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EXMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CRICIÚMA/SC
 Distribuição por dependência 
 Autos de n°020.11.438096-9
 Leandro Silva, brasileiro, casado, comerciante, inscrito no CPF sob o n° 234.956.912-50, residente e domiciliado na rua: Pedro Antônio, n°35, bairro: Centro, Criciúma/SC e Regina Silva, brasileira, casada, contadora, inscrita no CPF sob o n° 265.056.934-60, ambos residente no mesmo endereço;
 Vem por sua advogada (procuração em anexo) propor EMBARGOS DE TERCEIRO contra:
 Realdo Dagoberto, brasileiro, solteiro, bancário, inscrito no CPF sob o n° 456.234.098-90, residente e domiciliado na rua: Conto Vigário, n° 171, bairro: Trapaças, Criciúma/SC; pelas razões que passa a expor:
1.    DOS FATOS
Os embargantes adquiriram do embargado um apartamento de n°102 e o Box garagem n°02 do Ed. Real, localizado na Av. Centenário, n°45, bairro: Prospera Criciúma/SC. O negócio ocorreu de modo regular, tendo o imóvel sido adquiridos a título oneroso, competente escritura pública de compra e venda seria repassado para os embargantes assim que quitasse o valor total do imóvel, no valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Testemunhas presentes na assinatura do contrato de compra e venda se comprometem a vim a juízo, sendo eles Ana Paula Candido e Paulo Roberto Ferreira, independente de intimação.
Quitado o valor total do imóvel (comprovante em anexo), os embargantes não tiveram o valor para fazer a transferência de imediato tendo que aguardar um período para levantar os valores da transferência.
Antes da realização do negócio, os embargantes, por cautela, retiraram a certidão de matrícula atualizada do imóvel, verificando a inexistência de quaisquer irregularidades.
Entretanto, em fevereiro do presente ano, tendo a intenção de e vender, os embargantes foram surpreendidos ao retirar as certidões de matrícula atualizadas e verificar a existência de uma restrição judicial de seqüestro incidente sobre os seus bens.
Tal restrição é proveniente da Ação de execução, autos nº 020.11.438096-9, que tramita na 1ª Vara Cível da Comarca de Criciúma/SC.
Procurado o embargante para verificar essa pendência ele disse que nada poderia fazer, pois essa ação de execução se refere a um empréstimo de R$10.000,00 (dez mil reais) feito em meados de 2010 e deu o imóvel como garantia.
Em razão do exposto, não houve alternativa ao embargante senão socorrer-se através destes Embargos de Terceiro, pelas razões de fato e direito adiante expostas
2.    DO DIREITO
Dispõe o Código de Processo Civil, em seu artigo 674, “caput" e §1º que:
Art. 674 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
Dessa forma, sendo os embargantes, como possuidores, fica configurado o seu interesse na Ação de Execução mencionada anteriormente, que gerou a penhora do imóvel.
Conforme o art. 677 requer provas quanto à qualidade de terceiro do requerente da ação de embargos, bem como de provas quanto à posse, rol de testemunhas conforme mencionado nos fatos.
Igualmente, deve-se considerar o disposto no artigo 681 do Código de Processo Civil, com a finalidade de retirar a restrição imposta ao imóvel:
Art. 681.  Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com o reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do direito ao embargante.
Quanto ao assunto, já decidiu o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
Embargos de terceiros - Imóvel adquirido por escritura de venda e compra, não registrada, antes do registro da penhora - Embargos de terceiros procedentes - Recaindo a penhora, em executivo fiscal. sobre imóvel adquirido por contrato de compra e venda não registrado, cabível a oposição de embargos de terceiro para afastar a penhora sobre o imóvel anten.orm.ente [sic] adquirido. (Embargos de Terceiros 0065777-30.2003.8.26.0000, 11ª Câmara de Direito Público, Relator: Luis Ganzerla, Julgado em: 11/08/2008).
Súmula nº 84 STJ.
"É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro."
	
Na jurisprudência acima, percebe-se que, mesmo não tendo sido registrada a escritura de compra e venda, afasta-se qualquer restrição quando se trata de adquirente de boa-fé.
 Ora Excelência, o embargante tomou todas as precauções e efetuaram os registros devidos, aonde tem em seu nome energia, condomínio, IPTU, seguro contra incêndio, motivos pelos quais seus pedidos devem ser acolhidos.
DO PEDIDO DE LIMINAR
Conforme o que dispõe o Código de Processo Civil, em seu artigo 678 “caput", requer- se a suspensão das medidas constitutivas sobre o bem objeto do litígio e expedição de mandado de manutenção ou reintegração provisória da posse.
3.    DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer: 
a) Sejam os presentes embargos recebidos, após a distribuição por dependência a esse Juízo, com liminar determinando a retirada da restrição judicial de penhora imposta aos bens do embargante;
b) Sejam os embargados citados para, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme o art. 679.
c) Ao final, seja a ação julgada procedente, com a condenação dos embargados em custas processuais e honorários advocatícios.
d) Sejam deferidos todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do embargante e as provas testemunhais, conforme rol descrito no fato;
e) Justiça Gratuita conforme a lei 1.060/50
Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Tubarão, 20 de outubro de 2011.
_______________________________
NOME DO ADVOGADO
OAB/SC
ROL DE DOCUMENTOS
Procuração
Matrículas dos imóveis (2006 e 2011)
Escritura pública de compra e venda
ROL DE TESTEMUNHAS (OBRIGATÓRIO)

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