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Primeira Resenha Carneiro cap. 3

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Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA
Campus Santana do Livramento
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
ECONOMIA BRASILEIRA II
Graduando: 	Bruno Fernandes Pereira
Texto Objeto da Resenha: Livro Desenvolvimento em Crise - Ricardo Carneiro ( Cap. 3 - Ruptura do financiamento externo)
	
	Os anos de 1980 evidenciam a crise da dívida para os países em desenvolvimento, junto com o endividamento somam-se a deterioração dos termos de troca e a escassez de crédito internacional. Como país periférico que é o Brasil integrou esse bloco durante o período que se denominou por aqui como a década perdida.
	Com a crescente busca de lucros financeiros pela queda da taxa de lucro do sistema produtivo a nível mundial no final da década de 1970 e inicio 1980, o movimento de financeirização da economia começou ganhar ainda mais força com as desregulamentações financeiras nos países em todo mundo. Porém por toda via, países como o Brasil e a periferia demoraram para se antecipar e entender o movimento de financeirização da economia mundial, que se denomina como globalização. Com o aumento da concorrência no cenário internacional e as novas tecnologias disseminadas no processo produtivo, fez com que o Japão passasse a ser o detentor do maior superávit comercial, o Estados Unidos da América perde dinamismo, porém, sua moeda era a reserva de valor mundial e a Inglaterra para a manutenção do seu poder econômico necessitavam de uma expansão dos ativos financeiros e sua liberalização para que ele estivesse livre para transitar entre as economias nacionais e se valorizar. O movimento de globalização financeira era interessante para os superavitários devido estes adicionarem valor à suas receitas, já para os deficitários citados acima, este movimento se mostrava interessante por manterem o nível de consumo mesmo com uma menor produção. 
	O autor ainda destaca que o grande instrumento utilizado pelos EUA foi a elevação na taxa de juros para viabilizar o financiamento dos déficits em conta corrente obtidos pelos anglos-saxões, como já mencionado, o dólar é a reserva de valor mundial e isso traz uma grande atratividade aos investidores. Sendo assim, um aumento na taxa de juros americana como ocorreu em 1979, não só atrai divisas aos EUA, como obriga países com menos credibilidade sistema financeiro a elevar suas taxas de juros e a adotar política fiscal restritiva para obtenção de superávit primário. 
	Outro elemento evidenciado pelo autor é a partir do meio da década de 80 é a dominância dos investimentos diretos e de portfólio em comparação as financiamentos e curto e longo prazo, também o papel do investimento estatal é reduzido. Sendo assim, como na maioria dos países periféricos não havia um sistema financeiro forte e consolidado ocorreu a exclusão desses nos investimentos internacionais e no pior momento em que essa exclusão poderia acontecer devido aos novos paradigmas produtivos vigentes na economia e a necessidade de uma grande quantidade de investimentos para adequação ao novo padrão flexível.

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