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Existência, Validade e Eficácia

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EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO 
ESTIPULADO POR SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
 
 
Gustavo Saad Diniz 
Advogado. 
Mestrando em Direito Empresarial pela UNESP/Franca. 
 
 
 
Sumário: 1. Delimitação do tema - 2. Fato jurídico e ato 
jurídico – 3. Negócio jurídico – 4. Existência – 5. Validade – 6. 
Eficácia. 
 
 
 
1. Delimitação do tema 
Carece de estudo a exata compreensão dos negócios jurídicos entabulados 
por sociedade empresária, percorrendo os planos da existência, da validade e da 
eficácia, de modo a identificar uma disciplina tecnicamente moderna da atividade 
empresária. 
Foi GIUSEPPE FERRI quem aperfeiçoou o conceito de empresa, 
compreendendo-a como um resultado da produção de bens e serviços para o mercado, 
conseqüência de uma atividade especializada e profissional1. Ficou abrangida a 
atividade econômica, especificando o seu elemento de produção de bens e serviços. Por 
empresa, devemos entender, consequentemente, o exercício profissional de atividade 
econômica, por pessoa física ou jurídica, visando à produção de bens e à prestação de 
serviços, cumprindo função social. 
A pessoa jurídica servirá como instrumento de exercício da empresa, 
prestando-se aos objetivos de produção econômica e com separação da pessoa do 
 
1 O Projeto de Lei 634-B que institui o Código Civil, ao unificar o Direito Privado, traz o Livro II 
regulamentando o que chamou de Direito de Empresa. No art. 969, conceitua-se o empresário (e a 
empresa conseqüentemente) sem se distanciar do conceito de Giuseppe Ferri. Infelizmente, o legislador 
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empresário (art. 20 do CC). Assim, alcançamos o outro conceito, qual seja, o de 
sociedade empresária, que também tem a capacidade jurídica reconhecida pelo 
Ordenamento para ser sujeito de direitos e obrigações. 
Diante desses norteamentos que se busca, neste estudo, analisar a prática de 
negócios jurídicos pela sociedade empresária. 
 
 
 
2. Fato jurídico e ato jurídico 
O estudo do negócio jurídico deve ser orientado por metodologia que 
analisa os aspectos gerais e alcança conceito particularizado. E, por se falar em gênero, 
é imprescindível estudar em raciocínio decrescente o fato jurídico, o ato jurídico e, 
finalmente, o negócio jurídico, como especialização dos gêneros maiores e mais 
abrangentes. 
Assim, o fato jurídico é qualificado pela incidência de norma jurídica 
atribuindo efeitos a acontecimento do mundo real. Trata-se da força propulsora das 
relações jurídicas; verdadeira causa que irradia conseqüências de criação, modificação 
ou extinção de uma relação jurídica. Vislumbrado sob o lume de ORLANDO GOMES2, o 
fato jurídico poderá decorrer de (a) acontecimentos naturais ordinários (nascimento, 
morte, decurso do tempo) e extraordinários (caso fortuito, força maior e factum 
principis) e (b) ações humanas (atos jurídicos e atos ilícitos). 
Sob essa lógica decrescente, deve-se definir o ato jurídico como ações 
humanas previstas em lei, com ou sem o elemento volitivo do agente. Exemplos de atos 
jurídicos, extraídos das notas de HUMBERTO THEODORO JÚNIOR na obra de ORLANDO 
GOMES3, são o pagamento e a outorga de quitação. 
Diante destas duas definições, já é possível observar que o art. 82 do Código 
Civil brasileiro não trata especificamente do ato jurídico, como precipitada interpretação 
literal poderia indicar. Na verdade o referido dispositivo legal regula o negócio jurídico, 
instituto que se passa a descrever. 
 
 
civil perdeu a oportunidade de assinalar a função social da empresa como elemento nuclear do conceito 
de empresário. 
2 Gomes, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 18ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 239-240. 
3 Op. Cit. p. 254. 
 3
 
3. Negócio jurídico 
A doutrina trata o negócio jurídico como uma declaração de vontade que 
gera efeitos criativos, modificativos ou extintivos de um objeto lícito e possível, a partir 
de reconhecimento da lei. Em essência, este conceito releva elementos nucleares que 
definem o negócio jurídico, quais sejam, segundo PONTES DE MIRANDA4: a) 
manifestação de vontade; b) objeto (causa); c) forma. 
O elemento volitivo é apresentado como o ponto central do negócio 
jurídico, talvez porque a vontade do agente seja o diferencial do negócio. Nada obstante, 
esta importância dada à vontade gerou peleja doutrinária que ainda não encontra guarida 
de tranqüilidade. 
Com efeito, os precursores da Willenstheorie (Teoria Voluntarista, de 
SAVIGNY e WINDSHEID) sempre apresentaram o negócio jurídico como ação da 
vontade, fundamentando que o interesse residia sempre no conteúdo volitivo e a 
declaração de vontade se tornava prejudicada. Em contrapartida, a doutrina critica o 
reducionismo excessivo do negócio jurídico somente a um de seus elementos 
componentes. Existem outros elementos e outras circunstâncias que apresentam extrema 
relevância para a interpretação do negócio. É o caso, para exemplificar, das diversas 
circunstâncias em que a participação do Estado, através do registro atribuidor de 
publicidade, atua na integração da eficácia do negócio (e.g., no caso de registro de 
imóveis, registro de sociedade e aprovação de estatuto de fundação pelo Ministério 
Público para posterior registro). 
Como contraponto, surgiram os partidários da Erklärungstheorie (Teoria da 
Declaração), tendo como defensor OSKAR VON BÜLOW, e na doutrina italiana EMILIO 
BETTI5. Para esta teoria, o preponderante é a declaração, porque a autonomia da vontade 
implica em regulamento vinculativo, que estatui normas. Para EMILIO BETTI, o contrato 
seria verdadeiro preceito para um pólo do negócio exigir do outro uma conduta 
obrigatória. 
 A crítica também ataca esta tese, porque seria exagero elevar a autonomia a 
regra normativa, superior até mesmo às normas emanadas pelo Estado. Aliás, essa 
 
4 Pontes de Miranda, F. C. Tratado de Direito Privado. Tomo III. 4ª ed. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 1983. p. 5. 
 4
compreensão também não prevalece perante as normas cogentes como o Código de 
Defesa do Consumidor, que trouxe nova regulamentação aos contratos, alterando toda a 
principiologia de interpretação da vontade. A ressalva, neste caso específico, seria a 
imprescindível interpretação do testamento tal qual exteriorizado em declaração pelo 
testador (art. 1666 do CC), em contrapartida ao positivado no art. 85 do CC. 
Ainda que com estas severas críticas, a Erklärungstheorie foi adotada em 
diversos dispositivos do Bürgerliches Gesetzbuch (BGB), com especial relevância para 
a declaração. Assim também a Willenstheorie se apresenta manifesta em alguns 
preceitos daquele ordenamento jurídico, em especial no §116 que orienta a interpretação 
da reserva mental ou no §117 do BGB, que nos casos de simulação ordena que se 
aprofunde no conteúdo da vontade. 
ORLANDO GOMES dá notícia de uma outra variante interpretativa da vontade. 
Seria o caso de proteger o contratante de boa-fé, porque havendo divergência entre a 
vontade interna e a declaração, o contraente de boa-fé a respeito dos quais tal vontade 
foi imperfeitamente manifestada, tem direito a considerar firme a declaração que se 
podia admitir como vontade efetiva da outra parte, ainda que houvesse erro de boa-fé ao 
declará-la6. Cabe ressaltar, contudo, que esta justificativa protege o contratante, mas 
ainda não explica o conteúdo do negócio jurídico. 
O que ocorre com o negócio jurídico, em verdade, é o que LUDWIGENNECERUS, THEODOR KIPP e MARTIN WOLFF explicam como o poder da vontade 
fundado na lei7. Ocorre uma relação de incidência da norma jurídica sobre a base fática, 
com a descrição de um fato que, ocorrido no plano da realidade físico-social, fará nascer 
uma relação jurídica modalizada com um dos operadores deônticos: obrigatório, 
proibido ou permitido8. Preceitua-se uma conduta pela vontade para se alcançar um 
escopo comum, sob pena de sancionamento. Assim, a manifestação de vontade é o 
suporte fático (fattispecie) do negócio jurídico e PONTES DE MIRANDA adverte que não 
 
5 Betti, Emilio. Teoria Geral do Negócio Jurídico. Tomo I. Trad. Fernando de Miranda. Coimbra: 
Coimbra Editora, 1969. p. 300. 
6 Op. Cit. p. 277. 
7 Enneccerus, Ludwig. Kipp, Theodor. Wolff, Martin. Tratado de Derecho Civil. Tradução: Blas Pérez 
González y José Alguer. 1ª Edição. Barcelona: Bosch, 1943. p. 54. Tomo II. No conceito dos autores 
citados: “el negocio jurídico es un supuesto de hecho que contiene una o varias declaraciones de voluntad 
y que el ordenamiento jurídico reconoce como base para producir el efecto jurídico calificado de efecto 
querido”. 
8 Carvalho, Paulo de Barros. Direito Tributário: fundamentos jurídicos da incidência. São Paulo: Saraiva, 
1998. p. 7. 
 5
se pode identificar a manifestação de vontade, que é acontecimento do mundo fático 
com o negócio jurídico, que é a juridicização do suporte fático9. 
O núcleo fático do negócio jurídico, que é a manifestação de vontade, passa 
a especificar o objeto dispositivo do negócio. No caso das sociedades empresárias, o 
núcleo fático volitivo é emanado dos órgãos com poderes de representação da pessoa 
jurídica, de acordo com o que é determinado pelo contrato social. 
 
 
4. Existência 
A entrada do negócio no mundo jurídico é momento imprescindível para a 
sua produção de efeitos. O negócio não existe se lhe falta elemento essencial. 
Sendo núcleo fático do negócio jurídico, a manifestação de vontade deverá 
provir de pessoa capaz e, no caso das sociedades empresárias, o órgão representativo 
deverá estar provido de poderes de representação pelo contrato social. Se a 
manifestação de vontade é proferida por pessoa absolutamente incapaz, o núcleo 
volitivo se torna ineficiente, podendo-se falar em inexistência neste caso. 
Ao contrário, se falta capacidade civil, torna-se deficiente o núcleo fático, 
operando no campo da (in)validade. 
Portanto, a falta de capacidade de direito determinaria a inexistência do 
negócio, porque não seria só deficiente, mas insuficiente o suporte fático. 
No caso da sociedade empresária, a prática do negócio jurídico encontra 
suporte fático volitivo condicionado ao ato constitutivo, que regula organicamente a 
empresa e a pessoa jurídica. Se ineficiente a manifestação de vontade da sociedade 
empresarial, inexiste o negócio e sequer gera efeitos. Exemplifica-se com acórdão 
proferido pelo STJ, relatado pelo Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, cuja ementa 
oficial se transcreve: “A manifestação volitiva da pessoa jurídica somente se tem por 
expressa quando produzida pelos seus ‘representantes’ estatutariamente designados. No 
caso de ser o ato praticado pela pessoa jurídica representada por apenas um dos seus 
sócio, quando seus estatutos determinam seja ela representada pelos dois sócios em 
conjunto, o que ocorre não é a deficiência na representação, no sentido técnico-jurídico, 
que aceita convalidação, mas ausência de consentimento da empresa, por falta de 
 
9 Op. cit. Tomo III. 
 6
manifestação de vontade, requisito fático para formação do ato. O ato jurídico para o 
qual não concorre o pressuposto da manifestação de vontade é de ser qualificado como 
inexistente, cujo reconhecimento independe de pronunciamento judicial, não havendo 
que se invocar prescrição, muito menos a do art. 178 do CC”10. 
Finalmente, aquilo que é nulo não adere à existência, mas à validade. O 
negócio jurídico nulo entra no mundo jurídico: se assim não fosse, nulo seria igual a 
inexistente. 
 
 
5. Validade 
Trata-se a validade do qualificativo do negócio jurídico que se realizou 
adequado aos requisitos da lei (art. 82 do CC). São pressupostos de validade as 
circunstâncias necessárias a que produza os efeitos próprios de sua função típica, 
referindo-se ao sujeito (capacidade), ao objeto (idoneidade) e à posição do sujeito em 
relação ao objeto (que para ENNECCERUS e HEINRICH LEHMANN se trata da 
Geschäftsfähigkeit ou capacidade negocial de provocar efeitos jurídicos11). 
Para valer, é preciso gerar efeitos, devendo existir suporte fático eficiente 
para entrada e permanência do negócio no mundo jurídico. Para PONTES DE MIRANDA12, 
toda validade se liga ao momento em que se faz jurídico o suporte fático e toda eficácia 
será produção da juridicidade do fato jurídico. 
No caso de pai, tutor ou curador e cônjuge (outorga uxória ou marital) na 
alienação de bens imóveis (art. 235 do CC), não se fala em declaração de vontade que 
faz parte do núcleo do suporte fático, mas em conditio juris do suporte fático e a sua 
falta causa invalidade13. Quanto à ausência de forma, também se deduz que há 
invalidade, geradora de nulidade do negócio que exige ato solene formador (art. 130 do 
CC)14. 
O negócio jurídico estipulado por sociedade empresária, atendido o plano da 
existência, estará sujeito à análise de sua validade, com os elementos essenciais e 
 
10 STJ – REsp nº 115.966-SP – 4ª T. – j. 17.02.2000 – rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU 
24.04.2000 – RT 781/179. 
11 Op. cit. p. 92. 
12 Op. cit. Tomo IV. p. 16. 
13 Pontes de Miranda, F. C. op. cit. Tomo III. p. 13. 
14 “COMPRA E VENDA DE IMÓVEL - Nulidade decretada ex officio. Inobservância à forma prescrita 
em lei (...)” (STJ - Resp 23.088-7 - PR - 4.a T. - Rel. Min. Sálvio de Figueiredo - DJU 21.11.1994). 
 7
acidentais devidamente preenchidos e sem que produza qualquer defeito no negócio 
(erro, dolo, coação, fraude, simulação, lesão). Por defeito, é inválido o negócio jurídico 
de venda e compra de imóvel pertencente à sociedade empresária, com concilium 
fraudis para frustar o pagamento de credores15. Também é inválido, gerando nulidade, a 
emissão de duplicata mercantil por sociedade empresária comercial sem o devido 
respaldo em fatura da venda do produto (arts. 1º e 2º da Lei nº 5.474/68). 
Outra invalidade pode ser apontada em relação ao contrato social. De acordo 
com a orientação de LUIZ ANTÔNIO SOARES HENTZ, são elementos específicos do 
contrato social: “a) a pluralidade de sócios; b) a constituição de capital; c) a affectio 
societatis; d) e a co-participação no lucros e nas perdas”16. Se no contrato social 
somente um dos sócios for contemplado com a participação nos lucros, haverá 
abusividade no objeto contratual, trazendo a invalidade e a conseqüente nulidade, 
conforme dispõe o art. 288 do Código Comercial: “É nula a sociedade ou companhia em 
que se estipular que a totalidade dos lucros pertença a um só dos associados, ou em que 
algum seja excluído, e a que desonerar de toda a contribuição nas perdas as somas ou 
efeitos entrados por um ou mais sócios para o fundo social”. 
 
 
6. Eficácia 
A eficácia é o efeito jurídico pretendido pelo negócio, referindo-se aos seus 
elementos naturais como criação, modificação ou extinção de direitos e deveres. 
Satisfeitos os elementos de validade, o negócio pode ter eficácia imediata ou 
estar sujeito a condição suspensiva (art. 114do CC) ou termo inicial (art. 123 do CC). É 
pertinente dizer, então, a possibilidade de produção de efeitos plena ou contida, de 
acordo com conteúdo do dispositivo acessório do negócio jurídico. 
Atos estatais (registro) são posteriores e exteriores ao negócio jurídico e, 
portanto, são integrativos da eficácia do negócio. Para PONTES DE MIRANDA é suporte 
fático sucessivo, sendo assim considerado o registro do contrato social da sociedade 
junto ao Registro competente. Instituída a sociedade sob qualquer das formas previstas 
em lei, deverá ser levada a registro para constituição e publicidade, gerando os 
 
15 A sanção da anulabilidade faz parte do atual sistema do Código Civil (art. 147). O anulável, ao 
contrário do nulo, poderá ser ratificado pelas partes ou então convalidado. 
 8
consectários da segurança jurídica de terceiros. Há que se ressaltar que a constituição da 
personalidade jurídica somente principia com a inscrição do negócio constitutivo no 
registro peculiar (art. 18 do CC), conforme regula a Lei nº 8.934/94. Com a falta de 
registro, a sociedade é considerada de fato, e os eventuais sócios passam a responder de 
forma ilimitada pelas dívidas da sociedade perante terceiros. Portanto, quanto a este 
ponto, conclui-se que a falta do registro da negócio institutivo não produz plenos efeitos 
da constituição da sociedade, especialmente no que concerne à separação patrimonial 
entre sociedade e sócios (art. 20 do CC e art. 596 do CPC). 
Outro ponto interessante em relação à ineficácia dos negócios em relação à 
sociedade empresária é a declaração de ineficácia dentro do processo, decorrente de 
fraude à execução. O reconhecimento da ocorrência de fraude à execução, prevista no 
art. 593, inciso II, do CPC, imprescinde de inequívoca demonstração de concorrência 
dos dois pressupostos: (i) a existência de ação em curso, com citação válida; (ii) o 
estado de insolvência17. Na fraude de execução, o ato de alienação do bem constrito não 
é nulo ou inválido, mas ineficaz em relação ao credor e ao processo, permanecendo 
válida entre as partes alienante e adquirente. O adquirente do bem em fraude de 
execução pode desfrutar dos poderes inerentes ao domínio, com exceção da disposição, 
ou seja, impõe-se-lhe o dever de resguardar o bem para o processo de execução. 
Entretanto, a ineficácia da alienação em fraude e execução se estende às vendas que 
sucessivamente se fizerem, restando aos adquirentes futuros ação de perdas e danos18. 
Assim, esclarece a jurisprudência do STJ: “Ineficaz, em relação ao credor, a alienação 
de bem, pendente lide que possa levar à insolvência do devedor, a fraude de execução 
contamina as posteriores alienações, independentemente de registro da penhora que 
sobre o mesmo bem foi efetivada, tanto mais quando, como no caso, já fora declarada 
pelo juiz da execução, nos próprios autos desta, a ineficácia daquela primeira 
alienação”19. 
 
 
 
16 Hentz, Luiz Antônio Soares. Direito Comercial Atual: de acordo com a teoria da empresa. 3ª ed. São 
Paulo: Saraiva, 2000. p. 104. 
17 STJ - 4ª Turma, REsp 20.778-6-SP, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j. 26.9.94, não conheceram, v.u., DJ 
31.10.94, p. 29.500, 1ª col. 
18 STJ – REsp 27.555-0 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Dias Trindade – DJU 16.11.1992. 
 9
 
 
Bibliografia 
 
AZEVEDO, Antônio Junqueira. Negócio Jurídico: Existência, Validade e Eficácia. São 
Paulo: Resenha Tributária, 1974. 
 
BETTI, Emilio. Teoria Geral do Negócio Jurídico. Trad. Fernando de Miranda. 
Coimbra: Coimbra Editora, 1969. Tomo I. 
 
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário: fundamentos jurídicos da 
incidência. São Paulo: Saraiva, 1998. 
 
ENNECCERUS, Ludwig. KIPP, Theodor. WOLFF, Martin. Tratado de Derecho Civil. 
Tradução: Blas Pérez González y José Alguer. 1ª Edição. Barcelona: Bosch, 1943. 
Tomo I. 
 
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 18ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001. 
 
HENTZ, Luiz Antônio Soares. Direito Comercial Atual: de acordo com a teoria da 
empresa. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 
 
LEHMANN, Heinrich. Allgemeiner Teil des Bürgerlichen Gesetzbuches. 7ª ed. Berlin: 
Walter de Gruyter & CO., 1952. 
 
PONTES DE MIRANDA, F. C. Tratado de Direito Privado. Tomos III, IV e V. 4ª ed. 
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1983. 
 
19 STJ – REsp 34.189-2 – RS – 3ª T. – Rel. Ministro Dias Trindade – J. 14.03.1994. 
	Gustavo Saad Diniz
	Sumário: 1. Delimitação do tema - 2. Fato jurídico e ato jur
	1. Delimitação do tema
	2. Fato jurídico e ato jurídico
	Bibliografia

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