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ciclo vital meia idade p (1)

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – ICH
CURSO DE PSICOLOGIA - CAMPUS MANAUS
PATRINE ALENCAR
MEIA IDADE E SUAS CARACTERÍ STICAS
MANAUS
2015
PATRINE ALENCAR
MEIA IDADE E SUAS CARACTERÍSTICAS 
Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção de nota para a média do primeiro bimestre da disciplina psicologia desenvolvimento ciclo vital Universidade Paulista – UNIP campus Manaus, sob a orientação da professora Luciana Ferreira.
MANAUS
2015
1. INTRODUÇÃO
 Este trabalho tem como principal objeto de estudo as Preocupações e características da Meia-Idade, no qual debruçaremos sobre as mudanças que ocorrem na meia-idade, falaremos também sobre a crise da meia-idade e outros aspectos relacionado ao tema. 
 O estudo buscou compreender melhor a fase do desenvolvimento humano, identificada como Meia Idade. Nesta etapa da vida o ser humano começa a valorizar de forma diferenciada o tempo, passando a ter consciência da sua finitude. A Meia Idade, cronologicamente, encontra-se na faixa etária dos 40 a 65 anos de idade. Neste período ocorrem muitas mudanças físicas e mentais no ser humano, concedendo a ele uma nova visão da existência, por isso tal período é marcado pela busca da estabilidade pessoal. 
2. DESENVOLVIMENTO
 Ao atingir a transição de meia-idade, os adultos começam a enfrentar algumas questões difíceis do passado, presente e futuro. Preocupações sobre o alcance de objetivos e dúvidas sobre oportunidades futuras podem surgir. Sinais físicos de envelhecimento começam a aparecer, desenvolvem-se alterações na visão, níveis de aptidão física começam a cair limitando a quantidade de atividade no qual estejam envolvidos.
 Na transição da meia-idade os adultos redefinem seus objetivos ou começam a experimentar a estagnação. As experiências encontradas na idade adulta têm potencial para afetar várias características psicossociais
 De 25 a 65 anos, aquisição de senso de produtividade x estagnação, representa a crise que os adultos enfrentam nos últimos estágios do início da idade adulta até os anos da meia-idade e tem relação com o nível de utilidade e determinará qual a produtividade será atingida. 
 A estagnação ocorre quando os adultos percebem que são incapazes de contribuir para a melhora da sociedade, desenvolve- se sentimentos de tédio, seguido de auto-indulgência ou seja a crise de meia-idade.
 À medida que os indivíduos avançam através da idade adulta, aspectos das áreas motora, cognitiva e afetiva interagem para afetar o comportamento motor. Os indivíduos experimentam uma melhora contínua desde a pré-infância até a adolescência, uma estabilização durante o início da idade adulta, um lento declínio durante a meia-idade e um declínio muito maior durante a velhice. 
 O que seria a crise da meia-idade ?
Pessoas com crise de meia-idade normalmente apresentam os seguintes sentimentos:
Busca de um sonho ou objetivo de vida indefinido
Profundo sentimento de remorso por metas não cumpridas
Desejo de voltar a se sentir como em sua época de juventude
Vontade de ficar mais tempo sozinho ou apenas com determinadas pessoas
E os seguintes comportamentos:
Abuso de álcool
Aquisição de itens não usuais ou muito caros, como motocicletas, barcos, 
roupas, carros esportivos, jóias, piercings, tatuagens, etc.
Depressão
Responsabilizar-se pelos seus fracassos pessoais
Cuidado exagerado com a aparência e tentativa de parecer mais jovem
Procurar relacionamentos com pessoas muito mais jovens
 Crise da meia-idade é um termo criado em 1965 por Elliott Jaques usado para descrever uma forma de insegurança sofrida por alguns indivíduos que estão passando pela "meia-idade", no qual percebem que o período de sua juventude está acabando e a idade avançada se aproxima.
 Todos estes “conflitos” relacionados à meia-idade, coincidem com as crises hormonais, com a consciência do próprio corpo, os cabelos brancos, rugas de expressões, pais velhos ou falecidos, filhos adolescentes ou procurando sua independência, talvez já casados ou fora de casa por outros motivos, que podem ser acompanhados de netos.
 A meia-idade implica em revisão de mudanças e possibilidades de mudar rumos, de dar novos significados a vida, propor novas metas, novos percursos, porém de maneira diferente. E isto depende de cada um, das aprendizagens que soube tirar das experiências dos novos ideais que se propõem, da criatividade para enfrentar e lidar com as mudanças que geram ansiedade.
 
Mudanças físicas, cognitivas e sociais
 A Meia Idade possui características que lhe são próprias, e com isso observam-se algumas mudanças físicas, cognitivas e sociais inerentes ao amadurecimento, tais como: mudanças na aparência, no funcionamento sensor, psicomotor, sexual, reprodutiva e nos sentidos; a sabedoria, a criatividade e capacidade de resolução de problemas práticos estão acentuadas nesta fase, pois o nível de compreensão e o vocabulário tendem a estar mais desenvolvidos; no funcionamento sexual e reprodutivo há o declínio da capacidade reprodutiva afetando homens e mulheres de diferentes maneiras; a busca do sentido da vida assume importância fundamental; tendência ao fortalecimento das amizades, na qual se busca apoio emocional e orientações práticas, sucesso na carreira e ganhos; etapa que se atinge o máximo ou o esgotamento profissional; a dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos pode causar estresse; a partida dos filhos pode gerar a síndrome do ninho vazio; maior cuidado com a aparência, tentando alcançar uma maior jovialidade; a crise da meia idade; ocorre certa deterioração da saúde física e declínio da resistência; de acordo com Papalia (2000), embora o corpo não seja mais o mesmo, a maioria das pessoas da Meia Idade está em boa forma física, cognitiva e emocional. 
3. CONCLUSÃO
 A meia-idade não é um período estável como muitos poderiam supor, pelo contrário, é um período caracterizado por mudanças físicas, psicológicas e sociais, algumas previstas e administráveis e outras não. Esse período exige do indivíduo readaptações internas e externas. Diversos teóricos do desenvolvimento da personalidade enfatizam que há tarefas a serem realizadas nesta fase: a busca da autenticidade, o despertar de novos interesses e envolvimentos, o abandono das ilusões sobre si mesmo e sobre o mundo. Muitas pessoas de meia-idade ainda preocupam-se mais com o ter do que com o ser, com o que lhes falta do que com as conquistas que já realizaram e, com certeza, a essa altura da vida, têm muitas vitórias a comemorar. Filhos crescidos, estabilidade profissional ou aposentadoria, possibilitam a introversão ou o aspecto centrípeto da meia-idade, oportunizando auto revisões, auto percepções e autodescobertas, bases para novas escolhas em busca de uma melhor qualidade de vida. 
4. BIBLIOGRAFIA 
 BUSARELLO, C. S. A Crise da Meia-idade. 1ª ed. Editora: Porto Editora 2004.c 
 BEE, Helen. O ciclo vital. Traduzido por Regina Garcez. Porto Alegre Artes Médicas, 1997. PAPALIA, Diane e PAPALIA, Sally Wendkos Olds. Desenvolvimento humano. Porto Alegre Artes Médicas, 2000. ROSA, Nerval. Psicologia Evolutiva. Psicologia da Idade Adulta. Petrópolis, RJ Vozes, 1983.

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