Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EA D Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo 4 ObjETIvOs1. Fazer a leitura crítica dos textos e refletir sobre suas pos-• sibilidades de significação. Ler, interpretar, analisar e discutir textos sobre diferentes • assuntos, relacionando-os ao contexto social e cultural. Compreender a organização dos tópicos (assuntos) do • texto. Construir parágrafos bem estruturados.• COnTEúDOs2. Leitura de texto.• Os tópicos do texto.• O tópico e a estrutura do parágrafo.• © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 152 OrIEnTAçõEs PArA O EsTuDO DA unIDADE3. Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: Para compreender plenamente o conteúdo desta unida-1) de, é de extrema importância que você leia e entenda cada um dos textos dados como exemplos. Portanto, re- alize uma leitura cuidadosa de todo o conteúdo. Caso você queira ler os textos apresentados nesta uni-2) dade na íntegra, acesse os links que são apresentados sempre ao final de cada excerto. Esta unidade será muito útil para que você estude todos 3) os outros materiais de seu curso. Nela, você aprenderá como realizar a leitura atenta de qualquer texto e, ainda, interpretar as informações nele contidas. Se você quiser aprimorar os seus conhecimentos acerca 4) do conteúdo desta unidade, bem como da sua habilidade de escrita, sugerimos a leitura da seguinte obra: ABREU, A. S. Curso de redação. 11. ed. São Paulo: Ática, 2002. InTrODuçÃO4. Vamos recapitular, de forma muito sucinta, o que já estuda- mos nas unidades anteriores. Na primeira unidade, abordamos algumas características da linguagem humana que a distinguem da comunicação animal, esta última exemplificada pela dança das abelhas, os elementos cons- titutivos do processo de comunicação, as funções da linguagem e algumas características da fala e da escrita. Nosso foco, portanto, foi o estudo da linguagem. Na segunda unidade, nosso assunto foi o texto e dois fatores que o caracterizam: a coerência e a coesão. Na terceira unidade, estudamos alguns temas de gramática direta- mente relacionados à boa produção textual. Esperamos que você esteja percebendo que nosso objeto central de estudo é o texto. Portanto, é dele que continuaremos falando nesta e nas próximas unidades. 153© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo Um texto escrito envolve dois aspectos: de um lado, sua pro- dução (construção), de outro, sua leitura e interpretação (recep- ção). Coerência e coesão relacionam-se a esses dois aspectos: na produção, procuramos elaborar um texto que seja co-• erente e que tenha coesão; na leitura e interpretação, procuramos trilhar os cami-• nhos percorridos pelo produtor durante a elaboração na tentativa de chegar ao(s) sentido(s) do texto e de identi- ficar as intenções do produtor; dessa forma, esperamos que o texto seja coerente e coeso. Os elementos coesivos (pronomes, advérbios, conjunções etc.) são como pistas que nos auxiliam a estabelecer as ligações entre as partes do texto e que, consequentemente, nos auxiliam a interpretá-lo adequadamente. Além de prestarmos atenção na coerência e na coesão, é im- portante estarmos atentos à organização do(s) assunto(s) do texto todo e de seus parágrafos. Quando lemos um texto, devemos ob- servar quais os assuntos abordados e como o autor os organizou. Quando escrevemos um texto, devemos saber exatamente de que iremos falar, ou seja, devemos selecionar o assunto central e os demais a ele relacionados. É do assunto do texto, chamado tópico discursivo, que trata- remos nesta unidade. Antes, contudo, daremos algumas dicas de como proceder na leitura de um texto. LEITurA DE TEXTO5. Em sua rotina de estudante, você tem de ler, interpretar, analisar e discutir muitos textos, não é verdade? Como você faz a leitura? Quantas vezes você lê um texto? Para interpretar adequadamente um texto, temos de lê-lo tantas vezes quantas forem necessárias. Um texto bem formula- © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 154 do traz muitas informações relevantes e pertinentes. Se não che- gamos a essas informações, é porque não o lemos com a devida atenção. Veja, a seguir, algumas dicas para a leitura. É necessário travarmos um primeiro contato com o texto. Para isso, realizamos uma leitura rápida, que não é interrompida para anotações, reflexões e análise do vocabulário desconhecido. Essa primeira leitura possibilita-nos entrar em contato com o as- sunto do texto e ter uma visão geral do conjunto. A segunda leitura deve ser bastante atenta. Se forem neces- sárias, outras leituras poderão ser realizadas a fim de que chegue- mos à boa compreensão. Na leitura atenta, podemos adotar alguns procedimentos: buscar compreender o vocabulário utilizado, pesquisan-• do em bons dicionários o significado de palavras que des- conhecemos; anotar perguntas suscitadas pelo texto, informações re-• levantes e reflexões que vamos fazendo no decorrer da leitura; “desconstruir” o texto, buscando os seguintes elementos: • partes principais (introdução, desenvolvimento e conclu- são), tema, tese defendida (no caso de textos de opinião, dissertações científicas, teses acadêmicas etc.), estraté- gias argumentativas (conjunto de argumentos e provas que os sustentam), significados e sentidos veiculados; estabelecer uma hierarquia dos assuntos abordados, dis-• tinguindo o assunto central daqueles secundários, mas a ele vinculados. Procedendo dessa forma, realizamos, no ato da leitura, uma análise que nos possibilita chegar à adequada interpretação das informações contidas no texto. 155© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo Na próxima seção, estudaremos como se organizam no texto o assunto central e os assuntos secundários. Esse tipo de estudo é importante tanto para a produção como para a interpretação tex- tual. Os TÓPICOs DO TEXTO6. Utilizamos o termo "tópico". Como o definir? O tópico é o assunto, aquilo de que falamos em um texto. No texto escrito, normalmente se discorre acerca de um as- sunto central, o tópico central, ao qual se associam tópicos meno- res, secundários, formando uma hierarquia. Vamos analisar os tópicos (assuntos) do texto seguinte? Mãos à obra! A conquista no século XvIII A concessão de sesmarias no Estuário Amazônico. Introdução do café no Pará. A criação da capitania de São José do Rio Negro. Intro- dução do boi nos campos do Rio Branco. Em 1709, iniciava-se a concessão de sesmarias no Estuário Ama- zônico. Os primeiros contemplados foram alguns moradores de Belém, bem como os colonos já estabelecidos e que mais produ- ziam nas tentativas anteriores de colonização. As sesmarias deram origem a numerosas fazendas, cujas ruínas ainda hoje atestam o grau de prosperidade que atingiram. Dentre elas destacaram-se as fazendas Pernambuco, Oriboca, Utinga e Tucunduba, no Rio Gua- má, e fazenda Pinheiro, na entrada da Baía de Guarajá. Em todas elas empregava-se o índio e o negro escravos como trabalhadores braçais. Essas fazendas, bem como as aldeias e núcleos de colonização fundados desde o Século XVII pelas Missões Religiosas de Jesuítas, Carmelitas e Franciscanos, desempenharam papel de relevo nesse período. A ação dos missionários foi inicialmente apenas de caráter religio- so, dirigindo aldeias e procurando trazer o índio à vida cristã e ao convívio dos portugueses, defendendo-os sempre, tanto quanto o puderam fazer, da obstinação dos lusitanos em escravizá-los. Veio em seguida a fase econômica de sua influência, quando passaram a procurar recursos, não apenas para as necessidades da catequese, © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano156 mas também para a autonomia missionária a que tendiam, buscan- do os meios de criar, educar e formar na própria terra os futuros missionários, obra que não poderia fazer-se sem avultados recur- sos. Gibirié, Ibirajuba e Jaguari, esta última no Rio Moju, foram três das fazendas religiosas que mais se destacaram, todas dotadas de engenho e com extensas plantações de cana e cacau. As ruínas da antiga Fazenda Murutucu, fundada pelos padres Car- melitas, situada em terras hoje pertencentes ao Instituto de Pesqui- sas Agropecuárias do Norte (IPEAN), e os vestígios de moendas de engenho, fornalhas, canais de irrigação e drenagem, bem como de instalações para o aproveitamento da força hidráulica das marés, são provas evidentes de que essa fazenda, há mais de dois séculos, já desenvolvia uma lavoura canavieira próspera. Em 1726, FRANCISCO DE MELO PALHETA introduziu sementes de café no Pará, trazidas da Guiana Francesa, cuja cultura se dissemi- nou de tal modo que, quinze anos depois, a Comarca de São Luiz, em mensagem encaminhada à Corte, pedia que fosse proibida a entrada de café estrangeiro no reino, para favorecer essa cultura no Maranhão. Dificilmente seria possível prever a importância que o café viria a ter não só para a fixação de colonos na região, nos períodos sub- sequentes, como mais tarde para o próprio país. A verdade é que em 1748 já existiam no Pará mais de 17.000 cafeeiros e em 1767 "o jesuíta JOÃO DANIEL, missionário no Amazonas, afirmava que as culturas nesta região se iam estendendo, elevando a muitas mil arrobas a exportação do café para a Europa". A Capitania de São José do Rio Negro, fundada em 1755, cujos "limites com os espanhóis iriam até onde fossem as raias dos do- mínios destes", tornou-se por sua vez o centro de onde partiriam as investidas para a ocupação do interior da Amazônia, através da implantação de novos núcleos no Rio Negro, Médio Amazonas, So- limões e no Rio Javari, onde se procurava incrementar a cultura de gêneros alimentícios e de lavouras comerciais tais como o café, o cacau e o tabaco. Esses núcleos mais tarde transformar-se-iam nas Vilas de Barcelos, Tovar, Moura, Serpa, Silves, Borba, Ega, São Paulo de Olivença e São José do Javari. Segundo ARTUR CEZAR FERREIRA REIS, o censo realizado em toda a Capitania do Rio Negro, no ano de 1790, acusou 12.964 habitantes e as culturas comerciais dentro da jurisdição da mesma capitania alcançavam os seguintes níveis de desenvolvimento. Café............................................220.920 pés Cacau........................................... 90.350 pés Tabaco.......................................... 47.700 pés 157© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo Em 1776 foi introduzido o boi nos campos do Rio Branco, o que resultou no povoamento daquela imensa área de vocação nitida- mente pecuária. A pertinácia em acelerar o ritmo do povoamento em toda a exten- são territorial, delineada desde o século anterior, o que só seria possível com novos agrupamentos humanos – sentinelas avançadas de ocupação – forçava permanente diluimento em toda a área do reduzido efetivo nela existente, tornando ainda mais inexpressivo o contingente populacional dos principais centros urbanos. A cidade de Belém, por exemplo, 223 anos depois de sua fundação, ou seja, em 1839, tinha apenas 9.845 habitantes, dos quais 6.613 nacionais livres, 2.439 escravos e 433 estrangeiros. A Cidade de Manaus, em 1865, era habitada por 2.080 pessoas, sendo 844 brancos, 480 par- dos, 700 índios e 56 negros. Entre os brancos estavam incluídos 168 estrangeiros. (adaptado de LIMA, 1973, p. 11-13. Disponível em: <http://www. dominiopublico.gov.br/download/texto/me002210.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2008.) Após a leitura rápida, realizamos a leitura atenta, na qual levantamos as palavras desconhecidas, cujo significado buscamos em um dicionário. Vamos lá! Talvez as palavras seguintes suscitem algumas dúvidas quan- to ao significado. Consultamos, então, o dicionário Aurélio. Consulta ao dicionário Aurélio ––––––––––––––––––––––––– Concessão: “ato de conceder, permissão, consentimento” (FERREIRA, 1999, p. 519). Sesmaria: “lote de terra inculto ou abandonado, que os reis de Portugal cediam a sesmeiros que se dispunham a cultivá-lo” (FERREIRA, 1999, p. 1846). Estuário: “tipo de foz em que o curso de água se abre mais ou menos largamen- te” (FERREIRA, 1999, p. 846). Baía: “pequeno golfo, de boca estreita, que se alarga para o interior. [...] Lagoa comunicante com um rio” (FERREIRA, 1999, p. 254). Obstinação: “pertinácia, persistência, tenacidade, perseverança” (FERREIRA, 1999, p. 1429). Avultado: volumoso, considerável (FERREIRA, 1999, p. 242). Moenda: “peça ou conjunto de peças que servem para triturar ou moer; moinho” (FERREIRA, 1999, p. 1352). Disseminar: espalhar, difundir, propagar (FERREIRA, 1999, p. 693). Incrementar: “dar incremento a; desenvolver, aumentar” (FERREIRA, 1999, p. 1097). © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 158 Jurisdição: área territorial dentro da qual se exerce o poder atribuído a uma au- toridade para fazer cumprir determinadas leis (FERREIRA, 1999, p. 1169). Sentinela: “soldado armado que se coloca próximo de um posto para o guardar, para prevenir da aproximação de inimigo, etc.” (FERREIRA, 1999, p. 1839). Diluimento: diluição (FERREIRA, 1999, p. 683). Efetivo: “permanente, estável, fixo” (FERREIRA, 1999, p. 720). Contingente: “eventual, incerto” (FERREIRA, 1999, p. 541). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Após levantamento do vocabulário, podemos passar para a análise do texto. Não verificaremos o tema, a tese defendida e os argumentos que a sustentam porque não se trata de um texto de opinião, ou seja, um texto argumentativo, em que o autor defende uma tese, um ponto de vista, acerca de um tema, como é o caso da disserta- ção argumentativa, a qual será estudada na sexta unidade. Nesta unidade, abordaremos os tópicos discursivos, isto é, os assuntos tratados em um texto. Depois de uma leitura mais atenta, você consegue dizer exa- tamente qual é o assunto geral do texto escolhido para análise? Certamente, você ainda não consegue responder com exati- dão. Sabe por quê? Porque esse texto é uma seção, ou seja, uma parte, do primeiro capítulo de um texto maior. Portanto, faltam alguns dados importantes. A escolha do texto cujo título é "A conquista no século XVIII" foi proposital, já que ele apresenta algumas peculiaridades inte- ressantes. Em primeiro lugar, trata-se, conforme já mencionamos, de uma seção de capítulo, ou seja, trata-se de um texto inserido em outro maior. Em segundo lugar, pensemos no título. Surge, então, a per- gunta: conquista de quê? O autor pecou na apresentação das in- formações? Você se lembra da importância da informatividade, estudada na segunda unidade, para a qualidade de um texto? 159© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo O autor não cometeu nenhum erro em relação à informati- vidade. Ele optou por não mencionar no título de que conquista está falando porque tal informação já foi dada no contexto linguís- tico mais amplo de que o texto por nós analisado é apenas uma seção. Passemos, então, à observação desse contexto linguístico mais amplo. Observe, no fim do texto que mencionamos, o sobrenome do autor. Em seguida, vá em “Sites”, no fim desta unidade (dentro da seção "Referências Bibliográficas"), e verifique o nome comple- to do autor e o título do texto maior. Observou? Pois bem! O título geral é A conquista da Amazônia: reflexos na segu- rança nacional. Pronto! Se o título do texto todo é A conquista da Amazônia..., de que conquista se fala na seção do primeiro capítu- lo intitulada "A conquista no século XVIII"? Obviamente, da Ama- zônia.Que lição podemos tirar disso? Quando interpretamos um texto, não podemos ater-nos apenas a ele. Para a sua real compreensão, verificamos o título e todo o contexto linguístico maior. Guimarães (2007, p. 50) afirma que, "parte componente e importante da mensagem, o título é um fator estratégico da arti- culação do texto". Sugerimos que você acesse o site do qual extraímos o texto. Vá até o índice do texto. Você verificará que a estrutura do texto maior é a seguinte: introdução; capítulo I – "Resumo histórico", constituído das seções "A conquista no século XVII", "A conquista no século XvIII", "A conquista no século XIX", "A conquista no sé- culo XX"; capítulo II – "A conquista na atualidade"; e capítulo III – "Reflexos da conquista da Amazônia na segurança nacional". © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 160 Lembra-se de que mencionamos a importância de, na leitura mais atenta, observarmos a estrutura do texto? No nosso caso, o texto que estamos analisando é parte de uma estrutura maior, portanto ela deve ser considerada. Em terceiro lugar, observamos que, logo após o título, o au- tor apresenta algumas informações sob a forma de frases nomi- nais (frases sem verbo): "A concessão das sesmarias no Estuário Amazônico. Introdução do café no Pará. A criação da capitania de São José do Rio Negro. Introdução do boi nos campos do Rio Bran- co.". Para que ele utiliza esse recurso? Para sintetizar, antes do tex- to, os fatos históricos de que irá tratar, os quais têm relação com o título. Após o levantamento do vocabulário, a observação atenta do título e do contexto linguístico mais amplo, no qual o texto sob análise se insere, e a leitura atenta do texto em si, estamos em condições de responder à primeira pergunta, que é: "você conse- gue dizer exatamente qual é o assunto geral do texto?". O assunto geral do texto é a conquista, a colonização e o povoamento da Amazônia no século 18. Denominaremos esse as- sunto geral supertópico, que é o tópico central que domina todo o texto e ao qual se vinculam os tópicos menores. Precisamos, ago- ra, identificar quais são esses tópicos menores. À primeira vista, temos a impressão de que nem sempre há ligação entre as ideias apresentadas nos parágrafos que compõem o texto, não é verdade? Por exemplo, do primeiro ao quarto pará- grafo, fala-se das sesmarias, das fazendas delas originadas e dos missionários, assuntos que se relacionam; mas, no quinto, ocorre a mudança para outro assunto: a introdução do café no Pará. Por que isso ocorre? Isso ocorre porque o texto em tela tem por objetivo apresen- tar, de maneira muito resumida, os fatos históricos que contribuí- ram para a conquista da Amazônia no século 18. Portanto, se, por um lado, os tópicos menores nem sempre se inter-relacionam, por outro, eles estão vinculados ao supertópico. 161© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo Mencionamos há pouco o fato de que o autor apresenta, logo após o título, informações relevantes sob a forma de frases sem verbo. Procedendo assim, ele já nos diz que tais informações são, na verdade, os tópicos relacionados ao tópico central, o qual já identificamos. Vejamos, finalmente, no texto, como se organizam os tópi- cos menores. Retomemos o tópico central: a conquista, a colonização e o povoamento da Amazônia no século 18. Pela leitura atenta, você pode observar que o texto se divide em duas partes: do primeiro ao nono parágrafo, o autor apresenta, resu-• midamente, os fatos históricos que contribuíram para a conquista da Amazônia; no décimo parágrafo, ele apresenta as consequências do • ritmo acelerado do povoamento da Amazônia. Vejamos quais são esses fatos históricos. Do primeiro ao quarto parágrafo, temos o tópico (assunto) concessão de sesmarias. A ele ligam-se tópicos menores, que cha- maremos de subtópicos, quais sejam: fazendas que prosperaram oriundas das sesmarias (1º e 2º parágrafo) e ação dos missioná- rios, ao qual, por sua vez, se ligam dois outros tópicos ainda me- nores: caráter religioso da atuação dos missionários (dirigir aldeias e defender os indígenas) e influência econômica dos missionários (eles possuíam fazendas religiosas que eram destinadas à forma- ção de missionários e eram bastante lucrativas, já que nelas havia engenho de cana e se cultivava cacau). No quinto e no sexto parágrafo, o tópico é introdução do café no Pará por Francisco de Melo Palheta, em 1726. A esse tópico o autor acrescenta um subtópico: dados que atestam a importância do café para a colonização e a prosperidade da região. © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 162 No sétimo e no oitavo parágrafo, temos o tópico criação da Capitania de são josé do rio negro (apontada como fundamental para a ocupação do interior da Amazônia). A esse tópico vincula-se um subtópico: o censo de 1790 na região. No nono parágrafo, temos o quarto e último tópico que é apresentado como fato histórico relevante para a conquista: intro- dução do boi nos campos do rio branco (considerada fundamen- tal para o povoamento da região). Finalmente, no décimo parágrafo, temos o tópico conse- quência do acelerado povoamento da Amazônia. Registra-se como consequência a diminuição da população dos principais centros urbanos (exemplos são Belém e Manaus). Podemos observar que há uma estrutura hierárquica de tó- picos, na qual tópicos menores se vinculam a tópicos maiores. Essa hierarquia pode ser visualizada no seguinte esquema: Podemos sintetizar,pela nossa análise, as ideias centrais do texto. Vejamos: 163© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo Ideias centrais do texto analisado ––––––––––––––––––––––– A conquista da Amazônia no século 18 está associada a quatro fatos históricos. O primeiro é a concessão de sesmarias, das quais se originaram algumas fazen- das prósperas, a moradores de Belém e a colonos. Os outros três fatos históri- cos que muito contribuíram para o povoamento do interior da Amazônia e para a prosperidade de algumas de suas regiões são: a introdução do café no Pará em 1726, por Francisco de Melo Palheta, a criação da Capitania de São José do Rio Negro e a introdução do boi nos campos do Rio branco. A consequência do ritmo acelerado do povoamento da Amazônia foi a diminuição da população dos principais centros urbanos, como Belém e Manaus. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Você percebeu que, por meio da análise da organização dos tópicos, interpretamos o texto e, até, tivemos condições de produ- zir um novo texto? Essa síntese que acabamos de fazer é um resu- mo do texto "A conquista no século XVIII". Falaremos novamente de resumo na última unidade. A seguir, estudaremos a estrutura do parágrafo. O TÓPICO E A EsTruTurA DO PArÁGrAFO7. O texto que acabamos de analisar na seção 6 desta unidade está organizado em parágrafos. Como os identificamos? O parágrafo é típico de texto escrito. Inicia-se com um afas- tamento em relação à margem esquerda da folha e termina com um ponto. Como o definir? Leia uma definição: O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada idéia cen- tral ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela (GARCIA, 1996, p. 203). Vemos, com o autor, que, assim como no texto, no parágrafo (que é parte do texto constituída de períodos) apresentamos uma ideia central à qual se relacionam outras secundárias. Essa ideia central é o que Abreu (2002) denomina tópico do parágrafo e é expressa em uma frase, que Soares e Campos (2004) denominam frase-núcleo. © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 164 Leia outra definição: Um parágrafo é uma unidade de composição escrita sobre um de- terminado assunto, que é elaborada a fim de atingir um determina- do objetivo. Essa unidade é estruturada por meio de um conjunto de orações e apresenta, normalmente, três partes: introdução, de- senvolvimento e conclusão (MOYSÉS, 2005, p. 137). Uma informação relevante presente nessa definição é que o parágrafo, assim como o texto, pode apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. Entretanto, como lembra o autor, pode ocorrer apenas introdução e desenvolvimento ou apenas de- senvolvimento e conclusão. Existem parágrafos de descrição, de narração e de disserta- ção. Trataremos deste último. Em um parágrafo dissertativo, podemos desenvolver o tópi- co, normalmente apresentado na introdução, por meio de apre- sentação de argumentos que sustentem um ponto de vista ou, segundo Soares e Campos (2004), por enumeração, explicitação (conceituação, definição, exemplificação etc.), ordenação por tem- po ou por espaço, comparação, relação causa-consequência etc. A coesão e a coerência estão relacionadas não só à organi- zação dos sentidos do texto, mas também à organização interna dos parágrafos. Em um parágrafo coerente, deve ficar claro aquilo de que se fala. Para isso, as ideias apresentadas devem estar em harmonia. Garcia (1996) menciona a importância de dois elementos na boa construção do parágrafo: a coerência e a unidade. Por unida- de o autor compreende a apresentação de uma ideia de cada vez, omitindo-se o que não é relevante ou o que não se relaciona com a ideia central. Soares e Campos (2004) lembram que, para a produção de um bom parágrafo, devemos seguir as seguintes etapas: escolher o assunto, que será o tópico do parágrafo (a a) frase-núcleo); 165© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo delimitar o assunto, ou seja, restringi-lo por meio da es-b) colha da forma como iremos desenvolvê-lo (argumenta- ção, enumeração, explicitação etc.); fixar o objetivo, isto é, determinar a finalidade do desen-c) volvimento do assunto escolhido; elaborar o parágrafo: formular a frase-núcleo (geralmen-d) te, mas não necessariamente, na introdução), o desen- volvimento e a conclusão. Apresentadas essas questões teóricas, passemos à análise de um parágrafo bastante simples. Impressiona, nas aranhas, a diversidade dos modos de vida. Scap- tosa raptoria, uma tarântula freqüente em nossos jardins, captura insetos que passem perto dela, ou toquem, por um bote rápido acompanhado de flexão de patas e mordidas (Ades, 1969); já a ara- nha "cuspideira" Scytodes lingipes, quando detecta a presa, sobre ela projeta, por uma abertura de quelícera, uma substância viscosa que a prende ao substrato (Nentwig, 1985); Dinopis longipes estica os fios de uma rede que se segura nas patas dianteiras para apanhar formigas (Robinson e Robinson, 1971) etc. (ADES, 1989, p. 17). Qual é o assunto do parágrafo? O assunto, ou seja, o tópico do parágrafo, é a diversidade dos modos de vida das aranhas. Como o autor delimita o assunto? Ele enumera alguns tipos de aranha, explicando como elas se comportam na captura do ali- mento. Qual o objetivo do autor? Ele pretende comprovar, pela enu- meração de tipos de aranha, que há diversidade nos modos de vida delas. Como o autor estrutura o parágrafo? A frase-núcleo "im- pressiona, nas aranhas, a diversidade dos modos de vida" equi- vale à introdução. O restante do parágrafo compreende o desen- volvimento, no qual o autor utiliza o recurso da enumeração, apresentando alguns tipos de aranha e suas formas de capturar alimento. Não há conclusão. Lembre-se de que dissemos que não é obrigatória a presença das três partes: introdução, desenvolvi- mento e conclusão. © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 166 O tópico do parágrafo é, portanto, a diversidade dos modos de vida das aranhas e os tópicos secundários compreendem os três tipos de aranha apresentados. Analisemos outro parágrafo: É por este aspecto que se pode considerar a educação como uma das condições para a unidade de uma cultura em processo de di- versificação ou florescimento. O desenvolvimento das culturas se operando por um processo de diferenciação progressiva, a sua uni- dade será tanto maior quanto mais conscientes forem essas diver- sificações. Ora, a educação, entendida em sua forma mais especia- lizada de educação escolar, é o meio de torná-las conscientes e, por este modo, lhes dar coesão e integração. Não esqueçamos, porém, que as culturas só começam verdadeiramente a diferenciar-se, isto é, a se enriquecer, depois que se fazem conscientes e somente se fazem conscientes depois do desenvolvimento intelectual da hu- manidade, proveniente de sua maior educação. Logo, a educação é também um dos instrumentos de diversificação cultural e já agora podeis ver as razões de minha reserva ao modo pelo qual foi for- mulado o tema de minha palestra – educação e unidade nacional. Preferiria formulá-lo – educação e diversidade nacional (TEIXEIRA, 1956, p. 4-5. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/me001582.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2008). Esse é um parágrafo mais complexo que o anterior. O assunto, ou tópico, é a educação como forma de promo- ver a unidade de uma cultura em fase de diversificação ou flo- rescimento. Trata-se de uma tese que o autor defende, portanto ele desenvolve o parágrafo por meio da exposição de argumentos baseados no raciocínio lógico. Curioso é que, se formos ao texto- -fonte e lermos os parágrafos queantecedem este que estamos analisando, entenderemos por que, no fim, o autor diz que a edu- cação promove a unidade: é a educação que torna consciente a di- versidade, que é condição para uma cultura em desenvolvimento, e é essa conscientização que integra as diversificações. A frase-núcleo é "a educação como uma das condições para a unidade de uma cultura em processo de diversificação ou flo- rescimento" e está contida na introdução, que vai de "É por este aspecto" até "diversificação ou florescimento". 167© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo O objetivo do autor é defender a tese de que a educação pode promover a unidade de uma cultura em vias de diversifica- ção. O desenvolvimento do parágrafo vai de "O desenvolvimento das culturas se operando" até "de sua maior educação" e é orga- nizado por meio de apresentação de argumentos que sustentam a tese defendida. A argumentação, por sua vez, é construída por meio do encadeamento de raciocínios lógicos: se o desenvolvimento de uma cultura se dá pela diver-a) sificação, a unidade dessa cultura é garantida pela cons- cientização de que há nela diversificação; a educação é capaz de tornar consciente a diversidade, b) portanto é capaz de promover a unidade da cultura; uma cultura somente começa a diversificar-se quando c) se torna consciente, o que decorre do desenvolvimento intelectual da humanidade, que, por sua vez, provém da educação, portanto a educação é também fator de di- versidade cultural e, consequentemente, da unidade de uma cultura, e é essa capacidade de a educação atuar como instrumento de diversificação cultural que leva o autor a concluir que o tema de sua palestra deveria ser "educação e diversidade nacional". A conclusão, que explicitamos no item c anterior, vai de "Logo, a educação" até o fim do parágrafo. Vejamos outro parágrafo do mesmo autor: Não podemos continuar a crescer do modo por que vamos cres- cendo, porque isto não é crescer, mas dissolver-nos. Precisamos voltar à idéia de que há passos e etapas, cronologicamente inevi- táveis, para qualquer progresso. Assim é que não podemos fazer escolas sem professores, seja lá qual for o nível das mesmas, e, muito menos, ante a falta de professores, improvisar, sem recorrer a elementos de um outro meio, escolas para o preparo de tais pro- fessores. Depois, não podemos fazer escolas sem livros. E tudo isto estamos fazendo, invertendo, de modo singular, a marcha natural das coisas. Como não temos escolas secundárias, por nos faltarem professores, multiplicamos as faculdades de filosofia, para as quais, como é evidente, ainda será mais frisante a falta de professores capazes. Se não podemos fazer o menos, como havemos de tentar © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 168 o mais? Para restabelecer o domínio deste elementar bom-senso, em momento como o atual, em que a complexidade das mudanças impede e perturba a visão, são necessários estudos cuidadosos e impessoais (TEIXEIRA, 1956, p. XVII. Disponível em: <http://www. dominiopublico.gov.br/download/texto/me001582.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2008). O parágrafo anterior a esse que vamos analisar é: "Teremos, pois, de dar início a um movimento de reverificação e reavaliação de nossos esforços em educação". Portanto, fica claro que o as- sunto é a impossibilidade de crescimento da educação da forma como ocorria no brasil nos anos de 1950, ou seja, sem se cumprir as etapas necessárias. A frase núcleo é "Não podemos continuar a crescer do modo por que vamos crescendo, porque isto não é crescer, mas dissolver- nos", que se insere na introdução: "Não podemos continuar a cres- cer do modo por que vamos crescendo, porque isto não é crescer, mas dissolver-nos. Precisamos voltar à idéia de que há passos e etapas, cronologicamente inevitáveis, para qualquer progresso.". O objetivo do autor é defender a tese de que é impossível crescer em educação da forma como esse crescimento ocorria no Brasil nos anos de 1950, ou seja, sem o cumprimento das etapas necessárias. O desenvolvimento do parágrafo vai de "Assim é..." até "a falta de professores capazes". O autor apresenta dois argumentos que sustentam sua tese, evidenciando um crescimento desorgani- zado da educação no país: primeiro argumento: não se fazem escolas, seja de que • nível for, sem professores e, não havendo professores es- pecializados, não se improvisa com professores sem ha- bilitação, mas é isto justamente o que estava sendo feito; segundo argumento: não se fazem escolas sem livros, mas • faziam-se escolas nessas condições. 169© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo Na conclusão, que vai de "Se não podemos fazer o menos" até "e impessoais", o autor apresenta uma solução para o proble- ma do crescimento educacional desorganizado: a realização de es- tudos cuidadosos e impessoais. QuEsTÃO AuTOAvALIATIvA8. No parágrafo seguinte, Identifique : o tópico e a frase-núcleo; a) o objetivo; b) a forma de desenvolvimento (enumeração, argumenta-c) ção etc.); a estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão, d) se houver todas essas partes). Que é um oráculo? A palavra oráculo possui dois significados prin- cipais, que aparecem nas expressões "consultar um oráculo" e "re- ceber um oráculo". No primeiro caso, significa "uma mensagem misteriosa" enviada por um deus como resposta a uma indagação feita por algum humano; é uma revelação divina que precisa ser decifrada e interpretada. No segundo, significa "uma pessoa espe- cial", que recebe a mensagem divina e a transmite para quem en- viou a pergunta à divindade, deixando que o interrogante decifre e interprete a resposta recebida. Entre os gregos antigos, essa pessoa especial costumava ser uma mulher e era chamada sibila (CHAUI, 2005, p. 9). Conseguiu analisar? Esperamos que tenha conseguido. Con- fira sua resposta. Gabarito O assunto do parágrafo é oráculo. A frase-núcleo aparece sob a forma de pergunta: "Que é um oráculo?". A autora delimita o assunto com a explicitação de dois significados da palavra "orá- culo": o primeiro associado à expressão "consultar um oráculo" e o segundo, à expressão "receber um oráculo". O objetivo da autora é apresentar definições da palavra "oráculo". © Língua Portuguesa I Centro Universitário Claretiano 170 A introdução equivale à frase-núcleo ("Que é um oráculo?"). O desenvolvimento compreende a resposta à pergunta e está divi- dido em duas partes: a primeira, que explicita (recurso da explici- tação por meio de definição) o significado associado à expressão "uma mensagem misteriosa", vai de "No primeiro caso" a "decifra- da e interpretada"; a segunda, que explicita o significado associado à expressão "uma pessoa especial", vai de "No segundo" até "cha- mada sibila”. Esse parágrafo também não apresenta conclusão. COnsIDErAçõEs9. Infelizmente, por uma questão de tempo e de espaço, não é possível apresentar todos os tipos de desenvolvimento de pa- rágrafos discutidos por Soares e Campos (2004). Fica, portanto, como sugestão, a leitura dos textos indicados a seguir. Na próxima unidade, abordaremos três estruturas discursivas: descritiva, nar- rativa e procedural. Esta última ocorre em textos que dão instru- ções de procedimento, como é o caso de bulas de medicamento, receitas culinárias, manuais em geral etc. suGEsTõEs DE LEITurA10. MOYSÉS, C. A. Língua Portuguesa: atividades de leitura e produção de textos. São Paulo: Ática, 2005, p. 135-167. SOARES, M. B.; CAMPOS, E. N. Técnica de redação: as articulações lingüísticas como técnica de pensamento. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2004, capítulos 3, 4 e 5. rEFErÊnCIAs bIbLIOGrÁFICAs11. ABREU, A. S. Curso de redação. 11. ed. São Paulo: Ática, 2002. ADES, C. O que aprendem e deque se lembram as aranhas. In: _____ (Org.). Etologia: de animais e de homens. São Paulo: EDICON, 1989, p. 17-37. CHAUI, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005. FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 17. ed. Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996. 171© Interpretação, Análise e Produção Textual: Tópicos do Texto e do Parágrafo GUIMARÃES, E. A articulação do texto. 10. ed. São Paulo: Ática, 2007. MOYSÉS, C. A. Língua Portuguesa: atividades de leitura e produção de textos. São Paulo: Ática, 2005. SOARES, M. B.; CAMPOS, E. N. Técnica de redação: as articulações lingüísticas como técnica de pensamento. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2004. Sites LIMA, Rubens Rodrigues. A conquista da Amazônia: reflexos na segurança nacional. Boletim n. 6. Ministério da Educação e Cultura, Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Belém, 1973. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ me002210.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2008. TEIXEIRA, Anísio S. A educação e a crise brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1956. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ me001582.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2008.
Compartilhar