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STAPHYLOCOCCUS Na verdade o professor Jeferson já teve ter falado sobre Streptococcus, eu já falei sobre Staphylococcus, mas COM CERTEZA esse grupo sobre o qual nós vamos falar hoje é o MAIS INTERESSANTE. Seja pela capacidade ampla de causar as mais diferentes doenças, seja pela sua prevalência no nosso dia a dia. Nos ambulatório, em pacientes internados, nos cirurgiões, é o infernos dos cirurgiões, ortopedistas, por ser a bactéria que mais prevalecem em --- , em próteses. 1° slide São germes da FAMÍLIA MICROCOCCACEAE – São CATALASE POSITIVOS, eu imagino que vocês já tenham feito o teste da catalase na aula prática. (Ou seja, é bom saber para a questão da parte prática - Quebra o peróxido liberando água e oxigênio, por isso a formação imediata de bolhas na lâmina.) – GÊNEROS da família Micrococcaceae • STAPHYLOCOCCUS SP • MICROCOCCUS SP • STOMATOCOCCUS SP • PLANOCOCOS Vamos conversar apenas sobre o gêneros staphylococcus pois os demais estão sempre rarissimamente associados a infecções. Geralmente, quando são associados a infecções são em casos de extrema imunossupressão. Já gênero staphylococcus não, pessoas previamente hígidas têm doenças gravíssimas por conta desse patógeno. 2° e 3° slides • CATALASE POSITIVOS • COCOS GRAM POSITIVOS •ARRANJADOS EM CACHOS DE UVA OU ISOLADOS • ANAERÓBIOS FACULTATIVOS • CRESCIMENTO EM NaCl A ATÉ 10% • NÃO PRODUZEM ENDOSPOROS • TEMPERATURA DE CULTIVO 18 A 40C • COLONIZAM PELE E MUCOSAS HUMANAS • CAUSAM INFECÇÕES EM HOMENS E ANIMAIS Bom, para caracterizar os staphylococcus, nós já vimos que, por ser da família micrococcacae eles são catalase positivos. São, é claro, coccus gram positivos, na coloração gram aparecem como um cacho de uva, em grego staphyle significa grupo de uvas. Embora sejam aeróbios, têm a capacidade de crescer em ambientes que não tem oxigênio, por tanto são anaeróbios facultativos, respirando quando há oxigênio e quando não há dão um jeitinho usando uma via alternada e sobreviver. E eles em quantidade muito alta de sal, percebam que são organismos com facilidades para se adaptar. Não produzem esporos, e podem crescer em temperaturas tão altas quanto 18° e tão altas quanto 40°. Um dos fatores que intriga e justamente atrapalha o combate é que ele é encontrado como colonizador de pele o mucosa humana. Até um dado momento ele é apenas colonizador, mas podem simplesmente penetrar e causar uma série de infecções, acomentendo tanto homens quanto animais. (Alguém perguntou se era um agente infeccioso só de humanos e ela explicou que não dando o exemplo da mastite bovina, que acomete bovinos e humanos através de um mesmo agente). Observem uma figura tridimensional do staphylococcus em tecido pulmonar formando um cacho de uva. Existem várias espécies e as mais importantes são as que estão mais relacionadas a infecções humanas: 6° e 7°slides ESPÉCIES S. aureus - S. auricularis S. epidermidis - S. gallinarum S. haemolyticus - S. felis S. saprophyticus - S. lugdunensis S. hominis - S.xylosus S. simulans - S. lentus - S. lugdunensis É interessante ressaltar que a espécie S. aureus é, sem dúvidas, o mais agressivo, os demias podem causar doenças mas eles exigem uma condição mais especial pra conseguir causar doenças. STAPHYLOCOCCUS AUREUS Então vamos agora falar daqueles são efetivamente uma dor de cabeça para os humanos. Para ilustrar pra vocês sobre a importância dos staphylococcus, hoje nos EUA o grande problema é causado por um staphylococco chamado MRSA que causa infecções em pessoas hospitalizadas e agora também tem sido encontrado na comunidade. (Atenção para esse tipo de staphylo que a professora começou a explicar desde aqui que a sigla MRSA condiz a uma resistência a METICILINO!) Bom, o nome aureus, vem do grego "dourado". (Por isso essa aula não podia ter ficado com outra pessoa ; D Ass, Raísa) MICROBIOLOGIA Colônias de aspecto amarelado devido ao pigmento produzido (caratenoide). PODEM SER Beta–hemolítico (maioria! não é uma regra!) Coagulase positivo O que diferencia esse espécie das demais é essa enzima! (Com direito a repetir essa frase três vezes!) – Converte o fibrinogênio em fibrina (Não se enganem pelo nome, que terminando com "ase" parece que dissolve o coágulo, mas não! por converter fibrinogênio em fibrina acontece sim a coagulação!) Então atençãaaaaaao! O radar apitou para questão de prova nessa hora! O teste da catalase diferencia apenas a famíla micrococaccae dos streptococcus que são catalase negativos!(frase repetida bem devagar). Portanto, quando se quer diferenciar A ESPÉCIE S. aureus DENTRO DO GÊNERO STAPHYLOCOCCUS, o teste que se faz é o a COAGULASE. Visto na aula prática através da mistura de uma colônia de staphylococcus aureus e plasma de coelho. É tão exclusiva de s. aureus que laboratórios de pouco recurso usam apenas esse teste e separam os grupo em coagulase positivo confirmando ser s. aureus e coagulase negativo, assim necessitando uma série de outros testes. 11° slide CÁPSULA – Maioria – Polissacarídica – Inibem a migração de fagócitos » Inibem a fagocitose por PMN – Facilita a aderência Então, porque essa espécie apresenta uma virulência tão elevada? Vocês vão se deparar com pacientes gravemente enfermos, faz teste, sabe que é staphylococcus, o bichinho é sensível a tudo e mesmo assim o paciente morre. =P pq se o staphylo era tão besta? (é sensível até mesmo a cefalosporina de primeira geração). Agora nós devemos conhecer as ferramentas que faz do staphylos mesmo sendo sensíveis a antibióticos ainda sim apresentam resistência. A cápsula que inibe a fagocitose pelos leucócitos o que representa uma interferência negativa na resposta de defesa. Facilita a aderência do germe em células, em materiais inertes. A aderência é o primeiro passo no mecanismo de virulência! A bacteria precisa primeiro aderir para depois invadir. 12° slide PEPTIDEOGLICANO – Muito denso – Poder patogênico semelhante ao LPS – Estimulam produção de Interleucina1 pelos monócitos – Estimulam a agregação de PMN (pús) Até mesmo a estrutura do seu petídeoglicano se comporta como o lipídio A - endotoxina. No staphylococcus, se pegássemos essa estrutura isolada e injetássemos na corrente sanguínea de uma cobaia como se fosse o LPS, choque, hipotensão, aumento da permeabilidade vascular, estimula IL-1, migração de polimorfonucleares. Atenção, é interessante pois ele favorece a agregação mas impede que aja a efetivação da fagocitose. 13° slide ÁCIDOS TEICOICOS – feitos de Polímeros de ribitol e glicerolfosfato – Ativam o complemento – Aderência a células epiteliais também fazem, papel semelhante ao da cápsula. » fazem Ligação específica a uma estrutura do hospedeiro: fibronectina Perguntaram de ativar o complemento não seria uma vantagem pro hospedeiro, ela disse que teoricamente sim, mas como o complemento precisa de anticorpo pra agir... começa a explicar como atua outra ferramenta do germe chamada proteína A. 14° slide PROTEÍNA A (aparece no desenho como um pontinho laranja) – Maioria – Localizada na parede ligada de maneira covalente ao peptideoglicano – Capacidade de se ligar a porção Fc das IgG, exceto a IgG3 (atividade antigocítica) – Capacidade de ligação ao endolélio lesado A proteína A pega o anticorpopelo pé! O anticorpo fica ineficaz, o IgG3 é o único que foge disso. 15° slide - ainda sobre proteína A esse slide foi completamente ignorado =P – Inibe ação do Complemento – Estimula liberação de histamina » Reação de hipersensibilidade – Liberadas no meio durante crescimento bacteriano » Leva a ligação Antígeno - Anticorpo Atenção, quando a professora faz uma referência a pessoas que espremem espinhas dizendo ser possível o bicho cair na corrente sanguínea e desenvolver um quadro séptico (oO), ela diz para termos cuidado e que ela está apresentando as primeiras ferramentas citando resumidamente três deles: cápsula, peptideoglicano e proteína A. O fato dela não ter citado ácido teicoico pode ser uma indicação de menos destaque para tal 'ferramenta'. 16°slide HIALURONIDASE importante também para aderência. Uma vez fixado no epitélio o staphylo solta uma enzima que abre hidrolisando o tecido conjuntivo - Maioria - Hidrolisa o tecido conjuntivo facilitando a penetração 19° slide - Mas voltando às espinhas e infecções de pele, os staphylococcus produzem LI-PA-SES (com esse ênfase silábico) - Hidrolisam lipídeos - Facilita a sobrevivência em glândulas sebáceas (pele e subcutâneo) Eles dissolvem gorduras e deixam o ambiente mais favorável, aproveitam o local para sobreviver, é por isso que vemos muita foliculite e acne, justamente por causa dessa habilidade de crescer em ambientes ricos em gorduras, como em glândulas sebáceas. LEUCOCIDINA (proteína terrível, quem vai fazer pediatria atenção, pois em criança pode causar uma pneumonia grave, com lesão hemorrágica e alta letalidade). - Proteína de Panton-Valentine Não é em todo S. aureus, mas quando ele tem... -Lesa membrana celular de PMN 20° slide Muitos produzem uma substância chamada BIOFILME (é o terror dos ortopedistas e cirurgiões que colocam próteses!) – PRODUÇÃO DE POLÍMEROS EXTRACELULARES – ADERÊNCIA A BIOMATERIAIS » CATETERES » PRÓTESES » O s. aureus está presente de boa na pele, mas ao penetrar e encontrar materiais inertes como cateteres, próteses ortopédicas, ele se fixa e secreta polímeros que favorecem crescimento e ainda bloqueiam a ação dos antibióticos por não conseguir penetrar nessa matriz densa! Por isso, o resultado final é as vezes ter de fazer uma cirurgia para retirar a prótese. Não é exclusivo do aureus, enterococcus também apresentam. Uma meleca transparente com staphylococcus aderidos. Pergunta interessante: s. aureus pode causar meningite? pode! Não é a mais comum mas pode, através da cirurgia também. Pacientes com AVC, hidrocefalia, retirada de tumor, pode acontecer meningite pós-cirurgia ( pode ser qualquer staphylococcus, depende do lugar que se opera). O S. aureus apresenta dois tipos de coagulase! Um que fica fixa na superfície externa, que ao encontrar firbrinogêneo transforma em fibrina do mesmo jeito e causa aglutinação das bactérias e também a coagulase livre, que fica solta no plasma! FATOR CLUMPING OU COAGULASE LIGADA – SUPERFÍCIE EXTERNA DA BACTÉRIA – SE LIGAM AO FIBRINOGÊNIO CONVERTENDO-O EM FIBRINA » LEVA AGLUTINAÇÃO DAS BACTÉRIAS COAGULASE LIVRE – COAGULA O PLASMA POR CATALISAR A REAÇÃO DE FIBRINOGENIO EM FIBRINA Quando mostrou a foto do teste, ela não explicou, tinha citado antes, mas é importante saber para parte prática da prova. 25° slide ESTAFILOQUINASE (fibrinolisina) - Dissolve coágulos É engraçado pois, ora produz enzima que forma coágulo, ora produz enzima que dissolve, e a estafiloquinase foi isolada e hoje é usada a nosso favor como forma de tratamento a trombose e desobstruir vasos. DEXSOXIRRIBONUCLEASE (DNASE) dissolve DNA BETA- LACTAMASES Um mecanismo de resistência. Sem detalhes. Veja que essa bactérias apresenta um amplo espectro de ferramentas que proporciona fatores de virulência importantes. Apresenta também exotoxinas: TOXINAS Alfa, Beta (Esfingomielinase C), Delta e Gama - Causam lesão de membranas celulares Toxina Esfoliativa (Esfoliatina ou Epidermolisina) –DOENÇA DE RITTER – Toxinas A e B – Quebram os desmossomas intercelulares – Causam a Síndrome da Pele Escaldada (foto tensa do bebezinho) » Ocorre em lactantes » Há formação de bolhas na pele cheias de líquido claro (porém sem bactérias) a exotoxina vai trasudar, onde tem bolha não tem pus. » Baixa mortalidade, embora tenha um aspecto muito feio não mata. Impetigo Bolhoso – É uma variação da SPE – As bolhas são localizadas em uma região – Entretanto há presença de bactérias no seu interior. – É altamente contagioso portanto, lavem as mãos * Diagnóstico diferencial dada pela região ( o impetigo bolhoso é mais localizado) e pela análise da amostra colhida no local ( no impetigo bolhoso é detectado a presença da bactéria e na SPE não). Na década de 80 surgiu um quadro de infecção entre mulheres que usavam absorventes internos por muito tempo, as bactérias se desenvolviam como num meio de cultura e liberavam toxinas. Segundo a professora isso não será cobrado na prova, é bom saber por uma questão de curiosidade. Toxina –1 da Síndrome do Choque Tóxico (TSS1) – Antigamente chamada de Exotoxina C ou Enterotoxina F – Associado ao uso de absorventes internos – Também pode se iniciar com um ferimento – Paciente parece um grande queimado – Febre, hipotensão, descamação da pele – Alta taxa de mortalidade O que diferencia é que diferentemente da toxina envolvida na SPE, essa é mais radical com mais mortalidade. Outro aspecto importante é a questão de alimentos contaminados com staphylococcus aureus. O que na verdade a pessoa ingere e causa as manifestações é uma grande quantidade de toxinas, pois a pequena quantidade de bactéria o próprio estômago resolve de eliminar, e portanto como é causado apenas pelas toxinas não adianta dar antibiótico. Esse quadro é caracterizado pelo curto intervalo de tempo entre a infecção e a manifestação clínica de diarréia. Enterotoxinas A , B, C, D, E – Mecanismo de ação não muito definido – Induzem produção de Interleucina-1 – Estimulam o peristaltismo intestinal (diarréia) – Ação sobre Sistema Nervoso Central (náuseas e vômitos) – Enterotoxina B pode causar Sindrome do Choque Tóxico – Também o S. epidermidis podem produzir - Resistentes ao calor (100Cpor 30min,termoestáveis) mesmo fervendo por 30 minutos elas ainda resistem! De forma resumida, o S. aureus pode causar as mais diversas doenças. DOENÇAS – PELE » FOLICULITE » IMPETIGO BOLHOSO » SPE » DOENÇA DO CHOQUE TÓXICO » FURÚNCuLO » CARBÍNCULO(FURÚNCULOS COALESCENTES) » INFECÇÕES DE FERIDA CIRÚRGICA » Sepses pela propriedade de cair na corrente sanguínea. » Bacteremia » Pneumonias TOXINAS » SÍNDROME DA PELE ESCALDADA toda hora repete. =P » SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO » GASTROENTERITE OSSOS E ARTICULAÇÕES » OSTEOMIELITE (principal causa!) » A professora contou a história de um menino que sofreu com confusão de diagnóstico entre trauma e infecção, ficou com a perna engessada e depois de um tempo percebeu-se que era uma infecção com destruição do osso. Então, peça o raio-x e hemograma. » Em adultos jovens, acomete joelho. » ARTRITE SÉPTICA (principal causa!) – CORAÇÃO » ENDOCARDITE » ELEMENTOS GENÉTICOS MÓVIES - Explica a diversidade de mecanismos de virulência – Origem exógena – Bacteriófagos - podem trazer a informação para liberar a exotoxina Retirado dos slides Transcrito adaptado Algumas respostas a perguntas – Transposons - elementos móveis, transcrevem enzimas e outrasferramentas – Ilhas de patogenicidade Fotos apresentadas: Impetigo, hordéolo (tersol), pústula. OBS: celulite na face é igual a internamento para antibiótico endovenoso, por causa da proximidade com o cérebro e a capacidade de invasão que a bactéria tem é sinal de alerta. Staphilococcus aureus Uma senhora que lava muita roupa percebe um pequeno abscesso e, então, poca-o. Dias depois, verifica que o seu cotovelo está inchado; drena-se muito pus e ainda está bastante inchado. A bactéria, então, invade a corrente sangüínea e cria corpos metásticos. Isso é uma situação muito comum para S. aureus. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL GRAM – Cocos Gram positivos – Arranjados em grupos ou isolados. PROVA DA CATALASE PROVA DA COAGULASE Toda vez que puderem colher um material, façam-no e mandem para o labaratório. Este fará um Gram e a prova da catalase, para dizer se é realmente Staphilococcus, mas só o teste da coagulase dirá se é S. aureus. GRAM +, formando cachos Coagulase +, há coagulase Detecção do fator clumping ou (protrombina em trombina) ou teste da coagulase fixa (receptor para fibrinogênio livre) MEIOS DE CULTURA - Agar Sangue - Observação de beta hemólise variável - Colôniasgrandes 2-3mm - Small Culture Variant - Agar Manitol - Caldo com Nacl 7,5% E vai semear o material em meios de cultura. Já é possível entender que, até mesmo pela capacidade de manter-se numa variação ótima de temperatura, o S. aureus não exige meio muito rico. A maioria das cepas de S. aureus faz β-hemólise, mas prestem atenção a um problema que muitas vezes acontece no laboratório: em determinado meio com deficiência de nutrientes, as colônias serão tão pequenas como se fossem pequenos pozinhos no meio de cultura e, seu laboratorista não for pouco atencioso ou desavisado, pode concluir dizendo que é um tipo especial de S.aureus. Este é um tipo mutante bastante resistente a vários tipos de antibióticos (por isso, é importante reconhecê-los), que apresenta fenômeno de tolerância (em que, após muita antibioticoterapia, as cepas podem até parar de crescer, mas não morrem), pode ser confundido com contaminação do meio de cultura (podendo-se perdê-lo), normalmente o encontramos em material de osteomielite crônica, osteossíntese e fibrose cística[o que é osteomielite? É infecção do osso, que pode vir por via hematogênica ou por trauma, podendo-se observá-la na contaminação na colocação de placas, em que osso passa a estar infectado, sendo esta infecção de tratamento difícil e prolongado], e é responsável por infecções latentes [quanto tempo levo para tratar osteomielite? Meses. Eu começo com 3 a 4 semanas de antibiótico intravenoso e posso levar de 3 a 6 meses de antibióticos VO]. Small Culture Variant(SCV) - Crescimento lento - Mutação no gen –timidina-sintetase - Resistência a vários antibióticos - Fenômeno de tolerância - Confundido com “contaminação” do meio - Isolados em cultura de material de osteomielite crônica,osteossintese , fibrose cística - Infecções latentes - Terapêutica prolongada e difícil O laboratório pode fazer tambem uma genotipagem. Realizar culturas com antibiograma – Resistência Meticilino–Sensíveis(MSSA) – CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO – CLINDAMICINA – OXACILINA – MACROLÍDEOS Meticilino–Resistentes(MRSA) – Vancomicina/teicoplanina – Linezolida – Tigeciclina O que temos de ter em mente é que o Staphilococcus desenvolve resistência com muita facilidade. É sempre bom colher material, mesmo que de uma pústula. Pode ser que seja um meticilino-resistente de comunidade e sua cefalosporina já não vai funcionar. Quando as cepas passam a ser MRSA, meticilino-resistente, normalmente apenas vancomicina, linezolida e tigecilina mantêm-se eficazes. Normalmente, o ambiente do meticilino-resitente é hospitalar, mas existe um SA, chamado de CA-MRSA, que é de comunidade.[a família dos macrolídeos, azitromicina e eritromicina, penetra bem em pele e é uma boa opção em questão de pele]. À direita, é o caso de uma pneumonia muita característica de Staphilococcus. Vê-se não uma caverna de tuberculose, mas é causada por bactéria, já que as cavernas de tuberculose estão normalmente no ápice – então, muita vezes, faz-se uma cultura e isola-se Staphilo.Logo à esquerda, um envolvimento amplo do pulmão esquerdo. Pneumonia por Staphilococcus, em adultos jovens, não é algo tão comum, a não ser que haja envolvimento de catéter. Esta é uma paciente que iniciou um quadro com uma pústula e, depois, ficava como se encontra à direita. Percebam como a perna está brilhosa. Este é o caso que mostra como o Staphilo pode acomentar a pele e causar o extravasamento de muito pus. O que acontece muitos vezes é que um desavisado, em casa, apresenta furúnculo e resolve tirar o “carnegão”. Então, a bactéria cai na corrente sangüínea e o indivíduo chega o pronto-socorro com febre de 40°C. O “carnegão” é um mecanismo de defesa de nosso organismo, quando se instala a infecção. Observa-se que, concomitante com o uso do antibiótico, é possível, sim, fazer a drenagem – e, neste caso, se precisar “rasgar”, não há problema. O furúnculo, em si, é uma infecção que acomete principalmente as nádegas. À esquerda, é o caso de uma paciente, em período de aleitamento de seu primeiro filho, que começou a apresentar febre e a mama a crescer anormalmente. Chegou ao pronto-socorro e drenou 40mL de pus. Tivemos de, então, “secar” o leite para que não fosse feita mais a amamentação. À direita, temos o quadro de uma senhora diabética, que não fazia corretamento o seu tratamento, e sabe-se que diabetes e infecção é uma parceria muito ruim. Desenvolveu esta lesão de pele, pustulenta, e, para colher material, utilizamos esta tela com gel. A cultura, então, veio positiva para Staphilococcus aureus. Histórico – 1944 –Resistência a penicilina – 1961- Resistência meticilina(oxacilina) MRSA/ORSA – 1997 – Resistência intermediária aos glicopeptídeos GISA – 2002 –Resistência aos glicopeptídeos GRSA Existem cepas de Staphilo sensíveis a muitos antibióticos, mas, precisando, há o desenvolvimento de resistência. Logo com a criação da penicilina e a propagação de seu uso, houve o desenvolvimento de cepas com resistência às penicilinas iniciais, bezetacil etc. É, por isso, que é cruel ministrar bezetacil para pessoas que cursam com furúnculo. Não é o mais adequado: para Strepto tudo bem, mas para Staphilo não. A primeira resistência desenvolvida, em 44, era pela produção de penicilinases. Resistência a penicilina – Produção de penicilinases Na década de 60, com o uso da meticilina, começaram a aparecer cepas MRSA. Normalmente, o Staphilococcus meticilino-resistente é multidrogas resistente, no sentido de que a ilha de patogenicidade carrega muito mais do que o gene que determina a resistência para a meticilina, carrega resistência para clindamicina, eritromicina etc. Lembrem que a resistência do Staphilo meticilino-resistente não é feita por produção de enzimas, mas sim por alteração no gene, mecA, que codifica uma proteína que se liga à penicilina, com baixa afinidade, lembrando que o mecanismo de ação dos β-lactâmicos é pela ligação a este sítio. No MRSA, a resistência pela expressão de um sítio de ligação alterado, que é codificado pelo gene mecA. Repetindo, a produção de uma PBP2a continua tendo a mesma função de acoplamento dos peptideoglicanos, mas agora apresenta menor afinidade a β-lactâmicos.EU VOU COBRAR O MECANISMO DE RESISTÊNCIA DO MRSA PORQUE ISTO IMPLICA NA TERAPÊUTICA – tenham certeza de que essa questão cairá na prova. Mesmo que o labarotório diga que as cepas sãosensíveis, qualquer erro na clínica é desastroso. Então, Staphilo MRSA é igual a mudança para outra classe. Sobre o uso de eritromicina, não é aconselhado em ambiente hospitalar porque, freqüentemente, as cepas MRSA já vêm resistentes a muitos outros antimicrobianos. MRSA (S.aureus meticilino resistentes) – Resistência as meticilina /oxacilina – Geralmente também resistentes a clindamicina/eritromicina/tetraciclina – Expressão de uma PBP2a(2’) – Codificada pelo gene cromossômico mecA É importante estar atento ao resultado do laboratório, já que a expressão de meticilino-resistência pode ser homogênea, e rapidamente é percebido isto pelo fato de todas as colônias serem MRSA, como também heterogênea, em que algumas colônias apresentam-se logo sensíveis, mas outras podem lentamete apresentar-se como resistentes. Então, o microbiologista qualificado tem de observar um pouco mais, algumas horas, para averiguar se realmente não aparecerão cepas resistentes. Tem-se de estar atento a isto. Assim, se o labarotório informar que há resistência, não insista no tratamento, mas, se for informado que há sensibilidade, esteja atento, pois nem sempre há total confiança. MRSA – Dois tipos de Expressão Fenotípica » Homogênea Todas as colônias apresentam-se resistentes a meticilina/oxacilinas quando testadas » Heterogênea Apenas algumas colônias apresentam-se resistentes a meticilina quando testadas in vitro As resistentes crescem mais lentamente que as sensíveis levando ao falso resultado de sensibilidade. Sabemos que a vancomicina apresenta muitos efeitos colaterais e, entre eles, a nefrotoxicidade. Portanto, quando tenho infecção por Staphilo meticilino-sensível, é importante perceber que o uso da oxacilina é muito mais benéfico para o paciente que o uso de vancomicina, apesar de este ser um glicopeptídeo. Mas, claro estando num ambiente hospitalar e conhecendo a microbiota do local, não se precisa esperar o resultado da cultura e já é bom cursar com vancomicina. Porém, de novo, se o indivíduo vem da rua, sem contato com ambiente hospitalar, sem uso de catéter ou próteses, tem sentido começar o tratamento por oxacilina, pois não se espera que haja aí MRSA, de forma que basta pensar que a resistência a penicilinas já está bastante estabelecida, logo é justificado o uso de oxacilina, que é resistente a penicilinases. Resistência Boderline – Resistência não relacionada ao gene mecA – Alteração das PBP1, 2 e 4(MOD-SA) – Ou Hiperprodução de beta-lactamase – MIC para oxacilina 2-8mcg/ml ou 10 e 13mm Existe também um grupo de resistência chamado MOD-SA. Observe que, neste caso, não se trata de alteração no gene mecA, mas em outro gene, cujo mecanismo é semelhante, levando a alteração tanto PBP2, quanto da 1 e da 4. Isto é, altera as PBPs e impede que os beta-lactâmicos se liguem. E ainda existem SA que produzem grandes quantidades de beta-lactamases, as quais são muito fortes. Percebam assim que, dentro da própria espécie, os mecanismos de resistência são bastante ecléticos. Na década de 90,começa a aparecer resistência intermediária aos glicopeptídeos e, em 2002, os japoneses descobriram que os Staphilococcus têm desenvolvido resistência total aos glicopeptídeos. Lembre-se de que a saída para o tratamento dos MRSA é o uso dos glicopeptídeos – assim, intensificando-se o uso destes, há o início do desenvolvimento de resistência a tais antimicrobianos. Qualquer antibiótico que é lançado no mercado é susceptível ao desenvolvimento de cepas resistentes. Iniciou, assim, o desenvolvimento de SA com resistência parcial aos glicopeptídeos, que não mais respondiam tão bem ao uso de vancomicina. Não se sabe o mecanismo exato para o desenvolvimento da resistência parcial aos glicopeptídeos, mas aparentemente a parede dessa bactéria tornou-se mais espessada. Então, sugere-se alteração no tratamento para o uso de linezolida, a associação de rifampicina com sulfa ou daltopristina, que pode causar icterícia e já saiu do mercado. GISA – Presença de espessamento importante a parede celular – Clinicamente não respondem a terapêutica com os glicopeptídeos – Tratamento com drogas alternativas: » Linezolida » Rifampicina/ sulfa+trimetrprim/cloranfenicol » Daltopristina/quinupristina Rarissimamente, pode haver o desenvolvimento de cepas totalmente resistentes a glicopeptídeos. Alguns pensam que é possível que o Enterococcus passou a resistência por plasmídeo de conjugação (especificamente, Enterococcus VRE, vancomicina-resistentes). Isto é raro em nosso meio, mas é um fato para o qual deve-se manter cuidado. Há, também, o grupo MLS, com resistência, lincosamidas e estreptograminas. GRSA (S.aureus resistente aos glicopeptídeos) – Raríssimos – Normalmente em associação com infecção por Enterococcus sp resistente a Vancomicina – Provável troca de gen de resistência (VanA) entre estas duas espécies RESISTÊNCIA AO GRUPO MLS – MACROLÍDEOS – LINCOSAMIDA – ESTREPTOGRAMINAS No caso de uma infecção decorrente do uso de próteses, após trauma, deve-se ser sensato. Aconselha-se esperar que o osso consolide e, concomitantemente à consolidação óssea, ir ministrando o antibiótico (no caso exemplificado, a vancomicina). Osso consolidado, vai-se à sala de cirurgia para retirada da prótese, pondendo-se finalizar, conquanto haja melhora, o tratamento antimicrobiano. O osso regenera-se independente de ter ou não infecção. Staphilococcus coagulase-negativos Este é um grupo que passou a ter importância clínica há muito pouco tempo. Com o desenvolvimento de métodos terapêuticos e da propagação do uso de próteses e catéteres, este grupo, que não tem um décimo do mecanismo de virulência apresentado pelo S.aureus, começou a causar problemas e a ter alguma importância clínica. Então, hoje, nós vemos que grande parte das infecções de catéter é causada por Staphilococcus não-aureus, o que é coerente com o fato de que um dos poucos mecanismos de virulência que os Staphilococcus coagulase-negativos têm é justamente um dos mais desastrosos, que é a formação de biofilme. Existe também a produção de ácido poligamaglutâmico (PGA), que ajuda a impedir a fagocitose e facilita a colonização da pele. Quando houver muito Staphilococcus coagulase-nagativo colonizando a pele, não há problema, havendo, inclusive, proteção, posto que esteja ali concorrendo com outras bactérias; problema é quando nós quebramos a barreira da pele e, então, há penetração do patógeno, é como se empurrássemos o mesmo e o incetivássemos a causar infecção. Situação diferente daquela existente para o S.aureus, em que a invasão da pele é mais ativa, levando a bacteremia, de forma que ninguém irá dizer que encontrou um caso de pneumonia da comunidade por S.epidermidis. Por quê? Pois, S.não-aureus não possuem enterotoxina, não possuem cápsula, não possuem uma série de fatores de virulência que permitem ao S.aureus causar o que causa. MENOR PODER PATOGÊNCO PRIDUÇÃO DE BIOFILME PRODUÇÃO DE AC.POLI-GAMA-DL-GLUTÂMICO (PGA) – SUPERFÍCIE CELULAR DA BACTÉRIA – ANTIFAGOCÍTICO – INIBE A RESPOSTA INATA DO HOSPEDEIRO – FACILITA A COLONIZAÇÃO DA PELE Ao lado, está um catéter bastante colonizado, mostrando o grande risco que há, no uso de tal instrumento, ainda que a higienização tenha sido feita da melhor forma possível. É importante perceber que, em um paciente que desenvolveu infecção por catéter (para nutrição parenteral) em MMSS, com desenvolvimento de trombose na jugular, provavelmente também desenvolverá se for tomado um acesso femoral, já que este é um sítio muito mais significativode patógenos, o que causa um dilema importante, em algumas vezes. Assim, quando há oportunidade de retirar a prótese ou catéter, deve-se fazê-lo. Endocardites em válvulas naturais deformadas ou em próteses Infecções em cateteres Infecções em próteses Por último, uma espécie que ficou muito tempo na moda, S.saprophyticus. Achou-se muito que era a espécie responsável por infecções urinárias em mulheres jovens, mesmo porque mulheres são muito mais susceptíveis a esse tipo de infecção que homens. Encerrando, tal espécie também está relacionada a infecções do trato urinário inferior. S. saprophyticus – Infecções Urinárias em mulheres jovens – Também podem apenas colonizar o trato urinário inferior
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