morfológicas. Exemplos de IFC são estudos da 
ativação cortical cerebral, difusão e perfusão que utilizam uma seqüência de pulso 
chamada EPI (Echo Planar Imaging). O estudo da ativação cortical permite a 
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 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
avaliação das diferentes áreas funcionais do cérebro, tais como região hipocampal, 
lobo temporal, córtex, motora e sensitiva, áreas da linguagem, funções cognitivas, 
etc. 
Os sinais originários destas áreas são obtidos através de tarefas ou 
estímulos impostos ao paciente de acordo com a função examinada. Desta forma, 
pode-se obter um mapeamento das áreas cerebrais normais e anormais, quando 
associadas a uma determinada patologia através de estímulos motores, visuais ou 
auditivos. Com isso obtêm-se informações mais detalhadas dos processos 
patológicos e sua área de abrangência, podendo-se preservar áreas nobres nos atos 
cirúrgicos diretos ou nos tratamentos intervencionistas intravasculares. 
O fenômeno da perfuração engloba a fase do transporte vascular dentro da 
rede capilar, que se distribui em cada tecido seguido da difusão de nutrientes 
através da parede capilar e da membrana celular e daí para dentro das células 
nervosas. Entretanto, o termo “perfusão” é freqüentemente usado para indicar 
somente a fase de transporte vascular e é neste contexto que o estudo da perfusão 
por RM foi desenvolvido. Os principais parâmetros obtidos na perfusão por RM é o 
volume sangüíneo regional cerebral, expresso em ml/g, e o fluxo sangüíneo regional 
cerebral, expresso em ml/g/s. Nos tecidos vivos as moléculas de água são 
abundantes. 
Estas moléculas dão origem aos sinais da RM, pois são ricas em hidrogênio 
e em escala microscópica; muitas delas co-existem em movimentos incoerentes 
através de velocidades e direções diferentes. Este movimento ao acaso provoca o 
choque de uma molécula com a outra e é conhecido como movimento browniano. 
Através destes movimentos e em associação com as propriedades específicas da 
membrana celular, ocorre o fenômeno da difusão da água através da mesma. As 
imagens ponderadas especificamente para os estudos de difusão baseiam-se na 
variação do coeficiente de difusão da água através das membranas das células 
cerebrais atingidas por qualquer patologia. 
Entre outras, a melhor aplicação das imagens ponderadas para o estudo da 
perfusão e difusão são os acidentes vasculares cerebrais, pois estas técnicas podem 
mostrar a presença de infartos hiper-agudos, bem como alterações de volume e 
 
 
 
 
 
fluxo sangüíneos cerebrais. Com isso, abre-se uma poderosa janela diagnóstica 
para a investigação clínica dos acidentes vasculares cerebrais agudos e em 
conseqüência, a aplicação dos vários métodos terapêuticos modernos, cujo objetivo 
principal é a redução da morbidade e mortalidade dos pacientes. 
 
 
Difusão 
 
 
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Perfusão 
 
 
3. ANGIORESSONÂNCIA 
 
 
Permite avaliação de qualquer segmento vascular corporal (cérebro, 
pescoço, tórax, abdômen e membros) de forma rápida e com extraordinária 
resolução espacial, tornando este método absolutamente confiável nos aparelhos de 
1.5T. Quando se avalia os vasos cerebrais ou do pescoço, apenas em algumas 
circunstâncias especiais se utiliza o contraste paramagnético (Gadolínio) 
endovenoso; as imagens vasculares são obtidas através de seqüências especiais 
que são melhores quanto melhor a qualidade do aparelho. 
Contudo, recentemente foi desenvolvida uma "bomba injetora" do contraste 
paramagnético para o ambiente próprio da sala de ressonância magnética. Com esta 
nova tecnologia, conseguem-se através dos aparelhos de 1.5T excelentes imagens 
da aorta torácica e abdominal, artérias pulmonares, artérias renais, mesentéricas, 
sistema portal e artérias periféricas. 
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Esta nova tecnologia não invasiva, que utiliza o contraste endovenoso sem a 
necessidade de cateterização arterial, tem sido aceita e incorporada na prática 
clínica de vários centros médicos do mundo. Principalmente pela raridade de 
reações anafiláticas ao contraste (Gadolínio) e ausência de nefrotoxidade em 
exames que permitem a obtenção de imagens tridimensionais de excelente 
resolução espacial, semelhantes àquelas obtidas com a angiografia convencional e 
em tempo extremamente rápido. 
 
 
Angioressonância de artérias cerebrais. 
 
Angiorressonância da aorta torácica e abdominal, artérias pulmonares, artérias renais, 
mesentéricas. 
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Angiorressonância de membros inferiores. 
 
 
4. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO CORAÇÃO 
 
Nos últimos vinte anos, as técnicas não invasivas de imagens do coração 
alcançaram seu auge através da ecocardiografia. Na grande maioria das vezes, era 
a ecocardiografia o único exame que podia fornecer dados sobre a morfologia e 
função cardíacas. 
A Ressonância Magnética (RM) foi introduzida no meio médico em 1985; 
porém, somente nos últimos dois ou três anos é que sua utilização na Cardiologia 
teve um extraordinário avanço, estabelecendo-se como método não invasivo de 
superior qualidade. A Ressonância Magnética oferece imagens cardíacas com 
detalhes de anatomia e função de uma forma totalmente segura, sem qualquer risco 
para os pacientes (a única contra-indicação é o marca-passo cardíaco) e sem 
submetê-los aos inconvenientes das técnicas invasivas de cateterismo. E esta 
atuação da RM na Cardiologia será bem maior no futuro próximo, graças aos novos 
pacotes de softwares que introduzem técnicas de imagens ultra-rápidas, que anulam 
os artefatos de movimento. 
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A RM é essencialmente uma técnica de imagem tridimensional, daí porque 
ela é capaz de avaliar o volume cardíaco, sua superfície, as câmaras cardíacas 
(átrios e ventrículos), fornecendo informações não só de sua estrutura como também 
de sua contratilidade e do fluxo sangüíneo dentro destas câmaras. Estas 
informações são úteis para avaliar e quantificar a função dos ventrículos, a 
severidade das lesões das válvulas cardíacas e o grau de reserva do fluxo 
coronariano. 
Além disso, com as seqüências ultra-rápidas, pode-se hoje obter 
informações sobre a difusão do meio de contraste utilizado em RM (Gadolinium-
DTPA) através do miocárdio, método que auxilia a avaliação da perfusão miocárdica 
regional e volume sangüíneo. A mais recente aplicação das seqüências ultra-rápidas 
de exame diz respeito aos grandes vasos (artérias e veias) que entram e saem do 
coração e as artérias que nutrem o coração (as coronárias). 
Como tudo que se relaciona ao coração é dinâmico, as imagens obtidas pelo 
computador são enviadas aos médicos que solicitam o exame através de fitas de 
vídeo. Desta forma, eles podem examinar a anatomia e a função cardíaca com 
precisão extraordinária de detalhes, não apenas através dos três planos ortogonais 
(axiais, sagitais e coronais) classicamente registrados nos filmes de raios-X. Mas 
também através das fitas de vídeo que propiciam a análise dinâmica tridimensional 
da anatomia e funções normais do coração, bem como de todas as doenças 
diagnosticadas. 
 
 
 
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5. ESPECTROSCOPIA 
 
Desde a sua descoberta, há ±50 anos, a espectroscopia por ressonância 
magnética tornou-se um método extraordinário para examinar átomos e moléculas. 
Seu uso nos laboratórios de física e química, portanto, tinha como finalidade 
principal a análise das interações moleculares e a identificação de compostos 
químicos. No campo clínico, a Ressonância Magnética acabou se convertendo num 
método diagnóstico por imagem. 
Contudo, o mais importante dos objetivos da espectroscopia, isto é, a 
capacidade de desenvolver a identificação química das substâncias, era de difícil 
solução no processo de imagem por ressonância magnética. Nos anos mais 
recentes, com a melhoria do hardware e software dos aparelhos modernos, pode-se 
finalmente obter espectroscopia dos tecidos vivos. A espectroscopia por ressonância 
magnética in vivo combina os métodos de imagem tradicionais da RM com a 
capacidade de análise química dos tecidos, tornando-se um método não invasivo 
para o estudo de processos bioquímicos cerebrais, hepáticos e musculares. 
As principais aplicações clínicas da espectroscopia cerebral são: acidentes 
vasculares cerebrais, tumores, demências, asfixia neonatal, epilepsia, infecções pelo 
HIV, doenças dos núcleos da base, esclerose múltipla. No caso dos tumores 
cerebrais, vários autores têm descrito curvas específicas dos metabólitos 
(mioinositol, creatina, colina, N-acetil-aspartato e outros) para determinados tipos de 
tumores. 
Assim, pode-se obter através das curvas dos metabólitos obtidos pela 
espectroscopia dos tumores cerebrais a definição de malignidade ou benignidade. 
Entre os tumores malignos pode-se ainda ter uma noção aproximada de sua 
composição química, o que facilita na identificação de seu grau histológico e 
conseqüentemente o tipo de tumor. Além disso, uma das melhores utilizações da 
espectroscopia por ressonância magnética cerebral é a diferenciação entre recidiva 
tumoral e radionecrose, coisa que só era possível através do PET (Tomografia por 
 
 
 
 
 
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 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Emissão de Prótons), método extremamente caro e que não existe no Brasil, mas 
somente nas grandes universidades americanas e européias. 
 
6. URORESSONÂNCIA 
 
Também através da técnica do “Single-Shot Fast Spin Echo”, a mesma 
utilizada para a colangiopancreatografia e aortagrafia, podem-se obter excelentes 
imagens do trato urinário. Desta forma, o nível de uma obstrução ureteral, por 
exemplo, é facilmentedetectado com seqüências bastante rápidas através de 
imagens tridimensionais de excelente resolução espacial. 
 
7. MAMOGRAFIA POR RM 
 
O uso de uma nova bobina para mamas, que possibilita à aquisição 
simultânea de imagens de ambas as mamas, imagens estas de alta resolução e 
grande homogeneidade, foi um dos grandes avanços da RM. A paciente é 
examinada em decúbito ventral, sem dor, desconforto ou pressão sobre as mamas. 
Desde a introdução da Ressonância Magnética (RM) para avaliação das patologias 
mamárias em 1986, este método tem recebido atenção e aceitação crescentes. 
Equipamentos de última geração com bobinas especialmente 
confeccionadas para a região mamária têm proporcionado avaliação tridimensional 
das mamas, com elevada resolução espacial e temporal, possibilitando 
caracterização morfológica das lesões e estudo dinâmico pós-contraste. Comparada 
a outros métodos, a RM oferece novas informações que, combinadas à mamografia 
convencional, tem elevado o índice de detecção de lesões malignas da mama. O 
uso do contraste na avaliação das mamas por ressonância magnética é 
imprescindível, explorando o princípio da angiogênese necessária ao crescimento 
tumoral. 
A ressonância magnética das mamas sem a administração do contraste está 
indicada apenas na avaliação da integridade dos implantes de silicone, sendo para 
esta última indicação, aceito como o melhor método disponível atualmente. Muitos 
 
 
 
 
 
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 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
estudos têm demonstrado que a RM pode contribuir com informações morfológicas 
similares à mamografia convencional nas lesões neoplásicas malignas invasivas, 
sem a limitação da sobreposição dos tecidos e, principalmente, permite estudo 
dinâmico pós-contraste das lesões. Isto define tendências do padrão de realce que 
pode estabelecer a probabilidade de malignidade de uma determinada lesão. 
A mamografia por RM tem se revelado como um método de elevada 
acurácia dependendo, porém, de uma pré-seleção adequada das pacientes. É, 
portanto, um método complementar à mamografia convencional, não podendo ser 
considerada método de "screening", especialmente pela limitação da RM na 
identificação das lesões precoces, que se manifestam por microcalcificações que 
são facilmente detectadas pela mamografia convencional. Por outro lado, em 
pacientes com fatores de risco para malignidade mamária, a RM pode, como 
nenhum outro método, detectar lesões iniciais que não se manifestem por 
microcalcificações, portanto inaparentes à mamografia convencional. 
Cerca de 99% das neoplasias invasivas da mama exibem algum realce pós-
contraste, enquanto que 30% dos carcinomas in-situ apresentam realce atípico e 10 
a 20% podem demonstrar mínimo ou nenhum realce, limitando a sensibilidade e 
especificidade do método na avaliação das neoplasias iniciais. 
Portanto, as novas informações obtidas com a ressonância podem ser de 
valor inestimável predominantemente no diagnóstico das neoplasias invasivas e 
ainda nas situações em que a mamografia tem papel limitado, ou seja: extensas 
alterações cicatriciais pós-cirúrgicas com ou sem radioterapia; exclusão e detecção 
precoce de neoplasia maligna após implantes de silicone; mama densa em 
pacientes com elevado risco para neoplasia de mama; caso-problema - resultados 
contraditórios por outros métodos; pré-operatório na detecção de multifocalidade, 
multicentricidade e avaliação da mama contralateral; acompanhamento da resposta 
tumoral à quimioterapia; avaliação da integridade dos implantes de silicone. 
Contudo, existem situações em que a ressonância pode não contribuir 
significativamente: detecção de microcalcificações; avaliação de displasias, doenças 
inflamatórias e secretórias; pacientes assintomáticas sem fatores de risco para 
neoplasia maligna mamária. Como já foi mencionado, as microcalcificações são 
 
 
 
 
 
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mais bem detectadas pela mamografia convencional e nos casos das displasias 
mamárias, doenças inflamatórias e secretórias as alterações identificadas pela RM 
são inespecíficas, sobrepondo-se muitas vezes àquelas do parênquima mamário 
normal sob influência hormonal. 
Em torno de 30% das pacientes jovens, assintomáticas e sem fatores de 
risco para malignidade, a ressonância magnética pode detectar inúmeras alterações 
benignas como adenose ou fibroadenoma, inaparentes por outros métodos de 
imagem. Isto pode causar dúvida diagnóstica, levando a paciente a se submeter a 
biópsias desnecessárias e a um excessivo número de estudos adicionais o que, sem 
sombra de dúvida, compromete a credibilidade do método. 
 
8. OUTROS AVANÇOS 
 
Outros avanços da ressonância magnética através dos aparelhos de 1.5T 
dizem respeito à análise do fluxo liquórico, estudo das articulações têmporo-
mandibulares com bobina dupla, permitindo a avaliação das duas ATMs 
simultaneamente e a aplicação de bobinas do tipo "synergy" para a coluna. Estas 
bobinas permitem imagens amplas da coluna como um todo, evitando em alguns 
casos a necessidade de exames individuais da coluna cervical, torácica e lombar, 
particularmente nas crianças e indivíduos adultos de pequeno porte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-------------FIM DO MÓDULO III-------------

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