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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DAU / Instituto de Tecnologia IT 822 - Mecânica dos solos Prof. Dr. Fabrício de Menezes Telo Sampaio Tensões no Solo UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Introdução Engenharia � ao sofrer solicitações, deforma-se. Modificação do volume e forma iniciais. Magnitude das deformações: propriedades intrínsecas de deformabilidade (elásticas e plásticas) e valor do carregamento a ele imposto. Conhecimento tensões atuantes (peso próprio, escavações e cargas externas): comportamento das obras da engenharia geotécnica. Solos: constituídos de partículas (forças aplicadas transmitidas por elas, além das suportadas pela água). Tensão em um ponto: mecânica do contínuo. Introdução UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Tensões em uma massa de solo Conceito: Mecânica dos Sólidos. Introdução ∆F = módulo da força que atua no elemento de área de módulo ∆A. Estado de tensão em qualquer plano passando por um ponto em um meio contínuo é totalmente especificado pelas tensões atuantes em três planos mutuamente ortogonais, passando no mesmo ponto. Estado de tensões ponto � tensor de tensões (composto de nove componentes - matriz simétrica). Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Tensões em uma massa de solo Introdução Produto tensor de tensões por versor da normal do plano passando pelo ponto considerado (vetor n1;n2;n3) fornece as componentes da tensão atuando sobre o plano (componentes Px, Py e Pz do vetor P). • Solo: sistema particulado. • Mec. Solos: Tensor de tensões mais simplificado (estado de tensões em um ponto pode ser representado utilizando-se da construção gráfica do círculo de Mohr). • Em cada ponto do maciço podem existir estados de tensões diferentes para cada fase componente. • Vazios (ar e água): não suportam tensões cisalhantes. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Tensões em uma massa de solo Introdução Decompondo a força atuante em uma placa, teremos forças normais (tensão normal) e tangenciais (tensão cisalhante). Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Tensões Geostáticas São devido ao peso do próprio solo. Tensão efetiva (σ’): tensão suportada pelos grãos do solo (transmitida pelos contatos entre partículas); Pressão neutra (µ): pressão da água (poro- pressão), originada pelo peso da coluna d’água; Tensão total (σ): soma algébrica da σ’ e µ. PrincPrincíípio das Tensões Efetivas de pio das Tensões Efetivas de TerzaghiTerzaghi:: a) Tensão efetiva (solos saturados) é expressa por: σ’ = σ − µ b) Variações de tensões nos solos (compressão, distorção e resistência ao cisalhamento) � estado de tensões efetivas. Introdução UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Esforços Geostáticos (Terzaghi) Superfície horizontal � tensões atuantes numa determinada cota, sejam normais ao plano. Tensões cisalhantes nulas � tensão vertical calculada simplesmente considerando o peso de solo. Peso específico uniforme: tensão vertical total será produto do peso específico natural pela cota do ponto. σ = γ . z Água presente na camada de solo: µ = γw . zw (γw = 10 kN m-3) Natureza � camadas de solo estratificadas. Tensões geostáticas UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Esforços Geostáticos Exemplo 1: Pressões f (peso próprio do solo) sem água. γ = Pt / Vt Tensões geostáticas Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Esforços Geostáticos Exemplo 2: Pressões f(peso próprio do solo) com água. Neste caso, em função da pressão neutra, temos um menor valor da pressão efetiva. Tensões geostáticas Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Esforços Geostáticos Exemplo de cálculo: Determinar as tensões em A, B, C e D. Resposta: (Pressões em tf/m², considerando γw = 1,0 tf/m³) Tensões geostáticas UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Esforços Geostáticos Solo saturado: tensão efetiva pode ser calculada pelo peso específico submerso (γ’ ou γsub). Assim: σ’ = σ - µ = γsat . z - γw . z = (γsat - γw) . z γsub = γsat – γw Dentro de um maciço, também há uma tensão horizontal (parcela da tensão vertical). As tensões horizontais são aplicadas na determinação de empuxos (cálculo de estabilidade de estruturas de contenção). Cálculo feito pela seguinte expressão: σh = k . σv , onde k = coeficiente de empuxo. Tensões geostáticas UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Coeficiente de empuxo Não ocorrendo deformações no solo, k é denominado de coeficiente de empuxo em repouso (k0). Pela Teoria da Elasticidade. Não confundir com pressão neutra. φ’: ângulo de atrito interno efetivo do solo. Fórmula de Jaki estendida para argilas sobre-adensadas. RSA é a razão de sobre-adensamento do solo. para RSA = 4, k0 se aproxima da unidade; para RSA > 4, k0 torna-se pouco maior do que um. Obs.: Solos residuais apresentam valores de k0 de difícil avaliação (PINTO, 2000). Tensões geostáticas UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Tensões Geostáticas horizontais Esforços dependentes dos movimentos relativos do solo (instalação da estrutura de contenção). Em repouso: são calculadas pelo coeficiente de empuxo em repouso do solo. Tensões geostáticas Como vimos anteriormente, segundo Jaky (1956), o k0 pode ser estimado pela equação abaixo, mais indicada para solos sedimentares. Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Conceito de tensão efetiva Se a tensão total num plano aumenta sem aumento da µ: forças transmitidas pelas partículas por seus contatos se alteram (posições relativas alteradas � deformação). Neste caso o aumento da tensão foi efetivo. Considerando uma esponja cúbica de 10 cm de lado: Tensões geostáticas UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Conceito de tensão efetiva Colocando um peso de 10 N sobre a esponja: Pressão = 1kPa (10 N/0,01 m²), distribuída dentro dela. Há deformação, com expulsão de água da esponja (acréscimo de tensão foi efetivo). Mas se ao invés do peso, elevarmos o nível da água em 10 cm: Pressão continua 1 kPa (10 kN/m³ x 0,1 m). Embora aumente a pressão total, não se tem deformação, pois a água atua também nos vazios, mantendo a estrutura da esponja. Como não houve deformação, a pressão foi neutra. Tensões geostáticas Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Conceito de tensão efetiva A tensão efetiva é responsável pelo comportamento mecânico do solo (resistência e deformação do solo). A pressão neutra pode ser oriunda do nível d’água ou carregamentos aplicados sobre o solo (como veremos a seguir), podendo levar à ruptura. Percolação d’água: interfere nas pressões neutras. Tensões geostáticas Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensõesno Solo Ocorrem quando os maciços de solo recebem cargas externas. A Teoria da elasticidade é empregada para a estimativa dessas tensões. Limitações e críticas � mas de fácil aplicação. i) Carga Concentrada na Superfície do Terreno (Solução de Boussinesq) Hipóteses: superfície horizontal de um espaço semi- infinito, homogêneo, isotrópico, e elástico linear. Aplicando-se uma carga em superfície (no plano e em três direções), calculamos o acréscimo vertical de carga. Acréscimos Tensões UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Carga concentrada aplicada na superfície: Acréscimos Tensões σv = acréscimo vertical de carga; P = carga concentrada; z = distância do ponto de aplicação de P até o ponto de interesse; r = distância (em superfície) do ponto de aplicação de P até o ponto de interesse. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Mantida a relação de r/z, a tensão é inversamente proporcional ao quadrado da profundidade do ponto considerado. Na vertical abaixo do ponto de aplicação da carga (r = 0), as pressões são: Acréscimos Tensões Esta fórmula nos possibilita o traçadode um gráfico da profundidade (eixo z) versus a tensão (eixo x), obtendo-se os bulbos de tensões. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo (a) Distanciando na horizontal do ponto de aplicação de P (aumento de r) � diminuição da intensidade das tensões até um certo ponto onde P não influencia mais. (b) Na distribuição de tensão na vertical passando pelo eixo de simetria da área carregada, unindo pontos dentro do maciço com o mesmo valor de acréscimo de tensão, surgem as linhas denominadas de isóbaras. (c) Conjunto das isóbaras recebe o nome de bulbo de tensões. Acréscimos Tensões Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo ii) Solução de Westergard Para simular condição de anisotropia que acontece em depósitos sedimentares que contêm camadas entremeadas de material fino e areia, que apresentam grande capacidade de resistência lateral � solução de Boussinesq não é aplicável. Baseado em Boussinesq, o modelo assume que as deformações laterais são totalmente restringidas: Acréscimos Tensões µ = coeficiente de Poisson UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo iii) Carregamento Uniformemente Distribuído sobre uma Placa Retangular Newmark desenvolveu uma integração da equação de Boussineq para o cálculo de carregamentos uniformemente distribuídos numa área retangular. Acréscimos Tensões Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo A equação depende apenas da geometria da área carregada. Assim, os termos podem ser tabelados. Acréscimos Tensões Temos então: Iσ é um fator de influência que depende apenas de m e n. Os valores de Iσ podem ser mais facilmente determinados com o uso de um gráfico ou através de tabela específica. Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos Tensões Gráfico para obtenção do Iσ Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Acréscimos Tensões Fatores de influência para uma placa retangular: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo iv) Carregamento Uniforme sobre Placa Retangular de Comprimento Infinito (Sapata Corrida) Uma das dimensões de uma placa retangular for muito superior à outra (> duas vezes a largura). Tensão resultantes no maciço de solo podem ser obtidos por formulação desenvolvida por Carothers & Terzaghi. As tensões no ponto A situado numa profundidade z qualquer e com distância x do centro da placa são calculadas. Acréscimos Tensões Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos Tensões Acréscimos de Tensões no Solo Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo v) Carregamento Uniformemente Distribuído sobre uma Área Circular (Love) Cálculo feito integrando a equação de Boussinesq para toda a placa. Para uma determinada profundidade z, abaixo do centro da placa de raio r, as tensões podem ser calculadas de acordo com a seguinte equação: Acréscimos Tensões Isolando-se o termo entre as chaves, tem-se o fator de influência Iσ. O valor desse fator depende da relação z/r e x/r, obtido por tabela ou gráfico. Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Acréscimos Tensões Área Circular (Love) Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Acréscimos Tensões Área Circular (Love) Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo vi) Carregamento Triangular de Comprimento Infinito Usado quando se deseja conhecer os valores de tensão que ocorrem no interior dos maciços devido à presença de aterros e/ou barragens. Mais comuns: triângulo isósceles e o trapézio retângulo. Acréscimos Tensões Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Triângulo isósceles: Acréscimos Tensões Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Trapézio: Acréscimos Tensões Por superposição de carregamentos do trapézio, podemos expressar: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo Trapézio: Acréscimos Tensões UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Acréscimos de Tensões no Solo vii) A solução de Newmark Com base na solução de Love, é utilizada para carregamento de forma irregular na superfície. Por um ábaco com a relação r/z e o fator de influência Is, admite- se que o carregamento na superfície será o mesmo em qualquer profundidade e que este pode ser dividido em diversas áreas. Cada área contribui com uma parcela de acréscimo de tensão. Normalmente, a divisão é feita em pequenas áreas de número igual a 200. Desenha-se o ábaco de Newmark (ábaco dos quadradinhos) � setores de anel circular. Acréscimos Tensões UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO vii) A solução de Newmark Acréscimos Tensões Área carregada desenhada em papel transparente e numa escala tal que o segmento AB do gráfico seja igual à profundidade z de interesse; Coloca-se o desenho em planta sobre o gráfico, com projeção do ponto estudado (interno ou externo à área carregada) coincide com o centro do ábaco; Conta-se o número de setores (unidades de influência) englobados pela área, estimando-se as frações parciais; A tensão vertical induzida no ponto considerado será dada por:q = pressão. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Pressões de contato no solo Uma força ou pressão, aplicada na superfície ou no interior do solo (semi-espaço elástico), distribui-se nos vários pontos desse solo. Fundações: sua rigidez intervém redistribuindo a carga na superfície de contato desse elemento com o solo. Elementos de transferência de cargas (placas rígidas e flexíveis) � distribuição de cargas e recalques específicos. Pressões de contato UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Pressões de contato no solo Placa flexível: pressão de contato é uniforme (= P). Solo coesivo � recalque no centro maior que nos cantos. Não coesivo � inverso (o confinamento provoca aumento da elasticidade, conferindo-lhe maior rigidez). Placa rígida: recalques uniformes em toda sua largura. Solos coesivos � pressão de contato não é uniforme (maior nos bordos que no centro, para compatibilizar a condição de recalque uniforme). Não coesivos � pressão maior no centro para vencer o aumento da rigidez provocada pelo confinamento. Pressões de contato Prof. Fabrício Sampaio UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Recalques imediatos ou elásticos Cargas sobre solo � variação do seu volume. Causas: compressibilidade da fase fluida (ar) ou por drenagem da água intersticial. Deslocamento vertical resultante desta compressão do solo � recalque. Drenagem: associada à permeabilidade do solo (argiloso saturado sob carga rápida - baixa permeabilidade do solo retarda o processo da expulsão da água e a deformação ocorre a volume constante). Tem-se assim recalque imediato (ρi), dado por: Recalques imediatos q = carga uniforme ; E e v = parâmetros elásticos do solo ; B = menor dimensão da área carregada ; Is = fator de influência. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Recalques imediatos ou elásticos Depósitos homogêneos de argila saturada de grande extensão, a hipótese de E constante é consistente. Areias: E depende da pressão de confinamento (não se aplica a fórmula anterior). Na tabela abaixo, tem-se o valor de Is. Recalques imediatos UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Bibliografia 1. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978. 219 p. 2. NOGUEIRA, J. B. BUENO. Mecânica dos solos. Gráfica EESC/USP. São Carlos, 1988. 3. PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 355p. 4. Apostilas didáticas. Bibliografia
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