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CAP. VII Psicologia Fenomenologica Evangelista (Resumo)

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ARD – Agente Redutor de Danos (Política Pública de Saúde) – Que consiste (de acordo com a OMS) em prevenir ou reduzir as consequências negativas a Saúde. Pode reduzir muitos danos a vida de uma pessoa, sendo esses danos o uso de Drogas ilícitas, álcool...
Práticas do RD – Formar vínculos com as pessoas em situação de riscos, identificar, na vivencia com elas os danos que ocorrem na vida delas devido ao uso de drogas ou outros comportamentos e considerar opções que reduzam esses danos. 
É UM PROGRAMA QUE TEM COMO FOCO EXECUÇÃO DE AÇÕES PREVENTIVAS E DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
NO Caso de Drogas...
A abstinência não deve ser a única coisa a ser verificada quando se trata de vidas humanas, logo, cada pessoa tem sua singularidade com suas diferentes possibilidades e escolhas que são feitas. A prática de saúde a qualquer nível de ocorrência deve ser levado em consideração esta diversidade. 
Acolher sem Julgamento:
O que Cada situação, com cada usuário é possível, o que é necessário, o que está sendo demandado, o que pode ser ofertado, o que dever ser feito, sempre estimulando sua participação e o seu engajamento.
Atentar a singularidade torna o programa promissor. Traça estratégias voltada a defesa de sua vida e não com o foco em sua abstinência. A RD pode ser considerada como método (não excludente dos demais), direcionador do tratamento e isso faz com que o usuário aumente o grau de corresponsabilidade e liberdade dele.
O trabalho do AGENTE REDUTOR DE DANOS...
É estudar as comunidades, identificar áreas de grande vulnerabilidades sociais e estabelecer vínculos pessoais e institucionais. No primeiro contato (abertura de campo) é fundamental o contato com pessoas-chave do local, donos de bares. Policiais, associação de moradores, pessoas influentes no local. Isso permitirá uma avaliação mais precisa de cada área. Isso faz com que seja estabelecido uma estruturação e fortalecimento de uma rede de Assistência centrada na atenção comunitária associada a redes de saúde e ass. Social que enfatizam a reabilitação e reinserção social dos seus usuários, sempre se atendo a pessoas com problemas de álcool, profissionais do sexo (riscos) e drogas deve ter cuidados extra-hospitalares de atenção psicossocial especializada.
Neste tipo de atendimento os usuários que se veem nesse tipo de enfermidade que buscam ajuda. O que acontece de irmos a campos e trazer o tratamento. Os tratamentos são de todas as naturezas e não só relacionados as funções de riscos. Por exemplo, devemos que uma pessoa alcoolizada deve se tratar não só de seu vício mas também de um problema gástrico e isso faz parte do RD. Lidamos também com pessoas que não se sentem aceitas, se sentem envergonhadas e que não acreditam que buscar meios públicos de saúde não irá ajuda-las. São afastadas e se afastam.
Atualmente existem 10 ARD’s em Ribeirao Preto. Trabalhos de entrega de preservativos e informação sobre doenças infectuosas fazem parte deste trabalho de campo trazendo vínculos com as pessoas.
MUNDO É CONSTITUTIVO DA EXISTENCIA, portanto a concepção que dele temos é fundamental para o nosso trabalho de grupo em fenomenologia. De acordo com Luis Jardim a concepção de mundo Heideggeriana para o trabalho grupal, indicando a como a totalidade compreendida no ser junto aos entes. Ser com os outros e nos ser si mesmo. Neste sentido o mundo compartilhado é a própria intimidade. No grupo, a complexidade das relações mostra o mundo de cada um dos membros e o mundo do grupo que constituem. 
Segundo Heidegger: Dentro do mundo esse DASEIN compartilhado dos outros só se abre para o Dasein e assim também para os co-existentes. Na relação com o outro, o Dasein pode perder se no acolhimento familiar do “a gente” impessoal, mas também a possibilidade de encontrar-se.
Quando o ARD vai a campo em pessoas com vulnerabilidade que as vezes não tem nem a carteira do SUS, eles ajudam no processo de inscrição fazendo tudo direitinho, marcando consulta e tal. Quando o sujeito não comparece ao horário agendado, falta, não aparece mais, o ARD pode ser ver numa situação de frustação, chateado e sem entender porque a pessoa não compareceu. Essa preocupação foi explicada por Heidegger como:
Preocupação Substitutiva (Heidegger): A preocupação pode, por assim dizer, retirar “o cuidado” do outro e tomar-lhe o lugar nas ocupações, substituindo-o. Essa preocupação assume o lugar que o outro deve ter. Este é deslocado de sua posição, retraindo-se, para posteriormente assumir a ocupação como algo já disponível, pronto ou então se dispensar totalmente dela. Nessa preocupação o outro pode tornar-se dependente e dominado, mesmo que esse domínio seja silencioso e permaneça encoberto para o dominado.
Contrapondo-se a isso, como a outra face da moeda. O cuidado pode ser um modo de se relacionar com o outro na forma de proporcionar a autenticidade na relação. Essa é uma preocupação libertadora.
Preocupação LIBERTADORA (Heidegger): A possibilidade de uma preocupação que não tanto substitui o outro, mas que se lhe antepõe em uma possibilidade existenciaria de ser, não para lhe retirar o cuidado e sim para devolve-lo como tal. Essa preocupação que, em sua essência, diz respeito a cura propriamente dita, ou seja, a existência do outro e não uma coisa de que se ocupa, ajuda o a tornar-se, em sua cura, transparente e a si mesmo e livre para ela.
Ou seja, para Heidegger essas duas formas são interpretadas assim: Uma que acaba Aprisionando (Pois torna do outro o cuidado que ele dever ter consigo mesmo) e uma que LIBERTA (que busca auxiliar na libertação, na formação da existência, num processo de auxilio na construção do outro)
INSTITUCIONALIZAR: Seguir como princípios, hábitos e diretrizes que essas organizações estabelecem. Somos assim, institucionalizados.

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