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Legislação Aduaneira

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Aula 1
Legislação Aduaneira
Regimes Aduaneiros
*Regimes Aduaneiros
-Regimes aduaneiros podem ser conceituados como a tributação aplicada nas operações de comércio exterior. Os direitos aduaneiros são direcionados para as operações de importação e exportação, visando recolher os tributos relacionados ao comércio internacional.
*Os regimes aduaneiros classificam-se em: comum, especiais e especiais aplicados em áreas especiais. Resumidamente, podem ser conceituados da seguinte forma:
-Comum: a transação comercial com o exterior é realizada sem que haja qualquer procedimento especial quanto à cobrança de direitos aduaneiros, ocorrendo naturalmente o pagamento dos tributos incidentes sobre a operação.  
-Especiais: se diferenciam em relação ao regime aduaneiro comum, ao permitir a entrada e saída de mercadorias do território nacional com isenção ou suspensão dos tributos.
-Especiais aplicados em áreas especiais: foram criadas áreas especiais que, por sua particularidade, visam a atender à política econômica do país. As áreas de livre comércio como a Zona Franca de Manaus (ZFM) estão classificadas nessa categoria.
*A Constituição Federal de 1988 contém as disposições fundamentais relativas às relações econômicas internacionais, ou seja, as relações de ordem econômica que a União, os Estados, os Municípios, os indivíduos e as empresas mantêm com o exterior.
-Relações com Estados Estrangeiros e Organismos Internacionais - compete à União manter relações com Estados estrangeiros e participar de organismos internacionais (inciso I do Art. 21 da C.F. de 1988). Portanto, a união tem competência para regular o comércio exterior, de importação ou exportação.
-Reservas Cambiais - Cabe com exclusividade à União Federal administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de Crédito, câmbio e capitalização. (inciso VII do art.21 da C. F. de 1988).
-Imposto de Importação e exportação – a União tem competência para instituir imposto sobre a importação de produtos estrangeiros ou sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (inciso I e II do art. 153 da C.F de 1988).
-Operações externas de natureza financeira – compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federeal, dos Territórios e dos Municípios (inciso V do Art. 52 da C.F. de 1988)
Os tributos aplicados no comércio externo nem sempre têm o objetivo de aumentar a arrecadação do Estado, podendo ser utilizados com a intenção de regular o mercado. Problemas internos de abastecimento de produtos agrícolas podem ser contornados com a tributação sobre a exportação de determinados produtos tornando mais atrativo o mercado interno para o produtor.
Para efeito conceitual, considera-se território aduaneiro toda extensão do território nacional, englobando o espaço aéreo, marítimo e terrestre. Subdivide-se para fins de jurisdição em duas zonas especialmente definidas:
a)Zona primária – corresponde à área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; à área terrestre, nos aeroportos alfandegados e à área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados. Pode ser considerada também zona primária outra área em que se realizam operações de carga e descarga de mercadorias, embarque e desembarque de passageiros, todas tendo exterior como destino ou procedência. 
b) Zona secundária – corresponde ao restante do território aduaneiro, que inclui as águas territoriais e o espaço aéreo. As mercadorias destinadas à exportação ou importadas poderão permanecer em recintos alfandegados classificados na zona secundária, correspondendo aos entrepostos, depósitos, terminais, entre outros destinos.
A nacionalização é o processo em que uma determinada mercadoria é transferida para o território nacional e passa a fazer parte do conjunto de nossas riquezas.  No caso da admissão temporária, não existe a nacionalização, pois a mercadoria entra no território nacional. Entretanto, não é incorporada ao nosso patrimônio.
As importações, por sua vez, podem ser classificadas em Definitivas e Não Definitivas:
-Importações Não definitivas – são aquelas em que não acontece a nacionalização. Podem ser exemplificadas como aquelas importadas sob o Regime Aduaneiro Especial de admissão temporária, que serão posteriormente reexportadas.
-Importações Definitivas – surgem no momento em que a mercadoria importada é nacionalizada, com a transferência da propriedade para uma pessoa física ou jurídica estabelecida no Brasil.
A portaria nº. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em seu artigo 7º, determina que o sistema administrativo das importações brasileiras compreenda as seguintes modalidades
I – Importações dispensadas de Licenciamento;
II – Importações sujeitas a Licenciamento Automático; e  
III – Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático.
*Importações dispensadas de licenciamento.
-As importações brasileiras, como regra geral, estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores simplesmente providenciar o registro da Declaração de Importação (DI) no Siscomex, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da Receita Federal do Brasil (RFB).
O artigo 8º, parágrafo único da portaria nº. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX),  relaciona as importações dispensadas de licenciamento.
*Importações sujeitas a Licenciamento Automático
Art. 9º  da portaria nº. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), relaciona as importações sujeitas ao Licenciamento Automático:
*Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático
Art. 10º.  da portaria nº. 10, de 24/05/2010, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), relaciona as importações sujeitas ao Licenciamento Não Automático:
Aula 2
Custos Tributários
*O sistema tributário prevê a incidência de tributos na nacionalização de mercadorias estrangeiras com sua entrada no território aduaneiro brasileiro. A tributação sobre os produtos importados visa preservar a manutenção da produção nacional em setores estratégicos, fundamental para o crescimento da economia.
Entretanto, o regime tributário de importação deve manter um padrão que não venha prejudicar nosso relacionamento comercial com os demais países.
IPI
Impostos ICMS
Aplicados na mercadoria importada, verifica-se a incidência do Imposto de Importação (II), e sucessivamente o Imposto de Produtos Industrializados (IPI), o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e outros tributos e despesas diversas.
*Custos tributários e tarifas
•I) Valor da mercadoria importada adicionada do frete e seguro
•II) Imposto de Importação (II)
•III) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
•IV) Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
•V) Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) (“a”)
•VI) Taxas de Armazenagem e Capatazia (“b” e “C”)
•VII) Outros tributos e despesas diversas (”d”)
a) O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) é aplicado no modal marítimo. (Decreto–lei no. 2404/1987).
b) A taxa de armazenagem e capatazia portuária é aplicada na movimentação no porto.
c) Taxa de Armazenagem Aérea (Custo da mercadoria somado ao seguro e frete internacional), Taxa de Capatazia Aérea e Adicional de Tarifa Aeroportuária são aplicados no modal aéreo.
d) O PIS/PASEP- importação e COFINS – importação, apresenta um cálculo particular, incidindo sobre o valor da mercadoria importada adicionada do frete e seguro, adicionada do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do valor das próprias contribuições.
O regime de tributação aplicado na importação pode ser classificado:
a) Imposto de Importação (II) –  imposto de competência da União incide sobre a importação de produtos provenientes do exterior,tendo como fato gerador a entrada destes no território nacional.
b) Imposto de Produtos Industrializados (IPI) – imposto de competência da União, incide sobre produtos industrializados, e tem como fato gerador o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; a sua saída dos estabelecimentos; e a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
c) Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – imposto da competência dos Estados e do Distrito Federal, incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
d) O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) – o AFRMM tem como objetivo desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras.
e) Contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação – a contribuição de competência da União, incidente sobre os produtos importados, visa promover os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e o Financiamento da Seguridade Social.
-Taxas de Armazenagem e Capatazia
-Aplicadas nas operações portuárias e aeroportuárias, incidem quando da importação de mercadorias.
-A taxa de armazenagem é devida na entrada da mercadoria importada nos armazéns e demais recintos da administração portuária ou aeroportuária.
-A taxa de capatazia é devida quando da movimentação e manuseio de mercadoria em portos e aeroportos alfandegados.
O Decreto no. 1355/94, que promulgou a Ata Final dos resultados da Rodada Uruguai de Negociações Comerciais Multilaterais do GATT, veio a estabelecer o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio. Com isso, incorporou a Valoração aduaneira que estabelece 6 (seis) normas/critérios para calcular o imposto de importação:
*Segunda norma/critério:
se o valor aduaneiro das mercadorias importadas não puder ser determinado segundo as disposições da primeira norma/critério, será ele o valor de transação de mercadorias idênticas vendidas. (art. 2º.)
*Terceira norma/critério:
se o valor aduaneiro das mercadorias importadas não puder ser determinado segundo as disposições das normas/critérios anteriores, será ele o valor de transação de mercadorias similares. (art. 3º.)
*Quarta norma/critério:
Se as mercadorias importadas, ou mercadorias idênticas ou similares importadas, não puderem ser utilizadas, o critério será o de revenda. (art. 5º)
*Quinta norma/critério: o valor aduaneiro das mercadorias importadas, basear-se-á num valor computado que será igual à soma de:
a) o custo dos materiais empregados na produção da mercadoria importada; 
b) um montante de lucros e despesas gerais, igual àquele usualmente encontrado em vendas de mercadorias da mesma classe;
c) as demais despesas necessárias para aplicar a opção da valoração escolhida pela parte. (art. 6º.)
*Sexta norma/critério:
Se o valor aduaneiro não puder ser determinado com base nas normas/critérios anteriores, tal valor será determinado usando-se critérios razoáveis, condizentes com os princípios deste Acordo.
No entanto, o valor aduaneiro não será baseado:
a) no preço de venda, no país de importação de mercadorias produzidas neste; 
b) num sistema que preveja a adoção para fins aduaneiros do mais alto entre dois valores alternativos;
c) no preço das mercadorias no mercado interno do país de exportação;
d) no custo de produção diferente dos valores computados que tenham sido determinados para mercadorias idênticas ou similares;
e) no preço das mercadorias vendidas para exportação para um país diferente do país de importação;
f) em valores aduaneiros mínimos;
g) em valores arbitrários ou fictícios.
Aula 3
Custos Tributários II
*Os regimes de tributação na importação podem ser classificados como:
a) Regime de Tributação Comum: consiste no regime aplicado como regra geral nas importações brasileiras. A alíquota é classificada como ad valorem ao incidir sobre o valor apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994; específica quando incide sobre uma base de cálculo não expressa em valor monetário, mas em uma unidade de medida estabelecida (Ex.: R$10,00 por quilo de uma determinada mercadoria); e mista quando contempla a alíquota ad valorem e a específica. 
b) Regime de Tributação Simplificada:
Permite a classificação genérica para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação e isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
c) Regime de Tributação Especial: permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.
Aplica-se o Regime de Tributação Especial aos bens, compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o limite de valor global, previstos no Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, e adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.
d) Regime de Tributação Unificada:
Permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, observado o limite máximo de valor por habilitado, conforme estabelecido em ato normativo específico.
É vedada a inclusão no regime de que trata o caput de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil. (art. 102-A. Caput e § 2º do Decreto 6.759/2009).
Tributação das mercadorias não identificadas:
Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 50% para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados. Na falta de informação sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte (art. 98, Caput e § 2º  do Decreto 6.759/2009).
*Desnacionalização
Considera-se desnacionalizada aquela mercadoria nacional ou nacionalizada que for exportada a título definitivo.
*A legislação constitucional brasileira e a não incidência de tributos sobre as exportações:
PIS / COFINS / ICMS / IPI
Está prevista na Constituição brasileira a não incidência na exportação do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e contribuições sociais de intervenção no domínio econômico.
Incentivos fiscais na formação do preço da exportação: 
Com o objetivo de tornar mais competitivos os produtos brasileiros no mercado internacional, são concedidos benefícios fiscais aos produtos destinados ao exterior. Além dos incentivos previstos na Constituição brasileira, referente à não incidência na exportação de impostos sobre a circulação de mercadorias e contribuições sociais de intervenção no domínio econômico, o governo vem concedendo outros incentivos aos exportadores no processo de inserção do país no mercado internacional.
Incentivo fiscal sobre operações financeiras na exportação: é concedido nas operações de remessa ao exterior de juros para quitação de débitos relacionados às exportações e no Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro em transações financeiras na exportação de produtos brasileiros.
Ressarcimento das contribuições sociais- PIS/PASEP e da COFINS: é permitido o ressarcimento das contribuições sociais que incidem sobre os insumos adquiridos no mercado interno e utilizados no produto destinado à exportação. Com isso, o produto nacional exportado se torna mais competitivo no exterior ao reduzir a incidência de tributos na mercadoria.
Créditos fiscais do IPI e do ICMS:
É permitido o crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), nos casos previstos em lei, relativos aos insumos adquiridos e utilizados na mercadoria destinada ao exterior.
O objetivo, assim como o crédito das contribuições sociais, é tornar mais competitivo os produtos brasileiros no comércio internacional.
Lei 8402/1992 
Art. 1° São restabelecidos os seguintes incentivos fiscais:
I - incentivos à exportação decorrentes dos regimes aduaneiros especiais;
II - manutenção e utilização do crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados relativo aos insumos empregados na industrialização de produtos exportados;
III - crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente sobre bens de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno e exportados.
Lei Complementar 65/1991
Art. 3° Não se exigirá a anulação do crédito relativo às entradas de mercadorias para utilização como matéria-prima, material secundário e material de embalagem, bem como o relativo ao fornecimento de energia e aos serviços prestados por terceiros na fabricação e transporte de produtos industrializados destinados ao exterior.
Parágrafo único: para os efeitos deste artigo, equipara-se a saída para o exterior a remessa, pelo respectivo fabricante, com o fim específico de exportação de produtos industrializados com destino a:
Lei Complementar 87/1996
Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Art. 32. A partir da data de publicação desta Lei Complementar:
I - o imposto não incidirá sobre operações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semielaborados, bem como sobre prestações de serviços para o exterior; 
II - darão direito de crédito, que não será objeto de estorno, as mercadorias entradas no estabelecimento para integração ou consumo em processo de produção de mercadorias industrializadas, inclusive semielaboradas, destinadas ao exterior; [...]
Aula 4
Regimes Aduaneiros Especiais, Trânsito Aduaneiro e Admissão Temporária
* Trânsito Aduaneiro
É o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos. Na perspectiva econômica, a mercadoria, ao transitar unicamente dentro do território aduaneiro, não contribui ou agrega valor à riqueza nacional.
* Modalidades do regime de trânsito aduaneiro: (Art. 318 do Decreto 6.759/2009)
I - O transporte de mercadoria procedente do exterior, do ponto de descarga no território aduaneiro até o ponto onde deva ocorrer outro despacho;
II - o transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para exportação, do local de origem ao local de destino, para embarque ou para armazenamento em área alfandegada para posterior embarque;
III - o transporte de mercadoria estrangeira despachada para reexportação, do local de origem ao local de destino, para embarque ou armazenamento em área alfandegada para posterior embarque;
IV - o transporte de mercadoria estrangeira de um recinto alfandegado situado na zona secundária a outro;
V - a passagem, pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior e a ele destinada;
VI - o transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior, conduzida em veículo em viagem internacional até o ponto em que se verificar a descarga.
Independe de qualquer procedimento administrativo, nos limites previstos na legislação, a operação de trânsito aduaneiro relativa aos seguintes bens:
I - As provisões, sobressalentes, equipamentos e demais materiais de uso e consumo de veículos em viagem internacional; 
II - os pertences pessoais da tripulação e a bagagem de passageiros em trânsito pelo País; 
III - as mercadorias conduzidas por embarcação ou aeronave em viagem internacional, com escala intermediária no território aduaneiro;
IV - as provisões, sobressalentes, materiais, equipamentos, pertences pessoais, bagagens e mercadorias conduzidas por embarcações e aeronaves arribadas, condenadas ou arrestadas, até que lhes seja dada destinação legal. (Art. 320 do Decreto 6.759/2009)
- Tipos de Declaração de Trânsito: (Instrução Normativa 248/2002, da Secretaria da Fazenda Nacional – SRF)
- I - Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) - Refere-se aos trânsitos aduaneiros:
a) De entrada ou de passagem, comum, cuja carga correspondente sujeita-se à emissão de fatura comercial;
b) de entrada ou de passagem, especial, para cuja correspondente carga não é exigida a emissão de fatura comercial, tais como: as partes, peças e componentes necessários à manutenção de embarcações em viagem internacional, independentemente de sua bandeira, quando adquiridos sem cobertura cambial; os materiais de uso, reposição ou conserto de embarcações, aeronaves ou outros veículos estrangeiros, estacionados ou de passagem pelo território aduaneiro; urna funerária, mala diplomática, bagagem desacompanhada e semelhantes.
II - Manifesto Internacional de Carga - Declaração de Trânsito Aduaneiro (MIC-DTA)
Refere-se às cargas em trânsito aduaneiro de entrada ou de passagem, de conformidade com o estabelecido em acordo internacional e na legislação específica.
III – Conhecimento - Carta de Porte Internacional - Declaração de Trânsito Aduaneiro (TIF-DTA)
Refere-se às cargas em trânsito aduaneiro de entrada ou de passagem, conforme estabelecido em acordo internacional e na legislação específica.
IV - Declaração de Trânsito de Transferência (DTT)
Refere-se às operações de trânsito aduaneiro que envolvam as transferências, não acobertadas por conhecimento de transporte internacional, de:
a) Materiais de companhia aérea ou de consumo de bordo, entre Depósitos Afiançados (DAF) da mesma companhia;
b) mercadorias entre lojas francas ou seus depósitos;
c) mercadorias vendidas pelas lojas francas a empresas de navegação aérea ou marítima e destinadas a consumo de bordo ou a venda a passageiros, desde que procedentes diretamente da loja franca para o veículo em viagem internacional ou para DAF;
d) mercadorias já admitidas em regime de entreposto aduaneiro, entre recintos alfandegados;
e) bens mencionados no Art. 3º;
f) mercadorias armazenadas em estação aduaneira interior (porto seco) e destinadas a feiras em recintos alfandegados por tempo determinado, com posterior retorno ao mesmo porto seco;
g) carga nacional com locais de origem e destino em unidades aduaneiras nacionais, com passagem por território estrangeiro;
h) bagagem acompanhada extraviada;
i) bagagem acompanhada de tripulante ou passageiro com origem e destino ao exterior, em passagem pelo território nacional;
j) mercadoria admitida no regime de Depósito Alfandegado Certificado (DAC), com destino ao local de embarque ou transposição de fronteira.
V - Declaração de Trânsito de Contêiner (DTC)
Refere-se às operações de transferência de contêineres, contendo carga, descarregados do navio no pátio do porto e destinados a armazenamento em recinto alfandegado, jurisdicionado à mesma unidade da SRF.
Beneficiários do regime
Permissionário ou o concessionário de recinto alfandegado; e em qualquer caso, o operador de transporte multimodal, o transportador habilitado, e o agente credenciado a efetuar operações de unitização ou desunitização da carga em recinto alfandegado; em todos os casos limitados aos parâmetros definidos no Art. 321 do Decreto 6.759/2009.
E amparado pelo benefício,o importador; o exportador; o depositante; o representante, no País, de importador ou exportador domiciliado no exterior.
Trânsito Aduaneiro – Disposições Gerais:
Habilitação ao Transporte
Para concessão ou renovação da habilitação, serão considerados fatores direta ou indiretamente relacionados com os aspectos fiscais, à conveniência administrativa, à situação econômico-financeira e a tradição da empresa transportadora, respeitadas as atribuições dos órgãos competentes em matéria de transporte. (Art. 322 do Decreto 6.759/2009).
Será feita previamente ao transporte de mercadorias em regime de trânsito aduaneiro, em caráter precário, pela Secretaria da Receita Federal.
Concessão e Aplicação do Regime
Serão requeridas à autoridade aduaneira competente da unidade de origem. O despacho aduaneiro para trânsito será processado de acordo com as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal. Sem prejuízo de controles especiais determinados pela Secretaria da Receita Federal, independe de despacho para trânsito a remoção de mercadorias de uma área ou recinto para outro, situado na mesma zona primária. (Art. 325 do Decreto 6.759/2009).
Conferência para Trânsito
Tem por finalidade identificar o beneficiário, verificar a mercadoria e a correção das informações relativas à sua natureza e quantificação, e ficará condicionada à liberação por outros órgãos da administração pública, quando se tratar de mercadoria relacionada em ato normativo específico que a sujeite a controle prévio à concessão do trânsito. (Art. 331 do Decreto 6.759/2009).
Cautelas Fiscais
São cautelas fiscais:
I - A lacração e a aplicação de outros dispositivos de segurança; 
II - o acompanhamento fiscal, que somente será determinado em casos especiais. (Art. 333 do Decreto 6.759/2009).
Visa impedir a violação dos volumes, recipientes e, se for o caso, do veículo transportador, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal
Garantias e das Responsabilidades
Serão constituídas em termo de responsabilidade firmado na data do registro da declaração de admissão no regime, que assegure sua eventual liquidação e cobrança (Art. 337 do Decreto 6.759/2009).
Interrupção e Conclusão do Trânsito
O trânsito poderá ser interrompido pelos seguintes motivos:
I - Ocorrência de eventos extraordinários que comprometam ou possam comprometer a segurança do veículo ou equipamento de transporte;
II - ocorrência de eventos que resultem ou possam resultar em avaria ou extravio da mercadoria;
III - ocorrência de eventos que impeçam ou possam impedir o prosseguimento do trânsito;
IV - embargo ou impedimento oferecido por autoridade competente;
V - rompimento ou supressão de dispositivo de segurança;
VI - outras circunstâncias alheias à vontade do transportador, que justifiquem a medida. (Art. 340 do Decreto 6.759/2009).
Conclusão do Trânsito
A unidade de destino procederá ao exame dos documentos e à verificação do veículo, dos dispositivos de segurança e da integridade da carga. Constatando o cumprimento das obrigações do transportador, a unidade de destino efetuará a conclusão do trânsito aduaneiro. (Art. 343 do Decreto 6.759/2009).
Vistoria Aduaneira no Trânsito
Poderá ser realizada vistoria aduaneira de mercadoria nas seguintes ocasiões:
I - Antes do desembaraço para trânsito, no local de origem;
II - durante o percurso do trânsito;
III - após a conclusão do trânsito, no local de destino. (Art. 345 do Decreto 6.759/2009).
Admissão Temporária
Permite a importação de bens que devam permanecer no país durante prazo fixado, com suspensão total do pagamento de tributos, ou com suspensão parcial, no caso de utilização econômica. O regime poderá ser aplicado aos bens relacionados em ato normativo da Secretaria da Receita Federal e aos admitidos temporariamente ao amparo de acordos internacionais.
Concessão, do Prazo e Aplicação do Regime: a autoridade aduaneira deverá observar o cumprimento cumulativo das seguintes condições:
I - Importação em caráter temporário, comprovada esta condição, por qualquer meio julgado idôneo;
II - importação sem cobertura cambial;
III - adequação dos bens à finalidade para a qual foram importados;
IV - constituição das obrigações fiscais em termo de responsabilidade;
V - identificação dos bens, conforme determinação da Secretaria da Receita Federal. (Art. 358 do Decreto 6.759/2009)
Será exigida garantia das obrigações fiscais constituídas no termo de responsabilidade. Quando os bens admitidos no regime forem danificados, em virtude de sinistro, o valor da garantia será, a pedido do interessado, reduzido proporcionalmente ao montante do prejuízo. (Art. 364 e 365 do Decreto 6.759/2009).
Extinção da Aplicação do Regime
Na vigência do regime, deverá ser adotada, com relação aos bens, uma das seguintes providências, para liberação da garantia e baixa do termo de responsabilidade: reexportação; entrega à Fazenda Nacional, livres de quaisquer despesas, desde que a autoridade aduaneira concorde em recebê-los; destruição, às expensas do interessado; transferência para outro regime especial; despacho para consumo, se nacionalizados. (Art. 367 do Decreto 6.759/2009).
Exigência do crédito tributário constituído em termo de responsabilidade: será exigido em situações tais como:
O vencimento do prazo de permanência dos bens no País, sem que tenha sido requerida a sua prorrogação;
O vencimento de prazo,  sem que seja iniciado o despacho de reexportação do bem;
utilização dos bens em finalidade diversa da que justificou a concessão do regime;
a destruição dos bens, por culpa ou dolo do beneficiário. (Art. 369 do Decreto 6.759/2009).
Aula 5
Regimes Aduaneiros Especiais, Temporária e Drawback
*Admissão Temporária para utilização econômica:
Os bens admitidos temporariamente no País para utilização econômica estão sujeitos ao pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS -Importação, proporcionalmente ao seu tempo de permanência no território aduaneiro. Considera-se utilização econômica o emprego dos bens na prestação de serviços ou na produção de outros bens.
A proporcionalidade será obtida pela aplicação do percentual de um por cento (1%), relativamente a cada mês compreendido no prazo de concessão do regime sobre o montante dos tributos originalmente devidos. O crédito tributário correspondente à parcela dos tributos com suspensão do pagamento deverá ser constituído em termo de responsabilidade. O regime de admissão temporária de que trata esta unidade não se aplica à entrada no território aduaneiro de bens, objeto de arrendamento mercantil financeiro, contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior. (Art. 373 e 379 do Decreto 6.759/2009).
Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo
É  o que permite o ingresso, para permanência temporária no País, com suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras ou desnacionalizadas, destinadas a operações de aperfeiçoamento ativo e posterior reexportação. 
* Regime de Drawback:
É considerado incentivo à exportação, pois reduz os custos de produção de produtos exportáveis, tornando-os mais competitivos no mercado internacional. A fabricação de produtos nacionais com destinação à exportação requer, em sua composição, a inserção de insumos importados. 
A política de comércio exterior, através do regime de drawback, permite o incentivo à produção nacional, através de processo como a isenção e suspensão de tributos exigíveis na importação de mercadorias utilizadas na transformação, beneficiamento, montagem, renovação ou acondicionamento de produto exportado.
Caracterização da operação de drawback: (Art. 62 da portaria nº 10/2010, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)
I - transformação – a que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova;
II - beneficiamento – a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização,o acabamento ou a aparência do produto;
III - montagem – a que consista na reunião de produto, peças ou partes e que resulte em um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal;
IV - renovação ou recondicionamento – a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização;
V - acondicionamento ou reacondicionamento – a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte de produto.
Modalidades do regime de drawback: (Art. 383 do Decreto 6.759/2009)
I - suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na importação de mercadoria a ser exportada após beneficiamento ou destinada à fabricação, complementação ou acondicionamento de outra a ser exportada;
II - isenção dos tributos exigíveis na importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes à utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado;
III - restituição, total ou parcial, dos tributos pagos na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada.
O regime de drawback poderá ser concedido a: (Art. 384 do Decreto 6.759/2009 e Art. 63 da portaria nº. 10/2010, da SECEX)
I - mercadoria importada para beneficiamento no País e posterior exportação;
II - matéria-prima, produto semielaborado ou acabado, utilizados na fabricação de mercadoria exportada ou a exportar;
III - peça, parte, aparelho e máquina complementar de aparelho de máquina, de veículo ou de equipamento exportado ou a exportar;
 Outras formas de concessão do regime de drawback: (§ 1o  e § 3o  do Art. 384 do Decreto 6.759/2009)
I - para matéria-prima e outros produtos que, embora não integrando o produto exportado, sejam utilizados na sua fabricação, em condições que justifiquem a concessão;
II - para matéria-prima e outros produtos utilizados no cultivo de produtos agrícolas ou na criação ou captura de animais a serem exportados, definidos pela Câmara de Comércio Exterior.
III - para importação de matérias-primas, produtos intermediários e componentes destinados à fabricação, no País, de máquinas e equipamentos a serem fornecidos no mercado interno, em decorrência de licitação internacional, contra pagamento em moeda conversível proveniente de financiamento concedido por instituição financeira internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira ou, ainda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com recursos captados no exterior.
O regime de drawback não será concedido: 
(Art. 385 do Decreto 6.759/2009 e Art. 64 da portaria nº. 10/2010, da SECEX).
I - na importação de mercadoria cujo valor do imposto de importação, em cada pedido, for inferior ao limite mínimo fixado pela Câmara de Comércio Exterior. Para atender a esse limite, várias exportações da mesma mercadoria poderão ser reunidas em um só pedido de drawback; 
II - na importação de petróleo e seus derivados, com exceção da importação de coque calcinado de petróleo e nafta petroquímica;
III – na importação de mercadoria utilizada na industrialização de produto destinado ao consumo na Zona Franca de Manaus e em áreas de livre comércio localizadas em território nacional;
IV - exportação ou importação de mercadoria suspensa ou proibida;
V - exportações conduzidas em moedas não conversíveis (exceto em reais), inclusive moeda - convênio contra importações cursadas em moeda de livre conversibilidade.
* Drawback suspensão:
Corresponde à suspensão dos tributos incidentes na importação de insumos a serem utilizados na fabricação do produto a ser exportado (Imposto de Importação - II, Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, PIS/PASEP, COFINS, AFRMM e outras taxas).  A concessão do regime, na modalidade de suspensão, é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, devendo ser efetivada, em cada caso, por meio do SISCOMEX. 
*A modalidade suspensão é aplicada às seguintes operações:
I - Drawback Genérico – em que é admitida a discriminação genérica da mercadoria e o seu respectivo valor, dispensadas a classificação na NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e a quantidade. (Art. 92 da portaria no. 10/2010, da SECEX).
II - Drawback Sem Cobertura Cambial - quando não há cobertura cambial, parcial ou total, na importação. (Art. 96 da portaria no. 10/2010, da SECEX).
III - Drawback solidário: admite a participação solidária de duas ou mais empresas industriais na importação.
IV - Drawback para Fornecimento no Mercado Interno: trata da importação de matéria-prima, produto intermediário e componentes destinados à industrialização de máquinas e equipamentos no país para serem fornecidos no mercado interno, em decorrência de licitação internacional contra pagamento em moeda conversível proveniente de financiamento concedido por instituição financeira internacional da qual o Brasil participe ou por entidade governamental estrangeira, ou ainda, pelo BNDES, com recursos captados no exterior. (Art. 110 da portaria nº 10/2010, da SECEX).
*Drawback isenção:
Corresponde à modalidade em que o fabricante importa os insumos necessários para reposição do estoque do produto (anteriormente importado e que fez parte do produto exportado). O interessado, por sua vez, deverá comprovar a exportação de produto em cujo beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento tenha sido utilizado mercadorias importadas equivalentes, em qualidade e quantidade, àquelas para as quais esteja sendo pleiteada a isenção. 
Drawback restituição: É a modalidade menos utilizada. O exportador requer a restituição dos tributos pagos com relação aos insumos empregados na fabricação de um produto cuja exportação já foi realizada. A restituição do valor correspondente aos tributos poderá ser feita mediante crédito fiscal a ser utilizado em qualquer importação posterior.
Nas duas modalidades, seja suspensão ou isenção, poderão ser empregadas as seguintes operações especiais de drawback - Embarcação e Intermediário:
I - Drawback para Embarcação: operação especial concedida para importação de mercadoria utilizada em processo de industrialização de embarcação, destinada ao mercado interno (Art. 108 da portaria nº 10/2010, da SECEX).
II - Drawback Intermediário: consiste na importação, por empresas denominadas fabricantes-intermediários, de mercadoria para industrialização de produto intermediário a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras e utilizado na industrialização de produto final destinado à exportação (Art. 100 da portaria nº 10/2010, da SECEX).
III - Drawback Integrado: as empresas poderão adquirir no mercado interno ou via importações, de forma combinada ou não, mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado, com suspensão de tributos. O regime unifica o sistema, integrando o drawback suspensão para importação e o drawback para fornecimento no mercado interno, permitindo a agilidade do processo aduaneiro. O pagamento dos tributos poderá ser suspenso pelo prazo de até um ano, prorrogável por igual período. No caso de mercadoria destinada à produção de bem de capital de longo ciclo de fabricação, a suspensão poderá ser concedida por prazo compatível com a fabricação e exportação do bem, até o limite de cinco anos.
* Drawback Integrado para Produtos Agrícolas ou Criação de Animais
Para importação ou compra no mercado interno de matéria-prima e utilizado no cultivo dos produtos agrícolas ou na criação dos animais, a seguir definidos, cuja destinação é a exportação:
a) frutas, suco e polpa de frutas;
b) algodão não cardado nem penteado;
c) camarões;
d) carnes e miudezas, comestíveis, de frango;
e) carnes e miudezas, comestíveis, de suínos (Art. 104 da portaria nº 10/2010, da SECEX).
Aula6
Regimes Aduaneiros Especiais, Entrepostos e Exportação Temporária.
*Entreposto aduaneiro de importação: é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão dos tributos incidentes na importação.
O regime permite, ainda, a permanência de mercadoria estrangeira entre os outros casos previstos na legislação em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, realizado em recinto de uso privativo, previamente alfandegado para esse fim.
Beneficiário do regime de entreposto aduaneiro na importação (Art. 406 do Decreto 6.759/2009)
I - o promotor do evento, no caso de feira, congresso, mostra ou evento semelhante, realizado em recinto de uso privativo, previamente alfandegado para esse fim.
II - o contratado pela empresa sediada no exterior, no caso de plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no país, e dos estaleiros navais ou outras instalações industriais localizadas à beira-mar, destinadas à construção de estruturas marítimas, plataformas de petróleo e módulos para plataformas.
III - o consignatário da mercadoria entrepostada nos demais casos.
Prazo de vigência do regime de entreposto aduaneiro na importação: a mercadoria deverá ter uma das seguintes destinações, em até 45 dias do término do prazo de vigência do regime, sob pena de ser considerada abandonada:
I - despacho para consumo (nacionalização da mercadoria, com o respectivo pagamento dos tributos incidentes), efetuada pelo adquirente quando este adquirir as mercadorias entrepostadas diretamente do proprietário dos bens no exterior;
II - reexportação;  
III – exportação, exceção das mercadorias admitidas no regime para permanência em feira, congresso, mostra ou evento semelhante;
IV - transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.
Nas hipóteses referidas nos incisos I e III, as mercadorias admitidas no regime, importadas sem cobertura cambial, deverão ser nacionalizadas antes de efetuada a destinação (Art. 409 do Decreto 6.759/2009).
Concessão do Regime na Importação:`
Será requerido com base em declaração de admissão formulada pelo beneficiário no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). O regime será concedido mediante o desembaraço aduaneiro das mercadorias constantes da respectiva declaração de admissão.
A concessão do regime poderá ser automática na hipótese de importação de:
I - partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de embarcações e aeronaves, bem assim de equipamentos e seus componentes de uso náutico ou aeronáutico;
II - bens destinados à manutenção, substituição ou reparo de cabos submarinos de comunicação;
III - bens destinados a provisões de bordo de aeronaves e embarcações (Arts. 21 e 22 da Instrução Normativa nº 241/02 da Secretaria da Receita Federal).
Entreposto Aduaneiro na Exportação: é o que permite a armazenagem de mercadoria destinada à exportação.
O entreposto aduaneiro na exportação compreende as modalidades de regime comum e extraordinário. Na modalidade de regime comum, permite-se a armazenagem de mercadorias em recinto de uso público, com suspensão do pagamento dos tributos. Na modalidade de regime extraordinário, permite-se a armazenagem de mercadorias em recinto de uso privativo, com direito a utilização dos benefícios fiscais previstos para incentivo à exportação, antes do seu efetivo embarque para o exterior (Art.s. 410 e 411 do Decreto 6.759/2009).
Subsistência do entreposto aduaneiro na exportação:
I - na modalidade de regime comum, a partir da data da entrada da mercadoria na unidade de armazenagem;
II - na modalidade de regime extraordinário, a partir da data da saída da mercadoria do estabelecimento do produtor-vendedor (Art.. 413 do Decreto 6.759/2009).
Prazo de vigência do regime de entreposto aduaneiro na exportação: a mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro na exportação pelo prazo de:
I - um ano, prorrogável por período não superior, no total, a dois anos, na modalidade de regime comum, podendo ser concedida nova prorrogação em situações especiais, respeitado o limite máximo de três anos;
II - cento e oitenta dias, na modalidade de regime extraordinário, podendo a mercadoria, dentro do prazo nele previsto, ser admitida no regime de entreposto aduaneiro, na modalidade de regime comum, caso em que prevalecerá o prazo previsto no inciso I (Art.. 414 do Decreto 6.759/2009).
Concessão do Regime na Exportação: será automática e subsistirá a partir da data:
I - de entrada, no recinto alfandegado credenciado, da mercadoria destinada à exportação, acompanhada da respectiva Nota Fiscal, na modalidade de regime comum;
II - de saída, do estabelecimento do produtor-vendedor, da mercadoria vendida a empresa comercial exportadora autorizada, que deverá comprovar a aquisição por meio de declaração firmada em via da correspondente Nota Fiscal, na modalidade de regime extraordinário (Art. 24 da Instrução Normativa nº 241/02 da Secretaria da Receita Federal).
Responsabilidade do depositário e do beneficiário: respondem pela guarda das mercadorias;
I - o permissionário ou concessionário do recinto alfandegado de uso público credenciado;
II- ou  o beneficiário do regime, nos demais casos. Apurada a falta ou avaria de mercadoria, o depositário responde pelo pagamento;
I - dos impostos suspensos, bem assim da multa, de mora ou de ofício, e demais acréscimos legais cabíveis, quando se tratar do regime de entreposto aduaneiro na importação ou na exportação, na modalidade de regime comum;
II-  ou dos impostos que deixaram de ser pagos em decorrência dos benefícios fiscais auferidos pelo produtor-vendedor, bem assim da multa, de mora ou de ofício, e demais acréscimos legais cabíveis, no caso do regime de entreposto aduaneiro na exportação, na modalidade de regime extraordinário (Art. 44 e 45 da Instrução Normativa no. 241/02 da Secretaria da Receita Federal).
Regime de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (RECOF)
É o que permite a empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas à operação de industrialização, sejam destinadas à exportação.
Parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que foi importada ou depois de submetida ao processo de industrialização, poderá ser despachada para consumo. A mercadoria, no estado em que foi importada, poderá ter ainda uma das seguintes destinações;
I - exportação; II - reexportação; ou III - destruição. (Art. 420 do Decreto 6.759/2009)
Habilitação para operar no regime (RECOF): poderão habilitar-se empresas que atendam aos termos, limites e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, em ato normativo, do qual constarão.
I - as mercadorias que poderão ser admitidas no regime;
II - as operações de industrialização autorizadas;
III - o percentual de tolerância, para efeito de exclusão da responsabilidade tributária do beneficiário, no caso de perda inevitável no processo produtivo;
IV - o percentual mínimo da produção destinada ao mercado externo;
V - o percentual máximo de mercadorias importadas destinadas ao mercado interno no estado em que foram importadas;
VI - o valor mínimo de exportações anuais (Art. 422 do Decreto 6.759/2009).
Prazo de permanência no regime (RECOF):
O prazo de suspensão do pagamento dos tributos incidentes na importação será de até um ano, prorrogável por período não superior a um ano. Em casos justificados, o prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado por período não superior, no total, a cinco anos, observada a regulamentação editada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A partir do desembaraço aduaneiro para admissão no regime, a empresa beneficiária responderá pela custódia e guarda das mercadorias na condição de fiel depositária (Art. 423 do Decreto 6.759/2009).
Exigência de Tributos: findo o prazo fixado para a permanênciada mercadoria no regime. Serão exigidos, em relação ao estoque, os tributos suspensos, com os acréscimos legais cabíveis, entretanto, não dispensando o cumprimento das exigências legais e regulamentares para a permanência definitiva da mercadoria no país (Art. 425 do Decreto 6.759/2009).
Exportação Temporária
É o que permite a saída, do país, com suspensão do pagamento do imposto de exportação, de mercadoria nacional ou nacionalizada, condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi exportada. Esse regime visa facilitar a saída temporária do país de bens destinados a situações específicas, tais como realização/participação em eventos de natureza cultural, artística, científica, comercial e esportiva; assistência humanitária e salvamento; acondicionamento e transporte de outros bens; e ensaios e testes ou utilização no exterior (Art. 431 do Decreto 6.759/2009 e Instrução Normativa nº 319/2003 da Secretaria da Receita Federal).
Concessão do regime de exportação temporária: poderá ser requerida à unidade que jurisdiciona o exportador, o porto seco de armazenagem ou o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída das mercadorias. A verificação da mercadoria poderá ser feita no estabelecimento do exportador ou em outros locais permitidos pela autoridade aduaneira (Art. 434 do Decreto 6.759/2009).
Prazo de vigência do regime de exportação temporária: será de até um ano, prorrogável, a juízo da autoridade aduaneira, por período não superior, no total, a dois anos. A título excepcional, em casos devidamente justificados, a critério do Ministro de Estado da Fazenda, o prazo de vigência do regime poderá ser prorrogado por período superior a dois anos. Quando o regime for aplicado à mercadoria vinculada a contrato de prestação de serviços por prazo certo, o prazo de vigência do regime será o previsto no contrato, prorrogável na mesma medida deste. Não estão sujeitos a prazo os bens compreendidos no conceito de bagagem que, nessa condição, saiam do país (Art. 437 do Decreto 6.759/2009).
Aplicação do regime de exportação temporária: será aplicado pela autoridade aduaneira da unidade que jurisdicione o exportador, o porto seco de armazenagem ou o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída dos bens do país, de acordo com as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Na aplicação do regime, deverão ser atendidos os controles especiais, se for o caso. Reputam-se em exportação temporária, independentemente de qualquer procedimento administrativo: I - a bagagem acompanhada; II - os veículos para uso de seu proprietário ou possuidor, quando saírem por seus próprios meios; e III - os veículos de transporte comercial brasileiros, conduzindo carga ou passageiros. No caso de bagagem acompanhada, será feito, a pedido do viajante, simples registro de saída dos bens para efeito de comprovação no seu retorno. A autoridade aduaneira que aplicar o regime deverá manter controle adequado de saída dos bens, tendo em vista a sua reimportação e o prazo concedido (Art. 438 a 442 do Decreto 6.759/2009).
Extinção da Aplicação do regime de exportação temporária: deverá ser adotada uma das seguintes providências para extinção de sua aplicação; I - reimportação; ou II - exportação definitiva da mercadoria admitida no regime (Art. 443 do Decreto 6.759/2009).
Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo: é o que permite a saída do país, por tempo determinado, de mercadoria nacional ou nacionalizada para ser submetida à operação de transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem, no exterior, e a posterior reimportação, sob a forma do produto resultante, com pagamento dos tributos sobre o valor agregado. Esse regime aplica-se também na saída do país de mercadoria nacional ou nacionalizada para ser submetida a processo de conserto, reparo ou restauração.
O crédito correspondente aos tributos incidentes na exportação será constituído em termo de responsabilidade, ficando seu pagamento suspenso pela aplicação do regime (Art. 443 do Decreto 6.759/2009).
Concessão do Regime de Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo
Será concedida pela autoridade aduaneira, mediante requerimento do interessado, do qual deverá constar: I - a descrição das mercadorias a serem submetidas ao regime; II - a natureza da operação de aperfeiçoamento a que a mercadoria será submetida; III - a descrição dos produtos resultantes da operação de aperfeiçoamento e dos meios a serem utilizados para sua identificação; IV - o coeficiente de rendimento da operação (a quantidade ou percentagem de produtos resultantes que serão obtidos, no aperfeiçoamento) ou, se for o caso, a forma de sua fixação; e V - o prazo necessário para a importação dos produtos resultantes da operação. (Art. 8º. Portaria do Ministério da Fazenda nº 675/94).
Prazo de vigência do Regime de Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo
O prazo para importação dos produtos resultantes da operação de aperfeiçoamento será fixado tendo em conta o período necessário à realização da respectiva operação e ao transporte das mercadorias (Art. 451 do Decreto 6.759/2009).
Extinção da aplicação do Regime de Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo
Deverá ser adotada uma das seguintes providências, para extinção de sua aplicação: I - reimportação da mercadoria, inclusive sob a forma de produto resultante da operação autorizada; II - importação de produto equivalente; ou III -exportação definitiva da mercadoria admitida no regime (Art. 454 do Decreto 6.759/2009).
Cálculo dos tributos do Regime de Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo
O valor dos tributos devidos na importação do produto resultante da operação de aperfeiçoamento será calculado, deduzindo-se, do montante dos tributos incidentes sobre esse produto, o valor dos tributos que incidiriam, na mesma data, sobre a mercadoria objeto da exportação temporária, se esta estivesse sendo importada do mesmo país em que se deu a operação de aperfeiçoamento  (Art. 455 do Decreto 6.759/2009).
Aula 7
Regimes Aduaneiros Especiais de Importação Exportação e Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura
Regime aduaneiro especial de importação de insumos destinados à  industrialização por encomenda de produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da nomenclatura do Mercosul – Recom:
é o que permite a importação, sem cobertura cambial, de chassis, carroçarias, peças, partes, componentes e acessórios, com suspensão do pagamento do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação. O regime será aplicado exclusivamente a importações realizadas por conta e ordem de pessoa jurídica encomendante domiciliada no exterior. (Art. 427 do Decreto 6.759/2009)
Recom - produtos resultantes da industrialização por encomenda: uma medida que visa incentivar a produção interna da indústria automobilística, tornando competitivos nossos veículos em relação ao resto do mundo, apresenta o seguinte tratamento tributário:
I -quando destinados ao exterior, resolve-se a suspensão do pagamento do imposto sobre produtos industrializados (IPI), da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação incidentes na importação e na aquisição, no mercado interno, dos insumos neles empregados;
II - quando destinados ao mercado interno, serão remetidos obrigatoriamente à  empresa comercial atacadista, controlada, direta ou indiretamente, pela pessoa jurídica encomendante domiciliada no exterior, por conta e ordem desta, com suspensão do pagamento do imposto sobre produtos industrializados (IPI), da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação. (Art. 429 do Decreto 6.759/2009)
Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural – Repetro - é o que permite, conforme o caso, a aplicação dos seguintes tratamentos aduaneiros:
I - Exportação, sem que tenha ocorrido sua saída do territórioaduaneiro e posterior aplicação do regime de admissão temporária, no caso de bens de fabricação nacional, vendido a pessoa sediada no exterior.
II - Exportação, sem que tenha ocorrido sua saída do território aduaneiro, de partes e peças de reposição destinadas aos bens referidos no inciso I, já admitidos no regime aduaneiro especial de admissão temporária.
III - Importação, sob o regime de drawback, na modalidade de suspensão, de matérias-primas, produtos semielaborados ou acabados e de partes ou peças, utilizados na fabricação dos bens referidos no inciso I, para posterior comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes da aplicação desse regime mediante a exportação. Os bens relacionados nesse regime são os constantes de relação elaborada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, devendo ser aplicado, ainda, às máquinas e aos equipamentos sobressalentes, às ferramentas e aos aparelhos e a outras partes e peças destinados a garantir a operacionalidade dos bens anteriormente referenciados. (Art. 458 do Decreto 6.759/2009)
Extinção da Aplicação do Repetro: ocorre com a adoção de uma das seguintes providências, pelo beneficiário, que deverá ser requerida dentro do prazo fixado para a permanência do bem no País:
I – reexportação.
II - entrega à Fazenda Nacional, livre de quaisquer despesas, desde que a autoridade aduaneira concorde em recebê-lo.
III - destruição, às expensas do interessado.
IV - transferência para outro regime aduaneiro especial.
V - despacho para consumo.
O regime de admissão temporária será extinto, ainda, nas hipóteses de nova concessão do Repetro, dispensada a exigência de saída dos bens do território aduaneiro. (Art. 25, Instrução Normativa nº. 844/2008 RFB -Secretaria da Receita Federal).
Exigência do Crédito Tributário (Repetro): constituído em Termo de Responsabilidade (TR), será exigido nas seguintes hipóteses:
I - vencimento do prazo de permanência dos bens no País, sem que haja sido requerida a sua prorrogação ou a extinção da Aplicação do Regime.
II - vencimento do prazo de 30 (trinta) dias, na situação de indeferimento do pedido de prorrogação de prazo, sem que seja promovida a reexportação do bem.
III - apresentação, para as providências de extinção da Aplicação do Regime, de bens que não correspondam aos ingressados no País.
IV - utilização dos bens em finalidade diversa daquela que justificou a concessão do regime.
V - destruição dos bens, por culpa ou dolo do beneficiário. (Art. 30, Instrução Normativa nº. 844/2008 RFB -Secretaria da Receita Federal).
Controle do REPETRO:
Quanto ao prazo de vigência, será realizado pela unidade da Receita Federal Brasileira (RFB), que realiza a concessão. A utilização dos bens será controlada pela unidade da RFB com jurisdição sobre o local onde são executadas as atividades de pesquisa ou de produção de petróleo ou gás natural, mediante diligências e auditorias periódicas. Os bens submetidos ao regime, quando não estiverem sendo utilizados, poderão permanecer depositados em local não alfandegado, pelo prazo necessário ao retorno à atividade ou à adoção das providências para a extinção do regime. O local indicado para armazenagem dos bens deverá oferecer as necessárias condições de segurança fiscal reconhecidas por meio de autorização do titular da unidade da RFB que o jurisdiciona. (Arts. 31 a 33, Instrução Normativa no. 844/2008 RFB -Secretaria da Receita Federal).
Regime Aduaneiro Especial de Importação de Petróleo Bruto e seus derivados – Repex:
É o que permite a importação desses produtos, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação, para posterior exportação, no mesmo estado em que foram importados. O Brasil, para se tornar um grande exportador de produtos derivados do petróleo, deverá criar condições para que o refino interno do petróleo bruto seja competitivo internacionalmente e o seu preço não esteja encarecido de tributos na importação dos insumos necessários à sua produção. (Art. 463 do Decreto 6.759/2009)
Concessão e aplicação do regime (REPEX): será concedido somente à empresa previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e que possua autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis para exercer as atividades de importação e de exportação dos produtos a serem admitidos no regime. 
A Secretaria da Receita Federal do Brasil especificará os produtos que poderão ser admitidos no regime.Será permitido o abastecimento interno, com o produto importado admitido no Repex, no prazo de vigência do regime, desde que cumprido o compromisso de exportação, mediante a exportação de produto nacional em substituição àquele importado.  (Arts. 464, 465 e 467 do Decreto 6.759/2009)
Prazo de vigência do regime (REPEX):
Será de noventa dias, prorrogável uma única vez, por igual período, tendo como termo inicial a data do desembaraço aduaneiro de admissão das mercadorias. (Art. 466 do Decreto 6.759/2009)
Extinção da aplicação do regime (Repex): deverá ser adotada uma das seguintes providências, para extinção de sua aplicação:
I - exportação do produto importado;
II - exportação de produto nacional, em substituição ao importado, em igual quantidade e idêntica classificação fiscal.
 A exportação dos produtos admitidos no regime será efetuada exclusivamente em moeda de livre conversibilidade. O fornecimento de combustíveis e lubrificantes à aeronaves ou embarcações estrangeiras ou em viagem internacional não será considerado para fins de comprovação das exportações. (Art. 468 do Decreto 6.759/2009)
Exigência do Crédito Tributário (Repex):
Serão exigidos os tributos suspensos, com os acréscimos legais e penalidades cabíveis, quando ocorrer o descumprimento do prazo de vigência estabelecido, devendo ser considerada, na determinação da exigência, a data de registro da declaração de admissão das mercadorias no regime.
O crédito tributário será exigido mediante a adoção das providências para a execução do Termo de Responsabilidade firmado pela unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro de admissão no regime. No caso de descumprimento parcial do regime, para a exigência dos tributos devidos, serão deduzidas as quantidades dos produtos exportados. (Art. 468 do Decreto 6.759/2009 e Art. 11 da Instrução Normativa nº. 005/2001, da Secretaria da Receita Federal).
O controle aduaneiro das importações, permanência e substituições no País, assim como das exportações dos produtos admitidos no Repex, será efetuado com base em sistema informatizado da empresa habilitada.
Para fins de auditoria do regime, na falta de informação fornecida pelo beneficiário, para efeito de baixa de estoque no Repex, será utilizado o método de avaliação que identifica o produto mais antigo admitido no regime. (Arts. 12 e 13 da Instrução Normativa nº. 005/2001 da Secretaria da Receita Federal)
Regime Tributário para incentivo à modernização e à ampliação da estrutura portuária – Reporto: é o que permite, na importação de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, a suspensão do pagamento do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação, quando importados diretamente pelos beneficiários do regime e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva em portos na execução de serviços de carga, descarga, movimentação de mercadorias e dragagem, e na execução de treinamento e formação de trabalhadores em Centros de Treinamento Profissional.
A suspensão do pagamento do imposto de importação somente beneficiará bens sem similar nacional. As peças de reposição acima referenciadas deverão ter seu valor aduaneiro igual ou superior a vinte por cento do valor aduaneiro da máquina ou equipamento ao qual se destinam. O REPORTO procura modernizar a infraestrutura portuária brasileira, de forma a proporcionar agilidade e segurança na execução das tarefas portuárias, reduzindo custos adicionais ao exportadore importador proveniente de um serviço ineficiente, mediante a desoneração tributária na aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens para a reformulação dos portos brasileiros. (Art. 471 do Decreto 6.759/2009)
Beneficiários do regime (Reporto):
I - o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar instalação portuária de uso privativo misto;
II - as empresas de dragagem, os permissionários ou concessionários de recintos alfandegados de zona secundária e os Centros de Treinamento Profissional;
III - os concessionários de transporte ferroviário. A aplicação dos benefícios fiscais relativos ao imposto de importação e ao imposto sobre produtos industrializados fica condicionada à comprovação, pelo beneficiário, da quitação de tributos e contribuições federais e à formalização de termo de responsabilidade em relação ao crédito tributário com pagamento suspenso. A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá os requisitos e os procedimentos para habilitação dos beneficiários ao regime. (Art. 472 do Decreto 6.759/2009)
Suspensão do pagamento (REPORTO): o imposto de importação e do imposto sobre produtos industrializados converte-se em isenção após o decurso do prazo de cinco anos, contados da data da ocorrência do respectivo fato gerador. Por sua vez, a contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação converte-se em alíquota zero após o decurso do prazo de cinco anos, contados da data da ocorrência do respectivo fato gerador. (Arts. 473 e 474 do Decreto 6.759/2009)
Transferência de propriedade (REPORTO): a transferência de propriedade dos bens importados ao amparo do regime, dentro do prazo de cinco anos, contados da data da ocorrência do respectivo fato gerador, deverá ser precedida de autorização da Secretaria da Receita Federal do Brasil e do recolhimento dos tributos com pagamento suspenso, acrescidos de juros e de multa de mora.
A transferência para outro beneficiário do REPORTO será efetivada com dispensa da cobrança dos tributos com pagamento suspenso desde que o adquirente:
I - formalize novo termo de responsabilidade em relação ao crédito tributário com pagamento suspenso;
II - assuma perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil a responsabilidade, desde o momento de ocorrência dos respectivos fatos geradores pelos tributos e contribuições com pagamento suspenso. (Art. 475 do Decreto 6.759/2009)
Aula 8
Regimes Aduaneiros Especiais, Loja Franca, Depósito Especial, Afiançado e Alfandegado Certificado.
*Loja Franca
É o que permite ao estabelecimento instalado em zona primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional ou estrangeira ao passageiro em viagem internacional, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.
A mercadoria estrangeira importada diretamente pelos concessionários das lojas francas permanecerá com suspensão do pagamento de tributos até a sua venda. Quando se tratar de aquisição de produtos nacionais, eles sairão do estabelecimento industrial ou equiparado com isenção de tributos (Art. 476 do Decreto 6.759/2009).
*Concessão do regime de Loja Franca:
depende de prévia habilitação pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e será outorgada à empresa selecionada mediante concorrência pública, realizada pela entidade administradora do porto ou do aeroporto em que se pretende instalar a loja franca (Art. 476 do Decreto 6.759/2009 e Art. 2º. da Instrução Normativa nº 863/2008 - RFB da Secretaria da Receita Federal).
*Habilitação para operar o regime de Loja Franca:
poderá habilitar-se a operar o regime a empresa que tenha como principal objeto social, cumulativamente ou não, a importação ou a exportação de mercadorias e que atenda aos seguintes requisitos:
-tenha sido selecionada mediante concorrência pública, nos termos definidos na legislação;
-atenda aos requisitos de alfandegamento do local;
-cumpra os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional;
-não possua pendência de qualquer natureza junto à Receita Federal Brasileira (RFB), especialmente quanto à aplicação de regime aduaneiro especial ou aplicado em área especial, do qual tenha sido, ou seja, beneficiária;
-não tenha sido submetida ao regime especial de fiscalização;
-mantenha controle contábil informatizado;
-possua sistema corporativo informatizado, integrado à contabilidade, para controle dos estoques de mercadorias, distinguindo as de procedência estrangeira e as nacionais, especialmente quanto à entrada, permanência e saída, e identificando as operações realizadas por estabelecimento (Art. 3º. da Instrução Normativa no. 863/2008 - RFB da Secretaria da Receita Federal).
*Admissão no regime de Loja Franca:
poderão ser admitidas no regime, as mercadorias nacionais submetidas ao regime de Depósito Alfandegado Certificado (DAC).
A importação para admissão no regime, inclusive da mercadoria que se encontra em Depósito Alfandegado Certificado, será feita em consignação, permitido o pagamento ao consignante no exterior somente após a efetiva venda da mercadoria na loja franca (Art. 477 do Decreto 6.759/2009).
*Vendas de mercadorias no regime de Loja Franca: poderão ser realizadas a:
I - tripulantes e passageiros em viagem internacional;
II - missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos internacionais de caráter permanente e a seus integrantes e assemelhados;
III - empresas de navegação aérea ou marítima, para uso ou consumo de bordo de embarcações ou aeronaves, de bandeira estrangeira, aportadas no país (Art. 478 do Decreto 6.759/2009).
Extinção da Aplicação do regime de Loja Franca: será realizada mediante;
I – venda; 
II - reexportação para qualquer país de destino, no caso de mercadorias importadas;
III - exportação, no caso de mercadorias nacionais;
IV - transferência para outro depósito de Loja Franca da operadora ou depósito de Loja Franca de outra operadora;
V - transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais;
VI - despacho para consumo; 
VII - destruição sob controle aduaneiro (Art. 38 da Instrução Normativa no. 863/2008 - RFB da Secretaria da Receita Federal).
*Controle do Regime de loja Franca:
o sistema de controle operacional do regime de Loja Franca será aprovado pela unidade da Receita Federal Brasileira (RFB) com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos relativos ao comércio exterior sobre o estabelecimento da Loja Franca e deverá compreender;
I - registro quantitativo de entrada de mercadorias, no depósito, a partir da declaração de admissão ou nota fiscal;
II - registro quantitativo de saída de mercadorias, do depósito, consoante as seguintes destinações. O sistema de controle operacional deverá diferenciar as mercadorias de origem estrangeira, as de origem nacional e as transferidas do regime de Depósito Alfandegado Certificado (DAC) e entregues, em consignação (Art. 41 da Instrução Normativa nº. 863/2008 - RFB da Secretaria da Receita Federal).
*Depósito Especial: é o que permite a estocagem de partes, peças, componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/Pasep - Importação e da Cofins - Importação, para veículos, máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos casos definidos pelo Ministro de Estado da Fazenda (Art. 480 do Decreto 6.759/2009).
*Concessão e aplicação do regime de depósito especial:
A autorização para operar no regime é de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Poderão habilitar-se a operar no regime as empresas que atendam aos termos, limites e condições estabelecidos em ato normativo pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Serão admitidas no regime somente mercadorias importadas sem cobertura cambial, ressalvados os casos autorizados pelo Ministro de Estadoda Fazenda (Arts. 481 a 483 do Decreto 6.759/2009). 
*Prazo de vigência do regime de depósito especial: 
Serão, de até cinco anos, contados da data do seu desembaraço para admissão.  O ministro de Estado da Fazenda, em casos de interesse econômico relevante, poderá autorizar a permanência da mercadoria no regime por prazo superior ao estabelecido (Art. 484 do Decreto 6.759/2009). 
Extinção da aplicação do regime de depósito especial: deverá ser adotada uma das seguintes providências, para extinção de sua aplicação;
I - reexportação;
II - exportação, inclusive quando as mercadorias forem aplicadas em serviços de reparo ou manutenção de veículos, máquinas, aparelhos e equipamentos estrangeiros, de passagem pelo país;
III - transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais;
IV - despacho para consumo;  
V - destruição, mediante autorização do consignante, às expensas do beneficiário do regime. A exportação de mercadorias admitidas no regime prescinde de despacho para consumo. No caso de destruição, mediante autorização do consignante, não obriga ao pagamento dos tributos suspensos. No caso de haver eventual resíduo da destruição economicamente utilizável, este deverá ser despachado para consumo como se tivesse sido importado no estado em que se encontre, sujeitando-se ao pagamento dos tributos correspondentes  (Art. 485 do Decreto 6.759/2009 e Art. 20 da Instrução Normativa nº. 386/2004 RFB - Secretaria da Receita Federal).
*Controle no regime de depósito especial: o controle aduaneiro da entrada, da permanência e da saída de mercadorias será efetuado mediante processo informatizado, com base em software desenvolvido pelo beneficiário que atenda ao estabelecido em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O beneficiário do regime deverá assegurar o livre acesso da Secretaria da Receita Federal do Brasil à base informatizada de que trata o caput (Art. 487 do Decreto 6.759/2009). 
*Depósito Afiançado: é o que permite a estocagem, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/Pasep - Importação e da Cofins - Importação, de materiais importados sem cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de embarcação ou de aeronave pertencentes à empresa autorizada a operar no transporte comercial internacional e utilizadas nessa atividade.
O regime poderá ser concedido, ainda, à empresa estrangeira que opere no transporte rodoviário. Os depósitos afiançados das empresas estrangeiras de transporte marítimo ou aéreo poderão ser utilizados inclusive para provisões de bordo (Art. 488 do Decreto 6.759/2009).
*Concessão e aplicação do regime de depósito afiançado: a autorização para empresa estrangeira operar no regime, pela autoridade aduaneira, é condicionada a previsão em ato internacional firmado pelo Brasil ou a que seja comprovada a existência de reciprocidade de tratamento. A aplicação do regime depende de prévia habilitação da empresa interessada na Secretaria da Receita Federal (SRF). O local onde será operado o regime é de uso privativo da empresa aérea beneficiária e prescinde de alfandegamento. O regime poderá habilitar-se a operar a empresa que;
I – mantenha serviço de transporte aéreo internacional regular;
II – disponha de sistema informatizado de controle de entrada, permanência e saída de mercadorias, de registro e apuração de créditos tributários devidos, extintos ou com exigibilidade suspensa, integrado aos sistemas corporativos da empresa no país, com livre e permanente acesso da SRF (Art. 489 do Decreto 6.759/2009 e Arts. 3º. e 4º. da Instrução Normativa no. 409/2004 RFB - Secretaria da Receita Federal).
O prazo de vigência do regime de depósito afiançado:
Será de até cinco anos, contados da data do desembaraço aduaneiro para admissão (Art. 490 do Decreto 6.759/2009).
Extinção da aplicação do regime de depósito afiançado: a aplicação do regime será extinta com a adoção, dentro do prazo de permanência das mercadorias, de uma das seguintes providências;
I – reexportação, inclusive nos casos em que os equipamentos, suprimentos e peças que forem empregados em aeronaves; alimentos, bebidas e utensílios que integrem provisões de bordo, forem utilizados nos voos internacionais, inclusive artigos destinados a vendas em aeronaves;
II – destruição, mediante autorização do consignante, às expensas do beneficiário do regime e sob controle aduaneiro, não obrigando ao pagamento dos tributos suspensos (Art. 17 da Instrução Normativa no. 409/2004 RFB - Secretaria da Receita Federal).
Controle no regime de depósito afiançado: o controle aduaneiro da entrada, da permanência e da saída de mercadorias será efetuado mediante processo informatizado. O sistema informatizado deverá individualizar as operações do estabelecimento habilitado e permitir identificar;
I – as mercadorias depositadas, relacionando-as com os respectivos documentos de entrada;
II – as mercadorias remetidas à empresa de catering (empresa de industrialização alimentar), relacionando-as com as correspondentes documentos fiscais, se exigíveis;
III – as mercadorias recebidas de empresas de catering, relacionando-as com os correspondentes documentos fiscais, se exigíveis;
IV – a forma de extinção do regime, em relação a todas as mercadorias admitidas;
V – as transferências (para outro estabelecimento habilitado), e os empréstimos (de equipamentos de aeronaves e peças sobressalentes, de segurança e sobressalentes, quando forem utilizadas no estabelecimento ou manutenção de serviços aéreos internacionais regulares),  relacionando-os com as respectivas declarações de admissão da mercadoria.
O sistema informatizado do beneficiário deverá contemplar ainda o controle do valor dos impostos com exigibilidade suspensa, em relação às entradas de materiais. A responsabilidade tributária relativa aos impostos suspensos, em relação à mercadoria transferida, passa ao estabelecimento substituto, ficando extinta para o estabelecimento substituído após a adoção das providências fiscais pertinentes (Art. 491 do Decreto 6.759/2009 e Art. 23 da Instrução Normativa no. 409/2004 RFB - Secretaria da Receita Federal).
*Depósito Alfandegado Certificado:
É o que permite considerar exportada para todos os efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a mercadoria nacional depositada em recinto alfandegado, vendida à pessoa sediada no exterior, mediante contrato de entrega no território nacional e à ordem do adquirente. Consiste numa forma de facilitar as exportações, permitindo a efetivação da exportação com a entrega da mercadoria ao comprador, ainda no território nacional (Art. 493 do Decreto 6.759/2009).
Concessão e aplicação do regime de depósito alfandegado certificado: será operado, mediante autorização da Secretaria da Receita Federal do Brasil, em recinto alfandegado de uso público. O regime poderá ainda ser operado em instalação portuária de uso privativo misto, atendidas as condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A admissão no regime ocorrerá com a emissão, pelo depositário, de conhecimento de depósito alfandegado, que comprova o depósito, a tradição e a propriedade da mercadoria. Para efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a data de emissão do conhecimento equivale à data de embarque ou de transposição de fronteira da mercadoria (Arts. 494 e 495 do Decreto 6.759/2009).
Prazo de vigência do regime de depósito alfandegado certificado: o prazo de permanência da mercadoria no regime não poderá ser superior a um ano, contado da emissão do conhecimento de depósito alfandegado (Art. 496 do Decreto 6.759/2009).
Extinção da aplicação do regime de depósito alfandegado certificado: a extinção da aplicação do regime será feita mediante; 
I - a comprovação do efetivo embarque, ou da transposição da fronteira, da mercadoria destinada ao exterior; 
II - o despacho para consumo; 
III - a transferência para um dos seguintes regimes aduaneiros - a) drawback; b) admissão temporária, inclusive para as atividades de pesquisa e exploração de

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