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INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA SUELEN ISABEL GALDINO LIMA SOLOS AO NOSSO REDOR Quixadá - CE JANEIRO DE 2017. O capitulo aborda sobre os solos que nos cercam e a sua importância para os seres vivos em todos os setores. Descreve os perfis dos solos, os componentes minerais do solo, e a qualidade, degradação e resiliência dos solos. O solo é crucial para a vida na terra. A partir das primeiras formações rochosas, podemos observar como o meio ambiente tem se modificado por razões naturais e antrópicas. Nesse sentido, nunca foi tão essencial, quanto na atualidade, conhecermos os solos que nos rodeiam para que possamos entender e trabalhar de forma eficiente nesses solos. A qualidade do solo é primordial para o crescimento das plantas. As propriedades do solo determinam a natureza da vegetação presente e a quantidade e a diversidade de animais que essa flora pode sustentar. O solo atua diretamente como sistema de suprimento e purificação da água, habitat para organismos vivos do solo, modificador da atmosfera e realiza sistema de reciclagem de nutrientes e dejetos orgânicos. Para poderem identificar os perfis de solos, os pedólogos cavam um grande buraco, chamado de trincheira, para expor o solo que será objeto de estudo. Os horizontes que constituem um solo podem variar em espessura e ter limites irregulares, mas geralmente são paralelos à superfície do terreno. O conjunto de camadas orgânicas encontradas na superfície do solo é designado como horizontes O. Os horizontes A são as camadas mais próximas da superfície onde dominam partículas minerais que foram escurecidas devido ao acúmulo de matéria orgânica. O horizonte E é designado como intemperizados e lixiviados, não possuem matéria orgânica. As camadas subjacentes aos horizontes A e O contêm relativamente menos materiais orgânicos do que os horizontes mais próximos da superfície. Camadas subjacentes, conhecidas como subsolo, são os horizonte B. A parte do perfil do solo menos intemperizada é o horizonte C. Os quatro principais componentes do solo são: o ar, a água, os minerais e a matéria orgânica. A quantidade desses quatro componentes influenciam muito o comportamento e a produtividade dos solos. Entre os componentes minerais do solo podemos destacar: areia, silte e argilas. Termos como arenosa, argila-siltosa, argilosa e franca são usados para identificar a textura do solo. Partículas de areia, silte e argila podem ser imaginadas como os blocos de construção a partir dos quais o solo é montado. A maneira como esses blocos estão posicionados é chamada de estrutura do solo. A matéria orgânica do solo consiste em uma grande variedade de substâncias orgânica, incluindo os organismos vivos, restos de organismos que em algum momento ocuparam o solo e compostos orgânicos produzidos pelo metabolismo atual e passado ocorrido no solo. Os restos de plantas, animais e micro-organismos são continuamente decompostos no solo e novas substâncias são sintetizadas por outros micro-organismos. Ao longo do tempo, a matéria orgânica é removida do solo na forma de CO2 produzido pela respiração dos micro-organismos. A matéria orgânica também aumenta a quantidade de água que um solo pode reter, bem como a proporção de água disponível para o crescimento das plantas. O húmus, geralmente de cor preta ou marrom, é um conjunto de compostos orgânicos complexos que se acumulam no solo porque são relativamente resistentes à decomposição. O solo é um recurso básico que suporta todos os ecossistemas terrestres. Quando os solos são cuidadosamente manejados, eles se tornam um recurso natural reutilizável; contudo, na escala de vidas humanas, eles não podem ser considerados um recurso renovável. A qualidade do solo é uma medida da sua capacidade para realizar determinadas funções ecológicas. A degradação da qualidade do solo por poluição é geralmente localizada, mas os impactos ambientais e os custos envolvidos são muito grandes. O manejo sustentável do solo significa usá-lo de forma que ele continue proporcionando os benefícios presentes sem comprometer sua capacidade de satisfazer as necessidades das gerações futuras. Alguns solos têm resiliência suficiente para se recuperar de degradações menores quando deixados para vegetarem novamente por conta própria. Em outros casos, mais esforço é necessário para restaurar os solos degradados, recorrendo à adubos orgânicos e inorgânicos. É de extrema importância entender a formação do solo como objeto de estudo e campo para trabalho. Ao entendermos as funcionalidades e importância do solo para os ecossistemas, podemos manejar e utilizar os solos de maneira otimizada e eficiente, bem como sua manutenção e recuperação.
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