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Recursos (Parte II) e Execução

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ROTEIRO GERAL DE ESTUDOS – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
RECURSOS E EXECUÇÃO
RECURSO DE REVISTA
O recurso de revista possui natureza extraordinária, conforme quadro comparativo abaixo:
O recurso de revista, assim como o de embargos, não se prestar ao reexame de fatos ou
provas, mas apenas de questões exclusivamente de direito. [Súmula 126, TST] Cabe
recurso de revista, em dissídios individuais, em duas hipóteses: 
a) de decisão do TRT em RO; e 
b) de decisão do TRT em AP 
Ainda que se esteja diante de uma dessas duas hipóteses, somente caberá recurso de
revista se: a) questão for exclusivamente de direito e
b) se o recorrente estiver diante de uma das hipóteses específicas de cabimento de
recurso de revista, a seguir apresentadas: 
Hipóteses de cabimento do Recurso de Revista:
O Procedimento Sumário é de única instância. Assim, de uma sentença neste
procedimento não cabe recurso ordinário, recurso de revista ou embargos ao TST. Da
sentença neste procedimento cabe apenas o recurso extraordinário ao STF se houver
violação à Constituição. Não há que se falar em ofensa ao Princípio do Duplo Grau de
Jurisdição, uma vez que este não é uma garantia constitucional, estando sujeito a limites
impostos pela lei. [Art. 102, III, CF].
No procedimento sumaríssimo o recurso de revista é cabível quando o acórdão do TRT
contrariar a Constituição Federal ou Súmulas. Não é hipótese de cabimento de recurso de
revista neste procedimento a contrariedade à orientação jurisprudencial [OJ 352, SDI-1,
TST].
Na execução, o RR será cabível somente diante de ofensa literal e direta à Constituição
Federal [art. 896, § 2°, CLT e súmula 266, TST]. 
Súmula 266, TST. A admissibilidade do recurso de revista contra acórdão proferido em
agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução,
inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência
direta à Constituição Federal. 
No mesmo sentido é a OJ 352 da SDI-1, TST , Observe-se: 
Quando o recurso de revista tiver por fundamento contrariedade à súmula, OJ ou a
acórdão de outro TRT ou da SDI, o caso é de divergência jurisprudencial.
Ressalte-se quanto à divergência jurisprudencial os seguintes dispositivos: 
Art. 896, § 4º. A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se
considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. alterado pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998).
Súmula 333, TST. RECURSOS DE REVISTA. CONHECIMENTO (alterada) - Res.
155/2009, DJ 26 e 27.02.2009 e 02.03.2009 Não ensejam recurso de revista decisões
superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
Súmula 337, TST. COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL.
RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (incorporada a Orientação Jurisprudencial
nº 317 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o
recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte
oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões
recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio,
demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os
acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. (ex-
Súmula nº 337 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência
do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. (ex-OJ nº 317 da SBDI-1 - DJ
11.08.2003) Súmula 296, TST. RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL.
ESPECIFICIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A divergência jurisprudencial ensejadora da
admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica,
revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal,
embora idênticos os fatos que as ensejaram. (ex-Súmula nº 296 - Res. 6/1989, DJ
19.04.1989) II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando
premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional,
conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso. (ex-OJ nº 37 da SBDI-1 -
inserida em 01.02.1995)
Súmula 23, TST. RECURSO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Não se
conhece de recurso de revista ou de embargos, se a decisão recorrida resolver
determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não
abranger a todos. 
O prequestionamento é pressuposto do recurso de revista, assim como dos demais
recursos de natureza extraordinária. A matéria estará prequestionada quando houver sido
tratada no acórdão impugnado, ou seja, o TST só conhecerá o recurso, perante a
manifestação explícita do TRT no acórdão sobre a discussão abordada no RR, inclusive
quanto à matéria de ordem pública. [OJ 62, SDI-I, TST] 
Caso o TRT não se pronuncie quando à matéria impugnada, deverá ser oposto embargos
de declaração com o objetivo de fazê-lo se manifestar quando à tal matéria, sob pena de
preclusão [súmula 297, I, TST]. Entretanto, se apesar de opostos embargos de
declaração, o Tribunal não se manifestar quanto à matéria impugnada, será considerada
prequestionada[súmula 297, II, TST]. 
Súmula 297, TST. I- Diz-se pré-questionada a matéria ou questão quando na decisão
impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II- Incumbe à parte
interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos
declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III-
Considera-se pré-questionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a
qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de
declaração. 
Súmula 184, TST. Ocorre preclusão quando não forem opostos embargos declaratórios
para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. Registre-se que a
palavra “explicitamente” no inciso I da súmula 297 do TST não faz alusão ao dispositivo
legal, o que deve estar em evidência é a tese sustentada na decisão, sendo indiferente a
referência expressa da norma legal [OJ 118, SDI – 1, TST].
OJ 118, SDI-I, TST. Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida,
desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como
pré-questionado este. 
Embora prevista no art. 896-A da CLT, atualmente a transcendência não é um
pressuposto de admissibilidade do recurso de revista, posto que ainda não
regulamentado. Quando a decisão recorrida está em consonância com enunciado da
Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro
Relator, indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista. Também será denegado
seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e
ilegitimidade de representação. [Art. 896, §5º, CLT] O recurso de revista é dirigido ao
Presidente do Tribunal do TRT (art. 896, § 1°, CLT), o qual poderá delegar o exame dos
pressupostos de admissibilidade ao vice- presidente, de acordo com a previsão do
Regimento Interno. Assim, ainda que o advogado possua mandato com poderes limitados
ao âmbito do TRT, poderá interpor recurso de revista, já que este é interposto no TRT [OJ
374, SDI-1, TST]. 
OJ 374, SDI-1, TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL.
REGULARIDADE. PROCURAÇÃO OU SUBSTABELECIMENTO COM CLÁUSULA
LIMITATIVA DE PODERESAO ÂMBITO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
(DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
É regular a representação processual do subscritor do agravo de instrumento ou do
recurso de revista que detém mandato com poderes de representação limitados ao âmbito
do Tribunal Regional do Trabalho, pois, embora a apreciação desse recurso seja
realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho, a sua interposição é ato praticado perante o
Tribunal Regional do Trabalho, circunstância que legitima a atuação do advogado no feito.
EMBARGOS AO TST
A Lei 11.496/2007 alterou a redação do artigo 894 da CLT, bem como o artigo 3º, III, “b”
da Lei 7.701/88, para modificar o processamento dos Embargos ao TST.
Com a alteração, os Embargos ficam restritos às divergências e não mais quando
contrariarem letra de Lei Federal ou violarem a CF.
Os dispositivos supramencionados determinam quais são as hipóteses específicas de
cabimento dos Embargos ao TST: 
Art. 894, CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 dias: 
I – de decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar
conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais
Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior
do Trabalho, nos casos previstos em lei; e b) (vetado) 
II – das DECISÕES DAS TURMAS que divergirem entre si, ou das decisões proferidas
pela SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS, salvo se a decisão recorrida estiver em
consonância com SÚMULA ou ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIALdo Tribunal Superior
do Trabalho ou do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Art. 3º, Lei 7701/88. 
Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar: 
I - originariamente: a) as ações rescisórias propostas contra decisões das Turmas do
Tribunal Superior do Trabalho e suas próprias, inclusive as anteriores à especialização
em seções; e b) os mandados de segurança de sua competência originária, na forma da
lei.
III - em última instância: a) os recursos ordinários interpostos contra decisões dos
Tribunais Regionais em processos de dissídio individual de sua competência originária; b)
os embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais; 
Portanto, caberá Embargos ao TST, para SDI, em uma hipótese: de decisões de turma
do TST que contrariar: 
  Acórdão de outra turma do TST 
  Acórdão da SDI 
SALVO se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação
jurisprudencial do tribunal superior do trabalho ou do supremo tribunal federal. 
Vale ressaltar que a OJ 294 da SDI-1 do TST, que afirma que cabe embargos ao TST da
decisão da Turma do TST que nega seguimento ao recurso de revista pela análise dos
pressupostos intrínsecos, desde que o embargante aponte violação expressa ao art. 896
da CLT, merece ser cancelada. Isso porque a Lei 11496 de 2007 excluiu das hipóteses de
cabimento dos embargos ao TST a violação à Constituição e a Lei Federal, razão pela
qual não é mais cabível tal recurso por violação ao art. 896 da CLT. Observe-se o teor da
orientação jurisprudencial referida:
OJ-SDI1-294, TST. EMBARGOS À SDI CONTRA DECISÃO EM RECURSO DE REVISTA
NÃO CONHECIDO QUANTO AOS PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS. NECESSÁRIA A
INDICAÇÃO EXPRESSA DE OFENSA AO ART. 896 DA CLT. DJ 11.08.03 
Para a admissibilidade e conhecimento de embargos, interpostos contra decisão mediante
a qual não foi conhecido o recurso de revista pela análise dos pressupostos intrínsecos,
necessário que a parte embargante aponte expressamente a violação ao art. 896 da CLT.
O recurso de Embargos ao TST apresenta diversas semelhanças com o Recurso de
Revista, pois apesar de serem recursos distintos, julgados por órgãos diferentes do TST,
em hipóteses de cabimento que lhe são singulares, ambos possuem natureza
extraordinária. 
Os embargos, assim como o recurso de revista, não se presta a reexame de fatos ou
provas; propondo-se a discutir apenas matéria direito. [Súmula 126, TST].
Aplica-se aos Embargos ao TST as mesmas súmulas e orientações jurisprudenciais
mencionadas no tópico destinado a análise do recurso de revista no que tange a
divergência jurisprudencial e ao prequestionamento. 
Deve ser memorizada a nova OJ 378 do TST, segundo a qual não encontra amparo no
art. 894 da CLT, quer na redação anterior quer na redação posterior à Lei n.º 11.496, de
22.06.2007, recurso de embargos interposto à decisão monocrática exarada nos moldes
dos arts. 557 do CPC e 896, § 5º, da CLT, pois o comando legal restringe seu cabimento
à pretensão de reforma de decisão colegiada proferida por Turma do Tribunal Superior do
Trabalho. 
378, SDI-1. EMBARGOS. INTERPOSIÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. NÃO
CABIMENTO (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010).
Não encontra amparo no art. 894 da CLT, quer na redação anterior quer na redação
posterior à Lei n.º 11.496, de 22.06.2007, recurso de embargos interposto à decisão
monocrática exarada nos moldes dos arts. 557 do CPC e 896, § 5º, da CLT, pois o
comando legal restringe seu cabimento à pretensão de reforma de decisão colegiada
proferida por Turma do Tribunal Superior do Trabalho. 
Convém analisar as Súmulas 218 e 353 do TST. A primeira veda a interposição de RR em
face de uma decisão do TRT que julga o agravo de instrumento, eis que não se trata de
decisão que aprecie o mérito. 
A segunda, Súmula 353, veda a interposição de Embargos ao TST (SDI) em face de uma
decisão do TST (turma) que julga o Agravo de Instrumento, EXCETO: 
  Quando a decisão que não conhece do agravo de instrumento se fundamentar na
ausência dos pressupostos extrínsecos deste recurso; 
  Quando a decisão que nega provimento ao agravo for contrária à decisão monocrática
do Relator e sustentar a ausência dos pressupostos extrínsecos deste recurso; 
  Para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do RR, cuja ausência
haja sido declarada originariamente pela Turma no julgamento do Agravo; 
  Para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento; 
  Para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, § único, do CPC, ou no art.
557, § 2º, do CPC. 
Os embargos ao TST das decisões de turmas do TST em execução de sentença
condiciona-se à demonstração de divergência jurisprudencial entre Turmas ou destas e a
Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em
relação à interpretação de dispositivo constitucional (súmula 433 TST). 
Súmula 433, TST. EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE. PROCESSO EM FASE DE
EXECUÇÃO. ACÓRDÃO DE TURMA PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE
26.06.2007. DIVERGÊNCIA DE INTERPRETAÇÃO DE DISPOSITIVO
CONSTITUCIONAL - Res. 177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e 15.02.2012.
A admissibilidade do recurso de embargos contra acórdão de Turma em Recurso de
Revista em fase de execução, publicado na vigência da Lei nº 11.496, de 26.06.2007,
condiciona-se à demonstração de divergência jurisprudencial entre Turmas ou destas e a
Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em
relação à interpretação de dispositivo constitucional. 
AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS – ANTIGO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Sua finalidade é a de destrancar recurso, ou seja, atacar o despacho que nega
seguimento a recurso [Art. 897, „‟b‟‟, CLT]. Caso o Juízo a quo impeça a tramitação
regular do recurso, por entender que os pressupostos de admissibilidade não estão
presentes, o meio apropriado para impugnar este despacho denegatório é o agravo nos
próprios autos.
Poderá ser interposto em face das decisões que denegarem seguimento a RO, RR,
Rext, recurso adesivo. 
Não cabe agravo de instrumento contra decisões que denegarem seguimento ao recursode Embargos ao TST, sendo, nesse caso, o agravo regimental o recurso adequado,
conforme o inciso VII do artigo 235 do RI do TRT: Art. 235, VII, RI do TRT. 
Do despacho do relator que negar prosseguimento a recurso, ressalvada a hipótese do
artigo 239. A 12.275/2010, inseriu o § 7° no artigo 899 da CLT, passando a exigir
depósito recursal para interposição do agravo de instrumento, no importe de 50% do
valor do depósito de recurso ao qual se pretende destrancar. 
Os recursos no processo do trabalho, com exceção dos embargos de declaração, serão
dirigidos, previamente, para o Juízo que proferiu a decisão impugnada, a fim de que seja
realizado o juízo de admissibilidade. O agravo de instrumento será dirigido ao juiz prolator
do despacho, no prazo de oito dias. O agravo de instrumento admite juízo de retratação,
logo o juízo que denegou seguimento ao recurso poderá reconsiderar sua decisão, sendo
o que se denomina efeito regressivo. Caso o juiz mantenha a decisão agravada, a outra
parte será intimada para apresentar a contra minuta ao agravo de instrumento, bem
como as contrarrazões ao recurso principal, no prazo de 8 dias [Art. 897, § 6º, CLT]. 
O agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso
cuja interposição foi denegada. [Art. 897, § 4º, CLT].
Caso provido o agravo, a turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal,
observando-se a partir de então, se for o caso, o procedimento relativo a tal recurso (Art.
897, § 7º, CLT).
O recurso de revista é dirigido ao Presidente do Tribunal do TRT (art. 896, § 1°, CLT), o
qual poderá delegar o exame dos pressupostos de admissibilidade ao vice- presidente, de
acordo com a previsão do Regimento Interno. Assim, ainda que o advogado possua
mandato com poderes limitados ao âmbito do TRT, poderá interpor recurso de
revista e agravo de instrumento para destrancá-lo, já que são interposto no TRT [OJ
374, SDI-1, TST]. 
OJ 374, SDI-1, TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL.
REGULARIDADE. PROCURAÇÃO OU SUBSTABELECIMENTO COM CLÁUSULA
LIMITATIVA DE PODERES AO ÂMBITO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
(DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) É regular a representação processual do
subscritor do agravo de instrumento ou do recurso de revista que detém mandato com
poderes de representação limitados ao âmbito do Tribunal Regional do Trabalho, pois,
embora a apreciação desse recurso seja realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho, a
sua interposição é ato praticado perante o Tribunal Regional do Trabalho, circunstância
que legitima a atuação do advogado no feito. O fato de o presidente do TRT entender
cabível o recurso de revista apenas quanto à parte das matérias veiculadas, não impede a
apreciação integral de recurso, sendo incabível a interposição de agravo de instrumento.
[Súmula 285, TST].
Súmula 285, TST. RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE PARCIAL PELO JUIZ-
PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO. EFEITO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso
de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas não impede
a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprópria a
interposição de agravo de instrumento.
 Atenção! Nos termos da OJ 412 da SDI-1 d TST é incabível agravo inominado (art. 557,
§1º, do CPC) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por
Órgão colegiado. 
OJ412 da SDI-1, TST. AGRAVO INOMINADO OU AGRAVO REGIMENTAL.
INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO
GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL.
(DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) É incabível agravo inominado (art. 557, §1º, do
CPC) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão
colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática
nas hipóteses expressamente previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade
ante a configuração de erro grosseiro. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os Embargos de Declaração estão previstos no artigo 897-A, CLT, embora os dispositivos
do CPC (artigos 535-538) também sejam aplicados subsidiariamente. No Processo do
Trabalho, os Embargos de Declaração representam o meio adequado para impugnar, no
prazo de cinco dias, sentença ou acórdão quando estas decisões apresentarem
omissão, contradição ou obscuridade. Este recurso também é cabível por manifesto
equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos do recurso. IMPORTANTE
MEMORIZAR! Hipóteses de cabimento - quando houver: 
  Omissão; 
  Obscuridade; 
  Contradição; e 
  MANIFESTO equívoco na analise dos pressupostos EXTRÍNSECOS do recurso. 
A súmula 297, II, do TST admite a interposição dos Embargos Declaratórios com o intuito
de prequestionar a matéria. A matéria estará prequestionada quando no acórdão
recorrido houver tese explícita acerca da matéria que se deseja impugnar. Caso não haja,
devem ser opostos Embargos de Declaração, sob pena de preclusão. [Súmula 184 do
TST]. 
Súmula 297, TST. I - Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão
impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II - Incumbe à parte
interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos
declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
Súmula 184, TST. Ocorre preclusão quando não forem opostos embargos declaratórios
para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. Os embargos de
declaração tem prazo de 5 dias e, nos termos da OJ 192 da SDI-I do TST, o prazo é em
dobro para os entes públicos que não exploram atividade econômica. 
OJ 192, SDI-I, TST. Decreto-Lei 779/69. É em dobro o prazo para a interposição de
Embargos Declaratórios por pessoa jurídica de Direito Público. Os embargos de
declaração são dirigidos ao juiz que proferiu a sentença ou, no Tribunal, ao relator, com
o objetivo de eliminar eventual vício presente na decisão originado por omissão,
obscuridade, contradição ou manifesto equívoco em relação aos pressupostos
extrínsecos. 
Em regra, não há manifestação da outra parte nos Embargos de Declaração,
entretanto, se o juiz vislumbrar efeito modificativo no julgado, deverá permitir a
manifestação da outra parte sob pena de nulidade da decisão (OJ 142, SDI-I, I, TST).
Atenção, nos termos da OJ 142, SDI-I, item II do TST “quando opostos embargos de
declaração de sentença a ausência de manifestação não gera nulidade, em razão do
efeito devolutivo em profundidade do RO.” 
Atenção! A interposição de Embargos de Declaração interrompe (zera) o prazo para
interposição de outros recursos até que seja proferida a decisão, para as duas partes. 
Com o intuito de evitar um aproveitamento inadequado deste recurso, há previsão para
aplicação de multa se os Embargos forem manifestamente protelatórios. (art. 538, CPC).
Os Embargos de Declaração com efeito modificativo possibilitam a interposição de RO
complementar. Não cabem Embargos de Declaração contra decisão de admissibilidade
do recurso de revista, não tendo o efeito de interromper qualquer prazo recursal(OJ 377,
SDI-1) 
OJ 377, SDI-1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DECISÃO DENEGATÓRIA DE
RECURSO DE REVISTA EXARADO POR PRESIDENTE DO TRT. DESCABIMENTO.
NÃO INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
Não cabem embargos de declaração interpostos contra decisão de admissibilidade do
recurso de revista, não tendo o efeito de interromper qualquer prazo recursal. 
Vale ressaltar que também cabem Embargos Declaratórios em face de decisão
monocrática do relator nas hipóteses previstas no artigo557, CPC. [súmula 421, TST].
Súmula 421, TST. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONTRA DECISÃO
MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART. 557 DO CPC. CABIMENTO
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 74 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e
24.08.2005.
I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art.
557 do CPC, conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida
pela via dos embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática,
quando se pretende tão-somente suprir omissão e não, modificação do julgado. 
II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declaratórios deverão ser
submetidos ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos
princípios da fungibilidade e celeridade processual. (ex-OJ nº 74 da SBDI-2 - inserida em
08.11.2000).
LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO
Na execução do processo do trabalho aplicam-se os artigos 876 e seguintes da CLT.
Subsidiariamente, aplica-se a Lei de Execução Fiscal (Lei 6830/80) e posteriormente o
CPC. 
Assim, ordena o artigo 889 da CLT. Art. 889, CLT. Aos trâmites e incidentes do processo
da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os
preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida
ativa da Fazenda Pública Federal. 
A. EXECUÇÃO PROVISÓRIA E EXECUÇÃO DEFINITIVA
A execução é provisória quando há um recurso pendente de julgamento, ou seja, a
sentença não transitou em julgado. Considerando que os recursos no processo do
trabalho possuem efeito meramente devolutivo, é possível a execução provisória, que
segue apenas até a penhora (art. 899, CLT).
A execução provisória SEMPRE será requerida pela parte interessada, não podendo ser
determinada exofficio. 
Art. 899, CLT. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito
meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Titulo, permitida a execução
provisória até a penhora. 
A execução é definitiva, quando a sentença ou acórdão tiverem transitado em julgado,
caso em que seu início poderá ser determinado de ofício pelo juiz ou a requerimento do
interessado (art. 878, CLT) 
Art. 878, CLT. A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou exofficio
pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.
Parágrafo único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução
poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
  IMPORTANTE MEMORIZAR! Execução provisória: transcorre até a penhora. Só são
praticados atos de constrição. Execução definitiva: não se limita à penhora. São
praticados atos de constrição e expropriação do bem. 
B. TRÂMITE DA LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO
Sempre que a sentença for ilíquida far-se-á necessária a sua liquidação, que poderá ser
de três modalidades: cálculos, artigos e arbitramento (art. 879, CLT) 
a) Cálculos: A liquidação mediante cálculos depende apenas de simples operações
aritméticas, pois a sentença oferece todos os elementos necessários para determinar o
valor condenatório. 
b) Arbitramento: consiste em exame pericial, de pessoas ou coisas, com a finalidade de
apurar o quantum relativo à obrigação pecuniária que deverá ser adimplida pelo devedor,
ou, em determinados casos, de individualizar, com precisão, o objeto da condenação.
Ressalte-se desde já que nesta hipótese o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a
entrega do laudo pericial. Após a apresentação deste as partes terão o direito de se
manifestar em 10 dias, conforme estabelece o art. 475-D doCPC. Observe-se: 
Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o
prazo para a entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no
prazo de dez dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. c)
Artigos: impõe-se a liquidação mediante artigos quando há necessidade de alegar e
provar fatos novos, para quantificar ou individualizar o objeto da condenação.
Na liquidação não será possível modificar ou inovar a sentença liquidanda, nem discutir
matéria pertinente à causa principal (art. 879, § 1º, CLT). 
Em se tratando de liquidação por cálculos, o cálculo de liquidação, inclusive quanto a
contribuição previdenciária, poderão ser apresentados pelas partes ou pelos órgãos
auxiliares da Justiça do Trabalho, à critério do juiz (art. 879, § 3°), que, preferencialmente,
deverá se intimar as partes para a apresentá-lo (art. 879, § 1°-B, CLT). 
Após a apresentação dos cálculos, o juiz poderá permitir a manifestação das partes, caso
em que elas poderão manifestar-se quanto aos cálculos no prazo sucessivo de 10 dias,
sob pena de preclusão. (art. 879, §2º, CLT). 
Em seguida, nos termos do § 3º do artigo 879 da CLT, a União será intimada para se
manifestar, no prazo de 10 dias, em relação às contribuições previdenciárias, sob pena de
preclusão. 
Após o retorno, os autos serão conclusos para apreciação dos cálculos pelo juiz, que e
seguida proferirá sentença de liquidação. Proferida a sentença de liquidação é expedido
mandado de citação e penhora, a ser cumprido por oficial de justiça (art. 880, §2º, CLT),
para que o executado pague ou garanta o juízo, no prazo de 48 horas. Para garantia do
juízo o executado poderá depositar o valor da execução ou nomear bens à penhora. 
Caso o executado não pague ou garanta o juízo, o juiz mandará penhorar tantos bens
quantos bastem para a garantia do juízo, observada a ordem de penhora prevista no
art. 655 do CPC. Art. 882, CLT. 
O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução
mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou
nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do
Código Processual Civil.
Art. 883, CLT. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á
penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da
condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso,
devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. Ressalte-se que a
execução dos bens passíveis de penhora, no Processo do Trabalho, segue a ordem de
preferência do artigo 655 do CPC e não da Lei dos Executivos Fiscais. Observe-se o teor
do art. 655 do CPC: 
Art. 655, CPC. I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição
financeira; II - veículos de via terrestre; III - bens móveis em geral; IV - bens imóveis; V -
navios e aeronaves; VI - ações e quotas de sociedades empresárias; VII - percentual do
faturamento de empresa devedora; VIII - pedras e metais preciosos; IX - títulos da dívida
pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em mercado; X - títulos e
valores mobiliários com cotação em mercado; XI - outros direitos. § 1º. 
Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora
recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a
terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora. § 2º. 
Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do executado.
São impenhoráveis os bens descritos no artigo 649, CPC e na Lei 8009/90 (bem de
família) Acerca da penhora “online” cumpre ressaltar: 
  Na execução definitiva o juiz sempre pode realizar a penhora “online”, inclusive
afastando outro bem já nomeado à penhora pelo executado. 
  Na execução provisória o juiz só não pode realizar penhora “online” quando o
executado nomear outros bens à penhora. Neste caso, se há garantiado juízo, não é
possível bloquear dinheiro, pois a execução tem que ocorrer da forma menos gravosa
possível para o executado. (súmula 417, TST). 
Súmula 417, TST. I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que
determina penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir
crédito exeqüendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II -
Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito
líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio
banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 666, I, do CPC. III - Em se tratando de
execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora
em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a
que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art.
620 do CPC. 
A referida Súmula, no inciso III, esclarece que em se tratando de execução provisória,
fere direito líquido e certo do executado, o ato do juiz que afastar o bem que este
tenha nomeado a penhora e efetuar penhora “online”. 
Neste caso, se o valor bloqueado for suficiente para garantir o juízo e não houver
transcorrido o prazo de 5 dias para a apresentação de embargos à execução, não há que
se falar em Mandado de Segurança, apesar de ferir direito líquido e certo, pois neste caso
há meio próprio para impugnar a decisão, os embargos à execução, sendo esta, portanto,
a medida processual adequada para impugnar o ato do juiz.
Entretanto, se incabíveis os embargos, seja porque não garantido o juízo, seja porque já
ultrapassado o prazo para os embargos à execução, então, a medida processual cabível
para impugnar o ato do juiz será o mandado de segurança. 
Garantido o juízo, o executado terá 5 dias para apresentar Embargos à Execução e o
exeqüente, o mesmo prazo, para apresentar Impugnação à Sentença de Liquidação,
sendo ambas as petições endereçadas ao juiz da execução. Segundo o § 1° do art. 884,
CLT, poderão ser arguidas nos embargos à execução as seguintes matérias:
cumprimento da decisão, quitação ou prescrição da dívida (art. 884, §1º, CLT), entretanto,
outras matérias também podem ser arguidas. 
Ressalte-se que nos embargos o executado poderá arguir a inexigibilidade do título,
quando a sentença executada tiver por fundamento lei ou ato normativo declarados
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas
por incompatível com a constituição. Observe-se o teor do art. 844, § 5º da CLT: 
Art. 844, § 5º, CLT. Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação
ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. Sua interposição é
dependente da garantia do juízo, eis que seu prazo de cinco dias se inicia somente após
o cumprimento deste requisito. Os embargos à execução no Processo do Trabalho
tramitam nos mesmos autos da execução. Após a manifestação das partes por meio de
embargos à execução e impugnação à sentença de liquidação, o juiz proferirá decisão
definitiva na execução (art. 884,§ 4º, CLT), na qual serão julgados concomitantemente os
embargos e a impugnação.
 A sentença na execução poderá ser impugnada por meio de agravo de petição(art. 897,
“a”, CLT). 
O acórdão proferido pelo TRT em Agravo de Petição poderá ser impugnado por meio do
Recurso de Revista para o TST, DESDE QUE haja ofensa à Constituição no julgado (art.
896, § 2º, CLT). 
C. EMBARGOS DE TERCEIROS
Os Embargos de Terceiros não estão previstos na CLT, razão pela qual se aplicam
subsidiariamente os artigos 1046 e seguintes do CPC. Sempre que ocorrer penhora,
arresto, sequestro, enfim, apreensão de um bem que pertença à terceiro, ou seja, parte
alheia ao processo, o meio adequado para impugnar esta apreensão judicial será os
Embargos de Terceiros. Os Embargos de Terceiro serão apresentados como ação
incidental em qualquer fase do processo. Poderão ser apresentados até 5 dias depois da
arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva
carta. [Art. 1048, CPC] Quando propostos na execução, da sentença de Embargos de
Terceiros cabe Agravo de Petição. Acerca da competência para julgar os Embargos de
Terceiro vale destacar a súmula 419 do TST.
Súmula 419, TST. COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO POR CARTA. EMBARGOS DE
TERCEIRO. JUÍZO DEPRECANTE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da
SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 Na execução por carta precatória, os
embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre
vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo
juízo deprecado, em que a competência será deste último. (ex-OJ nº 114 da SBDI-2 - DJ
11.08.2003).
D. AGRAVO DE PETIÇÃO
O Agravo de Petição é o recurso adequado para impugnar a sentença proferida na
execução no Processo do Trabalho (jamais se pensa em RO!). 
Este recurso possui um pressuposto de admissibilidade específico, qual seja a
delimitação das matérias e valores impugnados, sob pena de não ser recebido (Art.
897, §1º, CLT). 
Este pressuposto tem a finalidade de permitir a imediata e definitiva execução dos valores
incontroversos. Neste sentido, o TST enunciou a Súmula 416 do TST, que veda a
possibilidade de mandado de segurança por parte do executado, a fim de impedir a
execução em relação aos valores incontroversos. Súmula 416 do TST. Devendo o
agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de
discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos
tópicos e valores não especificados no agravo. 
DISSÍDIO COLETIVO
Existem duas maneiras de solução dos conflitos coletivos: 
  Autocompositivas: convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho e a
mediação; 
  Heterocompositivas: jurisdição e arbitragem (art. 114, §§ 1° e 2°, CF). 
Quanto à arbitragem,vale destacar o MPT pode “atuar como árbitro, se assim for
solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho” (art. 83, XI,
da LC 75/93). Segundo Valentin Carrion “os dissídios como denomina a CLT, na acepção
de processo, ou seja, o meio de exercer uma ação para compor a lide, podem ser
individuais ou coletivos. Aqueles tem por objeto direitos individuais subjetivos, de um
empregado (dissídio individual singular) ou vários (dissídio individual plúrimo). O dissídio
coletivo visa direitos coletivos, ou seja, contém as pretensões de um grupo, coletividade
ou categoria profissional de trabalhadores, sem distinção dos membros que a compõe, de
forma genérica”. (Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho, ed. em CD-ROM,
1999, comentário ao art. 856, verbete 1.). 
De acordo com o art. 220 do RITST, os dissídios coletivos subdividem-se em: 
I – de natureza econômica: para a instituição de normas e condições de trabalho; 
II – de natureza jurídica: para a interpretação de cláusulas de sentença normativa, de
instrumentos de negociação coletiva, acordos e convenções coletivas, de disposições
legais particulares de categoria profissional ou econômica e de atos normativos; 
III – originários: quando inexistentes ou em vigor normas e condições especiais de
trabalho decretadas em sentença normativa;
IV – de revisão: quando destinadas a reavaliar normas e condições coletivas de trabalho
preexistentes que se hajam tornadas injustas ou ineficazes pela modificação das
condições que a ditaram;e 
V – declaração sobre a paralisação do trabalho: decorrente de greve. (grifos nossos).
O dissídio coletivo de natureza econômica (art. 114, § 2°, CF) subdivide-se em: a)
originário (art. 867, par. Único, a, CLT); b) revisional (art. 873 a 875, CLT); e c) de
extensão, que visa estender a toda a categoria as normas ou condições que tiverem
como destinatário apenas parte dela (art. 868 a 871, CLT). 
A Constituição da República estabeleceu como requisito específico para os dissídios
coletivos de natureza econômica o comum acordo (art. 114, § 2, CF), sendo, para
alguns, pressuposto de desenvolvimento constituição e de válido e regular do processo,
para outros, condição da ação – interesse de agir. 
Art. 114. 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições
mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
O dissídios coletivos de greve pode ter natureza exclusivamente declaratória, quando
apenas declarar a abusividade ou não da greve, ou mista, quando além da declaração
ainda constituir novas relações de trabalho (art. 114, § 3°, CF e art. 8° da Lei 7783/89). O
MPT pode suscitar dissídio coletivo em caso de greve em atividade essencial, com
possibilidade de lesão do interesse público. [ art. 114, § 3°, CF].
Art. 114. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse
público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à
Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004).
No dissídio coletivo de extensão o Tribunal pode estender as condições de trabalho a
todos os empregados de uma mesma empresa, embora o dissídio tenha sido suscitado
por apenas uma parte deles (juízo de equidade). [art. 868, CLT].
O dissídio coletivo de revisão poderá ser proposto quando decorrido mais de um ano
da vigência da sentença normativa. 
As partes no dissídio coletivo são suscitante e suscitado. O dissídio coletivo é uma ação
de competência originária dos Tribunais, TRT e TST, segundo o âmbito territorial do
conflito ou a representação das entidades sindicais, de modo que, se o dissídio limitar-se
a base territorial do TRT, este será o Tribunal competente para julgá-lo (art. 678, I, a, e
art. 6°, Lei 7783/89); se ultrapassar referida base, será de competência do TST (art. 702,
I, b, e art. 2°, I, a, Lei 7783/89). 
Possuem legitimidade para suscitar o dissídio coletivo, de um lado, necessariamente, o
sindicato da categoria profissional e, do outro lado, o sindicato da categorial econômica ou
empresa(s).
Embora bastante criticado, o art. 856 da CLT estabelece que o Presidente dos Tribunais
Regionais do Trabalho tem legitimidade para suscitar o dissídio em caso de greve. 
Art. 856 - A instância será instaurada mediante representação escrita ao Presidente do
Tribunal. 
Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da
Procuradoria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho. Art. 857
- A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa das
associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer
suspensão do trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 7.321, de 14.2.1945) Como já
referido,o MPT também possuem legitimidade em caso de greve em atividade essencial
(art. 114, § 3°, CLT). Em caso de greve apenas o sindicato da categoria econômica possui
legitimidade para ajuizar o dissídio coletivo, não podendo fazê-lo a categoria profissional,
já que fomentou o movimento grevista. [OJ 12, SDC] 
OJ 12, SDC, TST GREVE. QUALIFICAÇÃO JURÍDICA. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD
CAUSAM" DO SINDICATO PROFISSIONAL QUE DE-FLAGRA O MOVIMENTO
(cancelada) – Res. 166/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010.
Não se legitima o Sindicato profissional a requerer judicialmente a qualificação legal de
movimento paredista que ele próprio fomentou. Quando não houver sindicato
representativo da categoria profissional ou econômica, o dissídio coletivo poderá se
ajuizado pelas federações e, na ausência destas, pelas confederações , no âmbito de
suas representações. [art. 857, parágrafo único, CLT] 
Art. 857 - A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui
prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856,
quando ocorrer suspensão do trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 7.321, de
14.2.1945) 
Parágrafo único. Quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou
profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e,
na falta destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação.
(Redação dada pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955) A decisão proferida em dissídio coletivo
denomina-se sentença normativa. 
Tal decisão não é executada, mas cumprida, por meio de ação de cumprimento
proposta perante o juiz do trabalho. 
A petição inicial do dissídio coletivo deverá ser escrita (art. 856, CLT), dirigida ao
Presidente do Tribunal que designará uma audiência de conciliação (art. 860, CLT). O
Presidente do Tribunal não está adstrito as propostas de conciliação das partes (art. 862,
CLT). Havendo ou não o acordo, o processo será distribuído, por sorteio, para relator e
revisor, sendo julgado pela SDC. A sentença normativa vigorará desde o seu termo inicial
até que sentença normativa, acordo coletivo ou convenção coletiva superveniente
produza sua revogação tácita ou expressa. O prazo máximo, entretanto, de vigência da
sentença normativa é de 4 anos.
Nesse sentido é o precedente normativo 120 aprovado pelo TST em maio de 2011, em
consonância com o art. 868 da CLT. PN-120 SENTENÇA NORMATIVA. DURAÇÃO.
POSSIBILIDADE E LIMITES (positivo) - (Res. 176/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e
31.05.2011).
A sentença normativa vigora, desde seu termo inicial até que sentença normativa,
convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho superveniente produza sua
revogação, expressa ou tácita, respeitado, porém, o prazo máximo legal de quatro anos
de vigência. O recurso cabível para impugnar a sentença normativa proferida pelo TRT é
o Recurso Ordinário de competência do TST. [art. 895, II, CLT]. Em caso de acordo,
apenas o MPT poderá interpor Recurso Ordinário. [art. 83, VI, LC 75/93 e art. 7°, § 5°, Lei
7701/88].
É possível a propositura da ação de cumprimento independentemente do transito em
julgado da sentença normativa. [súmula 246, TST] 
Súmula 246, TST. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA
SENTENÇA NORMATIVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É
dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de
cumprimento. 
A Lei 7701/88 estabelece o Recurso Ordinário interposto de sentença normativa poderá
ter efeito suspensivo na medida e extensão conferidas em despacho pelo Presidente do
TST. 
A sentença normativa somente produz coisa julgada formal, segundo o entendimento do
TST. [súmula 397, TST] Súmula 397, TST. AÇÃO RESCISÓRIA. ART. 485, IV, DO CPC.
AÇÃO DE CUMPRIMENTO. OFENSA À COISA JULGADA EMANADA DE SENTENÇA
NORMATIVA MODIFICADA EM GRAU DE RECURSO. INVIABILIDADE. CABIMENTO
DE MANDADO DE SEGURANÇA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 116 da
SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 Não procede ação rescisória calcada
em ofensa à coisa julgada perpetrada por decisão proferida emação de cumprimento, em
face de a sentença normativa, na qual se louvava, ter sido modificada em grau de
recurso, porque em dissídio coletivo somente se consubstancia coisa julgada formal.
Assim, os meios processuais aptos a atacarem a execução da cláusula reformada são a
exceção de pré-executividade e o mandado de segurança, no caso de descumprimento
do art. 572 do CPC. (ex-OJ nº 116 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003). 
AÇÃO RESCISÓRIA
A ação rescisória está prevista pelo artigo 836 da CLT, e seu processamento no Processo
do Trabalho segue as normas do Processo Civil, com aplicação subsidiária dos
dispositivos 485 ao 495, no que for compatível aos princípios do Processo do Trabalho.
Além destes, por se tratar de uma nova ação deve atender também aos requisitos do
artigo 282 do CPC, que regula a petição inicial. Quando a prova mencionar que ocorreu o
trânsito em julgado é possível que a resposta tenha por fundamento a ação rescisória ou
a execução definitiva.
A ação rescisória no Processo Civil, de acordo com o artigo 488, II do CPC, está sujeita
ao depósito prévio de 5% sobre o valor da causa.
 No entanto, no Processo do Trabalho o depósito prévio é de 20% sobre o valor da
causa da ação rescisória, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor da ação
rescisória. [art. 836, CLT]. 
Art. 836, CLT. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já
decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória,
que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11
de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte
por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. Parágrafo
único. 
A execução da decisão proferida em ação rescisória far-se-á nos próprios autos da
ação que lhe deu origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a
respectiva certidão de trânsito em julgado. 
Art. 488, CPC. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais
do Art. 282, devendo o autor:
 I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da causa; 
II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a título de
multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível, ou
improcedente. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no nº II à União, ao Estado, ao
Município e ao Ministério Público. 
As hipóteses de cabimento da ação rescisória no Processo do Trabalho estão previstas
no artigo 485 do CPC. 
Art. 485, CPC. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão
entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar literal disposição de lei; 
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja
provada na própria ação rescisória; 
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de
que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; 
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se
baseou a sentença; 
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa.
Nas hipóteses de juízo incompetente e ofensa a coisa julgada só haverá juízo
rescindente, isto é, só existirá a rescisão do julgado, sem que haja novo julgamento.
Isto se dá, pois no primeiro caso a competência para julgar a lide não é da Justiça do
Trabalho, portanto não há que se falar em novo julgamento; já na segunda hipótese não
haverá novo julgamento porque já existe uma decisão protegida pelo manto da coisa
julgada, logo cabe ao Judiciário apenas rescindir a segunda decisão que está ofendendo
a primeira. 
Nos demais casos, haverá o juízo rescindente, bem como o juízo rescisório, ou seja,
haverá a rescisão de uma decisão e o novo julgamento pelo Tribunal. 
PRAZO A ação rescisória é uma ação que tem por finalidade a desconstituição de
sentença ou acórdão. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 anos (prazo
decadencial), contados do trânsito em julgado da decisão rescindenda (art. 495 do CPC e
Súmula 100, TST). 
A observância do disposto nas Súmulas 100 e 299 do TST é indispensável para a
propositura de ação rescisória. 
Súmula 100, TST. I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia
imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa,
seja de mérito ou não. II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em
julgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial
para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar
de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese
em que flui a decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso
parcial. III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou a
interposição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial. IV - O
juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado juntada com a ação
rescisória, podendo formar sua convicção através de outros elementos dos autos quanto
à antecipação ou postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. V - O acordo
homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT.
Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação
judicial. VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória
somente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal,
a partir do momento em que tem ciência da fraude. VII - Não ofende o princípio do duplo
grau de jurisdição a decisão do TST que, após afastar a decadência em sede de recurso
ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito
e estiver em condições de imediato julgamento. VIII - A exceção de incompetência, ainda
que oposta no prazo recursal, sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de
afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo
decadencial para a ação rescisória. IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente
subseqüente, o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em
férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver expediente
forense. Aplicação do art. 775 da CLT. X - Conta-se o prazo decadencial da ação
rescisória, após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do recurso
extraordinário, apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. 
Súmula 299, TST. I - É indispensável ao processamento da ação rescisória a prova do
trânsito em julgado da decisão rescindenda. II - Verificando o relator que a parte
interessada não juntou à inicial o documento comprobatório, abrirá prazo de 10 (dez) dias
para que o faça, sob pena de indeferimento. III - A comprovação do trânsito em julgado da
decisão rescindenda é pressuposto processual indispensável ao tempo do ajuizamento da
ação rescisória. Eventual trânsito em julgado posterior ao ajuizamento da ação rescisória
não reabilita a ação proposta, na medida em que o ordenamento jurídico não contempla a
ação rescisória preventiva. IV - O pretenso vício de intimação, posterior à decisão que se
pretende rescindir, se efetivamente ocorrido, não permite a formaçãoda coisa julgada
material. Assim, a ação rescisória deve ser julgada extinta, sem julgamento do mérito, por
carência de ação, por inexistir decisão transitada em julgado a ser rescindida.
Competência para Ação Rescisória: A ação rescisória é uma ação de competência
originária dos Tribunais. Assim, perante uma ação rescisória proposta em face de
sentença que transitou em julgado, a competência será do TRT à que está subordinado o
juízo de 1º grau que proferiu a decisão. 
Cada Tribunal é competente para julgar ação rescisória de suas decisões. Atente-se para
o fato de que se o acórdão do TST NÃO apreciar o mérito da causa, como ocorre, quando
aquela Corte não conhece do recurso interposto, a ação rescisória voltar-se-á contra o
acórdão regional que tenha adentrado no mérito, sendo competente o TRT para
processá-la e julgá-la. 
Observe-se as súmulas e orientações Jurisprudenciais relacionadas ao CABIMENTO
da Ação Rescisória: 
Súmula 259, TST. Só por rescisória é atacável o termo de conciliação previsto no
parágrafo único do Art. 831 da Consolidação das Leis do Trabalho. Súmula 407, TST. A
legitimidade "ad causam" do Ministério Público para propor ação rescisória, ainda que não
tenha sido parte no processo que deu origem à decisão rescindenda, não está limitada às
alíneas "a" e "b" do inciso III do art. 487 do CPC, uma vez que traduzem hipóteses
meramente exemplificativas. 
Art. 487, CPC. Tem legitimidade para propor a ação: I - quem foi parte no processo ou o
seu sucessor a título universal ou singular; II - o terceiro juridicamente interessado; III - o
Ministério Público: a) se não foi ouvido no processo, em que lhe era obrigatória a
intervenção; b) quando a sentença é o efeito de colusão das partes, a fim de fraudar a lei.
Súmula 514, STF. Admite-se ação rescisória contra sentença transitada em julgado,
ainda que contra ela não se tenham esgotado todos os recursos. 
Súmula 401, STJ. O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for
cabível qualquer recurso do último pronunciamento judicial. 
Súmula 219, TST. I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários
advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e
simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria
profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou
encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do
próprio sustento ou da respectiva família. II - É incabível a condenação ao pagamento de
honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista, salvo se
preenchidos os requisitos da Lei nº 5.584/70. 
Súmula 329, TST. Honorários advocatícios. Art. 133 da CF/1988 (mantida). Mesmo após
a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na
Súmula nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho. 
OJ 84, SDI-2, TST. AÇÃO RESCISÓRIA. PETIÇÃO INICIAL. AUSÊNCIA DA DECISÃO
RESCINDENDA E/OU DA CERTIDÃO DE SEU TRÂNSITO EM JULGADO
DEVIDAMENTE AUTENTICADAS. PEÇAS ESSENCIAIS PARA A CONSTITUIÇÃO
VÁLIDA E REGULAR DO FEITO. ARGÜIÇÃO DE OFÍCIO. EXTINÇÃO DO PROCESSO
SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. Alterada em 26.11.02 A decisão rescindenda e/ou a
certidão do seu trânsito em julgado, devidamente autenticadas, à exceção de cópias
reprográficas apresentadas por pessoa jurídica de direito público, a teor do art. 24 da Lei
nº 10.522/02, são peças essenciais para o julgamento da ação rescisória. Em fase
recursal, verificada a ausência de qualquer delas, cumpre ao Relator do recurso ordinário
argüir, de ofício, a extinção do processo, sem julgamento do mérito, por falta de
pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do feito. A Lei 11.280/2006 deu
nova redação ao artigo 489 do CPC, para estabelecer que o ajuizamento da ação
rescisória não impede o cumprimento da sentença ou acórdão rescindendo, entretanto,
em caso imprescindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, é possível a concessão
de medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela. 
Art. 489, CPC. O ajuizamento da ação rescisória não impede o cumprimento da sentença
ou acórdão rescindendo, ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os
pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela.
O recurso ordinário previsto nesta súmula 158 do TST tem previsão no artigo 895, II, CLT.
Contra as decisões dos Tribunais Regionais em processos de sua competência originária
é cabível a interposição de RO para o TST. 
Súmula 158, TST. Da decisão do Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória,
cabível é o recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da
organização judiciária trabalhista. 
MANDADO DE SEGURANÇA
O Mandado de Segurança está previsto no artigo 5º, LXIX da CF e está disciplinado pela
Lei 12.016/2009, que foi sancionada em agosto de 2009. 
Art. 5º, LXIX, CF. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público; [...].
Art. 1º, Lei 12016/2009. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou
houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam
quais forem as funções que exerça. §1º. Equiparam-se às autoridades, para os efeitos
desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de
entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas
naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a
essas atribuições. § 2º. Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de
economia mista e de concessionárias de serviço público. §3º. Quando o direito ameaçado
ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de
segurança. Este remédio constitucional visa proteger qualquer direito líquido e certo do
cidadão, salvo o direito de locomoção e o direito de acesso a informações pessoais, que
são protegidos pelo habeas corpus e habeas data, respectivamente. A Carta Magna
também prevê o mandado de segurança coletivo, que pode ser impetrado pela
organização sindical, dentre outras entidades. Art. 5º, LXX, CF. O mandado de segurança
coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso
Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
seus membros ou associados; Conclui-se que o mandado de segurança é ação utilizada,
diante da inexistência de outro meio jurídico, para proteger um direito líquido e certo, que
fora violado por um ato de autoridade. O MS pode compelir a autoridade pública a praticar
ou deixar de praticar algum ato. Inicialmente, apenas os Tribunais Regionais do Trabalho
e o Tribunal Superior do Trabalho tinham competência para apreciar e julgar mandado de
segurança, uma vez que o artigo 652 e 653 da CLT não incluem o mandado de segurança
no âmbito da atuação jurisdicional dos órgãos de primeira instância. Contudo, o advento
da EC 45/2004, que modificou substancialmente o artigo 114 da CF, parece-nos que a
Vara do Trabalho será funcionalmente competente para processar ejulgar mandado de
segurança também. Art. 114, VII, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
[...] VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; [...].
Cumpre salientar que o estudo das súmulas e OJ’s relativas ao Mandado de Segurança
são fundamentais para o Exame de Ordem de II fase. Alguns Dispositivos Relevantes: 
  Art. 23, Lei 12016/09. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á
decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato
impugnado. 
  Súmula 632, STF. É constitucional lei que fixa PRAZO DE DECADÊNCIA para a
impetração do Mandado de Segurança. 
  Súmula 512, STF. Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de
mandado de segurança. 
  Súmula 105, STJ. Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em
honorários advocatícios. 
  Súmula 266, STF. Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. 
  Súmula 267, STF. Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de
recurso ou correição. 
  Súmula 268, STF. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com
trânsito em julgado. 
  Súmula 33, TST. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada
em julgado. 
  OJ 99, SDI – 2, TST. Mandado de segurança. Esgotamento de todas as vias recursais
disponíveis. Trânsito em julgado formal. Descabimento. Esgotadas as vias recursais
existentes, não cabe mandado de segurança. 
  OJ 140, SDI – 2, TST. Não cabe mando de segurança para impugnar despacho que
acolheu ou indeferiu liminar em outro mandado de segurança. 
  Súmula 201, TST. Da decisão do Tribunal Regional do Trabalho em mandado de
segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do
Trabalho, correspondendo igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem
razões de contrariedade. 
  OJ 148, SDI – 2, TST. É responsabilidade da parte, para interpor recurso ordinário em
mandado de segurança, a comprovação do recolhimento das custas processuais no prazo
recursal, sob pena de deserção. 
  Súmula 414, TST. 
I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do
mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é
o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela antecipada
(ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de
segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III - A superveniência da sentença,
nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a
concessão da tutela antecipada (ou liminar). 
  Súmula 417, TST. 
I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em
dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez
que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendo discordância do
credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os
valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda
aos requisitos do art. 666, I, do CPC.
III - Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a
determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o
executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos
gravosa, nos termos do art. 620 do CPC. 
  Súmula 418, TST. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem
faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de
segurança. 
  OJ 67, SDI – 2, TST. Não fere direito líquido e certo a concessão de liminar obstativa
de transferência de empregado, em face da previsão do inciso IX do art. 659 da CLT. 
  OJ 92, SDI – 2, TST. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível
de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito diferido. 
  OJ 98, SDI – 2, TST. É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos
honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível
o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do
depósito. 
  OJ 137, SDI – 2, TST. Constitui direito líquido e certo do empregador a suspensão do
empregado, ainda que detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito
em que se apure a falta grave a ele imputada, na forma do art. 494, caput e § único, da
CLT.

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