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BECM BECM -- 88ªª. aula. aula Racionalismo x Racionalismo x RelativismoRelativismo A questão da A questão da objetividade da objetividade da ciênciaciência IXIX RACIONALISMO VERSUS RELATIVISMORACIONALISMO VERSUS RELATIVISMO �� LakatosLakatos e Popper e Popper como racionalistascomo racionalistas �� Thomas Kuhn como Thomas Kuhn como relativistarelativista 1. Racionalismo1. Racionalismo O racionalista extremado O racionalista extremado afirma que hafirma que háá um critum critéério rio úúnico, atemporal e nico, atemporal e universal com referência universal com referência ao qual se podem avaliar ao qual se podem avaliar os mos mééritos relativos de ritos relativos de teorias rivais. Sejam teorias rivais. Sejam quais forem os detalhes quais forem os detalhes da formulada formulaçção do critão do critéério rio por um racionalista, uma por um racionalista, uma caractercaracteríística importante stica importante dela dela éé sua universalidade sua universalidade e seu care seu carááter nãoter não-- histhistóórico.rico. Exemplos: O Exemplos: O indutivismoindutivismo e o e o falsificacionismofalsificacionismo como como formas de formas de racionalismoracionalismo 2. Relativismo2. Relativismo O relativista nega que haja um O relativista nega que haja um padrão de racionalidade padrão de racionalidade universal não histuniversal não históórico, em rico, em relarelaçção ao qual possa se julgar ão ao qual possa se julgar que uma teoria que uma teoria éé melhor que melhor que outra. Aquilo que outra. Aquilo que éé considerado como melhor ou considerado como melhor ou pior em relapior em relaçção ão ààs teorias s teorias cientcientííficas variarficas variaráá de indivde indivííduo duo para indivpara indivííduo e de duo e de comunidade para comunidade. comunidade para comunidade. O objetivo da busca do O objetivo da busca do conhecimento dependerconhecimento dependeráá do do que que éé importante ou daquilo importante ou daquilo que que éé valorizado pelo indivvalorizado pelo indivííduo duo ou comunidade em questão.ou comunidade em questão. �� Exemplos: diferenExemplos: diferençças as culturaisculturais �� O relativismo de O relativismo de ProtProtáágoras e Kuhngoras e Kuhn �� As caracterizaAs caracterizaçções de ões de progresso e as progresso e as especificaespecificaçções de critões de critéérios rios para julgar os mpara julgar os mééritos das ritos das teorias serão sempre teorias serão sempre relativas ao indivrelativas ao indivííduo ou duo ou ààs comunidades que s comunidades que aderem a elas.aderem a elas. Racionalismo x RelativismoRacionalismo x Relativismo O racionalista extremado vê as O racionalista extremado vê as decisões e as escolhas dos decisões e as escolhas dos cientistas como sendo guiadas cientistas como sendo guiadas pelo critpelo critéério universal. O rio universal. O cientista racional rejeitarcientista racional rejeitaráá as as teorias que deixem de teorias que deixem de corresponder a ele, e, ao corresponder a ele, e, ao escolher entre duas teorias escolher entre duas teorias rivais, escolherrivais, escolheráá aquela que aquela que melhor corresponda a ele. O melhor corresponda a ele. O racionalista tracionalista tíípico acreditarpico acreditaráá que as teorias que se que as teorias que se conformam conformam ààs exigências do s exigências do critcritéério universal são rio universal são verdadeiras, ou verdadeiras, ou aproximadamente verdadeiras, aproximadamente verdadeiras, ou provavelmente verdadeiras.ou provavelmente verdadeiras. As decisões e as escolhas feitas As decisões e as escolhas feitas por cientistas ou grupos de por cientistas ou grupos de cientistas serão governadas por cientistas serão governadas por aquilo a que aqueles indivaquilo a que aqueles indivííduos ou duos ou grupos atribuem valor. Em uma grupos atribuem valor. Em uma dada situadada situaçção não hão não háá um critum critéério rio universal que dite uma decisão universal que dite uma decisão logicamente convincente para o logicamente convincente para o cientista cientista ““racionalracional””. Uma . Uma compreensão das escolhas feitas compreensão das escolhas feitas por um cientista especpor um cientista especíífico fico requererrequereráá uma compreensão uma compreensão daquilo que o cientista valoriza e daquilo que o cientista valoriza e envolverenvolveráá uma investigauma investigaçção ão psicolpsicolóógica, enquanto as escolhas gica, enquanto as escolhas feitas por uma comunidade feitas por uma comunidade dependerão daquilo que ela dependerão daquilo que ela valoriza e uma compreensão valoriza e uma compreensão destas escolhas envolverdestas escolhas envolveráá uma uma investigainvestigaçção sociolão sociolóógica.gica. Racionalismo x RelativismoRacionalismo x Relativismo O racionalista acha a distinO racionalista acha a distinçção ão entre a ciência e a nãoentre a ciência e a não--ciência ciência ffáácil de compreender. São cil de compreender. São cientcientííficas apenas aquelas teorias ficas apenas aquelas teorias capazes de ser claramente capazes de ser claramente avaliadas em termos do critavaliadas em termos do critéério rio universal e que sobrevivem ao universal e que sobrevivem ao teste. O racionalista tteste. O racionalista tíípico aceitarpico aceitaráá como evidência que se deva dar como evidência que se deva dar um alto valor ao conhecimento um alto valor ao conhecimento desenvolvido segundo o critdesenvolvido segundo o critéério rio universal. Ainda mais se universal. Ainda mais se compreender o processo como compreender o processo como meio de se chegar meio de se chegar àà verdade. A verdade. A verdade, a racionalidade e a verdade, a racionalidade e a ciência, portanto, são vistas como ciência, portanto, são vistas como sendo intrinsecamente boas. sendo intrinsecamente boas. Visto que para o relativista os critVisto que para o relativista os critéérios para rios para julgar os mjulgar os mééritos das teorias dependerão ritos das teorias dependerão dos valores ou dos interesses do indivdos valores ou dos interesses do indivííduo duo ou da comunidade que os nutre, a distinou da comunidade que os nutre, a distinçção ão entre a ciência e a nãoentre a ciência e a não--ciência variarciência variaráá de de acordo com eles. Para o relativista acordo com eles. Para o relativista extremado a relaextremado a relaçção entre ciência e nãoão entre ciência e não-- ciência tornaciência torna--se muito mais arbitrse muito mais arbitráária e ria e menos importante do que o menos importante do que o éé para o para o racionalista. Um relativista negarracionalista. Um relativista negaráá a a existência de uma categoria existência de uma categoria úúnica, a nica, a ““ciênciaciência””, que , que éé intrinsecamente superior a intrinsecamente superior a outras formas de conhecimento, embora outras formas de conhecimento, embora muito possivelmente acontemuito possivelmente aconteçça que a que indivindivííduos ou comunidades dêem alto valor duos ou comunidades dêem alto valor ààquilo a que geralmente se conhece como quilo a que geralmente se conhece como ciência. Se a ciência. Se a ““ciênciaciência”” (o relativista pode (o relativista pode muito bem estar inclinado a usar aspas) muito bem estar inclinado a usar aspas) éé altamente respeitada em nossa sociedade, altamente respeitada em nossa sociedade, isto deve então ser compreendido isto deve então ser compreendido analisandoanalisando--se a nossa sociedade, e não se a nossa sociedade, e não simplesmente analisando a natureza da simplesmente analisando a natureza da ciência.ciência. ComparaComparaçção entre ão entre LakatosLakatos e Kuhne Kuhn SemelhanSemelhanççasas �� Ambos fazem a seus Ambos fazem a seus relatos filosrelatos filosóóficos a ficosa exigência de exigência de resistirem resistirem àà crcríítica da tica da histhistóória da ciênciaria da ciência (O relato de Kuhn precede o (O relato de Kuhn precede o de de LakatosLakatos, mas o deste , mas o deste úúltimo ltimo foi apresentado primeiro foi apresentado primeiro porque sua teoria porque sua teoria éé considerada a culminaconsiderada a culminaçção do ão do programa de Popper)programa de Popper) DiferenDiferenççasas �� Kuhn enfatiza os Kuhn enfatiza os aspectos externos aspectos externos àà ciência como ciência como desempenhando um desempenhando um papel fundamental na papel fundamental na ciência (suspeita de ciência (suspeita de relativismo)relativismo) 3. 3. LakatosLakatos como racionalistacomo racionalista �� LakatosLakatos declarou declarou explicitamente que o explicitamente que o ““problema central da filosofia problema central da filosofia da ciência da ciência éé... o problema de ... o problema de explicitar condiexplicitar condiçções universais ões universais sob as quais uma teoria seja sob as quais uma teoria seja cientcientííficafica””, um problema que , um problema que éé ““ligado intimamente ao ligado intimamente ao problema da racionalidade da problema da racionalidade da ciênciaciência”” e cuja solue cuja soluçção ão ““deveria nos oferecer deveria nos oferecer orientaorientaçção quanto a quando ão quanto a quando éé ou não racional a aceitaou não racional a aceitaçção de ão de uma teoria cientuma teoria cientííficafica””.. CrCríítica ao relativismotica ao relativismo �� Do ponto de vista de Do ponto de vista de LakatosLakatos, uma posi, uma posiçção relativista, ão relativista, segundo a qual não hsegundo a qual não háá padrão mais alto que o da padrão mais alto que o da comunidade relevante, não nos permite criticar aquele comunidade relevante, não nos permite criticar aquele padrão. Se não hpadrão. Se não háá ““maneira alguma de julgar uma teoria maneira alguma de julgar uma teoria a não ser avaliando o na não ser avaliando o núúmero, fmero, féé e energia vocal de e energia vocal de seus partidseus partidááriosrios””, então a verdade se encontra no poder, , então a verdade se encontra no poder, a mudana mudançça cienta cientíífica se transforma numa questão de fica se transforma numa questão de ““psicologia das multidõespsicologia das multidões”” e o progresso ciente o progresso cientíífico fico éé, em , em sua essência, um sua essência, um ““efeito de adesão aos vitoriososefeito de adesão aos vitoriosos””. Na . Na ausência de critausência de critéérios racionais que guiem a escolha de rios racionais que guiem a escolha de teorias, sua mudanteorias, sua mudançça aproximaa aproxima--se da conversão se da conversão religiosa.religiosa. CritCritéério universalistario universalista ““a metodologia dos programas a metodologia dos programas de pesquisa cientde pesquisa cientíífica fica éé mais mais adequada para a aproximaadequada para a aproximaçção ão da verdade em nosso universo da verdade em nosso universo real que qualquer outra real que qualquer outra metodologiametodologia””. A ciência . A ciência progride por meio da progride por meio da competicompetiçção entre os ão entre os programas de pesquisa. Um programas de pesquisa. Um programa de pesquisa programa de pesquisa éé melhor que um rival se for melhor que um rival se for mais progressivo; a natureza mais progressivo; a natureza progressiva de um programa progressiva de um programa depende de seu grau de depende de seu grau de coerência e a extensão em que coerência e a extensão em que ele tenha levado ao sucesso ele tenha levado ao sucesso novas predinovas prediçções.ões. Fracasso de Fracasso de LakatosLakatos (segundo (segundo ChalmersChalmers)) Embora a metodologia de Embora a metodologia de LakatosLakatos incorpore incorpore uma definiuma definiçção do que consistiu o progresso na ão do que consistiu o progresso na ffíísica moderna, ela não oferece orientasica moderna, ela não oferece orientaçção para ão para aqueles que têm como objetivo conseguir um tal aqueles que têm como objetivo conseguir um tal progresso. Sua metodologia progresso. Sua metodologia “é“é antes um guia antes um guia para o historiador da ciência do que para o para o historiador da ciência do que para o cientistacientista””. . LakatosLakatos fracassou ao oferecer um fracassou ao oferecer um relato racionalista da ciência em que muitos de relato racionalista da ciência em que muitos de seus comentseus comentáários indicavam que era sua rios indicavam que era sua intenintençção fazêão fazê--lo.lo. 4. Kuhn como relativista4. Kuhn como relativista Se uma teoria Se uma teoria éé ou não ou não melhor que outra melhor que outra éé um um assunto a ser julgado em assunto a ser julgado em relarelaçção aos padrões da ão aos padrões da comunidade apropriada, e comunidade apropriada, e os padrões variarão, os padrões variarão, tipicamente, com o tipicamente, com o cencenáário histrio históórico e rico e cultural da comunidade.cultural da comunidade. ““O conhecimento O conhecimento cientcientíífico, como a fico, como a linguagem, linguagem, éé intrinsecamente a intrinsecamente a propriedade comum de propriedade comum de um grupo ou então não um grupo ou então não éé nada. Para compreendênada. Para compreendê-- lo serlo seráá necessnecessáário que rio que saibamos as saibamos as caractercaracteríísticas especiais sticas especiais dos grupos que o criam e dos grupos que o criam e o utilizam.o utilizam.”” (E. R. C., p. (E. R. C., p. 260.260. Defesa da acusaDefesa da acusaçção de relativismoão de relativismo �� ““As teorias cientAs teorias cientííficas mais recentes são ficas mais recentes são melhores que as antigas para a resolumelhores que as antigas para a resoluçção ão de quebrade quebra--cabecabeçças nos ambientes as nos ambientes freqfreqüüentemente bastante diferentes em entemente bastante diferentes em que são aplicadas. Esta não que são aplicadas. Esta não éé a posia posiçção de ão de um relativista, e demonstra o sentido em um relativista, e demonstra o sentido em que sou um crente convencido do que sou um crente convencido do progresso cientprogresso cientííficofico”” DescrenDescrençça de a de ChalmersChalmers ““Não sou da opinião de que a afirmaNão sou da opinião de que a afirmaçção de ão de Kuhn de que sua posiKuhn de que sua posiçção não ão não éé relativista pode relativista pode ser sustentada. Ele mesmo comenta que ser sustentada. Ele mesmo comenta que consideraconsideraçções baseadas na habilidade em ões baseadas na habilidade em resolver problemas resolver problemas ““não são convincentes nem não são convincentes nem individual nem coletivamenteindividual nem coletivamente”” no que se refere no que se refere aos maos mééritos relativos dos paradigmas ritos relativos dos paradigmas competitivos e que competitivos e que ““consideraconsideraçções estões estééticas ticas (segundo as quais pode(segundo as quais pode--se dizer que a nova se dizer que a nova teoria teoria éé a mais a mais ‘‘eleganteelegante’’, , ‘‘mais adequadamais adequada’’ ou ou ‘‘mais simplesmais simples’’ que a antiga) podem algumas que a antiga) podem algumas vezes ser decisivasvezes ser decisivas””. Isto nos traz de volta a . Isto nos traz de volta a uma posiuma posiçção relativistaão relativista””.. Duplo fracassoDuplo fracasso LakatosLakatos �� Queria oferecer um Queria oferecer um relato racionalista da relato racionalista da ciência e fracassouciência e fracassou KuhnKuhn �� Não queria oferecer Não queria oferecer um relato relativista um relato relativista da ciência, mas da ciência, mas ofereceuofereceu Superioridade de Superioridade de LakatosLakatos (segundo (segundo ChalmersChalmers)) No relato da ciência de Kuhn, os valores operativos noprocesso No relato da ciência de Kuhn, os valores operativos no processo da da ciência e que determinam a aceitaciência e que determinam a aceitaçção ou rejeião ou rejeiçção de teorias devem ão de teorias devem ser discernidos pela anser discernidos pela anáálise psicollise psicolóógica e sociolgica e sociolóógica da comunidade gica da comunidade cientcientíífica. Quando isto fica. Quando isto éé tomado conjuntamente com a supositomado conjuntamente com a suposiçção de ão de que a ciência contemporânea que a ciência contemporânea éé o epo epíítome do melhor da tome do melhor da racionalidade, o que sobra racionalidade, o que sobra éé uma posiuma posiçção conservadora. A posião conservadora. A posiçção ão de Kuhn não deixa uma maneira de criticar as decisões e o modo dde Kuhn não deixa uma maneira de criticar as decisões e o modo de e operaoperaçções da comunidade cientões da comunidade cientíífica. Enquanto a anfica. Enquanto a anáálise sociollise sociolóógica gica éé bbáásica dentro do relato de Kuhn, ela oferece pouca coisa sica dentro do relato de Kuhn, ela oferece pouca coisa àà guisa guisa de teoria sociolde teoria sociolóógica e não oferece qualquer sugestão de como gica e não oferece qualquer sugestão de como distinguir as formas aceitdistinguir as formas aceitááveis e as inaceitveis e as inaceitááveis para se alcanveis para se alcanççar um ar um consenso. Quanto a isso o relato de consenso. Quanto a isso o relato de LakatosLakatos éé um pouco melhor, na um pouco melhor, na medida em que oferece realmente meios para que se possa criticarmedida em que oferece realmente meios para que se possa criticar algumas algumas decisões da comunidade cientdecisões da comunidade cientíífica.fica. 5. Para uma mudan5. Para uma mudançça dos a dos termos do debatetermos do debate Não Não éé verdade que indivverdade que indivííduos ou grupos duos ou grupos podem estar errados em seus julgamentos podem estar errados em seus julgamentos sobre a natureza ou sobre a natureza ou status status de alguma de alguma teoria? A colocateoria? A colocaçção deste tipo de pergunta ão deste tipo de pergunta sugere que pode muito bem haver uma sugere que pode muito bem haver uma maneira de analisar a ciência, seus maneira de analisar a ciência, seus objetivos e seu modo de progresso que se objetivos e seu modo de progresso que se concentre nas caracterconcentre nas caracteríísticas da prsticas da próópria pria ciência, sem levar em conta aquilo que ciência, sem levar em conta aquilo que possam pensar indivpossam pensar indivííduos ou grupos.duos ou grupos. XX OBJETIVISMOOBJETIVISMO �� O O objetivismoobjetivismo quanto ao conhecimento humano quanto ao conhecimento humano éé um ponto de vista que enfatiza que itens do um ponto de vista que enfatiza que itens do conhecimento, desde proposiconhecimento, desde proposiçções simples atões simples atéé teorias complexas, possuem propriedades e teorias complexas, possuem propriedades e caractercaracteríísticas que transcendem as crensticas que transcendem as crençças e as e estados de consciência dos indivestados de consciência dos indivííduos que os duos que os projetam e contemplam.projetam e contemplam. �� Esse ponto de vista se opõe ao Esse ponto de vista se opõe ao individualismoindividualismo 1. Individualismo1. Individualismo Do ponto de vista individualista o conhecimento Do ponto de vista individualista o conhecimento éé compreendido como um conjunto especial de compreendido como um conjunto especial de crencrençças de indivas de indivííduos que reside em seus duos que reside em seus ccéérebros ou mentes. Se uma crenrebros ou mentes. Se uma crençça deve ser a deve ser considerada como conhecimento genuconsiderada como conhecimento genuííno, deve no, deve ser possser possíível então justificar a crenvel então justificar a crençça a demonstrandodemonstrando--a como verdadeira, ou como a como verdadeira, ou como provavelmente verdadeira, recorrendoprovavelmente verdadeira, recorrendo--se se ààs s provas apropriadas. provas apropriadas. ““O conhecimento, deste O conhecimento, deste ponto de vista, ponto de vista, éé a crena crençça verdadeira a verdadeira adequadamente provada, ou alguma fadequadamente provada, ou alguma fóórmula rmula semelhante.semelhante.”” Problema dos fundamentos do Problema dos fundamentos do conhecimentoconhecimento �� Problema da justificaProblema da justificaçção:ão: Se alguma afirmaSe alguma afirmaçção deve ser ão deve ser justificada, isto então serjustificada, isto então seráá feito recorrendofeito recorrendo--se a outras se a outras afirmaafirmaçções que constituem as ões que constituem as provas para ela. Mas temos provas para ela. Mas temos aqui o problema de como aqui o problema de como justificar as prjustificar as próóprias prias afirmaafirmaçções que constituem as ões que constituem as provas. Se as justificarmos por provas. Se as justificarmos por um recurso adicional a mais um recurso adicional a mais afirmaafirmaçções de provas, então o ões de provas, então o problema se repete e problema se repete e continuarcontinuaráá a repetira repetir--se atse atéé que que se descubra uma maneira de se descubra uma maneira de deter o regresso infinito deter o regresso infinito iminente.iminente. �� Esse tipo de problema origina Esse tipo de problema origina a rivalidade entre racionalistas a rivalidade entre racionalistas (cl(cláássicos) e empiristas. Os ssicos) e empiristas. Os racionalistas valorizam o racionalistas valorizam o pensamento e os empiristas pensamento e os empiristas privilegiam a observaprivilegiam a observaççãoão Racionalismo clRacionalismo cláássico (sssico (sééculo XVII)culo XVII) Segundo o racionalista Segundo o racionalista clcláássico, os verdadeiros ssico, os verdadeiros fundamentos do fundamentos do conhecimento são conhecimento são acessacessííveis veis àà mente mente pensante. As proposipensante. As proposiçções ões que constituem aqueles que constituem aqueles fundamentos são fundamentos são reveladas como sendo reveladas como sendo claras, distintas e claras, distintas e indiscutivelmente indiscutivelmente verdadeiras pela verdadeiras pela contemplacontemplaçção e raciocão e raciocíínio nio cuidadosos.cuidadosos. Racionalismo clRacionalismo cláássicossico A ilustraA ilustraçção clão cláássica da concepssica da concepçção ão racionalista do conhecimento racionalista do conhecimento éé a a geometria euclidiana. Os geometria euclidiana. Os fundamentos daquele corpo fundamentos daquele corpo especespecíífico de conhecimentos são fico de conhecimentos são concebidos como axiomas, concebidos como axiomas, afirmaafirmaçções tais como ões tais como ““apenas apenas uma linha reta pode ser trauma linha reta pode ser traççada ada juntando dois pontosjuntando dois pontos””. Pode. Pode--se se dizer, de forma plausdizer, de forma plausíível, sobre vel, sobre tais axiomas, que eles são tais axiomas, que eles são autoauto-- evidentementeevidentemente verdadeiros. Uma verdadeiros. Uma vez que eles sejam estabelecidos vez que eles sejam estabelecidos como verdadeiros, todos os como verdadeiros, todos os teoremas que se seguem deles teoremas que se seguem deles dedutivamente serão, tambdedutivamente serão, tambéém, m, verdadeiros.verdadeiros. Empirismo clEmpirismo cláássicossico Para o empirista clPara o empirista cláássico, os ssico, os verdadeiros fundamentos do verdadeiros fundamentos do conhecimento são acessconhecimento são acessííveis veis aos indivaos indivííduos atravduos atravéés dos s dos sentidos. Os empiristas sentidos. Os empiristas supõem que os indivsupõem que os indivííduos duos possam estabelecer como possam estabelecer como verdadeiras algumas verdadeiras algumas afirmaafirmaçções confrontando o ões confrontando o mundo atravmundo atravéés de seus sde seus sentidos. As afirmasentidos. As afirmaçções assim ões assim estabelecidas constituem os estabelecidas constituem os fundamentos sobre os quais fundamentos sobre os quais éé construconstruíído o conhecimento do o conhecimento adicional por algum tipo de adicional por algum tipo de inferência indutiva.inferência indutiva. 2. 2. ObjetivismoObjetivismo O O objetivistaobjetivista ddáá prioridade, em sua anprioridade, em sua anáálise lise do conhecimento, do conhecimento, ààs caracters caracteríísticas dos sticas dos itens ou corpos de conhecimento com que itens ou corpos de conhecimento com que se confrontam os indivse confrontam os indivííduos, duos, independentemente das atitudes, crenindependentemente das atitudes, crençças as ou outros estados subjetivos daqueles ou outros estados subjetivos daqueles indivindivííduos. Falando de forma imprecisa, o duos. Falando de forma imprecisa, o conhecimento conhecimento éé tratado como algo tratado como algo exterior, antes que interior, exterior, antes que interior, ààs mentes ou s mentes ou ccéérebros dos indivrebros dos indivííduos.duos. A fA fíísica para alsica para aléém dos fm dos fíísicossicos A estrutura teA estrutura teóórica que rica que constitui a fconstitui a fíísica moderna sica moderna éé tão complexa que não pode tão complexa que não pode ser identificada com as crenser identificada com as crençças as de qualquer fde qualquer fíísico ou grupo de sico ou grupo de ffíísicos. Muitos cientistas sicos. Muitos cientistas contribuem de maneiras contribuem de maneiras separadas, com suas separadas, com suas habilidades separadas, para o habilidades separadas, para o crescimento e articulacrescimento e articulaçção da ão da ffíísica, do mesmo modo que sica, do mesmo modo que muitos trabalhadores muitos trabalhadores combinam seus esforcombinam seus esforçços na os na construconstruçção de uma catedral.ão de uma catedral. Oportunidades objetivasOportunidades objetivas Exemplos:Exemplos: �� Teoria ondular de FresnelTeoria ondular de Fresnel �� Teoria eletromagnTeoria eletromagnéética de Maxwelltica de Maxwell �� Analogia de Popper entre situaAnalogia de Popper entre situaçções ões problemproblemááticas objetivamente existentes no ticas objetivamente existentes no interior da ciência e uma caixa para ninhos interior da ciência e uma caixa para ninhos de pde páássaros em seu jardim.ssaros em seu jardim. 3. A ciência como uma pr3. A ciência como uma práática tica socialsocial �� Uma ciência, em algum estUma ciência, em algum estáágio de seu desenvolvimento, gio de seu desenvolvimento, envolverenvolveráá um conjunto de tum conjunto de téécnicas para articular, aplicar cnicas para articular, aplicar e testar as teorias das quais e testar as teorias das quais éé formada. O formada. O desenvolvimento de uma ciência ocorre de forma desenvolvimento de uma ciência ocorre de forma ananááloga loga àà construconstruçção de uma catedral enquanto ão de uma catedral enquanto resultado do trabalho combinado de um certo nresultado do trabalho combinado de um certo núúmero de mero de indivindivííduos, cada qual aplicando suas habilidades duos, cada qual aplicando suas habilidades especializadas.especializadas. �� Uma descoberta experimental, quer se trate da Uma descoberta experimental, quer se trate da existência de uma nova partexistência de uma nova partíícula fundamental, uma cula fundamental, uma estimativa nova e mais precisa da velocidade da luz ou estimativa nova e mais precisa da velocidade da luz ou qualquer outra, qualquer outra, éé vista corretamente como o produto de vista corretamente como o produto de uma atividade social complexa, mais que como a crenuma atividade social complexa, mais que como a crençça a ou possessão de um indivou possessão de um indivííduo.duo. 4. O 4. O objetivismoobjetivismo apoiado por apoiado por Popper, Popper, LakatosLakatos e Marxe Marx Minha... tese envolve a existência de Minha... tese envolve a existência de dois sentidos diferentes do dois sentidos diferentes do conhecimento ou do pensamento: (1) conhecimento ou do pensamento: (1) conhecimento ou pensamento no conhecimento ou pensamento no sentido subjetivosentido subjetivo, consistindo de um , consistindo de um estado mental, ou da consciência ou estado mental, ou da consciência ou de uma disposide uma disposiçção a comportarão a comportar--se ou se ou a agir, e (2) conhecimento ou a agir, e (2) conhecimento ou pensamento num sentido objetivo, pensamento num sentido objetivo, consistindo em problemas, teorias e consistindo em problemas, teorias e argumentos enquanto tal. O argumentos enquanto tal. O conhecimento nesse sentido objetivo conhecimento nesse sentido objetivo éé completamente independente da completamente independente da afirmaafirmaçção de qualquer pessoa de que ão de qualquer pessoa de que sabe; sabe; éé independente tambindependente tambéém da m da crencrençça de qualquer um, ou da a de qualquer um, ou da disposidisposiçção de assentir; ou de afirmar, ão de assentir; ou de afirmar, ou agir. O ou agir. O conhecimento no sentido conhecimento no sentido objetivo objetivo éé o conhecimento sem o conhecimento sem conhecedorconhecedor; ; éé o o conhecimento conhecimento sem sem um sujeito que sabe. um sujeito que sabe. K. R. Popper, K. R. Popper, ObjectiveObjective KnowledgeKnowledge O O objetivismoobjetivismo de de LakatosLakatos ““...uma teoria pode ser ...uma teoria pode ser pseudocientpseudocientííficafica mesmo apesar de mesmo apesar de ser eminentemente ser eminentemente ““plausplausíívelvel”” e e todo mundo crer nela, e ela pode todo mundo crer nela, e ela pode ser cientificamente valiosa embora ser cientificamente valiosa embora ninguninguéém creia nela. Uma teoria m creia nela. Uma teoria pode ter um valor cientpode ter um valor cientíífico fico supremo ainda que ningusupremo ainda que ninguéém a m a compreendacompreenda, ou nem mesmo , ou nem mesmo creiecreie nela. O valor cognitivo de uma nela. O valor cognitivo de uma teoria nada tem a ver com sua teoria nada tem a ver com sua influência influência psicolpsicolóógica gica nas mentes nas mentes das pessoas. Crendas pessoas. Crençças, as, compromisso e compreensão são compromisso e compreensão são estados da mente humana... Mas estados da mente humana... Mas o valor objetivo, ciento valor objetivo, cientíífico de uma fico de uma teoria... teoria... éé independente da mente independente da mente humana que a cria ou a humana que a cria ou a compreende.compreende. �� PhilosophicalPhilosophical PapersPapers. . Volume lVolume l O O objetivismoobjetivismo de Marxde Marx ““Na produNa produçção social da prão social da próópria vida, pria vida, os homens contraem relaos homens contraem relaçções ões determinadas, necessdeterminadas, necessáárias e rias e independentes de sua vontade, independentes de sua vontade, relarelaçções de produões de produçção estas que ão estas que correspondem a uma etapa correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das determinada de desenvolvimento das suas forsuas forçças produtivas materiais. A as produtivas materiais. A totalidade destas relatotalidade destas relaçções de produões de produçção ão forma a estrutura econômica da forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurlevanta uma superestrutura juríídica e dica e polpolíítica, e tica, e àà qual correspondem formas qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O sociais determinadas de consciência. O modo de produmodo de produçção da vida material ão da vida material condiciona o processo em geral de condiciona o processo em geral de vida social, polvida social, políítico e espiritual. Não tico e espiritual. Não éé a consciência dos homensque a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao determina o seu ser, mas, ao contrcontráário, rio, éé o seu ser social que o seu ser social que determina sua consciênciadetermina sua consciência””. . Karl Marx, Karl Marx, Para a crPara a críítica da economia tica da economia polpolíítica, tica, PrefPrefáácio.cio. XIXI UM RELATO OBJETIVISTA DASUM RELATO OBJETIVISTA DAS MUDANMUDANÇÇAS TEAS TEÓÓRICAS NA FRICAS NA FÍÍSICASICA Da mesma forma que um fDa mesma forma que um fíísico que tenta sico que tenta contribuir para o desenvolvimento da fcontribuir para o desenvolvimento da fíísica sica confrontaconfronta--se com uma situase com uma situaçção objetiva, que ão objetiva, que delimita as possibilidades de escolha e de adelimita as possibilidades de escolha e de açção e ão e que influencia o resultado de tal aque influencia o resultado de tal açção, tambão, tambéém, m, um indivum indivííduo que espera contribuir para a duo que espera contribuir para a mudanmudançça social se confronta com uma situaa social se confronta com uma situaçção ão objetiva, que delimita as possibilidades de objetiva, que delimita as possibilidades de escolha e aescolha e açção e que influencia o resultado de ão e que influencia o resultado de tal escolha e atal escolha e açção. Uma anão. Uma anáálise da situalise da situaçção ão objetiva objetiva éé tão essencial para a compreensão da tão essencial para a compreensão da mudanmudançça social quanto o a social quanto o éé para a mudanpara a mudançça a cientcientíífica.fica. 1. As limita1. As limitaçções do ões do objetivismoobjetivismo de de LakatosLakatos 1.1. Em primeiro lugar, Em primeiro lugar, éé difdifíícil entender como os cientistas, nestes cil entender como os cientistas, nestes úúltimos duzentos anos, poderiam ter estado conscientes dos ltimos duzentos anos, poderiam ter estado conscientes dos preceitos de uma metodologia que spreceitos de uma metodologia que sóó foi projetada recentemente. foi projetada recentemente. O prO próóprio prio LakatosLakatos indicou o abismo que separa a metodologia indicou o abismo que separa a metodologia expressa por Newton e a que ele seguiu na prexpressa por Newton e a que ele seguiu na práática. tica. 2.2. Em segundo lugar, a metodologia de Em segundo lugar, a metodologia de LakatosLakatos não não éé adequada para adequada para ditar as escolhas dos cientistas, como vimos, de acordo com sua ditar as escolhas dos cientistas, como vimos, de acordo com sua prpróópria declarapria declaraçção de que sua metodologia não tinha a intenão de que sua metodologia não tinha a intençção de ão de dar conselhos aos cientistas. dar conselhos aos cientistas. 3.3. Em terceiro lugar, qualquer tentativa de relatar uma mudanEm terceiro lugar, qualquer tentativa de relatar uma mudançça de a de teoria que depende de forma crucial das decisões e escolhas teoria que depende de forma crucial das decisões e escolhas conscientes dos cientistas deixa de levar plenamente em conta a conscientes dos cientistas deixa de levar plenamente em conta a ““separaseparaçção entre o conhecimento objetivo... e seus reflexos ão entre o conhecimento objetivo... e seus reflexos distorcidos nas mentes individuaisdistorcidos nas mentes individuais””.. DiferenDiferençça entre a entre escolhaescolha e e mudanmudançça a de teoriade teoria Uma suposiUma suposiçção feita por ão feita por LakatosLakatos, e tamb, e tambéém por m por Popper e por Kuhn, Popper e por Kuhn, éé a de que a mudana de que a mudançça de a de teoria deve ser explicada com referência teoria deve ser explicada com referência ààs s decisões e escolhas dos cientistas. Na medida decisões e escolhas dos cientistas. Na medida em que em que LakatosLakatos e Popper deixam de dar e Popper deixam de dar preceitos adequados para a escolha de teorias, preceitos adequados para a escolha de teorias, eles deixam de dar um relato da mudaneles deixam de dar um relato da mudançça de a de teorias, enquanto Kuhn tolera, sem crteorias, enquanto Kuhn tolera, sem crííticas, ticas, quaisquer escolhas sancionadas pela quaisquer escolhas sancionadas pela comunidade cientcomunidade cientíífica. No restante deste fica. No restante deste capcapíítulo tentarei modificar a metodologia de tulo tentarei modificar a metodologia de LakatosLakatos dede forma a evitar a fusão de escolha de forma a evitar a fusão de escolha de teoria e mudanteoria e mudançça de teoria.a de teoria. Oportunidades objetivas e grau de Oportunidades objetivas e grau de fertilidadefertilidade Oportunidades objetivasOportunidades objetivas Dada uma teoria e sua prDada uma teoria e sua práática tica associada em algum ponto de seu associada em algum ponto de seu desenvolvimento, apresentadesenvolvimento, apresenta--se se uma variedade de oportunidades uma variedade de oportunidades para o desenvolvimento desta para o desenvolvimento desta teoria. Algumas linhas de teoria. Algumas linhas de desenvolvimento tedesenvolvimento teóórico serão rico serão posspossííveis em virtude das tveis em virtude das téécnicas cnicas experimentais disponexperimentais disponííveis. veis. Grau de fertilidadeGrau de fertilidade Descreve a conglomeraDescreve a conglomeraçção de ão de oportunidades presentes num oportunidades presentes num programa de pesquisa em algum programa de pesquisa em algum estestáágio de seu desenvolvimento. gio de seu desenvolvimento. O grau de fertilidade de um O grau de fertilidade de um programa em algum momento programa em algum momento crcríítico sertico seráá propriedade objetiva propriedade objetiva daquele programa, possudaquele programa, possuíído por do por ele, quer seja ou não,percebido ele, quer seja ou não,percebido por algum cientista particular. O por algum cientista particular. O grau de fertilidade de um grau de fertilidade de um programa mede a proporprograma mede a proporçção em ão em que ele contque ele contéém dentro de si m dentro de si oportunidades objetivas para o oportunidades objetivas para o desenvolvimento ou a extensão desenvolvimento ou a extensão em que ele abre novas linhas de em que ele abre novas linhas de investigainvestigaçção.ão. Um relato Um relato objetivistaobjetivista das das mudanmudançças teas teóóricas na fricas na fíísicasica Se estSe estáá presente uma oportunidade presente uma oportunidade objetiva para o desenvolvimento de objetiva para o desenvolvimento de um programa, mais cedo ou mais um programa, mais cedo ou mais tarde algum cientista ou grupo de tarde algum cientista ou grupo de cientistas dela se aproveitarão. O cientistas dela se aproveitarão. O efeito serefeito seráá que um programa que que um programa que oferece mais oportunidades objetivas oferece mais oportunidades objetivas para o desenvolvimento que seu rival para o desenvolvimento que seu rival tendertenderáá a ultrapassar este na medida a ultrapassar este na medida em que se aproveitam destas em que se aproveitam destas oportunidades. Este seroportunidades. Este seráá o caso ainda o caso ainda que a maioria dos cientistas escolha que a maioria dos cientistas escolha trabalhar no programa com o grau trabalhar no programa com o grau menor de fertilidade. Neste menor de fertilidade. Neste úúltimo ltimo caso, a minoria que escolhe trabalhar caso, a minoria que escolhe trabalhar no programa que oferece muitas no programa que oferece muitas oportunidades para o desenvolvimento oportunidades para o desenvolvimento terteráá logo sucesso, enquanto a maioria, logo sucesso, enquanto a maioria, aqueles que apresentam o ponto de aqueles que apresentam o ponto de vista majoritvista majoritáário, lutarrio, lutaráá em vão para em vão para se aproveitar das oportunidades não se aproveitar das oportunidades não existentes.existentes. Pressuposto: suposiPressuposto: suposiçção sociolão sociolóógicagica Na sociedade, ousociedades em que Na sociedade, ou sociedades em que se pratica a fse pratica a fíísica, hsica, háá cientistas com as cientistas com as habilidades, os recursos e o enfoque habilidades, os recursos e o enfoque mental para desenvolver aquela mental para desenvolver aquela ciência. ciência. ÉÉ preciso que eu seja capaz de preciso que eu seja capaz de supor, por exemplo, que as situasupor, por exemplo, que as situaçções ões em que uma anem que uma anáálise lise objetivistaobjetivista revele revele a existência de certas ta existência de certas téécnicas tecnicas teóóricas ricas ou experimentais, haverou experimentais, haveráá cientistas ou cientistas ou grupos de cientistas com os recursos grupos de cientistas com os recursos ffíísicos e mentais para colocar em sicos e mentais para colocar em prpráática aquelas ttica aquelas téécnicas. Presumo que cnicas. Presumo que esta suposiesta suposiçção foi preenchida em ão foi preenchida em grande parte na Europa nos duzentos grande parte na Europa nos duzentos e tantos anos de existência da fe tantos anos de existência da fíísica.sica. ““SeleSeleçção naturalão natural”” �� Um programa com um alto grau de fertilidade tenderUm programa com um alto grau de fertilidade tenderáá a a expulsar um programa com um grau de fertilidade expulsar um programa com um grau de fertilidade menor. Entretanto, um alto grau de fertilidade não menor. Entretanto, um alto grau de fertilidade não éé suficiente para garantir o sucesso de um programa, pois suficiente para garantir o sucesso de um programa, pois não pode haver garantias de que as oportunidades, não pode haver garantias de que as oportunidades, quando aproveitadas, darão frutos.quando aproveitadas, darão frutos. �� Um relato Um relato objetivistaobjetivista da mudanda mudançça de teoria necessita, a de teoria necessita, então, levar em conta não somente os graus de então, levar em conta não somente os graus de fertilidade relativas de programas rivais, mas tambfertilidade relativas de programas rivais, mas tambéém m seu sucesso na prseu sucesso na práática. Consideratica. Consideraçções do grau de ões do grau de fertilidade necessitam ser aumentadas por um relato fertilidade necessitam ser aumentadas por um relato objetivistaobjetivista da extensão em que programas rivais levam a da extensão em que programas rivais levam a previsões novas.previsões novas. XIII REALISMO, INSTRUMENTALISMO E VERDADE � Problema da relação entre as teorias científicas e o mundo em que se intenciona aplicá-las. � Desse problema surge a questão do realismo e a questão da verdade: Temos, de um lado, teorias científicas que são construções humanas e que estão sujeitas a mudanças e desenvolvimentos, talvez infindáveis. Por outro lado, temos o mundo em que se quer aplicar estas teorias e cujo modo de comportamento, ao menos no caso do mundo físico, não está sujeito a mudança. Qual é a relação entre as duas áreas? XIV O REALISMO NÃO-REPRESENTATIVO �� Para escapar das dificuldades Para escapar das dificuldades (mencionadas no cap(mencionadas no capíítulo XIII) prtulo XIII) próóprias prias ààs s concepconcepçções realistas do conhecimento, ões realistas do conhecimento, ChalmersChalmers procura desenvolver o conceito procura desenvolver o conceito de de ““realismo não representativorealismo não representativo””.. �� Esse Esse ““realismo não representativorealismo não representativo”” não não incorpora uma teoria da verdade por incorpora uma teoria da verdade por correspondênciacorrespondência ImprecisãoImprecisão “Minha caracterização do realismo não- representativo em termos da aplicabilidade das teorias ao mundo, ou sua habilidade de lidar com o mundo, pode muito bem receber a objeção de ser por demais vaga. Parte de minha resposta à esta objeção é admitir que meu relato é vago, mas insisto que istonão é uma fraqueza mas um ponto forte da minha posição”. “Qualquer relato da relação entre as teorias no interior da física, e o mundo a respeito do qual se tenciona que estas teorias versem, não deve ser de natureza a excluir um possível desenvolvimento futuro. Conseqüentemente, um certo grau de imprecisão é essencial”. O que O que éé ciência afinal?ciência afinal? � Se devemos falar das maneiras em que as teorias devem ser avaliadas ou julgadas, então a minha posição é relativista no sentido de que nego que exista algum critério absoluto em relação ao qual estes julgamentos devem ser feitos. Especificamente, não há uma categoria geral, “a ciência”, e nenhum conceito de verdade à altura da tarefa de caracterizar a ciência como uma busca da verdade. Cada área do conhecimento deve ser julgada pelos próprios méritos, pela investigação de seus objetivos, e, em que extensão é capaz de alcançá-los.
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