Buscar

DICAS METODOLOGICAS

Prévia do material em texto

DICAS PARA SE FAZER RESUMOS, FICHAMENTOS, 
SEMINÁRIOS, RESENHAS E PAPERS. 
 
 
Francisco Queiroz 
 
FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS (NBR 10520) 
 
A formatação das margens das paginas são: margens superior e a esquerda de 3cm 
e margens inferior e a direita 2CM. 
 
Os títulos primários devem ser em tamanho 14, negrito, se numerados, devem ser 
alinhandos a esquerda, se não forem numerados, o alinhamento do título deve ser 
centralizado; 
 
O Corpo do texto deve ser justificado, espaçamento 1,5, fonte, preferencialmente, 
arial. De um parágrafo para o outro deve-se ter um espaço duplo ou um recuo na 
primeira linha de 1,25 cm. 
 
As citações diretas, textos de outra autoria, com mais de 3 linhas devem ser em 
fonte de tamanho 10, com recuo direito de 4cm e em espaçamento entre linhas 
simples. 
 
 
RESUMO (NBR 6028) 
 
 
1 DEFINIÇÕES 
1.1. Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. 
1.1.1. Resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica 
de um documento. Também chamado de RESENHA. Quando analisa 
apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. 
VER DETALHES NA CAPÍTULO RESENHA CRÍTICA 
1.1.2. Resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, 
não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, 
não dispensa a consulta ao original. 
1.1.3. Resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, 
resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, 
inclusive, dispensar a consulta ao original. Este tipo de resumo é o 
habitualmente mais utilizado nos trabalhos acadêmicos. 
 
2 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO 
 
2.1. O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as 
conclusões do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do 
tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item 
recebe no documento original. 
2.2. O resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do 
resumo inserido no próprio documento. 
2.3. O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas, 
afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de 
parágrafo único. 
2.3.1. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do 
documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do 
tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). 
2.3.2. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 
2.3.3. As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas 
da expressão Palavras-chave, separadas entre si por ponto e finalizadas 
também por ponto. 
2.3.4. Devem-se evitar: 
 símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; 
 fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente 
necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na 
primeira vez que aparecerem. 
2.3.5. Quanto a sua extensão os resumos devem ter: 
 de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e 
outros) e relatórios técnico-cientifícos; 
 de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; 
 de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves. 
 Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos 
a limite de palavras. 
 
4 NORMATIZAÇÃO: 
 
4.1 Resumo Avulso: 
 Título Tamanho 14 Caixa Alta, negrito; Sub título (se houver) em caixa 
baixa. 
 Dois espaços simples abaixo do título e alinhado a esquerda em fonte 12, 
Nome dos autores referenciado com nota de explicação ao rodapé de 
pagina; 
 Dois espaços simples e a palavra resumo; 
 Em caso de resumo de texto/trabalho de autoria de outro autor ao invés de 
colocar o nome do autor coloca-se a referência bibliográfica e abaixo da 
palavra resumo coloca-se o nome do estudante, referenciado em nota de 
rodapé o curso a faculdade. 
 O texto do resumo deve ser em fonte 
 
4.2 RESUMO EM TRABALHO ACADÊMICO 
 Ver Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos pág. 21. 
 
VEJA MODELO DE RESUMOS EM ANEXO 1 e ANEXO 2 
 
FICHAMENTO 
 
O fichamento é o ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto. O trabalho 
de fichamento possibilita ao estudante, além da facilidade na execução dos 
trabalhos acadêmicos, a assimilação do conhecimento. De acordo com diversos 
autores, o fichamento deve conter a seguinte estrutura: cabeçalho indicando o 
assunto e a referência da obra, isto é, a autoria, o título, o local de publicação, a 
editora e o ano da publicação. Existem vários tipos básicos de fichamentos entre 
esses destaco o resumo e o de citações ou transcrição. 
 
FICHA DE RESUMO: redução de um texto a suas idéias principais, parafraseando 
o autor com o intuito de compreender o texto a fim de elaborar um novo, 
apresentando uma síntese das idéias do autor. Expor abreviadamente as idéias do 
autor. Não se faz uso de citações. 
CONCEITO: Apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto, 
ressaltando suas progressões e articulações (MEDEIROS, 2002). 
OBJETIVO: Apresentar idéias ou fatos essenciais de um texto, mantendo 
fidelidade ao pensamento do autor. 
 
FICHA DE CITAÇÃO: A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no 
final do texto. Consiste na reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no 
texto transcrito expressão aspeada, tais aspas devem ser transformadas em aspas 
simples. 
 
Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de 
grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre parênteses. 
A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões 
iniciais ou finais não precisam ser indicadas ; A supressão de um ou mais parágrafos 
intermediários é indicada por uma linha pontilhada ; Ao transcrever um texto é 
preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação, etc. Não se deve 
alterar o texto de nenhuma forma. 
 
 
Elementos Básicos 
de uma ficha: 
 
1 – Cabeçalho; 
2 – Referência; 
3 – Texto Fichado; 
4 – Local onde se encontra a 
obra; 
5 – Espaço destinado a 
esquema ou plano de idéias de 
quem vai redigir; 
6 – Para ser usado quando for 
necessário mais de uma ficha. 
utiliza-se letras maiúsculas: A, 
B, C... e assim 
sucessivamente. 
 
 
VEJA MODELO DE FICHAMENTOS EM ANEXOS 3 
SEMINÁRIO (APRESENTAÇÃO ORAL) 
 
Preciamos preparar os alunos para a exposição oral e definição de um roteiro 
organizado e metodologicamente correta contribuirá para tanto. Dentre algumas 
recomendações é necessário que o aluno tenha tempo para exposição, ou seja, se 
for em equipe e o tempo limitado, não podemos mais permitir que um aluno fale 30 
ou 60 segundos, que o trabalho seja apresentado por um ou dois, ou se dê pelo 
menos 5 minutos para que o aluno tenha condições de superar qualquer dificuldade 
expor sua aprendizagem. 
 
ESTRUTURA DE SLIDES: 
1. Capa: titulo do trabalho, autores e instituição. 
2. Apresentação: Tema e objetivos 
3. Justificativa: Importância do Trabalho (social, acadêmica e pessoal) 
4. Metodologia: como a pesquisa foi feita – recursos, mecanismos, roteiro de 
atividades. 
5. Referencial: Principais autores e conceitos. 
6. Resultados (2, 3 ou quantos slides forem necessários para apresentar os 
resultados da pesquisa, usar fotos, gráficos ou tabelas) 
7. Considerações (um ou dois slides) 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 Referência Bibliográfica não precisa, vai no trabalho escrito; 
 O tempo médio de fala por slide é 1,5 minuto; 
 
RESENHA 
 
Francisco Alves de Queiroz. 
 
Há diversas formas de se construir uma resenha crítica, em síntese o objetivo é 
apresentar de maneira resumida o conteúdo de uma obra, (livros, textos, filmes, 
apresentações teatrais, exposições), sua estrutura, partes, como foi feito e seus 
resultados, tecendo análisescríticas sobre cada etapa. As críticas podem ser feitas 
a medida que se vai expondo cada etapa ou primeiro apresenta-se a obra de 
maneira resumida e depois realiza o posicionamento do resenhista, fica a gosto do 
aluno, eu prefiro apresentar a obra e depois criticar. 
 
Eu deixo algumas recomendações saudáveis para a construção de uma boa 
resenha: primeiro o aluno deve fazer uma leitura sem compromisso do texto, verificar 
os conceitos e objetivos do texto, conhecer o autor, sua formação e atentar para o 
período que foi escrito a obra; segundo, aprender os conceitos tratados pelo autor e 
se possível fazer um paralelo com as definições clássicas destes conceitos; terceiro 
verificar os métodos e as provas cientificas utilizado pelo autor para construir o 
trabalho; quarto, verificar se o autor é claro quanto as especificações dos objetivos 
do trabalho e se dá resposta a esses objetivos; quinto e por fim, verificar a 
importância da obra para a vida prática e acadêmica. 
 
Veja agora um rápido esquema de resenha que deve ser seguida nas nossas 
disciplinas. 
 
1. Ao topo da página o aluno coloca a referência bibliográfica do material a ser 
resenhado usando as normas da NBR 6023, 
2. Dá três espaços e coloca o título “RESENHA” referenciado em nota de 
rodapé o objetivo do trabalho, exemplo: Trabalho solicitado pelo Professor Dr. 
Zé Dias, Disciplina Economia da Faculdade Capim Grosso. 
3. Dá um espaço em seguida e coloca a palavra “por” mais um espaço e o nome 
aluno seguido de referencia de nota de rodapé apresentando-o. 
4. Dá três Espaço e apresenta o autor: atuação, formação, locais de trabalho e 
informações importantes, principais obras, isto é o primeiro parágrafo da 
resenha. 
5. A segunda etapa é apresentar a obra em forma de Resumo Informativo: 
objetivo, metodologia, partes do texto, resultados e conclusões do autor, de 
forma clara, objetiva e direta. Está etapa é em média 500 palavras, dois, três 
parágrafos. Mas isto não é regra. 
6. A terceira etapa é realizar uma CRÍTICA dos objetivos do texto, da 
metodologia, da clareza, da objetividade, da importância social e acadêmica e 
da atualidade dos conteúdos, É JUÍZO DE VALOR, mas tenha atenção para 
não julgar por julgar, o julgamento deve ser embasado em pressupostos 
científicos e verificáveis. 
7. Para Fechar a resenha com chave de ouro recomende ou não a leitura da 
obra e indique outros conteúdos e autores a serem consultados para melhor 
compreensão dos conhecimentos tratados na resenha. 
 
OBSERVAÇÃO: Uma boa resenha geralmente se faz em duas páginas e como o 
resumo e o fichamento, NÃO usa-se capa e contracapa e nem cabeçalho, é em 
folha direta como citado acima, com os alunos, professores e entidades 
referenciados em notas de rodapé. 
 
VEJA EXEMPLO DE RESENHA: 
 
 
CASTRO, A.B. e SOUZA, F.E.P. A Economia Brasileira em Marcha Forçada. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra, 1985. p. 190. 
 
 
 
 
RESENHA1 
 
Por: 
 
Fernando Dantas Carvalho
2
 
 
 
 
 
1 – APRESENTAÇÃO DO AUTOR 
 
Barros de Castro, doutor em Economia pela Universidade de Campinas. Professor Titular de 
Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro tem vasta experiência acadêmica, tendo atuado 
como professor visitante em universidades do Chile, Inglaterra e Estados Unidos. Foi consultor do 
IBGE, Eletrobrás, Petrobras, BNDES, sempre na área do desenvolvimento de política industrial, sua 
especialidade. Principais obras publicadas: Introdução à Economia, Uma Abordagem Estruturalista, 
em Co-autoria com Carlos Lessa, 1967. , Sete Ensaios sobre a Economia Brasileira, 1971, A 
Economia Brasileira em Marcha Forçada, em co-autoria com Francisco Eduardo Pires de 
Souza.1985. 
 
 
2 O RESUMO 
 
 Informativo em 2, 3 parágrafos (em média 300 a 500 palavras); (Objetivo/Temática, Métodos, 
considerações/partes e conclusão geral) 
 
 
3 A CRÍTICA 
 
em 1, 2 parágrafos (em média 150 a 300 palavras), dos objetivos do texto, da metodologia, da 
clareza, da objetividade, da importância social e acadêmica e da atualidade dos conteúdos. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Recomendações e conclusão em 1 parágrafo. 
 
 
 
______ 
1
 Trabalho solicitado Trabalho solicitado pelo Professor Dr. Zé Dias, Disciplina Economia da Faculdade Capim Grosso. 
2
 Graduando de Administração, 5 semestre. fernadodantas@xx0xx.com.br 
 
 
 
NORMAS PARA APRESENTAÇÕES DE PAPERS E 
ARTIGOS 
 
 
O trabalho não deve conter capas, contracapas, sumário, dedicatórias e nem folha rosto. Não 
há quebra de paginas, é em texto corrido mas pode apresentar divisões capitualar. Deve 
apresentar extensão de 8 a 20 páginas e estar de acordo com as NBR (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) 6022, 6023, 6024, 6028 e 10520. 
 
De acordo com a NBR 6022 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS), a publicação deve ser constituída por: 
 
1 Elementos pré-textuais 
 
a) Título e subtítulo (se houver): devem figurar na página de abertura do texto, 
separados por dois-pontos e na língua do texto. 
b) Nome(s) do(s) autor(es): acompanhado de titulação, Instituição que 
representa e e-mail; essas informações devem aparecer em nota de rodapé. 
c) Resumo na língua do texto: deve ser em um único parágrafo, com extensão 
de 100 a 250 palavras, de forma objetiva. 
d) Palavras-chave na língua do texto: palavras que representam os principais 
assuntos tratados no texto (entre 3 a 5 palavras); devem figurar logo abaixo 
do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si 
por ponto e finalizadas também por ponto. 
 
2 Elementos textuais 
 
a) Introdução: apresenta as idéias gerais sobre o tema explanado. 
b) Desenvolvimento: parte principal do texto, que apresenta de forma 
ordenada o assunto tratado. Pode ser dividido em seções e subseções, de 
acordo com o tema abordado. 
c) Conclusão ou Considerações finais: aborda os pontos principais, de forma 
a fechar o texto. 
 
3 Elementos pós-textuais 
 
a) Resumo em língua estrangeira: versão do resumo na língua do texto para o 
idioma de divulgação internacional, utilizando as mesmas características. 
b) Palavras-chave em língua estrangeira: versão na língua do texto para a 
mesma língua estrangeira do resumo. 
c) Nota(s) explicativa(s): deve(m) ser utilizada(s) apenas para comentários 
e/ou explicações que não possam ser incluídas no texto, não para 
referências. Devendo ser colocadas no rodapé da página em destaque. 
d) Referências: devem ser colocadas ao final do trabalho, classificadas em 
ordem alfabética pelo sobrenome do autor, com alinhamento à margem 
esquerda, entrelinhas simples e espaçamento duplo entre elas. 
 
Paper – O que é e como fazer 
 
Sergio Enrique Faria 
 
1. Conceito de paper 
 
O paper, position paper ou posicionamento pessoal é um pequeno artigo 
científico a respeito de um tema predeterminado. Sua elaboração consiste na 
discussão e divulgação de idéias, fatos, situações, métodos, técnicas, processos ou 
resultados de pesquisas científicas (bibliográfica, documental, experimental ou de 
campo), relacionadas a assuntos pertinentes a uma área de estudo. 
Na elaboração de um paper, o autor irá desenvolver análises e 
argumentações, com objetividade e clareza, podendo considerar, também, opiniões 
de especialistas. Por sua reduzida dimensão e conteúdo, o paper difere de trabalhos 
científicos, como monografias, dissertações ou teses. 
O paper deve ser redigido com estrita observância das regras da norma culta, 
objetividade, precisão e coerência. Devem ser evitadas as gírias, expressões 
coloquiais e que contenham juízos de valor ou adjetivos desnecessários. Também 
é preciso evitar explicações repetitivas ou supérfluas, ao mesmo tempo em que se 
deve cuidar para que o texto não seja compacto em demasia,o que pode prejudicar 
a sua compreensão. A definição do título do artigo deve corresponder, de forma 
adequada, ao conteúdo desenvolvido. 
 
2. Propósitos do paper 
 
De um modo geral, o paper é produzido para divulgar resultados de 
pesquisas científicas. Entretanto, esse tipo de trabalho também pode ser elaborado 
com os seguintes propósitos: 
 Discutir aspectos de assuntos ainda pouco estudados ou não 
estudados (inovadores); 
 Aprofundar discussões sobre assuntos já estudados e que pressupõem 
o alcance de novos resultados; 
 Estudar temáticas clássicas sob enfoques contemporâneos; 
 Aprofundar ou dar continuidade à análise dos resultados de pesquisas, 
a partir de novos enfoques ou perspectivas; 
 Resgatar ou refutar resultados controversos ou que caracterizaram 
erros em processos de pesquisa, buscando a resolução satisfatória ou 
a explicação à controvérsia gerada. 
 
Além desses objetivos, o paper pode abordar conceitos, idéias, teorias ou 
mesmo hipóteses de forma a discutílos ou pormenorizar aspectos. Ao produzir o 
artigo, o aluno inicia uma aproximação aos conceitos e à linguagem científica que 
necessitará desenvolver no momento da elaboração do trabalho de conclusão de 
curso. 
A elaboração de artigos estimula, ainda, a análise e a crítica de conteúdos 
teóricos e de idéias de diferentes autores, contribuindo para que o aluno aprenda a 
sintetizar conceitos, fazer comparações, formular críticas sobre um determinado 
tema à luz de pressupostos teóricos ou de evidências empíricas já sistematizadas. 
 
3. Elaboração do paper 
 
Para que o conteúdo do paper seja bem trabalhado e fundamentado sugere-
se que o mesmo tenha entre 10 e 15 páginas. Como o paper deve ser sempre 
fundamentado cientificamente, deve-se utilizar no mínimo 3 autores na pesquisa. 
Antes de começar a escrever o artigo,é preciso que o autor primeiro reúna as 
informações e conhecimentos necessários por meio de livros, revistas, artigos e 
outros documentos de valor científico. Em seguida, deve-se organizar um esqueleto 
ou roteiro básico das idéias, iniciando com a apresentação geral do assunto e dos 
propósitos do artigo, seguidos da indicação das partes principais do tema e suas 
subdivisões e, por fim, destacando os aspectos a serem enfatizados no trabalho. 
 
A elaboração deste plano é útil, em primeiro lugar, para sistematizar a 
comunicação a ser feita, evitando que o autor se perca durante a elaboração. Por 
outro lado, também auxilia como recurso pedagógico para reflexão e organização 
lógica das idéias a serem abordadas; 
Em termos de procedimentos para a escrita de um artigo científico, é 
necessário observar os propósitos do trabalho a ser elaborado. Todavia, 
independente de ter propósitos distintos, o artigo científico deve apresentar a 
estrutura básica que caracteriza todos os tipos de trabalhos científicos ou 
acadêmicos: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. 
 
Introdução 
 
É o primeiro contato do leitor com a obra. Deve-se, nela, fazer o leitor 
entender com clareza o contexto da pesquisa, de forma didática. A introdução do 
paper tem, geralmente, uma ou duas páginas e deve abordar os seguintes 
elementos: 
 Assunto/tema do artigo e seus objetivos; 
 Justificativa do trabalho e sua importância teórica ou prática; 
 Síntese da metodologia utilizada na pesquisa; 
 Limitações quanto à extensão e profundidade do trabalho; 
 Como o artigo está organizado. 
 
Desenvolvimento (corpo do artigo) 
 
O desenvolvimento é o elemento essencial da pesquisa, isto é, o seu 
coração, e no geral concentra de 80 a 90 por cento do total de páginas do relatório. 
Nesta etapa o aluno deverá dividir o tema em discussão para uma maior clareza e 
compreensão por parte do leitor. É preciso evitar, porém, o excesso de subdivisões, 
cujos títulos devem ser curtos e adequados aos aspectos mais relevantes do 
conteúdo, motivando para a leitura. Vale ressaltar que as divisões, subdivisões e 
títulos do artigo não garantem a sua consistência ou importância. É preciso que as 
referidas partes e respectivas idéias estejam articuladas de forma lógica, conferindo 
ao conjunto a indispensável unidade e homogeneidade. 
 
No desenvolvimento são apresentados os dados do estudo, incluindo a 
exposição e explicação das idéias e do material pesquisado, referencial teórico 
(apresentação de conceitos sistematizados com base na literatura), discussão e 
análise das informações colhidas e avaliação dos resultados, confrontando se os 
dados obtidos na pesquisa e o conteúdo abordado nos referenciais teóricos. 
 
Conclusão 
 
A conclusão apresenta as informações que vão finalizar o trabalho buscando-
se integrar todas as partes discutidas. É a dedução lógica do estudo, na qual 
destacam-se os seus resultados, relacionando-os aos objetivos propostos na 
introdução. Podem ser incluídas as limitações do trabalho, sugestões ou 
recomendações para outras pesquisas, porém de forma breve e sintética. 
Em termo formais, a conclusão é uma exposição factual sobre o que foi 
investigado, analisado, interpretado; é uma síntese comentada das idéias essenciais 
e dos principais resultados obtidos, explicitados com precisão e clareza. Assim, a 
leitura da conclusão deve permitir ao leitor o entendimento de todo o trabalho 
desenvolvido, das particularidades da empresa aos resultados esperados na 
implantação do projeto proposto. 
 
4. Quanto à forma de apresentação 
 
O paper é apresentado, usualmente, seguindo se as normas prescritas para 
apresentação de trabalhos acadêmicos, ressalvando se os trabalhos preparados 
para eventos ou com fins de publicação em periódicos científicos, que devem 
atender aos critérios e modelos estabelecidos por seus organizadores e/ou editores. 
Como trabalho acadêmico, especificamente, o paper deve estar orientado pelas 
normas constantes no manual da própria faculdade, as quais são certamente 
baseadas nas normas da ABNT. Na apresentação do paper, é preciso realmente 
observar as orientações prescritas nos manuais, pois, caso isso não aconteça, 
correse o risco de comprometer a aprovação do artigo. 
 
5. Avaliação 
 
O paper pode ser avaliado segundo inúmeros critérios, decorrentes dos 
objetivos propostos pelo professor. Normalmente, os artigos científicos são 
elaborados por alunos que se encontram em fase final do curso de graduação, muito 
embora nada impeça que o professor os solicite em etapas anteriores, adequando-o 
às possibilidades e recursos já desenvolvidos por seus alunos. 
Para a avaliação de artigos científicos, então, podem ser descritos vários 
critérios, tais como: 
a) Quanto ao conteúdo: 
a. Clareza na apresentação dos objetivos, justificativa e importância 
do artigo; Identificação dos limites do artigo (definição do foco do 
artigo e dos aspectos que não serão abordados); 
b. Clareza na especificação das unidades de análise (como por 
exemplo: indivíduo, organização, sociedade); 
c. Demonstração de conhecimento suficiente sobre o assunto; 
d. Referencial teórico claramente identificado, coerente e adequado 
aos propósitos do artigo; 
e. Ausência de dispersão ou de redundância das 
informações/conteúdos; 
f. Apresentação de suposições (hipóteses) sustentadas em teorias e 
crençasconsideradas verdadeiras a partir do paradigma do qual se 
originam; as suposições devem serclaras e justificadas; 
g. Coerência entre as informações e no encadeamento do raciocínio 
lógico; 
h. Ausência de saltos de raciocínio na passagem de um parágrafo 
para outro, ou de um conceito para outro; 
i. Elaboração de análise e síntese diante de conceitos teóricos 
semelhantes e/ou divergentes; 
j. Uso adequado de exemplos complementares para clarificar o 
significado do texto; 
k. Demonstração de argumentos ou provas suficientes para apoiar as 
conclusões;l. Articulação entre sugestões ou recomendações e as discussões 
apresentadas no texto; 
m. Originalidade e inovação do assunto abordado; 
n. Postura ética no trato do tema e desenvolvimento da análise 
(imparcialidade e equilíbrio). 
b) Quantoà forma: 
a. Atendimento aos objetivos propostos; 
b. Objetividade, precisão e coerência na escrita do texto; 
c. Uso fiel das fontes mencionadas no artigo, com a correta relação 
com os fatos analisados; 
d. Uso/seleção de literatura pertinenteà análise; 
Linguagem acessível; 
e. Unidade e articulação do texto (encadeamento lógico); 
f. Elementos de transição entre parágrafos adequados ao sentido e 
à lógica dos conteúdos; 
g. Afirmativas unívocas, sem duplo sentido; 
Coerência e padronização dos termos técnicos; 
Observância das regras da norma culta; 
Uso correto de citações devidamente referenciadas; 
h. Adequação do título ao conteúdo; 
i. Resumo claro e informativo; 
j. As normas técnicas de apresentação de trabalhos acadêmico-
científicos determinadas são respeitadas? 
 
O artigo pode ser rejeitado tanto pelo acúmulo de pequenas falhas em 
diversos critérios quanto pelo número excessivo de falhas em um mesmo critério 
 
 
ANEXO I: MODELO DE RESUMO AVULSO DE AUTORIA PRÓPRIA 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS E A INFORMALIDADE: o caso do micro-empreendedor 
individual na feira livre de Cruz das Almas. 
 
Edilma Tenório1 
Francisco Alves de Queiroz2 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho analisa a efetividade da política pública, o Simples Nacional, em atingir 
aos seus objetivos de reduzir a informalidade e melhorar o ambiente de negócios 
dos micro-empreendedores e empreendedores individuais. É um estudo caso numa 
abordagem descritiva no mercado da feira livre de Cruz das Almas (BA). Discuti os 
conceitos de trabalho informal e produz dados sistemáticos do objeto contribuindo 
para a análise do programa Simples Nacional. A pesquisa descreve a realidade de 
como se apresenta a atividade informal e as relações e percepções que este 
trabalhadores tem com as políticas publicas. O delineamento da pesquisa será um 
estudo de caso desejando proporcionar uma visão global do problema, estudar as 
características da população e identificar possíveis fatores que influenciam e são 
influenciados na população alvo quanto a informalidade e o Simples Nacional. O 
objeto será exposto em uma natureza empírico-teórica em um tipo abordagem quali-
quantitativa com o uso de recursos estatísticos, realizar-se-a um estudo amostral 
estratificado e aleatório. Por meio de pesquisa bibliográfica foram realizados estudos 
conceituais da informalidade com base nas correntes de cientistas sociais, 
sociólogos e economistas em livros e artigos contemporâneos sobre as temáticas; e 
concluiu-se a construção teórica com uma pesquisa documental da legislação sobre 
as políticas de inclusão social do trabalho publicado nos diários oficiais. A primeira 
constatação da pesquisa é que a informalidade é algo inerente, integrado e 
necessário ao sistema capitalista, que os governos precisam encontrar instrumentos 
de desenvolvimento e convivência ao invés de procurar a erradicação, pois isto não 
é possível. Essa pesquisa apresentará 3 capítulos: Primeiro foi feito uma análise 
histórica e contextualizada do conceito de informalidade procurando as origens mais 
profundas do conceito. Segundo procurou-se compreender a informalidade na feira 
livre, suas relações, opções e caracterizou-se um perfil sócio econômico da 
população. Por fim apresenta os dados coletados nos formulários de forma 
sistematizada e as análises que mensuram a efetividade do Simples Nacional na 
feira livre de Cruz das Almas. 
Palavras-chave: Trabalho; informalidade; política pública; 
 
 
1
 Graduando em administração pela Faculdade Maria Milza (FAMAM), calitamar@gmail.com. 
2
 Mestrando em Políticas Públicas (UNEB), Especialista em Políticas Públicas e Economista (UEFS). Professor 
de Economia Brasileira da Faculdade Maria Milza. franciscoqueirozz@gmail.com. 
ANEXO 2: MODELO DE RESUMO AVULSO DE AUTORIA DE OUTREM. 
 
 
QUEIROZ, Francisco Alves de. A Economia Informal e o Sistema Produtivo 
Capitalista. Feira de Santana: UEFS. Set. 2006. p. 50-95. 
 
 
RESUMO 
Por: 
Edilma Tenório3 
 
Este trabalho analisa a efetividade da política pública, o Simples Nacional, em atingir 
aos seus objetivos de reduzir a informalidade e melhorar o ambiente de negócios 
dos micro-empreendedores e empreendedores individuais. É um estudo caso numa 
abordagem descritiva no mercado da feira livre de Cruz das Almas (BA). Discuti os 
conceitos de trabalho informal e produz dados sistemáticos do objeto contribuindo 
para a análise do programa Simples Nacional. A pesquisa descreve a realidade de 
como se apresenta a atividade informal e as relações e percepções que este 
trabalhadores tem com as políticas publicas. O delineamento da pesquisa será um 
estudo de caso desejando proporcionar uma visão global do problema, estudar as 
características da população e identificar possíveis fatores que influenciam e são 
influenciados na população alvo quanto a informalidade e o Simples Nacional. O 
objeto será exposto em uma natureza empírico-teórica em um tipo abordagem quali-
quantitativa com o uso de recursos estatísticos, realizar-se-a um estudo amostral 
estratificado e aleatório. Por meio de pesquisa bibliográfica foram realizados estudos 
conceituais da informalidade com base nas correntes de cientistas sociais, 
sociólogos e economistas em livros e artigos contemporâneos sobre as temáticas; e 
concluiu-se a construção teórica com uma pesquisa documental da legislação sobre 
as políticas de inclusão social do trabalho publicado nos diários oficiais. A primeira 
constatação da pesquisa é que a informalidade é algo inerente, integrado e 
necessário ao sistema capitalista, que os governos precisam encontrar instrumentos 
de desenvolvimento e convivência ao invés de procurar a erradicação, pois isto não 
é possível. Essa pesquisa apresentará 3 capítulos: Primeiro foi feito uma análise 
histórica e contextualizada do conceito de informalidade procurando as origens mais 
profundas do conceito. Segundo procurou-se compreender a informalidade na feira 
livre, suas relações, opções e caracterizou-se um perfil sócio econômico da 
população. Por fim apresenta os dados coletados nos formulários de forma 
sistematizada e as análises que mensuram a efetividade do Simples Nacional na 
feira livre de Cruz das Almas. 
Palavras-chave: Trabalho; informalidade; política pública; 
 
3
 Graduando em administração pela Faculdade Maria Milza (FAMAM), calitamar@gmail.com. 
ANEXOS 3 – MODELO DE FICHAMENTOS 
FICHAMENTO RESUMO 
Direito:Poder Jurisdicional 1 
KHENAIFES, Wahib Ibrahim. O Monopólio do Poder Jurisdicional. Monografia, Rio 
de Janeiro, 2003. 25 p. 
A 
 
Obra que trata da questão do monopólio do poder jurisdicional no mundo jurídico, envolvendo 
aspectos relevantes no que diz respeito à cidadania. Aborda os conceitos e as finalidades da 
jurisdição, além de apresentar uma discussão acerca da justiça e igualdade. 
Para o estudo sistemático das questões que envolvem o tema, o autor recorre à teoria da justiça 
como equidade proposta por John Rawls em Uma Teoria da Justiça. 
Em síntese, a obra envolve às precariedades que ocorrem no Estado, as crises sofridas pelo poder 
judiciário, além de apresentar as alterações ocorridas nos diversos conceitos de direito civil e 
comercial. Um outro enfoque dado se refere ao fenômeno da globalização aliado à tentativa de se 
criar um Estado eficiente, visto que desta forma há possibilidade de ocorrer o surgimento de 
alternativas mais econômicas e ágeis, objetivando auxiliar a sociedade na busca de soluções para osseus conflitos. 
 
www.monografiasonline.com.br/downloads/fichamento.doc 
 
 
FICHAMENTO CITAÇÃO (MODELO) 
 
GARIMPO 
MARCONI, Marina de Andrade. Garimpos e garimpeiros em Patrocínio 
Paulista. São Paulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1978, 
158 p. 
 
 
 
 
“Entre os diversos tipos humanos característicos existentes no Brasil, o garimpeiro apresenta-se, 
desde os tempos coloniais, como um elemento pioneiro, desbravador e, sob certa forma, como 
agente de integração nacional.” ( p.7 ). 
 
“Os trabalhos no garimpo são feito, em geral, por homens, aparecendo a mulher muito raramente e 
apenas no serviço de lavação ou escolha de cascalho, por serem mais suaves do que o de 
desmonte.” (p. 26 ). 
 
“ ... Indivíduos ( os garimpeiros ) que reunidos mais ou menos acidentalmente continuavam a viver e 
trabalhar juntos. Normalmente abrangem indivíduos de um só sexo (...) e sua organização é mais ou 
menos influenciada pelos padrões que já existem em nossa cultura para agrupamentos dessa 
natureza.” ( p. 47 ). (LINTON, Ralph. O homem: uma introdução à antropologia. 5ª ed. São Paulo: 
Martins, 1965, p. 111 ). 
 
“O garimpeiro (... ) é ainda um homem rural em processo lento de urbanização, com métodos de vida 
pouco diferentes dos homens da cidade, deles não se distanciando notavelmente em nenhum 
aspecto: vestuário, alimentação, vida familiar.” ( p. 48 ). 
 
“A característica fundamental no comportamento do garimpeiro (... ) é a liberdade.” ( p. 130 ). 
 
http://www.monografiasonline.com.br/fichamento.asp 
 
ANEXO 4: MODELO DE RESUMO AVULSO DE AUTORIA DE OUTREM. 
 
CASTRO, A.B.; SOUZA, F.E.P. A Economia Brasileira em Marcha Forçada. Rio 
de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 
 
 
 
RESENHA1 
 
Por: 
 
Francisco Alves de Queiroz2 
 
 
 
1 – Apresentação do Autores 
 
Barros de Castro, doutor em economia pela Universidade de Campinas. Professor 
Titular de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro tem vasta 
experiência acadêmica, tendo atuado como professor visitante em universidades do 
Chile, Inglaterra e Estados Unidos. Foi consultor do IBGE, Eletrobrás, Petrobras, 
BNDES, sempre na área do desenvolvimento de política industrial, sua 
especialidade. Principais obras publicadas: Introdução à Economia, Uma 
Abordagem Estruturalista, em Co-autoria com Carlos Lessa, 1967. , Sete Ensaios 
sobre a Economia Brasileira, 1971, A Economia Brasileira em Marcha Forçada, em 
co-autoria com Francisco Eduardo Pires de Souza. 1985. 
 
Francisco Eduardo Pires de Souza, Pós-Doutor. London School of Economics and 
Political Science, LSE, Grã-Bretanha. Também tem vasta experiência acadêmica, 
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Principais obras publicadas: 
Economia Monetária e Financeira: Teoria e Política, A Economia Brasileira Em 
Marcha Forcada. 
 
2 – Capitulo I - Ajustamento X Transformação da Economia Brasileira. Barros 
de Castro. 
 
Os autor apresenta a experiência brasileira de ajustamento: descreve, interpreta, 
questiona e caracteriza as mudanças ocorridas na economia brasileira em meados 
da década de 80. Nesta discussão descreve os fenômenos da economia, as 
intervenções e interpretações do estado, o que julga confusas e falsas. Correlaciona 
os fatos ocorridos no início da década de 80 com os fatos econômicos ocorridos em 
1974, o que vem a chamar de racionalidade econômica de 1974 – Apresenta como 
se deu a deterioração dos termos de intercâmbio, substituição das importações do 
período e as prioridades do governo – tendência a fomentar acumulação de capital 
industrial. trata do tema desenvolvimentismo e sua relação com a “fracassada 
estratégia social”. 
 
Faz todo approach teórico demonstrando o funcionamento das relações comerciais, 
 
1
 Trablhado solicitado pelo prof. Rosevaldo de Jesus. 
2
 Economista, professor de Metodologia Aplicada a Ciências Sociais da FAMAM e da FACE. 
da queda de ritmo de crescimento da economia e as influências das crises do 
petróleo. Define como inconsistente a política econômica de Defim Netto em 1979. 
E, Conclui este ponto com a convicção que o ocorrido no Brasil constitui um ajuste 
recessivo, e caracteriza a interpretação feita do passado como um equívoco, que 
este, vem a prejudicar as perspectivas no período que se abre. 
 
Os fenômenos econômicos são definidos como mutantes, principalmente nos países 
de desenvolvimento tardio. Traz relações destas economias com a de outros países, 
como também explicita as políticas econômicas exercidas por cada governo 
brasileiro assim como o referencial teórico de cada ministro da fazenda do período. 
 
3 – capitulo II – Metamorfoses do Endividamento Externo – Pires de Souza. 
 
 
Pires observa o crescimento acentuado da dívida 1974-1978 até se estabilizar em 
1984. Dando seqüência a Barros de Castro, referenciando-se a Kaleck, Simonsen, 
Keynes, Idéias cepalínas e outros autores, o autor utiliza ainda vários dados 
extraídos do Banco Central, relatórios da SEPLAN, IBGE, e do Ministério de 
Governo. Contextualiza historicamente a dívida, faz balanço comparativo, até 
meados da década de 80 e na segunda metade da década de 80 e conclui 
caracterizando a transferência de recursos ao exterior. 
 
Para completar os recursos domésticos e elevar a formação de capital os países 
subdesenvolvidos justificam a absorção de capitais externos – teoria da dinâmica do 
endividamento: gerar poupança a um nível superior ao investimento. Primeiro 
estágio da dívida: insuficiência de poupança. O choque do petróleo e a crise 
internacional muda a percepção deste fenômeno. Mutação dos fenômenos, a 
justificativa da dívida: de insuficiência de poupança vai a, financiar o déficit no 
balanço de pagamentos e, em 80, com Delfim Netto, o enfoque volta a ser a 
poupança. O autor apresenta as linhas da política econômica brasileira até chegar 
ao exercício das altas taxas de juros reais, que, seria para incentivar a poupança e 
acaba por desestimular o investimento: superávit no balanço de pagamentos com 
recessão. A poupança cai e o investimento mais ainda. Trata também a relação 
externa e suas influências internas. 
 
Concordando com diversos autores, concluiu que a grande massa de dívida 
contraída para financiar as importações, requeridas pelo desenvolvimento acelerado 
(crescimento a qualquer custo) foi desnecessária. Identificando com clareza a 
mutação dos fenômenos, ano a ano, deste período, ver a incapacidade 
administrativa dos governos perante a estagnação que se dava, sempre com uma 
característica nova. A população, os efeitos: recessão, estrangulamento, déficits, 
altas de juros, que se acentua ainda mais no colapso do mercado de créditos 
internacionais. 
 
A dívida e seu papel na segunda metade da década de 80 - a dívida externa não é 
mais um obstáculo ao crescimento, identifica agora o cenário internacional. 
Apresenta de forma bem evidente fatores macroeconômicos: PIB, Transações 
Correntes, PNB, Exportação, importação, Política Cambial e Taxa Juros. 
 
O autor chega a conclusão do seu trabalho, utilizando forte arcabouço gráfico, 
apresenta as Transferências Externas, pagamento da dívida. Identifica o quanto o 
bom momento externo falseia a realidade interna do Brasil, discutindo o impacto 
macroeconômico pela ótica do Balanço de Pagamentos. O esforço de pagamento da 
dívida recai sobre o trabalho - reduzindo a competitividade com a produção externa. 
 
4 – Comentário Crítico. 
 
Os autores trazem de forma clara e numa nova perspectiva uma explicação da 
evolução econômica do Brasil desde a crise do "milagre" até os momentos que 
antecederam a fase dos pacotes de estabilização econômica. Nesta obra eles 
descrevem a recente história econômica brasileira, que consegue, por vezes 
ludibriar os observadores mais atentos - o processo inflacionário do prée do pós-64, 
o "milagre" e sua crise, o retorno à estabilidade, a recessão de 1983 e a retomada 
do crescimento.” É uma produção literária de fácil leitura, bem ilustrada gráfica e 
matematicamente; recheada de análises e críticas conjunturais distribuída numa 
lógica que evidencia approach teórico dos autores. É uma leitura necessária aos 
estudiosos que pretendem compreender o funcionamento dos mercados e das 
políticas públicas no âmbito da macroeconomia brasileira nos dias atuais. 
 
Recomendo a leitura desta obra, pois ela contribui para a compreensão da história 
do desenvolvimento econômico brasileiro, um importantíssimo recorte temático que 
se completará com a leitura de Francisco Oliveira, com o livro uma Crítica a 
Economia Brasileira, no debate sobre o desastroso papel dos governos brasileiros 
na construção da miséria deste país.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes