Buscar

Codificação moderna

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
DIREITO DE FAMÍLIA – VII SEMESTRE - NOTURNO
ALUNO: RIAN SILVA CARVALHO SANTOS
CRÍTICA AO TEXTO “DIREITO DE FAMÍLIA E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS”
A codificação tem sido uma das elementares do direito moderno, podemos dizer que nasceu fruto da necessidade de impor limites ao poder estatal. Em períodos de Idade Média, boa parte dos estados eram monarquistas, em regra dava-se suma liberdade ao exercício de poder do monarca. Neste sentido, com os ideais libertários da Revolução Francesa, houve um grande apelo pela codificação exacerbada da vida pública e privada, a fim de balizar os limites das atividades estatais. 
Sabemos que mesmo no sistema do common law há uma grande codificação, apesar da aplicação do direito dá-se em maior amplitude pelos precedentes judiciais. Contudo, isto não impede com os regramentos básicos sejam legislados, principalmente quando tratamos da esfera de ação estatal. Noutras palavras é dizer que o mundo, em sua totalidade, é codificado, sejam por leis civis, leis religiosas ou leis comunitárias. Vale destacar que, dada a imensa variação da vida humana, as quantidades de regras criadas são incontáveis, daí a necessidade de tabulação. 
Esta amplitude de regras faz com que seja necessário a suas disposições em porções, ou seja, microssistemas de códigos que dão maior especificidade aos determinados temas. Além disto, um microssistema facilita a modificação do das normas, a exemplo, é mais fácil modificar um ponto da lei do inquilinato do que promover esta modificação num diploma mais amplo como o Código Civil. Contudo existem críticos da codificação e da expressão dos microssistemas, uma vez que isto representa a insuficiência do judiciário na aplicação principiológica. 
Muitos pensadores e juristas pensam que, em verdade, não haveria necessidade de uma codificação tão extensa se usássemos de uma boa coordenação e princípios, eles seriam suficientes para delinear a aplicação das normas amplas e gerais aos casos específicos. Dizem também que as vias do microssistema criam uma série de incongruências no sistema jurídico, uma vez que uma quantidade tão ampla de normas por muitas vezes chegam à fronteira da ambiguidade e incoerência.
Nesta seara de dificuldades que utilizamos uma saída legal e útil que são os princípios constitucionais. Como já dito, há uma vasta quantidade de microssistemas que, por muitas vezes, estão sobre fundamentos divergentes. A pergunta é como condensá-los e fazer da estrutura jurídica convergente e coerente, o que geralmente se faz é a aplicação dos princípios constitucionais, pois, em virtude da Carta Política Cidadã, estaríamos respaldados em um cenário de justiça social.
Vale ressaltar que por vezes os princípios constitucionais também causam situações de conflitos, a resposta precisa ser encontrada dentro do caso concreto, mas vale dizer que existem marcos constitucionais que não liberam para interpretação, a exemplo da proibição de tortura humana, mesmo que a situação seja alarmante, não caberá a ponderação de princípios para ultrapassar esta proibição. 
Por fim, o Direito de Família, também utiliza dos princípios constitucionais para delimitar suas metas e campos de proteção. Os maiores fundamentos são a dignidade da pessoa humana, a igualdade, a solidariedade, o melhor interesse da criança, entre outros. Neste ponto, que chegamos a manifestação do marco do ordenamento e dos princípios jurídicos-sociais, uma vez que todo o direito aplicado precisa ter uma leitura constitucional, diferente disto é um gravo ao Estado Social Democrático de Direito que possui como base o respeito a Carta Maior.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes