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Princípios e Direitos do Consumidor

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DIREITOS DO CONSUMIDOR
Aula 5 - princípios
PRINCÍPIOS NO CDC – ART. 4º.
CDC – microssistema jurídico
Princípios que lhe são peculiares (isto é, a vulnerabilidade do consumidor, de um lado, e a destinação final de produtos e serviço, de outro);
Por ser interdisciplinar (relacionar-se com inúmeros ramos do direito, como constitucional, civil, processual civil, penal, processual penas, administrativo etc.);
Por ser também multidisciplinar (por conter no seu bojo normas de caráter também variado, de cunho civil, processual civil, processual penal, administrativo etc.)
Este modelo pode ser usado como arquivo de partida para apresentar materiais de treinamento em um cenário em grupo.
Seções
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Anotações
Use a seção Anotações para anotações da apresentação ou para fornecer detalhes adicionais ao público. Exiba essas anotações no Modo de Exibição de Apresentação durante a sua apresentação. 
Considere o tamanho da fonte (importante para acessibilidade, visibilidade, gravação em vídeo e produção online)
Cores coordenadas 
Preste atenção especial aos gráficos, tabelas e caixas de texto. 
Leve em consideração que os participantes irão imprimir em preto-e-branco ou escala de cinza. Execute uma impressão de teste para ter certeza de que as suas cores irão funcionar quando forem impressas em preto-e-branco puros e escala de cinza.
Elementos gráficos, tabelas e gráficos
Mantenha a simplicidade: se possível, use estilos e cores consistentes e não confusos.
Rotule todos os gráficos e tabelas.
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PRINCÍPIOS
O Art. 4º do CDC constitui-se numa verdadeira alma, no sentido de que visa a atender às necessidades dos consumidores e respeito à sua dignidade – de sua saúde e segurança, proteção de seus interesses econômicos, melhoria de sua qualidade de vida, como também a imprescindível harmonia das relações de consumo.
Forneça uma breve visão geral da apresentação. Descreva o foco principal da apresentação e por que ela é importante.
Introduza cada um dos principais tópicos.
Para fornecer um roteiro para o público, você pode repita este slide de Visão Geral por toda a apresentação, realçando o tópico específico que você discutirá em seguida.
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DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE CONSUMO
Art. 4.º A política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA
Comentário: Com a sublimação do princípio da transparência, é preciso que os motivos pelos quais o consumidor adquiriu determinado produto ou serviço sejam levados em consideração na exegese da relação de consumo, seja na fase pré- contratual ou na fase pós-contratual. 
Adicione slides a cada seção de tópico conforme necessário, incluindo slides com tabelas, gráficos e imagens. 
Consulte a próxima seção para obter um exemplo tabela, gráfico, imagem e layouts de vídeo. 
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Vulnerabilidade nas relações de consumo
I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
O CDC está assentado na presunção de que o consumidor encontra-se vulnerável no mercado de consumo. Esta presunção constitui a própria ratio da norma jurídica e não é desqualificada pela formação técnica ou jurídica do consumidor. 
Resuma. Torne seu texto o mais breve possível para manter um tamanho de fonte maior.
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Vulnerabilidades técnica, jurídica e/ou científica e fática
1.ª) a técnica  o comprador não possui conhecimentos específicos sobre o objeto que está adquirindo e, portanto, é mais facilmente enganado quanto às suas características do bem ou quanto à sua utilidade, o mesmo ocorrendo em matéria de serviços. 
A vulnerabilidade técnica, no sistema do CDC, é presumida para o consumidor não-profissional, mas também pode atingir o profissional, destinatário final fático do bem.
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2ª) a jurídica ou científica  é falta de conhecimentos jurídicos, específicos, conhecimentos de contabilidade ou economia. Esta vulnerabilidade, no sistema do CDC, é presumida para o consumidor não-profissional, e para o consumidor pessoa física. Os profissionais vale a presunção em contrário, isto é, que devem possuir conhecimentos jurídicos mínimos sobre a economia para poderem exercer a profissão, ou podem consultar advogados e profissionais especializados.
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Se houver conteúdo de vídeo relevante, como um vídeo de estudo de caso, uma demonstração de produto ou outros materiais de treinamento, inclua-o na apresentação também. 
3ª) Vulnerabilidade fática ou sócio-econômica  onde o ponto de concentração é o outro parceiro contratual, o fornecedor que por sua posição de monopólio, fático ou jurídico, por seu grande poder econômico ou em razão da essencialidade do serviço, impõe sua superioridade a todos com que ele contratam, por exemplo, o médico que adquire um automóvel para poder atender as suas consultas e se submete as condições fixadas pela administradora ou pelo próprio Estado. 
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Ela é presumida para o consumidor não-profissional, por exemplo: o advogado que assina contrato de locação abusivo, porque necessita de uma casa para sua família perto do colégio dos filhos; 
O mesmo profissional (que assina o contrato de locação comercial abusivo, para localizar seu escritório mais próximo do fórum), neste caso não a presume para o profissional, nem para o consumidor pessoa jurídica.
Vulnerabilidade ≠ hipossuficiência
A vulnerabilidade do consumidor, por outro lado, não deve ser confundido com a hipossuficiência econômica ou técnica da parte demandante, já que, por força do princípio normativo em exame, nem todo consumidor deve ser considerado hipossuficiente, mesmo sendo sempre vulnerável.
A vulnerabilidade, por ser geral, decorre da simples situação de consumidor; já a hipossuficiência, ao contrário, resulta de condições pessoais e relativas a cada consumidor em confronto com as condições pessoais do respectivo fornecedor.
II – ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
por iniciativa direta;
por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
pela presença do Estado no mercado de consumo; 
 pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho;
Evitar o capitalismo selvagem
Sem dúvida, a atuação estatal deve observar os preceitos determinados pelo art. 170 da CF/88, ou seja, o respeito à livre-iniciativa e a garantia de existência digna, conforme os ditames da justiça social. 
Na perspectiva jurídico-constitucional, o Estado social identifica-se pela regulação ou intervenção na ordem econômica, através da limitação do poder econômico e pela definição dos direitos sociais.
Na prática: atuação estatal através da Secretaria de Direitos Econômico (SDE), dos PROCONs, do Ministério Público, as PRODECONs, bem como do incentivo para a criação de entidades civis de defesa do consumidor, tais como o IDEC e a ADECON. 
Teremos, ainda, o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO), constituído pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) e pelo Conselho Nacional de Metrologia (CONMETRO), que homologa as normas de segurança e qualidade, atualmente a cargo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Harmonização das relações de consumo (boa-fé e equilíbrio contratual)
III – harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo
a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da CF), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
O princípio da boa-fé e elemento essencial na interpretação e na execução do contrato, representando a fidelidade, a cooperação e o respeito mútuos que se devem esperar e que se podem cobrar dos contratantes. No âmbito das relações de consumo, tem especial relevo, sobretudo na verificação das expectativas depositadas pelo consumidor. 
BOA-FÉ SUBJETIVA
refere-se ao estado psicológico do agente, à sua convicção de estar agindo segundo o direito. A boa-fé, sob o ângulo subjetivo, é antagonizada pela má-fé, que é a intenção de prejudicar.
BOA-FÉ OBJETIVA
Verifica-se através de dados externos ao íntimo do agente, baseia-se em suas atividades, devendo o seu comportamento adequar-se aos padrões de lealdade e correção exigidos pelo direito e pelo senso moral da sociedade. Prescindindo do estado psicológico do agente, a boa-fé objetiva não antagonizada pela má-fé, ou existe boa-fé ou não. 
Educação, informação e transparência nas relações de consumo
Educação e informação são fundamentais para uma sociedade mais justa e equilibrada. Em consonância com o disposto no art. 4º., o art. 6º., II, do CDC garante ao consumidor o direito de educação e divulgação sobre o consumo adequado de produtos e serviços, para que o consumidor possa, efetivamente, exercer seu direito de escolha e igualdade com fornecedor nas contratações.
Controle de qualidade e segurança dos produtos e serviços
O legislador determinou ao fornecedor de produtos e serviços que incentive a criação de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflito de consumo (art. 4º., V).
Arbitragem (inciso VIII do art. 51 do CDC);
SAC’s – Serviço de Atendimento ao Consumidor.
Coibição e repressão das práticas abusivas
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;
Lei da concorrência ou “Lei antitruste” (Lei n.º 8.884/94) tem como objetivo imediato a coibição de manobras monopolistas, de cartel, ou ainda de dumping (No art. VI do GATT – General Agreement on Tariffs and Trade, de 1994)
Dumping é definido como sendo a fixação do preço da exportação, para um determinado país, a um nível inferior ao seu valor normal, estabelecendo, destarte, um mercado harmônico e de regras leais, entre os concorrentes, de forma imediata ou teleológica, isto visa a beneficiar os consumidores, já que destinatários finais de tudo quanto é colocado no mercado.
Uso indevido de marcas
Assim, não pode o fornecedor utilizar-se de marca idêntica ou parecida com outra famosa para enganar o consumidor e, consequentemente, alavancar vendas. Deve-se entender que o objetivo deste princípio é a condenação de práticas que tragam prejuízo ao consumidor.
Racionalização e melhoria dos serviços públicos
O art. 4º. Do CDC obriga o fornecedor à melhoria e à racionalização dos serviços públicos, com a finalidade de que todos possam ter acesso aos serviços públicos de água, luz elétrica, telefonia, gás, entre outros.
O art. 6º, inciso X, do CDC  garante ao consumidor o direito ao serviço público adequado e eficaz;
O art. 22, por sua vez, impõe deveres ao prestador do serviço público.
Estudo das constantes modificações do mercado de consumo
A determinação de estudo constante sobre as modificações do mercado de consumo abrange as questões e oscilações do mercado, principalmente no que concerne a invenções de novos produtos e serviços inseridos no mercado de consumo, que careçam de regulamentação.
Exemplo: A venda de produtos e serviços pela internet que ainda necessita de regulamentação legal para a devida proteção do consumidor.
Da execução da política nacional de consumo
Art. 5º. Do CDC
Assistência jurídica integral e gratuita;
Promotorias e associações de defesa do consumidor;
Delegacias especializadas;
Juizados especiais e Varas Especializadas de consumo.
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
Art. 6º. do CDC
I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
Trata-se de direito indisponível e assegurado pelo art. 5º. da CF.
Nesses direitos estão as preocupações quanto à incolumidade das pessoas nos atos de consumo. Os produtos ou serviços nocivos ou perigosos devem conter advertências ou sinais ostensivos sobre os perigos que acarretam.
As advertências ou os sinais devem ser impressos nas propagandas, nas embalagens, nos invólucros, nos recipientes dos produtos ou nos cartazes em locais onde são feitos os serviços perigosos.
É crime omitir ou deixar de incluir as alertas ou as advertências (Art. 63 do CDC).
JULGADO
Lata de tomate Arisco. Dano na abertura da lata. Responsabilidade civil do fabricante. O fabricante de massa de tomate que coloca no mercado produto acondicionado em latas de abertura requer certos cuidados, sob pena de risco à saúde do consumidor, e sem prestar a devida informação, deve indenizar os danos materiais e morais daí resultantes. Rejeitada a denunciação da lide à fabricante da lata por falta de prova. Recurso não conhecido. (STJ, RESp. 237.964/SP, 4ª T., rel Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJU 8.3.2000, p. 127).
II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
Todo produto ou serviço ofertado deve estar acompanhado de folheto explicativo sobre a forma de se utilizar ou consumir, visando a não permitir erros por parte do consumidor. O folheto ou a etiqueta inserido no produto deverá estar escrito na lingua portuguesa.
Liberdade de escolha: É o direito de o consumidor poder escolher dentre os diversos produtos e serviços aqueles que ele entende mais satisfatórios para as suas necessidades.
O fornecedor de um serviço não pode impor ao consumidor apenas um produto, quando vai fazer, por exemplo, um serviço. O comércio de um tipo de gênero é obrigado a oferecer todos os tipos de produtos daquele gênero, para escolha ou opção do consumidor.
Proibida a venda casada
Não pode haver ofertas cativas e nem mercados cativos. Este direito de escolha está ligado aos princípios de liberdade dos mercados e da liberdade da livre concorrência assegurados pela CF.
LIBERDADE DE ESCOLHA – MERCADORIAS EM CINEMAS
EMPRESA QUE EXIBE PROJEÇÕES CINEMATOGRÁFICAS. Exclusividade de consumo dos produtos vendidos em suas dependências. Hipótese que fere a liberdade de escolha do consumidor, que se sobrepõe ao direito de contratação. Inteligência do art. 5º, XXXII, da CF, c/c art. 6º, II, do CDC. Hipótese em que o prejuízo engloba os consumidores e demais empresas alimentícias próximas ao estabelecimento. Dano presente e irreparável, dada a multiplicidade dos consumidores lesados. (TJSP, AI 195.256.4/1-00, rel. Des. Ribeiro dos Santos, in RDC 42/357).
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
Direito a informação e princípio da transparência
O contrato de consumo deve ser moldado num ambiente de absoluta transparência (art. 4º, caput). O consumidor, ao decidir por sua vinculação obrigacional, há que estar plenamente cônscio de todos os caracteres do produto ou do serviço adquirido, assim como dos riscos que podem representar. 
Falhando o fornecedor no dever de lealdade na fase pré-contratual, responderá pelas conseqüências da frustração da expectativa legítima do consumidor e também pelos danos causados pela deficiência da informação.
A falta ou omissão das informações acima
constitui crime (Art. 66 do CDC).
Não especificar a quantidade do produto contido na embalagem;
Não indicar na embalagem ou nos folhetos que acompanham produto, as suas características, as suas qualidades e s sua composição;
Omitir informações sobre os riscos que os produtos ou serviços apresentam;
IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
É crime fazer publicidade enganosa ou abusiva (art. 67 do CDC).
É enganosa a informação ou a comunicação publicitária inteira ou parcialmente falsa ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito das natureza, da característica, da qualidade, da quantidade, das propriedades, da origem, do preço e de quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
É abusiva a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite a violência, explore o medo ou a superstição, aproveite-se da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais ou seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
Quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço, a publicidade é enganosa por omissão.
Tudo o que constar na publicidade passa a ser cumprida pelo fornecedor. A publicidade fica fazendo parte do contrato, ainda que informal ou tácito, nas relações de consumo.
As práticas abusivas são as relacionadas no art. 39 do CDC, como veremos adiante.
JULGADOS
Não pode o Banco efetuar descontos em conta corrente de débitos contraídos com cartão de crédito sem que haja autorização expressa do correntista. (TJDF, Ap. Cível 1999.1.1.018350, Rel. Des. Wellington Medeiros, DJU 28.5.2001, p. 38)
É abusivo o cancelamento do limite de crédito em conta corrente (cheque especial), em contrato ainda vigente, devido à inadimplência do correntista em contrato diverso. O correntista deve ser previamente informado da extinção do limite de crédito em conta corrente. (STJ, Resp. 412.651/MG, 3º T., Rel. Ministra Fátima Nancy Andrighi, DJU 9.9.2002, p. 2002).
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosa;
Qualquer contrato assinado pelo consumidor pode ser revisto, total ou parcialmente quando, na sua aplicação, for evidente que ficaram estabelecidas prestações desproporcionais. 
A onerosidade excessiva pode ensejar a revisão do valor do preço, com vistas a alterar a cláusula, para obter o reequilíbrio contratual; pode ocorrer em virtude de fatos supervenientes, verificados no curso do adimplemento do contrato, de trato sucessivo (normalmente); também, a cláusula poderá representar uma desvantagem exagerada para o consumidor (art. 51, IV e § 1.º, III).
REVISÃO JUDICIAL DO CONTRATO
Código Civil – art. 478
Código de Defesa do Consumidor (art. 6º.Inc.V)
Onerosidade excessiva
Extrema vantagem para a outra
Fato superveniente
Acontecimentoextraordinário e imprevisível
Onerosidade excessiva
Fato superveniente
Facilitação e reparação de danos individuais e coletivos
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
Prevenção e reparação
A prevenção e a reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos como o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados, são direitos básicos dos consumidores.
Afastada a indenização tarifada
A reparação das perdas e danos dos consumidores deve ser efetiva, não havendo que se falar em indenização tarifada. Destarte, as cláusulas contratuais que estabelecerem valores limitados de indenização por prejuízo moral ou material advindo de relação contratual entre consumidor e fornecedor são consideradas NULAS, tanto em razão do art. 6º., VI, como em razão do disposto no art. 51, I, ambos do CDC.
Facilitação da defesa de seus direitos – inc. VIII, art. 6º.,CDC
 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
A inversão do ônus da prova prevista no CDC pressupõe dificuldade ou impossibilidade da prova apenas da parte do consumidor, não a impossibilidade absoluta de prova em si. 
A prova para ser transferida de uma parte para a outra tem de ser, objetivamente, possível. O que justifica a transferência do encargo respectivo é apenas a insuficiência pessoal do consumidor em promovê-la. Se este, portanto, aciona o fornecedor, argüindo fatos absolutamente impossíveis de prova, não ocorrerá a inversão do ônus probandi, mas a sucumbência inevitável da pretensão deduzida em juízo.
CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. JULGAMENTO MONOCRÁTICO. LEGALIDADE. ART. 557 DO CPC. POSSIBILIDADE DE AGRAVO INTERNO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. POSSIBILIDADE.
1. Não há óbice a que seja invertido o ônus da prova em ação coletiva - providência que, em realidade, beneficia a coletividade consumidora -, ainda que se cuide de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público.
2. Deveras, "a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas" - a qual deverá sempre ser facilitada, por exemplo, com a inversão do ônus da prova - "poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo" (art. 81 do CDC).
3. Recurso especial improvido. STJ -  RECURSO ESPECIAL REsp 951785 RS 2006/0154928-0 (STJ)
Agravo de Instrumento - Consumidor - Ónus da prova -Custeio da prova - Relação entre cliente e instituição financeira caracterizada como relação de consumo - Presentes os requisitos para a inversão do ónus da prova - Artigo 6o, VIII, CDC - A inversão do ónus da prova compreende o ónus financeiro e o dever de arcar com o custeio da prova técnica - Prevalência das normas do CDC sobre os artigos 33 e 333 do Código de Processo Civil - RECURSO DESPROVIDO.
Processo: AI 546683820118260000 SP 0054668-38.2011.8.26.0000; Relator(a): Sérgio Shimura, Julgamento: 11/05/2011, Órgão Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado; Publicação: 20/05/2011
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - ÔNUS DA PROVA - INVERSÃO - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - ISENÇÃO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS - MUNUS PÚBLICO. Deve-se inverter o ônus da prova em favor do consumidor, nos termos do inciso VIII do artigo 6º, do Código de Defesa do Consumidor, quando demonstrada a verossimilhança das alegações do autor ou sua hipossuficiência. Determinada a inversão do ônus da prova, deve-se esclarecer que esta inversão não impõe ao banco o encargo de custear a perícia requerida pelo agravante, pois não se confunde o ônus da prova com os ônus da realização da prova a cargo de quem a requereu. Os benefícios da justiça gratuita abrangem o pagamento de custas, despesas processuais e honorários periciais, encargo esse que se apresenta como múnus público, nos termos do art. 5o, LXXIV, da CR/88, art. 19 do CPC e arts. 3o, V, 9o e 14 da Lei 1.060/50.
AGRAVO N° 1.0145.98.021476-4/001 - COMARCA DE JUIZ DE FORA - AGRAVANTE(S): JORGE WILLIAN RAAD - AGRAVADO(A)(S): BANCO BANDEIRANTES SA - RELATOR: EXMO. SR. DES. ALVIMAR DE ÁVILA
IX – a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral;
A eficiência é um plus necessário da adequação. O indivíduo recebe serviço público eficiente quando a necessidade para a qual este foi criado é suprida concretamente. É isso o que o princípio constitucional pretende.
E é isso o que dispõe o CDC.
Serviço adequado é aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, cortesia na sua prestação e modicidades das tarifas.
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
O CDC é um sistema permeável, não exaustivo, daí determinar este artigo que se utilize a norma mais favorável ao consumidor, encontre-se ela no CDC ou em outra lei geral, lei especial ou tratado do sistema de direito brasileiro.
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE LEGAL
Este parágrafo único estabeleceu o princípio da solidariedade legal para responsabilidade pela reparação dos danos causados ao consumidor.
A norma estipulou expressamente a responsabilidade solidária, em conformidade com a lei substantiva pátria, deixando firmada a obrigação de todos os partícipes pelos danos causados nos moldes também do Código Civil.
Isso significa que o consumidor pode escolher a quem acionar: um ou todos. Como a solidariedade obriga a todos os responsáveis simultaneamente, todos respondem pelo total dos danos causados.
Do ponto de vista processual a escolha do consumidor em mover a ação contra mais de um responsável solidário está garantida na forma de litisconsórcio facultativo (CPC, art. 46).
Regra da solidariedade
A regra da solidariedade estabelecida no parágrafo único em comento aparece novamente de forma expressa no caput do art. 18, no caput do art. 19, nos §§ 1.º e 2º do art. 25, no § 3º do art. 28 e no art. 34. Desta forma, está claro no sistema do CDC que a responsabilidade quer por defeitos, quer por vícios, é sempre solidária.

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