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FAMILIA E SUAS NOVAS CONFIGURAÇÕES: UM OLHAR SOBRE O DISCURSO MODERNO NO AMBITO ACADEMICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
UNIDADE ACADÊMICA DE DIREITO
DÉBORA ANDRADE ALVES
LUAN LIMEIRA DE ANDRADE
FAMILIA E SUAS NOVAS CONFIGURAÇÕES: UM OLHAR SOBRE O DISCURSO MODERNO NO AMBITO ACADEMICO 
SOUSA
2016
DÉBORA ANDRADE ALVES
LUAN LIMEIRA DE ANDRADE
FAMILIA E SUAS NOVAS CONFIGURAÇÕES: UM OLHAR SOBRE O DISCURSO MODERNO NO AMBITO ACADEMICO 
Artigo apresentado à disciplina “Família e relações de gênero”, do Curso de Serviço CCJS/UFCG, como avaliação do estágio 1.
Orientadora: profa. Dra. Maria da Luz Olegário
SOUSA
2016
Introdução
A família tem sido debatida perante diversos aspectos e interpretações suscitando, debates a cerca do tema, sendo estes ora antagônicos, ora amistosos, dando posição a diversos estudiosos sobre a discussão, possibilitando maior visibilidade e maiores diversidades de posicionamentos e opiniões. 
É uma discussão que deve ser debatida com muita cautela, pois estamos se referindo ao que seria efetivamente o conceito de família, se essa por sua vez seria a tradicional que seria pai mãe e filhos ou se iria além de uma definição, ou melhor, apenas pessoas que se amam e que se juntaram para formarem uma família independente de cor, raça, credo, opção sexual.
 	Traremos neste trabalho a discussão de família e suas novas cofigurações num olhar sobre o discurso moderno no âmbito acadêmico, tratando de explorar a influencia na desconstrução do preconceito em relação a essas novas formas de família. É de extrema importância destacar que o fato do sujeito pesquisado estar estudando serviço social foi que contribui para a desconstrução do pensamento conservador, pois antes de entrar no curso seu pensamento estava pautado no discurso religioso. Mas como a formação acadêmica no curso de Serviço Social da UFCG na cidade de Sousa influência na desconstrução do discurso tradicional com relação às novas configurações familiares?
	Para esta produção foi realizada uma pesquisa de campo, cujo sujeito era do sexo feminino, estudante de Serviço Social, 20 anos, solteira e sem filhos, na qual foi aplicado um questionário de cinco perguntas que explora sua opinião em relação aos novos arranjos familiares e um embasamento sobre a gênese da família no Brasil e como o modo e as relações familiares vieram se transformando até chegar aos dias de hoje.
A família foi discutida em diferentes definições e perspectivas fomentando assim discussões a cerca de suas configurações, analisando desde suas matrizes conceituais às novas configurações familiares, passando pelas suas diversas definições e problemáticas, sendo historicamente definida em suas protoformas e suas influências da sua formação no Brasil, passando pelos discursos contemporâneos de modelo “ideal,” tratando das suas definições segundo a constituição brasileira, e a heteronormatividade, desembocando nas novas configurações familiares, em seus direitos e seus preconceitos vividos na atual conjuntura. 
	Os principais autores que foram utilizados de embasamento teórico para a construção desse texto foram Engels (1884), Millet (1970), Wald (1990), Gama (2001), Dirceu (2008), Michel Foucault (1976) e Maria Berenice Dias (2008). Os quais tiveram grande contribuição para discussão sobre as primeiras formações familiares no Brasil e acerca das suas novas constituições familiares. 
O desenvolvimento familiar brasileiro e seus distintos modelos familiares que influenciaram na formação da família no Brasil.
	Uma das primeiras formas familiares constituídas no Brasil teve como grande influência a Romana, que Gilberto Freyre denominou como patriarcal. Esse modelo familiar se caracteriza por ser centralizada no patriarca, ou seja, na figura masculina da casa, aquele que sustenta e administra economicamente à família que é a autoridade máxima e como tal os seus preceitos devem ser respeitados e seguidos por todos que á constituem.
	As famílias patriarcais eram constituídas de muitos membros, onde estava centrada no núcleo conjugal e seus descendentes, ou melhor, seus filhos, afilhados, parentes e seus escravos todas essas pessoas que compõe o núcleo familiar eram subjugados ao patriarca. Como afirma Engels (1884/1964) e Xavier (1998):
 O patriarca tinha sob seu poder a mulher, os filhos, os escravos e os vassalos, além do direito de vida e de morte sobre todos eles. A autoridade do pater familiae sobre os filhos prevalecia até mesmo sobre a autoridade do Estado e duraria até a morte do patriarca, que poderia, inclusive, transformar seu filho em escravo e vendê-lo. (aput por Narvaz e Koller 2006)[1: era o mais elevado estatuto familiar (status familiae) na Roma Antiga, sempre uma posição masculina. O termo é latino e significa, literalmente, "pai de família".]
	O modelo patriarcal tinha uma característica muito importante para podermos compreender porque o homem era designado para exercer a autoridade e chefiar toda a sua família, o pai de família teria esse poder porque era do sexo masculino, por isso as mulheres eram subsugadas. 
O patriarcado é uma forma de organização social na qual as relações são regidas por dois princípios básicos: 1) as mulheres estão hierarquicamente subordinadas aos homens e, 2) os jovens estão hierarquicamente subordinados aos homens mais velhos. A supremacia masculina ditada pelos valores do patriarcado atribuiu um maior valor às atividades masculinas em detrimento das atividades femininas; legitimou o controle da sexualidade, dos corpos e da autonomia femininas; e, estabeleceu papéis sexuais e sociais nos quais o masculino tem vantagens e prerrogativas. (Millet 1970, Scoot 1995 aput por Narvaz e Koller 2006).
Além de deter todo o poder familiar o patriarca também apresentava um poder estatal, era visto como uma autoridade e deveria ser obedecido pela população. Um dos grandes símbolos desse modelo familiar foi à casa-grande onde o poder patriarcal exalava pelas paredes e estrutura da casa, pois ali estava centrada toda a organização familiar, social, econômica e política como já havia ressaltado anteriormente. 
Com o passar do tempo e o advindo do Império a visão da família começa a mudar para os romanos, pois eles começam a admitir varias mudanças como admitir que ocorresse o abuso de poder do pater, a mãe passa a poder substituir o pai podendo ficar com a guarda dos filhos para si, passa a ter direito na herança dos filhos, se este não tivesse descendentes e irmãos. No império a mulher começa a ser mais autônoma e a participar da vida social e política (WALD, 1990, p.22 aput por Virgilio e Gonçalves).
	Essa mudança ressalta como o modelo familiar pode sofrer grandes transformações no decorrer do tempo, e como a visão de família sofreu uma modificação muito grande, pois a mulher passa a ter alguns direitos que antes não eram permitidos e o homem passa a não ter a autoridade que era exercida anteriormente. Neste caso a família passa a ser vista sobre o olhar do direito canônico, pois a Igreja tem grande influência, como afirma Gama:
Passa-se então a família sob a visão do direito canônico que seria mais a visão em que o homem deixa a sua família originária e vem a se unir com a mulher para poder formar uma nova família com o mero objetivo de se procriarem (GAMA, 2001, p. 18).
	Anteriormente a doutrina da Igreja Católica tinha um vinculo muito forte com o Estado, pois não era separado da Igreja. Só depois que o Estado se tornou laico que seria a separação da Igreja e Estado foi que vieram formular um direito para a sociedade apesar de que ele teve muita influencia do direito canônico. Com o direito brasileiro não foi diferente, pois teve como orientação para nova formulação o direito canônico, um exemplo muito claro dessa influência que podemos citar e o direito da família que tem características muito próximasdo canônico. 
	Além de o modelo familiar romano ter influenciado a formação da família no Brasil, outros modelos como o medieval que se caracterizava pelo caráter sacramental do casamento, e da família portuguesa com caráter de solidariedade e sentimento sensível de ligação afetiva, abnegação e desprendimento. [2: ação caracterizada pelo desprendimento e altruísmo, em que a superação das tendências egoísticas da personalidade é conquistada em benefício de uma pessoa, causa ou princípio; dedicação extrema; altruísmo.]
A família contemporânea e seu modelo ideal 
	Com a revolução industrial e com a revolução feminista as mulheres, não aceitaram mais serem subjugadas pelos homens e com isso eles foram obrigados a reconsiderar seu papel na sociedade. Essa nova realidade causou uma alteração da função da mulher na família e o homem passou a ter um papel mais afetivo. Tornou-se uma relação mais harmoniosa, e o homem perdeu o domínio da família e todo o seu autoritarismo, a mulher não necessariamente teria que se dedicar totalmente a criação dos filhos, pois teria o direito de trabalhar fora e sustentar a família economicamente.
	No Brasil e em outros países surgiram vários modelos familiares compostos por mãe e seus filhos, novos casais (homossexuais), avos e netos dentre outros. Esses novos modelos familiares decorreram de muitos divórcios, e a igreja não conseguiu mais segurar casamentos com relações insatisfatórias entre os casais. E ocasionando a exclusão, fazendo com que essas novas configurações familiares, que vem se formando ao longo do tempo, não são consideradas famílias.
Partindo da constituição Federal Brasileira de 1988:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...] § 4º há o entendimento pelo qual a entidade familiar é formada por qualquer dos pais e seus descendentes, o § 5º dá o exercício dos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal ao homem e à mulher em igualdade. [...]
Nesta conjuntura há a existência de um paradigma ideal de família, que seria uma construção familiar “heterossexual” e “estruturada” e assim quem não se enquadra neste ‘modelo’ são avaliadas desestruturadas ou nem são consideradas famílias, assim as novas configurações familiares são excluídas, fazendo com que essas pessoas não consigam o acesso a direitos sociais. Para Dirceu essa visão da família ideal coloca um desafio que questiona:
Dessas uniões surgirão direitos sociais como a adoção? Será para todos os casos ou apenas aos reconhecidos constitucionalmente? Como fica a situação do adotado, principal objetivo, em cada caso? Haverá a licença maternidade e da paternidade? Não há gestante, mas haverá o direito de acompanhar e o direito de receber atenção nos primeiros meses de vida? O transexual muda de sexo e poderá modificar seus documentos?  O hermafrodita verdadeiro ou pseudo-hermafrodita quando houver erro na escolha do sexo submete-se às mesmas condições? A situação é a mesma ou diferente com o homossexual?(DIRCÊU, 2008). 
Vemos que estes cidadãos, segundo a constituição, são excluídos, e assim perdem determinados direitos básicos à cidadania, tendendo a ficar sem nenhuma garantia com relação a seus direitos e a margem do acaso.
	Partindo do pressuposto de que na constituição Federal do Brasil ainda considere e afirme que família é um conjunto de indivíduos formados por pai, mãe e filhos, não há nenhuma segurança para os homossexuais que passam a lutar por seus direitos e igualdade, pois eles querem se casar constituir uma família e adotar seus filhos. 
	Vale destacar que a construção de uma nova hipótese a respeito da sexualidade humana de Michel Foucault (1976) aput por Medeiros (2008) afirma:
{...} acerca da sexualidade humana, segundo a qual esta não deve ser concebida como um dado da natureza que o poder tenta reprimir. Deve, sim, ser encarada como produto do encadeamento da estimulação dos corpos, da intensificação dos prazeres, da incitação ao discurso, da formação dos conhecimentos, do reforço dos controles e das resistências. As sexualidades são, assim, socialmente construídas. Assim como a hipótese repressiva, é uma explicação que funciona. Cada um que aceite a verdade que mais lhe convém. Ou invente novas verdades. 
	Essa nova hipótese constituída sobre a sexualidade evidencia que essa é construída de forma social e não dada pela natureza, ou seja, a pessoa pode ter nascido em um corpo masculino, mas ela é uma mulher ou ter nascido em um corpo feminino e ser um homem.
Sabemos desse modo que a sociedade é encharcada por preconceitos e estes são reproduzidos de diversas formas e por diversos discursos, sendo estes conservadores e excludentes, ferindo o direito de liberdade e vivencia que os homossexuais têm diante de todos os ambientes sociais, onde são muitas vezes violentados e marginalizados tendendo a sempre a serem julgados como inferiores e “pecadores”. 
	É muito importante destacar que muitas vezes o preconceito contra os LGBTS está estreitamente ligado ao de gênero. Como exemplo vemos quando uma pessoa homofóbica olha para outra que tem uma opção sexual diferente da dele e expressa em seu discurso palavras como: -olha lá vai aquela mulherzinha ou então olha aquela bicha-. Essa conjuntura nos remete ao tempo do patriarcado onde a mulher era submetida ao homem, apesar de todos os direitos conquistados pelas mulheres no decorrer desse tempo ela ainda e tratada como inferior aos homens e além dos homossexuais terem que enfrentar o preconceito com relação a sua opção sexual eles também estarão enfrentando o preconceito contra o gênero.[3: é uma sigla que compreende todos os indivíduos que em nossa sociedade são classificados como homossexuais, ou seja, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.]
	É necessário destacar que nos tempos de hoje essa discussão com relação a opção sexual vem ganhando espaço entre a sociedade seja nas escolas, universidades ou até mesmo em conversas entre as pessoas comuns, apesar do preconceito ainda existir. Como ressalta Dias:
Com a evolução dos costumes e a mudança dos valores, dos conceitos de moral e de pudor, o tema referente à opção sexual deixou de ser “assunto proibido” e hoje é enfrentado abertamente, sendo retratado no cinema, nas novelas, na mídia como um todo. 
Assim é necessário que a sociedade desconstrua seus conceitos e preconceitos em relação aos homossexuais, e que ela passe a refletir como esta tratando essas pessoas que tem mesmo direitos perante a constituição, assim como afirma Maria Berenice Dias “Necessário mudar valores, abrir espaços para novas discussões, revolver princípios, dogmas e preconceitos”. 
	
A formação do discurso moderno associado à família e suas novas configurações no âmbito acadêmico (UFCG em Sousa) 
Como apontado anteriormente à família sofreu grandes mudanças seja na sua formação ou no jeito de olhar para ela. Esses novos conceitos e modelos familiares trazem muitas discussões com relação ao que seria o conceito ou modelo familiar correto, a questão e que família não existe um modelo ideal, pois cada um é formado por diferentes membros e cada uma apresenta uma característica diferente.
	Uma contribuição relevante para poder entender essas novas características familiares que vem sendo constituídas ao longo do tempo e a formação acadêmica no curso de serviço social permitindo uma reflexão acerca do que é a família e porque ela vem se modificando.
	Assim a busca de caracterizar a família com um conjunto de pessoas que independente de tudo se amam e que a formação acadêmica vem contribuindo muito para a mudança de pensamento acerca do que e família é o principal objetivo desse artigo, assim como mostrar a importância dessas pratica na formação profissional dos estudantes.
	Desta forma a busca pra comprovação de tais fatos, deu-se através da execução de uma pesquisa feita no campus da UFCG a uma aluna do curso de serviço social.
	A proximidade com a entrevistada possibilitou conhecer suas opiniões com relação às essasnovas configurações familiares sendo importante destacar que a mesma afirmou que antes de ingressar no curso tinha um pensamento conservador por ter sido educada desta forma e seus familiares terem muita influência religiosa e seus discursos estar pautada na religião, a mesma apresentou muita dificuldade de desconstruir esse pensamento e ainda encontra quando se vão discutir esses assuntos em família, pois não consegue dialogar e colocar sua opinião a respeito.
	A primeira pergunta feita ao sujeito se referiu à quantidade de membros de sua família, segundo ela sua família e composta por “mãe pai e irmão” uma família tradicional. A segunda pergunta seria: qual o significado de sua família para você? “a família e um norte”, uma pergunta muito difícil de ser respondida, pois as pessoas dificilmente consegue expressar em palavras o significado de sua família ou o que ela representa.
	A terceira pergunta foi: de um modo geral como você define família? “União de duas pessoas independente de sexo que são unidas por um mesmo sentimento e mesma finalidade”, apresenta-se aqui um discurso moderno de uma pessoa que vê que a constituição de uma família vai além da forma e da quantidade de membros da família ou do sexo, esse discurso dá muita força as uniões homossexuais e que querem ser reconhecidas como família.
 A quarta pergunta: o que você acha das novas constituições familiares, como dois homens e duas mulheres, por exemplo? “Não tenho nenhuma objeção com relação às novas constituições familiares se as duas pessoas se derem bem e tiverem a mesma finalidade é válida a união e é considerado família.” é importante da ênfase a essa resposta, pois mostrar que a partir do momento em que o sujeito começou estudar o sujeito passa a refletir sobre o que leva a uma pessoa a ter uma opção sexual diferente e a compreender que isso vai além do preconceito uma vez que estamos falando de pessoas com sentimentos com sonhos que devem ser respeitados, e passa a ver que a união homossexual e uma conquista para essas pessoas.
	A quinta pergunta: você acha que casais homossexuais podem adotar filhos? “Sim, pois de acordo com experiências presenciadas as pessoas demonstram ter sentimento, vontade e responsabilidade de ambos, sendo assim aptas a adoção e formação da família.” Com relação à adoção de crianças por casais homossexuais e uma questão muito delicada que vem sendo discutida, mas não se chegou a nenhuma conclusão com relação a essa questão no Brasil que divide muitas opiniões, mas que deve ser discutida e deve-se chegar a uma conclusão, e muito importante evidenciar a preocupação do sujeito com relação a como a criança adotada poderia ser tratada pela sociedade, pois os pais já sofrem preconceito a criança também poderá ser tratada com preconceito por ser filho de casais homossexuais.
	 É muito importante observar como o discurso de uma pessoa muda quando passa a discutir e refletir sobre determinados assuntos, obtendo grandes ganhos com embasamentos teóricos, conseguindo descontruir seus preconceitos e enxergarem a necessidade de respeitar as pessoas quanto a sua sexualidade, e que não e só uma questão sexual, mas que as pessoas que tem um opção sexual diferente da heterossexual, merecem e devem ser respeitados pois sendo diversas seja em cor, etnia, credo, identidade sexual, tem a liberdade de viver igualmente, com direitos garantidos. Enfim é muito significativo para uma pessoa enquanto ser humano e cidadão ser aceito do jeito que é, e ser respeitado. 
Considerações finais
Por meio da construção desse estudo acerca da família destaca-se a grande evolução com relação ao conceito de família e com analogia aos diretos conquistados pelas mulheres e pelos os homossexuais, resultados obtidos ao longo de muitos anos e de diversas lutas, mas ainda á muitas conquistas a serem atingidas dentre elas, que essas novas configurações familiares sejam aceitas e passem a ter seu lugar na sociedade, com concretos direitos assegurados por leis, que as contemplem, e para que as mulheres também sejam comtemplados e consigam ter mais espaço nessa sociedade, juntamente com os homossexuais, e assim sejam tratados com menos preconceitos e exclusões.	
Esse estudo mostra-nos a necessidade de entender as novas configurações familiares e como elas estão ganhando espaço no decorrer do tempo e como os acontecimentos sociais influenciaram para as mudanças ocorridas no âmbito familiar. 
	E muito importante para entendermos essas novas configurações familiares ressaltar que a família não desapareceu apenas se adaptou as novas necessidades da sociedade assim surgindo outros modelos de família não sendo mais aquele modelo tradicional, e que os sentimentos o afeto o carinho apoio ainda faz parte da família o que importa e que ela ainda continua exercendo uma função primordial na vida dos indivíduos com as mesmas funções das famílias tradicionais. 
 	A contribuição dada pelo curso de serviço social da UFCG foi de muita importância para realização desse estudo, pois nos deu um embasamento teórico necessário para desenvolvê-lo, mais não só por isso, pois contribui de maneira extraordinária para a desconstrução do pensamento conservado com relação às novas configurações familiares do sujeito da pesquisa realizada, visto que o curso proporciona uma reflexão assídua com relação à sociedade, como se esta vivendo o que é necessário para podermos quebrar os paradigmas e principalmente para podermos superar os preconceitos na sociedade e também no âmbito acadêmico visto que o curso vem colaborando para repensarmos as atitudes e a necessidade de podermos entender que há uma diversidade humana.
	 O surgimento da profissão de serviço social e de grande importância para o fortalecimento das lutas dos trabalhadores e para assegurar seus direitos para a população, mais contribui de uma maneira muito significativa para podermos refletir sobre a sociedade o que vem a transformando, mais também o que necessário ser mudado e refletido para melhorar as condições de vida da população independente de cor, raça, credo, opção sexual dentre outros.
 	 Com isso e necessário quebrar vários paradigmas que não contribuem para o desenvolvimento e o bem estar da sociedade, que exclui ao em vez de incluir.
 	
	
Referencias 
BRASIL. Constituição Federal de 1998, art. 226. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constituicao-federal-de-1988
DIAS, Maria Berenice. União homossexual - aspectos sociais e jurídicos (2008). Acesso em: 18 de abril de 2016. Disponível em: http://www.direitodefamilia.adv.br/2008/artigos_pdf/Maria_berenice/Uniaohomo.pdf
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da. Direito de Família Brasileiro: introdução- abordagem sob a perspectiva civil-constitucional. São Paulo: Editora Juares de Oliveira, 2001.
MEDEIROS, Maria das Graças (1976) Historia da sexualidade. Rio de Janeiro. Disponível em: <.\..\Pictures\Maria_das_Gracas_L_de_Medeiros_50.pdf>. Acesso em abril de 2015.
NARVAZ, Martha G., KOLLER, Silva H. (2006). Famílias e patriarcado: da prescrição normativa á subversão criativa. Psicologia e sociedade, 18(1): 49-55. P.50.
OLEGARIO, Maria da Luz. Questionário aplicado, 2016.
RAMOS, Dircêo Torrecillas. Constituição e família. Família e Constituição. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 58, out 2008. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3162>. Acesso em abril de 2016.
VIRGILIO, Jan Parol de. GONÇALVES, Dalva Araújo. Evolução da família. p.3.
WALD, Arnoldo. Direito de Família. 7 ed. São Paulo: Revista dos tribunais, 1990.
ANEXO
Questionário[4: Elaborado pela professora Maria Da Luz Olegário.]
Família e suas novas configurações: _____________________________________
Dos sujeitosda pesquisa;
Idade: ________
Sexo: ___________
Profissão: ______________
Nível de escolaridade: ___________________
Renda familiar: ________________________
Estado civil: _______________
Tem filhos? ( ) sim ( ) não. Quantos? _______________
 Da constituição familiar
1-Membros que compõe a família:
___________________________________________________________________
2-O que significa família pra você? _______________________________________
___________________________________________________________________
3- De um modo geral, como você define família? ____________________________
___________________________________________________________________
4-O que você acha das novas constituições familiares, como dois homens ou duas mulheres, por exemplo? ________________________________________________
___________________________________________________________________
5- Você acha que casais homossexuais podem adotar filhos? ( ) Sim ( ) Não Por quê? _______________________________________________________________
___________________________________________________________________
Dos resultados
I discurso tradicional 
II discurso moderno
III discurso preconceituoso

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