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ESCOLA DE CHIGAGO: Inovações arquitetônicas

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ESCOLA DE CHIGAGO: Inovações arquitetônicas[1: Paper apresentado à disciplina Arquitetura e Urbanismo moderno e contemporâneo, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB.]
Camila Almeida de Abreu²
Larissa Cavalcanti[2: Alunas do 2º período de Arquitetura e Urbanismo]
Raoni Muniz Pinto[3: Professor, orientador]
RESUMO
Após a Revolução Industrial houve o surgimento da Escola de Chicago que ocorreu no final do século XIX, devido ao exorbitante crescimento populacional em Chicago, consequência do rápido desenvolvimento industrial ocorrido nas cidades do meio-oeste norte-americano. As construções em sua maior parte foram feitas de madeira e nos edifícios a estrutura também eram deste material, e em 1871 devido às altas temperaturas a cidade sofreu um grande incêndio deixando centenas de mortos e feridos, com isso, a madeira foi considerada um material de grande risco e passou-se a buscar novas soluções para que problemas como esses não acontecessem novamente. Para a reconstrução da cidade foi feito um planejamento urbano, atraindo muitos arquitetos e engenheiros e sendo criadas soluções de acordo com as necessidades, fazendo o uso de novas tecnologias e técnicas construtivas. Novas técnicas e formas de se construir foram criadas, imprimindo um novo estilo em função às habitações, conferindo assim uma nova paisagem das cidades. Menos de um ano depois estava pronta a nova Chicago, e essa reformulação urbanística transforma a cidade numa grande metrópole e num ícone de uma nova era de industrialização na época.
Palavras-chave: Função. Inovação. Industrialização.
1 INTRODUÇÃO
Nesse trabalho serão discorridos sobre a origem histórica, os percussores do movimento, sua influência na sociedade atual e sua importância na historia de como um incêndio ocorrido na cidade pode mudar completamente o rumo da historia.
Até o século XIX, os Estados Unidos copiavam os estilos arquitetônicos da Europa. Entretanto, a partir dessa época, a situação muda e da origem a um novo modelo de arquitetura nos EUA, que irá influenciar predominantemente a arquitetura européia a partir disso, esse acontecimento deve-se ao da Europa estar ligada a correntes históricas.
Os Estados Unidos eram um país rico em matéria prima, desse modo uma região muito privilegiada para a expansão das indústrias. A extensa imigração de outras nações em busca de melhores condições de vida resultou em um imenso aumento populacional nos centros urbanos. Entre esses centros estava Chicago, com uma ótima localização geográfica e a mais afetada pela imigração.
São várias características desse movimento que revolucionaram a arquitetura e que serão desenvolvidas ao longo deste trabalho, apresentando suas singularidades e suas modificações na engenharia e arquitetura atual. 
2 A ORIGEM DA ESCOLA DE CHICAGO
Nas primeiras décadas a cidade de Chicago era construída em madeira, através de uma estrutura de encaixes e em 1871, Chicago sofreu um grande incêndio que atingiu quase que toda a cidade, tornando de extrema importância a reconstrução da cidade da forma mais rápida possível. Precavendo de um novo desastre pela cidade, Chicago renasce como um grande centro de negócios, com edifícios para escritórios, grandes magazines e hotéis, onde foram usados novos sistemas de construção, a fim de satisfazer as novas necessidades dos habitantes da época. Para isso, foi necessário criar novos protótipos arquitetônicos, práticos e funcionais. 
A necessidade de reconstruir a cidade levou ao desenvolvimento de processos construtivos que fizeram toda a diferença na história da arquitetura, processos estes em que os engenheiros tiveram um papel importante, ao oferecerem seus conhecimentos técnicos em prol da necessidade da cidade. 
A valorização dos terrenos localizados na parte central da cidade obrigou a obtenção de lucros, dando origem a uma arquitetura desenvolvida verticalmente, e assim surgindo os primeiros arranha-céus. Para o aparecimento destes contribuiu também a invenção do elevador e o telefone, que permitiam a comunicação entre os andares de qualquer edifício, com qualquer número de pisos. 
Um observador de 1895 escreve:
 A construção de edifícios para escritórios de enorme altura, com estrutura em esqueleto de ferro e aço que sustenta as paredes internas e externas, tornou-se um hábito em quase todas as cidades americanas. Esse estilo de construção nasceu em Chicago, ao menos no que se refere a sua aplicação prática, e essa cidade possui agora mais edifícios do tipo com esqueleto de aço que todas as demais cidades que todas as demais cidades americanas juntas. (Engineering News de 1895, cit. em F. A. RANDALL, op. cit., p. 11)
Após três anos de construção dos primeiros arranha-céus, um segundo incêndio em 1874 devasta novamente o centro. Os primeiros arranha-céus eram construídos com sistema estrutural em ferro exposto, sem proteção de cobertura sobre a estrutura, sendo assim ainda vulnerável ao fogo e intempéries. 
3 ARQUITETOS E REPRESENTANTES 
De acordo com Benevolo há duas gerações de arquitetos na escola de Chicago:
A primeira formada por: Le Baron Jenney, Boyington, Van Osdel e a segunda formada por discípulos de Jenney: Burnham, Holabird, Roche, Sullivan, Addler.
- William Le Baron Jenney (1832-1907) – nascido em Massachusetts em 1846 cursou a academia Phillips e depois ingressou na escola científica Lawrence em Harvard, em 1853 e posteriormente foi transferido para a l ' Ecoides Beaux Arts em Paris para ter uma educação em arquitetura e engenharia, se formou quatro anos depois. Em 1867 mudou-se para Chicago e após o grande incêndio ficou conhecido por projetar o edifício Home Insurance Building (edifício casa da segurança, em tradução livre) construído entre 1884 e 1885, com dez andares um grande inovação para a época e tendo sua estrutura feita totalmente em metal. É considerado o arquiteto mais influente desse movimento.
- William Warren Boyington (1818–1898) – também nascido em Massachusetts estudou engenharia e arquitetura na cidade de Nova York depois ele se estabeleceu em Chicago e trabalhar nas metrópoles emergentes em 1853. Muitos de seus edifícios foram construídos antes do grande incêndio de Chicago em 1871 e sendo destruído por ele, a Water Tower Chicago foi a sua única obra sobrevivente. Outos edifícios em seu nome: a segunda Igreja Presbiteriana, o novo State Capitol Building (Capitólio do estado de Illinois, em tradução livre) e a primeira universidade de Chicago.
- John M. Van Osdel (1811-1891) – foi considerado o primeiro arquiteto de Chicago. Durante a adolescência Jonh trabalhou como carpinteiro, para ajudar seu pai que sofreu uma paralisia depois que seu se recuperou da paralisia, mudou-se para Nova York na biblioteca da cidade encontrou um catálogo sobre carpintaria e arquitetura onde se interessou por arquitetura, ele voltou para Baltimore em 1829 para trabalhar e no ano seguinte começou uma escola para desenhistas em potencial. Em 1843, ele co-fundou uma fundição de ferro e fábrica de máquinas com Elihu Granger e após dois anos Osdel abriu o primeiro escritório de arquitetura em Chicago, projetou o County Courthouse, o Chicago City Hall e o Tremont House. Muito dos seus projetos foram destruídos após o grande incêndio em Chicago, mas o restante das estruturas permanece como marco listado no National Register of Historic Places (Registro Nacional de lugares históricos).
- Daniel Hudson Burnham (1846-1912) foi um arquitecto americano e um planeador urbano. Foi o director dos trabalhos para a Exposição Mundial Colombiana e projectou diversos edifícios famosos, tais como: o Flatiron, em Nova Iorque e Union Station em Washington D.C. Nasceu em Henderson, Nova Iorque e foi criado em Chicago, Illinois. Aos 26 anos Burnham formou uma firma com Cárter, Drake e Wright onde encontrou o seu futuro parceiro, Jonh Root. Burnham atesta que “o princípio de sustentar todo o edifício sobre uma rede metálica equilibrada com precisão, solidificadae protegida contra o fogo, deve-se à obra de William Le Baron Jenney. Ninguém o precedeu, e a ele cabe todo o mérito que deriva dessa proeza de engenharia.” 
Os edifícios mais conhecidos desta firma foram pioneiros na inclusão de componentes estruturais, no detalhado tratamento da superfície e na manipulação volumétrica de interiores e exteriores. 
- William Holabird (1854 - 1923) foi um arquiteto americano que trabalhou para William Le Baron Jenney. Em 1880, ele criou a empresa "Holabird & Simonds 'com Ossian Simonds. Martin Roche se juntou a ele em 1881 e logo depois Graceland Cemetery foi uma de suas primeiras comissões. Em 1883, Simonds parou de se exercitar para se concentrar tempo no projeto da paisagem e da empresa Holabird & Roche renomeado. Juntos, eles contribuíram para muitas inovações da arquitetura da época, especialmente o estilo de referência que é agora da Escola de Chicago. Eles projetaram vários edifícios de grande influência, incluindo o Edifício Marquette e Gage Building. A inclusão posterior da fachada foi desenhada por Louis Sullivan e nomeado como uma arquitetura de ponto de referência de Chicago em 1662.
- Louis Sullivan (1856–1924) é considerado o “Pai dos arranha-céus” de Chicago, que antecedeu o modernismo com a famosa frase “a forma segue a função”.
Seu caráter constitucional do arranha-céu foi:
Muitos andares iguais, exceto o primeiro e o último, que não podem ser diferenciados em perspectiva sem uma grave contradição estrutural;
A zona intermediária como elemento unitário;
O verticalismo.
Em 1896, Sullivan define a tipologia do arranha-céu segundo as suas partes, sendo:
Subterrâneo – com as instalações (aquecimento, luz)
Térreo – destinado ao comércio, necessitando de vastas áreas, planta diáfana, entrada fácil.
Um segundo andar facilmente atingível por meio de escadas grandes, subdivisões, aberturas externas.
Número indefinido de andares de escritórios sobrepostos.
Andar superior - Ático
4 INOVAÇÕES E ADVERSIDADES
A Escola de Chicago de arquitetura e urbanismo foi preponderante no desenvolvimento da cidade no final do século XIX. Em um período pós Revolução Industrial surgiram novos materiais e novas formas de construções, inovações essas que faziam jus ao crescimento populacional e à pressão econômica fortalecida com o processo de industrialização das cidades.
Com um segundo incêndio na cidade buscou-se novas soluções para novos desastres naturais e o problema foi solucionado com um segundo avanço técnico: O sistema estrutural em ferro protegido contra o fogo – desenvolvido por Le Baron Jenney, utilizada no Home Insurence Building em 1884, que consistia em resistir ao fogo e ser capaz de suportar cargas,  pelo revestimento de perfis laminados de aço com elementos metálicos com alvenaria de tijolos, chamada de "gaiola equilibrada", e com isso ele pode vencer a limitação da construção com paredes portantes.
Detalhe da grade estrutural, concebida por Le Baron Jenney
para compor a gaiola estrutural.
Outro avanço técnico muito importante foi a substituição do tijolo maciço pelo tijolo cerâmico, possibilitando uma peso muito menor ao que era antes, cujo peso reduzia aproximadamente até 175 kg, proporcionando mais leveza ao edifício, podendo elevar o número de andares. Só foi possível construir arranha-céus após a disponibilização do ferro (1707), aço (1885), concreto (final do século XIX) e vidro (1827) em escala industrial.
 
 Abobadilha tradicional de tijolos maciços e abobadilha de lajotas cerâmicas
Com a necessidade de locomoção entre os pisos dos edifícios e arranha-céus foi idealizado e criado o elevador hidráulico em 1870 por Baldwin e em 1887 começa-se a difundir o elevador elétrico. E assim a evolução permitia que qualquer tamanho de edifício pudesse ser construído, surgindo assim os primeiros arranha-céus em Chicago.
Também se pode observar a eliminação quase que completamente os apliques decorativos, deixando as paredes completamente lisas, sem apliques ou detalhes decorativos, prática que seria obrigatória a  partir do Movimento Moderno. Notável também é o uso muito comum em Chicago das janelas em forma de bay-window, elemento tradicional da arquitetura inglesa.
Edifício Monadnock . 1889-91. Burnham & Root. Imagem http://chicagoist.com/images/2004_07_28.monadnock.jpg
As chamadas "janelas de Chicago" ficaram assim conhecidas por preencher a grande grade estrutural dos edifícios, e essas janelas eram retângulos de dominância horizontal, divididos em três – a parte central fixa e as laterais com janelas tipo guilhotina. 
Chicago window
5 DISCUSSÃO SOBRE O TEMA
Com a Escola de Chicago houve inúmeras modificações e aperfeiçoamentos nas técnicas construtivas, técnicas essas que fazem parte do dia-a-dia da sociedade atual. 
Os arranhas-céus são representantes principais desse movimento, surgindo como solução de uma sociedade que crescia desordenadamente, e também para a demanda comercial, porém trazendo consequências irreversíveis para a sociedade.
São várias características desse movimento que revolucionaram a arquitetura como arquitetura do ferro, introdução do elevador, construção em altura, revestimento em vidro de grandes superfícies, etc. Apesar de que o incêndio tenha devastado quase completamente a cidade, foi um importante ponto na história para a evolução arquitetônica, desastre esse que proporcionou um impulso para o desenvolvimento de novas técnicas e materiais que revolucionaram a forma de construir e de projetar na engenharia e arquitetura atual.
6 CONCLUSÃO
A Escola de Chicago foi o mais marcante movimento arquitetônico dos Estados Unidos em meados do século XIX, contribuído para a consolidação do Modernismo, por seu uso revolucionário de todas as novas tecnologias e soluções e, além do mais, pelo uso do racionalismo e funcionalismo como princípios estéticos.
Nesta vanguarda nascem novas tipologias que se adequem ao desenvolvimento de Chicago, como os edifícios de escritórios, os arranha-céus, os armazéns, os edifícios industriais. Este movimento vangloriou a naturalidade dos materiais e minimizou o uso da decoração. Além da arquitetura, a engenharia muito contribuiu para a Escola de Chicago, pela invenção do ferro dando origem aos primeiros arranha-céus, que deram grande lucratividade ao piso térreo que foram destinados ao comércio, esta rentabilidade foi devido ao fato dos terrenos estarem muito caros devido ao crescimento populacional, assim sendo essencial unir na mesma edificação o maior número de andares.
Apesar de que o incêndio tenha devastado quase completamente a cidade, foi um importante ponto na historia para a evolução arquitetônica. 
REFERÊNCIAS
Khan, F. R. and Rankine, J., "Structural Systems”, Tall Building Systems and Concepts, Council on Tall Buildings and Urban Habitat/American Society of Civil Engineers, Vol. SC, p. 42, 1980.
ELECTRONIC JOURNAL OF STRUCTURAL ENGINEERING. Illinois: Ejse, v. 1, 2001. Disponível em: <http://www.ejse.org/Archives/Fulltext/200101/01/20010101.htm>. Acesso em: 16 maio 2016.
BENEVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. 815 p.
COLIN, Silvio. Escola de Chicago. 2010. Disponível em: <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/06/16/escola-de-chicago/>. Acesso em: 15 maio 2016.
FERNÁNDEZ, Tatiana. HISTÓRIA DO DESIGN. Disponível em: <http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/3_arqui.htm>. Acesso em: 15 maio 2016.

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