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1 Centro Universitário Newton Paiva Engenharia de Produção Ciências e Tecnologia dos Materiais Professor Welerson Reinaldo de Araújo Ensaio de Tração Relatório de Prática Laboratorial nº 02 Bárbara Oliveira Fioratto RA 11311102 Dayane Antunes Gomes RA: 11510534 Francine Kelly Nascimento Reis RA 11513029 João Victor de Almeida Augusto RA: 11515336 Pedro Henrique Valeriano Martins RA: 11514877 Rodrigo José Silva Cruz RA: 11512072 Tamara Talita da Silva RA: 11515346 Belo Horizonte - MG Abril -2016 2 3 1. OBJETIVOS Demonstração prática do ensaio de tração; Calcular a tensão no limite de resistência 𝜎𝑅𝑇, tensão no limite de ruptura 𝜎𝑅𝑈𝑃, tensão verdadeira de resistência 𝜎𝑅𝑇.𝑉, tensão verdadeira de ruptura 𝜎𝑅𝑈𝑃.𝑉; Calcular a deformação (%) e a redução (%) da área. 2. INTRODUÇÃO O ensaio de tração “Trata-se de um ensaio amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos, devido às vantagens de fornecer dados quantitativos das características mecânicas dos materiais. ” (BORTOLI, Gabrieli, 2007)¹ É de suma importância tal ensaio, observando que com ele obtemos suas propriedades e comportamento mecânico do material analisado. Podendo assim selecionar qual o material melhor para determinada aplicação. Este método consiste na aplicação de uma determinada carga de tração uniaxial (de mesma direção e sentidos contrários) sobre um corpo de prova padronizado, até seu ponto de ruptura. Os dados obtidos são analisados através do gráfico fornecido pela máquina de ensaio, a qual plota em função da tensão x deformação (σ x ε) do material ensaiado. A figura 1 exemplifica a curva obtida em função carga/alongamento para um ensaio hipotético. Figura 01 - Curva tensão x deformação (Fonte: Roteiro 2_Ensaio de Tração) 3. DESENVOLVIMENTO Materiais e Equipamentos utilizados Barra cilíndrica de Aço SAE 1020 (nervurada) com diâmetro inicial 5 mm e comprimento inicial 51,60 mm Paquímetro Máquina de ensaio de tração. 4 - Procedimentos Com o auxílio de um paquímetro, mediu-se o diâmetro inicial (𝐷𝑜;) e comprimento inicial (𝐿𝑜) do corpo de prova (barra de Aço). Para medir o comprimento foi usado pontos de referências (figura 04) no corpo de prova, visando analisar a variação de comprimento partindo do mesmo ponto de medição Fixou-se o corpo de prova na máquina de tração (figura 02); Figura 02 - Fixando o corpo de prova na máquina de tração (Fonte: Autoria Própria) O responsável apto a usar o programa da máquina de tração, inseriu os dados do ensaio e da amostra no programa de controle da máquina, sendo um dos dados a velocidade determinada pelo professor de 5m/s; Procedeu-se com o início do ensaio até que o corpo de prova chegasse à ruptura (figura 03), onde obteve-se a curva do ensaio (figura 05) através do programa. 5 Figura 03 – Momento de ruptura do material e finalização do ensaio (Fonte: Autoria Própria) Com a finalização do ensaio na máquina, mediu-se novamente, com o paquímetro, as dimensões do corpo de prova (diâmetro e comprimento finais) Figura 04 - Corpo de prova após a ruptura. Em destaque, pontos de referência para medições (Fonte: Autoria Própria) 4. Resultados e discussões Através do realizado, obteve-se um gráfico (figura 05) de Força (KN) x Deformação (mm), a partir do programa da máquina de tração. 6 Figura 05 – Gráfico Força (KN) x Deformação (mm) do ensaio realizado. (Fonte: Autoria Própria – imagem) Através da figura 06 abaixo, obtemos os dados das forças. Figura 06 – Resultados e gráfico mostrados pelo programa da máquina de tração. (Fonte: Autoria Própria O programa fornece os valores de força máxima e força de ruptura executada durante o ensaio, permitindo assim obter a tensão no limite de resistência (𝜎𝑅𝑇) e tensão no limite de ruptura (𝜎𝑅𝑈𝑃). Importantes parâmetros a serem avaliados para seleção do material para determinado objetivo. 7 A força máxima ( 𝐹𝑚𝑎𝑥)= 14,44 KN. Sendo esta obtida com maior precisão pelo programa aplicada lhe mostra até qual tensão o material pode se submeter a carga sem que sofra deformação plástica. E a força de ruptura ( 𝐹𝑟𝑢𝑝) indica a tensão máxima que o material suporta antes de se sofrer ruptura. A partir do gráfico obteve-se: 𝐹𝑚𝑎𝑥4,44 KN 𝐹𝑟𝑢𝑝= 9, 66 KN 𝐹𝑒𝑠𝑐 (Força de Escoamento) = 80 % da 𝐹𝑚𝑎𝑥 , logo 𝐹𝑒𝑠𝑐= 14,44 𝑥 80% 100% = 11,60 𝐾𝑁 A força de escoamento por orientação do Professor e a critério de cálculo, foi considerada 80 % da Força máxima, pois já se sabe que para o aço o limite de escoamento ocorre aproximadamente a 80% da tensão máxima no material. Para futuros cálculos e a critério de análise da variação dos valores, foi feita as medições das dimensões no corpo de prova após o ensaio, e obteve-se: Diâmetro final: 𝐷𝑓 =3,4 mm Comprimento final: 𝐿𝑓=54,36 mm Cálculos A partir das dimensões iniciais do corpo de prova, calculou-se a área Inicial da seção transversal (S0) e a área final da secção transversal (𝑆𝑓), afim de obter o valor de tensão no limite de resistência (𝜎𝑅𝑇), tensão no limite de ruptura ( 𝜎𝑅𝑈𝑃), tensão verdadeira de resistência ( 𝜎𝑅𝑇.𝑉), tensão verdadeira de ruptura ( 𝜎𝑅𝑈𝑃.𝑉). Área inicial 𝑆𝑜 = 𝜋𝐷𝑜 2 4 𝑆𝑜 = 𝜋(52) 4 𝑆𝑜 = 19,6 𝑚𝑚² Área final 𝑆𝑓 = 𝜋𝐷𝑓 2 4 𝑆𝑓 = 𝜋(3,42) 4 𝑆𝑓 = 9,1 𝑚𝑚² Tensão no limite de resistência 𝜎𝑅𝑇 = 𝐹𝑚𝑎𝑥 (𝑁) 𝑆𝑜 (𝑚𝑚2) 𝜎𝑅𝑇 = 14 400 𝑁 19,6 𝑚𝑚² 𝜎𝑅𝑇 = 734,7 𝑀𝑃𝑎 Tensão no limite de resistência verdadeiro 𝜎𝑅𝑇.𝑉 = 𝐹𝑚𝑎𝑥 (𝑁) 𝑆𝑓 (𝑚𝑚2) 8 𝜎𝑅𝑇.𝑉 = 14 400 (𝑁) 9,1(𝑚𝑚2) 𝜎𝑅𝑇.𝑉 = 1 582,4 𝑀𝑃𝑎 Tensão no limite de ruptura 𝜎𝑅𝑈𝑃 = 𝐹𝑟𝑢𝑝 (𝑁) 𝑆𝑜 (𝑚𝑚2) 𝜎𝑅𝑈𝑃 = 9660 (𝑁) 19,6 (𝑚𝑚2) 𝜎𝑅𝑈𝑃 = 492,9 𝑀𝑃𝑎 Tensão no limite de ruptura verdadeiro 𝜎𝑅𝑈𝑃.𝑉 = 𝐹𝑟𝑢𝑝 (𝑁) 𝑆𝑓 (𝑚𝑚2) 𝜎𝑅𝑈𝑃.𝑉 = 9660 (𝑁) 9,1(𝑚𝑚2) 𝜎𝑅𝑈𝑃.𝑉 = 1 061,5 𝑀𝑃𝑎 Parâmetros de Ductilidade A ductilidade dos elementos visa expressar a capacidade de deformação desses elementos antes que a ruptura ocorra, de modo a se controlar os parâmetros que possam garantir uma ruptura dúctil. A partir das medidas de comprimento inicial e final é possível calcular o alongamento percentual (A) e a redução percentual da área (Z) sofrido pelo corpo de prova neste ensaio. 𝐴(%) = 𝐿𝑓 − 𝐿𝑜 𝐿𝑜 𝑥 100 𝐴(%) = 54,36 − 51,60 51,60 𝑥 100 𝐴 = 5,35% 𝑍(%) = 𝑆𝑜 − 𝑆𝑓 𝑆𝑜 𝑥 100 𝑍(%) = 19,6 − 9,1 19,6 𝑥 100 𝑍 = 53,57% CONCLUSÃO Os ensaios mecânicos visam avaliar o comportamento do material quando estes estão sujeitos a valores de esforços constantes. Possibilitando assim determinar a capacidade do material a resistir ou não a intensidade dos esforços aplicados e a obter propriedades mecânicas do material. Sende estes ensaios normatizados, ou seja, usa-se corpos de prova de dimensões e formatos padronizados através de especificações de normas (ASTM – American Society for Testind and Materials) O ensaio de tração é um dos ensaios mecânicos. E como podemos observar com os resultados obtidos as propriedades mecânicas são identificadas e conhecidas com facilidades. Neste ensaio pode-se observar de forma didática a ruptura do material aço, podendo assim observar o comportamento domaterial com aplicações constantes de carga de tração e também obter valores a partir dos cálculos de parâmetros importantes para determinação do uso do material. A partir do gráfico ficou claro que a uma dada força aplicada a um instante o material passa a se deformação plasticamente e se a mesma continuar constante o 9 mesmo tende a se romper, mostrando assim os calores tão importantes de carga máxima aceita pelo material e a carga que o qual rompe. Neste caso observamos que o material analisado tem um alongamento percentual baixo enquanto que a redução da área foi de mais que 50% da inicial Aliando a parte teórica estudada em sala e com esta prática, foi possível obtermos maior clareza no que diz respeito ao ensaio de tração e suas análises importantes, levando sempre em consideração que o mesmo se realiza com o intuito de determinar a utilização de um determinado material através das condições a ele imposta. . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] BORTOLI, Gabrieli, Ensaio dos Materiais, Disponível em: http://www.urisan.tche.br/~lemm/arquivos/ensaios_mecanicos.pdf, Acesso em 16 de Abril de 2016. [2] Roteiro da Prática 02: Ensaio de Tração [3] Callister, Jr. e William, D., 2008, “Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução”, Editora LTC, Rio de Janeiro,7 ed. [4] TEOFILO, Jorge. Ensaio Mecânicos dos Materiais – Estrutura e Propriedades dos Materiais. Disponível e: < https://jorgeteofilo.files.wordpress.com/2010/08/epm- apostila-capitulo09-ensaios-mod1.pdf> Acesso em 16 de Abril de 2016
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