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Aulas de Psicologia da Personalidade 1 1

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Aula 11 ago 2015.pdf
 
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PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE 
Profª Drª Virginia Schindhelm - Aula de 11/08/2015 
 
A Psicologia da Personalidade é a área que estuda e procura explicar as particularidades humanas 
que influenciam o comportamento. 
 
No senso comum o termo personalidade é usado para descrever características marcantes de uma 
pessoa, sendo boa ou ruim, tal como: “essa pessoa é tímida ou aquela menina é inteligente” etc. 
 
Na psicologia ela deve estar alheia a esse juízo de valor, sendo então o estudo das características 
que diferenciam os indivíduos. 
 
 
O que é Personalidade? 
O termo personalidade possui uma multiplicidade de significados possíveis. 
Na tentativa de agrupar e diferenciar as características da personalidade pode-se dizer que existem 
determinantes que são fatores centrais entre algumas teorias da personalidade, dentre eles: a 
hereditariedade, a base biológica e os aspectos sociais do individuo. 
 
 
O conceito de personalidade está relacionado às mudanças de habilidades, atitudes, crenças, 
emoções, desejos, e ao modo constante e particular do indivíduo perceber, pensar, sentir e agir, 
além da interferência de fatores culturais e sociais nessas características. 
 
 
Personalidade pode ser entendida basicamente como: 
“o conjunto de características que determinam os padrões pessoais e sociais de uma pessoa, sua 
formação é um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo”. 
 
“a unidade individual resultante da interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais 
que determina os sentimentos, os pensamentos e os comportamentos de um sujeito”. 
 
“os padrões relativamente constantes e duradouros de perceber, pensar, sentir e comportar-se, os 
quais parecem dar às pessoas identidades separadas”. 
 
“é o conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em 
sua relação com o meio, incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de 
sua formação, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência”. 
 
 
Algumas concepções afirmam que a personalidade se transforma em resposta às situações às quais o 
indivíduo é exposto e outras, em contrapartida, defendem a existência de um conjunto mais estável 
de características pessoais. 
Existem várias correntes teóricas para o estudo da personalidade. 
 
 
 
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Histórico da palavra e seu uso 
 
Personalidade etimologicamente vem da palavra PERSONA associada com o teatro. 
Alguns derivados de PERSONA: personalidade, personagem, personificar 
 
PERSONA máscara usada no teatro grego por um personagem. No teatro grego não havia 
microfone e a voz do ator não era suficientemente forte para chegar a todos os espectadores. Usava-
se as máscaras para expressar os sentimentos: alegria, tristeza etc. Essas máscaras chamavam-se 
“per sona” (= para soar). 
PERSONA também tem una relação direta com o som porque é composta pelo prefixo ‘per’ com 
una conotação superlativa e por ‘sonus’ (som). Significava máscara que faz muito ruído e que 
retumba (= refletir o som com estrondo; ressoar, ecoar, ribombar). O som passava pelos orifícios 
das máscaras. 
 
Fazendo uma analogia a essa expressão, poderíamos pensar que a personalidade seria a “nossa 
máscara”, algo que utilizamos para “fazermo-nos ouvir pelo Outro”. 
A palavra Persona deu origem à Personagem → papel representado por um ator ou atriz a partir de 
figura humana fictícia criada por um autor 
 
 
Conceitos de PERSONALIDADE dentro da Psicologia: 
 
Conceito essencialista só se refere ao lado psíquico 
A personalidade é a organização mental total de um ser humano em qualquer estágio de seu 
desenvolvimento. Abrange todos os aspectos do caráter humano, do intelecto, do temperamento, da 
habilidade, da moralidade (ligada à consciência) e de todas as atitudes constituídas durante a vida da 
pessoa. 
 
Conceito positivista ou de efeito externo 
A personalidade não é aquilo que alguém tem, mas a percepção de outro, isto é, a personalidade é 
um conceito, algo pensado e que não existe realmente lá dentro do indivíduo. 
 
Conceito inatista 
A personalidade é a soma total de disposições biológicas inatas, impulsos, tendências, desejos e 
instintos do indivíduo acrescidos pelas experiências. 
 
Conceito unicista 
A personalidade é a organização dinâmica no indivíduo dos sistemas psicofísicos, que determinam 
comportamentos e pensamentos característicos. 
 
Explicação do conceito unicista: 
organização dinâmica refere-se a uma organização mental = hierarquia de ideias e de hábitos 
sistemas conjunto de órgãos/elementos que estão numa interação mútua. São vários elementos 
que interagem mutuamente. O hábito é um sistema. 
psicofísico elementos que interagem o psíquico e o físico. Interação entre mente e corpo. A 
personalidade pressupõe uma interação do mental e do físico. 
determinam a personalidade é e faz algo (atividade/comportamentos/experiências). 
comportamentos e pensamentos Todos nossos comportamentos e pensamentos são próprios de 
uma determinada pessoa; é tudo que o sujeito pode fazer. 
 
 
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característicos todo comportamento e pensamento caracterizam uma pessoa, remetem ao que é 
subjetivo. 
 
 
Definições de PERSONALIDADE 
 
 “A personalidade é uma estrutura dinâmica integrativa e integrante, que assegura uma unidade 
relativa e a continuidade no tempo do conjunto de sistemas que explicam as particularidades 
próprias de um indivíduo, de sua maneira de sentir, de pensar, de agir e reagir em situações 
concretas “(Vexliard, in Clapier, 1988) 
 
“É a organização das qualidades que residem num indivíduo e o caracterizam” (Hall, Lindzey e 
Thompson). 
 
 
 
Métodos para estudar a PERSONALIDADE 
 
- Clínico – heterobservação 
 
- Introspecção - não experimental 
 - ressurge como “sentimento do eu”, “consciência de si”. 
 
- Análise de desenhos e da escrita. Destas, apenas o desenho é aceito oficialmente. 
 
- Psicometria, testes objetivos, testes projetivos. 
 
 
Características da PERSONALIDADE: 
 
1) Particular é absoluta; é individual; o que individualiza o sujeito 
 
2) Integração psicossomática permanente corpo e mente nunca estão separados e não se 
desintegram nunca mente e corpo juntos. 
 
3) Temporal e variável temporal porque varia na sua cronologia, em seu curso no tempo, em 
cada fase da vida. Variável porque no curso de tempo a personalidade vai alterando. 
 
4) Variável intermediária está entre o indivíduo e o ambiente, conduzindo-se com estilo 
próprio e através de comportamentos característicos. 
 
5) Uma história é formada pela soma de experiências que o indivíduo tem na vida; é o registro 
cronológico dos acontecimentos passados e que se atualizam a cada momento. 
 Todas as experiências de vida são registradas em nós e não ficam apagadas; continuam vivas 
no sentido de que não podemos nos libertar delas. 
 Segundo Freud, “o problema de todas as pessoas é estar em conflito consigo mesmo”. 
 
 
 
 
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TEORIA ORGANICISTA OU SUBJETIVISTA 
 
A Personalidade = TEMPERAMENTO (inato) + CARÁTER (socioeducacional) 
 
Temperamento faz parte da Personalidade → é mutável, alterável pela educação. 
 
- Relaciona-se com os humores (provocados pelas secreções glandulares) do corpo. 
 Os humores
estão relacionados ao meio bioquímico do organismo (iodo, ferro etc.). 
 
- Refere-se ao clima químico ou tempo interno em que se desenvolve a personalidade. 
 
- Alegre, lento, indolente, pessoa que se assusta facilmente, de fracos ou intensos impulsos 
sexuais (como se manifesta em nós as substâncias bioquímicas). 
 
- Refere-se aos fenômenos característicos da natureza emocional de um sujeito incluindo sua 
suscetibilidade à estimulação, à intensidade e rapidez de resposta etc. 
 
- Matéria bruta com a qual se forma a personalidade. 
 
 - com o curso cronológico (idade) 
- Herdado, mutável - pelo uso de drogas (lícitas ou ilícitas) 
 - com a educação (influência da família, escola, meio sociocultural) 
 
- O temperamento vem de dentro para fora. 
 
A personalidade é única, não existem duas personalidades iguais. Mesmo em gêmeos idênticos 
podem ser semelhantes, mas nunca idênticas. 
A partir das diferenças glandulares já existem as diferenças de temperamento. Como justificativa 
primária temos a variação das secreções glandulares; com isto é impossível que pessoas tenham a 
mesma quantidade de secreções → isto leva a uma variação no temperamento das pessoas. 
 
glândulas de secreção no temperamento 
interna produzem na sequência do crescimento 
alterações na motivação 
 
São elas: 
pituitárias peso varia de 350 a 1.100mg 
tireóide peso varia de 8 a 50g 
paratireóide peso varia de 50 a 300mg 
ovários peso varia de 2 a 10g. Contém por ocasião do nascimento de 30.000 a 400.000 óvulos. 
testículos peso varia de 7 a 20g 
 
 
Caráter 
A palavra vem do grego e significa “gravar, imprimir”. 
O caráter vem de fora para dentro: 
- é adquirido fruto da relação familiar 
- é imutável 
O caráter é a marca de um homem, o seu padrão de traços ou seu estilo de vida. 
Está inserido na personalidade, sendo a parte que determina o estilo personalístico de um indivíduo. 
É a estrutura básica adquirida de um homem. Adquirida, porém imutável. É fruto da relação 
familiar. O caráter implica padrão moral e julgamento de valor. 
Aula 18 ago 2015.pdf
 
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PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE 1 
Profª Drª Virginia Schindhelm - Aula de 18/08/2015 
 
Teorias de orientação psicanalítica da Personalidade. 
As teorias da personalidade de orientação psicanalítica enfatizam os motivos inconscientes que 
dirigem a conduta. Retratam o conflito entre impulso e razão e podem ser representadas pelos 
estudos de Freud, Jung e Murray. 
As ideias psicanalíticas referentes ao desenvolvimento da personalidade realçam aspectos 
fisiológicos, sociais e psicológicos. 
 
Freud tornou a prática psicanalítica uma interpretação filosófica da vida quando proferiu: 
 “Comportas-te como um monarca absoluto que se contenta com as informações que lhe fornecem 
os altos dignatários da corte e não desce até o povo para ouvir a sua voz. Penetra em ti próprio, 
profundamente, e aprende primeiro a conhecer-te, então compreenderás por que motivo adoecerás 
um dia e, talvez, possas evitar que isso venha a acontecer”. (Ensaios de Psicanálise Aplicada, Paris, 
1933) 
 
 
Freud afirmava que nada ocorre por acaso → nem os processos mentais. Há uma causa para cada 
pensamento, cada memória revivida, cada sentimento, cada ação. 
Eventos mentais são causados por intenções conscientes ou inconscientes e determinados pelos 
fatos que os precederam. 
Freud trabalhou procurando e descrevendo os elos ocultos que ligam um evento mental consciente a 
outro. 
 
Embora interessado nos mecanismos da consciência, destinou maior atenção às áreas conscientes 
menos expostas e exploradas → pré consciente e inconsciente. 
 
 
 - inconsciente → é um lugar psíquico, oposto ao que é consciente. 
Sistemas Psíquicos - pré-consciente → uma parte do inconsciente que pode tornar-se consciente 
 1ª Tópica - consciente → lado subjetivo de todo acontecimento psíquico 
 
INCONSCIENTE = na tradição filosófica e religiosa antes de Freud é definido como: 
- uma embriaguez que tolda (molda) a razão; 
- como “demônios de um outro mundo exterior ao nosso ser”; 
- um fenômeno sem nexo: ilusão de ótica, automatismos (=atividade ou movimento devido a 
estímulos internos ou externos, independente da vontade), hábitos, fenômenos telepáticos 
(telepatia = comunicação direta e a distância entre duas mentes, ou conhecimento, por alguém, dos 
processos mentais de outrem, além dos limites da percepção ordinária), o âmago da 
hereditariedade. 
 
 
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Segundo Freud, o inconsciente é uma instância real; é o que não se tem conhecimento; a maior parte 
do nosso comportamento é determinada pelo inconsciente (irracional). Procurou evidenciar a 
determinação inconsciente de ações, sentimentos e condutas. 
 
O trauma foi apresentado desde os estudos preliminares sobre a histeria (Freud, final do século 
XIX), passando pelo interesse de Freud pelas neuroses traumáticas de guerra e indo até a virada da 
década de 1920, que deu origem à segunda tópica, com Além do princípio do prazer (Freud, 1920) e 
O eu e o isso (Freud, 1923). 
Essa virada teórica (= “a virada de 1920”) teve o trauma como seu móvel → foram os sintomas 
subsequentes ao trauma que levaram Freud a empreender a maior revisão na teoria psicanalítica 
desde suas origens. 
Assim, por volta de 1920, Freud se vê diante da insuficiência de sua teoria em responder algumas 
questões relevantes na clínica psicanalítica. Daí o início ao que comumente designa-se por “a virada 
de 1920”.1 
Neste período, Freud substituirá os conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente, pelo de 
ID, EGO, e SUPEREGO → que constituirão o modelo dinâmico da estrutura psíquica = modelo 
estrutural. 
 - Id → materiais psíquicos (= anterior à palavra) que não temos acesso 
Modelo estrutural - Ego → busca na energia do Id, a força para si. 
 2ª Tópica - Superego → forma-se através da educação 
ID 
O Id é nosso potencial de natureza primitiva; contém todas as nossas paixões; é atemporal (não 
existe tempo), amoral (não tem moral), não obedece a nenhuma lei de fundamento de valor. 
Elementos do Id são de ordem inconsciente; não temos conhecimento. 
Do ponto de vista neurológico o Id se polariza através dos sistemas centro-encefálico. 
Já nascemos com o Id. 
A criança não chega a mostrar sua natureza primitiva, pois os pais alteram-na através da educação. 
Ao educar a criança os pais estão formando o seu superego; com isto a autoimagem original da 
pessoa existe, mas perdeu sua identidade. 
O Id está exposto às exigências somáticas do corpo, do ego e do superego. 
O Id é regido pelo princípio do prazer (alívio de tensão). 
 
ID representa a influência da hereditariedade quer sempre atingir o prazer 
 
 
 
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 A teoria das pulsões (1915) é substituída em 1920, em Além do princípio do prazer, com a descoberta da compulsão à 
repetição, que introduz a noção de pulsão de morte. A modificação consiste em situar o polo da dualidade entre pulsão 
de vida e pulsão de morte. Define que a pulsão de vida tende para o movimento de ligação, de conexões e de sínteses e 
a pulsão de morte para um retorno ao estado anterior e para dissolução das conexões. 
Esta teoria das pulsões, com vigência a partir de 1920, coincide com outra modificação (que não significa a anulação do 
modelo anterior): a introdução, em 1924, da segunda tópica, com o texto O ego e o id. Nasce, assim, um novo modelo: 
o estrutural, na concepção do aparelho psíquico,
que sucede e amplia o modelo econômico da metapsicologia, com 
ênfase na vigência de um aparelho psíquico com a noção de sistemas psíquicos: inconsciente, pré-consciente e 
consciente. 
Esses sistemas predominavam como localização tópica (hipotética) da circulação pulsional, em que o conflito estava 
pensado dentro do eixo do retraimento ou investimento da libido do ego ou objetal, nascendo a patologia destas 
articulações. Agora, no modelo estrutural, a patologia nasce de um conflito entre as instâncias id, ego e superego. Em 
ambos os modelos, tanto na primeira como na segunda tópica, Freud afirma que o conflito é intra-psíquico, como 
condição ou como o indicador do sintoma neurótico. 
 
 
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EGO 
 
O Ego é o Id modificado → formado pela diferenciação do Id 
 
- Parte diferenciada do Id → foi modificado pela influência direta do mundo externo 
- Início no sistema perceptivo, que é o seu núcleo 
- Tem uma parte consciente e uma parte inconsciente. 
- Representa o que pode ser chamado de razão e senso comum. 
- É visto por alguns autores como a marca que distingue ser consciente ou inconsciente. 
- Tenta substituir o princípio do prazer pelo de realidade → é regido pelo princípio da realidade 
- Parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. 
- Funciona como uma espécie de retícula ou filtro, reduzindo a velocidade da descarga do Id. 
- Importância se dá porque tem o controle sobre a motilidade. 
- É como a casca de uma árvore, protege o Id, mas extrai dele a energia para realizar isto. 
- Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. 
- Criado pelo Id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer; 
tentando controlar os impulsos do Id. 
- Age como um diplomata entre as forças do Id e do Superego. 
 
Em 1898, numa carta datada de 10 de março, Freud situo o nascimento do inconsciente entre 1 e 3 
anos de idade, período no qual "se forma etiologia de todas as psicneuroses". Numa outra carta, 
datada de 7 de julho, ele dá uma definição divertida do inconsciente: falando do estado em que se 
encontra o seu livro A interpretação dos sonhos* , escreve: "Meu trabalho foi inteiramente ditado 
pelo inconsciente, segundo a célebre frase de Itzig, o cavaleiro amador: ´- Para onde está indo, 
Itzgi?-Não faço a menor idéia. Pergunte ao meu cavalo! ’’’ Muito mais tarde, ao desenvolver em O 
eu e o isso* diversos aspectos da segunda tópica, Freud tornou a se referir à metáfora do cavaleiro e 
de seu cavalo para ilustrar a relação hierárquica complexa que existe entre o ego e o id. 
 
Na metáfora do cavalo e cavaleiro (Freud), o cavaleiro (ego) é amador enquanto o cavalo (id) tem a 
sua própria força e leva o cavaleiro para onde ele quer. O Id tem sua própria energia e alimenta o 
Ego com a sua energia. 
 
O Ego se forma através das experiências que se deram através do aparelho perceptivo e armazena as 
experiências através da memória. 
 
Funções do Ego 
- estar em contato com o meio externo através da percepção 
- armazena, através da memória, o que foi apreendido através da percepção. 
 
1) Movimento voluntário de autopreservação 
 
2) Em relação aos acontecimentos externos: (Realidade) 
a) armazena experiências (na memória) 
b) evita estímulos intensos (mediante a fuga) 
c) lida com estímulos moderados através da adaptação seleciona os estímulos que não 
são tão fortes. 
d) produz modificações no mundo externo (atividade). 
 
3) Em relação aos acontecimentos internos: (Id) 
a) controla suas exigências 
b) adia sua satisfação para ocasiões favoráveis 
 
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c) suprime as satisfações 
 
 
EGO representa a influência das nossas experiências, vivências 
 
 
SUPEREGO 
- adquirido; experiências de vida 
- controlador do Id 
- está selecionado com nossa consciência 
- é social 
- super-eu → significa os aspectos superiores da nossa consciência pessoal; 
- desenvolve-se a partir do ego 
- atua como um juiz sobre as atividades e pensamentos do ego 
- depósito dos códigos morais (cultura) 
- representa as forças repressivas da sociedade 
 
Funções do Superego 
 
- Controlar o Id 
- Censurar 
- Policiar as intenções pessoais e o comportamento 
- Vigilante contra o instinto de reprodução, às vezes ele é tão forte que, em vez de apenas 
controlar o Id, ele o anula. 
 
SUPEREGO representa a influência dos nossos antepassados (valores, cultura, moral) 
 
 
Conflito do Ego com o Id = neurose 
Conflito entre o Ego e o Superego = neurose 
Conflito entre o Ego e a realidade externa = psicose 
Aula 25 ago 2015.pdf
 
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PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE 1 
Profª Drª Virginia Schindhelm - Aula de 25/08/2015 
 
PULSÃO E INSTINTO 
 
Instinto 
Para Freud os instintos são pressões que dirigem um organismo para fins particulares. 
 
Características: 
- Comportamento que aparece sob uma forma quase idêntica em todos os indivíduos de uma 
espécie. 
 
- Esquema de comportamento herdado, próprio de uma espécie animal, que pouco varia de um 
indivíduo para outro, que se desenrola segundo uma sequência temporal pouco susceptível de 
alterações e que parece corresponder a uma finalidade (saciar a fome, por exemplo). 
 
- Tem implicações definidas 
 
- Esquemas filogenéticos hereditários 
 
- Tem objeto definido 
 
- É uma necessidade e é eliminado por uma satisfação alcançada por uma alteração apropriada da 
fonte interna de estimulação. 
 
- Surge do próprio organismo. 
 
- Todo instinto leva a uma satisfação. 
 
Todo instinto tem 4 componentes: 
- fonte → quando emerge a necessidade pode ser de uma parte do corpo ou todo ele 
- finalidade → dar ao organismo a satisfação que ele deseja no momento 
- pressão → quantidade de energia/força usada para satisfação do instinto 
- objeto → qualquer coisa, ação ou expressão que permite satisfação da finalidade original 
 
Instintos básicos → duas forças opostas: sexual e agressiva/destrutiva. (pg. 9 livro Fadiman) 
Os instintos são canais através dos quais a energia pode fluir. Esta energia obedece às suas próprias 
leis. 
 
 
Pulsão 
 
- Fonte motriz da motivação 
 
 
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- Conceito situado na fronteira entre o mental e o somático, como representante psíquico dos 
estímulos que se originam no organismo e alcançam a mente como medida de exigência feita no 
sentido de trabalhar em consequência de sua ligação com o corpo. 
 
- Força impulsionante relativamente “indeterminada” quanto ao comportamento que induz e 
quanto ao objeto que fornece satisfação. 
 
- Com a pulsão não me satisfaço nunca, apenas me realizo. 
 
- Pulsão é a força que fica entre a exigência do corpo e o psiquismo. 
 Na busca de objetos perdidos que o bebê vai tentar satisfazer o “prazer da 1ª mamada” 
 
 
 
Diferença entre Pulsão (Trieb em alemão) e Instinto 
 
- Pulsão está delineada na descrição da sexualidade humana, que está relacionada com o prazer 
(alívio, diminuição, rebaixamento da tensão). A descrição da sexualidade começa na fase oral 
(boca), que é a 1ª área de prazer. 
 
- Não atua como uma força que imprime impacto momentâneo, mas como um impacto constante. 
 
- Incide não a partir de fora, mas de dentro do organismo, não há como fugir dele. 
 
- Nenhuma ação de fuga prevalece contra ela.
* Desprazer = é um aumento da tensão 
 
 
A pulsão tem: 
 
- Pressão fator motor; quantidade de força ou a medida de exigência de trabalho que ela 
representa; o que põe em movimento; é o drang. 
 
- Finalidade que é o objetivo; é a satisfação que pode ser obtida eliminando-se o estado de 
estimulação na fonte do instinto. Uma pulsão tem várias finalidades, mais próximas ou 
intermediárias, que são combinadas ou intercambiadas umas com as outras. Existem ainda 
pulsões que são inibidas em sua finalidade. 
É a partir da finalidade que começa a aparecer a diferenciação do instinto. No instinto a 
finalidade é bem definida, enquanto que na pulsão a finalidade não é específica, não é uma só. 
 O narcisismo tem a finalidade da pulsão inibida em si mesma. 
 
- Objeto é definido no instinto enquanto na pulsão o objeto é indefinido. 
 É a coisa em relação à qual/através da qual a pulsão é capaz de atingir a sua finalidade. 
 A pulsão se manifesta através do corpo e para atender o próprio corpo. 
 O objeto é variável na pulsão. 
 O objeto da pulsão originalmente não está ligado à pulsão, só lhe é destinado por ser 
peculiarmente adequado a tornar possível a satisfação. 
 O objeto pode ser uma parte do próprio corpo 
 
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 O objeto pode ser modificado quantas vezes for necessário no decorrer das vicissitudes/destino 
que a pulsão sofre durante a sua existência, sendo que este deslocamento da pulsão desempenha 
papéis altamente importantes. 
 Um objeto pode servir para a satisfação de várias pulsões. 
 
- Fonte é o processo somático que ocorre num órgão ou parte do corpo e cujo estímulo é 
representado na vida mental por uma pulsão. 
 A pulsão nunca se satisfaz, apenas se completa. 
 
 
LIBIDO é a energia sexual da (= que leva à) pulsão de vida/prazeirosa. 
A energia em si não é prazerosa; é a energia sexual; é a energia que circula nas áreas de prazer. 
 
Pulsão de vida pulsão sexual libido (= energia sexual) prazer 
 
amor, união pulsão de vida 
 
 
Pulsão de morte = agressividade, separação, desunião 
 
sua energia não tem nome 
 
 
PULSÕES: (2ª Tópica) → id, ego, superego 
 
1) De vida (Eros) 
 Força que leva para a união com pessoas e coisas. Amor que dá vida, que procura objetos 
superiores; luta por unidades mais altas. 
 
 Leva à criatividade, preservação do organismo como indivíduo e como espécie. 
 
 Pulsão sexual e de defesa do organismo 
 
 Pulsões de autopreservação da espécie 
 
 Erótico: tudo que contribui para o bem estar do organismo. Por exemplo: mamar, criação de 
um objeto, criatividade. 
 Contribui para a integridade funcional da personalidade. 
 
2) De morte tendência de todo ser vivo para retornar ao estado anorgânico. 
 “Todo ser vivo morre por causas internas”. 
 
 Leva para a destruição, dominação, poder 
 
 Sadismo, agressividade; a agressão pode voltar-se para o próprio indivíduo: 
 a) suicídio 
 b) anorexia nervosa 
 c) masoquismo 
 
 Raiva, o que faz com que se afaste dos outros. Puxa para que não se realize a vida. Silenciosa, 
traiçoeira. 
 
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ESTÁGIOS DA EVOLUÇÃO PSICOSEXUAL: 
 
Refere-se ao desenvolvimento do psiquismo relacionado com o desenvolvimento sexual, que busca 
a fonte de prazer; a exigência do corpo precisa ser satisfeita. 
Por meio da libido Freud explica os fenômenos psicossexuais. 
 
 
ORAL → 1 ano 
- mamada única fonte de prazer 
 
- características psicológicas da oralidade: 
 - bebida, fumo 
 - drogas, sarcasmo 
 - obesidade, 
 - anorexia nervosa 
 
- fonte de prazer - comer, chupar, mascar, fumar, morder, lamber, beijar com estalo. 
 
A exigência do corpo precisa ser satisfeita. 
A 1ª exigência é pela boca através da mamada. O bebê mama para satisfazer uma exigência vital do 
organismo (é o biológico); no contato com a mãe fica satisfeito e sente o prazer de sentir a mãe, que 
vai reduzir/aliviar a tensão da fome. 
O prazer vem via oral; como a mãe olha par ao bebê e mostra o que sente por ele “o bebê mama a 
própria mãe”, porque ela é uma continuação do bebê; ela não é a pessoa, mas as funções que ela 
executa. O bebê descarrega a sua tensão pela boca e isto torna-se uma fonte de prazer. 
 
Maternagem (conceito de Winnicott) mãe e filho são um só; deve haver a sensibilidade da mãe 
para o desconforto do bebê; a mãe deve entender a necessidade do bebê. 
 
O importante é o depois de nascer; é o atender a demanda para a satisfação; a mamada é a única 
fonte de prazer. 
Nesta fase sempre há uma falta/marca por não ter tido o alívio de tensão. Isto vai aparecer 
posteriormente; é o que/algo não resolvido. Aparece como criança que rói unha, rói o lápis, põe o 
dedo na boca etc. 
Posteriormente são os adultos que bebem, usam drogas, fumam. 
Todas estas manifestações são orais; representam uma pulsão/um desejo que não foi satisfeito; é um 
impulso instintual. 
 
 
 
FASE ANAL → PRÉ GENITAL - 2 ano 
 
Controle anal dos esfíncteres 
A natureza marca o intervalo entre a defecação; quando evacua sente prazer pelo alívio da tensão 
orgânica e a passagem pelo canal anal também é prazeirosa. A família, especialmente a mãe 
também exige o controle das fezes; estas fezes são produto da criança e esta percebe que os outros 
querem aquilo (evacuar chama-se “obrar”, que é fazer uma obra.) 
A criança sabe que tem poder de poder reter as fezes e vive o 
 prazer de eliminar 
 prazer de poder controlar 
 
 
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Características de personalidade que se desenvolvem nesta fase: 
- desenvolvimento do sadismo; é o prazer de poder controlar o outro; é o jogo do domínio 
- sintoma de rejeição é a mãe que demonstra nojo por aquilo que a criança faz (fezes); mãe muito 
escrupulosa que quer limpar as fezes; isto demonstra o sintoma de rejeição. 
 
Características psicológicas desenvolvidas a partir dessa fase: 
 
- sujeito meticuloso em matéria de toalete e privacidade 
- indivíduo extremamente retentivo no sentido monetário e de relação humana 
- sujeito c/prisão ventre 
- sujeito possessivo 
- sujeito rígido, dogmático, obsessivo 
 
 
 
 
FASE FÁLICA → 3-5 anos 
- zona erógena órgãos genitais 
- masturbação 
- Complexo de Édipo 
- Castração - identificação secundária 
 
Características psicológicas da personalidade fálica: 
- exibicionista 
- agressiva 
- resoluta 
- autoconfiante 
 
A mãe desperta tensão no filho e ele alivia esta tensão se masturbando. 
O pai “faz” um corte/uma separação na relação entre filho e a mãe, por isso ele desemboca um 
sentimento hostil em relação ao pai. 
O pai representa a interdição, a separação, o corte, a lei, o cultural, coloca uma ordem; o pai é 
simbólico porque ele representa a lei; é a função paterna que vai t colocar na cultura, nas regras, nas 
proibições, na castração. 
Para esta função paterna Lacan chama o Nome do Pai. 
A mãe permite ser “namorada” pelo pai. Como o pai é simbólico, não precisa ser o pai biológico, 
quando não há a figura do pai, outras coisas fazem esta função como trabalho, por exemplo. 
Ao entrar na lei vem a castração que remete ao medo. A marca da neurose é a castração, que é o não 
realizar o que quer. A neurose viveu a castração. 
A mãe faz todas as vontades do filho, este não vive
a castração e consequentemente não tem lei, não 
tem ordem. Isto gera a psicose porque a mãe é a poderosa, não permite que nada entre a mãe e o 
pai; o filho não se insere na cultura, na ordem, não tem o simbólico, não tem limites e isto gera a 
psicose e o adicto de dependência química. 
 
 
Triângulo edípico do menino: 
1) amor pela mãe 
2) hostilidade em relação ao pai 
3) sentimento ambivalente em relação ao pai 
4) diferenciação sexual (diferença entre menino e menina) 
 
6 
 
5) fálus (representante do pênis) no sentido de ser poderoso, porque no seu corpo tem algo a 
mais 
6) masturbação 
7) vive o medo da castração 
8) relação edipiana 
9) escolha narcísica = medo de perder o pênis 
10) sai do Édipo vai abdicar do amor por minha mãe 
11) identificação com o pai a identificação com o pai é a identificação secundária, que já entra 
o princípio da realidade. A identificação primária é a escolha narcísica. 
 O filho não pode ter tudo que o pai tem, que é a mãe, e este deslocamento do amor da mãe vai 
para outra mulher “parecida” com a mãe. 
 
A escolha narcísica é uma saída; abdicar de algo em prol do seu ego. 
 
Relação com o pai o menino vive: 
- pulsão de morte parte ativa é o ódio do pai 
- pulsão de vida parte passiva é o amor pelo pai 
 
No caso da mãe fálica/poderosa, uma das coisas que pode levar ao homossexualismo do menino é a 
identificação com a mãe; quando não há interdição, não tem medo da castração e como a mãe 
escolheu para seu parceiro um homem, então o menino também escolhe um homem. 
 
 
Relação da menina: 
O primeiro objeto de amor é a mãe. 
A menina se vê castrada, sem a presença do pênis; olha para a mãe e vê que ela também não tem e 
isto gera um ódio, porque ela (a mãe) não lhe deu o pênis e fica também com raiva; é a dupla: (a) 
mãe que não tem pênis e (b) a mãe que não me deu um pênis. 
 
A menina quando se vê castrada é que ela entra no Édipo; ela olha para o pai que é quem tem o 
pênis (poder); ao passo que no menino a marca da castração faz com que ele saia do Édipo, sai da 
relação amorosa com a mãe. 
A menina começa a amar o pai e demonstra isto; desenvolve pela mãe um sentimento hostil porque 
o pai namora a mãe e acha que ao ficar como a mãe ela ficará poderosa. Nota então que o pai se 
interessa pela mãe; a menina então se identifica querendo ser igual à mãe achando que assim o pai 
vai olhar mais para ela. Ela então sai do Édipo pela identificação com a mãe. E se a mãe escolheu o 
pai que é um homem, então ela também escolherá homens para gostar. 
A criança ama o progenitor do sexo oposto. 
 
Fase fálica → O superego é o herdeiro do Complexo de Édipo; a formação se dá a partir do 
Complexo de Édipo; o superego são as proibições; a partir da castração, dos limites é que começa a 
se formar o superego. 
 
 
Nestas três primeiras fases – oral, anal e genital - a área sensorial segue o curso do amadurecimento 
biológico das áreas vitais de prazer: 
- boca alimentação; se não come, morre 
- ânus excreção de substâncias nocivas; se não elimina, morre 
- órgãos genitais reprodução da humanidade; se não procria, acaba/morre a espécie 
As três partes descarregam tensão. 
 
 
7 
 
Período de Latência→ 6-12 anos 
Não há nada de novo para ser inaugurado no desenvolvimento da criança; ela passa por um período 
de calmaria e começa a ter a mente voltada para o social no sentido de conhecer e obedecer regras e 
leis; está aberta para a aprendizagem; se interessa pelo estudo, jogos é a fase em que começa a ter 
interesse intelectual; começa a ter interesse por coleções e começam a participar de álbuns de 
figurinhas; podem passar por situações traumáticas em situações familiares e então, quando adultos, 
serão indecisos e terão dificuldades com a sua identidade. 
 
Características dessa fase: 
- rebaixamento da sexualidade 
- sexo não é relevante 
- grupos separados por sexo 
- interesse por jogos, coleções, quebra-cabeça 
 
Características psicológicas: 
- indecisão 
- não tem senso de sua própria identidade 
 
Fase genital 
Começam a aparecer mudanças hormonais no corpo (características secundárias) tais como: pelos, 
menstruação etc. e também no psiquismo. Nesta fase a criança retorna à fase fálica vivendo os 
mesmos sentimentos incestuosos. 
A diferença: naquela fase fálica o sentimento estava interditado à realização, pelo seu próprio 
impedimento do corpo e pela lei da castração. 
Agora na fase genital este sentimento retorna revivendo o sentimento pelos pais; no entanto, agora 
“pode” porque seu corpo já está pronto, mas há a proibição do incesto pela sociedade; então o 
adolescente se afasta dos pais e, posteriormente, ele retorna aos abraços e beijos nos pais porque já 
resolveu esta fase. 
 
O indivíduo/sujeito é o somatório/fruto das 5 fases. 
 
 
TENSÕES PERSONALÍSTICAS 
 
A tensão é um quantum de energia que precisa ser descarregada; se manifesta entre a pessoa e seus 
objetivos. 
 
Ela está relacionada à quantidade e ao valor dos objetivos, ou seja, quanto mais valorizado é o 
objetivo, maior é a tensão; e quanto menos valorizado, menor é a tensão. 
 
Objetivos atingidos a tensão é suprimida 
Objetivos não alcançados a tensão não é suprimida 
Acúmulo de objetivos não alcançados acúmulo de tensão 
 
 
Consequência das tensões não-suprimidas: 
- distúrbios psicossomáticos 
- dissociação personalística exagerar em certos fatos (fobia, perfeccionismo etc.). 
 
- mecanismos antidissociativos: fugas (psicológico) 
 mecanismos de defesa (personalidade) 
 
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Importante: Em “doses” adequadas, os mecanismos de defesa são saudáveis; acontece com todo 
mundo; mas em excesso leva à patologia. 
 
 
 
 FUGAS 
 
1. Devaneios 
 Sonhar acordado; muito presente no adolescente (sonha com um mundo melhor). O devaneio é 
normal, mas em excesso é patológico. 
 Ex.: Filme: Verão de 42 
 Livro: A Hora da Estrela (Clarice Lispector) retratam devaneios 
 
2. Amnésias 
 Negação da memória. 
a) temporária acontece por segundos ou horas e se caracteriza pelo retorno natural de todas 
as memórias. 
 Ex.: dar branco no vestibular 
b) parcial consiste em isolar um acontecimento. Geralmente acontece com pessoas que 
sofreram ou estão na eminência de sofrer um acidente. 
 Ex.: mulher do Dias Gomes (lembra de ter entrado no carro e depois somente de ter 
acordado no hospital - esqueceu-se da batida). 
c) involutiva ou regressiva é o esquecimento de etapas mais recentes da cronologia vital, e 
a regressão a um nível de idade cujas memórias são satisfatórias. 
 Ex.: pessoa que vive num passado feliz, glorioso 
 
d) total este rótulo é simbólico; refere-se ao esquecimento de todas informações que 
identifique o sujeito. 
 O portador da amnésia total quer (inconsciente) perder a sua identidade, quer desistir de 
quem ele é. Raramente acontece e a pessoa com amnésia total não se esquece nem do 
idioma, nem de cálculos matemáticos. 
 
3. Compulsão 
 Compulsão à comida a tensão é tão grande que a pessoa tem alívio na comida (fuga). 
 A família pressiona para que a pessoa faça dieta, mas ela come mais ainda. 
 
4. Vícios de dependência: 
 a) alcoolismo 
 b) medicamentos farmacêuticos 
 c) dependência de alucinógenos 
 
 A dependência ao álcool é a mais séria e a mais antiga.
Fuga. Existe um descontrole tão grande 
quando deixa de fazer uso daquilo, que o sujeito fica fora de si e precisa de um apoio/suporte 
para sair dela. 
 As consequências do álcool são nefastas. O alcoolismo é uma doença biológica, que traz danos 
psíquicos e orgânicos. 
 
 MECANISMOS DE DEFESA como alívio de tensão 
- Introjeção 
 Consiste em colocar para si sentimentos/afetos de outra pessoa para me aliviar. 
 
9 
 
 
- Projeção 
 Consiste em colocar em outras pessoas seus sentimentos que não são aceitos por você. 
Deposito no outro aquilo que não admito em mim mesmo. A projeção é inconsciente. 
 
 Observação: 
 O bebê utiliza os mecanismos de introjeção e projeção para estruturar o seu psiquismo. 
 
- Identificação 
 Consiste em assumir comportamentos para si mesmo que são próprios de outra pessoa. 
 
- Negação 
 Consiste em negar um sentimento que seja incompatível com você mesma; que não se aceita. 
 
- Deslocamento 
 Consiste em desviar o sentimento em relação a determinado objeto/pessoa, para outro 
objeto/pessoa ou animal. 
 Ex.: Caso Hans (Freud). Hans tinha fobia por cavalos, que escondia o medo do pai. Elegeu o 
cavalo porque tinha semelhança com o pai e não convivia com cavalos, mas precisava conviver 
com o pai. A convivência diária com a pessoa que causa o afeto é insuportável para a pessoa, 
então este afeto precisa ser deslocado para outra pessoa/objeto/animal, com quem não haja esta 
convivência diária, apenas esporádica. 
 Hans também tinha medo de lobos, porque o pai brincava com ele como se fosse o lobo. 
 
- Repressão 
 A histeria se dá através da repressão. Repressão (Freud) e Recalque (Lacan) são a mesma coisa. 
 Consiste em retirar da consciência ideias, sentimentos, afetos, tornando-os inconscientes. O 
material reprimido falha e volta através do sintoma, do ato falho. 
 
- Formação reativa 
 Consiste em assumir postura ou sentimentos contrários àqueles que você sente ou deseja. Tudo 
que é extremo é formação reativa. 
 Ex.: Mãe que ama exageradamente o filho, no fundo significa que a mãe o odeia. 
 
- Fixação 
 Consiste em gravar no psiquismo traços de determinadas fases pré-genitais que não foram bem 
vivenciadas. 
 
- Regressão 
 Consiste em assumir comportamentos ou características da fase em que houve fixação. 
Comportamento inadequado à sua faixa etária. 
 
- Racionalização 
 Consiste em dar uma resposta racional a uma situação que não foi elaborada/atendida. 
 
- Condensação 
 É próprio dos sonhos e este mecanismo de defesa não é utilizado na vigília. 
 Consiste em colocar diversas características ligadas a uma determinada pessoa em uma 
determinada situação. 
 
- Sublimação 
 
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 É o único mecanismo positivo porque consiste em transformar a energia sexual (libido) em algo 
criativo/produtivo e que traz como consequência a obtenção de prazer. 
 Pode ser o prazer de fazer uma obra de arte/uma música; o que importa é produzir prazer aos 
outros; é transmitir ao outro algo de prazeroso, que seja admirado; é importante o retorno do 
outro. 
 A sublimação tem início no período de latência, isto porque no período de latência a criança 
sublima a sua sexualidade no estudo. 
 A formação reativa também tem seu início no período de latência. Isto porque neste período a 
libido que era canalizada para o corpo da criança passa a ser direcionada para o social, quando 
começa a fazer aquisições da escrita, leitura e aritmética. O que dá muito prazer à criança e 
também aos adultos. 
 A sublimação independe da saúde mental; ocorre também em pessoas com insanidade mental. 
 Não há relação entre a sublimação e a felicidade. 
 A formação reativa é quando já se depara com algo que é impossível vivenciar. Aparece depois 
que a criança vivencia a vergonha, repugnância e moralidade (super ego). É posterior ao Édipo, 
à castração. 
 
 Vergonha, repugnância e moralidade = características do período de latência.

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