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Conceito e Classificação dos Tributos

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DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Leandro Panfilo 
 
1 
 
AULA 6 
 
11. Conceito e classificação dos Tributos (imposto, taxa, contribuição de 
melhoria, contribuição social e empréstimo compulsório). 
 
Imposto: Tributo não vinculado à atuação do estado 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte. 
 
Taxas: são cobradas pela prestação de serviços públicos e pelo exercício 
regular do poder de polícia. 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador 
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em 
função do capital das empresas. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia 
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei 
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de 
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de 
poder. 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-
se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam 
postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo 
funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades 
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por 
parte de cada um dos seus usuários. 
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se 
compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a 
Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com 
elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito 
público. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Leandro Panfilo 
 
2 
 
Contribuições de Melhoria 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite 
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de 
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os 
seguintes requisitos mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela 
contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização 
para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela 
contidas; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação 
pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso 
anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e 
julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem 
prejuízo da sua apreciação judicial. 
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo 
rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do 
inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos 
respectivos fatores individuais de valorização. 
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá 
ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de 
seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. 
 
Portanto, o valor da contribuição de melhoria deve respeitar dois limites 
máximos: 1- O custo total da obra dividido pelos imóveis valorizados; 2- O 
valor da valorização de cada imóvel. 
 
 
Empréstimos Compulsórios 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
(Princípio da anterioridade) 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de 
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou 
sua instituição. 
 
 
Contribuições Sociais 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico (CIDE) e de interesse 
das categorias profissionais ou econômicas (CONTRIBUIÇÕES 
DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Leandro Panfilo 
 
3 
 
SINDICAIS), como instrumento de sua atuação nas respectivas 
áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições 
a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão 
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício 
destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota 
não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos 
efetivos da União. 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico 
de que trata o caput deste artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o 
valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação 
poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma 
única vez. 
 
As regras relativas às contribuições para seguridade social estão previstas no 
art. 195 da Constituição Federal: 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na 
forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício; (CONTRIBUIÇÃO SOBRE FOLHA 
DE SALÁRIOS) 
b) a receita ou o faturamento; (COFINS) 
c) o lucro; (CSSL) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não 
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
(CONTRIBUIÇÃO PAGA PELO TRABALHADOR) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (LOTERIAS) 
IV - do importador de bens ou serviçosdo exterior, ou de quem a lei a 
ele equiparar. 
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade 
social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder 
Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto 
no art. 154, I. (Ex: CPMF) 
DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Leandro Panfilo 
 
4 
 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser 
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio 
total. 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei 
que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, "b". (PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE) 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as 
entidades beneficentes de assistência social que atendam às 
exigências estabelecidas em lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o 
pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam 
suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a 
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da 
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste 
artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em 
razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-
deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado 
de trabalho. 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições 
sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em 
montante superior ao fixado em lei complementar. 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais 
as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, 
serão não-cumulativas. 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de 
substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na 
forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
 
 
Contribuição de iluminação pública 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir 
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço 
de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se 
refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

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