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ATPS_Antropologia.ppt

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Faculdade Anhanguera São José dos Campos – UNIDERP 
Serviço Social
Antropologia Aplicada ao Serviço Social
Professora EAD:*
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VISÃO SOCIAL
Tutora presencial:*
Tutora à distância:*
São José dos Campos - SP
12 de Junho de 2013
		A Antropologia traz as características genéticas e biológicas dos grupos humanos, estuda a natureza do homem procurando conhecer suas origens e evolução, sua estrutura anatômica, seus processos fisiológicos, as diferentes características raciais das populações humanas antigas e modernas e os problemas sociais. 
		O Assistente Social está em constante luta contra esses problemas, tais como exclusão, violência, drogas, desemprego, exploração, opressão, racismo, saúde e moradia precária. No cotidiano, ele se depara com a falta de direitos e com a desigualdade social. 
		Uma vida repleta de extrema miséria, foi relatado por uma moradora de favela no livro Quarto de despejo: diário de uma favelada. O ato de escrever para a autora era natural, pois por não ter nada para comer e vivenciando diversas situações, preferia escrever do que ficar maldizendo a sua vida.
		A situação da população de rua é uma questão que vem sendo trabalhada pelos(as) Assistentes Sociais, pois são pessoas que se encontram a margem do sistema, vivenciando o sofrimento em todos os sentidos. O Serviço Social aliado à Antropologia, nos dá a possibilidade de ter uma visão social mais completa das realidades vivenciadas pela sociedade.
		
INTRODUÇÃO
		Em Quarto de despejo: diário de uma favelada são relatados aspectos presentes no cotidiano de uma favela, a personagem começa então a denunciar as condições miseráveis em que vive. A miséria é tão chocante, que Carolina chega a acreditar que alguém poderia duvidar do que conta. Fatos que envolvem pobreza, falta de atitude de políticos, doenças, desentendimentos constantes entre os moradores e falta de sensibilidade.
	
	
 
		O Brasil pode ser visto como um país atrasado, onde a condição subalterna é a mais prejudicada perante a diferença de poder, tendo como consequências o acúmulo de miséria, a carência de direitos e informações, ocasionando desesperança e pré-conceitos da classe que é visada como desqualificada pela sociedade.
PROBLEMAS SOCIAIS: DESCRIÇÃO DA REALIDADE
Ela escrevia a realidade de quem vive nesse cenário de miséria e marginalização, um cenário de gente esquecida.
		Ao passar por tais dificuldades, as condições habitacionais tornam se inadequadas. Assim sendo, a falta de recursos financeiros e as presentes injustiças sociais resultam em uma má formação moral do indivíduo, acarretando falhas perante o cumprimento das leis, agravando o quadro de violência no país. Esses fatores fazem com que a comunidade tenha a necessidade de ajudar ao próximo, criando na maioria das vezes Organizações não Governamentais (ONGs). Entretanto, é preciso ter em mente que as pessoas precisam de seus direitos e não apenas de uma solução momentânea. 
	
		As organizações relacionadas ao campo da saúde estiveram integradas à portadores de doenças não aprofundadas, como: HIV e transtorno mental. A atuação destas teve notável redução com o surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS), pois o direito a saúde foi estendido a todo cidadão. O Assistente Social dentro da ONG da saúde acabava por fazer o papel de uma equipe médica completa, auxiliando os enfermos em sua defesa, recuperação e em seus direitos. 
PROBLEMAS SOCIAIS: TOMAR INICIATIVAS
As ONGs se popularizaram entre a década de 1970 e 1980, quando o Brasil vivia sob regime militar e o principal objetivo era apoiar os movimentos sociais.
		Sendo uma ciência complexa, a Antropologia coloca-se diante do profissional de Serviço Social para estudar o ser humano e as relações que ele estabelece no contexto da coletividade. As competências adquiridas com a investigação do processo de desenvolvimento dos estudos antropológicos servirão de fundamento para as habilidades e atitudes que transformarão a sociedade. Esse é o enfoque da Antropologia, analisar o homem na sua coletividade, pois parte da sua realidade psicológica é provinda com o outro. 
					
					
ANTROPOLOGIA: OLHAR COM OLHOS DE VER
O Assistente Social precisa desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho capazes de preservar e efetivar direitos a partir das demandas emergentes do cotidiano.
		Tendo como moradia as ruas, praças, viadutos, lugares não destinados à habitação, dormindo e vagando pelas redondezas das cidades; sem ter uma ocupação, higiene adequada, alimentação diária, comprometendo a saúde. Esses são alguns aspectos da vida de quem mora nas ruas, excluídos e massacrados, tanto pelo poder público, quanto pela sociedade.		
MORADORES DE RUA: VIDAS EXCLUÍDAS
MOTIVOSPARA UM INDIVÍDUO OU FAMÍLIA ESTAREM MORARANDO NA RUA:
Problemas de alcoolismo:por estar em um estado já degradante por ser alcoólatra.
Uso de entorpecentes: um dependente químico não é aceito por seus familiares.
Falta de emprego:desempregado(a) sem ter condições de sustentar um lar, ou a si próprio.
Desentendimentos em família:passando a não ter apoio familiar.
Violência:uma criança violentada por um membro da família.
Problemas de saúde:comoproblema psiquiátrico/mental.
		A mesma rua que abriga, também é lugar de perigo para quem vive nela, a violência se faz presente em casos bárbaros, muitos moradores são agredidos, esfaqueados, queimados e há situações de óbitos. Atrocidades cometidas por grupos de ódio junto aos abusos cometidos por parte da força pública, acentuando ainda mais a fragilidade social da população de rua.
		Uma enorme falta de respeito e compreensão, de enxergar um ser humano que precisa ser tratado com dignidade e que necessita de apoio. 
	Foto: Camila Maciel / Praça da Sé, São Paulo (SP) / Abril, 2004
MORADORES DE RUA: PROTEGER, NÃO AGREDIR
		Os direitos de quem vive em situação de rua são visivelmente violados, pois uma vez vivendo a margem da sociedade, o indivíduo se vê sem o devido acesso a serviços básicos. 
		As documentações de um morador de rua poderá ser feita sem um comprovante de residência. Existem albergues que acolhem os moradores em situação de rua para passar à noite, que funcionam 24 horas e não é limitado o tempo de permanência.
 
MORADORES DE RUA: CIDADANIA PARA TODOS
DecretoNº 7.053
Art. 5oSão princípios daPolítica Nacional para a População em Situação de Rua, além daigualdade e equidade:
I - respeito à dignidade da pessoa humana;
II - direito à convivência familiar e comunitária;
III - valorização e respeito à vida e à cidadania;
IV - atendimento humanizado e universalizado; e
V - respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência.
		O Assistente Social no instante em que vai até o grupo social, dar assistência, planejar determinada intervenção precisa conhecer muito bem esse grupo para ser aceito e criar empatia para desenvolver seu trabalho. A atuação do profissional de Serviço Social em relação à população em situação de rua acontece nos atendimentos, buscando identificar a situação do indivíduo, encaminhar para os devidos serviços conforme as suas necessidades. 
		O planejamento de ações é algo importante para o melhor desenvolvimento e geração de resultados dos trabalhos realizados. Ao se inserir na luta dos moradores de rua, o (a) Assistente Social assume seu compromisso de defesa dos direitos dos grupos em vulnerabilidade social.
ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM DIREITO
MORADORES DE RUA: SOFRIMENTO
		O morador de rua não é compreendido por quem não vive essa realidade, e sofre constantemente com humilhações de todas as formas. É preciso conhecer, aproximar-se, entender a situação do indivíduo, porém nada justifica uma humilhação para com o outro. Sofrer junto, também é lutar por direitos.
“Morar na rua é um sofrimento. Porque você corre muito risco. 
Porque as pessoas te humilham.
 Quem vive na rua vive no sofrimento. Entendeu?” 
(Depoimento anônimo de um morador de rua)
 
 
Foto: Marcelo Moreno / Salvador (BA) / Novembro, 2010
		Os abrigos em albergues em muitos casos não oferecem uma boa estrutura, organização e recursos suficientes, e se oferecem ocorrem atendimentos com total indiferença para com o morador de rua, assim muitos rejeitam o abrigo, e permanecem dia e noite nas ruas. A relação com essa população deve ser feita com ações que dão atenção a situação de cada indivíduo, é preciso interesse para auxiliar de forma correta para se obter resultados positivos. 
“Agora não... depois te atendo... e assim passam 2 ou 3 horas... vai até o dia inteiro.”
(W.A., morador de albergue) 
	Foto: Marcelo Moreno / Rio de Janeiro (RJ) / Agosto, 2010
MORADORES DE RUA: INDIFERENÇA
		Não é por querer ou por gostar, que alguém faça da rua seu “lar”. Os motivos são vários, optar pela rua é não ter escolhas, é ser marginalizado. Iniciativas foram tomadas, mas não o suficiente para erradicar essa situação, é preciso rever o que está sendo feito, ter projetos e serviços que busquem definitivamente a inclusão dos moradores de rua, sua volta a sociedade na condição de cidadão, ter a sua dignidade de ser humano resgatada e renovada, pois são vidas acima de tudo.
“A minha família é a rua, é a minha casa... foi o que me restou... 
não tive pai, nem mãe... fui criado de mão em mão.” 
(C.E., morador de rua) 
Foto: Marcelo Moreno / Salvador (BA) / Agosto, 2011
MORADORES DE RUA: “LAR”
		A contribuição da Antropologia é valiosa, pois ela nos faz refletir sobre as diferentes culturas e que não existe uma melhor que a outra, respeitar as diversidades, entender nossas origens e evoluir como seres humanos para uma sociedade mais justa e igualitária. 
		O profissional crítico age acolhendo a comunidade através de entrevistas, recriando e avaliando a necessidade do público alvo, buscando sempre a melhor resposta para as dificuldades encontradas, pois sabemos que na nossa realidade existem muitos problemas para serem trabalhados de maneira devida, e que cada um exige uma iniciativa diferente e estratégica, mas visando sempre a garantia de direitos.
		É o passado que insiste em ser presente, são realidades vividas a muito tempo, porém não são apenas histórias, são vidas repletas de situações massacrantes, cotidianos que precisam ser mudados.
		Concluímos que ao conhecer o homem na sua essência, respeitando sua individualidade é um trabalho complexo e um desafio aos futuros Assistentes Sociais, é necessário conhecer o ser humano para que se possa ajudá-lo e a Antropologia possibilita esse estudo, procurando entender a vida das pessoas, sua reação em determinadas situações, como o ser humano se comporta ao longo do tempo. Orientar na resolução de problemas no contexto das relações humanas fazendo com que as pessoas se empenham na melhoria do bem estar social.
“Não pôr um fim naquilo que tem conserto 
e denunciar as coisas com um simples murmúrio 
nos tornam cúmplices de nossa miséria.”
(José Saramago)
CONCLUSÃO
	Cartilha Direitos do Morador de Rua. Disponível em: <http://www.domtotal.com/direito/uploads/pdf/90e770c3205200f768c65a9a3f164934.pdf>
	CFESS e o I Congresso Nacional do Movimento da População de Rua. Disponível em: <http://blog.uniamerica.br/2012/03/o-cfess-e-o-i-congresso-nacional-do-movimento-da-populacao-de-rua/>
	
	DECRETO Nº 7.053 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009. Disponível em: 
	<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7053.htm>
	Em protesto, moradores de rua pedem políticas sociais em São Paulo. Disponível em: <http://abiliobernardino.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html>
	JESUS, Carolina Maria de. Quarto de desejo: diário de uma favelada. 9. ed. (Coleção Sinal Aberto). São Paulo: Editora Ática,
	2007
	MACHADO, Graziela Scheffer. O Serviço Social nas ONGs no campo da saúde: projetos
	societários em disputa. 2010. Disponível em: 
	<http://dx.doi.org/10.1590/S0101- 66282010000200005>
	MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia: Uma introdução. 6. ed. São Paulo: Editora
	Atlas, 2002.
	
	OS INVISÍVEIS. Disponível em: <http://invisivelsocial.wordpress.com/>
	PESQUISA NACIONAL SOBRE A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/backup/arquivos/sumario_executivo_pop_rua.pdf>
	Problemas sociais no Brasil. Disponível em:
	<www.suapesquisa.com/religiaosociais/problemas_sociais.htm>
	YAZBEK, Maria Carmelita. O Serviço Social e a Pobreza. 2010. Disponível em:
	<http://dx.doi.org/10.1590/S1414-49802010000200001>
REFERÊNCIAS

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