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Coping Medida de Enfrentamento de Familiares de Pacientes com Câncer

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
Coping: Medida de Enfrentamento de Familiares de 
Pacientes com Câncer. 
 
 
 
 
 
Felipe Fernandes dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 
2016 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
COPING: MEDIDA DE ENFRENTAMENTO DE FAMILIARES 
DE PACIENTES COM CÂNCER 
 
 
 
Felipe Fernandes dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 
2016 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Psicologia da 
Universidade São Judas Tadeu (USJT), 
como parte dos requisitos para obtenção 
do título de Psicólogo. 
 
Orientador: Profº Ms. Raphael Cangelli 
Filho 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Primeiramente dedico este trabalho a minha avó, Evani Zanchetta Moretti, minha 
eterna “Doutora”, sempre me incentivou a crescer como pessoa e profissional, a 
qual se orgulhava em dizer a todos sobre minha pessoa, seu maior sonho era me 
ver formado, infelizmente por consequência de um câncer veio a falecer, por 
conta de seu adoecer conheci pessoas incríveis e importantes na área da 
Psicologia Hospitalar, surgiram grandes oportunidades; hoje posso dizer que seu 
sonho foi realizado. Por este motivo, venho me dedicando ao contexto hospitalar 
e ao tema deste trabalho. 
 
A minha formação como profissional não poderia ter sido concretizada sem a 
ajuda de meus pais Almir e Giane, que, no decorrer da minha vida, 
proporcionaram-me, além de extenso amor, respeito e desenvolvimento como ser 
humano. 
 
À Ms. Regina Célia Rocha, responsável pelo meu crescimento profissional, nunca 
deixando de acreditar no meu potencial como ser humano e profissional, abrindo 
todas as portas possíveis para mim, sabendo o momento certo de um elogio e 
também para um ‘puxão de orelha’, por ter me adotado como um pupilo e 
principalmente por fazer meu sonho e da minha avó realizado. 
 
À Psicóloga Lucilene Caldeira, que nos conhecemos na UTI do hospital que 
minha avó estava hospitalizada, desde então sendo solícita em todos os 
momentos e sempre acreditando no meu profissionalismo, contribuindo para o 
início de toda minha carreira no contexto hospitalar. 
 
Ao Profº. Ms. Raphael Cangelli Filho, braço amigo em todas as etapas deste 
trabalho me ensinando não somente a teoria, mas também me incentivando a 
crescer em todos os sentidos. 
 
À Profª. Dra. Maria Esmeralda Zamlutti, que esteve ao meu lado me ajudando e 
incentivando desde o início do curso, professora a qual jamais irei esquecer. 
 
À Professora Emérita, Dra. Mathilde Neder, a qual há quase seis décadas deu 
início à Psicologia Hospitalar, sendo de grande incentivo para minha carreira 
profissional e como pessoa, por sua dedicação, persistência e superação em 
todas as dificuldades a qual enfrentou ao longo de sua história. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente aos meus professores do Ensino Primário, Fundamental 
e Médio por me proporcionar um ótimo ensino para eu ingressar na universidade 
e consequentemente ter meu título como Psicólogo. Todos foram importantes, 
contudo realço alguns nomes: Prof. Ms. Emerson Salino; Prof. Josafá Figueiredo; 
Prof. Simone Correia, Prof. Milena Boscolo; Prof. Augusto Dourado; Prof. Dr. 
Leandro Villela de Azevedo; Prof. Suzy; Diretora Luciane Fazito e Dona Eunice 
Fazito juntamente ao Colégio Saint Clair. 
 
Aos meus grandes amigos, que possuo amizade desde a infância, que tiveram a 
paciência pelas vezes que não pude comparecer aos passeios e encontros por 
conta dos compromissos acadêmicos, que apesar de tudo, sempre me 
incentivam a seguir em frente. 
 
À Profª. Dra. Heloísa Chiattone por me proporcionar todo o aprendizado voltado 
ao trabalho do psicólogo no âmbito hospitalar e por todas as oportunidades e 
ensinamento aos quais tem me dado desde então. 
 
Às minhas supervisoras do aprimoramento, Psicóloga Helenice Alves e Psicóloga 
Andrea Barros por estarem ao meu lado todos os dias proporcionando uma gama 
de aprendizado, e por me incentivarem a cada dia a crescer profissionalmente e 
como pessoa. 
 
À Profª. Dra. Glória Heloise Perez e Profª. Dra. Bellkiss Wilma Romano por terem 
dado a primeira oportunidade de entrar no contexto hospitalar, o qual foi de 
extremo aprendizado. 
 
Aos demais familiares, amigos e professores que fizeram parte da minha 
trajetória acadêmica. 
 
À Profª. Dra. Maria Rita Polo Gascón, que me incentivou e ajudou em todo 
decorrer deste trabalho. 
 
 
 
Sumário 
 
 
Resumo.......................................................................................1 
Introdução ..................................................................................2 
 Objetivo geral ......................................................................4 
 Objetivos específicos ..........................................................4 
Método .......................................................................................4 
 Participantes.........................................................................5 
 
 Material.................................................................................5 
 Procedimento.......................................................................5 
Resultados e Discussão..............................................................6 
Considerações finais...................................................................13 
 
Referências ................................................................................14 
Anexo(s) .....................................................................................16 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 Resumo 
 
Levando em conta o constante aumento do número de incidências de diagnósticos 
de câncer no mundo, faz-se necessário maior aprofundamento de conhecimento quanto aos 
aspectos psicológicos dos familiares frente ao adoecer do paciente. O impacto do adoecer 
e o processo de tratamento da doença são fatores que afetam diretamente a capacidade de 
enfrentamento, também conhecido como “Coping”. Dessa forma, essa pesquisa objetiva-
se a averiguar e analisar o impacto do adoecer nos familiares de pacientes oncológicos e o 
enfrentamento da doença, com parentesco direto ou cônjuge. Foi analisado o 
enfrentamento do diagnóstico, tratamento, hospitalização, prognóstico da doença, 
antecedentes familiares diagnosticados com câncer, mudanças nas atividades do dia-a-dia 
dos familiares, formação religiosa e sua influência no tratamento e se o paciente possui 
conhecimento do diagnóstico. Assim foram verificados os possíveis fatores que 
influenciam negativamente, sendo eles, sentimentos de tristeza, depressão, pensamentos de 
falso conceito ou fantasiosos, ansiedade, medo, entre outros; e positivamente, como 
melhora na compreensão, enfrentamento, suporte ao familiar adoecido, reflexão sobre o 
processo, entre outros. 
 
Palavras-chave: Coping; Enfrentamento; Familiares; Câncer; Psico-oncologia 
 
Abstract 
 Considering the counstant growing number of incidences the cancer diagnoses of 
the world, it is necessary to further deepening of knowledge about the psychological 
aspects of patients and their families facing the illness. 
The impact of illness and the treatment of the disease process are factors that directly 
affect the coping capacity, also known as "coping". Thus, this research goal is to 
investigateand analyze the impact of ilness in the familiars of cancer patients and the 
confrontation of the disease, with direct kinship or spouse. It was analyzed the 
confrontation of the diagnosis, treatment, hospitalization, prognosis of disease, family 
history diagnosed with cancer, changes in the day-to-day activities of the family, religious 
background and its influence on treatment and if the patient has knowledge of the 
diagnosis. I was verified the possible factors that negatively influence, being them, 
feelings of sadness, depression, thoughts of false or fanciful concept, anxiety, fear, among 
others; and positively, as improvement in understanding, coping, family support illness, 
reflection on the process, among others. 
Keywords: Coping; Coping; Family members; Cancer; Psycho-Oncology 
2 
 
Introdução 
 
Para iniciarmos este estudo, precisamos ter o conhecimento básico do câncer como 
orgânico, etiologia, sinais, sintomas, tipos de câncer; pois há uma gama de estudos no qual 
estes influenciam diretamente no estado emocional, na capacidade de enfrentamento, no 
pensamento e no comportamento do paciente e seus familiares. 
Designa-se câncer o crescimento desordenado, denominado como maligno, de 
células que invadem os tecidos e órgãos, tornando-se célula neoplásica; e em fase 
avançada, podendo espalhar-se, denominando-se como metástase para outras regiões do 
corpo. É importante ressaltar que tumor não é o mesmo que câncer, sendo que, pode ser 
benigno ou maligno, assim chamado de câncer. 
Em termos técnicos, Camponero (2008) refere que, a célula neoplásica utiliza 
processos bioquímicos normais, mas de forma desregulada e em momentos inoportunos, 
gerando a proliferação celular descontrolada e demais processos envolvidos na 
carcinogênese. A célula normal é transformada em célula neoplásica num longo processo 
em que os mecanismos normais de regulação da proliferação e diferenciação celular vão 
sendo danificados sucessivamente. Importante ressaltar que é necessário que ocorram 
danos tanto nos sistemas que induzem a proliferação como nos mecanismos responsáveis 
por frear o processo. 
Segundo Veit e Carvalho (2008), o câncer é uma doença que desencadeia 
comportamentos característicos. Sempre foi algo a ser escondido por vir acompanhado de 
muitos estigmas, como a inevitabilidade da morte e as explicações equivocadas a respeito 
de sua etiologia. 
Câncer é estigmatizado na maioria das vezes como algo destrutivo e ruim, se 
tornando sinônimo de morte. Veit e Carvalho ressaltam que, o câncer também tem sido 
usado como metáfora de comportamentos e condições sociais que significam destruição ou 
desintegração moral ou social. 
Neste processo, devemos ressaltar a magnitude do trabalho da psico-oncologia, no 
de acordo com os autores citados a cima, se referem a uma área interdisciplinar, o qual se 
configura uma equipe de saúde capacitada a atuar de forma integrada, de acordo com uma 
visão abrangente que não se restringe propriamente à doença, mas favorece o paciente e o 
meio interno e externo em que se insere. 
3 
 
Podemos levar em consideração ao parágrafo acima, também o favorecimento dos 
familiares, pois estão no contexto do paciente e também manifestam demandas no que se 
diz a respeito do enfrentamento da doença e do processo do adoecer, pois é imprescindível 
que o familiar esteja favorecido com o apoio psicológico, pois o mesmo proporciona um 
suporte ao paciente a lidar com a doença e todo processo do tratamento. 
O impacto do adoecer não afeta apenas o paciente, mas também os familiares, 
principalmente quando se trata de uma doença como o câncer. Assim como os pacientes, 
os familiares confrontam-se com dificuldades em relação ao enfrentamento do adoecer, 
mudanças na dinâmica familiar, hospitalização e os cuidados referentes ao tratamento. 
Essas dificuldades podem acarretar na vulnerabilidade emocional e frágil estado 
psicológico geral, sendo de extrema importância a aplicação dessa pesquisa, podendo 
entender melhor o enfrentamento da doença pelos familiares e levantar hipóteses para 
melhoria de futuros estudos e técnicas a campo. 
Perante tudo o que foi dito faz-se importante que haja estudos que busquem 
compreender as estratégias de enfrentamento destes familiares, ressaltando a significância 
da utilização do Coping, no qual, diversos autores estudam sobre o assunto e possuem 
diversas teorias sobre o mesmo, autores como Fokman, Lazarus, Dell’Aglio, Bandeira, 
Antoniazzi, Band, Weisz, Moss, entre outros demais teóricos. 
Segundo Folkman e Lazarus (1984) as estratégias de Coping são definidas como 
um conjunto de esforços cognitivos-comportamentais que levam o indivíduo a lidar com 
demandas internas e externas que surgem em situações estressantes, que sobrecarregam os 
recursos pessoais do indivíduo. 
Para Antoniazzi, Dell'Aglio, e Bandeira (1998), Coping é interpretado como o 
conjunto das estratégias utilizadas pelas pessoas como recurso para adaptarem a 
circunstâncias adversas. São esforços empregados pelos indivíduos para lidar com 
situações estressantes, crônicas ou agudas, têm se constituído em objeto de estudo da 
psicologia social, clínica e da personalidade, encontrando-se fortemente atrelado ao estudo 
das diferenças individuais. 
Alguns teóricos utilizam na teoria, tipologia, na qual subdivide em Coping 
primário e secundário. Segundo Band e Weisz (1988), coping primário é utilizado com o 
objetivo de lidar com situações ou condições objetivas, e o secundário envolve a 
capacidade de adaptação da pessoa às condições de stress. 
4 
 
Segundo levantamento aplicado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar 
Gomes da Silva, INCA (2015), estima-se que o Brasil, nos anos de 2016-2017, aponte 
cerca de 600 mil casos novos de câncer. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, 
no qual se estima aproximadamente 180 mil casos novos, ocorrerão cerca de 420 mil casos 
novos de câncer. Sendo uma estatística importante para a estratégia de estudo de coping 
frente aos familiares de pacientes oncológicos e de estratégias de atuação voltados aos 
profissionais da área da saúde, não restringindo apenas para o trabalho do psicólogo 
clínico ou hospitalar. 
Por fim, pesquisa a campo é de suma importância, porém é necessário analisar os 
artigos já pesquisados na área da psicologia ou em outras áreas da saúde para que haja 
uma base precisa de conhecimentos voltados ao assunto estudado para que possamos 
aprimorar estudos e técnicas no âmbito acadêmico e profissional. 
Objetivo geral 
 
Averiguar e analisar o impacto do adoecer nos familiares de pacientes oncológicos 
e o enfrentamento da doença. 
 
Objetivos específicos 
 
a) Verificar e analisar como os familiares enfrentam o diagnóstico; 
b) Verificar como o familiar enfrenta o tratamento da doença 
c) Verificar como o familiar enfrenta a hospitalização, caso haja; 
d) Verificar como o familiar enfrenta o prognóstico da doença; 
e) Verificar se houve antecedente mórbido familiar de câncer 
f) Verificar se houve mudança da dinâmica familiar, e quais; 
g) Verificar se houve mudança nas atividades do dia-a-dia; 
h) Verificar se o paciente possui conhecimento do diagnóstico; 
i) Verificar a formação religiosa e sua influência na família. 
 
Método 
 
Foi realizado um estudo transversal, específico, de campo e com levantamento de 
dados por meio de uma entrevista semi estrutural fundamentada em material teórico com 
perguntas referentes aos objetivos específicos e gerais, sendo um tipo de pesquisa 
qualitativa com levantamento de dados por meio de entrevista. 
5 
 
Participantes 
 
Esta pesquisa foi realizada com 05 participantes, de gênerofeminino, com idades 
variando de 35 a 61 anos, residentes na cidade de São Paulo, familiares de pacientes 
oncológicos constituídos como consanguíneos, e parentesco direto – duas irmãs, filha, 
prima e nora, sendo esses os critérios de inclusão. 
Como critérios de exclusão, foram considerados os familiares não consanguíneos 
com idade inferior a 18 anos, cuidadores no qual não se encaixam como familiares. Estes 
indivíduos não participaram da pesquisa. 
Os riscos existentes nesta pesquisa são considerados mínimos e referem 
desconforto e alguma ansiedade devida à possível mobilização de lembranças 
desagradáveis. Os benefícios apontados: podem incluir a promoção de uma reflexão 
acerca do enfrentamento frente ao adoecer do familiar do participante, levando-os a 
perceber sua importância e papel no enfrentamento. 
 
Material 
 
Para coleta de dados, foi elaborado uma entrevista semi estruturada, com base no 
roteiro de entrevista (Anexo 1), antes foi fornecido a cada participante um Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE – Anexo 2), que descreve o objetivo e o 
procedimento realizado. 
 
Procedimento 
 
A pesquisa foi realizada após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da 
Universidade São Judas Tadeu (C.A.A.E.: 55170616.1.0000.0089), de acordo com os 
termos da Resolução 466/12. A partir disso, foi agendada a data, local e horário das 
entrevistas. Os participantes desta pesquisa foram devidamente informados sobre a 
finalidade do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre-Esclarecido (TCLE). 
As duvidas foram esclarecidas e a partir de então, foi iniciada a entrevista, a qual consiste 
em questões formuladas pelo próprio autor da pesquisa baseado em um material 
fundamental teórico. 
Foi explicado que o pesquisador não dará suporte à problemática presente na 
dinâmica da pessoa entrevistada, havendo possibilidade de um apoio psicológico para as 
ansiedades que poderão ser mobilizadas nos participantes pelo questionamento realizado 
pois só a interrupção da entrevista pode não ser suficiente para cumprir essa finalidade. 
6 
 
Havendo necessidade, o participante poderá ser encaminhado ao Centro de Psicologia 
Aplicada (CENPA), da Universidade São Judas Tadeu. 
 
Os dados das entrevistas foram investigados através da análise de conteúdo 
ressaltados na entrevista, gerando-se categorias de resultados descritivos e sistemáticos 
dos aspectos levantados. 
 
Resultados e Discussão 
Os resultados foram analisados e discutidos a partir de nove categorias descritas no 
questionário elaborado pelo pesquisador, e respondido pelos participantes desta pesquisa. 
 
Conhecimento do diagnóstico pelo paciente, suas informações e recursos: 
 Após o levantamento de dados da pesquisa, foi observado que houve uma 
divergência nas respostas dos familiares entrevistados, sendo que, três responderam que o 
respectivo familiar adoecido possui conhecimento do diagnóstico; e outros dois, 
responderam que não possui conhecimento. 
 O grupo de familiares que relataram o conhecimento do diagnóstico pelo paciente, 
uma parte informou que o familiar adoecido possui poucos recursos de enfrentamento e 
nega a doença, apesar de saber da gravidade do quadro clínico, e o mesmo foca na 
qualidade de vida; outra parte informou possuir recursos de enfrentamento, ambos os 
respectivos familiares adoecidos utilizam-se da religião e suporte familiar como medidas 
de enfrentamento. 
 Já o grupo de familiares que o parente adoecido não possui conhecimento do 
diagnóstico, um dos entrevistados optou apenas em responder não possuir conhecimento 
do diagnóstico e tratamento. O segundo familiar entrevistado respondeu que o parente 
adoecido não possui conhecimento por decisão da família, e que o mesmo possui idade 
avançada (89 anos – sic) e debilidade física, não havendo possibilidades de tratamento. 
 Segundo Ceolin (2008), problemas de ordem emocional ocorrem com frequência 
tanto em pacientes com câncer como em seus familiares em função da dificuldade em lidar 
com o diagnóstico. Não raro, transtornos psicológicos como depressão e ansiedade são 
diagnosticados no paciente em seus familiares em todas as fases do tratamento. 
 Na pesquisa atual pode-se discordar com os achados da pesquisa citada, pois os 
familiares entrevistados não citaram demandas de ordem emocional de seus respectivos 
parentes adoecidos, mesmo havendo levantamento de poucos recursos de enfrentamento. 
 Melo, et al. (2012) quanto ao seu impacto, a notícia do câncer é capaz de mudar 
de forma considerável o relacionamento entre os membros da família e a forma como se 
comunicam e resolvem questões diárias. 
7 
 
 Podemos comprovar que grande parte dos familiares entrevistados informou o 
suporte familiar como medidas de enfrentamento frente ao impacto do diagnóstico, esse 
dado condiz com o que foi levantado no estudo anterior. 
 
R.M.: Sim. Gravidade do quadro, tratamento medicamentoso. Foco na qualidade de vida, 
poucos recursos, pois nega a doença 
K.M.O.: A paciente não sabe da doença por decisão da família, não é recomendada 
psicoterapia devido a idade avançada; e também não pode fazer a cirurgia para retirada 
do tumor devido idade e debilidade física. O câncer “comeu” (sic) parte do anus e agora 
toma morfina para as dores 
M.O.A.L.: Paciente tem conhecimento do diagnóstico e tratamento, pois acompanhou a 
mãe que faleceu de câncer um pouco antes da paciente descobrir que tinha câncer. Faz 
tratamento no SUS, além da fé, tem muito suporte familiar. 
A.S.R.: Sim, no começo foi difícil, mas depois se apegou a religião e a família e melhorou 
muito o comportamento. 
R.L.: Não possui conhecimento do diagnóstico. 
 
Enfrentamento do Diagnóstico: 
Nas entrevistas, foi possível identificar diversos sentimentos, pensamentos e 
recursos de enfrentamento frente ao diagnóstico de câncer dos respectivos familiares. Em 
relação aos sentimentos, foram relatados sentimentos de tristeza, preocupação, impotência, 
revolta e medo. 
Já os pensamentos referidos pelos familiares, foram pensamentos positivos, sobre 
sua impotência diante da doença, sofrimento, antecipação da perda do ente, crença frente à 
cura da doença, e pensamentos em relação a experiências anteriores frente a antecedentes 
mórbidos de câncer de outros familiares, sendo que apenas um entrevistado optou por não 
referir seus pensamentos. 
Sobre as medidas de enfrentamento do diagnóstico, foi observado que os familiares 
utilizam recursos como fé, orações, terapia, religião, fuga de pensamento frente à doença, 
e o incentivo para a melhora do familiar adoecido. 
Segundo Farinhas, Dellazzana-Zanon e Wendling (2013), afirmam que a família 
em questão fez mais uso de estratégias de enfrentamento positivas do que negativas. As 
principais estratégias de enfrentamento positivas são: (a) psicoterapia e (b) espiritualidade. 
Podemos comprovar esta justificativa, sendo que, no recente estudo, foi observado 
que os familiares também utilizam a terapia e a espiritualidade como estratégias de 
enfrentamento positivas. 
8 
 
Martins, Silva Filho e Pires (2011) afirmam que comportamentos de fuga e esquiva 
estão relacionados aos sentimentos negativos que o câncer desperta na família, 
principalmente em relação à morte. 
No atual estudo observamos que os pensamentos negativos referidos pelos 
familiares foram fuga de pensamento frente à doença, este levantamento aponta uma 
justificativa ao estudo citado. 
 
R.M.: Sou realista. Tenho sentimentos de tristeza, preocupação, impotência, porém, 
procuro manter pensamentos positivos e recorro a fé, fazendo orações 
K.M.O.: Sentimento de impotência, de não tirar a dor e aliviar ador dela; Pensamentos 
de impotência também; Recursos: terapia, e em pensar que não podia fazer nada, que 
podia dar suporte e amor à ela. A religião ajudou, crença que a verá novamente e bem. 
M.O.A.L.: Sentimentos: medo de perder, pensamento e se perder o que fazer. Meu pai 
também morreu de câncer. Quando soube do câncer. Quando soube do câncer da prima, 
pensou no pai e na tia. Penso sobre o sofrimento que a prima pode ter e como seus primos 
ficaram. Quando começo a pensar sobre a prima, desvia o pensamento para não sofrer. 
A.S.R.: Sempre procurei não demonstrar que algo de ruim poderia acontecer com ela, 
pelo contrário, sempre incentivei que ia dar certo e ela ia ficar boa. 
R.L.: Tristeza, revolta, impotência, medo. Penso que ela vai morrer, preciso ser forte para 
dar força a ela. 
 
Enfrentamento frente ao tratamento da doença: 
 Podemos observar que um grupo de familiares verbalizou ter pensamentos 
positivos frente ao tratamento, o qual se pode perceber a presença de bons recursos de 
enfrentamento frente ao tratamento da doença dos respectivos familiares adoecidos, 
contudo, outro grupo, demonstrou possuir frágeis recursos de enfrentamento frente ao 
tratamento de seus familiares. 
Dos familiares os quais mostraram ter bons recursos de enfrentamento frente ao 
tratamento, informaram ter pensamentos como, confiança, crença e fé. Já os familiares que 
demonstraram ter frágeis recursos de enfrentamento, verbalizaram ter pensamentos de 
impotência e medo do sofrimento do familiar adoecido. 
Segundo Chiattone (1992) a inaceitabilidade social do câncer pode ser atribuída a 
causas, das quais a mais relevante refere-se ao medo de todos os indivíduos ao prolongado 
sofrimento no decorrer do tratamento e nas etapas da doença. 
Neste estudo essa afirmação foi confirmada uma vez que os familiares que 
demonstraram ter frágeis recursos de enfrentamento verbalizaram o medo do sofrimento 
do familiar adoecido no decorrer do tratamento. 
9 
 
 
R.M.: Apesar da gravidade da doença, sinto que estou fazendo o melhor e tenho tido 
pensamentos de confiança frente ao tratamento. 
K.M.O.: Sentimento de impotência, de não tirar a dor e aliviar a dor dela; Pensamentos 
de impotência também; Recursos: terapia, e em pensar que não podia fazer nada, que 
podia dar suporte e amor a ela. A religião ajudou, crença que a verá novamente e bem. 
 
M.O.A.L.: Penso sobre o sofrimento que a prima pode ter e como seus primos ficaram. 
Quando começo a pensar sobre a prima, desvia o pensamento para não sofrer. 
A.S.R.: Eu sempre acreditei no tratamento e muita fé em Deus que ela ia ficar bem. 
R.L.: Medo do sofrimento, mas incentivo ela. 
 
Enfrentamento frente ao prognóstico da doença: 
 Segundo o levantamento realizado na pesquisa, podemos observar que, há uma 
divergência nas respostas dos familiares entrevistados, referente ao prognóstico da doença 
dos respectivos familiares adoecidos, subdividindo-se em três categorias, sendo elas; 
prognóstico reservado (ruim), favorável (bom) e que ainda não possui informação sobre o 
mesmo. 
Três familiares entrevistadas, os quais seus receptivos familiares adoecidos 
possuem prognóstico reservado já estabelecido, há uma divergência entre as respostas, 
sendo que, uma das familiares respondeu que procura favorecer a qualidade de vida de seu 
familiar adoecido, criando situações que favorecem momentos de alegria para o mesmo, o 
qual pode sugerir que há presença de enfrentamento frente ao prognóstico da doença. Já as 
outras duas familiares entrevistadas, relataram que não podiam fazer nada pelo familiar 
adoecido, informando sobre o sofrimento da mesma, e que encaram com tristeza, segundo 
os relatos dos familiares, indicando poucos recursos de enfrentamento. 
 Houve uma familiar entrevistada, que afirmou que há um prognóstico favorável de 
seu familiar adoecido, e se mostrou esperançosa frente à recuperação do mesmo. Isso pode 
sugerir que a familiar utiliza-se da esperança como recurso de enfrentamento acerca do 
prognóstico. 
 Por fim, a familiar que informou não possuir informação sobre o prognóstico, 
mostrou-se esperançosa por um prognóstico bom, possuindo a crença que o familiar 
adoecido possa ser curado, este relato indica que possa haver medidas de enfrentamento. 
 Após uma vasta pesquisa não foram encontrados estudos que comprovam ou 
discordam em torno dos recursos de enfrentamento dos familiares frente ao prognóstico de 
câncer dos parentes adoecidos. 
10 
 
 Contudo, segundo Marmot & Wilkinson (2006) pesquisas futuras podem fornecer 
conhecimentos sobre a relação entre o apoio social e o prognóstico da doença. 
 Na presente pesquisa foi possível levantar uma relação entre o apoio familiar e o 
prognóstico da doença, sendo que a maioria dos familiares relatou estar presente 
diretamente com o parente adoecido, proporcionando rede de apoio ao parente com 
câncer, este dado sugere que essa rede de apoio pode contribuir para o enfrentamento do 
prognóstico dos familiares e pacientes. 
 
R.M.: Ainda que, segundo os médicos o prognóstico não é bom, procuro focar no lado 
bom e na qualidade de vida criando situações que favorecem momentos de alegria. 
K.M.O.: Fiquei muito deprimida quando soube do prognóstico não favorável, porque não 
podia fazer nada. Tudo que sabia (conhecimento) não podia fazer nada e ainda sabia o 
todo sofrimento que minha mãe irá passar 
M.O.A.L.: Prognóstico favorável. Esperança que se recupera. A prima é forte e 
trabalhadora a força dela dá ânimo para toda família. 
A.S.R.: Acreditamos num prognóstico bom, tantos os médicos, como a família, 
acreditamos na cura. 
R.L.: Prognóstico ruim. Encaro com tristeza. 
 
Antecedente mórbido familiar de câncer: 
 Segundo os dados levantados na pesquisa, apenas uma participante verbalizou que 
não possui antecedente mórbido familiar, sendo que os demais, responderam que já 
possuíram mais de um antecedente de câncer. Estes dados corroboram para o 
enfrentamento da doença, o qual pode interferir tanto positivamente, quanto 
negativamente os recursos de enfrentamento dos respectivos familiares. 
 
R.M.: Sim. Alguns membros da família: Irmã, irmão e sobrinha 
K.M.O.: Tia: Com metástase; Prima: Leucemia; Filho: Câncer no intestino; Pai: Câncer 
no pulmão; Outra prima: Faleceu de câncer, não lembro qual (sic). 
M.O.A.L.: Pai e mãe 
A.S.R.: Tios. 
R.L.: Não. 
 
 
 
 
 
11 
 
Mudança na dinâmica familiar: 
 A maioria das participantes da pesquisa, responderam que houve mudança na 
dinâmica familiar após os seus respectivos familiares adoeceram, sendo que apenas um 
respondeu que não houve mudanças. Uma participante informou que a familiar adoecida 
passou a morar com outros familiares, outra respondeu que os familiares passaram a 
cuidar do ente adoecido e de sua casa, outra informou que, por conta do adoecimento, 
houve a união entre os membros da família, outro passou a cuidar mais da família, e por 
último, a participante que respondeu que não houve mudanças, explicou que a familiar 
adoecida já havia outras comorbidades, já havendo, portanto, a necessidade de ser cuidada 
pela família. Podemos dizer que a doença de um membro da família sempre irá provocar 
uma mudança na dinâmica familiar, ainda que mínima. 
Segundo Melo et at. (2012) a modificação de papéis e de hábitos é necessária não 
apenas para que a família se adapte à nova realidade, mas também para que garanta a 
continuidade de seu equilíbrio. 
No presente estudo, houve modificação de papeis e de hábitos na maioria dos 
familiares entrevistados, os quais relataram que passaram a cuidar mais de seus familiares, 
havendo maior união, sendo assim, este dado condiz ao estudo citado.Para Ribeiro e Souza (2010) embora ocorram mudanças significativas em sua 
rotina, os cuidadores se sentem satisfeitos em cuidar e não expressam sentimentos 
negativos quanto ao paciente. 
Podemos observar na atual pesquisa, que os familiares entrevistados não 
expressaram sentimentos negativos frente à mudança na dinâmica familiar e cuidados do 
familiar adoecido, ressaltando a satisfação em cuidar dos mesmos. 
 
R.M.: Houve mudanças. Paciente (que antes morava sozinha) passou a morar com a 
família (filho, neta e nora) 
K.M.O.: Não houve mudanças. O câncer apareceu quando a paciente já era cuidada de 
outra doença. Morava com uma das filhas 
M.O.A.L.: Filho e marido começaram a cuidar da mãe e da casa 
A.S.R.: Não mudou o relacionamento da família, e sim mais união entre nós. 
R.L.: Passei a cuidar mais da família 
 
 
 
 
 
12 
 
Mudança no dia-a-dia: 
 Podemos observar que em todas as participantes entrevistadas, houve mudança no 
dia-a-dia após o adoecimento de seus familiares. Podemos notar algumas mudanças, tais 
como o acompanhamento domiciliar; idas frequentes ao médico; cuidados especiais, como 
por exemplo, ficar perto do familiar a maior parte do tempo, cuidar da alimentação e 
higiene; afastamento do trabalho; e limitações de atividades sociais e de lazer. 
 
R.M.: Sim. Acompanhamento residencial de fisiorespiratorio. Idas frequentes ao médico, 
cuidados especiais com alimentação. 
K.M.O.: Com o agravamento da doença, não anda, não toma banho sozinha, tem DPOC, 
está acamada. 
M.O.A.L.: Parou de trabalhar para fazer cirurgia, retirada do tumor, mas já voltou. 
A.S.R.: Sim, ás vezes deixamos de viajar para ficar cuidando dela 
R.L.: Sim! Não queria fazer mais da, só ficar perto dela. 
 
Formação religiosa e sua influência no adoecimento/tratamento: 
 De todas as participantes, apenas uma respondeu que a religião não corroborou 
como interferência nos recursos do adoecimento ou tratamento do familiar adoecido, 
sendo que, as que afirmaram que houve interferência, responderam que a formação e os 
preceitos religiosos ajudaram positivamente nos recursos de enfrentamento. 
 Barreto e Amorim (2010), realizaram uma pesquisa para compreender o sentimento 
das famílias de pacientes com câncer, foi observado que a religiosidade, frequente nos 
discursos, assume grande importância no processo de enfrentamento da doença. 
 No recente estudo, também podemos comprovar segundo os discursos dos 
familiares, que a presença da formação religiosa corrobora para o processo de 
enfrentamento da doença, agindo positivamente frente ao processo. 
 
R.M.: Católica – Não possui influência 
K.M.O.: Espírita – Religião é uma fortaleza, se apena na religião para suportar as dores. 
M.O.A.L.: Espírita - A fé ajuda a enfrentar a doença 
A.S.R.: Católica - Porque ela passou a acreditar mais na cura 
R.L.: Espírita – Enfrentar a doença 
 
Enfrentamento da hospitalização / Revezamento familiar na hospitalização: 
A informação foi pesquisada, não tivemos informações, pois nenhum dos 
familiares adoecidos encontrava-se hospitalizado no momento, não havendo informações 
suficientes para o levantamento de dados acerca da hospitalização. 
13 
 
Considerações Finais 
 
Com a atual pesquisa, pôde-se concluir alguns aspectos contribuem para as 
estratégias de coping dos familiares de pacientes com câncer, corroborando para as 
situações advindas do processo de adoecimento e tratamento do familiar adoecido, sendo 
assim, os objetivos propostos deste estudo foram alcançados. 
Podemos observar que existem poucos estudos voltados especialmente no 
enfrentamento de familiares de pacientes oncológicos, havendo apenas uma gama de 
estudos referente unicamente aos próprios pacientes. 
Foi visto também, que na maioria das revisões de literatura utilizadas nesta 
pesquisa não são pesquisas voltadas à área da Psicologia, sendo a grande maioria 
responsável pelos estudos publicados, especificamente a área de Enfermagem. 
A partir disso, a atual pesquisa é de extrema importância, pois poderá servir de 
auxílio para demais pesquisas referentes ao tema e incentivar os pesquisadores ao aumento 
da gama de trabalhos e pesquisas voltadas aos psicólogos-pesquisadores e às demais áreas. 
 É imprescindível que haja mais estudos na área da saúde, principalmente voltados 
à área de Psicologia referente ao coping de familiares, cujo estejam presentes no processo 
de adoecimento dos pacientes oncológicos, pois é de extrema magnitude frente ao 
processo de adoecimento e tratamento do paciente. 
Segundo os dados levantados nessa pesquisa, deve-se salientar a importância da 
atuação dos Serviços de Psicologia dos hospitais para que sejam reforçados os 
atendimentos e acompanhamento não só dos pacientes, como também os familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Referências 
 
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revisão teórica. Universidad Federal do Rio Grande do Norte. 
Band, E. B., & Weisz, J. R. (1988). How to feel better when it feels bad: children’s 
perspectives on coping with everyday stress. Developmental Psychology, 24, 247-253. 
Barreto, T. S., & Amorim, R. D. C. (2010). A família frente ao adoecer e ao tratamento de um 
familiar com câncer. Rev. enferm. UERJ, 18(3), 462-467. 
Camponero, R. (2008). Biologia do Câncer. In. CARVALHO, V. A. et al. (Org.). Temas em 
psico-oncologia., p. 32-39. São Paulo: Summus 
Carvalho, V. A. & Veit, M. T. (2008). Psico-oncologia: Definições e Área de Atuação. In. 
CARVALHO, V. A. et al. (Org.). Temas em psico-oncologia., p. 15-19. São Paulo: 
Summus 
Ceolin, V. E. S. (2008) A família frente ao diagnóstico do câncer. In: C. F. M. Hart (Org.) 
Câncer: Uma abordagem psicológica., p. 118-128. Porto Alegre: AGE 
Chiattone, H. B. C. (1992). Uma vida para o câncer. In V. A. Angerami-Camon (Org). O 
doente, a psicologia e o hospital., p. 71-107. São Paulo: Pioneira. 
Farinhas, G. V., Wendling, M. I., & Dellazzana-Zanon, L. L. (2013). Impacto psicológico do 
diagnóstico de câncer na família: um estudo de caso a partir da percepção do 
cuidador. Pensando familias, 17(2), 111-129. Recuperado em 12 de outubro de 2016, de 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
494X2013000200009&lng=pt&tlng=pt. 
Folkman, S. (1984). Personal control and stress and coping processes: A theoretical 
analysis.Journal of Personality and Social Psychology, 46, 839-852. Nova Yorque, 
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Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) (2015). Estimativa 2016. 
Incidência de câncer no Brasil., p.25-26. Rio de Janeiro, RJ 
Marmot, M., & Wilkinson, R. (Eds.). (2006). Social determinants of health. 2 ed. Oxford, UK: 
Oxford University Press 
15 
 
Martins, C. B. S., Silva Filho, N., & Pires, M. L. N. (2011). Estratégias de coping e o impacto 
sofrido pela família quando um dos seus está em tratamento contra o câncer. Mudanças, 
19(1/2), p. 11-18. 
Melo, M. C. B., Barros, E. N., Campello, M. C. V. A., Ferreira, L. Q. L., Rocha, L. L. C., 
Silva, C. I. M. G, & Santos, N. T. F. (2012). O funcionamento familiar do paciente com 
câncer. Psicologia em Revista, 18(1), p. 73-89. 
Ribeiro, A. F., & Souza, C. A. (2010). O cuidador familiar de doentes com câncer. Arquivos 
de Ciências da Saúde, 17(1), p. 22-27. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
ANEXO 1 
 
Data / /2016 Hora início : h Hora fim : h 
 
Abreviatura do Nome: ___ 
INÍCIO DA ENTREVISTA 
Apresentação do entrevistador;Explicação do objetivo da entrevista; Informar sobre o papel fundamental do 
participante como colaborador da investigação; Pedido de Consentimento. Informar acerca do respeito dos 
princípios éticos. Realçar caráter confidencial. 
 
CARACTERIZAÇÃO DO MEMBRO FAMÍLIA RESPONDENTE 
 
 
Idade , Sexo: Masculino( ) Feminino ( ) , 
 
Grau de Parentesco ________ Religião: _________ 
 
CARACTERIZAÇÃO DO MEMBRO DA FAMÍLIA COM DOENÇA ONCOLÓGICA 
 
Idade , Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) , Diagnóstico (tempo): __, 
 
Ocupação Profissional ________ Religião: ________ 
 
A Religião possui interferência nos recursos do adoecimento/tratamento? N ( ) S ( ) Quais? 
 
CARACTERIZAÇÃO DA FAMÍLIA 
 
a) Verificar se houve mudança da dinâmica familiar, e quais; 
b) Verificar se houve mudança nas atividades do dia-a-dia; 
OBJETIVOS 
 
Averiguar e analisar o impacto do adoecer nos familiares de pacientes oncológicos e o enfrentamento da 
doença. Promovendo melhor entendimento a respeito da importância do suporte psicológico aos familiares. 
 
 
QUESTIONÁRIO: 
 
 
Paciente possui conhecimento do diagnostico? Quais informações? Recursos? 
 
Quais são seus recursos, sentimentos e pensamentos sobre o adoecer de seu familiar? 
 
Quais são seus recursos, sentimentos e pensamentos frente ao tratamento? 
 
Como o(a) sr(a) encara o prognóstico da doença? (se houver prognóstico) 
 
Houve antecedente mórbido familiar de câncer antes? 
 
FINALIZAÇÃO DA ENTREVISTA 
 
Agradecer ao participante; Ressaltar sigilo absoluto nas informações dadas pelo participante; Disponibilizando-se 
para qualquer dúvida ou desejo de possuir o conteúdo da pesquisa depois de finalizada. 
 
 
17 
 
ANEXO 2 
 
Universidade São Judas Tadeu 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
 
 
 
Eu, , portador do RG n°
 , residente em _, bairro 
 , CEP , telefone (__) _, e-mail (se 
houver)_ _. Dou meu consentimento livre e esclarecido para participar 
da entrevista para coleta de dados do Trabalho de Conclusão de Curso “Coping: Medida de 
Enfrentamento de Familiares de Pacientes com Câncer”, oferecida pelo estudante de 
Psicologia do 5°ano da Universidade São Judas Tadeu: Felipe Fernandes dos Santos, sob a 
responsabilidade do Orientador Raphael Cangelli Filho. 
 
 
 
 
Assinando este Termo de Consentimento, estou ciente de que: 
 
1. O objetivo desta pesquisa é averiguar e analisar o impacto do adoecer nos 
familiares de pacientes oncológicos e o enfrentamento da doença. Promovendo 
melhor entendimento a respeito da importância do suporte psicológico aos 
familiares. 
2. Ao decidir participar do estudo, deverei responder a um questionário sócio 
demográfico, a fim de fornecer informações pessoais como: Idade, gênero, 
profissão, grau de parentesco. Em seguida, serei submetido a uma entrevista que 
tem como objetivo coletar os dados a cerca do enfrentamento frente ao adoecer do 
familiar e seus aspectos, com duração de no máximo 30 (trinta) minutos. 
3. Minha participação é voluntária e sem compromisso financeiro, participando 
desta pesquisa não receberei remuneração ou compensação financeira por despesas 
realizadas (por exemplo: gastos com locomoção) nem em qualquer ganho material, 
tais como brindes. Ou seja, esta pesquisa não implica em nenhum compromisso 
financeiro entre eu e a Universidade São Judas Tadeu. 
4. Os riscos em responder esse questionário são mínimos, portanto, posso em 
algum momento me sentir constrangido ou ter más recordações quanto a algum 
tema abordado. 
5. Também haverá benefícios, pois poderei refletir sobre o assunto e pensar sobre 
medidas de enfrentamento frente ao adoecer. 
18 
 
6. Durante a atividade tenho liberdade, poderei não responder a alguma questão 
específica que me cause desconforto ou desistir da pesquisa, sem que haja qualquer 
prejuízo. 
7. Em qualquer etapa do estudo poderei ter acesso ao pesquisador responsável, 
Felipe Fernandes dos Santos e pelo orientador Professor Ms. Raphael Cangelli Filho 
pelo e-mail: rcangelli@hotmail.com e felipe_fsantos@yahoo.com.br Caso eu tenha 
alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, poderei contatar a 
Secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa no telefone (11) 2799-1944, ou por e-
mail: cep@usjt.br. 
8. Os dados coletados serão organizados e armazenados na Biblioteca Profª Alzira 
Altenfelder Silva Mesquita, localizado na Universidade São Judas Tadeu. Os 
resultados provenientes da pesquisa serão utilizados em trabalhos científicos, e 
poderão ser apresentados em eventos, porém não será revelada sua identidade. 
Caso queira participar da pesquisa, basta preencher abaixo com seus dados e 
assinar. 
19 
 
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO 
 
Eu,..........................................................................................................................., 
RG nº 
........................................................... CPF nº 
................................................................. declaro ter sido informado sobre os 
procedimentos e propostas da pesquisa “ 
”, e que minha 
assinatura neste documento e minha participação são de livre e espontânea 
vontade, estando ciente que os resultados da pesquisa poderão ser divulgados e 
utilizados em estudo e publicações futuras. Atesto recebimento de uma cópia 
rubricada e assinada deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme 
recomendações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). 
 
 
 
 
São Paulo, _/ / 
 
 
 
 
 
 
Assinatura do Participante 
 
 
 
 
Assinatura do Orientador 
 
 
 
 
Assinatura do Aplicador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
ANEXO 3 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
29

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