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Reações de Enóis e Enolatos Profª. Ieda Sonehara 2015 1 Tautomeria ceto-enólica 2 aldeídos e cetonas, e outros compostos carbonílicos possuindo H, existem em solução como equilíbrio de duas formas isoméricas interconversíveis (tautomeria) interconversão catalisada por ácido ou base Tautomerização Catálise ácida 3 protonação da carbonila seguida por perda do H Tautomerização: Catálise Básica 4 perda de H seguida por protonação da base conjugada Exercício (1) 5 Proponha os mecanismos para as conversões abaixo. nucleófilo Enol como nucleófilo: -Halogenação 6 ao ser consumido na reação, o enol promove a formação de mais enol, deslocando o equilíbrio o suficiente para que a reação ocorra meio ácido facilita tautomerização possível também em meio básico (reação via enolato) C torna-se eletrofílico; pode sofrer ataque nucleofílico (reação SN) 7 Halogenação de ácidos carboxílicos: reação de Hell-Volhard-Zelinksy conversão de ácido em haleto de acila: enol de ácido carboxílico não é reativo o suficiente converte ácido em brometo de acila tautomerização hidrólise de haleto de acila ao ácido Exercícios (2) 8 Preveja os produtos das seguintes reações. Reações de Enolatos Reação de halofórmio Reação de Alquilação Reações de Aldol Condensação de Claisen 9 Formação de enolatos 10 conversão de cetonas em enolatos através de reação em meio básico HO– (hidróxido) e RO– (alcóxido) não são fortes o suficiente para conversão completa reação consome enolato e desloca o equilíbrio para a formação de mais enolato LDA: base forte/nucleófilo fraco (ver reações de alquilação) enolatos de cetonas assimétricas: enolato mais substituído = mais estável enolato menos substituído = formação rápida (maior probabilidade de formação por possuir maior nº de prótons) Enolatos de cetonas assimétricas 11 controle cinético vs termodinâmico mistura de produtos possível controle através das condições de reação enolato mais estável produto termodinâmico enolato de formação mais rápida produto cinético Reação de Halofórmio reação de enolato com halogênio transformação de metilcetonas em ácido carboxílico e halofórmio base continua presente no meio novo ataque excelente grupo abandonador íon instável necessita protonação Alquilação de Enolatos 13 possível alquilação de enolatos por tratamento com haletos de alquila primários (SN2) haletos secundários favorecem E2 tratamento de cetona com hidróxido (para formação do enolato) leva a reações secundárias da base com haleto de alquila (SN/E) uso de base forte terciária impedimento estérico (nucleófilo fraco): LDA (diisopropilamida de lítio) solvente comumente utilizado com LDA: tetraidrofurano (THF) 14 Exercícios (3) 15 Preveja os produtos principais das reações abaixo. Para as reações (a) e (b), desenhe o mecanismo de reação Reações de Aldol 16 ataque de enolato sobre grupo carbonila resulta em -hidróxicetona (adição aldólica) com aquecimento, condições básicas favorecem eliminação e formação de dupla ligação formação de cetona ,-insaturada (condensação aldólica) Condensação Aldólica Catálise básica 17 formação de enolato (nucleófilo) ataque à carbonila H ácido formação e saída de grupo abandonador transferência de próton transferência de próton 18 Previsão de produto da condensação aldólica: em caso de cetonas assimétricas, o produto principal é o menos estericamente impedido: Reação Aldólica Cruzada 19 ocorre envolvendo duas cetonas/aldeídos diferentes resulta em mistura de produtos cada cetona/aldeído pode sofrer enolização e atuar como nucleófilo sobre a espécie eletrofílica reações cruzadas efetivas: necessidade de um reagente sem hidrogênios não sofre enolização, e portanto atua somente como substrato da reação Exercícios (4) 20 Preveja o produto principal para cada uma das reações, considerando que ocorre a condensação. Represente o mecanismo de reação. Identifique quais reagentes seriam necessários para a obtenção dos seguintes compostos. Representar o mecanismo de reação. Condensação de Claisen 21 ataque de um enolato de éster sobre um éster, resultando em um -cetoéster nomenclatura: éster tem prioridade sobre cetona, portanto os carbonos são nomeados a partir do éster mecanismo semelhante à reação de aldol presença de grupo abandonador: –OR há regeneração da carbonila utiliza-se alcóxido correspondente ao éster impede formação de mistura de produtos por transesterificação Condensação de Claisen Mecanismo 22 éster -cetoéster formação de enolato (nucleófilo) ataque à carbonila regeneração da carbonila alcóxido desprotona -cetoéster enolato estável reprotonação do enolato Comparação Claisen vs Aldol 23 ataque do enolato sobre a carbonila regeneração da carbonila transferência de próton 24 Previsão de produto da condensação de Claisen: Exercícios (5) 25 Preveja o produto das seguintes reações. Desenhe o mecanismo de reação. Identifique os reagentes necessários para a obtenção dos seguintes compostos. Desenhe o mecanismo de reação. Reação de -cetoésteres: Hidrólise & Descarboxilação 26 a hidrólise de -cetoésteres fornece -cetoácidos, que sofrem descarboxilação quando aquecidos a alquilação de -cetoésteres, seguida por hidrólise e descarboxilação, permite a síntese de derivados substituídos da acetona lembrar que a alquilação ocorre por SN2 haletos de alquila primários são mais eficientes síntese de derivados de acetona por enolização/alquilação leva à mistura de produtos (polialquilação, reações de eliminação) 26 Reação de -cetoésteres: Hidrólise & Descarboxilação 27 a hidrólise de -cetoésteres fornece -cetoácidos, que sofrem descarboxilação quando aquecidos reação pericíclica (elétrons movem-se em círculo) forma enol rápida tautomerização à cetona 27 Descarboxilação: Estratégias Sintéticas 28 a alquilação de acetoacetato de etila, seguida por hidrólise e descarboxilação, permite a síntese de derivados substituídos da acetona síntese de derivados de acetona por enolização/alquilação leva à mistura de produtos (polialquilação, reações de eliminação) a alquilação de dietilmalonato, seguida por hidrólise e descarboxilação, permite a síntese de derivados substituídos de ácido carboxílico lembrar que não é possível obter enolato de ácido carboxílico (não há formação de enolato em presença de próton ácido) 28 REFERÊNCIAS 29 Bruice, P. Y. Organic Chemistry. 4th. ed. Prentice-Hall, 2003 Chaloner, P. Organic Chemistry - a mechanistic approach. CRC Press, 2015. Klein, D. Organic Chemistry as a Second Language – Second Semester Topics. 3rd ed. John Wiley & Sons, 2012. REFERÊNCIAS ADICIONAIS E EXERCÍCIOS 30 McMurry, J. Quimica Orgânica. Tradução da 7ª edição norte-americana. Cengage Learning, 2011. Cap. 22, 23 (Reações de Substituição Alfa à Carbonila; Reações de Condensação de Carbonila) Solomons, T.W.G.; Fryhle, C.B. Organic Chemistry. 9th ed. John Wiley & Sons, 2008. Cap. 17, 19 (Enóis e Enolatos; Compostos -dicarbonílicos) Bruice, PY. Organic Chemistry. 4th ed. Prentice-Hall, 2003. Cap. 19 (Reações no Carbono ) Vollhardt, KPC; Schore, NE. Química Orgânica. 4ª ed. Bookman, 2003. Cap. 18, 23 (Enóis, Enolatos; Enolatos de ésteres)
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