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INSTITUIÇÃO MOURA LACERDA ALUNA: ANA LAURA BARANAUKAS VILLELA RA: 4014406 CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO PERÍODO: 6º - DIURNO LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES DISCIPLINA: HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA III DOCENTE: ONÉSIMO CARVALHO DE LIMA 2016 FICHA TÉCNICA: ARQUITETOS: EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ-MORALES ANO: 2012 TIPO DE PROJETO: RESIDENCIAL STATUS: CONSTRUÍDO MATERIALIDADE: VIDRO E METAL ESTRUTURA: CONCRETO LOCALIZAÇÃO: BARCELONA, ESPANHA INTRODUÇÃO OS ARQUITETOS: “Nós tentamos fazer arquitetura para as pessoas comuns, permitindo que muitos estilos de vida ; detesto a ideia de luxo ... " Eduardo Cadaval, mexicano que junto com sua esposa espanhola, Clara formaram Cadaval & Sola- Morales, um dos escritórios de arquitectura mais reconhecidas pela imprensa internacional. O escritório foi criado em Nova York em 2003, dois anos mais tarde mudou-se para Barcelona e Cidade do México. O estúdio funciona como um laboratório no qual a investigação e o desenvolvimento são vistos como um elemento importante do processo de design. O mandato da empresa é criar soluções de design inteligentes em muitas escalas diferentes, de projetos de grande escala até pequenos edifícios, a partir de objetos até frações da cidade. PRÊMIOS: - Prémio Bauwelt (Munique 2009) - Prêmio Jovens Arquitetos do Instituto Catalão de Arquitetos (Barcelona, 2008) - Prêmio Design Award Vanguard (Nova York, 2008) - Medalha de prata no XI Arquitetura mexicana Bienal (2010) EXPOSIÇÕES: Países: Estados Unidos , Espanha e México , sendo IX Bienal de Arquitetura espanhola Bienal Barbara Capocchin na Itália LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES Com uma abordagem sutil em relação ao lugar e ao programa, os projetos de Eduardo Cadaval & Clara Solà-Morales são abstrações geométricas fortes, porém não agressivas, fascinantes, porém não indelicadas. Em um recente documentário sobre a obra do escritório - Cadaval & Solà-Morales / Synthesis and Containment - os arquitetos explicam sua história e processo de trabalho com comentários são intercalados com percursos em algumas de seus mais famosos edifícios. Juan Herreros, fundador e diretor do Estúdio Herreros, caracteriza os arquitetos não como heroicos ou épicos, mas como bailarinas, que fazem o impossível parecer fácil. Josep Luis Mateo, fundador e diretor do escritório Mateo Architectura, exalta: "pode-se compreender sua obra por si mesma, sem ter que recorrer às suas referências“. Além de sua prática profissional Eduardo Cadaval e Clara Solà-Morales têm ensinado e palestras em diversas instituições académicas de topo na Europa e no exterior. Eles agiram como visitar os críticos de design em universidades como Harvard, Yale e da Universidade da Pensilvânia. Em 2007 Cadaval & Solà-Morales foram considerados pela Wallpaper Magazine (Londres) como um dos 10 melhores escritórios jovens do mundo, em 2008 Architectural Record, a revista oficial da American Institute of Architects também considerou-os como uma das dez empresas mais vanguardistas a nível internacional. Fotografia: Autor Desconhecido Fonte: ARQA - ARQUITECTURA MEXICANA: CADAVAL & SOLÀ MORALES Autor: Carlos Millet Ano: 2014 - arqa.com/autores/cadaval-sola-Morales Fotografia: Adria Goula SITUAÇÃO A casa X se localiza em uma vizinhança de alto padrão chamada Cabrils, em Barcelona, Espanha. A forma em X enquadra todas as vistas possíveis e faz com que o morador não tenha uma janela e sim uma moldura. A rigidez do concreto armado sendo empregada numa forma impetuosa que não quer se disfarçar, aliás quer ser notada e quer notar. Fotografia: Iwan Baan Fotografia: Sandra Pereznieto LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES As residências vizinhas possuem uma padronização não combinada, mas conformada. São tipologias modelo que são exaustivamente repetidas. O projeto da casa X é ousada no sentido de romper com a cansativa repetitividade e oferece um novo aventureiro como marco na paisagem. O terreno possui uma paisagem rica formada de montanhas, vegetações e uma bela vista para o mar. O projeto visa articular o projeto com o ambiente exterior. Fotografia: Autor desconhecido Enquanto as casas vizinhas tentam trazer construções típicas de casas de montanha, com materiais que remetem ao natural e ao vernacular, a casa X não tem essa preocupação. Porque, em sua concepção, um homem moderno não precisa se despir da tecnologia e da urbanidade para convier no ambiente natural. Fotografia: Acervo Cadaval e Solà-Morales Arquivo: Acervo Cadaval e Solà-Morales Arquivo: Acervo Cadaval e Solà-Morales IMPLANTAÇÃO 2. TOPOGRAFIA 1. IMPLANTAÇÃO A casa está localizada na parte superior de uma colina. O local possui vistas extraordinárias e uma inclinação importante, sendo que o acesso se dá a partir de uma única rua, no topo do lote. O objetivo do projeto a partir da localização da casa é de minimizar a movimentação de terra e otimizar, dentro do possível, o uso da terra não ocupada. LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES Fachada Norte Fachada Sul Fotografias: Adria Goula IMPLANTAÇÃO 3. ELEMENTOS NATURAIS E ARTIFICIAIS QUE SÃO ASSOCIADOS COM A EDIFICAÇÃO Do arquiteto - ”O projeto Casa X pretende resolver através da definição de um sistema, linguagem, ou mesmo através de uma forma única, um número de inquéritos que se levantam quando lemos especificamente o terreno: como proteger e dar protagonismo a um impressionante pinheiro, localizado no topo do lote, o que torna o acesso e aproximação para a casa extremamente complexo desde a rua. Como evitar ter que escolher entre as vistas para o mar ou para as montanhas e permitir ambas, em direções opostas. Como neutralizar, através da forma, a presença das construções contíguas, para construir um isolamento falso que nega a vizinhos. Como dobrar as principais vistas, permitindo vistas da frente e de trás da casa. Como resolver tantos pontos com um movimento simples, que atenda a todos os objetivos anteriores sem priorizar ou explicitamente formular uma resposta a algum deles.” Antes de tudo, o projeto da Casa X usa a forma para enquadrar espaços de naturezas muito diferentes e proporcionar-lhes um caráter individual, sempre evidenciando a paisagem como ator principal. Os arquitetos trazem como referencia as reflexões de Dan Graham: a imagem do mar está sempre presente quando se observa a montanha, e ela aparece como uma reflexão ao olhar para o mar: uma qualidade perceptiva que enriquece ainda mais a experiência que a casa proporciona. (Fotografias: Sandra Pereznieto) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . N Vista do mar no lado Sul da casa Grandes massas de vegetação no entorno do lote A vegetação abraça a casa garantindo harmonia entre o artificial e o natural A soberana da colina, capaz de avistar tanto o mar quanto a cidade A cobertura da casa se torna um mirante das diversas vistas do entorno A noite que cai iluminando a cidade e evidenciando a topografia das colina VISTA PARA O MAR PINHEIRO NATIVO VISTA PARA AS MONTANHAS VISTA PARA A CIDADE LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES M IMPLANTAÇÃO LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES 4. ASPECTOS CLIMÁTICOS DO AMBIENTE O clima de Cabrils não é diferente de outros climas do Mediterrâneo com suaves temperaturas no Inverno e um Verão bem quente. O regime de precipitação é irregular , com um período de seca nos meses de Julho e Agosto e uma precipitação máxima no outono, especialmente em Setembro e Outubro. A casa possui uma temperatura branda e agradável garantida pela grande quantidade de vegetação no entorno e pelo regime de ventos típicos de colina. A casa também foi pensada de acordo com a movimentação do sol, a área da piscina foi locada na fachada que recebe os raios solares em maior intensidade, além de estar voltada para a paisagem do mar, causando uma impressão de ambiente praiano. 5. LEGISLAÇÃO 0 500 900 Há grande quantidade de massas de vegetação que promovem sombreamento. Por se tratar de uma área de montanhas é uma área que venta bastante. A topografia influencia uma vez que é uma das áreas de cotas mais altas, portanto, de temperaturas mais amenas. FATORES QUE INFLUENCIAM NO CONFORTO TÉRMICO DA EDIFICAÇÃO: M Os arquitetos não expõem as normas que o projeto teve de contemplar, mas algumas características da casa denotam princípios da legislação de áreas de morro, como: Grande porcentagem de áreas do terreno mantidas permeáveis; Solução topográfica que leva em conta o perfil natural do terreno, que não produz soluções de planificações abruptas; Conservação da vegetação existente; Estudos minuciosos do tipo de fundação e estrutura que evite futuros problemas típicos do local, como deslizamentos; Limite de gabarito sendo solucionado através do partido da topografia. FORMA LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES 1. PARTIDO 2. CLASSIFICAÇÃO 3 4 5 Do Arquiteto - “A forma, única, é o resultado de um longo processo da busca de respostas individuais a cada um desses desafios. Assim, a forma não veio pronta, mas a partir de um esforço para dar uma resposta unitária que preenche cada uma das perguntas, que surgiu de um processo de projeto”. (IMAGEM 2) A casa X é um classificada como volumétrica, trata-se de uma grande massa moldada e rígida que produz um grande volume que se torna um marco imponente na paisagem (IMAGEM 5). Não se trata de encaixes, mas de uma peça completa, uma forma com volume rapidamente identificável (IMAGEM 3 e 4). Na divisão interna dos espaços (IMAGEM 1) a intenção já é oposta. Se no lado de fora temos a leitura de uma massa volumétrica, no lado de dentro a composição é planificada. As paredes que ora se deslocam desfazendo o volume e prolongando os planos, as portas que são apenas aberturas que subtraem a ideia de caixa, a planta livre que viabiliza o acontecimento dos planos. É como se no lado externo fosse necessário um volume rígido, imponente, fortificado e no interior essa rigidez fosse absolvida a fim de apropriar-se da paisagem, a fim de enquadrá-la, de estar em plena comunicação e sintonia com ela. DIAGRAMA DA FORMA VOLUME CENTRALIZADO PLANTA SUPERIOR PLANTA INFERIOR - Proteger e dar protagonismo a um impressionante pinheiro, localizado no topo do lote - Evitar ter que escolher entre as vistas para o mar ou para as montanhas e permitir ambas, em direções opostas. - Neutralizar, através da forma, a presença das construções contíguas, para construir um isolamento falso que nega a vizinhos. PREMISSAS: 1 2 CROQUI PROJETO Fotografia: Sandra Pereznieto Fotografia: Iwan Baan Fotografia: Sandra Pereznieto Arquivo: Acervo Cadaval e Solà-Morales 8 USO LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES ESTACIONAMENTO ESTÚDIO DORMITÓRIOS VISITAS ÁREA PARA RECEBER AMIGOS ÁREA DE SERVIÇO DORMITÓRIOS ÁREA DE LAZER ÁREA PARA RELAXAR COZINHA BANHEIROS Espaços Convencionais Atividades Solicitadas Espaços Requeridos 1. PROGRAMA DE NECESSIDADES SALA DE CONVÍVIO ÁREA DE TRABALHO ESTACIONAMENTO ESTÚDIO SUÍTE MORADOR COZINHA SALA DE CONVÍVIO DORMITÓRIO VISITA ÁREA DE SERVIÇO BANHEIRO VISITA LAVABO DORMITÓRIO DA VISITA ÁREA PARA RELAXAR ÁREA PARA TRABALHAR ÁREA MULTIUSO ÁREA PARA RECEBER AMIG0S - ÁREA PARA RELAXAR - ÁREA PARA LAZER - ÁREA PARA RECEBER AMIGOS SALA DA VISITA 0 1 2 5 0 1 2 5 0 1 2 5 PLANTA SUPERIOR PLANTA SUPERIOR PLANTA INFERIOR PLANTA INFERIOR N N A casa possui dois pavimentos. O piso superior, possui o estacionamento que permite o acesso à casa. Assim que adentramos na casa encontramos o estúdio, espaço de trabalho do morador onde fecha negócios e recebe clientes. O estúdio é o primeiro espaço na casa para justamente conceber um espaço profissional que não revele aos clientes a intimidade dos demais espaços da casa. O piso superior também possui uma suíte privada dos proprietários: dormitório principal, com armário e banheiro. No piso inferior há uma clara distinção entre a frente e a parte de trás da casa. Na porção frontal há uma natureza totalmente aberta e pública, construída com uma sala de estar em pé direito duplo, ao lado de uma cozinha com sala de jantar articulada. A parte traseira do andar inferior contém os dormitórios de visita, sala para visita e área de serviço. M M M 0 1 2 5 M ÁREA PARA RECEBER AMIG0S USO LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES PLANTA INFERIOR PLANTA SUPERIOR IMPLANTAÇÃO 2. ACESSOS ACESSO AO TERRAÇO ACESSO AO PAVIMENTO SUPERIOR (TÉRREO) ACESSO AO PAVIMENTO INFERIOR ACESSO À ÁREA DA PISCINA ACESSO NEUTRO N 0 1 2 5 M 0 1 2 5 M A1 A3 A4 A5 A2 A6 A3 A2 A6 A7 A7 A0a A0a A1 N N O primeiro acesso se dá pelo portão (A0a) para carros e pessoas, o acesso A0b é uma escada que vence a topografia e serve na verdade como um filtro de acesso para as pessoas que irão entrar na casa diretamente da rua (sem acessar a garagem). O acesso de automóveis se dá no A3. Baseado nesses principais pontos de acessos desenvolve-se ramificações. Os visitantes/moradores podem acessar o terraço através do A1, ou o pavimento superior através do A2, ou até mesmo se dirigindo pelo A5 para acessar o pavimento inferior. A área da piscina e o resto do lote pode ser acessado pelo A6-A7. O A4 é um acesso neutro pra outros acessos como A5 E A7. Essa variabilidade de acessos e, a forma como são locados para criar comunicações com espaços diferentes e em cotas diferentes. só pôde ser concebido através do uso da topografia. A topografia é delicadamente resolvida através de escadas que se comunicam com espaços de interesse do individuo que faz a trajetória, mas ainda assim o perfil do terreno natural é conservado, o trajeto tem afinação direta com a topografia. A0b A1 A3 A3 A2 A0a A0b Fotografia: Iwan Baan Fotografia: Adria Goula Fotografia: Adria Goula Fotografia: Adria Goula Fotografia: Autor Desconhecido 10 USO LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES PRIVADO PÚBLICO SEMIPRIVADO PLANTA SUPERIOR PLANTA INFERIOR N 4. CLASSIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PLANTA INFERIOR PLANTA SUPERIOR N 3. CIRCULAÇÃO N N 0 1 2 5 M 0 1 2 5 M 0 1 2 5 M IMPLANTAÇÃO N 0 1 2 5 M ESTÚDIO ÁREA DE CONVÍVIO Quando pensamos em circulação devemos também pensar na hierarquia e na permeabilidade que o espaço apresenta. A planta de circulação está diretamente relacionada a de classificação dos espaços. É através da classificação desses que podemos saber o volume de pessoas circulando, os períodos dos dias, os locais mais solicitados e os mais solitários, os que foram projetados para serem os protagonistas e os que foram para ser coadjuvantes. A casa recebe três hierarquias de indivíduos: moradores (acesso a todos os espaços), o cliente (espaço público- IMAGEM 1) e os amigos (espaços semiprivados). A área de convívio – IMAGEM 2- é a mais solicitada, ela concentra vários programas. A arquitetura da casa evidencia isso: a parede se desfaz e se torna inteira envidraçada, se colocando no âmbito público e de total exposição. A forma da casa também colabora para a criação desses espaços mais ocultos e íntimos e os de maior evidência e coletivos. 1 2 Fotografias 1 e 2: Iwan Baan 11 USO LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES PLANTA SUPERIOR PLANTA INFERIOR C B A 5. EQUIPAMENTO A ESTANTE DE CORRER B CABICEIRA/DIVISÓRIA C MESA EQUIPAMENTO 6. MOBILIÁRIO Mesa de mármore, com 8 metros de comprimento que funciona como espaço para preparar, servir a comida e ainda estocar instrumentos. Estante de livros que as faces correm em um trilho. Ora fecham, ora abrem. Ora escondem, ora revelam. O arquiteto locou uma divisória dividindo o espaço de closet e o espaço de dormir. Encostando a cama junto a divisória, criou, assim, uma cabeceira para cama. FOTOGRAFIA A: IWAN BAAN FOTOGRAFIA B: IWAN BAAN FOTOGRAFIA C: SANDRA PEREZNIETO FOTOGRAFIA 1: IWAN BAAN Os mobiliários assim como os elementos arquitetônicos da casa permanecem na paleta preta e branca, com exceção do tapete vermelho que foi utilizado para evidenciar a monocroma do ambiente e para destacar a película envidraçada que revela a paisagem exterior (IMAGEM 1 E 2). Os mobiliários são minimalistas, se caracterizam pela pureza das linhas, pela geometria. O mobiliário se alterna com os vazios, e a iluminação tem papel fundamental. (IMAGEM 3 E 4) Os complementos servem de contraponto nos ambientes, em que utilidade e estética coexistem em harmonia (IMAGEM 5). Os materiais são industriais, as superfícies são lustrosas; tinta brilhante para armários e metal para eletrodomésticos, vidro e cristal para mesas ou pias de banheiros, couro e tecidos sóbrios para os sofás. Os moveis são poucos, neutros e lineares, com capacidade de contenção e organização. 0 1 2 5 M 0 1 2 5 M 1 2 3 4 5 FOTOGRAFIA 2: : SANDRA PEREZNIETO FOTOGRAFIA 3: IWAN BAAN FOTOGRAFIA 4: SANDRA PEREZNIETO FOTOGRAFIA 5: SANDRA PEREZNIETO SHAFT TECNOLOGIA LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES 1. ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 2. MATERIALIDADES E MÉTODO CONSTRUTIVO PAREDE: CONCRETO ARMADO SEM REVESTIMENTO LAGE: CONCRETO ARMADO SEM REVESTIMENTO PILAR: METAL As paredes externas são de concreto armado sem revestimento. Os pilares são de metal (IMAGEM 2). As paredes internas são pintadas de branco (IMAGEM 3), o sentido é de de ser ancorado no local e desaparecer a partir de um pequeno balanço (IMAGEM 1) que se projeta sobre a colina. A pele de vidro é utilizada para revelar e enquadrar a paisagem, permitindo uma abertura e interação da casa com o ambiente externo. Em alguns momentos a fachada se dá mais oculta, oferecendo paredes de concreto armado que criam uma barreira entre dentro e fora (IMAGEM 4). Essas soluções de fechamentos garantem ora a individualidade e o recolhimento privado e ora a exposição e associação com o ambiente externo. A materialidade utilizada foi o concreto armado, o metal e o vidro. A Casa X oferece uma exploração construtiva: a técnica regularmente utilizada para a construção de infraestruturas, como pontes e túneis, é desenvolvida para atender à escala arquitetônica da casa com o objetivo de garantir eficiência e redução de custos para a construção. É uma técnica moldada in loco a partir de uma fôrma (IMAGEM 5 E 6). A utilização de uma técnica mista baseada na aplicação de concreto de alta densidade permite projetar o material a uma pressão elevada a uma fôrma de um só lado, e adquire resistência estrutural elevada em períodos de tempo extremamente curtos. Deste modo, é possível projetar paredes contínuas de 6 metros (IMAGEM 7 E 8) de altura, sem a necessidade de utilizar um molde de duas faces (o que seria o processo de construção regular). CONCRETO DE ALTA DENSIDADE: Ou Concreto Pesado - A característica principal desse tipo de concreto é a sua alta densidade que varia entre 2800 e 4500 kg/m³, obtida com a utilização de agregados especiais, normalmente a hematita. É aplicado como contra peso em gasodutos, hospitais e usinas nucleares. Vantagens do Concreto de Alta Densidade: - Menor custo que outras alternativas; - Redução das espessuras das paredes se comparado ao concreto normal; Fácil aplicação e lançamento convencional. FOTOGRAFIAS À DIREITA: ACERVO DO ESCRITÓRIO CADAVAL E SOLÀ-MORALES 1 2 3 4 5 6 7 8 Fotografia: Iwan Baan Fotografia: Iwan Baan Fotografia: Iwan Baan Fotografia: Sandra Pereznieto - SITE DOS ARQUITETOS: WWW.CA-SO.COM - BASULTO DAVID, PLATAFORMA DA ARQUITETURA, “ARTIGO CASA X/ CADAVAL E SOLÀ-MORALES”, 2010 - SITE ARHI PURA: WWW.ARHIPURA.COM/2011/07/18/X-HOUSE-BARCELONA-SPANIA/ - FERNANDES GICA, ARCHDAILY, “TRADUÇÃO CASA X/ CADAVAL E SOLÀ-MORALES”, 2013 - FOTOGRAFIAS: SANDRA PEREZNIETO IWAN BAAN ADRIA GOULA ACERVO CADAVAL E SOLÀ- MORALES FONTES LEITURA PROJETUAL CASA X / EDUARDO CADAVAL E CLARA SOLÀ- MORALES
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