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Resumo Tributario1

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DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Leandro Panfilo 
 
1 
 
AULA 1 
 
1. Direito Fiscal, Financeiro e Tributário. 
 
Direito Fiscal se refere à disciplina de atuação do Fisco. Concentrando-se na 
atividade de fiscalização e arrecadação de tributos, portanto focado no sujeito 
ativo. A abrangência do Direito Tributário é maior, já que não polariza em 
nenhum dos sujeitos o foco da investigação, permite estudar toda a 
fenomenologia impositiva. 
Por outro lado, o objeto de estudo do Direito Financeiro é mais amplo que o 
necessário, já que se refere a toda a atividade financeira do Estado, na qual a 
tributária aparece como um simples tópico. 
 
 
2. Fontes do Direito Tributário. 
 
Pelo princípio da estrita legalidade, somente é a lei é fonte do direito tributário. 
Da mesma forma que só é possível criar ou majorar tributos por meio de lei, 
também só é possível diminuir ou isentar tributos, perdoar débitos, descrever 
infrações e cominar sanções, criar deveres instrumentais e etc., por meio de lei 
(art. 97 do CTN). 
 
Constituição Federal 
A Constituição Federal não criou nenhum tributo, apenas estabeleceu 
competência (regra matriz de cada tributo) para que as pessoas políticas os 
criassem através de lei (Princípio da legalidade). Portanto, é a lei que obriga o 
pagamento do tributo e não a Constituição Federal. 
 
Lei Complementar 
Espécie normativa que exige quorum qualificado para sua aprovação. A 
Constituição reserva expressamente algumas matérias para serem 
disciplinadas por lei complementar. 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive 
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, 
também poderá instituir um regime único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, observado que: 
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I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da 
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados 
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional 
único de contribuintes. 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais 
de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da 
concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, 
estabelecer normas de igual objetivo. 
 
Lei Ordinária 
Espécie normativa que exige maioria relativa (simples) para ser aprovada. A lei 
ordinária é o veículo padrão para as normas instituidoras de tributos que a 
Constituição expressamente não fixe a necessidade de lei Complementar. 
 
 
2.1 Instrumentos que regulamentam a lei 
Os instrumentos que regulamentam a lei não podem dispor de forma contrária 
à lei: 
- Decreto Legislativo 
- Resolução 
- Decretos e regulamentos 
- Instrução Ministerial 
- Portaria 
- Ordem de serviço 
- Normas complementares 
 
Decreto legislativo 
Decreto Legislativo é a espécie normativa utilizada nas hipóteses de 
competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF). As regras sobre 
seu procedimento estão previstas no regimento interno. 
 No campo tributário, têm maior relevância os decretos legislativos que 
ratificam tratados e convenções internacionais. 
 
Resolução 
Resolução é a espécie normativa utilizada nas hipóteses de competência 
privativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso 
Nacional. (art. 51 e 52 da CF). As regras sobre seu procedimento estão 
previstas no regimento interno. 
No campo tributário, têm maior relevância as resoluções editadas pelo Senado 
Federal, que estipulam as alíquotas mínimas e máximas de alguns impostos. 
Ex: “Resolução do Senado Federal de iniciativa do Presidente da República ou 
de 1/3 dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, 
estabelecerá as alíquotas aplicáveis as operações e prestações interestaduais e 
de exportação” (art 155, IV da CF). 
 
Decretos e regulamentos 
Decretos e regulamentos são os atos normativos de competência privativa do 
Chefe do Executivo, que a função de promover a fiel execução da lei (art 84, IV 
da CF). 
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 O Congresso Nacional, verificando que o regulamento viola lei, tem o poder de 
suspender eficácia do mesmo através de um decreto legislativo (art. 49, V da 
CF). 
 
Instrução Ministerial 
Instrução Ministerial é o ato normativo que tem por fim promover a execução 
das leis, decretos e regulamentos. 
 “Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas 
nesta Constituição e na lei: expedir instruções para a execução das leis, 
decretos e regulamentos” (art. 87, II da CF). 
 
Portaria 
Portaria, no campo tributário, é ato inter-orgânico que disciplina assuntos 
internos da repartição fazendária. Ex: Escala de férias, rodízio de almoço. 
 
Ordem de Serviço 
Ordem de serviço, no campo tributário, é o ato administrativo que determina 
ao subordinado a realização de uma diligência fiscal. Se a ordem for 
manifestamente ilegal, pode e deve ser descumprida. 
 
Normas complementares 
São normas complementares das leis, tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos (art. 100 CTN): 
- Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (art. 100, I 
do CTN). 
- As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a 
que a lei atribua eficácia normativa (art. 100, II do CTN). 
- As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas 
(art. 100, III do CTN). 
- Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios (art. 100, IV do CTN).

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