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Ligação à Proteínas Plasmáticas Albuminas - mais às substâncias ácidas - ex.: AINEs Glicoproteínas a1-ácidas - substâncias básicas - ex.: ADT ( na inflamação) b-globulina – esteróides androgênicos e estrogênicos Transcortina (globulina) – específica cortisol Somente o fármaco livre exerce efeito biológico. Ex.: Furosemida – 97% Propranolol – 96% Ácido salicílico – 84% Heparina – 0% PODE HAVER COMPETIÇÃO ENTRE OS FÁRMACOS. Drogas que se ligam consideravelmente a proteínas plasmáticas e/ou outros constituintes do plasma Albumina Glicoproteína a Lipoproteínas Barbituratos Benzodiazepinas Bilirrubina Digitoxina Ácidos graxos Penicilinas Fenitoína Fenillbutazona Probenecide Estreptomicina Sulfonamidas Tetraciclina Tolbutamina Ácido valpróico Warfarina Alprenolol aina Desmetilperazina Dipiridamol Disopiramida Etidocaína Imipramina Lidocaína Metadona Prazosina Propanolol Quinidina Verapamil Amitriptilina Nortriptilina Bupivac Distribuição Disseminação da droga na circulação, líquidos intersticial e celular Capilar Líquido intersticial Proteínas Células Volume de Distribuição Real Homem 70 Kg Distribuição Fatores que afetam a distribuição • Coeficiente de partição lipídio/água • Débito cardíaco – fluxo sanguíneo • Permeabilidade Capilar em vários tecidos • Conteúdo de lipídio no tecido • Ligação às proteínas plasmáticas e tecidos – Tecido adiposo – anestésicos gerais benzodiazepínicos (uso crônico) contaminantes ambientais (inseticidas) - ingestão contínua – acúmulo lento, mas progressivo – Músculo esquelético – digitálicos – Tecido ósseo / Dente – tetraciclina (cálcio) – Retina – cloroquina (malária – melanina - toxicidade ocular) – Fígado e pulmões – amiodarona (arritmias - hepatite e fibrose intersticial) – Proteínas plasmáticas (menos importante nas doses terapêuticas) - exceção: sulfonamidas (50% pontos ligação) Depósitos de Armazenamento Barreiras Anatômicas – Barreira hematoencefálica – Barreira placentária Célula endotelial Membrana basal Mitocôndrias Vesículas pinocitóticas Fenda Célula endotelial Junção oclusiva Capilar Cerebral Capilar Geral Pés dos Astrócitos TOZER, T.N., ROWLAND, M. Introdução à Farmacocinética e à Farmacodinâmica: As bases Quantitativas da Terapia Farmacológica. Artmed, Porto Alegre, 2009. Barreira Hematoencefálica Barreira Hematoencefálica Administração v.o. cápsula de 150 mg de Venlafaxina (antidepressivo) voluntário sadio 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 0 25 50 75 100 125 24 30 36 42 48 Tempo (h) C o n c e n tr a ç ã o P la s m á ti c a (µ g /L ) Abs > Elim Abs = Elim Abs < Elim Administração e.v. 200 mg de um medicamento voluntário sadio 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 Tempo C o n c e n tr a ç ã o Concentração plasmática de salicilamida (analgésico) após várias administração por via oral em distintas doses 30 20 10 0 0 100 200 300 2.5 2.0 1.0 0.5 C o n c e n tr a ç ã o P la s m á ti c a S a li c il a m id a (m g /L ) Minutos Órgãos responsáveis pela metabolização das drogas: • Fígado (principal) • Pulmões • Rins • Pele • Trato GI • Plasma sangüíneo • Placenta Biotransformação dos Fármacos Administração Oral Metabolismo Metabolismo Local de Medida Fígado Veia Porta Parede Intestinal Luz Intestinal Fezes Muitos fármacos (bases ou ácidos fracos) são lipossolúveis e por isso não são rapidamente eliminados. Por isso, devem ser conjugados ou metabolizados a compostos mais polares e menos lipossolúveis para serem excretados. Biotransformação dos Fármacos Biotransformação Reações bioquímicas envolvidas no metabolismo dos fármacos: Fase 1: alteram a reatividade química solubilidade aquosa Oxidação, Redução e Hidrólise Fase 2: ainda mais a solubilidade promovendo a eliminação Conjugação Hidrofílicas Lipofílicas Biotransformação Oxidação Redução Hidrólise FASE I FASE II Produtos da Conjugação Droga Potencialização, nenhuma alteração, atividade modificada ou, na maioria das vezes, inativação Normalmente inativação • Algumas drogas entram diretamente na FASE II • Outras, passam primeiro pela FASE II e depois pela FASE I Pró-Droga Biotransformação de Drogas Oxidação Redução Hidrólise Conjugação com ácido glicurônico Conjugação com peptídeos Conjugação com sulfatos Metilação Acetilação Síntese de ácido mercaptúrico Reações Fase I Reações Fase II Reação de Biotransformação e Farmacológica do Metabólito Ativo Anfetamina (estimulante) Fenobarbital (hipnótico) Droga Ativa para Metabólito Inativo Desaminação Hidroxilação Fenilacetona Hidroxifenobarbital Codeína (opióide) Procainamida (antiarrít.) Fenilbutazona (AINE) Desmetilação Acetilação Hidroxilação N-acetil-procainamida Morfina Oxifenilbutazona Droga Ativa para Metabólito Ativo Reação de Biotransformação e Farmacológica do Metabólito Ativo Hetacilina (antibiótico) Sulfasalazina (AINE) Droga Inativa para Metabólito Ativo Hidrólise Azoredução Ampicilina Sulfapiridina+àcido 5 amino salicílico Acetaminofeno (AINE) Benzopireno (alimentos) Droga Ativa para Intermediário Reativo Hidroxilação Aromática Hidroxilação aromática Intermediário reativo (necrose hepática) Intermediário reativo (carcinogênico) Oxidação Microssomal (FASE I) O retículo endoplasmático liso (REL) das células de muitos órgãos, principalmente no FÍGADO, contém enzimas associadas à membrana, que são responsáveis pela oxidação dos fármacos. Microssomos Biotransformação Retículo endoplasmático liso Centrifugação Microssomos Hepatócito Enzimas microssomais (Citocromo P-450) Citoplasma Mitocôndrias Fluxo de elétrons nos microsomas para oxidação de drogas Droga (R) Cit P450 (Fe3+) Droga Oxidada e - Cit P450 (Fe3+) | ROH 2H+ H2O RH | Cit P450 (Fe2+) | O2 O2 RH | Cit P450 Cit P450 (Fe2+) | | CO RH CO hu Cit P450 (Fe3+) Droga (RH) Flavoproteína reduzida Redutase Cit P450 Flavoproteína oxidada NADP+ NADPH Forma oxidada Forma reduzida e - Oxidação microssomal de drogas CYP = citocromo P450 (P = pink – forma reduzida + monóxido de C) 2 = família D = subfamília 6 = especificidade da isoenzima Nomenclatura do Citocromo P450 Exemplo: CYP2D6 Citocromo P450 CYP3A CYP2D6 CYP2C CYP1A2 CYP2E1 Importância relativa dos P450s no metabolismo das drogas Shimada T et al. J Pharmacol Exp Ther 1994;270(1):414. CYP3A CYP2C CYP1A2 CYP2E1 ? CYP2D6 Quantidades relativas dos P450s no fígado CYP não hepáticas – ex.: glândulas supra-renais– síntese de esteróides CYP3A4 Substratos: Bloqueadores de canais de Ca2+ (diltiazem, nifedipina, verapamil) Benzodiazepínicos (diazepam) Inibidores de protease do HIV (indinavir, ritonavir) Moduladores imune (ciclosporina) Antihistamínicos não sedativos (astemizol) Antibióticos (eritromicina, claritromicina) Anti-arrítmicos (quinidina) Sildenafil (inibidor PDE5) Vincristina (alcalóide) Presente no trato GI e fígado Inibidores Cimetidina (antag H2) Verapamil Ritonavir Eritromicina Indutores Glicocorticóides Rifampicina (antibacteriano) Fenitoína (antiepilético) Fenobarbital (hipnótico) www.drug-interactions.com CYP2D6 Polimorfismo: 5-10% nos brancos Catalizador primário do metabolismo da: • Codeína (opióide) • Lidocaína (anestésico local) • Fluoxetina (antidepressivo) • Tramadol (opióide) • b-bloqueadores (timolol, carvedilol, metoprolol) • Antidepressivos (imipramina, clomipramina) • Antipsicóticos (haloperidol) Inibidores Fluoxetina Cimetidina Cocaína Ritonavir Indutores Dexametasona Rifampicina www.drug-interactions.com Polimorfismo: 1-3% dos brancos Substratos: • AINEs - incluindo COX-2 (diclofenaco, ibuprofeno, meloxicam, celecoxib) • Hipoglicemiantes orais (tolbutamida) • Inibidores da ECA (losartan, irbesartan) • Varfarina (anticoagulante) • Fluoxetina • Fenitoína CYP2C9 Inibidores Rifampicina Secobarbital (hipnótico) Indutores Sertralina Fluconazol Amiodarona (antiarrítmico) www.drug-interactions.com Faixa Normal 20 10 4 2 40 30 20 14 12 0 2 4 6 8 10 1 T e m p o d e P ro tr o m b in a ( s e c ) C o n c e n tr a ç ã o d e V a rf a ri n a ( m g /L ) Dias Varfarina Dose única Rifampicina Ann. Intern. Med., 1974 Efeito de um indutor de metabolismo Rifampicina (antibacteriano - 600 mg/dia por 3 dias) na administração de Varfarina (anticoagulante -1,5 mg/kg) CYP2C19 Polimorfismo: 15-20% em asiáticos, 3–5% em brancos Substratos: • Indometacina (AINE) • Omeprazol (antiulceroso) • Propranolol (b-bloqueador) • Ciclofosfamida (imunossupressor) • Antiepiléticos (fenitoína) Inibidores Indometacina Cimetidina Fluoxetina Omeprazol Ticlopidina (antiplaquetário) Indutores Rifampicina Carbamazepina (antiepilético) www.drug-interactions.com CYP1A2 Substratos: • Cafeína • Naproxeno • Propranolol • Teofilina • Verapamil Inibidores Amiodarona (antiarrítmico) Cimetidina Ticlopidina Indutores Insulina Tabaco www.drug-interactions.com Indução Enzimática em Ratos 100 60 30 10 1 2 3 4 Tempo (h) C o n c e n tr a ç ã o d e Z o x a z o la m in a (r e la x a n te m u s c u la r; m g /g d e t e c id o ; i. p .) 4 1 Sem indução Indução por Fentobarbital 4d (2x/dia) Indução por Benzopireno 4d (2x/dia) C o n ce n tr a çã o d e cl o zo x a o n a (m g /L ) Horas 100 10 1 0.1 0 3 6 9 12 Efeito da administração do dissulfiram (usado no tratamento do alcoolismo) no metabolismo da clorzoxazona (relaxante muscular) Após dissulfiram (500mg v.o. 10h antes) Antes dissulfiram Clin. Pharmacol, 1993 80 60 40 20 0 -20 % d e al te ra çã o AUC CL F Oral I.V. N.S. Efeito da cimetidina (400mg 6/6h 4d) na biodisponibilidade do labetalol (bloqueador a- e b-adrenérgico) J. Clin. Pharmacol, 1984 Controle Metoprolol 50mg 6/6h 24h antes Propranolol 40mg 6/6h 24h antes 1.2 0.8 0.4 0 C le ar an ce d a L id o ca ín a (L /h r/ k g ) Efeito de beta-bloqueadores na administração de lidocaína (3mg/kg i.v. 4 min) Clin. Pharmacol, 1983 Polimorfismo genético (acetiladores rápidos e lentos) 25 20 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Concentração ionizada (mg/mL) F re q u ê n c ia ( n o d e i n d iv íd u o s ) 267 indivíduos Concentração plasmática da Isoniazida (usada no tratamento da tuberculose) dentro de 6 horas após uma dose oral de 9,8 mg/Kg Tetraciclina e produtos do leite Varfarina e alimentos contendo vitamina K (antagonismo competitivo) Suco de Grapefruit (inibidor CYP3A) Interação Droga-Alimento Dresser GK et al Clin Pharmacol Ther 2000;68(1):28–34 Horas após a dose Horas após a dose Interação Droga-Alimento Inibidor CYP3A4 Doenças hepáticas Doenças renais Insuficiência Cardíaca ( fluxo sanguíneo hepático – propranolol, verapamil) Hepatite viral aguda (aumenta o t1/2 do diazepam) Hipotireoidismo (aumenta o t1/2 da digoxina) Hipertireoidismo (diminui o t1/2 da digoxina) Interação Droga-Doença 50 40 30 20 10 0 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 Normal Cirrose Normal Cirrose 102 56 2.2 o M e ia -v id a ( h ) d o c lo rd ia z e p ó x id o C le a ra n c e d o c lo rd ia z e p ó x ic o (m l/ m in /k g ) Clin. Pharmacol, 1979 Interação Droga-Doença Biotransformação: Oxidação Não-Microssomal • As enzimas solúveis encontradas no citosol ou nas mitocôndrias das células são responsáveis pela metabolismo de um número relativamente pequeno de compostos. – Álcool desidrogenase e aldeído desidrogenase Etanol acetaldeído e acetato – Monoamina oxidase (MAO) NA 5-Hidroxitriptamina (5-HT) Biotransformação: Redução • Ocorre tanto no sistema microssomal (maioria) como no não microssomal. • É menos comum do que a oxidação. – Microssomal: Cloranfenicol (antibiótico) Prontosil (antibiótico) – Não-Microssomal: Hidrato de Cloral (narcótico) Naloxona (opióide) Menadiona (vitamina K3) Biotransformação: Hidrólise • Existem hidrolases não-microssomais numa variedade de sistemas corporais, incluindo o plasma. • Hidrolases não-microssomais: – Esterases Procaína (anestésico local) – Amidase Procainamida (antiarrítmico) Foram isoladas também hidrolases microssomais Ácido para-aminobenzóico Álcool dietilaminoetanol Ácido para-aminobenzóico Álcool dietilaminaetilamina esterase amidase Biotransformação: Conjugação – FASE II • Refere-se ao acoplamento de um fármaco ou do seu metabólito com um substrato endógeno. • O conjugado é uma substância polar facilmente excretada. Biotransformação: Conjugação Ocorre formação de ácido glicurônico ativado (ácido uridina difosfoglicurônico, UDP-Glicuronídio) a partir da glicose 1-fosfato, que reage com o fármaco ou seu metabólito: UDP-Glicuronídio + ROH RO-Glicuronídio + UDP ROH representa o fármaco ou seu metabólitoExcreção A excreção dos fármacos refere-se ao processo pelo qual um fármaco ou metabólito é eliminado do organismo. Excreção: Vias de Eliminação O rim é o mais importante órgão de excreção. O trato biliar e as fezes constituem importantes vias de excreção de alguns fármacos que são metabolizados no fígado. Também podem ser excretados no ar expirado, suor, saliva, lágrimas e leite (são lipossolúveis e não- ionizados). Ciclo Êntero-Hepático Eliminação da droga ou de seu metabólito Excreção: Vias de Eliminação Excreção através da urina: – Filtração glomerular: os compostos hidrossolúveis e polares são incapazes de sofrer difusão retrógrada da circulação e são excretados, a não ser que exista algum transporte específico para a sua reabsorção. – Secreção tubular ativa: No túbulo proximal (penicilina, quinina, etc.) Reabsorção tubular passiva. Néfron Túbulo proximal Secreção tubular da droga Glomérulo Filtração da droga não ligada a proteínas Reabsorção tubular da droga Para a Bexiga Ducto coletor Alça de Henle Túbulo distal
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